Universidade Federal De Goiás Faculdade De Comunicação E Biblioteconomia Fernando Vasconcelos Martins Thiago Rabelo De Sousa
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA FERNANDO VASCONCELOS MARTINS THIAGO RABELO DE SOUSA VELOSO A INFLUÊNCIA DO FUTEBOL NO PROCESSO ELEITORAL: O CASO TÚLIO MARAVILHA GOIÂNIA 2010 FERNANDO VASCONCELOS MARTINS THIAGO RABELO DE SOUSA VELOSO A INFLUÊNCIA DO FUTEBOL NO PROCESSO ELEITORAL: O CASO TÚLIO MARAVILHA Projeto Experimental apresentado à Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás, como requisito parcial para a conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo Área de Concentração: Jornalismo Esportivo Orientadora: Profa. Ms. Solange Franco GOIÂNIA 2010 FERNANDO VASCONCELOS MARTINS THIAGO RABELO DE SOUSA VELOSO A INFLUÊNCIA DO FUTEBOL NO PROCESSO ELEITORAL: O CASO TÚLIO MARAVILHA Projeto Experimental apresentado à Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, pela Universidade Federal de Goiás Aprovado em ___/___/___. ________________________________________________________________________ Banca examinadora Profa. Ione Chagas Rufino Universidade Federal de Goiás ________________________________________________________________________ Banca examinadora Prof. Ms. Welliton Carlos da Silva Universidade Federal de Goiás _______________________________________________________________________ Orientadora Profa. Ms. Solange Franco Universidade Federal de Goiás À minha avó Blandina, patrona dos meus estudos e apaixonada por esporte. Fernando Vasconcelos Aos meus pais, Moacir e Silvânia e também à minha madrinha Carmem Lúcia. Thiago Rabelo AGRADECIMENTOS Aos nossos pais, pela educação e paciência desde o berço até a conclusão desta nova etapa em nossas vidas. Aos nossos familiares, principalmente aos irmãos, por nos aguentar falando de futebol 24 horas por dia. Aos nossos colegas de sala, que a partir de hoje, serão também companheiros de profissão. Aos nossos amigos pelo companheirismo de sempre, inclusive nos momentos mais difíceis de nossa trajetória. Aos mais que amigos Daniel Cezar Mundim, Galtiery Rodrigues, Guilherme Gonçalves e Juliana Diniz, sempre dispostos a uma boa resenha. Aos professores Edson Spenthoff e Ione Chagas, pelos proveitosos ensinamentos. À professora Solange Franco, pela grande dedicação e extrema paciência. A todos os técnicos e funcionários da Rádio Universitária, em especial os queridos Loró e Tião. Aos prestativos motoristas da UFG, como Jorge, Macarrão e Zé Marco. “O pior cego é o que só vê a bola” Nelson Rodrigues RESUMO Este livro-reportagem se propõe a discutir a influência que a exposição na mídia de candidatos ligados ao futebol exerce no processo eleitoral. Até que ponto um jogador usa sua profissão para obter vantagem nas eleições? É cada vez mais frequente a presença de “boleiros” na política, mas este fenômeno não seria possível sem a presença dos holofotes da imprensa, que expõe os atletas como verdadeiras personalidades. O estudo foi feito com base na exposição que o jogador/candidato Túlio Maravilha teve no jornal Diário da Manhã durante o período eleitoral de 2008, ano em que foi o terceiro vereador mais votado em Goiânia. ABSTRACT This report book addresses the discussion about how the exposure of soccer-related candidates by the media influences the electoral process. To which extent may a player use his job to take advantage in the elections? The presence of footballers in politics has been increasingly common, but this phenomenon would not be possible without the press spotlights, which show the athletes as real celebrities. This study was performed based on soccer player/candidate Tulio Maravilha‟s great exposure on Diario da Manhã newspaper during 2008 electoral period, when he was the third of Goiânia‟s most voted aldermen. SUMÁRIO 1 - INRODUÇÃO .................................................................................................................... 13 2 – O LIVRO-REPORTAGEM ............................................................................................ 15 3 – PANORAMA HISTÓRICO ............................................................................................ 18 4 – FUTEBOL E JORNALISMO ......................................................................................... 23 5 – PERFIL DE TÚLIO MARAVILHA .............................................................................. 27 5.1 – VILA NOVA ................................................................................................................... 29 6 – A INSERÇÃO DE TÚLIO NO MEIO POLÍTICO ....................................................... 30 7 – O JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ .................................................................................. 32 8 – A COBERTURA DO DIÁRIO DA MANHÃ: CASO TÚLIO MARAVILHA ............ 33 9 – ENTREVISTAS ............................................................................................................... 51 10 – AS ELEIÇÕES EM 2010 ............................................................................................... 58 11 – METODOLOGIA .......................................................................................................... 64 12 – FUTEBOL, MÍDIA E POLÍTICA – UMA ANÁLISE CRÍTICA ............................. 66 13 – CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................... 71 14 – REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 72 15 – ANEXOS ........................................................................................................................ 79 15.1 – ENREVISTA COM TÚLIO MARAVILHA ................................................................ 79 15.2 – ENTREVISTA COM FELIPE CÂNDIDO ................................................................... 82 15.3 – ENTREVISTA COM ALEXANDRE BITTENCOURT .............................................. 84 15.4 – ENTREVISTA COM PEDRO CÉLIO ALVES BORGES ........................................... 86 15.5 – FRAGMENTOS DA LEI ELEITORAL 9.054/97 ........................................................ 88 15.6 – EXEMPLARES – DIÁRIO DA MANHÃ ...................................................................... 90 15.7 – ÁUDIO DAS ENTREVISTAS REALIZADAS ......................................................... 124 PREFÁCIO Futebol, política e mídia são três coisas peculiares por si só, mas futebol, política e mídia brasileiros apresentam uma feição ainda mais característica. A relação que as pessoas mantêm com estes elementos por aqui é um tanto quanto mais curiosa e passível de análise do que em muitas outras nações. E isso, independente da relação. Seja ela horizontal, de igualdade ou uma hierárquica, de influência, que se dá no sentido vertical. Por vezes isolados, noutras totalmente interligados, é justamente esta intrigante condição de solidão e combinação que ilustra, em muito, a face de um povo, cujo comportamento, também em muito para não dizer todo, é influenciado pelo desenrolar desta tríade. Trocando em miúdos, falar de paixão dos brasileiros por futebol é repetir o cântico dos falecidos antes mesmo da descoberta deste País. O destino era um só, e assim somos hoje e sempre. Falar na força da mídia e do seu poder de coerção parece um discurso batido, ainda mais em um País, repito, onde ela se caracteriza pela onipresença e é sustentada por grupos restritos, poucos, aliás. Já a política merece atenção especial, porque não é simples, embora seja adotado no Brasil um modelo de estado republicano, com poderes delegados e divisão de funções. O curioso é que existem muito mais coisas entre um poder e outro do que se pode imaginar. O solo onde pisam os que elegeram Barbalho, Sarney, Arruda, Maluf e Garotinho, para citar alguns poucos somente, é o mesmo onde foram dadas as primeiras pedaladas e feitos os gols e as defesas mais belas de gente como o, hoje, vereador de Goiânia, Túlio Maravilha, dos deputados eleitos pelo Rio Grande do Sul, Danrlei, pelo Rio de Janeiro, Romário, Bebeto e Roberto Dinamite, e por Minas Gerais, Marques e João Leite. Antes, atacantes, goleiros, meio-campistas, volantes e, agora, homens públicos, mas não no sentido de celebridade ou de serem conhecidos. São, em tese, a partir de então, funcionários não de uma torcida apenas e, sim, de um povo, com a obrigação de fazer pelo e para o mesmo. Trocar os campos pelo plenário é uma opção cada vez mais recorrente. A política em que atua o grupo de Sarney e Barbalho é a mesma para o grupo de Túlio e Romário. A diferença, todavia, estão nas causas que os levaram a optar por tal área. A questão que envolve os jogadores de futebol é outra. Ou melhor, as questões: teriam estes homens propostas realmente pertinentes? Teriam, de fato, vontade de ajudar, de melhorar as condições de vida da população? Essa veia política é oportunista ou propositiva? Qual é o real interesse destes esportistas? Essas e outras perguntas surgem após a reflexão proposta por este livro, em que os jornalistas Fernando Vasconcelos e Thiago Rabelo procuram, basicamente, relatar a influência da fama futebolística, do sucesso nos gramados e, claro, do reconhecimento dos brasileiros torcedores e eleitores em um campo, até aqui, nenhum pouco semelhante ao habitual. Agora, a grande área é outra. Os nomes e feitos destes atletas e ex-atletas passam a ser relatados em uma editoria dos jornais que fica a um ou dois cadernos de distância do de Esportes: o de Política. Eles apenas pularam de página