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O Mito do Álamo no Cinema Americano

Breno GIROTTO1 [email protected]

O Estados Unidos é uma nação que idolatra seus heróis. De George Washington, Thomas Jefferson e Benjamim Franklin a John Kennedy, passando por Abraham Lincoln e Tio Sam, os norte-americanos criaram um culto não só a figuras políticas mas também a eventos que julgam serem essenciais para a construção de sua nação. A Revolução Americana, Guerra de Secessão e até mesmo a Segunda Guerra Mundial são eventos que foram reencenados e cultuados através das décadas. A Batalha do Álamo sem dúvida foi um desses conflitos que constituem a nacionalidade americana. Isso é facilmente percebido quando se depara com a quantidade de material produzido sobre a batalha. Músicas, livros, seriados para a TV e principalmente filmes, tratam de relembrar a luta dos combatentes do Forte Álamo. Seus combatentes mais notórios, como , William Travis e Jim Bowie, são representam os valores da nação e servem de inspiração na construção de uma identidade americana.

Um dos filmes mais importantes sobre a Batalha do Álamo, The Alamo, dirigido e produzido por John Wayne, ator reconhecido por seus sucessíveis papeis em filmes do gênero , é uma versão muito íntima e particular de seu diretor e revelava sua visão de mundo e sua versão do conflito. Lançado em 24 de outubro de 1960, Wayne sempre foi um apaixonado pelo Álamo e acreditava que seu filme era um retrato fiel do conflito. Este trabalho tem como objetivo apresentar a pesquisa desenvolvida até o momento, assim como objetivos e perspectivas do projeto para o futuro.

A Batalha do Álamo.

A Batalha do Álamo ocorreu em 1836 em uma antiga missão abandonada fundada por espanhóis em 17182. Foi um conflito envolvendo o governo mexicano, sob presidência de Antonio Lopes de Santa Anna e colonos da província do Texas que se revoltaram quanto a medidas autoritárias do presidente mexicano. O fluxo de norte americanos era frequente desde

1 Mestrando em história pela UNESP/Assis. 2 RIERA, E. G. México visto por el cine extranjero. México: Ediciones Era. 1989. p. 198.

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1821, quando o ainda vigente governo espanhol autorizou o estabelecimento de uma empresa de colonização norte americana. No entanto após a concessão, o México se tornou independente e tinha interesse em colonizar o Texas. Para contornar a situação, o governo mexicano exigia que os colonos americanos adotassem a língua e cultura mexicana, além de se casarem com mexicanos3. Os colonos que aceitassem estas condições poderiam adquirir até uma légua de terra (aproximadamente 4 mil acres) por menos de 200 dólares, com crédito fácil e isento de taxações durante sete anos. Com essas medidas, o México procurava instituir a "mexicanização" dos colonos e reduzir qualquer risco de perder a soberania na distante província do Texas. No entanto os novos colonos não adotaram estas medidas4.

Nesta altura, os colonos americanos no Texas já ultrapassavam em muito os habitantes de origem hispano-mexicana, a "mexicanização" falhou e o governo mexicano perdeu o controle da população anglo-americana, que além de praticar seus costumes trouxe também a escravidão. A comunicação entre o Texas e a capital mexicana era dificultada pela distancia e isolamento da província, que se aproximou dos Estados Unidos, principalmente Nova Orleans e o mercado escravagista do Sul. O caráter centralista do governo do general Antônio Lopez Santa Anna desagradou os colonos anglo-americanos do Texas que necessitavam de autonomia para comercializar com os estados sulistas dos Estados Unidos. Isso motivou a revolta destes colonos que defendiam a liberdade de comércio e a expansão de terras sobre o território fronteiriço5.

A Batalha do Álamo foi uma dentre as diversas batalhas da Revolução do Texas, revolução que tornou o Texas um Estado independente até ingressar na União em 1846. Sua importância é atribuída ao fato de que o cerco das tropas mexicanas aos 180 anglo-americanos possibilitou que as demais tropas anglo-texanas se reorganizassem e vencessem a Batalha de San Jacinto, meses depois6. Os defensores do forte, em sua maioria homens de fronteira que avançavam sobre o território espanhol em busca de terras férteis, resistiram por quase duas semanas aos ataques do exército regular mexicano. A batalha terminou com a morte de quase todos os integrantes da velha missão, com exceção de algumas mulheres e crianças.

3 TOTA, A. P. Os Americanos. São Paulo: Contexto, 2009. p. 65. 4 SCHOULTZ, L. Estados Unidos: poder e submissão. Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 36. 5 TOTA, A. P. op. cit. 2009. p 65/66. 6 PICCINELLI, M. El western y la relación entre la leyenda y realidad en el relato histórico cinematográfico. III Congreso Internacional de la Asociación Argentina de Estudios de Cine y Audiovisual, 2012. p. 3.

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No entanto, por que sustentar a memória sobre uma batalha que se perdeu? Apesar da paixão do americanos pelos vencedores, o mito do Álamo demonstra que eles também conseguem reconhecer os derrotados, principalmente aqueles baseados no apelo romântico do mito da resistência até a morte, daqueles que sacrificam suas vidas por um bem maior. O mundo Ocidental tem um apreço muito grande por demonstrações de heroísmo e o mito da Batalha de Termópilas é um dos primeiros exemplos deste tipo de heroísmo, quando 300 soldados espartanos lutaram contra um exército muito maior de persas. O mito da última resistência dos espartanos serve de modelo para o mito do Álamo, transformando o que antes era uma fraca resistência e um massacre em um mito de uma épica batalha que representa o auto-sacrifício. Não muito depois da batalha de 6 de março de 1836, o Álamo já era conhecido como a Termóplias do Texas.

O interesse pelo conflito surgiu logo após o seu fim. Semanas após a queda do Álamo, já era lançado o primeiro livro sobre a batalha, Crockett's Exploit and Adventures in Texas. O livro, escrito supostamente baseado nos diários de David Crockett, uma figura quase mitológica de fronteira norte-americana e um dos combatentes mais notórios do forte Álamo, foi escrito por Richard Penn Smith adotando o tom romântico e heroico sobre a batalha. Smith constrói o mito da última resistência a partir das palavras de William Barret Travis, um dos líderes do Álamo: "no caso do inimigo tomar o forte, lutem até o último suspiro, e façam da sua vitória mais difícil para eles do que para nós" (TUCKER, 2010: 4). Da mesma forma o veterano da Revolução do Texas, William P. Zumber, ao publicar seus relatos, consolidou o mito de que nenhum membro do Forte tentou escapar ou se render, e que todos eles morreram lutando.

No entanto, outros relatos contemporâneos refutam a tese do "auto-sacrifício" dos combatentes do Álamo. Juan Nepomuceno Almonte, um jornalista que acompanhava as tropas mexicanas, relatou que "o inimigo tentou em vão partir [do Álamo], mas eles foram surpreendidos e mortos pela espada [da cavalaria mexicana]" (TUCKER, 2010: 9). O relato do General mexicano Joaquim Ramirez y Sesma vai de encontro com o relato de Nepomuceno, descrevendo diversas tentativas de fugas do forte, em torno de 120 homens divididos em três grupos.

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The Alamo: a versão de John Wayne

Em 1960 foi lançado nos Estados Unidos o filme The Alamo, dirigido, produzido e estrelado por John Wayne. Com duração de 167 minutos, conta história do cerco ao forte Álamo, onde 182 norte-americanos foram derrotados pelas tropas do general Antonio Lopez de Santa Anna no episódio conhecido como a Batalha do Álamo. Wayne era um apaixonado pelo Álamo. Para ele, a batalha representava os principais valores dos EUA: rebeldes, lutando em menor número, sacrificando suas vidas em nome da liberdade. Desde a adolescência ele alimentava esta paixão:

"Eu tinha lido a história do nosso país, e eu fiquei fascinado com a história do Álamo. Para mim, representa a luta pela liberdade, não apenas na América, mas em todos os países [...] É uma história de liberdade, coragem e fazer o certo na face das adversidades" (FARKIS, 2015: 2)

O Filme de John Wayne não era o primeiro filme e nem foi o último ao tratar da história do cerco ao forte Álamo. A quantidade de filmes sobre a batalha é vasta: The Immortal Alamo, de Gaston Méliès, produzido em 1911, foi o primeiro filme sobre o conflito. Em 1916 foi lançado The . Em 1926, foi lançado o Crockett at the fall of the Alamo, dirigido por Robert Bradburry, e em 1936 foi lançado The , de Harry Fraser. Durante a década de 1950, foram produzidos três filmes sobre o Álamo ou seus personagens, são eles: The man from the Alamo (1953), The Last Command (1954), (1956) e Davy Crockett, king of the wild frontier (1955). O mais recente filme sobre o Álamo é o The Alamo, dirigido por John Lee Hancock, lançado em 2004.

Wayne acreditava que seu filme seria diferente de todos os outros produzidos até o momento. John Cutts escreveu em dezembro de 1960 em sua coluna na revista britânica Film and Filming uma análise sobre o filme e lembra de uma conversa que teve com o próprio John Wayne:

"Há alguns anos, discutindo sobre a história do Álamo com o senhor Wayne, lhe perguntei se já não se tinha visto em demasiado sobre essa derrota americana. Wayne se opôs a isso dizendo que seu filme seria completamente diferente". (RIERA, 1989: 198)

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Apesar de ser uma história sobre o heroísmo americano, Wayne queria produzir uma versão do conflito que agradasse americanos e mexicanos. Seu objetivo era filmar O Álamo ao sul da fronteira, muito por conta dos custos da produção, que ficariam em torno da metade dos valores se as filmagens ocorressem no Texas. No entanto, filmá-lo ao sul da fronteira poderia trazer problemas quanto à recepção do filme. Jesse Jones, um político do partido democrata, admirador de Sam Houston, e Bob O'Donnell, o homem mais poderoso da indústria do entretenimento do Texas, alertaram Wayne que filmar a batalha mais heroica da história do Texas no México poderia ofender todos os texanos, e se ele persistisse poderia não receber financiamento dos texanos e mesmo poderia ter seu filme boicotado no Texas.

Não encontrando outra saída, John Wayne decidiu filmá-lo no Texas. Os custo da produção atingiram a marca de 12 milhões até o fim das filmagens, quantia extraordinária para um filme produzido em 1959. Apesar dos riscos do alto investimento, para John Wayne O Álamo não se tratava de dinheiro. Ele era muito pessoal, autobiográfico, catártico. Quase uma cruzada pessoal de John Wayne. Aissa Wayne, filha mais nova de John Wayne, acredita que este era o grande projeto de seu pai, quase sua redenção por não ter servido na Segunda Guerra Mundial: "Eu acredito que filmar O Álamo se tornou a forma particular de combate de meu pai. Mais que uma obcessão, este foi o mais intenso projeto pessoal de sua carreira" (OLSON; ROBERTS, 1995: 33) . Os historiadores Randy Roberts e James S. Olson, em John Wayne - American, acreditam que O Álamo dizia mais sobre o próprio Wayne do que sobre a batalha de março de 1836. Para eles, Wayne utilizou este filme para explicar a si mesmo, sua carreira, seu estilo de vida e seu patriotismo. Era sua confissão, uma carta aberta para 150 milhões de americanos.

O Álamo de John Wayne não era apenas mais uma versão sobre a batalha, não era apenas mais um filme perante uma grande filmografia construída por décadas. Esta era a versão de John Wayne, uma das maiores estrelas de Hollywood. Os filmes de Wayne eram conhecidos e admirado no mundo todo. Desde o premiê soviético, Nikita Khrushchev, até o imperador japonês Hirohito, seus filmes agradavam os públicos mais variados e eram sucesso de bilheteria. E a sua versão da batalha do Álamo seria o ponto mais alto da sua carreira. Wayne acreditava que o sucesso desse filme decidiria seu futuro, este era seu primeiro filme como diretor, e para garantir seu sucesso, ele precisava de uma boa publicidade. Para isso que

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Russel Bidwell, um publicitário do Texas, foi contratado. Birdwell conhecia as pessoas necessárias e os caminhos certos para a divulgação do filme e antes mesmo do fim das filmagens já começou a trabalhar nisso. Ele vendeu O Álamo como um filme patriótico, a história de americanos que, em nome da liberdade, sacrificaram suas vidas pelo que acreditava. Se reuniu com o governador do Texas, Peter Daniel, para declarar o dia 6 de março de 1960, 124º aniversário da queda do Álamo como o Alamo Day e pedir a ajuda do governador na divulgação do filme. Birdwell conversou com os Filhas da República do Texas, uma fundação criada para lembrar e homenagear os combatentes da Revolução do Texas, para homenagear John Wayne com um prêmio especial, talvez o declarando "herói honorário do Álamo".

Birdwell até mesmo entrou em contato com o vice-presidente Richard Nixon para pedir ajuda na divulgação do filme, adiantando o suporte de John Wayne a sua campanha. Wayne esperava que O Álamo se tornasse um símbolo patriótico, ajudasse na eleição de Nixon para a presidência e fizesse muito dinheiro. Falhou nos três desejos. Nixon perdeu a eleição para John F. Kennedy, seu filme só arrecadou 2 milhões de dólares no primeiro mês e a crítica rechaçou o filme. Wayne não esperava muito da crítica, principalmente da Costa Leste, que sempre criticou seu trabalho. O The New Yorker escreveu: "Transformando um esplêndido capítulo de nosso passado em uma sentimental e pretensiosa tolice... Nada em O Álamo é sério... Nada é verdade... Ele é um modelo de distorção e vulgarização" (The New Yorker Apud OLSON; ROBERTS, 1995: 45-46). O Newsweek seguiu o mesmo caminho: "o seu lugar na história provavelmente será o de filme B mais caro já feito... B de banal." (Newsweek Apud OLSON; ROBERTS, 1995: 46). A crítica mexicana também rechaçou o filme. Armando del Moral, escrevendo para o diário Esto em 28 de outubro de 1960, reconhece o afeto pelo México demonstrado no filme, mas reserva severas críticas quanto à reconstrução histórica:

"A história, se não escrita com valentia, claridade de propósito e nobreza, não serve para esclarecer as mentes humanas e O Álamo, que é uma página da história em cores, foi escrita com o ideal de não ofender a ninguém, talvez pensando entreter ou justificar, resultando em um filme vistoso, que muitos prefeririam não ver, mas verão, para poder julgar." (RIERA, 1989: 200)

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O Álamo: um mito americano

Em meados do século XIX, o Texas era uma região de fronteira e como tal atraia diversos homens e mulheres que buscavam uma vida nova e a possibilidade de ascensão econômica. Esse foi o caso de Davy Crockett, Jim Bowie, William Travis e tantos outros homens que lutaram no Álamo e na Revolução do Texas. A fronteira tem um significado particular para os Estados Unidos e os Americanos. Para eles, a fronteira é a explicação do desenvolvimento e da consolidação da democracia americana pautada nos valores do individualismo e da liberdade. Essa é a tese sustentada por Frederick Jackson Turner, historiador americano do século XIX. Em seu artigo O Significado da Fronteira para a História Americana, propõe a tese de que os Estados Unidos se desenvolveram a partir e por causa da expansão da fronteira em direção ao oeste. Turner apoia sua tese em cinco argumentos: 1) O movimento de expansão para o Oeste explica-se pela presença de uma vasta porção de terras livres (free lands), conquistadas a partir de avanços sucessivos; 2) A fronteira é geradora do individualismo, e este é o elemento necessário para a formação da economia americana, sendo assimilado pelos donos das indústrias no final do século XIX que perpetuaram a tradição da fronteira, pois estes tinha o talento necessário para "domar os recursos fundamentais da nação"; 3) A fronteira contribuiu para a promoção da democracia, pois, segundo Turner, individualismo e democracia estão ligados; 4) a Fronteira foi o berço da americanização, forjando o caráter americano, individualista, democrático, otimista e pragmático; e por fim, 5) a Fronteira serviu como válvula de segurança para o excedente populacional e os descontentes do leste.

Além dos aspectos propostos por Turner, a Fronteira é um espaço quase místico que habita o imaginário americano. É o lugar onde surgem os heróis, onde os homens buscam a redenção. Esse espaço também pode ser definido como Wilderness. Segundo Mary Anne Junqueira, o wilderness pode ser entendido como o espaço que causa alguma desorientação no homem civilizado. É o local onde a civilização, que normalmente ordena e controla a vida deste homem, está ausente. Dessa forma existe as mais diversas formas de wilderness, de desertos e oceanos até cidades superpopulosas, mas que causam o sentimento de solidão e abandono. Apesar dessa definição ampla e complexa, para o imaginário americano o wilderness é associado ao espaço além da fronteira, e o Oeste é a separação entre este e a

8 civilização. Vinculado à identidade e às questões nacionais americanas, o wilderness foi apropriado pela literatura, televisão e Hollywood e teve seu mito desenvolvido por e para uma sociedade agrária e adaptado com sucesso às necessidades de uma República industrial emergente no século XIX. Já no século XX, este mito foi utilizado para mobilizar a população masculina a se engajar em guerras contra inimigos como o nazismo e o comunismo - principalmente no terceiro mundo, como o Vietnã, tido como um grande wilderness.

Dessa forma, buscamos analisar o filme O Álamo como fruto de sua própria temporalidade, percebendo o seu papel na construção do imaginário política na transição da década de 1950 e 1960. Este período foi um momento de mudanças na história americana. No plano político, as eleições presidenciais de 1960 marcam a transição do Governo Republicano de Dwight D. Eisenhower para o democrata católico John F. Kennedy. A sociedade via a consolidação do American way of life, da sociedade de consumo e crescimento da classe média americana, passava pelo crescimento da taxa de natalidade, o chamado baby boom do pós-guerra e principalmente temia uma guerra ou invasão comunista. Hollywood e John Wayne partilhavam deste medo. Imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial, organizações como a Motion picture alliance for the preservation of american ideals (MPA), começaram a surgir nos EUA para combater o fascismo e o comunismo na indústria do cinema. Em sua autobiografia, Wayne explica a razão de ter entrado na MPA: "Apesar de todas as complicações e pressões da minha vida pessoal e profissional, eu me senti atraído pela luta anti-comunista em Hollywood. Um tem que [ser] mais que apenas parte de um pequeno grupo. Nós somos parte de um mundo gigantesco.E temos responsabilidades para com este mundo. Eu tinha ciência de uma infiltração comunista na indústria do cinema desde 1937. Este era um importante alvo para o Partido Comunista, porque os filmes são um importante meio de comunicação em massa" (FARKIS, 2015: 15-16).

Assim, o filme O Álamo, de John Wayne, se torna uma fonte preciosa que reflete as nuances do período em que foi produzido, o fim da década de 1950 e o início de 1960, além de ser valioso para se entender a importância do mito da Batalha do Álamo no imaginário norte-americanos, e mais especificamente de John Wayne, uma das maiores estrelas de Hollywood, que encarava a produção desse filme como uma ferramenta importante em favor de um sentimento patriótico, da liberdade e democracia.

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