Brevemente James Holden burst suddenly and dramatically Música onto the dance music scene in 2000, but, in the current decade, he distanced himself from 15 NOV JAMES Música many of the galaxies of this musical universe, QUI 21:00 systematically renouncing, over the years, some Grande Auditório of its codes and behaviours, while also, to the M/6 amazement of many, abandoning his art of DJing. HOLDEN Until we arrived at The Inheritors, a fabulous work from 2013, in which we finally understood MIDORI TAKADA in which direction Holden’s music was heading: & crepuscular techno, electronics in a psychedelic spiral and an implicit notion of jazz that emerged from the complex structures of his modular 28 NOV Música THE QUA 21:00 synthesizers. The Animal Spirits is, finally, the Grande Auditório full realisation of that greater desire. In this M/6 album, electronics is an imposing springboard to something bigger that lives and vibrates in his ANIMAL music, where jazz, folk and African rituals coexist PETER EVANS & in a collective euphoria that also takes over the body. Because it’s still dance music. There are SPIRITS ORQUESTRA JAZZ still machines at work. But now these machines are invaded by nature, by animal spirituality, as if DE MATOSINHOS they were dreaming like us.

PERCEPTION SINTETIZADORES MODULARES James Holden THE BATERIA BEYOND Tom Page PERCUSSÃO KNOWING Camilo Tirado ANIMAL SAXOFONE Étienne Jaumet SAXOFONE, CLARINETE, FLAUTA DE BISEL Liza Bec SPIRITS VÍDEO EM TEMPO REAL Dan Tombs TÉCNICO DE SOM Pete Flinton 7 NOV 2018 APOIO QUA 21:00 Grande Auditório M/6 a ou a , mas havia sempre uma homenagem Hello, Terry Riley. Do trabalho aí desenvolvido TEOLOGIA assinatura dele, uma atenção total ao detalhe aliada sairá, no ano seguinte, Outdoor Museum of Fractals, uma à capacidade de estilhaçar o ponto de partida e propor – peça de 47 minutos de diálogo shamânico entre as tablas lá está, mais uma vez – caminhos desconhecidos. de Camilo Tirado e os arpejos analógicos de Holden. Nesse TRANSE Em 2006, The Idiots Are Winning será um quase mesmo ano recebe no seu estúdio – entretanto ampliado manifesto feito disco. Contra a previsibilidade e a falta para cumprir a sua vocação de “comunidade fronteiriça” – Quanto vale a coerência de um artista? Aliás, o que é – de risco de muita da música feita com máquinas. De quem o ensemble Gwana, agora liderado pelo filho de Mahmoud. ou poderá ser – a coerência no percurso de um criador? a cria e de quem a ouve. A partir desse momento, Holden Tudo estava a postos para o capítulo que nos traz até ao A sua ética? A sua inquietação? A sua entrega? E essa opta por ser ainda mais exigente: consigo primeiro e, presente: a gravação, durante uma semana, do disco a que entrega, ética e inquieta, poderá ser reconhecível ao inevitavelmente, connosco. E será na (mais de) meia dúzia chamou James Holden & The Animal Spirits, lançado há longo de diferentes épocas e contextos? Existirá alguma de anos que demora a fazer o seu segundo disco – The exatamente um ano. Gravou-o como nunca tinha feito antes: espécie de imperativo categórico criativo capaz de guiar Inheritors – que vai percebendo que já não basta só ele, em takes únicos, sem overdubs, com toda a gente a tocar ao e unificar quase duas décadas de actividade musical em a matemática e as máquinas. Começa aí a viragem que mesmo tempo com uma liberdade jazzística que passou a contínua mutação evolutiva? Podem vários anos de discos, o irá trazer da solidão da cabine para uma comunidade fazer parte da sua música. Tal como aqui vai acontecer: com remisturas, dj sets e, por fim, concertos, conter múltiplas de criação que só cabe num palco. Mais ainda: para uma a bateria de Tom Page a interferir nas estruturas emanadas metodologias e, ao mesmo, reflectir uma demanda comum? assustador, mesmo quando desconfortável, pode ser tão criação musical que só pode acontecer ali, num diálogo de pela maquinaria de James Holden de modo a que, juntos, E essa procura, que é sempre a mesma mas cada vez mais, tão muito mais do que tudo aquilo que achávamos músicos entregues à conversa dos seus instrumentos. Algo convidem a percussão de Camilo Tirado e os sopros de mais exigente, pode fundar e sustentar uma maturidade possível lá encontrar. Lá, na pista. Tal como aqui, no palco. indizível, porque semi-telepático, que tem que ver com a Étienne Jaumet e Liza Bec – todos iluminados em palco pelo crescente e totalmente singular? São perguntas a mais Mas o que fez James Holden aí, na pista e no estúdio, ligação mágica gerada entre pessoas a tocar juntas. vídeo de Dan Tombs – para continuarem, a cada tema, essa para começar mas, de certa forma, todas vão ter à mesma e como é que isso o trouxe até aqui ao lugar onde está ele Em bom rigor, o culpado ontológico terá sido o seu amigo conversa musical começada em disco mas que é ampliada ideia. E – no caso do artista chamado James Holden – agora, em novembro de 2018, imerso num ensemble não , o primeiro a convencê-lo a migrar o arsenal de e transformada cada noite em palco. trata-se de uma ideia central, mesmo se difícil de explicar, tanto para o liderar quanto para o fazer dialogar? É difícil de sintetizadores modulares para um palco, de modo a integrar, Mesmo tendo muitas saudades de o ouvir numa pista, ainda que seja essa a tentativa dos parágrafos seguintes. explicar porque é, fundamentalmente, uma coisa sensorial. em 2011, o Caribou Vibration Ensemble em três noites é inevitável não aceitar e perceber que o lugar dele é aqui, Pouco interessa se, para alguns, “tocar” ainda é verbo Religiosamente pagã e, talvez, espiritualmente animal. especiais. Mas será quem, dois anos mais tarde, a cumprir a sua música com estas pessoas, neste momento. difícil de conjugar com o sujeito “dj”. No caso de James Felizmente, o hit precoce que o tirou do anonimato acaba por convencê-lo a levar para palco The Inheritors (como Talvez hoje, para uma parte de nós, bater o pé ou abanar Holden, tudo começa aí: na sua essência musical, seja numa não o transformou num pré-Avicii. Foram os outros, nunca suporte da digressão norte-americana dos Atoms for Peace). a cabeça não chegue. Talvez dê vontade de dançar ou de faixa original, numa remistura, num dj set ou num mix CD. ele, quem pensou que a missão de Holden era fabricar hinos Tom Page, na bateria, foi o primeiro e essencial parceiro. deitar no chão de olhos fechados. Quem sabe? Qual é o valor James Holden é um músico, um compositor, um pensador progressive. Assim que se libertou da editora-vampiro, Tudo começou na interacção entre os dois mesmo quando, do desconhecido? A virtude da surpresa? A vantagem do da música. Foi-o sempre, mesmo quando ainda não sabia James preferiu seguir o seu caminho e, à medida que o por vezes, o saxofonista Étienne Jaumet ampliava para trio inesperado? Qual é o risco do imprevisto? Com James Holden, que o era. É-o antes e depois de ser um matemático, foi percorrendo, acabou por mudar as regras do que pode o duo Holden/Page. Entretanto foram ganhando a confiança quando chegamos à zona de conforto, ele já de lá fugiu. Para desenhador de software ou inventor de hardware. É-o ser um dj set, uma remistura, ou a música para uma pista performativa que só muitos concertos, palcos e quilómetros onde irá? E nós? Até onde estamos dispostos a ir com ele? independentemente do seu treino clássico (piano e violino) que dança. Do que pode ser tocado, como pode ser tocado, podem dar (perguntem a quem os viu em Lisboa a 18 de abril ou do seu virtuosismo técnico. É-o pelas ideias que explora sequenciado, misturado, loopado, manipulado, transformado de 2015). A partir daqui nada foi como antes. Mesmo que tudo Pedro Fradique (Lux Frágil) e que o fazem fazer música. É-o pelos processos que e edificado em algo novo, único, singular e absolutamente continuasse a ser feito pela mesma razão, com o mesmo fim pesquisa, cria e escolhe na feitura da “sua” música. É isso autoral. Algo profundamente pessoal mas, ao mesmo e com a mesma convicção com que se havia feito até aqui. que liga tudo, das festas adolescentes na floresta até à tempo, universal e intemporal. Algo que, acima de tudo, E agora, quem é este é Holden? Quem são os Animal digressão onde se insere o concerto que, esta noite, nos reafirma o poder transportador e hipnotizante da música. Spirits? Para o que é que fomos convocados, aqui e é dado a ver no palco da Culturgest. Provavelmente, é por isso que, mais do que fãs, Holden foi agora? Talvez seja melhor deixar a resposta a cada um, Os resumos biográficos obrigam a fazer rewind até 1999 conquistando verdadeiros devotos que reconheciam nele aproveitando a atenção de quem leu até aqui apenas para e deixam claro um pressuposto que não é indiferente a este qualquer coisa – talvez um grau de risco e de desafio aos um rápido resumo dos capítulos mais recentes. Em 2014, momento: como Holden, muitos dos que hoje aqui estão vêm bailarinos – virtualmente impossível de encontrar, daquela Holden tem a oportunidade de tocar e gravar, em Marrocos, da pista. Sim, da pista de dança. Esse sítio escuro com luzes forma em qualquer outro dj do seu tempo. com Maalem Mahmoud Guinia, lenda da música Gwana, ritmadas e corpos em movimento, onde um maestro-às- Falta lembrar que, paralelamente à pregação sónica que viria a morrer pouco depois. A importância de, com vezes-compositor, sem orquestra nem pauta, pode edificar à pista, James Holden funda e lidera uma editora-farol uma orquestra de guembri e kakebs, sentir esse “momento sinfonias sensoriais de uma noite só. Foi aí que demos por – a Border Community – e continua a experimentar até mágico” de uma entrega coletiva, ganha então uma ele. Foi a partir da “cabine de dj” – púlpito solitário ao qual, onde pode ir mexendo e remisturando a música de outros. dimensão ainda mais vital. Tal como a noção de indução de nos últimos anos, não voltou – que ele nos começou a trocar Os outros podiam ser cúmplices da Border (Nathan Fake, transe (importante não confundir com trance) pela repetição, as voltas, mostrando que o desconhecido, mesmo quando Avus, Dextro), ou os New Order, , , algo que explora em 2015 ao participar nos concertos de a Britney Spears ou a Madonna, mas havia sempre uma homenagem Hello, Terry Riley. Do trabalho aí desenvolvido TEOLOGIA assinatura dele, uma atenção total ao detalhe aliada sairá, no ano seguinte, Outdoor Museum of Fractals, uma à capacidade de estilhaçar o ponto de partida e propor – peça de 47 minutos de diálogo shamânico entre as tablas lá está, mais uma vez – caminhos desconhecidos. de Camilo Tirado e os arpejos analógicos de Holden. Nesse TRANSE Em 2006, The Idiots Are Winning será um quase mesmo ano recebe no seu estúdio – entretanto ampliado manifesto feito disco. Contra a previsibilidade e a falta para cumprir a sua vocação de “comunidade fronteiriça” – Quanto vale a coerência de um artista? Aliás, o que é – de risco de muita da música feita com máquinas. De quem o ensemble Gwana, agora liderado pelo filho de Mahmoud. ou poderá ser – a coerência no percurso de um criador? a cria e de quem a ouve. A partir desse momento, Holden Tudo estava a postos para o capítulo que nos traz até ao A sua ética? A sua inquietação? A sua entrega? E essa opta por ser ainda mais exigente: consigo primeiro e, presente: a gravação, durante uma semana, do disco a que entrega, ética e inquieta, poderá ser reconhecível ao inevitavelmente, connosco. E será na (mais de) meia dúzia chamou James Holden & The Animal Spirits, lançado há longo de diferentes épocas e contextos? Existirá alguma de anos que demora a fazer o seu segundo disco – The exatamente um ano. Gravou-o como nunca tinha feito antes: espécie de imperativo categórico criativo capaz de guiar Inheritors – que vai percebendo que já não basta só ele, em takes únicos, sem overdubs, com toda a gente a tocar ao e unificar quase duas décadas de actividade musical em a matemática e as máquinas. Começa aí a viragem que mesmo tempo com uma liberdade jazzística que passou a contínua mutação evolutiva? Podem vários anos de discos, o irá trazer da solidão da cabine para uma comunidade fazer parte da sua música. Tal como aqui vai acontecer: com remisturas, dj sets e, por fim, concertos, conter múltiplas de criação que só cabe num palco. Mais ainda: para uma a bateria de Tom Page a interferir nas estruturas emanadas metodologias e, ao mesmo, reflectir uma demanda comum? assustador, mesmo quando desconfortável, pode ser tão criação musical que só pode acontecer ali, num diálogo de pela maquinaria de James Holden de modo a que, juntos, E essa procura, que é sempre a mesma mas cada vez mais, tão muito mais do que tudo aquilo que achávamos músicos entregues à conversa dos seus instrumentos. Algo convidem a percussão de Camilo Tirado e os sopros de mais exigente, pode fundar e sustentar uma maturidade possível lá encontrar. Lá, na pista. Tal como aqui, no palco. indizível, porque semi-telepático, que tem que ver com a Étienne Jaumet e Liza Bec – todos iluminados em palco pelo crescente e totalmente singular? São perguntas a mais Mas o que fez James Holden aí, na pista e no estúdio, ligação mágica gerada entre pessoas a tocar juntas. vídeo de Dan Tombs – para continuarem, a cada tema, essa para começar mas, de certa forma, todas vão ter à mesma e como é que isso o trouxe até aqui ao lugar onde está ele Em bom rigor, o culpado ontológico terá sido o seu amigo conversa musical começada em disco mas que é ampliada ideia. E – no caso do artista chamado James Holden – agora, em novembro de 2018, imerso num ensemble não Dan Snaith, o primeiro a convencê-lo a migrar o arsenal de e transformada cada noite em palco. trata-se de uma ideia central, mesmo se difícil de explicar, tanto para o liderar quanto para o fazer dialogar? É difícil de sintetizadores modulares para um palco, de modo a integrar, Mesmo tendo muitas saudades de o ouvir numa pista, ainda que seja essa a tentativa dos parágrafos seguintes. explicar porque é, fundamentalmente, uma coisa sensorial. em 2011, o Caribou Vibration Ensemble em três noites é inevitável não aceitar e perceber que o lugar dele é aqui, Pouco interessa se, para alguns, “tocar” ainda é verbo Religiosamente pagã e, talvez, espiritualmente animal. especiais. Mas será Thom Yorke quem, dois anos mais tarde, a cumprir a sua música com estas pessoas, neste momento. difícil de conjugar com o sujeito “dj”. No caso de James Felizmente, o hit precoce que o tirou do anonimato acaba por convencê-lo a levar para palco The Inheritors (como Talvez hoje, para uma parte de nós, bater o pé ou abanar Holden, tudo começa aí: na sua essência musical, seja numa não o transformou num pré-Avicii. Foram os outros, nunca suporte da digressão norte-americana dos Atoms for Peace). a cabeça não chegue. Talvez dê vontade de dançar ou de faixa original, numa remistura, num dj set ou num mix CD. ele, quem pensou que a missão de Holden era fabricar hinos Tom Page, na bateria, foi o primeiro e essencial parceiro. deitar no chão de olhos fechados. Quem sabe? Qual é o valor James Holden é um músico, um compositor, um pensador progressive. Assim que se libertou da editora-vampiro, Tudo começou na interacção entre os dois mesmo quando, do desconhecido? A virtude da surpresa? A vantagem do da música. Foi-o sempre, mesmo quando ainda não sabia James preferiu seguir o seu caminho e, à medida que o por vezes, o saxofonista Étienne Jaumet ampliava para trio inesperado? Qual é o risco do imprevisto? Com James Holden, que o era. É-o antes e depois de ser um matemático, foi percorrendo, acabou por mudar as regras do que pode o duo Holden/Page. Entretanto foram ganhando a confiança quando chegamos à zona de conforto, ele já de lá fugiu. Para desenhador de software ou inventor de hardware. É-o ser um dj set, uma remistura, ou a música para uma pista performativa que só muitos concertos, palcos e quilómetros onde irá? E nós? Até onde estamos dispostos a ir com ele? independentemente do seu treino clássico (piano e violino) que dança. Do que pode ser tocado, como pode ser tocado, podem dar (perguntem a quem os viu em Lisboa a 18 de abril ou do seu virtuosismo técnico. É-o pelas ideias que explora sequenciado, misturado, loopado, manipulado, transformado de 2015). A partir daqui nada foi como antes. Mesmo que tudo Pedro Fradique (Lux Frágil) e que o fazem fazer música. É-o pelos processos que e edificado em algo novo, único, singular e absolutamente continuasse a ser feito pela mesma razão, com o mesmo fim pesquisa, cria e escolhe na feitura da “sua” música. É isso autoral. Algo profundamente pessoal mas, ao mesmo e com a mesma convicção com que se havia feito até aqui. que liga tudo, das festas adolescentes na floresta até à tempo, universal e intemporal. Algo que, acima de tudo, E agora, quem é este é Holden? Quem são os Animal digressão onde se insere o concerto que, esta noite, nos reafirma o poder transportador e hipnotizante da música. Spirits? Para o que é que fomos convocados, aqui e é dado a ver no palco da Culturgest. Provavelmente, é por isso que, mais do que fãs, Holden foi agora? Talvez seja melhor deixar a resposta a cada um, Os resumos biográficos obrigam a fazer rewind até 1999 conquistando verdadeiros devotos que reconheciam nele aproveitando a atenção de quem leu até aqui apenas para e deixam claro um pressuposto que não é indiferente a este qualquer coisa – talvez um grau de risco e de desafio aos um rápido resumo dos capítulos mais recentes. Em 2014, momento: como Holden, muitos dos que hoje aqui estão vêm bailarinos – virtualmente impossível de encontrar, daquela Holden tem a oportunidade de tocar e gravar, em Marrocos, da pista. Sim, da pista de dança. Esse sítio escuro com luzes forma em qualquer outro dj do seu tempo. com Maalem Mahmoud Guinia, lenda da música Gwana, ritmadas e corpos em movimento, onde um maestro-às- Falta lembrar que, paralelamente à pregação sónica que viria a morrer pouco depois. A importância de, com vezes-compositor, sem orquestra nem pauta, pode edificar à pista, James Holden funda e lidera uma editora-farol uma orquestra de guembri e kakebs, sentir esse “momento sinfonias sensoriais de uma noite só. Foi aí que demos por – a Border Community – e continua a experimentar até mágico” de uma entrega coletiva, ganha então uma ele. Foi a partir da “cabine de dj” – púlpito solitário ao qual, onde pode ir mexendo e remisturando a música de outros. dimensão ainda mais vital. Tal como a noção de indução de nos últimos anos, não voltou – que ele nos começou a trocar Os outros podiam ser cúmplices da Border (Nathan Fake, transe (importante não confundir com trance) pela repetição, as voltas, mostrando que o desconhecido, mesmo quando Avus, Dextro), ou os New Order, Radiohead, Depeche Mode, algo que explora em 2015 ao participar nos concertos de

Brevemente James Holden burst suddenly and dramatically Música onto the dance music scene in 2000, but, in the current decade, he distanced himself from 15 NOV JAMES Música many of the galaxies of this musical universe, QUI 21:00 systematically renouncing, over the years, some Grande Auditório of its codes and behaviours, while also, to the M/6 amazement of many, abandoning his art of DJing. HOLDEN Until we arrived at The Inheritors, a fabulous work from 2013, in which we finally understood MIDORI TAKADA in which direction Holden’s music was heading: & crepuscular techno, electronics in a psychedelic spiral and an implicit notion of jazz that emerged from the complex structures of his modular 28 NOV Música THE QUA 21:00 synthesizers. The Animal Spirits is, finally, the Grande Auditório full realisation of that greater desire. In this M/6 album, electronics is an imposing springboard to something bigger that lives and vibrates in his ANIMAL music, where jazz, folk and African rituals coexist PETER EVANS & in a collective euphoria that also takes over the body. Because it’s still dance music. There are SPIRITS ORQUESTRA JAZZ still machines at work. But now these machines are invaded by nature, by animal spirituality, as if DE MATOSINHOS they were dreaming like us.

PERCEPTION SINTETIZADORES MODULARES James Holden THE BATERIA BEYOND Tom Page PERCUSSÃO KNOWING Camilo Tirado ANIMAL SAXOFONE Étienne Jaumet SAXOFONE, CLARINETE, FLAUTA DE BISEL Liza Bec SPIRITS VÍDEO EM TEMPO REAL Dan Tombs TÉCNICO DE SOM Pete Flinton 7 NOV 2018 APOIO QUA 21:00 Grande Auditório M/6

Brevemente James Holden burst suddenly and dramatically Música onto the dance music scene in 2000, but, in the current decade, he distanced himself from 15 NOV JAMES Música many of the galaxies of this musical universe, QUI 21:00 systematically renouncing, over the years, some Grande Auditório of its codes and behaviours, while also, to the M/6 amazement of many, abandoning his art of DJing. HOLDEN Until we arrived at The Inheritors, a fabulous work from 2013, in which we finally understood MIDORI TAKADA in which direction Holden’s music was heading: & crepuscular techno, electronics in a psychedelic spiral and an implicit notion of jazz that emerged from the complex structures of his modular 28 NOV Música THE QUA 21:00 synthesizers. The Animal Spirits is, finally, the Grande Auditório full realisation of that greater desire. In this M/6 album, electronics is an imposing springboard to something bigger that lives and vibrates in his ANIMAL music, where jazz, folk and African rituals coexist PETER EVANS & in a collective euphoria that also takes over the body. Because it’s still dance music. There are SPIRITS ORQUESTRA JAZZ still machines at work. But now these machines are invaded by nature, by animal spirituality, as if DE MATOSINHOS they were dreaming like us.

PERCEPTION SINTETIZADORES MODULARES James Holden THE BATERIA BEYOND Tom Page PERCUSSÃO KNOWING Camilo Tirado ANIMAL SAXOFONE Étienne Jaumet SAXOFONE, CLARINETE, FLAUTA DE BISEL Liza Bec SPIRITS VÍDEO EM TEMPO REAL Dan Tombs TÉCNICO DE SOM Pete Flinton 7 NOV 2018 APOIO QUA 21:00 Grande Auditório M/6