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DATA CLIPPING 24.03.2021 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 1 de 25 RESPONSÁVEL Iris Helena SUMÁRIO A FOME SEVERINA – O Popular UNIDADE E COOPERAÇÃO – O Popular BOLSONARO É ALVO DE PANELAÇOS AO FALAR EM REDE NACIONAL NESTA TERÇA-FEIRA (23) – O Popular CÁRMEN LÚCIA MUDA VOTO, E SUPREMO DECLARA MORO PARCIAL EM CASO DE LULA – O Popular FRACASSO LATINO-AMERICANO – Folha de São Paulo PARADOXOS DA COVID-19– Folha de São Paulo SUPREMO RECONHECE MARCA DE MOTIVAÇÃO POLÍTICA NA LAVA JATO – Folha de São Paulo ROMPER COM O GOVERNO É O MÍNIMO PARA QUALQUER LIBERAL – Folha de São Paulo CASO TRÍPLEX MOSTROU PROXIMIDADE DE LULA COM EMPREITEIRA E DIFICULDADE DE PROVAR SUPOSTA CORRUPÇÃO – Folha de São Paulo SEM REMÉDIO DE INTUBAÇÃO – Correio Braziliense MARCELO QUEIROGA, ENFIM, TOMA POSSE NO MINISTÉRIO DA SAÚDE – Correio Braziliense EDUCAÇÃO NA CONSTITUINTE, UM LIVRO COM PRECISÃO FOTOGRÁFICA – Correio Braziliense CÂMARA SUPERIOR DO CARF AFASTA MULTA DE MORA EM COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA – Valor econômico CPFL SOFRE NOVA DERROTA EM DISPUTA COM A RECEITA – Valor econômico DESTAQUES – Valor econômico A PROTEÇÃO DE DADOS E O DIREITO TRIBUTÁRIO – Valor econômico DATA CLIPPING 24.03.2021 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 2 de 25 RESPONSÁVEL Iris Helena JORNAL - O POPULAR – 24.03.2021 – PÁG. 3 A fome Severina Tadeu Alencar Arrais O poeta ensinou que A morte Severina é aquela que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte e de fome um pouco por dia. À poesia, publicada em 1955, somaram-se imagens denunciando que milhões de pessoas, no país que seria considerado celeiro mundial, tombavam de fome. Josué de Castro, antes do poeta, traçou um constrangedor mapa da fome com imagens perturbadoras que só encontrariam paralelo nas telas de Cândido Portinari. A imagem de retirantes famintos, rompendo o isolamento rural, não incomodou as elites nacionais, afinal, a fome era entendida como um fenômeno natural. A urbanização, a partir da década de 1960, transformou o mapa da fome. À fome rural, somou-se, como síntese do subdesenvolvimento, a fome metropolizada e, a partir de então, a denúncia da desigualdade social converteu-se em crime. A redemocratização exigiu o enfrentamento da fome, motivo pelo qual foram criados, a partir da Constituição de 1988, um conjunto de instrumentos políticos e de ações no campo da Seguridade Social. O SUS, a Previdência Social e a Assistência Social, associados aos programas de segurança alimentar e de transferência de renda, domaram o antigo mapa da fome. O Programa Fome Zero, o Pnae, o Pronaf e o PAA integraram políticas de financiamento da agricultura familiar com as compras governamentais, garantindo, por exemplo, a alimentação de crianças e idosos. Não é por acaso que deixamos, em 2014, o vergonhoso mapa da fome. Naquele ano menos de 5% da população passou a ingerir uma quantidade de calorias menor que a recomendável pela FAO. O aumento da renda permitiu que o pobre ocupasse, com alimentos, os espaços vazios da mesa. Mas a redução da renda, a erosão das políticas de segurança alimentar e a crise sanitária esvaziaram a mesa. Em 2018, em 14 Estados havia registro de mais de 5% dos domicílios em condição de insegurança alimentar grave. Atingimos, em 2020, o total de 40 milhões de pessoas em extrema pobreza e outros 8,5 milhões de pobres. A situação seria ainda pior não fossem as aposentadorias e pensões rurais e urbanas e o BPC que beneficiaram, em dezembro de 2020, 33,9 milhões de pessoas. O Bolsa Família beneficiou 13,7 milhões de famílias. Mas nem isso, em tempo de intenso desemprego e carestia, agravado pela crise sanitária, foi suficiente para evitar que retornássemos ao mapa da fome. O novo mapa da fome sobrepõe camadas de emprego precário, desemprego e mendicância. Não tem escala numérica, já que a frieza do dado não é capaz de revelar a dor e a angústia de homens, mulheres, idosos, crianças e jovens que, simplesmente, não têm renda que permita duas refeições diárias. Um mapa de estômagos contraídos, de pernas trêmulas e de peles pálidas. Um mapa em que o sarcasmo institucional substituiu a cidadania. O novo mapa da fome, como aquele de Josué de Castro, foi produzido pela indiferença política. É um mapa de retalhos de vidas e mortes Severinas. DATA CLIPPING 24.03.2021 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 3 de 25 RESPONSÁVEL Iris Helena Unidade e cooperação Lissauer Vieira Alcançamos, semana passada, a triste marca de 10 mil vidas perdidas em Goiás em face da pandemia de Covid-19. O número de novos casos de contaminação por esse terrível vírus e as taxas de ocupação de leitos seguem crescentes em nosso Estado e em todo o país. O cenário é preocupante e exige a colaboração da sociedade, e, especialmente, das lideranças que a representam. As demandas em meio a esse difícil cenário chegam de toda parte. É compreensível a apreensão que as famílias vivem neste momento, tanto pela ameaça à saúde, quanto pelas repercussões na economia. O inimigo, porém, é um só: a Covid-19. Fazemos um apelo à consciência. É urgente deixar as questões de ordem política de lado ou qualquer outro interesse pessoal ou de grupo para que cada um possa dar sua parcela de contribuição no enfrentamento da pandemia. Até que a vacina seja realidade para a maioria, não dá mais para ignorar a urgência de medidas voltadas para o isolamento a fim de conter o avanço do vírus. E para que seja viável a manutenção de ações consideradas mais duras por parte da sociedade, como fechamento provisório de atividades não essenciais, é também compreensível que a população, especialmente a mais vulnerável, espere uma colaboração do poder público para atravessar esse momento de grande dificuldade. Nesse sentido, destacamos a importância do pacote de medidas que o governador Ronaldo Caiado anunciou para combater os efeitos da Covid-19 em Goiás, com foco no socorro às famílias em situação de vulnerabilidade social e nos micro e pequenos empreendedores que mais necessitam de suporte. São mais de R$ 112 milhões liberados com taxa de juros zero para microempresas, microempreendedor individual (MEI) e trabalhadores autônomos, desde que mantenham o compromisso de não demitir funcionários. Essa iniciativa contempla bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagens e demais empresas do setor do turismo, que poderão contratar até R$ 50 mil com juros 100% subsidiados pelo Estado, com prazo de 36 meses e seis meses de carência. Microempresas dos demais setores também poderão contratar até R$ 21 mil, com as mesmas regras para pagamento. A medida atende ainda microempreendedores individuais e trabalhadores autônomos, que poderão contratar até R$ 5 mil com juros 100% subsidiados pelo Estado, com prazo de 24 meses e seis meses de carência. Além disso, importantes ações foram anunciadas. Serão mais de R$ 20 milhões para compra de 250 mil cestas básicas e R$ 28 milhões para ações sociais nos 246 municípios goianos. Suspensão de cortes por inadimplência do fornecimento de água às famílias em situação de vulnerabilidade por parte da Saneago e R$ 28 milhões para ações sociais nos 246 municípios goianos. DATA CLIPPING 24.03.2021 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 4 de 25 RESPONSÁVEL Iris Helena As ações do Estado preveem, também, o adiamento do calendário de pagamento do IPVA e licenciamento. O programa Facilita também foi prorrogado tendo em vista a regularização fiscal de débitos atrasados de ICMS, ITCD e IPVA até o dia 3 de maio de 2021. Medidas como essas são de extrema importância e encontram apoio do Legislativo, que tem sido parceiro do Executivo estadual e demais Poderes constituídos na busca por soluções para minimizar os impactos da pandemia. O objetivo comum é assistir da melhor forma possível a todos os goianos. O momento é de ação coletiva para cessar o sofrimento de tantas famílias de nosso Estado e, essencialmente, salvar vidas. JORNAL - O POPULAR – 24.03.2021 – PÁG. 6 Bolsonaro é alvo de panelaços ao falar em rede nacional nesta terça-feira (23) O presidente tem sido alvo desse tipo de protesto, convocados por redes sociais, desde o início da crise sanitária, há um ano Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em diversas capitais pelo país, entre elas Goiânia, durante seu pronunciamento em rede nacional na TV na noite desta terça- feira (23). Ele decidiu falar publicamente a respeito do enfrentamento ao coronavírus em um momento em que a pandemia se aproxima da marca de 300 mil mortes no país - em apenas 24 horas, 3.158 mortes por Covid-19 foram registradas. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tomou posse nesta terça, em substituição ao general Eduardo Pazuello. Houve panelaços em bairros de São Paulo, com gritos de “assassino”, na Asa Norte, em Brasília, em Laranjeiras, no Rio, no Recife, em Curitiba, em Belo Horizonte, em Salvador e em Belém. Moradores também protestaram acendendo e apagando luzes em apartamentos. No Estado de São Paulo, também houve registros em Osasco e em Ribeirão Preto. O presidente tem sido alvo desse tipo de protesto, convocados por redes sociais, desde o início da crise sanitária, há um ano. Neste ano, opositores de Bolsonaro têm promovido carreatas pelo país para pedir o afastamento dele da Presidência. Ações distorcidas Pressionado pelo recorde de mortes e pela escassez de leitos de UTI, de medicamentos para intubação e de vacinas contra Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que 2021 será “o ano da vacinação dos brasileiros”. DATA CLIPPING 24.03.2021 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 5 de 25 RESPONSÁVEL Iris Helena “Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus”, afirmou Bolsonaro, que distorceu ações do governo durante o combate da pandemia e mentiu sobre a sua atuação.