Universidade De São Paulo Faculdade De Filosofia
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS COMPARADOS DE LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA ADRIANE FIGUEIRA BATISTA ORDO AMORIS: INVENTÁRIOS DAS QUATRO ESTAÇÕES EM CAIO FERNANDO ABREU E RENATO RUSSO Versão corrigida São Paulo 2018 ADRIANE FIGUEIRA BATISTA Versão corrigida De acordo, ___________________________________ Ricardo Iannace Data: / / Ordo Amoris: Inventários das Quatro Estações em Caio Fernando Abreu e Renato Russo Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Iannace. São Paulo 2018 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Batista, Adriane Figueira BB333o Ordo Amoris: Inventários das Quatro Estações em Caio Fernando Abreu e Renato Russo / Adriane Figueira Batista ; orientador Ricardo Iannace. - São Paulo, 2018. 142 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas. Área de concentração: Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. 1. Literatura Comparada. 2. Cultura de Afetos. 3. Prosa Poética. 4. Canção. 5. Estética. I. Iannace, Ricardo, orient. II. Título. Nome: BATISTA, Adriane Figueira Título: Ordo Amoris: Inventários das Quatro Estações em Caio Fernando Abreu e Renato Russo Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Aprovada em: 15/12/2017 Banca Examinadora Profa. Dra. Maria Zilda da Cunha Instituição: FFLCH - Universidade de São Paulo Profa. Dra. Luana Barossi Instituição: IFSP Prof. Dr. Fábio Figueiredo Camargo Instituição: Universidade Federal de Uberlândia Prof. Dr. Ricardo Iannace (orientador) Instituição: FATEC - UNES (FFLCH) Dedico esses inventários transbordados de amor e afeto em memória de Caio Fernando Loureiro de Abreu e Renato Manfredini Júnior, meus morangos eternos! Do afeto e da gratidão Nos caminhos que se foram abrindo, por desejo e persistência, para que eu pudesse preenchê-los com excessivas doses de paixão, poesia e afeto, agradeço aos Orixás que não permitiram desistências e aos meus gurus Caio Fernando Abreu e Renato Russo – sintonizados em outra estação: ad infinitum! Por ouvirem repetidamente eu tagarelar sobre as obras de Caio e Renato e todas as minhas lamentações. Pelos sorrisos, lágrimas e pela eternidade, agradeço imensamente às três mulheres da minha vida: Evelina Figueira, Louise Figueira e Juliana Figueira, sem elas nada disso seria possível. Iluminações da vida inteira, amo em todas as estações! Agradeço ao gato mais lindo do mundo (mesmo que não possa ler essa homenagem), John Lennon, que não saiu de perto de mim nos momentos de escrita e que deitou em todas as obras teóricas e literárias aquecendo o meu coração e as minhas ideias. Ao meu pai Luiz Batista, que mesmo de longe se fez presente nos momentos de aperto financeiro e pelas boas doses de otimismo e fé para com o meu trabalho. Ao orientador e amigo, professor Ricardo Iannace, que aceitou mergulhar às pressas nas turbulentas águas de Eros sem que houvesse sequer botes ou boias. Agradeço pela paciência, carinho e por todas as contribuições intelectuais. Nesse percurso quase sempre solitário que é a academia, agradeço a todos que direta ou indiretamente transformaram os momentos em mel e girassóis. Agradeço, sobretudo, à Luana Soares pelo aconchego, brigadeiros em dias frios, Netflix e pelo suporte fraternal e à Claudiana Gois pelo apoio etílico, olhar bondoso, sorriso cheio de afeto e pela confiança que estreita laços. Gratidão e muito amor por vocês! Agradeço à família Del Valle pela força, o abrigo, almoços e jantares, especialmente à Bruna por todo apoio nas horas de correria, pelo carinho, cafés, passeios turísticos, chás, cervejas, shows e batuques, pessoa necessária nesse longo e árduo trajeto que foi o mestrado. Que sempre haja motivo para os nossos encontros! Ao amigo e professor Paul Castro pelas viagens fotográficas, filmes esquisitos e literaturas exóticas, agradeço por seu imenso e generoso olhar que me permite acreditar no meu trabalho e na minha capacidade. Iluminação e amizade que atravessam o Atlântico. Agradeço à Aline Sena e Luana Barossi pelas ricas contribuições, pela amizade, paciência e disposição em ler o meu texto antes da qualificação. Muito obrigada, meninas! Agradeço pelo encontro inesperado e o nascimento do bonde caiofernandiano à Camila Bertelli e Maysa Buzzolo pelo amor dividido. Agradeço muitíssimo ao querido Gil Veloso por compartilhar arquivos e momentos de tanta ternura entre as coisas de Caio F. e suas memórias afetivas. Ao Círculo de Jaga, amigos de longe, mas nem por isso distantes: Danielle Costa, Daniel Ramalho, Lidiane Castro, Ingrid Duarte, Martinez Silva e Fagner Linhares. Obrigada! Agradeço à gentil e dedicada Camila Borghezan pela bondade e disposição de todas as horas e a minha tia Luciana Figueira pelo apoio logístico antes e durante o processo de mestrado. Às meninas Gabriela Lieberknecht, Poliani Carmozini e Beatriz Bueno, agradeço pela companhia e por dividirem o mesmo teto, o mesmo café e a mesma pizza doce comigo. Agradeço aos gigantes que aceitaram compor minha banca de defesa: às professoras Luana Barossi e Maria Zilda da Cunha, e ao professor Fábio Figueiredo Camargo. Agradeço a todos os professores que fizeram parte da minha caminhada acadêmica, especialmente à querida professora Ediene Pena Ferreira, da UFPA (agora UFOPA), e meu eterno orientador Ulysses Maciel de Oliveira, indispensáveis na minha formação linguística, literária e humana. Sem esquecer o cuidado dedicado pelo professor Maurício Salles Vasconcelos, que acreditou no meu projeto e me auxiliou no itinerário, mesmo antes do ingresso para o mestrado na USP. Agradeço, enfim, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio acadêmico e financeiro que viabilizou essa pesquisa. Força sempre! Evoé! Fonte d’água de minha vila. Não há água mais fresca que em minha vila. Fonte de rústico amor. Pier Paolo Pasolini – Dedicatória Quando mais nada houver, eu me erguerei cantando, saudando a vida com meu corpo de cavalo jovem. E numa louca corrida entregarei meu ser ao ser do Tempo e a minha voz à doce voz do vento, Despojado do que já não há solto no vazio do que ainda não veio, minha boca cantará cantos de alívio pelo que se foi, cantos de espera pelo que há de vir. Caio Fernando Abreu – Alento Venha, meu coração está com pressa Quando a esperança está dispersa Só a verdade me liberta Chega de maldade e ilusão Venha, o amor tem sempre a porta aberta E vem chegando a primavera Nosso futuro recomeça Venha, que o que vem é perfeição. Legião Urbana – Perfeição RESUMO BATISTA, Adriane Figueira. Ordo Amoris: Inventários das Quatro Estações em Caio Fernando Abreu e Renato Russo. 2018. 142 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Esta pesquisa, que é também uma ode em suas múltiplas expressões, se ergue no rastro dos afetos, do caos e do lirismo desmedido encontrados nos discursos poéticos de Caio Fernando Abreu e Renato Russo (o primeiro nos domínios da ficção literária e o segundo nos da canção de rock); constrói-se, também, com vistas às inquietações atravessadas pela busca do lugar da poesia no cenário da prosa e da letra de música, aqui recortadas, atendo-se ao modo como essas vozes se mantêm ressonantes e esteticamente significativas no contexto atual. Na procura por legitimar o protagonismo de Eros e seus pares dentro do universo contemporâneo e impetuoso de um mundo híbrido e desconexo, a ordo amoris, como linguagem coletiva e universal na erótica social, foi um modo de operacionalizar as questões centrais e organizar esses inventários (forjados a partir das metáforas do livro de contos Inventário do ir-remediável e do disco As quatro estações), transferindo, refletindo e redesenhando os espaços de criação, recepção e estética em literatura, que nessa dissertação borra fronteiras. A cultura de afetos, a filosofia existencialista e as contribuições sobre sujeito, coletividade, erotismo e subjetividade(s) reinventam e sustentam os debates que se edificam em espaços plurais de atuação, no desenho cartográfico que se vai formando a partir da poética de Caio e Renato e seus discursos à flor da pele. As quatro estações potencializam e iluminam os passos das divindades míticas e dos sujeitos líricos que se cruzam nessa pesquisa, são as vias férteis que acenam para a presentificação do agora, quando há trocas necessárias de papéis em que o eu se dissolve e se derrama no outro, na busca por essa alma coletiva da humanidade (quase) perdida e da celebração. São, principalmente, os pressupostos teóricos de Michel Maffesoli (2014a) e Giorgio Agamben (2013) que