Canto De Intervenção Em Portugal: “O Povo É Quem Mais Ordena”

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Canto De Intervenção Em Portugal: “O Povo É Quem Mais Ordena” UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE LUDMILA JONES ARRUDA CANTO DE INTERVENÇÃO EM PORTUGAL: “O POVO É QUEM MAIS ORDENA” São Paulo 2016 LUDMILA JONES ARRUDA CANTO DE INTERVENÇÃO EM PORTUGAL: “O POVO É QUEM MAIS ORDENA” Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Letras. Orientadora: Prof. Dra. Regina Helena Pires de Brito (UPM) Co-orientador: Prof. Dr. José Eduardo Franco (Universidade de Lisboa) São Paulo 2016 A778c Arruda, Ludmila Jones. Canto de intervenção em Portugal: "o povo é quem mais ordena” / Ludmila Jones Arruda – São Paulo, 2016. 204 f. : il. ; 30 cm. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2016. Orientador: Profª. Drª. Regina Helena Pires de Brito Referência bibliográfica: p. 185-190 1. Lusofonia. 2. Canto de intervenção. 3. Revolução dos Cravos. I. Título. CDD 869.93 LUDMILA JONES ARRUDA CANTO DE INTERVENÇÃO EM PORTUGAL: “O POVO É QUEM MAIS ORDENA” Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Letras. Aprovada em 12 de agosto de 2016 BANCA EXAMINADORA Prof. Dra. Regina Helena Pires de Brito Universidade Presbiteriana Mackenzie ____________________________________________________________ Prof. Dr. José Eduardo Franco Universidade Aberta e Universidade de Lisboa Prof. Dra. Neusa Maria Oliveira Barbosa Bastos Universidade Presbiteriana Mackenzie Prof. Dra. Marlise Vaz Bridi Universidade Presbiteriana Mackenzie Prof. Dra. Vima Lia de Rossi Martin Universidade de São Paulo Prof. Dr. Alexandre Marcelo Bueno Pontifícia Universidade Católica Para os meus pais, que tanto me incentivaram. Para os que viveram as ditaduras e que foram silenciados. Para os cantores que, com suas vozes, nos libertam. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade concedida e por ter dirigido os meus passos até aqui; a Ele toda a honra e a glória! Aos meus pais, Arody e Zoraide, pelo apoio incondicional e por todo o suporte prestado durante a minha caminhada; aos meus irmãos, cunhada e família pelo constante incentivo; À minha querida orientadora, Prof. Dra. Regina Pires de Brito, por me inspirar, me corrigir e me orientar em todos os momentos desde o mestrado até a conclusão do doutorado; Ao meu co-orientador, Prof. Dr. José Eduardo Franco, por todo o apoio e pelas sugestões ao longo dos meus estudos e ainda, pela indicação de materiais e professores que certamente trouxeram valiosas contribuições para a presente pesquisa; A todos os membros da minha banca, Prof. Dra. Vima Lia de Rossi Martin; Prof. Dra. Neusa Maria Barbosa Bastos; Prof. Dra. Marlise Vaz Bridi e Prof. Dr. Alexandre Marcelo Bueno, por todas as propostas, comentários e correções acerca da minha pesquisa, que foram e serão indispensáveis para o meu crescimento acadêmico, e ainda, à Prof. Dra. Vera Lúcia Harabagi Hanna também pelas sugestões dadas durante a qualificação; Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por toda a competência, pelo profissionalismo e pela motivação; À Universidade de Lisboa, especialmente a equipe do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa (CLEPUL), por ter me acolhido, me auxiliado e por toda a orientação prestada no decurso dos meus estudos em Lisboa; A todos os entrevistados desta pesquisa, o jornalista e escritor José Jorge Letria; aos cantores Sérgio Godinho e Francisco Fanhais e ao Prof. Dr. António Borges Coelho, Prof. Dr. Fernando Rosas e Prof. Dr. Pedro Calafate: a todos o meu profundo agradecimento pela disposição, atenção e cuidado ao me conceder as entrevistas e as devidas correções; e também ao Prof. Dr. António Nóvoa pela indicação de nomes que foram fundamentais para a entrevista; À Associação José Afonso (AJA) e à Torre do Tombo, pela atenção, pela recepção e pela disponibilização de materiais e documentos que foram indispensáveis para a realização da minha pesquisa; À Biblioteca Casa de Portugal, que mais uma vez contribuiu com empréstimos de materiais, documentos e obras que foram importantes para a realização do meu trabalho; Aos meus amigos que me acompanharam e me deram apoio em algumas questões acerca da tese, em especial Priscilla Barbosa Ribeiro, Vanessa Maria da Silva, Jade, Márcio e Sabrina Bettini; e aos que me auxiliaram durante a estadia em Lisboa; Aos colegas do curso de Pós-Graduação em Letras pelo incentivo e companheirismo; À Universidade Presbiteriana Mackenzie, pelo apoio e recursos para o desenvolvimento da pesquisa; À Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Nível Superior (CAPES), agência financiadora deste projeto, pelo incentivo e financiamento dos estudos no Brasil e no exterior; Finalmente, a todos aqueles que me acompanharam nesses quatro anos e me motivaram a concluir mais uma etapa em minha vida. Todos os conselhos, orações e palavras de apoio foram fundamentais ao longo desses anos. Foi bonita a festa, pá Fiquei contente. E ainda aguardo, renitente Um velho cravo para mim. Já murcharam a tua festa, pá Mas certamente Esqueceram uma semente em algum Canto de jardim. Sei que há léguas a nos separar Tanto mar, tanto mar Sei também quanto é preciso, pá Navegar, navegar. Canta a primavera pá Cá estou carente Manda novamente algum cheirinho De alecrim! (Chico Buarque, 1978) ARRUDA, Ludmila Jones. Canto de Intervenção em Portugal: “O Povo é Quem Mais Ordena”. São Paulo, 2016. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) RESUMO Entre 1933 e 1974, o Estado Novo, regime opressor e autoritário iniciado com António de Oliveira Salazar, trouxe consequências desastrosas para Portugal, agravadas com o início da Guerra Colonial em 1961. Essa situação acarretou inúmeros protestos, desde reuniões, encontros acadêmicos, grupos ativistas, produções literárias até canções de intervenção que denunciavam a política e revelavam a luta, a insatisfação e o descontentamento popular – aspectos de destaque na presente pesquisa. Inserido no âmbito dos Estudos Lusófonos, o presente estudo propõe investigar elementos linguístico e poéticos presentes em canções de intervenção portuguesa compostas no período pré e pós Revolução dos Cravos. Recorre-se, para tratar dos aspectos históricos do Estado Novo, em especial sobre a atuação do governo e as ações da polícia que reprimiram a circulação de obras e a difusão de canções contrárias ao ideário salazarista, aos estudos de Meneses (2011), Rosas (2013) e Pimentel (2007, 2011). Para a seleção das canções que compõem o corpus analisado, procedeu-se a uma série de entrevistas com ativistas que reagiram às imposições da censura naquela época: os cantores José Letria – hoje escritor e jornalista – Sérgio Godinho e Francisco Fanhais e os acadêmicos Fernando Rosas, António Borges Coelho e Pedro Calafate, que contribuíram com informações e indicações de canções que significativas no período final do Estado Novo. Neste aspecto, lidando com a questão da memória, foi importante o aporte teórico de Halbwachs (2013), Le Goff (1996), Traverso (2009). Para a escolha das sete canções - Grândola Vila Morena, Menina dos Olhos Tristes, Vampiros, O Menino do Bairro Negro, de Zeca Afonso, e Cantar da Emigração e Trova do Vento que Passa, de Adriano Correia de Oliveira, e por fim, Liberdade, de Sérgio Godinho - considerou-se, também, o sucesso da canção, mensurado pela ação da censura e pela popularidade alcançada por cantores como Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira. No esteio de alguns pesquisadores como Raposo (2000) e Letria (1999, 2013) para a parte analítica, foi possível traçar elementos reveladores da importância das canções resgatadas para a (re)construção identitária dos portugueses. Além disso, possibilitou perceber como as mensagens permanecem latentes na sociedade portuguesa nos dias atuais – como se pôde verificar com as manifestações da recente crise econômica europeia, quando algumas dessas canções voltaram a ser entoadas, revestidas de novo valor simbólico, mas resgatando o tom de denúncia e protesto, tendo seu conteúdo ressemantizado e atualizado. Palavras-chave: Lusofonia, Canto de Intervenção, Revolução dos Cravos. ARRUDA, Ludmila Jones. Canto de Intervenção em Portugal: “O Povo é Quem Mais Ordena”. São Paulo, 2016. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) ABSTRACT Between 1933-1974, Estado Novo (New Estate), na authoritarian and opressive regime ocurred in Portugal under the government of António de Oliveira Salazar, brought huge impacts in Portugal, worsened by the beginning of the Colonial War in 1961. This situation led to a number of protests, gatherings, academic groups, ativists, literary productions and revolutionary songs which denounced the politics and revealed the fight, the dissatisfaction and the popular discontentment – being the core of this research. Inside Lusophone studies, the present paper aims to investigate the poetic and linguistic discursive elements present in Portuguese intervention songs composed before and after the Carnation Revolution (1974). The historic aspects of the Estado Novo is – mainly – based on the studies of Meneses (2011), Rosas (2013) and Pimentel (2007, 2011) specially on how the government used to act through censorship, which stopped the spread of protest songs and the diffusion of ideas which were against Salazar’s ideology. In order to select the songs for the analysis, six people were interviewed, amongst ativists and
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