Relatório De Qualificação
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FACULDADE CÁSPER LÍBERO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM COMUNICAÇÃO JORNALISMO É POESIA Uma viagem compreensiva pela obra de Marcos Faerman Guilherme Fernandes de Azevedo São Paulo 2014 GUILHERME FERNANDES DE AZEVEDO JORNALISMO É POESIA Uma viagem compreensiva pela obra de Marcos Faerman Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu da Faculdade Cásper Líbero, área de concentração “Comunicação na Contemporaneidade” e linha de pesquisa “Produtos Midiáticos: Jornalismo e Entretenimento”, como requisito à obtenção do título de mestre em Comunicação, sob a orientação do Prof. Dr. Dimas A. Künsch. São Paulo 2014 2 Azevedo, Guilherme Fernandes de Jornalismo é poesia – Uma viagem compreensiva pela obra do jornalista Marcos Faerman / Guilherme Fernandes de Azevedo. - São Paulo, 2014 186 f. ; 30 cm Orientador: Prof. Dr. Dimas A. Künsch Dissertação (mestrado) – Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação 1. Comunicação. 2. Jornalismo. 3. Narrativa jornalística. 4. Marcos Faerman. 5. Compreensão. I. Künsch, Dimas A. II. Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação. III. Título. 3 ATA DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO AUTOR: GUILHERME FERNANDES DE AZEVEDO "UMA VIAGEM COMPREENSIVA PELA OBRA DE MARCOS FAERMAN". Prof. Dr. Marcelo Magalhães Bulhões Universidade Estadual Paulista - UNESP Faculdade Cásper Líbero Data da Defesa: - 19 de março de 2014. 4 AOS POETAS. Dedico este trabalho humilde a todos os jornalistas-poetas, os de ontem, os de hoje e os de amanhã. Os fatos não são apenas os fatos. Claro que não! 5 OBRIGADO! Digo muito obrigado a Laura Faerman pela ajuda e parceria, decisiva. A Audálio Dantas, um mestre. A Vital Battaglia e a todos os poetas do JT, pela lição. A Dimas A. Künsch, pela orientação, amizade e apoio nas horas de desalento. A Marcelo Bulhões e Welington Andrade, pela leitura atenta e sugestões tão valiosas. A Viviane Mansi, pela presença cheia de sorrisos. Aos meus pais, Arlette e Juvenal, por todo o amor, pelo mais importante que sou. Agradeço demais por tudo que me deram. Vocês ficaram dentro de mim, é o que importa. E a todos os que, de uma forma ou de outra, me ajudaram a chegar até aqui, meu muito obrigado. Bom, pensando bem, é melhor já ir dizendo também obrigado! obrigado! ao sujeito deste trabalho. Desculpe a impertinência, a invasão, a precariedade; foi mais forte do que eu, Marcos Faerman, mas é de coração. 6 RESUMO Este trabalho estuda parte da obra do jornalista Marcos Faerman, constituída de contribuições com publicações de relevo da história da imprensa brasileira, como o Jornal da Tarde e o jornal Versus, ao longo de mais de 30 anos. O objetivo principal é compreender as características textuais que fundamentam a forma como Marcos Faerman exercia e entendia o jornalismo, assim como as ideias e noções explicitadas na obra. Para isso, coleta, seleciona e se debruça sobre reportagens, artigos e crônicas escritos pelo repórter a partir dos anos de 1970, até os anos de 1990. A tarefa de compreensão da obra se apoia em referenciais teóricos, como as noções de dialogismo, de Martin Buber; de compreensão e complexidade, de Michel Maffesoli e Edgar Morin; e de ideologia, de Roland Barthes e Louis Althusser. Também se vale de noções essenciais de teoria da literatura. Como resultado, pretende chamar a atenção para os ganhos, em termos de possibilidade de conhecimento e compreensão do mundo, do jornalismo exercido com criatividade, subjetividade e ternura. Ao mesmo tempo, visa alertar para os riscos de o jornalismo transformado em pura indústria não cumprir sua tarefa primeira de bem informar e dar a conhecer a complexidade (e a beleza) do mundo. Palavras-chave Comunicação. Jornalismo. Narrativa jornalística. Marcos Faerman. Compreensão. 7 ABSTRACT This work studies a portion of journalist Marcos Faerman’s work, which comprises contributions to prominent publications in the history of Brazilian press, as the newspapers Jornal da Tarde and Versus, for over 30 years. The main objective is to understand the textual characteristics that underlie how Marcos Faerman did and understood journalism, as well as the ideas and notions that his work makes explicit. For this, it collects, selects and focuses on reports, articles and chronicles written by the reporter from the 1970s until the 1990s. The task of understanding his work relies on theoretical references, such as Martin Buber notions of dialogism, Michel Maffesoli and Edgar Morin notions of understanding and complexity and Roland Barthes and Louis Althusser notions of ideology. It also counts on theory of literature essential notions. As a result, it intends to draw the attention to the gains, in terms of chance of knowledge and understanding, of journalism practiced with creativity, subjectivity and tenderness. At the same time, it aims to warn of risks of journalism transformed into pure industry fails in its primary task of well inform and shows world’s complexity and beauty. Key words: Communication. Journalism. Journalistic Narrative. Marcos Faerman. Comprehension. 8 SUMÁRIO CARTA AO REPÓRTER QUANDO MORTO..............................................................10 INTRODUÇÃO...............................................................................................................20 1. LITERATURA OU MORTE!.....................................................................................29 1.1 Como e onde tudo começa?...........................................................................29 1.2 No Jornal da Tarde........................................................................................30 1.3 Isso é Novo Jornalismo!................................................................................33 1.4 Nanicos e brilhantes.......................................................................................38 1.5 Na mão? Na contramão?................................................................................40 2. CONHECER É UMA AVENTURA...........................................................................42 2.1 Pé na estrada, repórter....................................................................................44 3. O EU É O TU..............................................................................................................47 3.1 Jornalismo, conhecimento e diálogo..............................................................50 3.2 Linguagem e poder........................................................................................53 3.3 Relações de cumplicidade..............................................................................55 3.4 Jornalismo e literatura....................................................................................57 4. A QUESTÃO DA TÉCNICA......................................................................................59 4.1 À beira............................................................................................................59 4.2 A questão da técnica jornalística...................................................................61 4.3 De imagens que aprisionam e de sombras.....................................................68 5. COMO SE VÊ UMA REPORTAGEM?.....................................................................73 6. O LADRÃO E O REPÓRTER....................................................................................81 6.1 Questões.........................................................................................................81 6.2 Furtando textos..............................................................................................90 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................96 REFERÊNCIAS..............................................................................................................98 ANEXOS Íntegras e reproduções dos textos estudados.................................................................104 As palavras aprisionadas – Versão publicada no jornal Versus......................105 As palavras aprisionadas – Versão publicada no livro Com as mãos sujas de sangue......................................................................................108 Aqueles antigos xetás, agora sombras.............................................................111 Para Gino Meneghetti......................................................................................118 O rei ladrão......................................................................................................120 9 Gino Meneghetti – Última luta de um bandido lendário.................................138 “Meneghetti” – A vida do velho bandido elegante..........................................145 Não têm água, nem luz, e nem sabem quantos são (O poeta da favela do Sapo)..........................................................................................149 Assim lutou a favela (Gênesis)........................................................................152 Veneno sobre o Mar de Todos os Santos (Alagados, Baía de Todos os Santos: aqui está o perigo que ameaça os pescadores)...............................................................157 Eu, menino.......................................................................................................162 Nunca mais......................................................................................................164 Memória & Utopia..........................................................................................165 Íntegras das entrevistas