4 mARIO CATARINENSE,SEXTA-FEIRA, 14 DE DEZEMERO DE2012 Reportagem Especial

Pilares it espera da estrutura que ira sustentar 0 vic central da ponte , HERCILIO LUZ Obras de restaurat;ao tem menos dinheiro o menor volume ROBERTA KREMER lOS de estaeas fincados no mar, ha ape­ 2012,enquanto uhrapassaram R$ 17 ano em duas frentes para conseguir de investimento nas tres trabalha&m:s. milhOcs em 2010 - no govemo anterior. viabilizar a obra.Alem do nnaneiamen­ para a restaumf(lo recupera,ao da Ponte Nesta semana, durante 0 acompa­ to do BN I)E5, a Funda,ao Catarinense da Ponte Herct1io Hcrcilio Luz rcccbcu em nhamento anual das obras de rcstau­ de Cultura (FCC) reeebeu autorizu,ao 20120 menor investi­ ra,ao pela Comissao de Transporte e FoJego novo com do Ministerio da Cultura (Mine) para LIIZ ocorreu neste menlO anual dcsdc 0 Mobilidade da Ordem dos Advogados 2013 eaptar R$ 64 milhues para a primeira ano. Em 20 13, mais verbas em come,o da reslauru,ao do Brasil (OAB/SC), 0 Cons6rcio Mo­ fase de reeupera,ao do vao central, a o cartao-postal doA va~ central em 2009. Foram apcnas numento informou que as ferragens &:gundo 0 Cons6rcio Monumento e ehamada l1apa ponte St."gura. Ate agora catarinense tera R$ 5 milhoes no ano que se encerra. para a sustenta,ao da ponte pmvis6ria o Deinfra, rom dinheim no colne,o de foram captados com empresas e pes­ R$ 150 milhoes e Ern wnlmslc, as pn:vis&:s siio otimistas - que dara suporle a Herdlio Luz - cs­ 20 13, e possivd dar fok-go a obra. soas fisieas eerca de R$ 500 mil, sendo a finalizariio das para 20 I}, rom a cxpectativa da assina­ tio sendo fabricadas em Ribeir.lo Preto - Obviamente se tivessemos recur­ R$ 50 mil pat rocinados pelo Grupo Dbms estd prevista nITa do mntrato de financiamcnto rom (SP) e dcvem ehl1;ar lTII janeiro. $OS , estarfamos mais adiantados. Mas RBS, que assinou termo de eompro­ para 2014. o Banco Nacional do Desenvolvimento A falta de verba, que persegue a pon­ com 0 refon;o finaneeiro do contrato misso pma aplicar mais RS 450 mil. (BNDES) ainda cstc ml'S, que dl">\: dcs­ te desde sua inaugura,ao, em 1926, que deyemos assinar ate ° nm do ano o [)cinfra l'Stima que apOs rl'Staum­ tillar R$ ISO millu)es aocartlo-postal. pois foi quitada somente em 1978 qua­ como BNDES,conseguiremos manter da, a Herdlio I..uz tem capacidade para Atualmcntc, quem passu pclos arre­ tro anos antes de sua interdi,ao, em o cronograma e finalizar a restaura­ reeeber 22 m il vdeulos por dia, 0 que dores da ponte nao pereebe nenhuma 1932, continua a seT urn limitador. A ,ao em 2014 - afirma 0 presidentedo corresponde a 13% do tmfego nas ou­ movimenta,ao de funeiomirios. No pruva disso &10 as constanlt'S ll.xlu0t'S Deinfra, Paulo Meller. tras pontes. eanteim de obms, onde estao os pilares no valor das libera,Oes, que acumula­ Scm dinheim para aplicar na Fbnte que farao 0 rcfor,o dos quatm oonjun- ram pouco mais de R$ 5 milhues em Herdlio Luz, 0 governo apostou eSle moorta.krelll€[email protected]

A recuperac;ao da ponte , - . 1~8 2 -A. .,..1987 -A. .!9~ ~1 1992 -A. )994 -A. 199§.. -A. IlIl1do 00 lnstituto tie Pesquisas Departamentos de Secretaria de Obms e A ponte e ilterditacla Tombamento Tecnicos cia empresa o Q("emaclor Paulo Afonso Tecnol6gK:aS de sao Paulo constata a Engenharia Mecanica e Transportes do go.terno e lecnicos da UFSG como patrimbnio americana Steinmann Vieira assinou 0 decreto de C()(rosOO no cabo de suslentalf30 do vao GMI da UFSG negociaram Peao l~ campos reabfiu recomendam reU raoa da his16rico, artis1ico coIetam material qoo serviria lombamento estadual do central . Urn dos oIhais da torre do lado a ~aboralf3o de urn estudo poole para 0 Inllego de camada asta~ica qoo cotxia e arqui1etooicodo de base para 0 projelo monumento. A e5pefanrra era de insular, toi fOOllido. 0 govemador Jorge qoo apoIltaria se 5efia peOeslres, bicicJetas, o lrecho de ci rru ~ para municipIO. de recupefalf3o. Relorma QUE! seria mais foot COIlSeQu r Bornhausen autoriza a interdiyao possivel recuperar a poote motos e carroyas. dar urn alivio no peso dela. custaria de USS 25 milh6es verbas para a relorma. 08/08/2016 Reforma da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto financiado pela Lei Rouanet ­ Notícias do Dia Online Reforma da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto financiado pela Lei Rouanet Intenção do governo de SC é captar os R$ 200 milhões necessários em etapas. Valor representa 20% do orçamento anual da lei no Brasil Maiara Gonçalves FLORIANÓPOLIS

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Daniel Queiroz/ND

Menezes, secretário do MinC, (E) visita a ponte Hercílio Luz

A conclusão das obras de restauração da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto já financiado pela Lei Rouanet de incentivo à cultura no Brasil, caso o Estado consiga captar os cerca de R$ 200 milhões necessários. Mesmo sob chuva, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, do Minc (Ministério da Cultura), Henilton Menezes fez uma visita à ponte, na tarde desta segunda­feira (22), para conhecer melhor a obra.

O secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, e o presidente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Paulo Meller, acompanham a visita de Menezes. Quando o Estado solicitou ao MinC apoio para a recuperação do maior patrimônio histórico de Santa Catarina, o ministério sugeriu a criação de uma fundação para gerenciar a captação e a aplicação dos recursos.

“O primeiro passo é aprovar a criação da Fundação Ponte Hercílio Luz na Assembleia e depois protocolar o pedido de recurso junto ao Ministério da Cultura”, afirma Cobalchini. “A ponte é muito mais uma obra de arte que de infraestrutura. É o maior símbolo catarinense e não podemos deixar que corra qualquer risco”, diz.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/15960­reforma­da­ponte­hercilio­luz­podera­ser­o­maior­projeto­financiado­pela­lei­rouanet.html 1/4 08/08/2016 Reforma da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto financiado pela Lei Rouanet ­ Notícias do Dia Online O secretário do MinC destacou a participação do Iphan (Instituto de Planejamento Histórico e Artístico Nacional) no processo e lembrou que a Fundação Ponte Hercílio Luz não deverá atuar somente no período da obra. “Ela deverá trabalhar posteriormente para transformar a ponte em um equipamento cultural da cidade. Tornar a ponte rentável não é possível, mas pode­se manter um volume de atividades culturais no entorno dela”, avalia Menezes.

Interdição completará 30 anos Inaugurada em 13 de maio de 1926, a ponte Hercílio Luz foi interditada para o tráfego de veículos em 1982, ao se descobrir que uma das 360 barras de olhal que sustentam o vão central da ponte estava rompida. O problema persiste até hoje e só será resolvido com a troca de todas as barras, material que precisa ser encomendado no exterior, provavelmente na China.

Atualmente, as duas formas de ligação entre a Ilha e o Continente são as pontes Pedro Ivo e Colombo Salles. Para resolver o problema da saturação no trânsito, o governo deve anunciar oficialmente nas próximas semanas a construção de uma quarta conexão. O modelo escolhido foi uma ponte convencional – nos moldes das atuais – que ligará as avenidas Beira­mar Norte e Beira­mar Continental e fará um novo eixo com a BR­ 101 para desafogar o fluxo de veículos na Via Expressa. O projeto está inicialmente orçado em R$ 1 bilhão, incluindo o aterro, a nova ponte e os acessos viários necessários.

SAIBA MAIS O que é a Lei Rouanet

* A lei 8.313 de 1991, conhecida como Lei Rouanet por causa do então ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet, é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada no setor cultural.

* Interessados em desenvolver um determinado projeto apresentam a proposta ao Ministério da Cultura e, caso aprovada, são autorizados a captar recursos junto a pessoas físicas ou empresas para a execução

* Quem incentivar pode ter o total ou parte do valor desembolsado deduzido de impostos. Para empresas, o percentual é de até 4% do imposto devido; para pessoas físicas, até 6%.

Lei Rouanet e a ponte Hercílio Luz

* A intenção do governo é captar os cerca de R$ 200 milhões necessários para concluir a obra

* Para obter os recursos, a obra será dividida em três etapas: ponte segura (construção da sustentação do vão central), troca das barras de olhal (os cabos que seguram a ponte) e a parte final (acabamentos)

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/15960­reforma­da­ponte­hercilio­luz­podera­ser­o­maior­projeto­financiado­pela­lei­rouanet.html 2/4 08/08/2016 Reforma da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto financiado pela Lei Rouanet ­ Notícias do Dia Online * Caso consiga o valor total, a obra da Hercílio Luz será o maior projeto já financiado pela lei

* Para se ter uma ideia, R$ 200 milhões representam 20% do orçamento anual da Lei Rouanet para todo o país

* Até o momento, o maior projeto financiado foi a reforma do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com investimento de R$ 75 milhões

FONTE: MINC E GOVERNO DE SC

A REFORMA DA PONTE HERCÍLIO LUZ

* Etapas

Recuperação dos viadutos de acesso

­ Orçamento: R$ 24,6 milhões

­ Executado por consórcio formado pelas empresas Roca (Curitiba) e Tec (São José), entre fevereiro de 2006 e julho de 2009

­ Parte do trabalho, como reforço dos “pés” dos viadutos (continental e insular), não pode ser concluída em função das desapropriações, algumas ainda tramitam na Justiça e outras estão em negociação com o Deinfra.

Recuperação do vão central

­ Orçamento: R$ 200 milhões

­ Executado pelo consórcio Floripa Monumento (Espaço Aberto, CSA Group, Prointec e Bridge Tecnology) desde dezembro de 2008.

­ Previsão de término era primeiro semestre de 2012, mas Estado planeja concluir em 2014

* Principais problemas

­ Deterioração de peças vitais em função da ação do tempo

­ A quatro bases de apoio das torres principais estão com sérias avarias, uma delas está trincada (o recurso para corrigir o problema ainda precisa ser adicionado ao contrato). http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/15960­reforma­da­ponte­hercilio­luz­podera­ser­o­maior­projeto­financiado­pela­lei­rouanet.html 3/4 08/08/2016 Reforma da ponte Hercílio Luz poderá ser o maior projeto financiado pela Lei Rouanet ­ Notícias do Dia Online Uma das 360 barras de olhal está rompida desde a década de 80 e foi um dos motivos que levou ao fechamento para veículos.

FONTE: DEINFRA E CONSÓRCIO FLORIPA MONUMENTO

Publicado em 23/08/11­07:02

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/15960­reforma­da­ponte­hercilio­luz­podera­ser­o­maior­projeto­financiado­pela­lei­rouanet.html 4/4 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis Estado não tem dinheiro para terminar a restauração de um ícone do patrimônio histórico catarinense, cartão postal de Florianópolis Maiara Gonçalves FLORIANÓPOLIS

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Divulgação

História da restauração parece não ter fim

Manter de pé a ponte Hercílio Luz, o maior patrimônio de Santa Catarina, tombado nas esferas municipal, estadual e federal, tem um preço alto. Ainda são necessários R$ 143 milhões, de um total estimado em R$ 170 milhões, para concluir a segunda etapa das obras de restauração. Em 2005, o Estado assumiu a responsabilidade de recuperar a ponte, mas, passados seis anos, percebeu que sozinho não conseguirá bancar essa conta. Agora, quer cultivar a ideia de que a Hercílio Luz é um patrimônio da humanidade, por isso, todos terão que ajudar para não tornar o restauro uma verdadeira obra sem fim.

Tecnicamente, a ponte fica pronta em dois anos. No entanto, sem garantia do dinheiro, o consórcio Floripa Monumento, vencedor da licitação do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), não avança nos trabalhos de recuperação do vão central, a última e mais complexa parte. Além da falta de recurso, a deterioração da ponte preocupa. Folclórica nas rodas de conversa da Capital, a frase “a ponte pode cair” já deixou de ser brincadeira. Relatório do consórcio, obtido com exclusividade pelo Notícias do Dia, demonstra claramente a imprevisível possibilidade da Hercílio Luz desabar.

“A ponte tem uma barra de olhal rompida. Qualquer trinca que eventualmente vier a ocorrer nas três barras de olhais contíguas poderá torcer a torre principal e desequilibrar a ponte, levando­a à ruptura. Os atuais pendurais e suas ligações encontram­se bastante deteriorados e a sua alma de cânhamo, cheia de água. Movimentos extraordinários da ponte poderão levar à ruptura de um ou mais pendurais e, a partir daí, promover uma reação em cadeia, desequilibrando a ponte e levando­a ao colapso”, diz o documento “Riscos de Colapso da Ponte Hercílio Luz, Aspectos Técnicos”, de fevereiro deste ano.

“A ponte sempre teve problemas, desde 1982, quando foi interditada. O relatório só colocou no papel aquilo que já sabíamos. A ponte pode sim cair, como pode acontecer com qualquer ponte no mundo, mas nós estamos fazendo tudo o que é possível para evitar que isso aconteça. É nossa prioridade”, explica o presidente do Deinfra, o engenheiro Paulo Meller.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 1/6 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online Investimento

R$ 154 milhões era o valor inicialmente previsto na licitação

R$ 9 milhões somam os aditivos feitos ao contrato

R$ 163 milhões é o orçamento até agora

R$ 170 milhões é a estimativa de orçamento final em função dos demais aditivos

R$ 27 milhões já foram pagos

R$ 143 milhões é o valor que falta para concluir a obra

R$ 60 milhões é o necessário para construir a estrutura de sustentação provisória e deixar a ponte em segurança

R$ 60 milhões é a previsão orçamentária do Estado para investir na obra em 2011, mas recursos não estão garantidos

FONTE: DEINFRA, FLORIPA MONUMENTO, SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

Um problema financeiro A questão da recuperação da Hercílio Luz já deixou de ser técnica. A ponte está nas mãos dos melhores profissionais da área no mundo, que operam os trabalhos com tecnologia de ponta. O problema agora é puramente financeiro e, caso não resolvido, poderá tornar o restauro uma obra sem fim. “Não podemos dar o passo maior que a perna. Se não houver vontade política, a obra não anda”, afirma o engenheiro do consórcio e coordenador dos trabalhos de restauro, Cássio Magalhães.

“Além da vontade política é preciso criatividade para buscar esses recursos”, complementa o presidente da Deinfra, Paulo Meller. Segundo ele, o governador Raimundo Colombo tem consciência da importância da obra e “está muito preocupado” com a situação. Para isso, deixou nas mãos de Meller e do secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, a árdua tarefa de viabilizar os recursos necessários.

Para isso será montado um projeto detalhado com as formas de se obter recursos para esse tipo de obra e, enfim, iniciar a peregrinação em órgãos do governo federal, como ministérios do Turismo e da Cultura, por exemplo, além de buscar financiamento externo e até leis de incentivo à cultura, como a Rouanet. “A ponte não é só catarinense, é de todos. Ela é muito mais uma obra turística do que de infraestrutura. Não pode ser bancada exclusivamente pelo Estado”, diz o presidente.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 2/6 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online Sem recurso, consórcio freia trabalho A deterioração de peças vitais da ponte impede que qualquer trabalho seja executado no vão central. Para mexer no trecho de 340 metros, é preciso criar uma estrutura de sustentação provisória, uma espécie de ponte sob a ponte e assim diminuir a pressão sobre as barras de olhal e cabos. “Colocar a Hercílio Luz em segurança passa pela montagem dessa estrutura provisória. Sem ela, qualquer ação errada pode provocar uma reação em cadeira e levar a ponte ao colapso”, adverte o engenheiro Cássio Magalhães.

Somente esta estrutura, que ao término da obra será descartada para não atrapalhar o “visual” da ponte, consumirá R$ 60 milhões. O valor até está previsto no orçamento estadual para 2011, de duas formas: R$ 20 milhões pelo Deinfra e R$ 40 milhões pelo Fundo Social (programa da Secretaria da Fazenda em parceria com a iniciativa privada que pode doar 0,4% dos valores devidos em impostos em troca de redução da alíquota do ICMS).

No entanto, tratam­se de previsões orçamentárias, despesas que estão amarradas às previsões de receita. O dinheiro não está efetivamente nos cofres públicos do Estado. Ou seja, se não entrar na conta, não há como destinar o dinheiro à ponte. É justamente a busca por esse recurso que deve estar no foco do governo.

Diante da falta de garantia na obtenção do dinheiro, o consórcio não arrisca contratar fornecedores e requisitar a fabricação de peças caras. Somente a troca das 360 barras de olhal, por exemplo, produção que deve ser solicitada a uma empresa da China e leva de 12 a 14 meses para ficar pronta, custa em torno de R$ 36 milhões, conforme Magalhães.

Fundo Social

Repasses da Secretaria da Fazenda em parceria com iniciativa privada

2006 – R$ 3,6 milhões

2007 – R$ 6,9 milhões

2008 – R$ 7,9 milhões

2009 e 2010 – não houve repasse

2011 – R$ 40 milhões (previsão)

FONTE: SECRETARIA DA FAZENDA

Prolongar obra aumenta risco Quanto mais se demora em viabilizar recursos, mais se prolonga o tempo de obra. A ação do tempo segue http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 3/6 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online implacável. “A degradação sistemática da ponte ao longo do tempo é sempre um fator preocupante e, se isso (colapso) vier a acontecer, a responsabilidade passará a ser do Estado. Levantamento das condições para edital data de 2002 e estamos em 2011. Ao que tudo indica, o Estado quer levar a reabilitação do vão central para 2014, ou seja, um período de 12 anos, muito longo ao nosso entendimento”, aponta o relatório do consórcio.

“Em dois anos, tecnicamente falando, a obra pode estar concluída. Mas, no cenário atual, não posso afirmar que conseguiremos os recursos que faltam neste período. É muito provável que o prazo seja prorrogado para, no mínimo, 2014”, reconhece Paulo Meller. A intenção, conforme o presidente, é sensibilizar também parlamentares catarinenses, especialmente a bancada federal que pode propor emendas ao orçamento da União. “Todos vão ajudar”, acredita.

O custo de ser um patrimônio A engenharia atual não aconselha uso de barras de olhal, mas o Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) exige que a Hercílio Luz permaneça com as mesmas características da época em que foi construída. “O melhor seria trocar por cabos metálicos, com vida útil de 80 a cem anos e muito mais resistentes à ação do tempo que as barras de olhal, mas o Iphan não permite. É preciso manter a ponte original”, observa Meller.

O Estado vai, então, executar uma obra de R$ 170 milhões para proporcionar vida útil à ponte por mais 30 anos, utilizando material em desuso, mas necessário. Conforme Meller, no início dos trabalhos, o Deinfra tentou de todas as maneiras convencer o Iphan a autorizar a troca, mas não houve sucesso. “Não posso avaliar o trabalho dos que passaram pelo governo antes de mim, mas posso dizer que eu faria um chamamento público para levantar o assunto e debater a questão para que o Estado não tomasse a decisão sozinho. Agora, é tarde demais para fazer isso”.

Etapas

Recuperação dos viadutos de acesso

­ Orçamento: R$ 24,6 milhões

­ Executado por consórcio formado pelas empresas Roca (Curitiba) e Tec (São José), entre fevereiro de 2006 e julho de 2009

­ Parte do trabalho, como reforço dos “pés” dos viadutos (continental e insular), não pode ser concluída em função das desapropriações.

­ Atualmente, falta o acerto de três indenizações no lado continental, duas delas estão na Justiça. Na parte insular, também resta a definição de três, uma na Justiça e duas em negociação com Deinfra. http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 4/6 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online

Recuperação do vão central

­ Orçamento (com aditivos): R$ 170 milhões

­ Executado pelo consórcio Floripa Monumento (Espaço Aberto, CSA Group, Prointec e Bridge Tecnology) desde dezembro de 2008.

­ Previsão de término era primeiro semestre de 2012, mas Estado quer prorrogar para, pelo menos, 2014.

Principais problemas da ponte

Deterioração de peças vitais em função da ação do tempo

A quatro bases de apoio das torres principais estão com sérias avarias, uma delas está trincada (o recurso para corrigir o problema ainda precisa ser adicionado ao contrato).

Uma das 360 barras de olhal está rompida desde a década de 80 e foi um dos motivos que levou ao fechamento para veículos.

Um pouco de história

­ Pressionado para transferir a Capital para Curitibanos ou Lages, por causa da dificuldade de acesso à Ilha, o então governador Hercílio Luz decidiu construir uma ponte.

­ A grandiosa obra, primeira ligação entre Ilha e Continente, estabeleceu Florianópolis como Capital, e seria chamada Ponte da Independência.

­ Projetada pelo famoso construtor de pontes dos Estados Unidos, David Barnard Steinman, construção começou em 1922 pela empresa americana Buington & Sundstrom.

­ Canteiro de obras foi instalado no Continente, no então bairro João Pessoa (São José), hoje Estreito (Florianópolis). Primeiras máquinas chegaram dos Estados Unidos, São Paulo e Dinamarca, em novembro de 1922.

­ Ao descobrir que estava com câncer de estômago em estágio avançado, Hercílio Luz é presenteado com uma réplica da ponte em escala 50 vezes menor. A miniatura foi inaugurada na praça 15 de Novembro, em 8 de outubro de 1924, 12 dias antes da morte do governador.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 5/6 08/08/2016 Ainda são necessários R$ 143 milhões para salvar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis ­ Notícias do Dia Online ­ Como homenagem, o nome escolhido Ponte da Independência foi substituído por Ponte Hercílio Luz.

­ As obras ficaram prontas e a ponte inaugurada em 13 de maio de 1926. Em 2011, completa 85 anos.

­ Em 1960, piso original de madeira foi trocado por chapas corrugadas de aço completadas com asfalto.

­ Em 1982, descobriu­se que uma das barras de olhal estava rompida, o que motivou a interdição ao tráfego de veículos

­ É patrimônio histórico tombado por Florianópolis, Estado e União.

FONTE: FLORIPA MONUMENTO

Deinfra | Floripa Monumento Publicado em 03/04/11­11:16

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/7497­embargada­ainda­sao­necessarios­r­143­milhoes­para­salvar­a­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis.html 6/6 08/08/2016 "Sem dinheiro não há como dar prazo", diz engenheiro da ponte Hercílio Luz sobre a obra ­ Diário Catarinense "Sem dinheiro não há como dar prazo", diz engenheiro da ponte Hercílio Luz sobre a obra

05/04/2011 ­ 06h12min

Por CRISTINA VIEIRA

Ponte Hercílio Luz pode desabar, segundo o engenheiro Khaled Mahmoud Foto: Rafael Peixoto, Leitor­repórter

O engenheiro Khaled Mahmoud é o homem por trás do engenhoso projeto de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. De origem egípcia mas com residência fixa nos EUA, Khaled foi contratado em março de 2009 pelo Consórcio Monumento, responsável pela obra, depois que inspeções na ponte detectaram um problema na estrutura até então desconhecido: a deterioração das quatro rótulas onde são apoiadas as duas torres de sustentação.

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2011/04/sem­dinheiro­nao­ha­como­dar­prazo­diz­engenheiro­da­ponte­hercilio­luz­sobre­a­obra­3263835.html 1/4 08/08/2016 "Sem dinheiro não há como dar prazo", diz engenheiro da ponte Hercílio Luz sobre a obra ­ Diário Catarinense Ao lado das barras de olhal no topo das torres, as rótulas são essenciais na dinâmica de sustentação da estrutura. Elas se movimentam para manter as 5,5 mil toneladas em equilíbrio. Como estão trincadas e oxidadas, as rótulas não se movem.

Diante deste novo obstáculo, Khaled orientou sobre o risco de restaurar a ponte segurando­a por cabos de aço na parte superior, como estava previsto no projeto original. Chamou atenção, ainda, para a necessidade de uma sustentação provisória na parte inferior. A partir daí, projetou­se a chamada ponte sob a ponte.

O engenheiro visitou a Hercílio Luz pelo menos 10 vezes — em 2009, quase que uma vez por mês. Semanalmente, recebe relatórios técnicos e conversa com o engenheiro Cássio Magalhães, coordenador do consórcio, sobre a restauração, e mostra conhecer cada detalhe do projeto — inclusive o custo da obra e quanto já foi investido.

Khaled é um dos principais experts em pontes suspensas do mundo. O currículo dele é longo e entre os destaques está a presidência da Consultoria Tecnológica de Pontes, empresa de Nova York especializada em grandes estruturas.

Participou da restauração de algumas das maiores do mundo como a Simon Kenton, Verrazano­Narrows, Bronx­Whitestone, Mid­Hudson, Throgs Neck, Triborough Suspension Bridges nos EUA e da Bordeaux Lift Bridge, na França. Editou quatro livros sobre engenharia e é presidente e fundador a Associação de Engenheiros de Ponte dos EUA.

Com experiência de 20 anos na área, Khaled afirma que a Hercílio Luz está em processo constante e ininterrupto de deterioração. Só estará segura após apoiada na sustentação provisória.

A seguir, confira os principais trechos da entrevista que ele concedeu por telefone, dos Estados Unidos, ao Diário Catarinense.

A ponte pode cair

"A ponte está em processo constante de deterioração: 24 horas por dia nos 365 dias do ano. A corrosão contínua, em parceria com outros fatores como ventos fortes e a direção destes ventos, pode levá­la ao colapso. De acordo com a posição de latitude e longitude de Florianópolis, a cidade pode ter ventos de até 155 km/h. Mas danos à ponte poderiam ocorrer mesmo na velocidade do vento inferior a 100 km/h, devido à contínua degradação, deterioração e corrosão. Todos esses fatores podem contribuir para danos graves ou colapso parcial ou total." http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2011/04/sem­dinheiro­nao­ha­como­dar­prazo­diz­engenheiro­da­ponte­hercilio­luz­sobre­a­obra­3263835.html 2/4 08/08/2016 "Sem dinheiro não há como dar prazo", diz engenheiro da ponte Hercílio Luz sobre a obra ­ Diário Catarinense

Os riscos de um colapso

"Claro que a probabilidade de a Hercílio Luz cair é menor do que no caso da Silver Bridge, sua irmã gêmea que despencou em 1967. Isso porque a Silver Bridge tinha apenas duas sequências de barras de olhal. A Hercílio Luz tem quatro, mas uma está fraturada e ganhou um pequeno reparo. Desta maneira, está mais fragilizada. Assim como um se rompeu, outros podem se romper também, diante do franco processo de corrosão. A chance é menor quando comparada a outra ponte, mas existe. Um ponto a se manter sempre em mente é que um desastre é conhecido e documentado somente depois que acontece. Nosso trabalho como engenheiro é evitar desastres. No rescaldo de um colapso da ponte, qualquer quantia de dinheiro é minimizada e banalizada, comparada com a perda irreparável de vidas humanas e a perda insubstituível do patrimônio."

Prazo x dinheiro

"Antes de falar de prazos, precisamos falar de dinheiro. Considerando a fase atual e, se a partir de agora tivermos o ritmo de investimentos necessários, a ponte fica pronta em dois anos e meio. O valor do contrato é de R$ 163 milhões. Até agora, desde 2008, foram investidos R$ 27, 6 milhões. É cerca de 15% do total em dois anos. Muito pouco. Me parece que faltam recursos, mas sem eles a restauração pode se arrastar por anos. Sem dinheiro, não tem como dar prazo."

Estrutura provisória

"Devido à vulnerabilidade atual da ponte, na base e no topo das torres, a estrutura provisória oferece a medida de segurança necessária ao apoio da estrutura a partir de agora e até o trabalho de reabilitação ser concluído."

Monumento x mobilidade

"Eu discordo fortemente de que a ponte não pode ser uma solução para a mobilidade da Grande Florianópolis. Eu dirijo todos os dias na Brooklin Bridge. Ela foi inaugurada em 1883, ou seja 43 anos antes da Hercílio Luz, e até hoje incorpora grande parte do fluxo de veículos de Nova York. É um grande erro achar que a Hercílio Luz não pode receber o tráfego. Com o vão central reforçado, ela pode receber transporte de massa ou carros e também pedestres. Além disso, a Ponte Hercílio Luz é um símbolo de SC e do Brasil, uma raridade em pontes no mundo, um maravilhoso patrimônio que merece ser restaurando. Quando reformada, é uma ponte http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2011/04/sem­dinheiro­nao­ha­como­dar­prazo­diz­engenheiro­da­ponte­hercilio­luz­sobre­a­obra­3263835.html 3/4 08/08/2016 "Sem dinheiro não há como dar prazo", diz engenheiro da ponte Hercílio Luz sobre a obra ­ Diário Catarinense que vai durar mais de 100 anos."

Barras de olhal

"Uma coisa importante é substituir as barras de olhal por cabos de aço. Eles são mais fortes e muito mais seguros. As barras de olhal são mais frágeis às vibrações e podem se romper como uma já rompeu. Os cabos duram mais, são de fácil manutenção e fabricação. Florianópolis deve aproveitar a restauração da ponte para substituir as barras por cabos."

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2011/04/sem­dinheiro­nao­ha­como­dar­prazo­diz­engenheiro­da­ponte­hercilio­luz­sobre­a­obra­3263835.html 4/4 08/08/2016 Paradas há 60 dias, obras na Hercílio Luz já custaram R$ 77 milhões ­ Notícias do Dia Online Paradas há 60 dias, obras na Hercílio Luz já custaram R$ 77 milhões Recuperação total da ponte Hercílio Luz exige ainda mais R$ 200 milhões Everton Palaoro FLORIANÓPOLIS

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Daniel Queiroz/ND

Obras de restauração estão paradas há 60 dias

As obras na ponte Hercílio Luz estão mais uma vez paradas. Provavelmente se rão retomadas somente em fevereiro de 2013. O secretário de Estado da Infraestru tura, Valdir Cobalchini, espera que a estru tura metálica para a nova etapa do restauro chegue nos primeiros dias de dezembro. O material é fabricado em Ribeirão Preto (SP). “Esses 60 dias parados ocorreram em função disso. A empresa queria garantias para comprar as peças”, esclareceu.

As garantias citadas por Cobalchini virão de um financiamento do BNDES. O dinhei ro, aproximadamente R$ 150 milhões, deve ser liberado até fevereiro do próximo ano.

A recuperação do principal símbolo de Florianópolis consumiu R$ 77,2 milhões desde 2006. Transformar a ponte Hercílio Luz em estrutura útil para a mobilidade ur bana exige ainda mais R$ 200 milhões em investimentos. Boa parte dos recursos apli cados até agora não foram gastos apenas em ferro, solda ou http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/39335­paradas­ha­60­dias­obras­na­hercilio­luz­ja­custaram­r­77­milhoes.html 1/4 08/08/2016 Paradas há 60 dias, obras na Hercílio Luz já custaram R$ 77 milhões ­ Notícias do Dia Online anticorrosivos para brecar o processo de deterioração do cartão­postal.

O governo do Estado destinou 16% do mon tante para consultoria. As empresas Prosul e Concrema receberam R$ 12,6 milhões para supervisionar todos os passos do Consórcio Florianópolis Monumento, responsável pelo restauro. O atraso no cronograma da obra praticamente dobrou o valor do contrato. Os acordos originais de consultoria, assi nados em agosto de 2006, sofreram dois reajustes, em 2010 e 2012. O valor total sal tou de R$ 9.811.282,66 para 19.436.327,10 (98%). Prosul e Concrema vão receber até 2015 quase R$ 10 milhões a mais do que estava previsto.

O gasto extra é suficiente para construir 786 casas populares com 30 metros qua drados cada. O índice está acima do que foi corrigido no contrato do Consórcio Floripa Monumento, que teve acréscimo de 5,22%, desde 2008. Se o valor fosse reajustado anualmente pelo INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), o consórcio recebe ria R$ 14.993.936,36. Pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) seria de R$ 13.666.555,48.

A Lei das Licitações (8.666) especi fica que os contratos públicos podem ser aditados em no máximo 25%, no caso no vas obras, e 50% para reformas. Porém, o presidente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Paulo Meller, argumentou que as consultorias não se en quadram nessa legislação.

Segundo ele, os aditivos para supervi são do restauro são legais, já que as em presas passarão mais tempo no canteiro de obras. Em relação ao percentual, Meller ressaltou que “as fórmulas para correção estão de acordo com o edital de licitação”. A assessoria de imprensa do consórcio in formou que apenas o Deinfra se manifesta em relação aos contratos da ponte.

Prazo oficial para entrega terminou em julho

O prazo oficial para entrega da recuperação da ponte Hercílio Luz expirou em julho deste ano. Com a nova previsão, os consultores ganharam dois anos e meio a mais de contrato. Embora utilize a prorrogação do contrato para justificar os reajustes dados aos consultores, o presidente do Deinfra, Paulo Meller, não reconheceu que a lentidão do governo na captação dos recursos provocou mais prejuízos aos cofres públicos. “Pode até ser, mas não vou afirmar isso”, esquivou­se.

Osecretário de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, também nega que a obra tenha parado nesse período, mas não explica porque a ponte ainda está sendo restaurada. “Aobra não parou, mas não andou no ritmo necessário. O governo atual conseguiu o financiamento. Eé compromisso de governo entregar até 2014”, comprometeu­se.

Meller destacou ainda que o trabalho prestado pelo consórcio formado pelas empresas Prosul e Concrema é fundamental para o andamento da obra. Os técnicos fiscalizam cada etapa desenvolvida pelo Consórcio Floripa Monumento. “Quando houve o incidente com a estaca, eles acompanharam toda a investigação”, exemplificou o presidente do Deinfra.

Na época, a seguradora da obra comprometeu­se a pagar a nova estaca. Olaudo indicou que o incidente foi http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/39335­paradas­ha­60­dias­obras­na­hercilio­luz­ja­custaram­r­77­milhoes.html 2/4 08/08/2016 Paradas há 60 dias, obras na Hercílio Luz já custaram R$ 77 milhões ­ Notícias do Dia Online causado por uma trinca na rocha em que a estrutura estava cravada no fundo do mar.

TCE analisa os gastos

Em junho, o TCE(Tribunal de Contas do Estado) abriu processo para analisar os gastos envolvendo o principal cartão­postal de Florianópolis. Os aditivos são apenas um dos itens avaliados. Os técnicos do TCEnão ficaram satisfeitos com análise preliminar dos contratos e solicitaram informações adicionais ao Deinfra.

A documentação solicitada foi entregue. A assessoria do TCE informou que o procedimento é apenas rotina. E que os contratos envolvendo a Hercílio Luz foram escolhidos devido ao valor elevado do restauro. A previsão é que o parecer fique pronto ainda este ano.

Os aditivos em contratos públicos estão na mira do governo do Estado. Em abril deste ano, o governador Raimundo Colombo (PSD) restringiu os acréscimos. Valores acima de R$ 1 milhão são liberados apenas com a aprovação do governador. A medida foi adotada para economizar recursos. No primeiro ano de governo, os aditivos somaram R$ 600 milhões. Em 2012, o valor foi reduzido para R$ 60%.

Valdir Cobalchini afirmou nesta segunda­feira (26) que as consultorias não podem ultrapassar 8% do custo da obra. Porém, disse que o decreto, assinado este ano, não vale para contratos assinados antes disso. “Recomendamos 6% para novas obras. Em relação aos aditivos, acredito que não é nada fora do contratado”, explicou.

Adequações nas cabeceiras vão consumir R$ 70 milhões

Mesmo com os seis anos de trabalho e os R$ 77,2 milhões investidos no restauro, ainda não há garantias que a ponte está segura. O risco de queda só será afastado após a instalação de uma estrutura metálica tubular sob o vão central. Essa etapa está orçada em R$ 60 milhões. O Consórcio Floripa Monumento já cravou as 16 estacas necessárias para a base dessa estrutura.

Dos R$ 200 milhões estimados para a conclusão da obra, R$ 70 milhões serão utilizados para adequações no entorno da ponte Hercílio Luz. É necessário ligar as cabeceiras ao restante do sistema viário da Capital.

O governo do Estado trabalha em duas frentes para obter os recursos para reinaugurar a ponte até o final de 2014. Uma é a contratação de empréstimo de R$ 150 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social). Além disso, o governo federal autorizou o Estado a captar R$ 64 milhões, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Desse total, apenas R$ 1 milhão foi captado até o momento.

Entenda o caso

1982 ­ Após receber laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) informando sobre o risco de colapso da ponte, o governador Jorge Bornhausen determina a interdição da estrutura no dia 22 de janeiro.

http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/39335­paradas­ha­60­dias­obras­na­hercilio­luz­ja­custaram­r­77­milhoes.html 3/4 08/08/2016 Paradas há 60 dias, obras na Hercílio Luz já custaram R$ 77 milhões ­ Notícias do Dia Online 1988 ­ A ponte é reaberta ao tráfego de pedestres, bicicletas, motos e veículos de tração animal.

1991 ­ No dia 4 de julho, a passagem de pedestres e veículos leves é interrompida novamente. O piso asfáltico do vão central é retirado para diminuir 400 toneladas de peso.

1992 ­ Estrutura é tombada como Patrimônio Histórico, Artistico e Arquetetônico de Florianópolis. Prefeito: Antônio Henrique Bulcão Vianna.

1997 A L’Engerrot, empresa francesa, é contratada para realizar o projeto de recuperação da ponte. O custo é de US$ 5 milhões, aproximadamente R$ 8,8 milhões pela cotação atual da moeda americana. A verba veio de uma emenda dos senadores Esperidião Amin e Vilson Kleinübing. No mesmo ano, a Hercílio Luz é tombada como patrimônio de Santa Catarina e também do Brasil.

2002 ­ A L’Engerrot entrega o projeto de restauração da ponte Hercílio Luz, mas o documento ficaria engavetado por longos 36 meses.

2005 ­ Projeto para reabilitação da Hercílio Luz é apresentado e marcada data para o lançamento do edital para selecionar as empresas que trabalhariam no restauro da primeira fase da obra. Recuperação dos acessos da Ilha e do Continente custa R$ 26 milhões.

2008 ­ Governo do Estado lança edital para contratar a segunda etapa da restauração, que inclui a recuperação da base das torres principais e fundações e troca da barra de olhal.

2009 ­ Consórcio formado pelas empresas Roca (Curitiba) e TEC (São José) finaliza a restauração das cabeceiras. O refoço na base não pode ser concluído, devido a problemas com indenizações. No mesmo ano, o Consórcio Florianópolis Monumento inicia a segunda etapa da obra.

2011 ­ Durante evento na Fiesc, os engenheiros Honorato Tomelin, da UFSC, e Khaled Mahmoud, da Universidade de Nova York, expõem as fragilidades da ponte, que pode cair a qualquer momento, se a demora da obra persistir. Como exemplo, citam a Silver Bridge, estrutura idêntica, que desabou em 1967, matando 46 pessoas. O defeito foi a ruptura de uma barra de olhal.

2012 ­ Uma das estacas cravadas para apoiar o vão central da ponte durante a reforma tomba. O Deinfra detectou que a fissura de uma rocha causou o incidente. O custo para a recolocação da estaca é pago pela seguradora.

Publicado em 27/11/12­12:42

http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/39335­paradas­ha­60­dias­obras­na­hercilio­luz­ja­custaram­r­77­milhoes.html 4/4 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia Há exatos 30 anos a estrutura foi interditada pela primeira vez. Nesse período, o governo catarinense já investiu R$ 107 milhões Everton Palaoro FLORIANÓPOLIS

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Janine Turco/ND

Cartão­postal de Florianópolis

Neste domingo, o principal cartão­postal de Santa Catarina, a ponte Hercílio Luz, completa três décadas de agonia. Há exatos 30 anos a estrutura foi interditada pela primeira vez. Nesse período, o governo catarinense já investiu R$ 107 milhões ­ 45 milhões na manutenção e 62 milhões na reforma. Para a conclusão da obra são necessários mais R$ 180 milhões – valor superior ao que o Estado vai gastar, durante todo o ano, nas áreas de Saúde e Segurança. O destino da Hercílio Luz é incerto: sem orçamento para garantir sua sobrevivência, ameaça cair, por conta de problemas na estrutura. A ponte, na verdade, está longe de ser devolvida à população. A nova previsão ­ se houver recursos ­ é que seja reaberta em 2014. Mas poucos acreditam nisso, inclusive membros do próprio governo estadual. Qual será o futuro da velha ponte? Para alguns críticos, é muito dinheiro gasto para “pendurar lâmpadas” na estrutura metálica carcomida pelo tempo. Para outros, a Hercilio Luz é um símbolo “imexível”, que tem de ser preservado custe o que custar. A discussão apaixonada esbarra sempre na falta de recursos. Afinal, quem vai bancar essa despesa? O governador Raimundo Colombo é favorável à recuperação da ponte, mas é contra a criação de aditivos no contrato original. Ano passado, vetou um aumento de R$ 11 milhões pedidos pelo Consórcio Florianópolis Monumento, que reúne cinco empresas encarregadas do restauro e preservação. Colombo promete rigor no acompanhamento da reforma. “Essa obra será fiscalizada pelo Ministério Público. Foi um pedido pessoal meu”, afirmou Colombo. O engenheiro Gilberto Scafuro, especialista em pontes, afirma que investir tanto dinheiro na reforma é um absurdo do ponto de vista técnico. “A cidade tem outras necessidades como escolas, postos de saúde e hospitais. Não dá para gastar R$ 180 milhões apenas para pendurar lâmpadas. A ponte não conseguirá mais auxiliar na mobilidade urbana”, avaliou. Apesar da posição firme, Scafuro reconhece que a questão é complicada, já que a ponte tem “componentes românticos e laços fortes com os moradores da cidade”. http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 1/6 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online Orçamento apertado

Somados os valores já aplicados nas duas etapas da restauração, mais o montante estimado para finalizar a obra, são R$ 237 milhões ­ sete a mais que o orçamento gasto pelo Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) no ano passado. O presidente do órgão, Paulo Meller, afirma ser inviável custear a reforma apenas com recursos dos cofres públicos. “Não temos dinheiro em caixa. Só se parar a manutenção dos 6.000 quilômetros de rodovias estaduais e obras de infraestrutura”, argumentou. Ainda assim, ele acredita que o valor da revitalização está dentro da média. Segundo Meller, uma ponte semelhante, recuperada há dois anos, nos Estados Unidos, consumiu US$ 300 milhões, cerca de R$ 540 milhões.

Governo busca apoio da União e de empresários

O governo do Estado trabalha em duas frentes para arrecadar R$ 147 milhões. Parte viria de emenda dos senadores catarinenses no Orçamento da União. Outros R$ 77 milhões poderão ser captados junto à iniciativa privada, por meio da Lei Rouanet, de incentivo à Cultura. O governo do Estado bancaria R$ 33 milhões, que seriam investidos ao longo de três anos. Porém, a captação dos recursos, pela Lei Rouanet, depende da aprovação do ministério. O caso deve ser discutido pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, na metade de março. Já o Orçamento da União ainda não foi votado. Sebastião Rezende, engenheiro que fiscaliza a execução do restauro, acredita que não adianta tanto trabalho para reabrir a Hercílio Luz, se não for estabelecido um programa de manutenção. “É preciso manter uma empresa no canteiro de obras. É mais barato fazer pequenos reparos, do que recuperar depois que a estrutura estiver comprometida”, justificou.

Trinca determinou o fechamento

Cheios de boa vontade, nove políticos passaram pelo governo do Estado, mas o principal símbolo catarinense continua ameaçado. A ordem de fechar a ponte pela primeira vez foi dada na gestão do governador Jorge Bornhausen. O deputado federal Esperidião Amin (PP) era o secretário estadual de Transportes na época. De posse de um laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), de São Paulo, Amin alertou Bornhausen sobre o risco de colapso da estrutura. Uma das peças da barra de olhais estava trincada. “Foi uma decisão pesada. Convocamos vários engenheiros da cidade para analisar o caso”, lembrou Amin. O laudo do IPT só confirmou relatórios emitidos sobre a ponte em duas décadas: a estrutura colocava em risco a vida de usuários. A recuperação da estrutura só entrou em discussão em 1997, no mandato de Paulo Afonso Vieira, por meio de emenda dos senadores Vilson Kleinübing e Esperidião Amin. A cada ação, muitos anos de espera. O projeto só ficou pronto no fim da gestão de Amin, como governador, em 2002. Mesmo assim, o que foi feito pela empresa de engenharia L’engerrof, a um preço de US$ 5 milhões, serviria apenas como base para o processo de recuperação colocado em prática a partir de 2006. A primeira parte do restauro custou R$ 26 milhões, dinheiro suficiente apenas para reparar a estrutura metálica das cabeceiras da ponte nos lados da Ilha e do Continente. A segunda e mais importante etapa é tocada a passos lentos, por falta de verbas. O governo do Estado já anunciou que não pode pagar a conta http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 2/6 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online sozinho ao Consórcio Florianópolis Monumento, responsável pela obra. O grupo formado por cinco empresas já recebeu R$ 36 milhões, em três anos de contrato, sem dar garantias de que a velha senhora, como a ponte é conhecida pelos manezinhos, não corra mais o risco de repousar no fundo do mar.

Plano inclui pedestres e ciclistas

A vida útil de uma ponte de concreto é de aproximadamente quatro décadas. A Hercílio Luz já tem mais que o dobro. Vai completar 86 anos no próximo dia 13 de maio. A velha senhora está, para os catarinenses, como o Cristo Redentor, para os cariocas. Os planos para a revitalização não incluem a estrutura apenas como cartão­postal. A partir da recuperação haverá passarela para pedestres e ciclistas e outras duas pistas de rolamento para carros. Outra possibilidade, segundo o presidente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Paulo Meller, é que a estrutura receba um metro de superfície no lugar da faixa para circulação de veículos. “É questão fácil de realizar. Será a última fase do projeto. Quando o vão central estiver reformado, vamos decidir como será a utilização da ponte”, ressaltou.

“O trabalho é muito devagar”

O representante comercial João Batista Ribeiro da Silva, 43 anos, cresceu sob a sombra da ponte Hercílio Luz. A família mora bem ao lado do acesso continental ao cartão­postal. Desse ponto é possível perceber que a cabeceira faz uma curva. Ela não é reta como se avista ao passar pela ponte Colombo Machado Salles. Silva já não tem grandes esperanças de ver o cartão­postal recuperado. “Quando pequeno, atravessava a ponte a pé para ir à sorveteria, na Ilha. Mas não sei se vamos poder passar novamente. O trabalho é muito devagar, quase não aparece”, avaliou. A ponte está presente no dia a dia da família. A mulher dele, Andréia, pinta quadros com a Hercílio Luz ao fundo. As telas ornamentam vários cômodos da moradia. A dona de casa Maria Isabel de Souza Lopes, 50, lembra bem da época em que a ponte foi interditada pela primeira vez. “Sempre tinha barulho de carros passando, mas eu nem ligava muito. Quando fecharam, isso aqui virou um silêncio”, ressaltou.

Ponte pode ruir durante restauração

Até a conclusão da reforma estrutural, a ponte Hercílio Luz pode ruir. O problema mais antigo é a rachadura em uma das 360 barras do olhal, uma espécie de corrente de bicicleta. Esse foi o motivo da primeira interdição, em 1982; e do fechamento da passagem, em 1991. O vento também pode derrubar o cartão­postal de Santa Catarina. Segundo o presidente do Deinfra, Paulo Meller, uma rajada com 120 km/h pode causar o colapso. “A ponte foi feita para balançar, mas as rótulas estão desgastadas pela falta de manutenção”, explicou. A correção destes defeitos depende da sustentação do vão central. Para isso, o Consórcio Florianópolis Monumento trabalha na construção de uma estrutura metálica para suportar o peso do vão durante a restauração. Atualmente, o serviço está na fase de colocação das estacas no fundo do mar. Nove das 16 peças já foram concluídas. Uma delas caiu no último dia 11. O Deinfra investiga o caso.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 3/6 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online Dama de ferro “conversa” pelo Twitter

Aos 85 anos, com o corpo castigado pela ação do tempo, a também chamada dama de ferro ainda tem disposição para interagir com os admiradores. Por meio do microblog Twitter, a “estrutura” conta medos, problemas e narra os passos da reforma. Quando sobra tempo, envia tuitadas sobre política, futebol e assuntos variados para os 219 seguidores. A ideia de dar voz à Hercílio Luz veio de um auxiliar administrativo de 30 anos. O jovem não revela nome ou onde mora. Mas as notícias postadas são quase sempre fresquinhas. Segundo ele, se políticos e celebridades catarinenses se relacionam na rede, por quê a ponte não poderia? “Com o perfil @PontHercilioLuz, quem sabe consiga, não pressionar, mas aparecer na grande rede e tentar ser vista pelas autoridades catarinenses”, contou por e­mail a “estrutura”, dizendo usar o auxílio do vigia.

Tuitadas da @PontHercilioLuz

@PontHercilioLuz R$430 milhões p/ manter a Assembléia de SC... É por isso que nunca tem R$ pra mim não é @RaimundoColombo ? Não é em mim que mamam não. @PontHercilioLuz Como cidadão Florianópolitano, o @TavaresMMA deveria doar seu cachê p/ minhas obras de recuperação. @PontHercilioLuz Jamais queria o Avaí F.C. patrocinando minhas obras, ele cai muito fácil e eu preciso ficar de pé."

Independência era o nome previsto

Na década de 1920, o governador Hercílio Luz enfrentava forte pressão para transferir a Capital para Curitibanos ou Lages, devido às dificuldades de acesso à Ilha. Hercílio Luz resolveu, então, construir uma ponte, o que, em 1926, se tornaria a primeira ligação da Ilha com o Continente. O projeto da obra foi feito pelo construtor David Bernard Steinman. O norte­americano era um dos mais renomados projetistas da época. A empresa Buington & Sundstrom construiu a tão sonhada passagem. O primeiro nome da ponte seria Independência, mas, com a morte do idealizador do projeto, a estrutura foi inaugurada, no dia 13 de maio de 1926, com o nome de Hercílio Luz.

Curiosidades

­ Extensão total: 821,750 metros ­ Cabeceira do Continente: 222,504 metros ­ Cabeceira da Ilha: 259,080 metros ­ Vão central: 339,471 metros ­ O piso original era de madeira. Na década de 1960, foi colocada uma camada de asfalto. ­ Até a interdição, em 1982, a Hercílio Luz absorvia 43,8% do tráfego da Capital. Diariamente, 27.345 veículos faziam a travessia

Cronologia

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 4/6 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online 1982 – Após receber laudo informando sobre o risco de colapso da ponte, foi determinada a interdição da estrutura, no dia 22 de janeiro. Governador: Jorge Konder Bornhausen 1983 – Assume novo governador, mas a restauração da ponte não estava nos planos. Foi priorizada a viabilidade da construção do novo acesso, a ponte Pedro Ivo Campos. Governador: Esperidião Amin 1988 – A estrutura foi reaberta ao tráfego de pedestres, bicicletas, motos e veículos de tração animal. Governador: Pedro Ivo Campos 1990 – As empresas Cerne Engenharia e Projetos e a Construtora Roca entregam a primeira etapa da análise de viabilidade da reabertura ao tráfego de veículos na ponte Hercílio Luz. Governador: Casildo Maldaner 1991 – No dia 4 de Julho, a passagem de pedestres e veículos leves foi interrompida novamente. O piso asfáltico do vão central foi retirado para diminuir o peso em 400 toneladas. Governador: Vilson Kleinübing 1992 – A estrutura foi tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico de Florianópolis Prefeito: Bulcão Vianna 1997 – A L’Engerrot, empresa francesa, foi contratada para fazer o projeto de recuperação da ponte. O custo foi de US$ 5 milhões, aproximadamente R$ 8,8 milhões pela cotação atual da moeda norte­americana. A verba veio de uma emenda dos senadores Esperidião Amin e Vilson Kleinübing. No mesmo ano, a Hercílio Luz foi tombada como patrimônio de Santa Catarina e também do Brasil. Governador: Paulo Afonso Vieira 2002 – A empresa L’Engerrot entrega o projeto de restauração da ponte Hercílio Luz, mas o documento ficaria engavetado por 36 meses. Governador: Esperidião Amin 2005 – O projeto para a reabilitação da Hercílio Luz foi apresentado e marcada a data para o lançamento do edital para selecionar as empresas que trabalhariam no restauro da primeira fase da obra. Governador: Luiz Henrique da Silveira 2006 – Começa a recuperação dos acessos à Ilha e ao Continente. O trabalho custou R$ 26 milhões. Governador: Luiz Henrique da Silveira 2008 – O Estado lança edital para contratar a segunda etapa da restauração, que inclui a recuperação da base das torres principais e as fundações, além da troca da barra de olhal. Governador: Luiz Henrique da Silveira 2009 – O consórcio formado pelas empresas Roca (Curitiba) e Tec (São José) finaliza a restauração das cabeceiras. O reforço na base não pôde ser concluído devido a problemas com as indenizações. No mesmo ano, o Consórcio Florianópolis Monumento iniciou a segunda etapa da obra Governador: Luiz Henrique da Silveira 2011 – Durante evento na Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), os engenheiros Honorato Tomelin, da Universidade Federal de Santa Catarina, e Khaled Mahmoud, da Universidade de Nova York, expõem as fragilidades da ponte, que pode cair a qualquer momento, se a demora da obra persistir. Como exemplo, citam a Silver Bridge, estrutura idêntica a Hercílio Luz, que desabou em 1967, matando 46 pessoas. O defeito foi a ruptura de uma barra de olhal.

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 5/6 08/08/2016 Ponte Hercílio Luz completa três décadas de agonia ­ Notícias do Dia Online Governador: Raimundo Colombo 2012 – Uma das estacas cravadas para apoiar o vão central da ponte durante a reforma tombou. O Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) deve divulgar as causas do acidente no começo de fevereiro. Governador: Raimundo Colombo

Publicado em 21/01/12­00:01

http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/23476­ponte­hercilio­luz­completa­tres­decadas­de­agonia.html 6/6 08/08/2016 Processo de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, segue a passos lentos para captação de recursos ­ Diário Catarinense Processo de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, segue a passos lentos para captação de recursos

17/04/2012 ­ 22h02min

Por ROBERTA KREMER

Mesmo após o Ministério da Cultura (MinC) autorizar a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) a captar R$ 64,5 milhões pela Lei Rouanet a busca de recursos continua parada Foto: manoel vieira filho / divulgação

Um mês após o Ministério da Cultura (MinC) autorizar a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) a captar R$ 64,5 milhões pela Lei Rouanet destinados à restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, a busca de recursos ainda não saiu do chão.

A abertura da conta ainda não foi realizada e nem mesmo autoridades que o governo considerava potenciais parceiros, como a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), se mostraram convictos dos benefícios em investir tanto dinheiro de renúncia fiscal em um único patrimônio http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2012/04/processo­de­restauracao­da­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis­segue­a­passos­lentos­para­captacao­… 1/3 08/08/2016 Processo de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, segue a passos lentos para captação de recursos ­ Diário Catarinense histórico.

A última informação cadastrada no sistema de acompanhamento de projeto da Lei Rouanet apontava que em 11 de abril a conta foi impedida de ser aberta por "incompatibilidade jurídica com a proponente", a FCC. Mas o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esportes, José Natal Pereira, explicou que isso ocorreu pela falta de documentos, que já foram entregues na semana passada:

— Nos próximos 15 dias devemos ter o número da conta.

O presidente da FCC, Joceli de Souza, tem uma expectativa mais extensa. Ele acredita que o Estado poderá iniciar a captação em um mês. Enquanto a conta não é aberta, as negociações com empresas seguem devagar.

A reunião prometida logo após a aprovação do projeto pela Secretaria de Infraestrutura para apresentar a proposta de arrecadação na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) ainda não foi agendada. A demora na busca por apoio de empresas privadas parece ocorrer pela priorização do governo em conseguir parceria das estatais, que normalmente têm mais poder de fogo.

Uma preocupação válida, levando em consideração que o projeto da ponte é o mais caro dos 20 anos de história da Lei Rouanet e, para começar a retirar o dinheiro da conta, é preciso somar pelo menos 20% do total. Ou seja, R$ 12,9 milhões. O governador Raimundo Colombo já havia anunciado que as próprias estatais, como Celesc, Casan e SCGás deduziriam parte do Imposto de Renda para a obra. Mas o grande trunfo são mesmo as empresas públicas federais, por gerarem mais recursos e poderem ter um valor maior de renúncia.

Outra expectativa do Estado agora é com a 197ª Reunião da Comissão Nacional e Incentivo à Cultura (CNIC), que será realizada hoje em Brasília. No encontro, deve ser analisado o processo, que requer a reconsideração do valor original do projeto de captação. O governo pediu na proposta original R$ 76,8 milhões, mas o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez um corte de R$ 12,3 milhões.

Ideli ainda tem dúvidas

Na busca pelo apoio de estatais, como Petrobras, Vale e Banco do Brasil, parlamentares prometem se articular em Brasília em prol do cartão­postal da capital de SC.

O deputado federal João Pizzolatti (PP) afirmou nesta semana que pedirá à ministra Ideli Salvatti uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para colocar o projeto da Hercílio Luz no rol dos projetos financiados pelas empresas públicas brasileiras.

— São órgãos geradores de um valor expressivo de Imposto de Renda, como a Petrobras que movimenta bilhões na economia — diz Pizzolatti.

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2012/04/processo­de­restauracao­da­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis­segue­a­passos­lentos­para­captacao­… 2/3 08/08/2016 Processo de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, segue a passos lentos para captação de recursos ­ Diário Catarinense Mas Ideli ainda não está convencida da importância de investir dinheiro federal, mesmo sendo de renúncia fiscal, na restauração da ponte ­ há 30 anos interditada. Ela não deixou claro se o motivo da dúvida são as críticas de produtores culturais, que temem ter seus projetos deixados em segundo plano, tamanha a visibilidade que a obra na ponte vem tendo, ou a falta de unanimidade da população catarinense sobre a importância da restauração.

— Já recebi muitos pedidos para intervir em reuniões com as empresas para a captação desse recursos, mas este é um caso que preciso de cautela. Não tomei nenhuma decisão ainda, estou estudando as possibilidades para ver o que acontece e de que maneira posso contribuir —revela a ministra.

Verba para ela não cair

Os R$ 64,5 milhões foram aprovados para a fase da obra chamada de Ponte Segura, que é a construção da estrutura provisória responsável por escorar a Hercílio Luz durante a troca dos cabos de barra de olhal. Conforme o Consórcio Monumento ­ executor da obra ­, essa etapa tiraria o patrimônio histórico do risco de colapso.

A estrutura começou a ser construída há um ano e três meses com o estaqueamento, que dará suporte às treliças metálicas de sustentação da travessia. Dos 16 pilares, faltam concluir três na proximidade do Continente e recolocar a unidade que caiu do bloco do lado insular.

A expectativa é a que as três estacas fiquem prontas em um mês. A colocação da que quebrou não tem prazo definido de conclusão. O Consórcio Florianópolis Monumento também começou o trabalho de coroamento, que é a amarração das estacas para depois receber as treliças. Já foram investidos pelo governo estadual R$ 35,8 milhões na restauração do vão central, que está orçada em cerca de R$ 200 milhões. Também há o custo de supervisão, de R$ 9,7 milhões, sendo que R$ 7 milhões foram pagos até agora.

Para as próximas fases da obra, outros projetos serão apresentados na busca de mais recursos pela Lei Rouanet. A expectativa do governo é reabrir a travessia em 2014. A ponte está interditada desde 1982, quando foi constatada a corrosão em um dos cabos de sustentação do vão central.

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2012/04/processo­de­restauracao­da­ponte­hercilio­luz­em­florianopolis­segue­a­passos­lentos­para­captacao­… 3/3 08/08/2016 Comitê captará mais recursos para Ponte Hercílio Luz | FloripAmanha.org / Notícias de Florianópolis e da Associação FloripAmanhã

Comitê captará mais recursos para Ponte Hercílio Luz 14/10/2013 Nenhum Comentário

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Para fazer volume ao caixa das obras da ponte Hercílio Luz, a Fundação Catarinense de Cultura vai propor ao governo que se crie um comitê exclusivo para a captação de recursos via Lei Rouanet. A iniciativa pretende dar agilidade à obra, que entrará em nova fase nesta semana, quando começará a ser erguida a estrutura que sustentará a ponte durante o restauro.

O projeto está sendo finalizado e deve ser encaminhado nesta semana ao governador Raimundo Colombo. A ideia é estabelecer a aproximação com empresas que tenham potencial para se tornar doadoras ou patrocinadoras da obra por meio da desoneração fiscal. O grupo vai mapear o setor. Primeiro serão procuradas as estatais e depois as privadas.

Responsável pelo projeto, Maria Teresa Collares diz que o comitê foi pensado para acelerar a captação, que tem prazo até dezembro de 2014. Há um ano e meio o governo de SC teve autorização do Ministério da Cultura para arrecadar via Rouanet, mas até agora não conseguiu nem 3% do esperado. O caixa tem hoje menos de R$ 1,5 milhão dos R$ 64 milhões pretendidos.

Segundo o presidente do Deinfra, Paulo Meller, o dinheiro complementará os R$ 150 milhões liberados em julho pelo BNDES. Se a verba que se espera não for captada, será preciso buscar outro meio para garantir a obra, estimada em R$ 220 milhões. A quantia arrecadada até agora está numa conta bloqueada e só será liberada com autorização do Ministério.

A baixa adesão ao restauro estaria atrelada à lentidão. A revitalização foi lançada em 2005 e ainda hoje pouco se consegue perceber a obra. E isso por dois motivos: primeiro porque faltou verba e depois por toda a etapa inicial ter sido feita sob a água. A partir desta semana, com a instalação da estrutura provisória para sustentar a ponte, os trabalhos aparecerão. Segundo o governador, é o momento ideal para procurar empresas. Via assessoria, informou que ele mesmo deverá capitanear a ação pró­incentivo ao restauro.

http://floripamanha.org/2013/10/comite­captara­mais­recursos­para­ponte­hercilio­luz/ 1/2 08/08/2016 Comitê captará mais recursos para Ponte Hercílio Luz | FloripAmanha.org / Notícias de Florianópolis e da Associação FloripAmanhã

(DC, 14/10/2013)

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