PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Econômicas Gerenciais Curso de Ciências Contábeis

Alisson Ítalo de Lira Silva

O PAPEL DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS DO VAREJO EM TEMPOS DE COVID-19 E AS FERRAMENTAS E TÉCNICAS CONTÁBEIS EM PROL DA RESILIÊNCIA FINANCEIRA

Belo Horizonte 2021

Alisson Ítalo de Lira Silva

O PAPEL DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS DO VAREJO EM TEMPOS DE COVID-19 E AS FERRAMENTAS E TÉCNICAS CONTÁBEIS EM PROL DA RESILIÊNCIA FINANCEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Marco Antônio Pereira

Área de concentração: Controladoria

Belo Horizonte 2021

Alisson Ítalo de Lira Silva

O PAPEL DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS DO VAREJO EM TEMPOS DE COVID-19 E AS FERRAMENTAS E TÉCNICAS CONTÁBEIS EM PROL DA RESILIÊNCIA FINANCEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Área de concentração: Controladoria

______Prof. Marco Antônio Pereira – PUC Minas (Orientador)

______Prof. José Vuotto Nievas – PUC Minas (Banca Examinadora)

______Prof. Carlos Alberto de Carvalho – PUC Minas (Banca Examinadora)

Belo Horizonte, 05 de junho de 2021.

RESUMO

No ano de 2020 com a chegada da nova doença causada pelo coronavírus, Covid-19, a Organização Mundial de Saúde (OMS), decretou um surto de calamidade pública, orientando aos cidadãos um isolamento social para que o vírus não fosse disseminado pela população através do contado social, com isso, esse isolamento ocasionou na suspensão de alguns comércios, com o fechamento temporário, proporcionando ao mercado um novo cenário econômico. Desta forma, as empresas tiveram que se adaptar frente ao novo cenário de mercado, buscando uma resiliência financeira para manterem sua liquidez, assim, esta pesquisa tem como principal objetivo de descrever o papel da contabilidade nas empresas varejistas frente a pandemia do Covi-19, e as principais ferramentas e técnicas contábeis utilizadas em prol da resiliência financeira dessas empresas, para isto, foram selecionadas três empresas listas na Bolsa de Valores (), Grupo A. J. Renner S.A., Cia. Hering S.A. e S.A. As análises realizadas das três empresas foram desenvolvidas com as demonstrações financeiras anuais de 2020 comparados ao ano de 2019 com base no modelo analítico proposto por Michel Fleuriet, que consiste no estudo dos seguintes indicadores: Gestão de Liquidez, Dinâmica Financeira, Capital Investido Líquido, Posição Financeira Líquida, Endividamento, Indicadores de Lucratividade, de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA).

PALAVRAS-CHAVE: Covid-19. Resiliência Financeira. Modelo Fleuriet. Ferramentas Contábeis. Varejista.

ABSTRACT

In the year 2020 with the arrival of the new disease caused by the coronavirus, Covid- 19, the World Health Organization (WHO), decreed an outbreak of public calamity, directing citizens to social isolation so that the virus was not spread by the population, through social contact, this isolation caused the suspension of some businesses, with the temporary closure, providing the market with a new economic scenario. Thus, companies had to adapt to the new market scenario, seeking financial resilience to maintain their liquidity, thus, this research has as main objective to describe the role of accounting in retail companies in the face of the Covi-19 pandemic, and the main accounting tools and techniques used in favor of the financial resilience of these companies, for this, three companies were listed on the Stock Exchange (B3), AJ Renner SA Group, Cia. Hering SA and Lojas Americanas SA The analyzes carried out of the three companies were developed with the annual financial statements for 2020 compared to the year 2019 based on the analytical model proposed by Michel Fleuriet, which consists of the study of the following indicators: Liquidity Management, Financial Dynamics, Net Invested Capital, Net Financial Position, Indebtedness, Profitability, Profitability and Value Creation (EVA) indicators.

KEY WORDS: Covid-19. Financial Resilience. Fleuriet Model. Accounting Tools. Retailer.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Exemplos de Tokens e seus referenciais em escrita pictográfica...... 21 Figura 2: Balanço Patrimonial...... 23 Figura 3: Demonstração de Resultado...... 27 Figura 4: Fluxo de caixa pelo método direto...... 33 Figura 5: Fluxo de caixa pelo método indireto...... 34

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Gestão da Liquidez – Lojas Renner...... 50 Gráfico 2: Gestão da Liquidez – Cia. Hering...... 51 Gráfico 3: Gestão da Liquidez – Lojas Americanas...... 52 Gráfico 4: Dinâmica Financeira – Lojas Renner...... 54 Gráfico 5: Dinâmica Financeira – Cia. Hering...... 55 Gráfico 6: Dinâmica Financeira – Lojas Americanas...... 56 Gráfico 7: Capital Investido Líquido – Lojas Renner...... 58 Gráfico 8: Posição Financeira Líquida – Lojas Renner...... 59 Gráfico 9: Endividamento – Lojas Renner...... 60 Gráfico 10: Capital Investido Líquido – Cia. Hering...... 61 Gráfico 11: Posição Financeira Líquida – Cia. Hering...... 62 Gráfico 12: Endividamento – Cia. Hering...... 64 Gráfico 13: Capital Investido Líquido – Lojas Americanas...... 65 Gráfico 14: Posição Financeira Líquida – Lojas Americanas...... 66 Gráfico 15: Endividamento – Lojas Americanas...... 67 Gráfico 16: Indicadores de Lucratividade – Lojas Renner...... 70 Gráfico 17: Indicadores de Lucratividade – Cia. Hering...... 71 Gráfico 18: Indicadores de Lucratividade – Lojas Americanas...... 73 Gráfico 19: Indicadores de Rentabilidade – Lojas Renner...... 75 Gráfico 20: Indicadores de Rentabilidade – Cia. Hering...... 77 Gráfico 21: Indicadores de Rentabilidade – Lojas Americanas...... 79

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Desagregação de Contas...... 24 Quadro 2: Rubricas da Demonstração do Resultado do Período...... 28 Quadro 3: Apresentações dos Fluxos de Caixa por atividades...... 36 Quadro 4: Perfis de Liquidez...... 39 Quadro 5: Demonstração do Capital Investido Líquido / Ativo Econômico...... 41 Quadro 6: Demonstração da Estrutura de Capital / Posição Financeira Líquida...... 42 Quadro 7: Cálculos do Endividamento...... 43 Quadro 8: Fórmulas para Cálculos das Margens de Lucratividade...... 44 Quadro 9: Definição e Fórmulas dos Indicadores de Rentabilidade...... 46

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Gestão de Liquidez – Lojas Renner...... 50 Tabela 2: Gestão de Liquidez – Cia. Hering...... 51 Tabela 3: Gestão de Liquidez – Lojas Americanas...... 52 Tabela 4: Dinâmica Financeira – Lojas Renner...... 53 Tabela 5: Dinâmica Financeira – Cia. Hering...... 54 Tabela 6: Dinâmica Financeira – Lojas Americanas...... 55 Tabela 7: Capital investido Líquido – Lojas Renner...... 57 Tabela 8: Posição Financeira Líquida – Lojas Renner...... 59 Tabela 9: Endividamento – Lojas Renner...... 60 Tabela 10: Capital investido Líquido – Cia. Hering...... 61 Tabela 11: Posição Financeira Líquida – Cia. Hering...... 62 Tabela 12: Endividamento – Cia. Hering...... 63 Tabela 13: Capital investido Líquido – Lojas Americanas...... 65 Tabela 14: Posição Financeira Líquida – Lojas Americanas...... 66 Tabela 15: Endividamento – Lojas Americanas...... 67 Tabela 16: Construção do EBITDA – Lojas Renner...... 69 Tabela 17: Indicadores de Lucratividade – Lojas Renner...... 69 Tabela 18: Construção do EBITDA – Cia. Hering...... 70 Tabela 19: Indicadores de Lucratividade – Cia. Hering...... 71 Tabela 20: Construção do EBITDA – Lojas Americanas...... 72 Tabela 21: Indicadores de Lucratividade – Lojas Americanas...... 72 Tabela 22: Construção do NOPAT – Lojas Renner...... 74 Tabela 23: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Lojas Renner...... 75 Tabela 24: Construção do NOPAT – Cia. Hering...... 76 Tabela 25: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Cia. Hering...... 76 Tabela 26: Construção do NOPAT – Lojas Americanas...... 78 Tabela 27: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Lojas Americanas...... 78

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...... 11 1.1 Formulação do problema ...... 11 1.2 Metodologia ...... 13 1.3 Estrutura do trabalho ...... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ...... 18 2.1 Impacto da pandemia do Covid-19 na economia ...... 19 2.2 Principais Ferramentas Contábeis ...... 21 2.2.1 Balanço Patrimonial ...... 22 2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ...... 26 2.2.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ...... 31 2.3 Modelo Fleuriet ...... 37 2.3.1 Gestão de Liquidez ...... 37 2.3.2 Dinâmica Financeira ...... 39 2.3.3 Capital Investido Líquido / Ativo Econômico ...... 41 2.3.4 Posição Financeira Líquida / Estrutura de Capital ...... 42 2.3.5 Endividamento ...... 42 2.3.6 Indicadores de Lucratividade, Rentabilidade e Criação de Valor ...... 44

3 HISTÓRICO / CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS ...... 48

4 ANÁLISE DOS INDICADORES ...... 50 4.1 Análise da Gestão da Liquidez e Dinâmica Financeira ...... 50 4.1.1 Gestão da Liquidez ...... 50 4.1.1.1 Lojas Renner S.A...... 50 4.1.1.2 Cia. Hering S.A...... 51 4.1.1.3 Lojas Americanas S.A...... 52 4.1.1.4 Análise Comparativa ...... 53 4.1.2 Dinâmica Financeira ...... 53 4.1.2.1 Lojas Renner S.A...... 53 4.1.2.2 Cia. Hering S.A...... 54 4.1.2.3 Lojas Americanas S.A...... 55 4.1.2.4 Análise Comparativa ...... 56 4.2 Capital Investido Liquido, Posição Financeira Liquida e Endividamento .... 57 4.2.1 Capital Investido Líquido Lojas Renner S.A...... 57

4.2.2 Posição Financeira Líquida Lojas Renner S.A...... 58 4.2.3 Endividamento Lojas Renner S.A...... 59 4.2.4 Capital Investido Líquido Cia Hering S.A...... 60 4.2.5 Posição Financeira Líquida Cia Hering S.A...... 62 4.2.6 Endividamento Cia Hering S.A...... 63 4.2.7 Capital Investido Líquido Lojas Americanas S.A...... 64 4.2.8 Análise Comparativa ...... 68 4.3 Análise dos Indicadores de Lucratividade, Rentabilidade e Criação de Valor (EVA)...... 69 4.3.1 Indicadores de Lucratividade ...... 69 4.3.1.1 Lojas Renner S.A...... 69 4.3.1.2 Cia. Hering S.A...... 70 4.3.1.3 Lojas Americanas S.A...... 72 4.3.1.4 Análise Comparativa ...... 73 4.3.2 Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA) ...... 74 4.3.2.1 Lojas Renner S.A...... 74 4.3.2.2 Cia. Hering S.A...... 76 4.3.2.3 Lojas Americanas S.A...... 78 4.3.2.4 Análise Comparativa ...... 79 4.4 Análise conclusiva do estudo técnico ...... 80

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 82

REFERÊNCIAS ...... 84

ANEXOS...... 90

APÊNDICES ...... 110 11

1 INTRODUÇÃO

1.1 Formulação do problema

Como a melhor forma de prevenção ao aumento do contágio do coronavírus, a OMS orientou os países que fizessem o isolamento social deixando em operações somente os serviços extremamente indispensáveis à população, o que obrigou o comércio, fábricas e o setor de serviço se reinventarem em uma forma de buscar a melhor interface junto aos negócios e clientes no que se refere ao Brasil e no mundo. Em decorrência da crise pandêmica do Covid-19, as empresas varejistas do mercado brasileiro, como o grupo A. J. Renner, as Lojas Americanas e a Cia. Hering, listadas na B3 (Bolsa de Valores), encontraram desafios como outras potências do mercado nacional varejista, buscando maneiras estratégicas de superarem os impactos sofridos no primeiro trimestre do ano de 2020 devido ao início do isolamento social e a queda das vendas, criando meios de comunicações mais eficazes e uma maneira de interação maior com o público. Contudo, procurou-se investigar e compreender o processo de adaptação das empresas frente ao novo comportamento de mercado do seu público durante a pandemia, devido ao fechamento do comércio considerado não essenciais, e como a contabilidade influencia na gestão desse novo processo, no controle dos gastos e na geração de fluxo de caixa. Diante disso, buscou-se investigar e responder as seguintes questões:

 Qual o impacto nas empresas do comércio varejista brasileiro causado pelo isolamento social devido à crise pandêmica do novo coronavírus?  E como essas empresas tem feito com a geração de fluxo de caixa para bancar sua estrutura e manter as margens faturáveis de lucro?  E qual o papel da contabilidade frente a essa pandemia em prol da resiliência financeira?

Esta pesquisa teve como objetivo principal descrever o papel da contabilidade nas empresas varejistas frente a pandemia do Covi-19, e as principais ferramentas e técnicas contábeis utilizadas em prol da resiliência financeira dessas empresas. Desta

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formar buscando analisar, identificar e evidenciar os seguintes objetivos específicos, para delimitação da amostra do trabalho:

 Analisar as demonstrações contábeis do ano de 2020 das empresas propostas na pesquisa comparados ao mesmo período de 2019;  Identificar as principais estratégias de gestão utilizadas;  Analisar os principais meios de geração de fluxo de caixa;  Evidenciar os principais canais de venda e comunicação com o público.

É notório a importância do estudo da crise econômica causada pelo Covid-19 devido ao impacto mundial causado pelo isolamento obrigatório e a suspensão do funcionamento de grande parte dos comércios. Assim, faz-se de suma importância entender como as empresas, especificamente do ramo do varejo, tem mantido suas operações, sejam elas online ou off-line. Evidenciou-se ainda a importância de abordar o estudo da crise, pois com o surgimento do capitalismo, a crise deixa de ser apenas um fato existencial em sua essência e passa a ser um fenômeno real e necessário (LYRA; COSTA, 2009). Esta matéria, teve como proposito contribuir com a compreensão de como a contabilidade tem exercido papel de grande valia nas organizações empresariais, atuando de forma efetiva e eficaz, buscando maneiras estratégicas de gerenciamento e controle para uma boa saúde financeira das mesmas e uma melhor gestão empresarial para alcance dos seus objetivos organizacionais. Esse novo cenário vivenciado pelo mercado apresentou-se em constante mudança no que tange a inovação e tecnologia, devido a reestruturação de mercado que as empresas tiveram que sofrer após o fechamento do comércio nacional, estão cada vez mais investindo em plataformas digitais e canais de venda, que possibilitam uma maior interação com o cliente que agora tem por obrigação evitar compras físicas a fim de se manter o isolamento social. Com base nesse estudo, identificou-se a possibilidade de descobertas de novas plataformas de interação com o público em decorrência de uma boa estratégia com vendas, novo comportamento de mercado devido ao isolamento social, dificuldades de novas maneiras de trabalho como o home-office e a adaptação da população à uma nova maneira de interação nas compras.

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1.2 Metodologia

Quanto aos objetivos esta pesquisa foi classificada como explicativa e descritiva. Segundo Vergara (2016), a pesquisa explicativa “tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno”. Neste sentido, a presente pesquisa, teve como objetivo explicar o papel da contabilidade em meio à crise causada pelo covid-19 nas empresas varejistas, de forma que explicou como foram para essas empresas o processo de gerenciamento e geração de fluxos de caixas. A pesquisa ainda classificou-se como descritiva, em que, segundo Nascimento (2016, p. 4), esta pesquisa “buscam a descrição de características de populações ou fenômenos e de correlação entre variáveis”. Desta forma, pôde-se descrever a correlação entre as empresas do varejo no processo de gerenciamento estratégico frente a crise pandêmica do novo coronavírus, com intermédio da contabilidade em meio a esse processo. Quanto à abordagem do problema essa pesquisa foi classificada como qualiquanti. Segundo Nascimento (2016, p. 3) a pesquisa qualitativa “é baseado na interpretação dos fenômenos observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo pesquisador, dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos”. A pesquisa visou descrever a qualidade em que os dados da empresa foram apresentados, a realidade e a particularidade de cada uma delas. Quanto a pesquisa quantitativa, Fonseca (2002, p. 20, apud GERHARDT, SILVEIRA, 2009, p. 33), esclarece que

Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem

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matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.

Com isso, a pesquisa foi quantitativa devido a análise das demonstrações contábeis do ano de 2020 comparados ao mesmo período de 2019, publicadas na Bolsa de Valores, pelas empresas escolhidas para estudo. Quanto aos procedimentos técnicos esta pesquisa foi classificada como bibliográfica, documental e estudo de caso. De acordo com Vergara (2016) a pesquisa bibliográfica consiste na coleta de dados em meios a materiais publicados em diversos canais de comunicação, como “livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”, desta forma, a pesquisa foi extraída diretamente da obra do autor primário ou pelo secundário, fazendo a obra original. A presente pesquisa teve como meio de estruturação a coleta de dados e informações pertinentes ao tema escolhido por meio de canais bibliográficos, como, monografias, periódicos, sites, livros e artigos. A pesquisa ainda foi documental, no qual Nascimento (2016, p. 6), fundamenta que:

A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e sistematização, objetivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com o tempo sócio-cultural- cronológico, visando obter conclusões ou explicações para o presente.

Gil (1991, p. 51, apud NASCIMENTO, 2016, p. 6) ainda complementa que a “pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”. A pesquisa também foi documental pois visou a investigação documental de balanços patrimoniais, demonstrações de resultado e de fluxos de caixas das empresas escolhidas que foram realizados os estudos propostos. Outrora a pesquisa ainda transcorreu um estudo de caso, em que para Lüdke e André (1999, apud NASCIMENTO, 2016, p.5) diz que

[...] o estudo de caso se assemelha mais a uma abordagem metodológica de pesquisa que a um tipo de procedimento. É composto de três fases: uma

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exploratória; outra de sistematização de coleta de dados e delimitação do estudo, e a última de análise e interpretação das descobertas.

Neste sentido Vergara (2016) ainda complementa que a o estudo de caso “tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo. Utiliza métodos diferenciados de coleta de dados”. Com isso, pôde-se dizer que a pesquisa através do estudo de caso buscou compreender os fenômenos do contexto abordado das empresas varejistas brasileiros tentando evidenciar um padrão utilizado como meio de estratégias de vendas para a geração de fluxo de caixa para manter sua posição no mercado brasileiro frente ao novo cenário. Os dados coletados, foram retirados do site da Bolsa de Valores Brasileira, através dos registros contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstrações dos Fluxos de Caixas. Todos os dados utilizados foram do ano de 2020 comparados ao ano de 2019, para alcance dos seguintes objetivos:

 Analisar as demonstrações contábeis do ano de 2020 das empresas propostas na pesquisa comparados ao mesmo período de 2019;  Identificar as principais estratégias de gestão utilizadas;  Analisar os principais meios de geração de fluxo de caixa;  Evidenciar os principais canais de venda e comunicação com o público.

Segundo Vergara (2013, p. 59), “o tratamento de dados refere-se àquela seção na qual se torna explicito para o leitor como se pretende tratar os dados a coletar, justificando por que tal tratamento é adequado aos propósitos da pesquisa”. Neste sentido, as demonstrações financeiras extraídas do site da Bovespa das empresas tratadas, foram realizadas as análises da evolução das contas por meio de planilhas e gráficos. Também através dos relatórios gerenciais foi possível analisar as estratégias de gerenciamento e vendas abordado pelas organizações empresariais. As demonstrações financeiras foram comparadas entre o ano de 2020 e o mesmo período de 2019. A metodologia apresentada na pesquisa teve limitações, cujo, Vergara (2013, p.61), “o pesquisador deve explicitar quais as limitações que o método escolhido para

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a pesquisa oferece, mas que ainda assim o justificam como o método mais adequado aos propósitos da investigação”. Com isso abaixo apresenta-se as limitações:

 Dificuldades na coleta de dados;  Tempo de realização da pesquisa;  Crise pandêmica recente com poucos dados teóricos;  Dificuldade para interpretação dos dados.

1.3 Estrutura do trabalho

Este projeto foi dividido em 5 (cinco) capítulos, no qual no primeiro capítulo abordou a introdução e a problematização da crise pandêmica do Covid-19 e como essa crise tem afetado diretamente o mercado varejista, contextualizando o problema enfrentado pelas empresas deste ramo e levantada as questões que foram respondidas e analisadas ao longo do projeto, também está presente os objetivos e a justificativa do estudo proposto, os objetivos guiará o projeto com o propósito de responder as questões levantas para fundamentação da pesquisa e os dados coletados para a pesquisa de mudança de comportamento de mercado do público no e-commerce, como esses dados foram coletados e tratados, a análise das demonstrações contábeis anual do ano de 2020 frente ao mesmo período de 2019 No segundo capítulo apresentou-se a fundamentação da crise do novo coronavírus, a trajetória do Grupo A. J. Renner, Lojas Americanas e Cia. Hering no decorrer do isolamento social, as principais ferramentas contábeis e o modelo analítico Fleuriet. O terceiro capítulo contemplará o histórico e as características societárias do Grupo A. J. Renner, Lojas Americanas e Cia. Hering, a história, missão, visão e valores das mesmas. O quarto capítulo deteve o estudo técnico realizado através das análises das demonstrações financeiras das empresas Grupo A. J. Renner S.A., Lojas Americanas S.A. e Cia. Hering S.A., do ano de 2020 comparado ao ano de 2019, contemplando o estudo com base no modelo de Fleuriet fazendo a análise dos indicadores de Gestão de Liquidez, Dinâmica Financeira, Capital Investido Líquido, Posição Financeira

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Líquida, Endividamento, Indicadores de Lucratividade, de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA). O quinto e último capítulo abordou as considerações finais da pesquisa realizada, comentando os objetivos se foram concluídos conforme previsto na introdução deste trabalho, evidenciou as contribuições que o estudo teve para o autor, para as empresas e para comunidade acadêmica. Assim, respondendo as questões levantas neste estudo como meio de intervenção a problematização.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

No ano de 2020, o mundo vivencia uma grande turbulência no que se tange a saúde de toda uma polução, a Organização Mundial da Saúde (SAUDE; SAUDE, 2020), declara em 30 de janeiro de 2020 um surto causado pela doença do coronavírus, nomeado como Covid-19, declarando emergência de saúde pública internacional, devido a um vírus que proporciona uma doença altamente infecciosa, identificado primordialmente na cidade de Wuhan, na China, desta forma, em 11 de março de 2020 a OMS caracterizou o surto como uma pandemia. Com tudo isso, a Organização Pan-Americana da Saúde (SAUDE; SAUDE, 2020) tem apoiado o Ministério da Saúde do Brasil no combate ao novo coronavírus, capacitando os profissionais brasileiros da área da saúde no uso do Go.Data, uma ferramenta que pode ser usada off-line ou online, que facilita a identificação, rastreamento e coleta de dados referentes a transmissão da doença. A contabilidade exerce um papel de suma importância nas organizações empresariais para tomadas de decisões econômicas, financeiras e gerenciais. Evidencia-se que o profissional contábil do segmento do varejo tem exercido papel de grande valia na maior parte das empresas brasileiras, trabalhando em prol da resiliência financeira nas entidades em meio à crise do coronavírus. A pandemia tem provocado uma crise econômica global, causando uma desaceleração do mercado financeiro devido ao impacto das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de isolamento social que foram necessárias para o controle do contagio do vírus por meio de contato humano. Organizações de diferentes setores foram obrigados a fechar as portas devido ao isolamento social, o que tem causado um impacto negativo financeiro nas empresas (Senhoras apud SILVA; SILVA; MARTINS, 2020, p. 2). Segundo SALAZAR e BENEDICTO (2004) a contabilidade financeira tem como papel contribuir para a tomada de decisões gerenciais, através da análise de demonstrações financeiras, evidenciando o desempenho financeiro da mesma e tornando possível o alcance dos objetivos da empresa para que os investidores possam decidir investir recursos dentro da perspectiva. Desta forma, em meio a pandemia do Covid-19, a contabilidade financeira tem exercido um papel de grande importância para os investidores na tomada de decisões e analises da liquidez das organizações empresariais.

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Empresas do ramo do varejo tem passado por diferentes situações financeiras distintas, com isso, evidenciará o estudo de três grandes potencias do mercado varejista brasileiro listadas na Bolsa de Valores (B3), a primeira empresa conhecida como grupo A. J. Renner tem como origem a cidade de Porto Alegre (RS), fundada em e inaugurada em 1922 como indústria têxtil fabril (RENNER, 2020). A segunda empresa do estudo, Lojas Americanas, conhecida por trabalhar com diferentes marcas e co-branding, também controladora do grupo , foi fundada na cidade de Niterói (RS) no ano de 1929 por Max Landesmann, John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger (VOGLINO, 2020). O presente trabalho, aborda ainda um estudo da Cia. Hering, fundada na importância do ano de 1880 por Bruno e Hermann Hering, na cidade de Blumenau (SC), tornando-se hoje uma grande potência do mercado varejista brasileiro especializada em vestuário (HERING, 2020). Esta matéria propõe um estudo da pandemia do Covid-19 nas organizações varejistas relatadas neste artigo, analisando e comparando os relatórios contábeis dos dois primeiros trimestres de 2020 ao mesmo período de 2019, evidenciando-se a evolução, estabilidade e dificuldade financeira das empresas, destacando a constante evolução do e-commerce como principal canal de vendas visto ao isolamento social. O e-commerce é um canal que já estava passando por constante crescimento, com uma projeção de expansão de 18% para 2020, segundo EXAME (2020), porém com o isolamento social e a estratégia de vendas por meio das plataformas virtuais, o e- commerce cresceu mais do que o esperado, tendo um pico no seu avanço, devido ao novo comportamento de compra da população, entre 05 de abril e 28 de junho deste ano, assim, apontando uma evolução de 70% nas compras. Também, abordará as principais ferramentas e técnicas contábeis utilizadas de forma estratégica pelos profissionais da contabilidade em prol da resiliência financeira das empresas do varejo para geração de fluxo de caixa para cumprir com as suas obrigações.

2.1 Impacto da pandemia do Covid-19 na economia

A crise pandêmica causada pelo vírus da doença denominada Covid-19, ou cientificamente chamado de Sars-CoV-2, teve sua origem na cidade Wuhan, na China, em 2019. A doença desde então tem se espalhado pelo o mundo através do contato

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social entre os viajantes que disseminaram o vírus pelos países (MCKIBBIN; FERNANDO, 2020, apud JUNIOR; RITA, 2020). Diante disso, a economia vem sofrendo constante desaceleração no mercado, devido ao impacto ocasionado pela orientação do isolamento social pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devido à crise pandêmica, após o Governo declarar o surto de calamidade pública. Este isolamento acarretou uma recessão na economia tendo como principais fatores a queda nas exportações, a redução do consumo das famílias e a retração dos investimentos de empresários e das famílias neste período, devido ao aumento do desemprego e a perca de renda das famílias (DWECK et al., 2020, p. 6). Por outro lado, a pandemia tem afetado diretamente e principalmente as classes sociais C e D, devido à falta de boas condições sanitárias e a falta de assistência do Estado. Essas pessoas ficaram divididas entre duas vertentes, em que de um lado era preciso se isolar, ficar em casa e se proteger do vírus da COVID-19, mesmo que em situação precária de necessidades básicas e do outro lado ter que garantir tudo isso, mas sem condições de trabalho e renda o que colocou a população em extremo estado de inércia e caos ao mesmo tempo (BITTENCOURT, 2020). Bittencourt (2020, p. 174) ainda faz uma crítica no que se refere ao papel dessa classe social frente à um cenário econômico da seguinte forma:

O grande idiota útil ao serviço dos imperativos do mercado não pensa na saúde da população, mas na rentabilidade dos negócios escusos dos plutocratas, alheios ao sofrimento social decorrente não apenas da necessidade sanitária de quarentena, mas também da perda da qualidade de vida. Para esses empresários rapinantes, a produção não pode parar e assim os trabalhadores devem candidamente se expor aos riscos da contaminação viral para que a riqueza não deixe de fluir para as contas bancárias das elites. Canalhas endinheirados que fogem dos riscos da pandemia encastelados em suas mansões hermeticamente protegidas, mas que percebem os seus empregados como animais que somente são valiosos quando estão ao seu serviço.

Neste sentido, em um primeiro momento a falta de políticas públicas proporcionaram ao impacto econômico considerável devido ao Covid-19, assim, o isolamento obrigatório orientado pelas OMS impactou de forma significativa o consumo das famílias no comercio e o setor de serviços que há o contato humano entre cliente e vendedor. Desta maneira, o empresário teve que lhe dar com os desafios imputados pelo novo cenário, proporcionando uma maior interação entre o

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homem e a máquina, que se tornou cada vez mais utilizado, o chamado home-office (CECCHETTI; SCHOENHOLTZ, 2020, apud JUNIOR; RITA, 2020).

2.2 Principais Ferramentas Contábeis

Segundo Burke e Ornstein (2017, apud SCHMIDT; SANTOS, 2018) os primeiros indícios das ferramentas foram há 12 mil anos, nas Montanhas Zagros, no qual essas ferramentas surgiram com o intuito de manterem um controle patrimonial. Esse controle era representado por fichas de argilas denominados como tokens, assim, cada token tinha sua representatividade, a primeira se refere a representação do token e a segunda representa a escrita no controle patrimonial, conforme ilustrado abaixo.

Figura 1: Exemplos de Tokens e seus referenciais em escrita pictográfica

Fonte: Mattessich (1994, apud SCHMIDT; SANTOS, 2018)

Desta forma, cada símbolo tem uma representatividade de um produto, ou seja, o primeiro por exemplo representava uma medida de pão, o segundo uma de óleo e assim cada token auxiliava no registro desses bens (MATTESSICH, 1994, apud SCHMIDT; SANTOS, 2018).

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Somariva e Loss (2019) ainda destacam que a contabilidade como uma ciência social aplicada tem como por objeto o controle patrimonial, no qual ela acompanha e desenvolve os fatos geradores que possibilitam o controle econômico financeiro da organização para a tomada de decisões dos sócios e investidores. Esse processo de estruturação da situação financeira e econômica da empresa, deriva-se da ferramenta de contabilidade gerencial, que possibilita apresentar aos gestores e Stakerholders o provável futuro da organização para a tomada de decisão, alinhado a ferramenta de sistema contábil que permite o armazenamento de dados contábeis de diversos períodos e o fácil acesso a identificação de entrada e saída de recursos (PAZ; CONCEIÇÃO; AYRES, 2019).

2.2.1 Balanço Patrimonial

Conforme Somariva e Loss (2019, p. 20), o balanço patrimonial é formado por um tripé composto por ativo, passivo e patrimônio líquido, que tem por finalidade apresentar em um relatório a situação que a empresa se encontra, tanto econômica, como financeira. No mesmo, podem ser identificados as classificações circulantes e não circulantes, ou seja, para ativos os realizáveis a curto e longo prazo e para os passivos as obrigações exigidas em curto e ao longo prazo. Desta forma Marion (2009, p.61, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 20), apresenta a união desses bens, direitos e obrigações da seguinte forma:

A palavra balanço decorre do equilíbrio: ativo=passivo+ pl, ou da igualdade: aplicação=origem. Parte-se da ideia de uma balança de dois pratos, onde sempre encontramos a igualdade. Mas em vez de se denominar balança (como balança comercial) denomina-se balanço.

Padoveze (2010, apud PAZ; CONCEIÇÃO; AYRES, 2019) ainda afirma a importância do balanço patrimonial como uma ferramenta da contabilidade, em que nele que pode-se observar as operações e transações realizadas pela empresa no decorrer da sua existência e naquele determinado período de publicação do mesmo. Ademais, Lucato (2008, apud SILVA; COUTO; CARDOSO, 2016), vai além do conceito de bens, direitos e obrigações, evidenciando que os passivos de um balanço patrimonial representam as origens de recursos captados pela empresa, e os ativos

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tem por sua representatividade a aplicação desses recursos, seja eles de terceiros ou próprio. Na formação da estrutura do balanço patrimonial, pode-se definir que

O Balanço Patrimonial é formado de duas colunas: a coluna do lado esquerdo, chamado Ativo, e a coluna do lado direito, chamado Passivo. Ativo constitui e representa, em termos monetários, de todos os bens e direitos de propriedade da empresa, ou seja, descrever os recursos investidos pela empresa. Passivo se refere às obrigações contraídas com terceiros, ao capital comprometido pelos proprietários e aos lucros que foram reinvestidos na empresa. (SALAZAR; CARVALHO, 2004, p. 20, apud PAZ; CONCEIÇÃO; AYRES, 2019, p. 149).

Desta forma, Somariva e Loss (2019, p. 20,21), afirma que a principal função de um relatório denominado balanço patrimonial é a apresentação da situação patrimonial da empresa, para que os usuários da informação contábil possam analisar a situação econômica e financeira da organização conforme a estrutura patrimonial apresentada abaixo.

Figura 2: Balanço Patrimonial

Fonte: Ribeiro (2012, p. 342, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p.21)

Diante desse exposto, o CPC 26-R1 (2011) ainda descreve sobre as normas do balanço patrimonial, tendo essa norma por objetivo o seguinte:

O objetivo deste Pronunciamento Técnico é definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações contábeis de outras entidades. Nesse cenário, este Pronunciamento estabelece requisitos gerais para a apresentação das demonstrações contábeis, diretrizes para a

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sua estrutura e os requisitos mínimos para seu conteúdo. (CPC 26 – R1, 2011, p. 2)

Com base no objetivo da norma do CPC 26-R1 (2011), onde são definidas como será a apresentação das demonstrações contábeis, pode-se evidenciar no quadro abaixo como as contas do Balanço patrimonial devem ser apresentadas de acordo com a legislação contábil.

Quadro 1: Desagregação de Contas O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, as seguintes contas: Descrição Contas (a) caixa e equivalentes de caixa; (b) clientes e outros recebíveis; (c) estoques; (d) ativos financeiros; (e) total de ativos classificados como disponíveis para venda e ativos à disposição para venda; Ativo (f) ativos biológicos dentro do alcance do CPC 29; (g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; (h) propriedades para investimento; (i) imobilizado; (j) intangível; CONTINUA

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CONTINUAÇÃO (k) contas a pagar comerciais e outras; (l) provisões; (m) obrigações financeiras; (n) obrigações e ativos relativos à Passivo tributação corrente; (o) impostos diferidos ativos e passivos; (p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda; (q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido; e Patrimônio Líquido (r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade. Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) com base no CPC 26 - R1 (2011)

De acordo com o quadro acima, o CPC 26-R1 (2011), alterado pela revisão do CPC 08, ainda afirma que com base na desagregação das contas listas “a entidade deve apresentar contas adicionais, cabeçalhos e subtotais nos balanços patrimoniais sempre que sejam relevantes para o entendimento da posição financeira e patrimonial da entidade”. Desse modo, esses subtotais, segundo CPC 26-R1 (2011), devem ser apresentados em uma linguagem clara, respeitando as a legislação contábil que são evidenciadas nos outros pronunciamentos CPC publicados. O CPC 26-R1 (2011) ainda acrescente que,

Este Pronunciamento Técnico não prescreve a ordem ou o formato que deva ser utilizado na apresentação das contas do balanço patrimonial, mas a ordem legalmente instituída no Brasil deve ser observada. O item 54 simplesmente lista os itens que são suficientemente diferentes na sua natureza ou função para assegurar uma apresentação individualizada no balanço patrimonial. (CPC 26 – R1, 2011, p. 19)

Observa-se que as empresas não tem uma ordem ou uma nomenclatura que devem seguir na apresentação de suas demonstrações, no entanto o CPC 26-R1

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(2011), no item 54, exposto no quadro 1, lista as principais contas que devem conter no Balanço Patrimonial, que poderão sofrer alterações dependendo da natureza da empresa, havendo acréscimos dessas contas e podendo haver até alteração no nome e na ordem destas contas a cargo da empresa. O CPC 26-R1 (2011) descreve que as empresas devem observar quanto à adequação das suas contas patrimoniais adicionais da seguinte forma: “(a) da natureza e liquidez dos ativos; (b) da função dos ativos na entidade; e (c) dos montantes, natureza e prazo dos passivos” (CPC 26 – R1, 2011, p.19). Isto é, a adequação das contas no balanço patrimonial deverá ser observada de empresa para empresa, de acordo com suas atividades operacionais, acrescentando as contas adicionais que forem necessária para apresentação de uma demonstração contábil dentre a legislação vigente.

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Para conceituação e entendimento de uma demonstração de resulto do exercício, Lucato (2008, apud SILVA; COUTO; CARDOSO, 2016), salienta que é imprescindível que a estruturação desta demonstração obedeça ao regime de competência, onde todos os fatos são registrados de acordo com seu acontecimento, e não no alto de desembolso, no qual, neste sentido, obedece-se o regime de caixa. A demonstração de resulto de um empresa apresentará as suas receitas e despesas referentes a sua atividade principal, ou seja, suas principais operações. Através desta demonstração faz-se possível a análise do desempenho da empresa do período elaborado e apresentado por ela (STEPHEN, 2015, apud PAZ; CONCEIÇÃO; AYRES, 2019). Iudícibus (2009, apud SILVA; COUTO; CARDOSO, 2016), ainda acrescenta que a demonstração do resulto do exercício tem como fim, de forma clara e resumida, o confronto entre as receitas, os custos e as despesas geradas pela empresa para fins de atividade operacional, assim, apresentando o resultado líquido da empresa proporcionando aos usuários interessados da informação para as tomadas de decisões. Este relatório financeiro/econômico tem como intuito apresentar a situação da empresa dentre um determinado período, denominado de ciclo econômico,

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Essa demonstração é um resumo ordenado das contas de receitas e despesas da empresa em um determinado período, normalmente no período de 12 meses, este processo é feito de forma vertical, ou seja, das receitas subtraem-se as despesas, demonstrando assim o resultado, se obteve lucro ou prejuízo (Marion, 2015 p.99, apud PAZ; CONCEIÇÃO; AYRES, 2019, p.150)

Assim, na figura 3, pode-se observar como é estruturado a demonstração de resulto do exercício.

Figura 3: Demonstração de Resultado

Fonte: Viceconti e Neves (2013, p. 46, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p.22)

Somariva e Loss (2019, p. 22), descrevem a separação da demonstração do resulto do exercício, no qual na primeira parte apresenta as receitas brutas que são decorrentes da atividade principal da empresa deduzidos os custos recorrentes, em seguida a segunda parte dispõe das despesas e as receitas operacionais da empresa que resultando em um lucro operacional, por fim, obtém-se um resultado líquido do exercício antes dos impostos (Contribuição Social – CSLL e Imposto de Renda – IR).

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De acordo com o CPC 26-R1 (2011), obedecidas as normas contábeis e as determinações legais, a demonstração de resultado deverá conter no mínimo as seguintes classificações do quadro abaixo.

Quadro 2: Rubricas da Demonstração do Resultado do Período RUBRICAS (a) receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o método de juros efetivos; (aa) ganhos e perdas decorrentes do desconhecimento de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado; (b) custos de financiamento; (ba) perda por redução ao valor recuperável; Rubricas, obedecidas também às (c) parcela dos resultados de empresas determinações legais: investidas, reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial; (ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custo amortizado de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativo financeiro e seu valor justo na data da reclassificação; CONTINUA

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CONTINUAÇÃO (cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente em outros resultados abrangentes que sejam reclassificados para o resultado; (d) tributos sobre o lucro; (e) eliminada; (f) a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas: (i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; (ii) lucro bruto; (iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; (iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; (v) resultado antes dos tributos sobre o lucro; (vi) resultado líquido do período.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) com base no CPC 26 - R1 (2011)

De acordo com o CPC 26-R1 (2011, p.26) e com o quadro exposto acima, com a decomposição das contas listadas no mesmo, “títulos e subtotais devem ser apresentados na demonstração do resultado abrangente e na demonstração do resultado do período quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade”.

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Neste sentindo, o CPC 26-R1 (2011), ainda acrescenta que quando houver esses subtotais a mesma deverá obedecer às seguintes exigências da norma:

(a) ser constituídos de contas compostas de valores reconhecidos e mensurados em conformidade com os pronunciamentos do CPC; (b) ser apresentados e nomeados de forma que as contas que constituem os subtotais sejam claras e compreensíveis; (c) ser consistentes de período a período, de acordo com o item 45; e (d) não ser exibidos com mais destaque do que os subtotais e totais exigidos nas demonstrações do resultado e de outros resultados abrangentes. (Incluído pela Revisão CPC 08). (CPC 26 – R1, 2011, p. 26)

Neste sentido, ainda sobre as rubricas o CPC 26-R1 (2011) ainda acrescenta que,

Outras rubricas devem ser incluídas na demonstração do resultado abrangente e na demonstração do resultado do período, sendo as nomenclaturas utilizadas e a ordenação das rubricas modificadas quando seja necessário para explicar os elementos de seu desempenho. Os fatores a serem considerados incluem a relevância, a natureza e a função dos componentes das receitas e despesas dessas demonstrações. Por exemplo, uma instituição financeira modifica as nomenclaturas acima referidas a fim de fornecer a informação que é relevante para as operações de uma instituição financeira. (CPC 26 – R1, 2011, p. 27)

Portanto, com base no pronunciamento, é notório que as empresas que tiveram subtotais deverá atender as normas exigidas pela legislação contábil, no qual a mesma deverá fazer o uso delas adequando ao seu tipo de atividade operacional, ou natureza jurídica, podendo assim essas contas sofrerem alterações no seu modo de apresentação, variando de empresa para empresa, de acordo com os fatores considerados. No Pronunciamento do CPC 26-R1 (2011) ainda é possível demonstrar que há duas formas de análise da demonstração de resultado, o método da natureza da despesa e o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos”. No método da natureza da despesa o CPC 26-R1 (2011) descreve que,

As despesas são agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais. (CPC 26 – R1, 2011, p. 30)

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Já no método da função da despesa o CPC 26-R1 (2011) conceitua que,

[...] classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento. (CPC 26 – R1, 2011, p.30)

Com isso, a escolha entre os dois métodos fica a cargo da empresa, ou seja, da sua administração, visto que o pronunciamento apresenta as duas modalidades, ficando a critério da empresa analisar o melhor método que se enquadra na sua função e na sua natureza de operação, que proverá uma maior confiabilidade e relevância diante as exigibilidades da legislação.

2.2.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

De acordo com o CPC 03-R2 (2010, p. 2), as informações contidas na DFC de uma empresa “são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa.” Desta forma, o SEBRAE (2011, apud REIS, 2017, p. 11) afirma que o “Fluxo de Caixa é um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado”. Ademais, esta ferramenta possibilita sua análise financeira e operacional após apresentação do seu saldo final de grande importância para a tomada de decisão gerencial. Saliente-se ainda que o Marion (2012, apud SILVA; COUTO; CARDOSO, 2016), evidenciam a demonstração dos fluxos de caixa como uma importante ferramenta contábil no que tange a gestão e apresentação de informações relevantes na tomada de decisão, onde apresenta-se os pagamentos e recebimentos efetuados no período apurado que afetam diretamente caixa e equivalentes de caixa. Neste contexto, pode-se complementar que,

A Demonstração do Fluxo de Caixa tem como objetivo evidenciar a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa e também a aplicação de todo o

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dinheiro que saiu dos cofres da empresa. A legislação atual não obriga a sua apresentação, mas apesar disso, muitas empresas a tem elaborado e apresentado. (AUTRAN; COELHO, 2009, p. 106, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p.25)

Hoji (2010, apud SILVA; COUTO; CARDOSO, 2016) diz que esta ferramenta contábil tem como meio demonstrar se a empresa tem capacidade de arcar com as suas obrigações, de demonstrar se seu caixa está apresentando fluxos positivos ou negativos naquele determinado período. Esta ferramenta contábil, permite aos usuários da informação que identifiquem de forma mais clara e objetiva a origem e aplicação de todos os recursos captados pela empresa dentro do período demonstrado. (COELHO; LINS, 2010, p. 108, apud REIS, 2017, p.12). Quanto a sua obrigatoriedade o portal da contabilidade diz que,

A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00.[...] Para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a DFC também é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBCTG1000Portanto, independentemente do tipo societário adotado, as entidades devem apresentar o referido demonstrativo, pelo menos anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras (“balanço”) (PORTAL DA CONTABILIDADE, 2017, apud REIS, 2017, p.12).

A demonstração dos fluxos de caixa é apresentada por dois métodos diferentes, o método direto e o método indireto, tendo como principal diferença entre eles a forma que as atividades operacionais da empresa são apresentadas (PADOVEZE, 2011, p. 412, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 25). Para Ribeiro (2012, p. 367, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 25) o método direto parte do pressuposto dos pagamentos e recebimentos da empresa no período apurado. O site visão contábil (2017, apud REIS, 2017, p.14), complementa ainda que a DFC,

Pelo método direto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é apresentado por meio da divulgação das principais classes de recebimentos e pagamentos brutos de caixa. Tal informação pode ser obtida: dos registros contábeis da entidade; ou ajustando-se as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e outros itens da demonstração do resultado e do resultado abrangente referentes a mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar durante o período; outros itens que não envolvem caixa; e, outros itens cujos efeitos no caixa sejam decorrentes dos fluxos de caixa de financiamento ou investimento.

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Na figura 4 abaixo, é possível observar a demonstração dos fluxos de caixa partindo do método direto iniciando-se pelas entradas e saídas de recursos nas disponibilidades. Figura 4: Fluxo de caixa pelo método direto

Fonte: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos-fluxos-caixalei-n- 1163807.htm (apud, REIS, 2017, p.15)

No método indireto, Padoveze (2011, p.366, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 25,26), parte do pressuposto do lucro líquido do exercício, para estruturação da demonstração dos fluxos de caixa, no qual este método pode ser comparado a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), por partirem do mesmo pressuposto. Reis (2017) conceitua que a estruturação pelo método indireto evidencia as mudanças ocorridas nas atividades dos fluxos de caixa que afetam diretamente o caixa da entidade, sendo assim, apurando-se a partir do lucro líquido ou prejuízo obtido. Neste sentido, entende-se que:

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Pelo método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado ajustando-se o resultado quanto aos efeitos de: mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar durante o período; itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, receitas (despesas) contabilizadas pela competência, mas ainda não recebidas (pagas), ganhos e perdas de variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não distribuídos, participação de não controladores. (VISÃO CONTÁBIL, 2017, apud REIS, 2017, p.15)

Conforme evidenciado pelo autor acima citado, percebe-se que a demonstração dos fluxos de caixa pelo método indireto inicia-se pelo lucro líquido do exercício para se calcular o caixa operacional onde serão feitas os ajuste de acordo com as atividades ocorridas no período que não afetam caixa e equivalentes de caixas. Com isso, na figura 5 abaixo, exemplifica a elaboração dos fluxos de caixa pelo método indireto partindo do lucro líquido do exercício do período apurado.

Figura 5: Fluxo de caixa pelo método indireto

Fonte: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos-fluxos-caixa-lein- 1163807.htm (apud, REIS, 2017, p.15)

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De acordo com Padoveze (2009, p.80, apud REIS, 2017, p. 13), a demonstrações dos fluxos de caixa será formada por três pilares importantes, o primeiro fluxo será das atividades operacionais da empresa, o segundo pelas atividades de investimentos e o terceiro pelas atividades de financiamento. As atividades operacionais, estarão ligadas diretamente ao capital de giro da empresa, diz respeito aos pagamentos e recebimentos de caixa, estão ligadas as atividades operacionais da empresa no que tange as vendas e produção realizadas (PADOVEZE, 2009, apud REIS, 2017, p. 13). Com efeito, Ribeiro (2012, p.365, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 27), complementa o pensamento a respeito do fluxo de caixa operacional, no qual,

[...] compreende-se fatos que ocorrem em função da atividade principal da empresa. Em uma empresa comercial, por exemplo, as entradas de caixa a serem classificadas nesse grupo derivam do recebimento por vendas de mercadorias à vista, do recebimento de direitos de clientes por vendas efetuas a prazo, as saídas de caixa derivam principalmente do pagamento de compras de mercadorias realizadas à vista, do pagamento de obrigações de fornecedores em decorrência de compras efetuadas a prazo, do pagamento das despesas necessárias ao desenvolvimento da empresa como aluguel, energia elétrica, salário, juros, etc.

Outrora, o fluxo de caixa de investimentos, para Martins et al (2017, p. 654, apud SOMARIVA; LOSS, 2019, p. 28), estão diretamente ligados ao ativo não circulante, a valorização e a desvalorização desses bens que são utilizados para a atividade fim da empresa, também, a compra e venda de instrumentos financeiros, bem como demais atividades ligadas aos investimentos realizados pela entidade em prol da sua atividade. Desta forma, Padoveze (2009, p.81, apud REIS, 2017, p.13), define que,

[...] se houver sobras de recursos monetários após o cumprimento das obrigações é interessante que eles sejam aplicados em algum investimento, podendo ser imóveis, veículos, aplicações financeiras, estoques, ações na bolsa de valores, participações em outras empresas dentre outros, o intuito é investir para trazer benefícios e folga financeira. “Devem ser registrados os valores de saída para pagamentos de novos investimentos, bem como os valores de entrada por venda de bens ativados anteriormente.”

Segundo Reis (2017), o fluxo de caixa das atividades de financiamento diz respeito às exigibilidades de curto e longo prazo que financiam a atividade fim da empresa, ou seja, empréstimos, financiamentos e outros. Este fluxo também possibilitará uma análise de como a empresa tem adquirido recursos de terceiros para

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financiar suas atividades operacionais. (MARTINS et al, 2017, p. 655, apud SOMARIVA; LOSS, 2019) Neste sentido, o CRC-CE (2008, apud REIS, 2017, p. 13), apresenta a seguinte definição e exemplificação do fluxo de caixa de investimentos:

Atividades de financiamento representam as atividades que se utilizam do caixa da empresa para o pagamento de dividendos aos acionistas, amortização de empréstimos e resgate de ações, entre outros. Exemplos de Fluxos de Entrada de Caixa: Emissão de ações; Recebimento de juros de empréstimos feitos a terceiros e dividendos; e Subscrição de debêntures, hipotecas e empréstimos de curto e longo prazo. Exemplos de Fluxos de Saída de Caixa: Remuneração aos proprietários, na forma de dividendos ou outras distribuições; Pagamento de valores tomados por empréstimo, obrigações de leasing, de capital e resgate de debêntures; e Juros sobre empréstimos; Reaquisição de ações próprias e outros títulos de emissão própria relativos ao patrimônio líquido.

Com o exposto acima pelo CRC-CE (2008, apud REIS, 2017), evidencia-se que a atividade de financiamento do fluxo de caixa, tem por objeto demonstrar as atividades que financiam o caixa da empresa para atividade findo da mesma. Com isso, o CPC 03-R2 (2010, p. 2) define a forma de apresentação dos fluxos de caixas conforme o quadro abaixo.

Quadro 3: Apresentações dos Fluxos de Caixa por atividades Atividades operacionais Atividades Investimento/Financiamento A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das A entidade deve apresentar separadamente as atividades operacionais, usando principais classes de recebimentos brutos e alternativamente: pagamentos brutos advindos das atividades de (a) o método direto, segundo o qual as principais investimento e de financiamento. (CPC 03-R2, 2010, classes de recebimentos brutos e p. 7) pagamentos brutos são divulgados; ou (b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento (CPC 03-R2, 2010, p. 6) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de CPC 03-R2 (2010)

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2.3 Modelo Fleuriet

Segundo Melo (2020), o modelo Fleuriet consiste na análise técnica das demonstrações financeiras de forma reorganizada, ou seja, para estas análises compreendendo o modelo Fleuriet as contas do Balanço Patrimonial deverão ser reclassificadas em Ativos e Passivos Financeiros, Ativos e Passivos Operacionais e em Ativos e Passivos à Longo Prazo. Ao reclassificar o Balanço Patrimonial poderá ser realizado o estudo técnico dos indicadores de Gestão de Liquidez, Dinâmica Financeira, Capital Investido Líquido, Posição Financeira Líquida, Endividamento, Indicadores de Lucratividade, de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA).

2.3.1 Gestão de Liquidez

Com base na segregação do balanço em três grupos, o modelo Fleuriet forma três variáveis independentes, compostas pelas: Tesouraria (T), Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Capital de Giro (CDG), desta forma, formando a estrutura financeira. (MELO, 2020) Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003), definem que o saldo em Tesouraria (T) consiste na diferença entre o ativo errático e o passivo errático, ou seja, estas contas erráticas são compostas pelas contas financeiras da empresa no curto prazo. Para exemplificar, pose-se citar como ativo errático as contas de caixas e disponíveis de caixa e aplicações financeiras no curto prazo, já no passivo errático poderá ser composto pelos empréstimos e financiamentos no curto prazo e duplicatas descontadas. A baixo de acordo com Pereira (2020) é possível evidenciar o cálculo desta variável:

T = Ativo Errático – Passivo Errático ou T = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro

Segundo Vieira (2008, apud CORDEIRO; TELES; BATISTA, 2020, p.5) “a necessidade de capital de giro é decorrente da defasagem entre as entradas e as saídas de caixa”, ou seja, se a empresa dispõe de uma maior saída de recursos operacionais consequentemente ela estará alavancando sua Necessidade de Capital de Giro (NCG), do mesmo modo se as entradas ocorrerem antes as saídas a empresa

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estará destinada à fontes de recursos operacionais líquidas. No entanto, Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003), desta que a necessidades de capital de giro está sujeita a oscilações continuas, dependendo do ramo de atividade a ser realizado o estudo técnico, pois empresas que apresentam um ciclo financeiro de maior prazo estará mais propensa à sofrer essas alterações comparadas as empresas que dispõem de um ciclo financeiro com menor prazo. Com isso, ao se estruturar a composição da necessidade do capital de giro pode-se compor sua equação da seguinte forma conforme Pereira (2020):

NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional ou NCG = Ativo Cíclico – Passivo Cíclico

Com base na equação acima, é evidente que a necessidade de capital é obtida através da diferença entre os ativos operacionais e os passivos operacionais, as duas compostas por contas operacionais do curto prazo, ademais, essa contas também poderão ser nomeadas por ativos e passivos cíclicos, conforme exposto, que compõe as contas que estão ligadas a operação da empresa. (FLEURIET; KEHDY; BLANC, 2003) De acordo com Melo (2020), o Capital de Giro (CDG) compreende as fontes de recursos necessárias para que a empresa consiga financiar sua Necessidade Capital de Giro (NCG), através disso, obtendo-se o saldo desta variável por meio da diferença entre Passivo Não Circulante, que são compostos Passivo à Longo prazo somados o Patrimônio Líquido, e o Ativo Não Circulante. Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003) ainda determinam que estas contas poderão ser denominadas como Ativos Permanentes e Passivos Permanentes ou Ativos Não Cíclicos e Passivo Não Cíclicos, deste forma, formando-se o a equação do Capital de Giro.

CDG = Passivos Não Circulantes – Ativos Não Circulantes ou CDG = Passivos Permanentes – Ativos Permanentes ou CDG = Passivos Cíclicos – Ativos Cíclicos

Com base nas variáveis descritas acima, por Pereira (2020), e após a formação dos valores de cada uma independentes, é possível estabelecer o perfil de liquidez da

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empresa que será realizada o estudo técnico das análises financeiras de suas demonstrações através do composto no quadro a seguir.

Quadro 4: Perfis de Liquidez

PERFIL NORMAL PERFIL ÓTIMO PERFIL EXCELENTE ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO T (NCG) T CDG CDG T NCG CDG

NCG

PERFIL TOLERÁVEL PERFIL PERIGOSO PERFIL GRAVE ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO (T) (T) NCG NCG NCG (T) CDG

CDG (CDG)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de (FLEURIET; KEHDY; BLANC, 2003, apud PEREIRA, 2020)

O quadro acima se trata dos perfis financeiros de liquidez, no qual para o estudo desta pesquisa foram adaptadas as nomenclaturas dos nomes, de acordo com Pereira (2020), dados aos perfis de liquidez para melhor compreensão da situação em que se encontra a empresa em cada um desses perfis.

2.3.2 Dinâmica Financeira

A dinâmica financeira é basicamente composta pelo Ciclo Financeiro (CF) da empresa que, segundo Lima, Vilchiez e Oliveira (2020), conceitua que o ciclo financeiro tem em seu principal papel como ferramenta de gerenciar de forma mais eficaz o capital de giro da companhia, os autores ainda definem que o ciclo financeiro é composto da seguinte maneira:

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O ciclo financeiro compreende três componentes: o prazo médio de estoques, que contém o tempo médio que a matéria prima, o produto em elaboração e o produto acabado permanece em estoque até sua venda; o prazo médio de recebimento, que contempla o tempo médio entre a venda do produto acabado e o recebimento e por último, o prazo médio de pagamento, que consiste no tempo médio entre a compra da matéria prima até o pagamento do fornecedor. (LIMA; VILCHIEZ; OLIVEIRA, 2020, p. 3)

Desta forma, conforme Pereira (2020), compreende-se que o ciclo financeiro é obtido através da diferença do Prazo Médio de Estocagem (PME) somados ao Prazo Médio de Recebimento (PMR) subtraídos o Prazo Médio de Pagamento (PMP), conforme equação demonstrada a seguir.

CF = (PME + PMR) – PMP

Assaf, Neto, Lima (2017) e Ramos (2011, apud SILVA et al, 2020) definem que o Prazo Médio de Estoque (PME) consiste no tempo médio que a mercadoria ou produto acabado leva para sair do seu estoque, desta forma, quanto menor for o valor obtido por este indicador melhor será, pois desta forma estará gerando menos custos para empresa de estocagem, também, a empresa não sofrerá com a necessidade de captação de recursos para fluir com suas atividades operacionais. O Prazo Médio de Recebimento (PMR) é outro indicador importante na obtenção do ciclo financeiro da companhia. Segundo Aranha (2001), as empresas devem observar os prazos concedidos nas vendas realizados a prazo por ela, uma vez que esta modalidade de venda apresentam riscos, como por exemplo o de inadimplência, que deverão ser assumidos pela companhia, visto que este risco não existe na modalidade de venda à vista. Assim, pode-se dizer que a empresa deve conceder o menor prazo possível, visto que este indicador representa o tempo de saída da mercado do estoque da empresa entre a entrada efetiva do recurso. Silva et al (2020, p. 5) afirma que o Prazo Médio de Pagamento (PMP) “está relacionado com o Ciclo Financeiro, sendo que a eficiência em sua gestão é alcançada pelo relacionamento com fornecedores, ao conseguir ampliar esse prazo”, ou seja, para uma boa gestão deste indicador é importante uma boa negociação junto aos fornecedores dos seus prazos de pagamentos decorrente a compra de mercadorias e/ou matéria-prima. Aranha (2001) ainda complementa que este indicador está diretamente ligado as contas cíclicas da empresa, ou seja, diretamente relacionada a sua operação, cujo o índice tem como finalidade avaliar o prazo em que a empresa

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efetua o pagamento da compra de mercadorias entre o prazo de entrada das mesmas em seu estoque, neste caso, quanto maior este indicador, melhor será para a companhia.

2.3.3 Capital Investido Líquido / Ativo Econômico

Segundo Brasil e Brasil (1999), o Capital Investido Líquido (CIL) ou Ativo Econômico (AE) é composto pelos recursos obtidos para operação da empresa e das fontes responsáveis por essas aplicações, que estão localizadas no Passivo Operacional do Balanço Patrimonial. O autor ainda afirma que este indicador é divido entre as contas ativas cíclicas ou erráticas e os permanentes ou fixos, e por outro lado os passivos operacionais de curto e longo prazo. Desta forma Brasil e Fleuriet (2004) complementam que o Ativo Econômico na sua primeira parte é composto pela diferença entre os ativos cíclicos ou ativos operacionais, que deduzidos os passivos circulantes operacionais ou passivos circulantes cíclicos resultam na NCG (Necessidade de Capital de Giro), assim, somando os ativos permanentes e deduzidos os passivos não circulantes operacionais resultará no Capital Investido Líquido (CIL) ou Ativo Econômico (AE). Com base nisso, ao entender o conceito de Capital Investido Líquido quanto a sua aplicação, pode-se evidenciar no quadro abaixo como é formada a sua estruturação.

Quadro 5: Demonstração do Capital Investido Líquido / Ativo Econômico

CAPITAL INVESTIDO LÍQUIDO (+) Contas a Receber de Clientes = (+) Estoques = (+) Outras Ativos Operacionais = (-) Fornecedores = (-) Outros Passivos Operacionais = Necessidade de Capital de Giro = (+) Ativo não Circulante = (-) Passivo Não Circulante Operacional = (=) Capital Investido Líquido Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de Pereira (2020)

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2.3.4 Posição Financeira Líquida / Estrutura de Capital

Nisiyama e Nakamura (2015, apud GODOI et al, 2020) propõe que a Estrutura de Capital ou Posição Financeira Líquida tem por objeto a maximização de valor econômico da empresa, no qual este indicador compõe pelas dívidas de curto e longo prazo da companhia, ainda podendo ser divido em teorias chamadas de Tradicionalistas e Irrelevância da Estrutura de Capital. Com base no exposto, dentre as duas teorias, para efeito de estudo técnico desta pesquisa, evidência dentre a teoria Tradicionalista a teoria Trade-off, no qual a mesma pode-se definir da seguinte maneira:

A teoria Trade-off propõe que existe uma estrutura ótima de capital, obtida pela combinação de capital próprio e capital de terceiros. De acordo com essa teoria, a estrutura de capital ótima é aquela que maximiza a possibilidade de uso de endividamento externo para financiar investimentos (MYERS, 1984, apud PINHEIRO et al, 2017, p. 4).

Ainda segundo o autor, pode-se dizer que a estrutura de capital é composta por dívidas de curto e longo prazo de capital terceiros e de capital próprio (sócios e acionistas), ou seja, são as aplicações de recursos financeiros que foram aplicados no Capital Investido da companhia. Portanto, compreendendo o objetivo e o conceito de Estrutura de Capital ou Posição Financeira Líquida, a seguir no quadro 4 é demonstrado como este indicador é estruturado até obtermos o seu resultado.

Quadro 6: Demonstração da Estrutura de Capital / Posição Financeira Líquida POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA (-) Ativo Financeiro (+) Passivo Financeiro (+) Passivo não Circulante Financeiro (+) Patrimônio Líquido (=) Posição Financeira Líquida Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de Pereira (2020)

2.3.5 Endividamento

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Contreras et al (2006, apud CARVALHO; SOUSA; FUENTES, 2017) conceituam endividamento como recursos onerosos capitados, ou seja, são obrigações adquiridas que serão quitadas dentre o curto ou longo prazo com a efetuação do seu pagamento. Diante disso, Duarte (2015) complementa afirmando que esse grau de endividamento pode ser dividido em dois quocientes: Quocientes de estrutura de capitais e Quocientes de participação de capitais de terceiros. O quadro abaixo demonstra como é realizado os cálculos para o endividamento com terceiros no curto e no longo prazo e da participação sobre os capitais próprio e de terceiros.

Quadro 7: Cálculos do Endividamento

ENDIVIDAMENTO FÓRMULAS Endividamento Terceiros Curto Prazo PF CP / (PF CP + PF LP) Endividamento Terceiros Longo Prazo PF LP / (PF CP + PF LP) Participação Capital de Terceiros (PF CP + PF LP) / (PF CP + PF LP + PL) Participação Capital Próprio PL / (PF CP + PF LP + PL) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de Pereira (2020)

Onde,

PF CP = Passivo Financeiro à Curto Prazo PF LP = Passivo Financeiro à Longo Prazo PL = Patrimônio Líquido

Deste modo, o quadro acima tem por objetivo demonstrar o quanto a empresa detém de dívidas no curto e no longo prazo, sendo possível identificar onde a dívida está mais concentrada, no qual a soma dos percentuais de endividamento de curto e longo prazo deverá resultar em 100%. Já os indicadores de participação de capital proporcionam para a companhia a identificação do percentual de participação sobre seu capital de terceiros e de capital próprio, desta forma a empresa poderá mensurar se suas operações estão sendo financiadas por maior proporção de capital oriundos de seus recursos próprio ou de terceiros, em que a soma dos dois percentuais também deverá resultar em 100%.

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2.3.6 Indicadores de Lucratividade, Rentabilidade e Criação de Valor

Como um dos principais indicadores de lucratividade pode-se citar o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, que segundo Cavalcante (2007, apud LOPES; SALES, 2014), tem como objetivo avaliar o desempenho econômico das empresas de capital aberto, ou seja, este indicador tem por objeto demonstrar a realidade financeira da companhia. Frezatti (2007, p.13, apud SHIDA, 2020, p.11) ainda complementa o conceito de EBITDA da seguinte forma:

O conceito de EBITDA é um indicador apurado a partir da demonstração de resultados da organização. A partir do momento em que os juros, as despesas financeiras, o imposto de renda e a contribuição social, a depreciação e a amortização são expurgados, a pretensão é que se obtenha uma aproximação com o fluxo de caixa operacional. (FREZATTI, 2007, p.13, apud SHIDA, 2020, p.11)

Desta forma, com base na teoria do EBITDA exposta pelos autores, Pereira (2020) complementa que se pode definir a equação do EBITDA como o somatório do LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) a suas Depreciações/Amortizações acumuladas do exercício, conforme abaixo.

EBITDA = LAJIR + DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO

Outrossim, com a apuração do EBITDA da companhia poderá será calculado seus demais indicadores de lucratividade, a tabela a seguir demonstra como serão efeituados os cálculos de cada margem em percentual para efeito do estudo técnico das análises das demonstrações financeiras das Lojas Renner S.A., Cia. Hering S.A. e Lojas Americanas S.A.

Quadro 8: Fórmulas para Cálculos das Margens de Lucratividade MARGEM FÓRMULA Margem Bruta – MB% MB% = (Lucro Bruto / Receita Líquida) * 100 Margem EBITDA – MEB% MEB% = (EBITDA / Receita Líquida) *100 Margem Operacional – MO% MO% = (LAJIR / Receita Líquida) * 100 Margem Líquida – ML% ML% = (Lucro Líquido / Receita Líquida) *100 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) adaptado de Pereira (2020)

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De acordo com Rossetti (2008, apud OLIVEIRA; FIGUEIREDO; REDIN, 2020), a Margem Bruta tem por objetivo demonstrar o retorno obtido do lucro bruto em relação as receitas líquidas decorrente das vendas, sendo que quanto maior for este percentual, melhor será o gerenciamento dos seus custos. Os autores ainda descrevem que a Margem EBITDA EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, é um dos indicadores utilizado para medir a lucratividade da companhia, como meio de demonstrar seu desempenho econômico, no qual o mesmo demonstra seu desempenho (EBITDA) em relação a receita líquida obtida no período de apuração a que se refere. A Margem Operacional é um indicador de grande valia para a organização, uma vez que a mesma mede a eficiência operacional da empresa, ou seja, a mesma demonstra o ganho obtido no exercício levando-se em consideração somente os aspectos operacionais, fazendo uma relação entre LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) e as receitas líquidas de vendas do período. (ROSSETTI, 2008, apud OLIVEIRA; FIGUEIREDO; REDIN, 2020) Os autores complementam que a Margem Líquida tem por objeto demonstrar o ganho ou perda do período do lucro líquido em relação as receitas de vendas decorrentes do exercício, ou seja, “o quanto resta a cada cem unidades monetárias de receita líquida após descontar os custos e despesas operacionais e não- operacionais”. (ROSSETTI, 2008, apud OLIVEIRA; FIGUEIREDO; REDIN, 2020) Segundo Rocha (2021), os indicadores de rentabilidade tem como finalidade evidenciar se a empresa é ou não rentável no mercado, desta forma, esses índices demonstrarão o retorno obtido através das aplicações de recursos realizadas por ela, sendo um indicador imprescindível à sócios e acionistas na tomada de decisão, assim, quanto melhor for o desempenho destes indicadores melhor será a imagem transmitida pela companhia. Para meio do estudo técnico realizado nesta pesquisa dos indicadores de rentabilidade, serão analisados os seguintes indicadores: NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos; Margem NOPAT (%); ROIC (Return On Invested Capital), em português Retorno Sobre o Capital Investido; WACC (Weighted Avarage Cost of Capital), em português Custo Médio Ponderado de Capital; SPREAD; EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado.

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Com isso, a seguir será exposto no quadro 8, a definição de cada indicador de rentabilidade a serem analisados posteriormente e as fórmulas utilizadas para meio de obtenção do valor de cada índice, seja ele em percentual ou em quantidade monetária.

Quadro 9: Definição e Fórmulas dos Indicadores de Rentabilidade INDICADORES DEFINIÇÃO FÓRMULAS O NOPAT é uma forma para se calcular o lucro gerado pelas operações da organização, medindo a produtividade do capital empregado, sem levar em conta os NOPAT = LAJIR +/- financiamentos feitos pela empresa, NOPAT IRPJ/CSLL apresentando os lucros das atividades que (PEREIRA, 2020) a organização realiza, após a dedução dos impostos sobre tal resultado. (PARISI; MEGLIORINI, 2011, apud BRUGNERA; ANTUNES; CAMPAGNARO; 2020, p. 21) O retorno sobre capital investido (ROIC) analisa a eficiência de geração de lucro ROIC = com base no capital alocado pela (NOPAT/Capital ROIC companhia, é calculado com base no que Investido Líquido) * foi aportado de capital próprio e de capital 100 (PEREIRA, de terceiros, como por exemplo as dívidas. 2020) (AZEVEDO, 2018, p. 16) O custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC) demostra de que forma Para estudo das o capital das companhias está constituído, análises desta em outras palavras, identifica qual a WACC pesquisa foi adotado porcentagem do capital que pertence a para o WACC o terceiros e qual porcentagem corresponde percentual de 8%. ao capital próprio da companhia. (AZEVEDO, 2018, p. 18) CONTINUA

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CONTINUAÇÃO Um spread econômico é uma medida da capacidade de uma empresa de ganhar dinheiro com seus investimentos de capital. Simplificando, se o custo do capital ultrapassa o retorno do capital investido, a SPREAD = ROIC – SPREAD empresa está perdendo dinheiro: o que a WACC (PEREIRA, 2020) empresa está fazendo com o capital não está fornecendo o suficiente para cobrir o custo do empréstimo ou de sua utilização. Isso pode ser devido a ineficiências ou apenas um mau investimento. (DOWNEY, 2019) “EVA é uma estimativa do lucro econômico real após subtrair o custo de oportunidade do capital empregado no negócio” e que “o objetivo do EVA é fazer com que os EVA = Capital Investido EVA administradores pensem, ajam e sejam Líquido * SPREAD remunerados como se fossem acionistas”. (PEREIRA, 2020) (STERN STEWART & CO, 2014, p.10, apud BRUGNERA; ANTUNES; CAMPAGNARO; 2020, p. 20)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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3 HISTÓRICO / CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS

As empresas escolhidas para o desenvolvimento da pesquisa, são brasileiras do ramo varejista, Lojas Renner S.A., Cia. Hering S.A. e Lojas Americanas S.A. Dentre as empresas afetadas pela crise do Covid-19 aponta-se o Grupo A. J. Renner, um grande grupo do ramo do varejo, inaugurada na cidade de Porto Alegre (RS) em 1922 como uma indústria têxtil fabril. No decorrer do tempo, em 1940, o grupo expandiu o seu mercado para a comercialização nos departamentos de vendas de produtos acabados diversos. A mesma abre o seu capital para o mercado financeiro no ano de 1967, no qual essa expansão pôde levar a entidade à categorização de vendas de produtos de departamentos. A Renner, pensando no perfil do seu cliente, entendeu que cada um tem o seu jeito de ser e neste branding, lançou o slogan em 2002 "Você tem seu estilo. A Renner tem todos", atingindo assim melhor o seu público alvo, prezando pela característica da essência do ser de cada um dos seus clientes. As Lojas Renner com a crescente ocupação no mercado, dá um grande passo, em 2017, expandindo seu mercado para uma aposta de internacionalização do grupo, com a inauguração da sua primeira loja no Uruguai, hoje em dia a marca conta com uma operação de 600 lojas e presente em três países na América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina). (RENNER, 2020) A segunda empresa analisada e estudada durante o decorrer deste trabalho foi as Lojas Americanas S.A., também do segmento do varejo fundada na cidade de Niterói (RJ) em 1929 por um austríaco e uma equipe norte-americana. Segundo o Ranking Ibevar (2015, apud VOGLINO, 2020) a marca ocupa a quarta posição entre os maiores varejistas do mercado brasileiro. A Americanas tem como carro chefe a comercialização de produtos de diferentes marcas e co-branding, com mais de 80 (oitenta) mil produtos nesta estratégia de vendas. A empresa trabalha com dois indicadores para análise de governança, o free float¹ e o tag along², que analisam, respectivamente, a liquidez e a proteção do sócio minoritário nas vendas das ações da companhia, entretanto, nenhum destes apresentam a geração de fluxo de caixa e a rentabilidade da empresa.

¹ Free Float – é um percentual que indica a quantidade de ações que as empresas listadas na Bolsa de Valores possuem em livre circulação no Mercado. (VOGLINO, 2020) ² Tag Along – funciona como um mecanismo de proteção aos acionistas minoritários de uma empresa listada na Bolsa de Valores caso a companhia mude de controlador. (VOGLINO, 2020)

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Após a fusão da marca com a Submarino e a Shoptime, as três empresas tornaram-se um grupo chamado B2W Digital que tomou como principal estratégia a venda o canal e-commerce. Com participação majoritária a Americanas tem investido de forma estratégica neste mercado com intuito de otimização do seu capital, possuindo 61,42% das ações do grupo. (VOGLINO, 2020) O presente trabalho também evidenciou o estudo da Cia. Hering, fundada em 1880, hoje presente em todo território nacional e na América Latina, a empresa atual nos ramos industriais e varejistas, que conta com canais de vendas de lojas físicas, e-commerce, franquias e atacadista. Como uma das maiores varejista de vestuário do país, a Hering passou por importantes mudanças nos último 30 anos, como por exemplo, a abertura do seu capital e o início de suas exportações da marca no ano de 1966, seu reposicionamento de marca para varejo expandindo seu público alvo para o masculino, feminino e infantil já no ano de 1993, além disso, como as grandes empresas do mercado brasileiro do varejo, a partir dos anos de 2000, a Hering passa por um processo de crescimento e reestruturação financeira e operacional, abrindo seu capital através do IPO (Oferta Pública Inicial) e criando plataformas inovadoras, como Omnichannel, que proporcionou um diferencial de mercado unificando as formas de atendimento online e off-line para uma melhor experiência com cliente. (HERING, 2020) Por outro lado, em meio à crise vivenciada, segundo G1 (2020) a companhia Hering apresenta no primeiro trimestre de 2020 uma queda drástica no seu lucro, de 89,2%, frente ao mesmo período do ano passado, essa queda foi refletida em decorrência da paralização do comércio na segunda quinzena de março, assim causando um encolhimento de 27,2% da receita liquida do trimestre. Entretanto, a empresa obteve um salto nas vendas no segundo trimestre de 2020 através do e- commerce, alavancando o resultado financeiro e registrando um aumento de 212% do lucro líquido comparado ao segundo trimestre de 2019 (G1, 2020). O jornal Valor Econômico (2020), ainda ressalta, que a companhia Hering, triplicou seu lucro no segundo trimestre de 2020 frente ao mesmo período de 2019, para 126,8 milhões de reais, esse salto foi ocasionado pelos benefícios econômicos dos efeitos de crédito de PIS e COFINS, o mesmo proporcionou a empresa um lucro antes dos juros, impostos e despesas não desembolsáveis de 73,4 milhões de reais, uma alta de 59% ao anterior.

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4 ANÁLISE DOS INDICADORES

Inicia-se o estudo técnico das demonstrações financeiras das empresas Lojas Renner S.A., Cia Hering S.A. e Lojas Americanas S.A., e através da elaboração do Balanço Financeiro das mesmas, compreendendo o modelo Fleuriet, pode-se analisar os indicadores de Gestão de Liquidez, Dinâmica Financeira, Capital Investido Líquido, Posição Financeira Líquida, Endividamento, Indicadores de Lucratividade, de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA), conforme a seguir.

4.1 Análise da Gestão da Liquidez e Dinâmica Financeira

4.1.1 Gestão da Liquidez

4.1.1.1 Lojas Renner S.A.

Tabela 1: Gestão de Liquidez – Lojas Renner

GESTÃO DA LIQUIDEZ 2020 2019 AH% TESOURARIA (853.966) (1.295.608) 65,91% NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 4.117.321 3.186.500 29,21% CAPITAL DE GIRO 3.263.355 1.890.892 72,58% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 1: Gestão da Liquidez – Lojas Renner

Gestão da Liquidez - Renner 5.000.000

4.000.000

3.000.000

2.000.000

1.000.000

- TESOURARIA NECESSIDADE DE CAPITAL CAPITAL DE GIRO (1.000.000) DE GIRO (2.000.000)

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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As Lojas Renner, apesar de passar por um período de recessão econômica causada pela crise do Covid-19, vem apresentando de 2019 para 2020 uma boa evolução no que se diz respeito a sua gestão de liquidez, mantendo-se em um perfil tolerável, mas no entanto melhorando sua tesouraria em 65,91%, torna-se uma empresa com uma liquidez mais sólida em relação a 2019. Sua Necessidade de Capital de Giro também se elevou, no entanto seu Capital de Giro excede este aumento, tendo uma melhora de 2019 para 2020 de 72,58%, essa alavancagem se dá pelo fato do aumento em 2020 de capital de terceiros ao longo prazo, ademais, o seu capital se concentre em maior parte no curto prazo.

4.1.1.2 Cia. Hering S.A.

Tabela 2: Gestão de Liquidez – Cia. Hering

GESTÃO DA LIQUIDEZ 2020 2019 AH% TESOURARIA 209.337 321.019 -34,79% NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 585.875 567.393 3,26% CAPITAL DE GIRO 795.212 888.412 -10,49% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 2: Gestão da Liquidez – Cia. Hering

Gestão da Liquidez - Hering 1.000.000 900.000 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 - TESOURARIA NECESSIDADE DE CAPITAL CAPITAL DE GIRO DE GIRO

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Outrora a Cia. Hering, de 2019 para 2020 manteve seu perfil normal, no entanto não manteve sua gestão de liquidez estável, pelo contrário, acompanhou a retração da economia causada pela crise tendo uma redução em sua tesouraria em 34,79%,

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nesse mesmo sentindo elevando sua necessidade de capital de giro e encolhendo seu capital de giro em 10,49%, apresentando uma liquidez em declínio.

4.1.1.3 Lojas Americanas S.A.

Tabela 3: Gestão de Liquidez – Lojas Americanas

GESTÃO DA LIQUIDEZ 2020 2019 AH% TESOURARIA 18.478.753 7.546.996 144,85% NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 1.001.049 803.894 24,52% CAPITAL DE GIRO 19.479.802 8.350.890 133,27% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 3: Gestão da Liquidez – Lojas Americanas

Gestão da Liquidez - Americanas 25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

- TESOURARIA NECESSIDADE DE CAPITAL CAPITAL DE GIRO DE GIRO

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Lojas Americanas apresenta um perfil de liquidez considerado ótimo nos anos de 2019 e 2020, que mesmo com a crise econômica elevou os seus indicadores de gestão de liquidez, sua tesouraria teve um salto de 144,85% de 2019 para 2020, ou seja, é uma empresa que apresenta uma boa disponibilidade de caixa, que consegue com todos seus ativos financeiros a curto prazo arcar com suas dívidas financeiras a curto prazo com terceiros. Além disso, sua necessidade de capital aumentou relativamente pouco em relação ao seu capital de giro, que teve um excelente crescimento de 133,27% de 2019 para 2020, no qual, este aumento se explica pelo fato da Americanas ter investido em capital próprio, elevando a participação de sócios e acionistas, em que a empresa teve um crescimento em seu Patrimônio Líquido de

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115,05% de 2019 para 2020, aprofundando ainda mais em seu PL, percebe-se que o maior crescimento dentro deste se deu pela elevação de seu capital próprio, sendo de 199,62% de 2019 para 2020.

4.1.1.4 Análise Comparativa

Com isso, pode-se dizer que dentre as três empresas do estudo, evidencia-se que as Lojas Americanas além de possuir um melhor perfil de liquidez, é a empresa que melhor contornou a crise econômica causada pelo novo coronavírus, apresentando um melhor índice de liquidez, conseguindo arcar com suas dívidas a curto prazo, elevando seu capital próprio, em prol de elevar sua resiliência financeira, dispondo de um melhor e maior capital de giro. As três empresas mantiveram-se no mesmo perfil de liquidez apresentado em 2019, no entanto as Lojas Renner e Lojas Americanas conseguiram de forma estratégica melhorar na medida do possível sua liquidez, diferentemente da Cia. Hering, que foi diretamente afetada tendo uma piora em 2020 em relação ao ano de 2019.

4.1.2 Dinâmica Financeira

4.1.2.1 Lojas Renner S.A.

Tabela 4: Dinâmica Financeira – Lojas Renner

DINÂMICA FINANCEIRA 2020 2019 AH% PME = 75,72 48,43 56,33% PMR = 208,88 209,66 -0,37% PMP = 76,99 59,28 29,86% CF = 207,61 198,81 4,42% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 4: Dinâmica Financeira – Lojas Renner

Dinâmica Financeira - Renner 250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00 PME = PMR = PMP = CF =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Quanto a dinâmica financeira as lojas Renner apresenta um ciclo financeiro um pouco elevado devido ao prazo de recebimento da mesma. Seu prazo médio de estocagem teve um aumento de 56,33%, esse crescimento pode ser explicado pela queda na operação de vendas da mesma devido ao cenário atual, no entanto seu prazo médio de recebimento teve uma redução de 0,37%, que segue a mesma lógica da sua redução nas vendas e também pode ser explicado a maior parte das suas vendas serem feitas a prazo e ao maior prazo oferecido ao seus clientes para pagamento devido ao novo cenário para estimular a venda de seus produtos e reduzir seu estoque parado.

4.1.2.2 Cia. Hering S.A.

Tabela 5: Dinâmica Financeira – Cia. Hering DINÂMICA FINANCEIRA 2020 2019 AH% PME = 126,91 109,76 15,63% PMR = 150,93 156,02 -3,26% PMP = 88,30 63,58 38,87% CF = 189,54 202,19 -6,26% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 5: Dinâmica Financeira – Cia. Hering

Dinâmica Financeira - Hering 250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00 PME = PMR = PMP = CF =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Cia. Hering apesar de sua gestão de liquidez ter obtido uma piora, na sua dinâmica financeira percebe-se uma pequena melhora de seu ciclo financeiro de 2019 para 2020, porém seu prazo médio de estocagem ainda apresenta-se elevado, tendo um crescimento também de 2019 para 2020 de 15,63%, por outro lado, conseguindo reduzir seu prazo médio de recebimento em 3,26% e elevando seu prazo médio de pagamento de seus fornecedores de 64 dias de 2019 para 88 dias em 2020, ou seja, aumentando seu prazo em 38,67%, que é algo positivo uma vez que quanto maior for o prazo dos fornecedores, mais dinheiro a empresa terá em caixa.

4.1.2.3 Lojas Americanas S.A.

Tabela 6: Dinâmica Financeira – Lojas Americanas

DINÂMICA FINANCEIRA 2020 2019 AH% PME = 70,67 68,52 3,14% PMR = 57,69 44,69 29,09% PMP = 121,61 116,14 4,71% CF = 6,75 -2,93 250,38% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

56

Gráfico 6: Dinâmica Financeira – Lojas Americanas

Dinâmica Financeira - Americanas 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 -20,00 PME = PMR = PMP = CF =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

As Lojas Americanas em 2019 apresentam um ciclo financeiro negativo, no qual, segundo Ribas (2018),

[...] o ciclo financeiro negativo ocorre quando a empresa não gasta antes de receber pelo investimento. Ele ocorre, por exemplo, quando o prazo dos fornecedores é suficiente para que os pague com os recursos recebidos pelas vendas. Ou então quando o seu capital de giro cobre suas ações, gerando excedentes. (RIBAS, 2018)

Neste caso, pode-se explicar pelo elevado capital de giro da empresa presente tanto no ano de 2019 como em 2020 em relação a sua necessidade de capital de giro, a empresa apresenta um ótimo ciclo financeiro, mantendo-se praticamente estável seu prazo médio de estocagem no dois anos, mesmo com a crise pandêmica do Covid-19, tempo um pequeno aumento em sua prazo médio de recebimento de 29,09%, mas em contra partida elevando seu prazo médio de pagamento em 4,71%, mantendo seu ótimo ciclo financeiro, passando a ser de 7 dias em 2020.

4.1.2.4 Análise Comparativa

Analisando as três empresas, é evidente algumas melhoras e algumas pioras no novo cenário enfrentado, no entanto, destaca-se o prazo médio de estocagem que tem elevado nas três empresas, umas menos e outras mais, que pode ser explicado pelo fato de enfrentarem uma crise econômica que tem orientado as pessoas a ficarem

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em casa devido a transmissão do vírus através do convívio social, obrigando as empresas como estas três varejistas a adotarem estratégias através do e-commerce para que essas vendas continuem fluindo, no entanto lojas como a Renner e Hering que são varejistas somente do ramo da moda sofrem um maior impacto por não serem consideradas como produtos essenciais, por outro lado, as Lojas Americanas é uma varejista que dispõe de uma maior gama de variedades de seus produtos, que vai da moda até o mais simples produtos essencial, dando uma maior visibilidade para a empresa e possibilitando que a mesma por possuir estes produtos considerados essenciais para a sociedade mantenha suas vendas em alta.

4.2 Capital Investido Liquido, Posição Financeira Liquida e Endividamento

4.2.1 Capital Investido Líquido Lojas Renner S.A.

Tabela 7: Capital investido Líquido – Lojas Renner

CAPITAL INVESTIDO LÍQUIDO 2020 2019 AH% (+) Contas a Receber de Clientes = 3.811.668 3.825.961 -0,37% (+) Estoques = 1.381.662 1.124.506 22,87% (+) Outras Ativos Operacionais = 1.025.648 329.058 211,69% (-) Fornecedores = 1.404.852 1.081.785 29,86% (-) Outros Passivos Operacionais = 696.805 1.011.240 -31,09% Necessidade de Capital de Giro = 4.117.321 3.186.500 29,21% (+) Ativo não Circulante = 5.745.817 4.896.693 17,34% (-) Passivo Não Circulante Operacional = 1.541.348 1.345.555 14,55% (=) Capital Investido Líquido 8.321.790,00 6.737.638,00 23,51% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

58

Gráfico 7: Capital Investido Líquido – Lojas Renner

Capital Investido Líquido - Renner 9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 -

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Percebe-se que as Lojas Renner houve um aumento representativo, de 23,51% 2019 para 2020, do Capital Investido em função do aumento da Necessidade de Capital, ocasionado significativamente pelo ao aumento dos Ativos Operacionais, que tiveram um crescimento representativo de 211,69%, especificamente dos Tributos Recuperáveis que em 2020 representam 93,79% do total da conta de Outros Ativos Operacionais. Além disso, é evidente que este aumento dos Tributos a Recuperar da empresa também acontece no Ativo Não Circulante, no qual em 2019 representava 1,50% do total do Ativo a Longo Prazo, em 2020 esta mesma conta passa a representar 11,51% deste total.

4.2.2 Posição Financeira Líquida Lojas Renner S.A.

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Tabela 8: Posição Financeira Líquida – Lojas Renner

POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA 2020 2019 AH% (-) Ativo Financeiro = 2.677.788 1.376.684 94,51% (+) Passivo Financeiro = 3.531.754 2.672.292 32,16% (+) Passivo não Circulante Financeiro = 1.966.508 751.011 161,85% (+) Patrimônio Líquido = 5.501.316 4.691.019 17,27% (=) Posição Financeira Líquida 8.321.790,00 6.737.638,00 23,51% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 8: Posição Financeira Líquida – Lojas Renner

Posição Financeira - Renner 9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 - (-) Ativo (+) Passivo (+) Passivo não (+) Patrimônio (=) Posição Financeiro = Financeiro = Circulante Líquido = Financeira Financeiro = Líquida

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Posição Financeira das Lojas Renner obteve seu aumento justificado pelo crescimento do capital de terceiros a longo prazo, contribuindo para o crescimento do capital de giro de forma expressiva de 72,58% de 2019 para 2020. Assim, ao analisar este índice é notório que maior variação está no Passivo não Circulante Financeiro, de 161,85% de 2019 para 2020, que é representado em seu Balanço Financeiro pela conta de Empréstimos e Financiamentos, ou seja, em 2020 a Renner recorreu ao grau elevado de capital de terceiros para conseguir movimentar seu caixa e arcar com suas obrigações operacionais. Em contrapartida a Renner elevou sua disponibilidade de caixa em 110,69% de 2019 para 2020, o que pode ser explicado pela contratação de novos empréstimos, uma vez que houve queda nas suas vendas.

4.2.3 Endividamento Lojas Renner S.A.

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Tabela 9: Endividamento – Lojas Renner

ENDIVIDAMENTO 2020 2019 AH% Endividamento Terceiros Curto Prazo 64,23% 78,06% -17,71% Endividamento Terceiros Longo Prazo 35,77% 21,94% 63,03% Participação Capital de Terceiros 49,99% 42,19% 18,48% Participação Capital Próprio 50,01% 57,81% -13,49% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 9: Endividamento – Lojas Renner

Endividamento - Renner 100,00% 80,00% 60,00% 78,06% 64,23% 57,81% 40,00% 49,99% 50,01% 42,19% 20,00% 35,77% 21,94% 0,00% Endividamento Endividamento Participação Capital Participação Capital Terceiros Curto Terceiros Longo de Terceiros Próprio Prazo Prazo

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

É notório que as Lojas Renner reduziram seu endividamento no curto prazo em 17,71%, apostando na contratação de um maior nível de endividamento no longo prazo, elevando este em 63,03% que foi o principal agente na alavancagem do capital de giro da empresa. No entanto, mesmo com este crescimento de 2019 para 2020 do capital de terceiros no longo prazo, é evidente que a maior concentração do seu capital de terceiros ainda se se concentra no curto prazo, representando 64,23% do endividamento com terceiros. Assim, elevando a participação de capital de terceiros na empresa em 18,48% comparados 2019 a 2020, e reduzindo sua participação com capital próprio em 13,49%, entretanto, mesmo com essa redução a empresa tem maior participação em suas atividades com capital próprio à capital de terceiros, mesmo essa diferença em 2020 sendo mínima, em apenas 0,02%.

4.2.4 Capital Investido Líquido Cia Hering S.A.

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Tabela 10: Capital investido Líquido – Cia. Hering

CAPITAL INVESTIDO LÍQUIDO 2020 2019 AH% (+) Contas a Receber de Clientes = 443.894 458.856 -3,26% (+) Estoques = 373.266 322.824 15,63% (+) Outras Ativos Operacionais = 144.278 65.692 119,63% (-) Fornecedores = 259.701 187.008 38,87% (-) Outros Passivos Operacionais = 115.862 92.971 24,62% Necessidade de Capital de Giro = 585.875 567.393 3,26% (+) Ativo não Circulante = 911.325 598.158 52,36% (-) Passivo Não Circulante Operacional = 23.533 21.469 9,61% (=) Capital Investido Líquido 1.473.667,00 1.144.082,00 28,81% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 10: Capital Investido Líquido – Cia. Hering

Capital Investido Líquido - Hering 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 -

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Analisando o Capital Investido Liquido da Cia. Hering, é notório que a elevação de 28,81% do mesmo, tem grande contribuição dos Outros Ativos Operacionais, que se elevaram de 2019 para 2020 em 119,63%, com isso, ao analisar seu Balanço Financeiro, observa-se que estes Ativos são compostos por duas contas, pelos Tributos a Recuperar e por Despesas Antecipadas, no qual foram contas do Ativo Operacional que apresentaram um crescimento significativo, em que houveram um crescimento de 2019 para 2020 de 121,74% e 65,27%, respectivamente. Outrora, o Contas a Receber de Clientes, embora tenha tido uma pequena queda de 3,26%,

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reflete as análises anteriores desta empresa, cujo a empresa teve uma queda na sua liquidez, evidencia-se neste que as vendas da empresa tem sofrido com a crise, diminuindo suas disponibilidades e contribuindo para o aumento da sua Necessidade de Capital de Giro. A empresa também tem aumentado a sua dívida com fornecedores, um aumento de 38,87% de 2019 para 2020, no entanto, com a queda das vendas este estoque tem ficado mais tempo parado, conforme analisado na dinâmica financeira, elevando seu prazo médio de estocagem em 15,63%, ou seja, com a elevação de seus estoques a empresa conseguiria diminuir sua Necessidade de Capital, no entanto suas vendas (Conta Clientes) não acompanharam esta evolução, contribuindo para a elevação da sua Necessidade de Capital.

4.2.5 Posição Financeira Líquida Cia Hering S.A.

Tabela 11: Posição Financeira Líquida – Cia. Hering

POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA 2020 2019 AH% (-) Ativo Financeiro = 467.842 366.243 27,74% (+) Passivo Financeiro = 258.505 45.224 471,61% (+) Passivo não Circulante Financeiro = 60.706 38.704 56,85% (+) Patrimônio Líquido = 1.622.298 1.426.397 13,73% (=) Posição Financeira Líquida 1.473.667,00 1.144.082,00 28,81% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 11: Posição Financeira Líquida – Cia. Hering

Posição Financeira - Hering 1.800.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 - (-) Ativo (+) Passivo (+) Passivo não (+) Patrimônio (=) Posição Financeiro = Financeiro = Circulante Líquido = Financeira Financeiro = Líquida

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Na Posição Financeira da Cia. Hering apresenta de forma preocupante e assustadora um aumento de no seu Passivo Financeiro, ou seja, da sua dívida no custo prazo, de 471,61%. Ao verificar seu balanço Financeiro demonstra-se que este crescimento tem como principal agente a conta de Empréstimos e Financiamentos, que teve um salto de 2019 para 2020 de 761,57%, no qual esta conta em 2019 representava 59,21% do total do seu Passivo Financeiro, cujo em 2020 a mesma conta passa a representar 89,25% deste Passivo. Desta forma, através destes dados fica claro a dificuldade financeira encontrada por essa empresa, elevando de forma significativa sua dívida no curto prazo como alavancagem de suas operações e para tentar manter-se sobrevivente no mercado. Outra conta dentre a Posição financeira que se destaca é a de Passivo não Circulante Financeiro, que segue a mesma lógica anterior, porém com contratação de dívidas que serão quitadas no longo prazo, ou seja, além do ciclo operacional da mesma.

4.2.6 Endividamento Cia Hering S.A.

Tabela 12: Endividamento – Cia. Hering

ENDIVIDAMENTO 2020 2019 AH% Endividamento Terceiros Curto Prazo 80,98% 53,88% 50,29% Endividamento Terceiros Longo Prazo 19,02% 46,12% -58,76% Participação Capital de Terceiros 16,44% 5,56% 195,87% Participação Capital Próprio 83,56% 94,44% -11,52% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 12: Endividamento – Cia. Hering

Endividamento - Hering 100,00%

90,00% 94,44% 80,00% 80,98% 83,56% 70,00% 60,00% 50,00% 53,88% 40,00% 46,12% 30,00% 20,00% 19,02% 10,00% 16,44% 5,56% 0,00% Endividamento Endividamento Participação Capital Participação Capital Terceiros Curto Terceiros Longo de Terceiros Próprio Prazo Prazo

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

No intuito de financiar seu caixa, a Cia Hering elevou de forma expressiva seu endividamento com terceiros no curto prazo, em 50,29%, e reduziu o mesmo endividamento no longo prazo em 58,76%. A empresa tem em 2020 contraído mais empréstimos no curto prazo devido à crise econômica enfrentada frente ao novo cenário do coronavírus, assim, concentrando seu maior nível de endividamento no curto prazo, o que representava em 2019 53,88% do seu endividamento total com terceiros, em 2020 o mesmo passa a representar 80,98%. Com a contratação desses novos empréstimos a Hering obteve um salto de 195,87% de 2019 para 2020 em sua participação com capital de terceiros, outrora, a mesma manteve sua atuação com a maior concentração de sua participação com capital próprio, em 2020 essa participação representa 83,56%, ou seja, mesmo com a contratação de novos empréstimos a empresa soube de forma estratégica alienar seus recursos concentrando está maior participação no seu capital próprio.

4.2.7 Capital Investido Líquido Lojas Americanas S.A.

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Tabela 13: Capital investido Líquido – Lojas Americanas

CAPITAL INVESTIDO LÍQUIDO 2020 2019 AH% (+) Contas a Receber de Clientes = 3.365.280 2.321.052 44,99% (+) Estoques = 4.122.456 3.558.531 15,85% (+) Outras Ativos Operacionais = 2.448.906 2.422.597 1,09% (-) Fornecedores = 7.093.847 6.031.720 17,61% (-) Outros Passivos Operacionais = 1.841.746 1.466.566 25,58% Necessidade de Capital de Giro = 1.001.049 803.894 24,52% (+) Ativo não Circulante = 16.141.603 14.360.329 12,40% (-) Passivo Não Circulante Operacional = 517.976 256.133 102,23% (=) Capital Investido Líquido 16.624.676,00 14.908.090,00 11,51% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 13: Capital Investido Líquido – Lojas Americanas

Capital Investido Líquido - Americanas 18.000.000 16.000.000 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 -

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

No Capital Investido Liquido das Lojas Americanas, destaca-se pelo seu crescimento a de Passivo Não Circulante Operacional, que teve um crescimento de 2019 para 2020 de 102,23%, no qual esta conta é composta por Contas a Pagar de Combinação de Negócios e por Provisões (dentre elas, Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis, Provisões Fiscais, Provisões Previdenciárias e Trabalhistas, Provisões Cíveis e Demais Contas a Pagar), por meio disto analisa-se que o Contas a Pagar de Combinação de Negócios teve um aumento de um ano para

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o outro de 2.354,40%, e as Provisões um aumento de 52,81% de 2019 para 2020, o que contribuiu de forma significativa para que seu Capital Investido Liquido obtivesse um crescimento apenas de 11,51% do ano de 2019 para 2020. Outro ponto a ser observado dentre esta análise é o Contas a Receber de Clientes, que teve uma ascensão de 44,99%, que é refletido pelo ótimo Ciclo Financeiro que a empresa apresenta, mantendo seu índice de liquidez crescente, elevando suas vendas e apresentando uma boa disponibilidade de caixa.

Tabela 14: Posição Financeira Líquida – Lojas Americanas

POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA 2020 2019 AH% (-) Ativo Financeiro = 21.631.216 10.606.532 103,94% (+) Passivo Financeiro = 3.152.463 3.059.536 3,04% (+) Passivo não Circulante Financeiro = 19.232.853 15.075.213 27,58% (+) Patrimônio Líquido = 15.870.576 7.379.873 115,05% (=) Posição Financeira Líquida 16.624.676,00 14.908.090,00 11,51% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 14: Posição Financeira Líquida – Lojas Americanas

Posição Financeira - Americanas 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 - (-) Ativo (+) Passivo (+) Passivo não (+) Patrimônio (=) Posição Financeiro = Financeiro = Circulante Líquido = Financeira Financeiro = Líquida

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Com base na análise do índice de Posição Financeira das Lojas Americanas é perceptível a evolução de dois grupos de maneira expressiva de 2019 para 2020, o Ativo Financeiro e o Patrimônio Líquido. Dentre o Ativo Financeiro, na sua evolução de 103,94% de 2019 a 2020, aprofundando-se em seu Balanço Financeiro, aponta-se o crescimento considerável de 122,66% da conta Caixa e Equivalentes de Caixa e de 76,65% da conta de Aplicações Financeiras, assim, faz-se evidente a crescente disponibilidade de caixa que a empresa dispõe. Quanto ao Patrimônio Líquido, com

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sua alta de 115,05% de 2019 para 2020, destrinchando seu Balanço Financeiro, encontra-se um crescimento significativo do seu capital próprio, ou seja, do seu Capital Social Realizado, elevando de 2019 para 2020 em 199,62%, que é decorrente a abertura de suas ações em mercado, expandindo seu capital próprio com a participação de novos sócios e acionistas.

Tabela 15: Endividamento – Lojas Americanas

ENDIVIDAMENTO 2020 2019 AH% Endividamento Terceiros Curto Prazo 14,08% 16,87% -16,53% Endividamento Terceiros Longo Prazo 85,92% 83,13% 3,35% Participação Capital de Terceiros 58,51% 71,08% -17,67% Participação Capital Próprio 41,49% 28,92% 43,43% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 15: Endividamento – Lojas Americanas

Endividamento - Americanas 100,00%

80,00% 85,92% 83,13% 60,00% 71,08% 58,51% 40,00% 41,49% 20,00% 28,92% 14,08% 16,87% 0,00% Endividamento Endividamento Participação Capital Participação Capital Terceiros Curto Terceiros Longo de Terceiros Próprio Prazo Prazo

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

As Lojas Americanas em 2020 reduziram seu endividamento no curto prazo em 16,53% em relação ao ano anterior, deixando de contrair empréstimos no curto prazo e aumentando esse endividamento no longo prazo em 3,35%. A empresa nos dois anos concentra seu maior índice de endividamento no longo prazo, em 2019 esse endividamento representava 83,13% do endividamento total, em 2020 dispõe de 85,92% de endividamento no longo prazo, neste mesmo sentido, a empresa tem sua maior participação como capital de terceiros, todavia essa participação reduziu em 17,67% entre os dois anos, e elevou sua participação com capital próprio em 43,43%, apesar da tentativa de maior utilização do seu capital próprio, a empresa em 2020

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ainda utiliza, do seu total do capital, 58,51% de capital de terceiros, este mesmo com maior representatividade dos Empréstimos e Financiamentos no longo prazo.

4.2.8 Análise Comparativa

Dado o exposto, é possível observar que as três empresas tem o Capital Investido Liquido em crescimento comparado os dois anos, no entanto as Lojas Americanas foi a que obteve uma menor elevação deste índice em comparação as outras, de 11,51%, seguida das Lojas Renner com um aumento de 23,51% e por último a Cia. Hering que obteve uma maior elevação deste, de 28,81%. Dentre desta mesma análise pode-se perceber que as Lojas Renner e a Cia. Hering obtiveram queda na suas vendas evidenciado por meio do Contas a receber de Cliente, de 0,37% e 3,26%, respectivamente, no entanto as Lojas Americanas mesmo em período de crise teve uma elevação nesta conta de 44,99%, ou seja, com base nas Demonstrações de resultados das mesmas, e para confirmação da queda nas vendas, a Renner apresenta um encolhimento em sua Receita de Vendas de 21,39%, a Cia. Hering também com um encolhimento na Receita de 30,70%, enquanto as Americanas um crescimento na Receita de 12,32%. Desta forma, pode-se dizer que as três varejistas tem buscado de forma especifica e estratégica uma solução diante do novo cenário recursos para alavancar sua resiliência financeira frente a crise pandêmica para manter sua Posição Financeira no mercado varejista, assim, as Lojas Renner buscando estes recursos na maior parte em 2020 no capital de terceiros ao longo prazo, a Cia. Hering buscando estes mesmos recursos à curto prazo para financiar seu caixa e as Lojas Americanas dispondo de uma melhor flexibilidade de caixa e disponível de caixas, mantendo um ótimo índice de liquidez e expandindo seu capital abrindo suas ações na Bolsa de Valores. Ao analisar os índices de endividamento das três empresas, percebe-se que duas delas dispõem de estratégicas similares que diferem da outra. As Lojas Renner e a Cia. Hering são empresas que concentram maior parte do seu endividamento no curto prazo, mesmo uma reduzindo em 2020 este endividamento e a outra elevando, ainda assim com maior participação no curto prazo, as duas também são empresas que atuam com maior percentagem do seu capital próprio, ou seja, utilizam mais recursos próprios. No entanto as Lojas Americanas apresentam uma situação totalmente inversa, pois ela utiliza-se de recursos provenientes de longo prazo, com

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maior elevação em 2020 e atual no mercado com maior participação do capital de terceiros em relação ao capital próprio.

4.3 Análise dos Indicadores de Lucratividade, Rentabilidade e Criação de Valor (EVA)

4.3.1 Indicadores de Lucratividade

4.3.1.1 Lojas Renner S.A.

Tabela 16: Construção do EBITDA – Lojas Renner CONTRUÇÃO DO EBITDA 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 856.879 1.676.377 -48,89% (+) DEPRECIAÇÃO = 791.036 694.712 13,87% (=) EBITDA = 1.647.915 2.371.089 -30,50% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, é o indicador que é calculado através da soma do seu Lucro antes os Impostos mais as depreciações acumuladas do exercício, assim, ao analisar o EBITDA das Lojas Renner pode-se perceber que o mesmo sofreu uma redução de 30,50% de um ano para o outro, refletido pela queda do LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) em 2020 de 48,89%.

Tabela 17: Indicadores de Lucratividade – Lojas Renner INDICADORES DE LUCRATIVIDADE 2020 2019 AH% Margem Bruta MB % = 64,76% 69,12% -6,31% Margem do Ebitda MEB % = 24,74% 27,98% -11,57% Margem Operacional MO % = 12,86% 19,78% -34,96% Margem Líquida ML % = 16,46% 12,82% 28,42% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

70

Gráfico 16: Indicadores de Lucratividade – Lojas Renner

Indicadores de Lucratividade - Renner 80,00% 70,00% 60,00% 69,12% 64,76% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 24,74% 27,98% 19,78% 10,00% 12,86% 16,46% 12,82% 0,00% Margem Bruta MB % Margem do Ebitda Margem Margem Líquida ML = MEB % = Operacional MO % = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Lojas Renner é uma varejista que, conforme análises dos indicadores de lucratividade acima, tem perdas significativas em seus índices de lucratividade em 2020 comparados à 2019, proporcionados pelo cenário enfrentado, cujo a empresa teve uma retração em sua Receita de Vendas em 2020 de 21,41%, impactando diretamente esses índices. Neste sentido, a empresa teve sua Margem Operacional diretamente impactada, com encolhimento da margem em 34,96%, devido ao impacto operacional causado na redução das suas vendas frente a pandemia. Entretanto, o único índice de lucratividade que se manteve positivo e em crescimento foi o da Margem Líquida, apesar do encolhimento da receita de vendas sofrido em 2020 a empresa conseguiu obter um resultado líquido em 2020 0,93% maior em relação ao ano de 2019, ocasionada pelo expressivo crescimento das Receitas Financeiras proveniente de juros de cartão e/ou aplicações financeiras.

4.3.1.2 Cia. Hering S.A.

Tabela 18: Construção do EBITDA – Cia. Hering CONTRUÇÃO DO EBITDA 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 81.174 176.233 -53,94% (+) DEPRECIAÇÃO = 88.831 88.424 0,46% (=) EBITDA = 170.005 264.657 -35,76% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Através do estudo técnico das análises das Demonstrações Financeiras da Cia. Hering pode-se constatar que, com a redução em seu LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) em 2020, de 53,94% em relação ao ano de 2019, refletiu diretamente em seu EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, que sofreu uma queda no mesmo ano de 35,76%, uma vez que este índice se faz pela somatórios do seu lucro que antecede os impostos com as depreciações e amortizações acumuladas do exercício.

Tabela 19: Indicadores de Lucratividade – Cia. Hering INDICADORES DE LUCRATIVIDADE 2020 2019 AH% Margem Bruta MB % = 39,09% 43,81% -10,77% Margem do Ebitda MEB % = 15,84% 17,08% -7,30% Margem Operacional MO % = 7,56% 11,38% -33,53% Margem Líquida ML % = 31,95% 13,86% 130,52% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 17: Indicadores de Lucratividade – Cia. Hering

Indicadores de Lucratividade - Hering 50,00%

40,00% 43,81% 39,09% 30,00% 31,95% 20,00% 17,08% 10,00% 15,84% 13,86% 7,56% 11,38% 0,00% Margem Bruta MB % Margem do Ebitda Margem Margem Líquida ML = MEB % = Operacional MO % = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Cia. Hering também com um encolhimento da Receita de Vendas em 2020 de 30,70%, obteve um decréscimo em seus índices de lucratividade proporcionado pelo cenário enfrentado pela crise pandêmica, reduzindo sua Margem Bruta em 10,77%. Consequentemente, afetando sua Margem Operacional, com diminuição de 33,53% em 2020, devido ao aumento do seu prazo médio de estocagem com redução

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nas suas vendas afetando diretamente sua atividade operacional. Ademais, a empresa apresenta um resultado líquido em 2020 59,74% maior à 2019, o que surpreende devido à queda na sua atividade operacional, alavancando sua Margem Líquida em 130,52% neste mesmo ano, este resultado tem como principal agente o aumento representativo das Receitas Financeiras em 2020 em 259,17%, este aumento pode ser explicado com Receitas de Juros de cartão decorrente de vendas a prazo e também a aplicações financeiras realizadas pela empresa, visto a elevação da contratação de empréstimos no curto prazo, que podem uma vez ter sidos alienados a sua operação em forma de investimento em aplicações financeiras.

4.3.1.3 Lojas Americanas S.A.

Tabela 20: Construção do EBITDA – Lojas Americanas CONTRUÇÃO DO EBITDA 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 1.435.901 2.105.095 -31,79% (+) DEPRECIAÇÃO = 1.044.555 954.777 9,40% (=) EBITDA = 2.480.456 3.059.872 -18,94% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

As Lojas Americanas no que se tange as Receita de Vendas Líquidas apresentou um bom desempenho, no entanto, este crescimento foi acompanhado pelas suas despesas operacionais que levaram a companhia obter um decrescimento no seu lucro antes os impostos, ou seja, essas despesas afetaram diretamente seu LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) que sofreu uma redução em 31,79% que é o principal responsável no cálculo do EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

Tabela 21: Indicadores de Lucratividade – Lojas Americanas INDICADORES DE LUCRATIVIDADE 2020 2019 AH% Margem Bruta MB % = 33,48% 36,37% -7,94% Margem do Ebitda MEB % = 11,65% 16,14% -27,83% Margem Operacional MO % = 6,74% 11,10% -39,27% Margem Líquida ML % = 1,48% 3,07% -51,76% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 18: Indicadores de Lucratividade – Lojas Americanas

Indicadores de Lucratividade - Americanas 40,00% 35,00% 36,37% 30,00% 33,48% 25,00% 20,00% 15,00% 16,14% 10,00% 11,65% 11,10% 5,00% 6,74% 1,48% 3,07% 0,00% Margem Bruta MB Margem do Ebitda Margem Margem Líquida ML % = MEB % = Operacional MO % = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

As Lojas Americanas apesar de seu ótimo desempenho nas vendas, com crescimento considerável em sua receita, de 12,32% de 2019 para 2020, ainda apresenta um decréscimo em seus indicadores de lucratividade, pois apesar deste crescimento as despesas operacionais aumentaram na mesma proporção de 2019 para 2020, em 18,87%, sendo que dentre essas despesa a que sofreu maior aumento foram as Despesas com Vendas da companhia, que tiveram elevação de 18,61% entre os dois anos. Assim, afetando diretamente a MO% (Margem Operacional), devido à queda do lucros antes dos Impostos, que mede o quanto a empresa de lucro antes os impostos representa em relação à sua Receita Líquida de Vendas, neste caso a empresa apesar da elevação da receita obteve uma queda na Margem Operacional em 39,27% em 2020, o que representa um percentual significativo de redução para a empresa. Com isso, a Americanas apresentou um volume de despesa expressivo, que impactou diretamente seu resultado líquido, uma vez que suas Resultado Financeiro em 2020 se manteve negativo como no ano de 2019, reduzindo seu resultado econômico em 45,82% em 2020 comparado à 2019, ainda apresentando um resultado líquido positivo gerando lucro para a companhia, mas no entanto reduzindo sua Margem Líquida em 51,76%.

4.3.1.4 Análise Comparativa

74

É notório que as três empresas apresentam indicadores de lucratividade em retração decorrente a crise econômica enfrentada frente a pandemia causada pelo Covid-19, empresas como a Renner e Hering que são varejista exclusivas no ramo da moda, que demandam produtos considerados não essenciais, tiveram suas receitas de vendas afetadas diretamente no novo cenário de 2020, acarretando na redução de alguns índices de lucratividade como o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Aepreciation and Amortization), em português Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, a MB% (Margem Bruta), a MEB% (Margem EBITDA) e a MO% (Margem Operacional). No entanto, as duas empresas conseguiram contornar a situação enfrentada apresentando Receitas Financeiras superiores à 2019 gerando um Resultado Líquido em 2020 mais favorável em relação à 2019 elevando suas Margens Líquidas. Por outro lado, a Americanas por mais que tenha apresentado um maior montante de vendas e desencadeando uma melhor receita com vendas em 2020, obteve uma maior despesa operacional, reduzindo seu LAJIR, e também, apresentando uma Receita Financeira em 2020 35,50% menor comparado à 2019, resultando em um resultado líquido, ainda positivo gerando lucro, 45,82% mais baixo em relação ao ano anterior, ocasionando na queda de todos os seus índices de lucratividade.

4.3.2 Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor (EVA)

4.3.2.1 Lojas Renner S.A.

Tabela 22: Construção do NOPAT – Lojas Renner CONTRUÇÃO DO NOPAT 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 856.879 1.676.377 -48,89% (+/-) IRPJ E CSLL = (104.492) (405.781) -74,25% (=) NOPAT = 752.387 1.270.596 -40,78% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Através das análises dos indicadores de rentabilidade acima, é perceptível que as Lojas Renner apresenta uma redução de 2020 de 40,78% de seu NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, em relação ao ano de 2019, ou seja, o lucro obtido através do LAJIR

75

subtraídos ou somados os IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido).

Tabela 23: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Lojas Renner INDICADORES DE RENTABILIDADE 2020 2019 AH% Margem do NOPAT % = 11,30% 14,99% -24,66% ROIC = 9,04% 18,86% -52,06% WACC = 8% 8% 0,00% SPREAD = 1,04% 10,86% -90,41% EVA = 86.644 731.585 -88,16% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Gráfico 19: Indicadores de Rentabilidade – Lojas Renner

Inidicadores de Rentabilidade - Renner 20,00% 18,86% 15,00% 14,99% 10,00% 11,30% 10,86% 9,04% 8% 8% 5,00% 1,04% 0,00% Margem do NOPAT ROIC = WACC = SPREAD = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Com base nos indicadores de rentabilidade acima, percebe-se que as Lojas Renner apresenta uma redução de 2020 de 24,66% da sua Margem NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, em relação ao ano de 2019, no qual a mesma é obtida através do NOPAT em relação a sua Receita Líquida de Vendas. Assim, apresentando nesse mesmo sentido queda em todos seus indicadores de rentabilidade, destacando-se pela redução expressiva os indicadores do SPREAD e do EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado, de 90,41% e 88,16%, respectivamente, uma vez que o SPREAD é obtido através da diferença entre o ROIC (Return On

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Invested Capital), em português Retorno Sobre o Capital Investido, que por sua vez também sofre redução em 2020 de 52,06%, entre o WACC (Weighted Avarage Cost of Capital), em português Custo Médio Ponderado de Capital, ademais, ainda apresentando uma queda também no seu EVA, índice que análise sua criação de valor, obtido pela multiplicação do seu Capital Investido Líquido pelo seu SPREAD.

4.3.2.2 Cia. Hering S.A.

Tabela 24: Construção do NOPAT – Cia. Hering CONTRUÇÃO DO NOPAT 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 81.174 176.233 -53,94% (+/-) IRPJ E CSLL = 78.352 5.775 1256,74% (=) NOPAT = 159.526 182.008 -12,35% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

O NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, e o EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado, são indicadores importantes na tomada de decisão de sócios, acionistas e investidores, pois o NOPAT tem por objetivo medir de forma exata a lucratividade da empresa, assim como o EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) por exemplo, deste forma, pode perceber com base no indicador acima que a Cia. Hering sofreu uma perda do seu NOPAT em 2020 de 12,35% comparados à 2019.

Tabela 25: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Cia. Hering INDICADORES DE RENTABILIDADE 2020 2019 AH% Margem do NOPAT % = 14,86% 11,75% 26,48% ROIC = 10,83% 15,91% -31,95% WACC = 8% 8% 0,00% SPREAD = 2,83% 7,91% -64,28% EVA = 41.633 90.481 -53,99% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 20: Indicadores de Rentabilidade – Cia. Hering

Inidicadores de Rentabilidade - Hering 18,00% 16,00% 15,91% 14,00% 14,86% 12,00% 11,75% 10,00% 10,83% 8,00% 8% 8% 6,00% 7,91% 4,00%

2,00% 2,83% 0,00% Margem do NOPAT ROIC = WACC = SPREAD = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

A Cia. Hering em meio aos desafios enfrentados diante à crise financeira, ainda conseguiu apresentar uma Margem NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, em 2020, 26,48% maior à 2019, ou seja, a empresa obteve através deste um nível de eficiência operacional melhor em relação ao ano anterior. Entretanto, dentre os demais indicadores de rentabilidade, a companhia apresentou piora, como no ROIC (Return On Invested Capital), em português Retorno Sobre o Capital Investido, que é o índice que avalia a capacidade de retorno do capital investido por ela, ou seja, ele avalia a eficiência que a empresa tem de obter um retorno com seu capital, em 2020 a Hering retraiu esse índice em 31,95% em relação ao ano de 2019, desencadeando a redução do seu SPREAD em 64,28% que reflete diretamente ao seu EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado. Desta forma, pode-se dizer que o EVA é um indicador que ter por sua finalidade a verificação da criação ou destruição de valor econômico da empresa, analisando o custo de oportunidade que a empresa obteve sobre seu capital investido líquido, chamando a atenção a queda desse indicador em 53,99% em 2020 em relação à 2019.

78

4.3.2.3 Lojas Americanas S.A.

Tabela 26: Construção do NOPAT – Lojas Americanas CONTRUÇÃO DO NOPAT 2020 2019 AH% (+) LAJIR = 1.435.901 2.105.095 -31,79% (+/-) IRPJ E CSLL = 7.216 (148.166) -104,87% (=) NOPAT = 1.443.117 1.956.929 -26,26% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

Com base nas análises técnicas realizadas das demonstrações financeiras da companhia, faz-se evidente a importância do indicador de rentabilidade NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, em que é um indicador financeiro de grande valia para avaliação dos investidores no momento da tomada de decisão. Desta forma, é cabível salientar que o NOPAT é um indicador financeiro que de uma maneira mais eficiente aproxima seu resultado ao que de fato a empresa gerou de lucro, assim, pode perceber por meio deste que as Lojas Americanas sofreu uma retração desse indicador em 2020 de 26,26% comparado ao mesmo período de 2019.

Tabela 27: Indicadores de Rentabilidade e Criação de Valor – Lojas Americanas INDICADORES DE RENTABILIDADE 2020 2019 AH% Margem do NOPAT % = 6,78% 10,32% -34,34% ROIC = 8,68% 13,13% -33,87% WACC = 8% 8% 0,00% SPREAD = 0,68% 5,13% -13,28% EVA = 113.143 764.282 -85,20% Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

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Gráfico 21: Indicadores de Rentabilidade – Lojas Americanas

Inidicadores de Rentabilidade - Americanas 14,00% 12,00% 13,13% 10,00% 10,32% 8,00% 8,68% 6,00% 8% 8% 6,78% 4,00% 5,13% 2,00% 0,68% 0,00% Margem do NOPAT ROIC = WACC = SPREAD = % =

Série1 Série2

Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)

As Lojas Americanas por sua vez, apesar de apresentar um Lucro Bruto em 2020, 3,40% maior em comparação à 2019, teve suas despesas operacionais no mesmo ano 18,87% maior ao ano anterior, o que ocasionou a obtenção de um LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda) com queda de 31,79%, desta forma, a redução deste lucro impactou diretamente na redução de seus índices de rentabilidade, como a Margem NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, apresentando um nível de eficiência operacional inferior ao ano de 2019, o ROIC (Return On Invested Capital), em português Retorno Sobre o Capital Investido, apresentando em 2020 um retorno sobre o capital líquido investido 33,87% menor em relação à 2019. Assim, com a redução significativa destes indicadores o SPREAD e o EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado, são consequentemente afetados em 2020. Além disso, o EVA tem como principal papel o reflexo do desempenho financeiro da companhia, uma vez que o cálculo deste indicador se refere a multiplicação do seu SPREAD pelo seu capital investido líquido, sendo bruscamente afetado em 2020, com queda de 85,20% em relação ao ano de 2019, porém ainda conseguindo manter-se positivo construindo valor econômico para a empresa.

4.3.2.4 Análise Comparativa

80

Por meio das análises dos indicadores de rentabilidade das três empresas acima analisadas, pode-se dizer que à retração em 2020 de todos os índices comparados à 2019, exceto do índice de Margem NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), em português Lucro Operacional Líquido Após os Impostos, da Cia. Hering que obteve uma melhor eficiência operacional no ano de 2020. No entanto, apesar da redução destes indicadores é evidente que as três, em meio ao novo cenário de mercado enfrentado frente a crise pandêmica causada pelo novo coronavírus, são empresas que ainda se mantém rentáveis apresentando resultados positivos e que ainda conseguem construir valor, que é perceptível ao se analisar o SPREAD das três companhia que ainda se mantém positivos no ano de 2020 gerando valor econômico.

4.4 Análise conclusiva do estudo técnico

De acordo com o estudo técnico realizado das três empresas, com base no modelo Fleuriet, pode-se perceber que as companhias apresentaram dificuldades em se manter no mercado varejista frente a crise econômica causada pela pandemia do Covid-19, no qual, mesmo pertencendo ao mesmo ramo de atividade apresentam dificuldades variáveis umas das outras em comparação à alguns indicadores. As Lojas Renner é uma empresa que apesar de dispor de uma tesouraria negativa nos dois anos apresenta uma evolução na sua gestão de liquidez, conseguindo capitar mais capital de giro para suas operação através de recurso oriundos de terceiros no longo prazo, mantendo sua liquidez mais sólida em 2020 em comparação ao ano de 2019. Desta forma, a empresa eleva em 2020 a participação do capital de terceiros no longo prazo, porém mantendo a maior parte ainda concentrada no curto prazo. A companhia no entanto a perdas significativas nos seus indicadores de lucratividade e rentabilidade, outrora, ainda apresentando um resultado líquido no exercício de 2020 positivo e que supera o ano de 2019. No entanto, a Cia. Hering é uma empresa que teve sua liquidez diretamente afetada pela crise financeira, com encolhimento nos seus índices de gestão de liquidez, como a tesouraria e capital de giro, apresentando também um ciclo financeiro relativamente extenso, o que significou na elevação da sua necessidade de capital de giro em 2020. A companhia por sua vez como estratégia de manter sua operação aderiu ao endividamento em 2020 de grande valia em comparação ao ano de 2019, aumentando sua participação também de capital de terceiros, porém no curto prazo,

81

mantendo a maior concentração de capital no curto prazo. A empresa também, assim como a anterior, apresenta perda nos seus indicadores de rentabilidade e lucratividade em 2020, exceto nos seus indicadores de Margem Líquida e Margem NOPAT, que tiveram um crescimento neste mesmo ano, pois a mesma conseguiu, apesar de todas dificuldades financeiras encontradas, de forma estratégica entregar um lucro líquido em 2020 superior ao de 2019. As Lojas Americanas é uma empresa que apresenta um perfil de liquidez considerável ótimo, que obteve excelentes crescimentos nos seus índices de gestão de liquidez e dinâmica financeira, a empresa estudada apresenta uma liquidez sólida, dispondo de um capital de giro representativo que em 2020 ainda supera o ano de 2019, a companhia ainda apresenta também um ciclo financeiro excelente em 2020. A Americanas em 2020 dispõe de uma maior participação de capital próprio, em consequência reduzindo a participação com terceiros, o aumento se entende pela abertura de ações em mercado elevando seu capital próprio com sócios e acionista. Todavia a empresa também, como as duas citadas anteriormente, apresenta retração nos seus indicadores de lucratividade e rentabilidade, porém diferentemente das outras companhias a Americanas apresenta um resultado líquido em 2020 inferior ao ano de 2019, no entanto, ainda positivo, redução está devido ao aumento nas suas despesas operacionais neste ano. O estudo técnico proporcionou uma maior visibilidade da situação financeira das três empresas como um todo, comparando o ano de 2019 ao ano de 2020 da crise pandêmica causada pelo no novo coronavírus, entendo a situação individual de cada uma e as estratégias financeiras adotadas por elas em prol da sua resiliência financeira, pois apesar das queda de alguns indicadores as três são empresas que ainda mantiveram seus resultados positivos e um EVA (Economic Value Added), em português Valor Econômico Adicionado, também positivo, ou seja, as três companhias ainda conseguem criar valor, gerando valor econômico para as empresas.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve por objetivo descrever o papel da contabilidade nas empresas varejistas frente a pandemia do Covi-19, e as principais ferramentas e técnicas contábeis utilizadas em prol da resiliência financeira dessas empresas, no qual por meio deste pode-se perceber o impacto nas demonstrações financeiras das empresas ocasionados pela crise pandêmica com a orientação do isolamento social proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o fechamento temporário do comércio para aqueles considerados “não essenciais”. Desta forma, para compreender o papel da contabilidade frente à esse novo cenário, foram analisados, conforme proposto nos objetivos específicos, as demonstrações financeiras anuais dos anos de 2020 e 2019, identificando as principais estratégias de gestão utilizada por cada companhia com base no Modelo Fleuriet, assim, podendo analisar a liquidez de cada uma delas como meio de geração de caixa e apontando o e-commerce como principal percursor neste novo cenário visto ao isolamento social ocorrido no ano de 2020 e com o fechamento temporário do comércio, dentre eles, grande parte das varejistas.

Com isso, pode-se dizer que o estudo técnico cientifico realizado nas empresas listadas na Bolsa de Valores (B3), Grupo A. J. Renner S.A., Cia. Hering S.A. e Lojas Americanas S.A., pode contribuir para mim, como autor, na aplicação prática de estudos voltados a controladoria, como o modelo proposto por Michel Fleuriet, que proporcionou a aplicação da teoria em prática, em demonstrações financeiras de três varejistas de grande potencial, utilizando dados reais para composição da apresentação de resultados deste trabalho. A pesquisa ainda proporcionou uma visão mais eficaz da geração de caixa de cada uma delas, de forma mais aprofundada e clara, identificando o perfil de liquidez especifico de cada companhia e explorando um novo modelo de análise de Balanços Patrimoniais reclassificados, chamados agora de Balanço Reclassificado Financeiro.

Contudo, o estudo técnico das análises das demonstrações financeiras das três empresas pode contribuir para as mesmas de forma eficiente, abordando o Modelo Fleuriet, no qual proporciona para cada uma delas a gestão de liquidez que estão comparados os dois anos de análises deste e o perfil de liquidez no qual cada uma se encontra. As empresas ainda podem analisar com base nesta pesquisa a dinâmica

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financeira do ano de 2020 frente ao ano de 2019, se seu ciclo financeiro está dentro do considerado adequado ou se ela deve trabalhar para que este possa ser melhorado. Ademais, o estudo ainda proporciona para estas empresas listadas na B3 a análise de seus indicadores de lucratividade e rentabilidade, em que evidenciam os retornos obtidos por elas oriundos dos recursos aplicados nas suas operações, desta forma, identificando se as mesmas ainda estão construindo valores ou destruindo, frente ao novo cenário econômico enfrentado no ano de 2020 comparando ao mesmo período de 2019.

A monografia ainda teve como foco a contribuição para a comunidade acadêmica como meio de demonstrar os impactos ocasionados pela crise pandêmica nas empresas do varejo brasileiro da amostra selecionada, tornando-se possível para o acesso as pesquisas futuras de alunos e professores como modelo de gestão financeira voltado para o estudo técnico do Modelo Fleuriet nas empresas escolhidas e estudadas nesta pesquisa.

Portanto, com base no exposto nesta monografia e nas questões levantadas que propuseram o estudo e o desenvolvimento deste, pode-se dizer que o as empresas sofreram impactos consideráveis no cenário proporcionado pela pandemia, no entanto através da boa gestão estratégica das empresas desta pesquisa observa- se que apesar das perdas de grande parte de seus indicadores, ainda são empresas que apresentam resultados líquidos positivos e que mantiveram uma liquidez sólida, assim, dando destaque ao papel da contabilidade e do profissional contábil como principal agente na condução destes recursos operacionais para manter as vendas no mercado, cujo, a boa contabilidade tem como foco a visão do negócio como um todo tanto no presente como também visionando o futuro, se precavendo a todo instante à situações futuras que podem vir a impactar suas operações.

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REFERÊNCIAS

ARANHA, José A. Moura. INDICADORES DE CICLOS FINANCEIRO E OPERACIONAL: uma abordagem com enfoque na liquidez e rentabilidade das empresas. Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande, Campo Grande, MS, Ago 2001. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5543837/mod_resource/content/3/Artigo%20 ciclo%20ec%20e%20fin.pdf. Acesso em: 2 maio 2021.

AZEVEDO, Gustavo Caixeta de. GOVERNAÇA CORPORATIVA: UMA ANÁLISE DO ROE, ROIC E WACC DE EMPRESAS INTEGRANTES DO “NOVO MERCADO” DA BM&FBOVESPA. Orientador: Prof. Mestre José Augusto Simões Amaro. 2018. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Ciências Contábeis) - Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Brasilia, DF, 2018. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/13942/1/21506556.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

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ANEXOS

Anexo I: Balanço Patrimonial – Lojas Renner S.A. DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 1 Ativo Total 14.642.583 11.552.902 1.01 Ativo Circulante 8.896.766 6.656.209 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 2.066.781 980.954 1.01.02 Aplicações Financeiras 605.572 391.348 1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 605.572 391.348 1.01.02.01.02 Títulos Designados a Valor Justo 605.572 391.348 1.01.03 Contas a Receber 3.811.668 3.825.961 1.01.03.01 Clientes 3.811.668 3.825.961 1.01.04 Estoques 1.381.662 1.124.506 1.01.06 Tributos a Recuperar 961.997 258.396 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 961.997 258.396 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 69.086 75.044 1.01.08.03 Outros 69.086 75.044 1.01.08.03.02 Instrumentos financeiros derivativos 5.435 4.382 1.01.08.03.03 Outros ativos 63.651 70.662 1.02 Ativo Não Circulante 5.745.817 4.896.693 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 950.883 304.058 1.02.01.07 Tributos Diferidos 276.925 214.505 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 276.925 214.505 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 673.958 89.553 1.02.01.10.04 Tributos a recuperar 661.111 73.345 1.02.01.10.05 Outros ativos 12.847 16.208

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1.02.03 Imobilizado 3.854.298 3.808.400 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 1.856.380 1.974.380 1.02.03.02 Direito de Uso em Arrendamento 1.700.038 1.634.690 1.02.03.03 Imobilizado em Andamento 297.880 199.330 1.02.04 Intangível 940.636 784.235 1.02.04.01 Intangíveis 823.957 667.556 1.02.04.01.02 Demais intangíveis 823.957 667.556 1.02.04.02 Goodwill 116.679 116.679 DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 2 Passivo Total 14.642.583 11.552.902 2.01 Passivo Circulante 5.633.411 4.765.317 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 226.816 306.882 2.01.01.01 Obrigações Sociais 74.445 81.263 2.01.01.01.01 Encargos sociais 74.445 81.263 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 152.371 225.619 2.01.01.02.01 Salários a pagar 152.371 225.619 2.01.02 Fornecedores 1.404.852 1.081.785 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 1.404.852 1.081.785 2.01.03 Obrigações Fiscais 402.930 636.723 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 183.309 412.679 2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 93.983 299.927 2.01.03.01.02 Demais Obrigações Federais 89.326 112.752 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 214.857 219.155 2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 4.764 4.889 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 1.418.471 894.018 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 895.307 583.059 2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 655.937 98.625 2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 239.370 484.434

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2.01.04.02 Debêntures 523.164 310.959 2.01.04.03 Financiamento por Arrendamento 0 0 2.01.05 Outras Obrigações 2.113.283 1.778.274 2.01.05.02 Outros 2.113.283 1.778.274 2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 244.389 237.259 2.01.05.02.05 Outras obrigações 145.835 94.413 2.01.05.02.06 Participações Estatutárias 1.880 5.855 2.01.05.02.07 Obrigações com Administradoras de Cartões 1.193.168 985.298 2.01.05.02.08 Instrumentos financeiros derivativos 31.428 7.764 2.01.05.02.09 Arrendamentos a pagar 496.583 447.685 2.01.06 Provisões 67.059 67.635 2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 67.059 67.635 2.01.06.01.04 Provisões Cíveis 36.647 30.868 2.01.06.01.05 Provisões Trabalhistas 30.412 36.767 2.02 Passivo Não Circulante 3.507.856 2.096.566 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 1.966.508 751.011 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.070.575 351.011 2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 1.070.575 311.152 2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 0 39.859 2.02.01.02 Debêntures 895.933 400.000 2.02.01.03 Financiamento por Arrendamento 0 0 2.02.02 Outras Obrigações 1.486.111 1.315.787 2.02.02.02 Outros 1.486.111 1.315.787 2.02.02.02.04 Outras obrigações 24.804 24.111 2.02.02.02.05 Arrendamentos a pagar 1.365.804 1.291.676 2.02.02.02.06 Fornecedores 95.503 0 2.02.03 Tributos Diferidos 0 5.287 2.02.03.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 0 5.287 2.02.04 Provisões 55.237 24.481 2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 55.237 24.481 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 22.387 24.481 2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 4.258 0

93

2.02.04.01.05 Provisões Trabalhistas 28.592 0 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 5.501.316 4.691.019 2.03.01 Capital Social Realizado 3.805.326 3.795.634 2.03.02 Reservas de Capital -25.430 38.678 2.03.02.04 Opções Outorgadas 94.031 74.227 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -119.461 -35.549 2.03.04 Reservas de Lucros 1.694.515 869.896 2.03.04.01 Reserva Legal 109.768 54.955 2.03.04.07 Reserva de Incentivos Fiscais 162.812 97.539 2.03.04.08 Dividendo Adicional Proposto 191 282.546 2.03.04.10 Reserva para Investimento e Expansão 1.421.744 434.856 2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 26.905 -13.189

Anexo II: Balanço Patrimonial – Cia. Hering S.A. DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 1 Ativo Total 2.340.605 1.811.773 1.01 Ativo Circulante 1.429.280 1.213.615 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 467.842 364.824 1.01.03 Contas a Receber 443.894 460.275 1.01.03.01 Clientes 431.802 441.508 1.01.03.02 Outras Contas a Receber 12.092 18.767 1.01.03.02.01 Outras Contas a Receber 12.092 17.348 1.01.03.02.02 Instrumentos financeiros derivativos 0 1.419 1.01.04 Estoques 373.266 322.824 1.01.06 Tributos a Recuperar 140.224 63.239 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 140.224 63.239

94

1.01.07 Despesas Antecipadas 4.054 2.453 1.02 Ativo Não Circulante 911.325 598.158 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 541.085 206.674 1.02.01.03 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 5.194 5.064 1.02.01.03.01 Títulos Mantidos até o Vencimento 5.194 5.064 1.02.01.04 Contas a Receber 33.661 39.267 1.02.01.04.01 Clientes 3.589 10.876 1.02.01.04.02 Outras Contas a Receber 30.072 28.391 1.02.01.07 Tributos Diferidos 66.463 59.041 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 66.463 59.041 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 435.767 103.302 1.02.01.10.04 Impostos a Recuperar 346.261 27.399 1.02.01.10.05 Ativo de direito de uso 89.506 75.903 1.02.03 Imobilizado 271.383 298.511 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 271.383 298.511 1.02.04 Intangível 98.857 92.973 1.02.04.01 Intangíveis 98.857 92.973 1.02.04.01.02 Intangíveis 98.857 92.973 DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 2 Passivo Total 2.340.605 1.811.773 2.01 Passivo Circulante 634.068 325.203 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 35.572 36.337 2.01.01.01 Obrigações Sociais 11.146 12.478 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 24.426 23.859 2.01.02 Fornecedores 259.701 187.008 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 212.827 161.856 2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 46.874 25.152

95

2.01.03 Obrigações Fiscais 29.639 24.830 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 15.357 12.821 2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 232 136 2.01.03.01.02 Pis e Cofins a Recolher 9.236 9.262 2.01.03.01.03 Imposto de Renda Retido na Fonte a Recolher 4.786 2.776 2.01.03.01.04 Outros 1.103 647 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 14.282 12.009 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 230.720 26.779 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 207.967 0 2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 207.967 0 2.01.04.03 Financiamento por Arrendamento 22.753 26.779 2.01.04.03.01 Passivo de arrendamento 22.753 26.779 2.01.05 Outras Obrigações 27.785 18.445 2.01.05.02 Outros 27.785 18.445 2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 972 807 2.01.05.02.02 Dividendo Mínimo Obrigatório a Pagar 16.642 0 2.01.05.02.04 Obrigações por Incentivos Fiscais 0 3 2.01.05.02.05 Parcelamentos Tributários e Previdenciários 363 500 2.01.05.02.06 Outras Contas aPagar 9.145 17.135 2.01.05.02.07 Instrumentos Financeiros Derivativos 663 0 2.01.06 Provisões 50.651 31.804 2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 3.120 2.420 2.01.06.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 3.120 2.420 2.01.06.02 Outras Provisões 47.531 29.384 2.01.06.02.04 Provisões para Despesas Comerciais 42.236 24.431 2.01.06.02.05 Provisões para Despesas Administrativas 5.225 4.882 2.01.06.02.06 Provisões para Participação nos Resultados 70 71 2.02 Passivo Não Circulante 84.239 60.173 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 60.706 38.704 2.02.01.03 Financiamento por Arrendamento 60.706 38.704 2.02.01.03.01 Passivo de arrendamento 60.706 38.704 2.02.02 Outras Obrigações 9.643 8.657

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2.02.02.02 Outros 9.643 8.657 2.02.02.02.03 Obrigações por Incentivos Fiscais 490 490 2.02.02.02.04 Parcelamentos Tributários e Previdenciários 1.140 1.233 2.02.02.02.07 Benefícios a empregados 6.116 5.769 2.02.02.02.08 Outras contas a pagar 1.897 1.165 2.02.04 Provisões 13.890 12.812 2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 13.786 12.708 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 2.778 2.737 2.02.04.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 7.120 7.018 2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 3.888 2.953 2.02.04.02 Outras Provisões 104 104 2.02.04.02.04 Provisões para Despesas Administrativas 104 104 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 1.622.298 1.426.397 2.03.01 Capital Social Realizado 381.166 381.166 2.03.02 Reservas de Capital -19.426 39.929 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -66.968 -1.551 2.03.02.07 Plano de Opções de Ações 47.542 41.480 2.03.04 Reservas de Lucros 1.254.687 998.325 2.03.04.01 Reserva Legal 76.233 59.959 2.03.04.05 Reserva de Retenção de Lucros 240.867 779 2.03.04.07 Reserva de Incentivos Fiscais 937.587 937.587 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 5.817 6.017 2.03.06.01 Correção Monetária de Ativos Próprios 5.817 6.017 2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 54 960 2.03.08.01 Ajuste de Avaliação Patrimonial - Instrumentos financeiros hedge accounting 54 960

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Anexo III: Balanço Patrimonial – Lojas Americanas S.A. DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 1 Ativo Total 47.709.461 33.269.041 1.01 Ativo Circulante 31.567.858 18.908.712 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 14.009.152 6.291.718 1.01.02 Aplicações Financeiras 7.622.064 4.314.814 1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 7.622.064 4.314.814 1.01.02.01.02 Títulos Designados a Valor Justo 7.622.064 4.314.814 1.01.03 Contas a Receber 3.365.280 2.321.052 1.01.03.01 Clientes 3.365.280 2.321.052 1.01.04 Estoques 4.122.456 3.558.531 1.01.06 Tributos a Recuperar 1.240.146 1.243.798 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 1.240.146 1.243.798 1.01.06.01.01 Imposto a recuperar 1.240.146 1.243.798 1.01.07 Despesas Antecipadas 65.174 46.594 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 1.143.586 1.132.205 1.01.08.03 Outros 1.143.586 1.132.205 1.01.08.03.02 Demais Contas a Receber 1.143.586 1.132.205 1.02 Ativo Não Circulante 16.141.603 14.360.329 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.550.904 4.072.131 1.02.01.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 47.162 193.451 1.02.01.01.01 Títulos Designados a Valor Justo 47.162 193.451 1.02.01.07 Tributos Diferidos 1.630.765 1.338.031 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 1.630.765 1.338.031 1.02.01.09 Créditos com Partes Relacionadas 41.422 50.056 1.02.01.09.04 Créditos com Outras Partes Relacionadas 41.422 50.056 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 2.831.555 2.490.593

98

1.02.01.10.03 Depósitos Judiciais 414.613 427.289 1.02.01.10.04 Impostos a Recuperar 2.348.634 1.994.257 1.02.01.10.05 Outros 68.308 69.047 1.02.03 Imobilizado 6.860.408 6.315.478 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 4.028.313 4.094.344 1.02.03.02 Direito de Uso em Arrendamento 2.832.095 2.221.134 1.02.04 Intangível 4.730.291 3.972.720 1.02.04.01 Intangíveis 4.730.291 3.972.720 1.02.04.01.02 Intangível 4.730.291 3.972.720 DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 2 Passivo Total 47.709.461 33.269.041 2.01 Passivo Circulante 12.088.056 10.557.822 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 190.227 172.157 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 190.227 172.157 2.01.02 Fornecedores 7.093.847 6.031.720 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 7.093.847 6.031.720 2.01.03 Obrigações Fiscais 332.832 351.255 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 154.236 125.620 2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 91.322 80.224 2.01.03.01.02 Cofins 38.958 28.952 2.01.03.01.03 Pis 8.458 6.286 2.01.03.01.05 Outros 15.498 10.158 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 163.169 213.610 2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 15.427 12.025 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 2.775.892 2.753.194 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 1.832.909 2.113.377 2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 1.683.592 2.095.764 2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 149.317 17.613

99

2.01.04.02 Debêntures 415.786 199.662 2.01.04.03 Financiamento por Arrendamento 527.197 440.155 2.01.05 Outras Obrigações 376.571 306.342 2.01.05.02 Outros 376.571 306.342 2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 370.963 296.000 2.01.05.02.04 Contas a pagar - combinação de negócios 5.608 10.342 2.01.06 Provisões 1.318.687 943.154 2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 35.208 40.471 2.01.06.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 26.461 33.231 2.01.06.01.04 Provisões Cíveis 8.747 7.132 2.01.06.01.05 Outros 0 108 2.01.06.02 Outras Provisões 1.283.479 902.683 2.01.06.02.04 Adiantamento Recebidos de Clientes 498.020 141.496 2.01.06.02.05 Outros Passivos Circulantes 785.459 761.187 2.02 Passivo Não Circulante 19.750.829 15.331.346 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 19.232.853 15.075.213 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 12.833.589 7.856.978 2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 6.255.117 6.846.325 2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 6.578.472 1.010.653 2.02.01.02 Debêntures 3.938.002 5.105.021 2.02.01.03 Financiamento por Arrendamento 2.461.262 2.113.214 2.02.02 Outras Obrigações 134.992 5.500 2.02.02.02 Outros 134.992 5.500 2.02.02.02.04 Contas a pagar - combinação de negócios 134.992 5.500 2.02.04 Provisões 382.984 250.633 2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 295.341 246.827 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 113.545 110.319 2.02.04.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 134.026 86.864 2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 47.770 49.644 2.02.04.02 Outras Provisões 87.643 3.806 2.02.04.02.06 Demais Contas a Pagar 87.643 3.806 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 15.870.576 7.379.873

100

2.03.01 Capital Social Realizado 12.014.779 4.009.961 2.03.02 Reservas de Capital -751.672 102.534 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -44.545 -44.545 2.03.02.07 Reserva de Capital 178.496 153.934 2.03.02.08 Ágio em Transações do Capital -737.834 -42.246 2.03.02.09 Ajustes de Avaliação Patrimonial -147.789 35.391 2.03.04 Reservas de Lucros 1.048.306 1.055.136 2.03.04.01 Reserva Legal 108.904 89.204 2.03.04.10 Reserva para Novos Empreendimentos 939.402 965.932 2.03.09 Participação dos Acionistas Não Controladores 3.559.163 2.212.242

Anexo IV: Demonstração do Resultado – Lojas Renner S.A. DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 7.537.180 9.588.437 3.01.01 Receita líquida com vendas de mercadorias 6.660.571 8.474.693 3.01.02 Receita líquida com produtos e serviços financeiros 876.609 1.113.744 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -3.223.570 -3.730.521 3.02.01 Custo das vendas com mercadorias -3.201.309 -3.707.306 3.02.02 Custo dos produtos e serviços financeiros -22.261 -23.215 3.03 Resultado Bruto 4.313.610 5.857.916 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -3.456.731 -4.181.539 3.04.01 Despesas com Vendas -2.468.018 -2.505.821 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -885.233 -879.264 3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos -412.636 -381.049 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 815.120 87.384 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -505.964 -502.789

101

3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 856.879 1.676.377 3.06 Resultado Financeiro 343.882 -184.395 3.06.01 Receitas Financeiras 712.925 74.422 3.06.02 Despesas Financeiras -369.043 -258.817 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.200.761 1.491.982 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -104.492 -405.781 3.08.01 Corrente -162.813 -472.822 3.08.02 Diferido 58.321 67.041 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 1.096.269 1.086.201 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 1.096.269 1.086.201 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 1.096.269 1.086.201 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)

3.99.01 Lucro Básico por Ação

3.99.01.01 ON 1,3828 1,4142 3.99.02 Lucro Diluído por Ação

3.99.02.01 ON 1,3795 1,4079

Anexo V: Demonstração do Resultado – Cia. Hering S.A. DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 1.073.495 1.549.159 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -653.890 -870.519 3.03 Resultado Bruto 419.605 678.640 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -338.431 -502.407 3.04.01 Despesas com Vendas -278.180 -359.579 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -106.654 -115.359 3.04.02.01 Remuneração dos Administradores -8.531 -9.190

102

3.04.02.02 Gerais e Administrativas -43.879 -51.971 3.04.02.03 Depreciação e Amortização -54.244 -54.198 3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos -20.398 -12.197 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 159.969 39.419 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -93.168 -54.691 3.04.05.01 Participação no Resultado 0 0 3.04.05.02 Outras Despesas Operacionais -93.168 -54.691 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 81.174 176.233 3.06 Resultado Financeiro 183.443 32.694 3.06.01 Receitas Financeiras 245.849 68.450 3.06.01.01 Receitas Financeiras 245.849 68.450 3.06.02 Despesas Financeiras -62.406 -35.756 3.06.02.01 Despesas Financeiras -62.406 -35.756 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 264.617 208.927 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 78.352 5.775 3.08.01 Corrente 71.315 -3.120 3.08.02 Diferido 7.037 8.895 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 342.969 214.702 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 342.969 214.702 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 342.969 214.702 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)

3.99.01 Lucro Básico por Ação 3.99.01.01 ON 2,1382 1,3271 3.99.02 Lucro Diluído por Ação

3.99.02.01 ON 2,10612 1,30252

103

Anexo VI: Demonstração do Resultado – Lojas Americanas S.A. DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 21.291.412 18.956.331 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -14.162.135 -12.061.659 3.03 Resultado Bruto 7.129.277 6.894.672 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -5.693.376 -4.789.577 3.04.01 Despesas com Vendas -3.371.030 -2.841.996 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -1.995.424 -1.759.569 3.04.02.01 Depreciação e Amortização -1.683.980 -1.369.547 3.04.02.02 Outros -311.444 -390.022 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -326.922 -188.012 3.04.05.01 Outras Despesas Operacionais -303.281 -145.818 3.04.05.02 Participação de Empregados e Diretores -23.641 -42.194 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.435.901 2.105.095 3.06 Resultado Financeiro -1.128.188 -1.375.646 3.06.01 Receitas Financeiras 624.374 968.058 3.06.02 Despesas Financeiras -1.752.562 -2.343.704 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 307.713 729.449 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 7.216 -148.166 3.08.01 Corrente -152.669 -180.225 3.08.02 Diferido 159.885 32.059 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 314.929 581.283 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 314.929 581.283 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 394.008 704.054 3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores -79.079 -122.771 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)

3.99.01 Lucro Básico por Ação

104

3.99.01.01 ON 0,22731 0,43856 3.99.01.02 PN 0,22731 0,43856 3.99.02 Lucro Diluído por Ação

3.99.02.01 ON 0,22648 0,43683 3.99.02.02 PN 0,22648 0,43683

Anexo VII: Demonstração do Fluxo de Caixa – Lojas Renner S.A. Demonstração do Fluxo de Caixa (Método Indireto) (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 608.379 1.581.687 6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 981.028 2.552.695 6.01.01.01 Lucro líquido do período 1.096.269 1.086.201 6.01.01.02 Depreciações e amortizações 791.036 694.712 6.01.01.05 Despesas de juros sobre empréstimos, debêntures e custo de estruturação 238.548 208.449 6.01.01.06 Juros de financiamentos de serviços operacionais 29.708 0 6.01.01.09 Imposto de renda e contribuição social 104.492 405.781 6.01.01.12 (Reversão) Perdas estimadas em ativos, líquidas 117.371 91.705 6.01.01.13 Outros ajustes do lucro líquido 95.560 65.847 6.01.01.14 Exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS, líquida dos impostos e -1.363.029 0 honorários 6.01.01.15 Descontos - arrendamentos a pagar -128.927 0 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos 197.199 -832.745 6.01.02.01 Contas a receber de clientes -95.712 -783.799 6.01.02.02 Estoques -265.461 28.993 6.01.02.03 Tributos a recuperar 75.502 -44.574 6.01.02.04 Outros ativos -1.287 -26.814 6.01.02.05 Financiamentos - operações serviços financeiros 0 -360.220 6.01.02.06 Fornecedores 419.457 59.255

105

6.01.02.07 Obrigações fiscais -124.919 -83.629 6.01.02.11 Obrigações com administradoras de cartões 207.870 291.302 6.01.02.12 Outras obrigações -18.251 86.741 6.01.03 Outros -569.848 -138.263 6.01.03.02 Pagamento de imposto de renda e contribuição social -296.099 -302.474 6.01.03.03 Juros pagos sobre empréstimos e debêntures -49.224 -43.675 6.01.03.04 Juros pagos sobre financiamentos de serviços operacionais -10.301 0 6.01.03.05 Aplicações financeiras -214.224 207.886 6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -543.829 -750.273 6.02.01 Aquisições de imobilizado e intangível -543.976 -751.428 6.02.03 Recebimentos por vendas de ativos fixos 147 1.155 6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento 1.013.300 -647.713 6.03.01 Aumento do capital social 9.692 46.111 6.03.02 Recompra de ações -96.964 4 6.03.03 Captações de empréstimos 3.467.279 724.681 6.03.04 Amortização de empréstimos e debêntures -1.787.961 -632.928 6.03.06 Contraprestação de arrendamento mercantil financeiro -334.911 -376.500 6.03.07 Juros sobre capital próprio e dividendos pagos -243.835 -409.081 6.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 7.977 12.123 6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 1.085.827 195.824 6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 980.954 785.130 6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 2.066.781 980.954

Anexo VIII: Demonstração do Fluxo de Caixa – Cia. Hering S.A. Demonstração do Fluxo de Caixa (Método Indireto) (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 113.707 285.916

106

6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 72.593 328.900 6.01.01.01 Lucro líquido do execício 342.969 214.702 6.01.01.02 Imposto de renda e contrivuição social diferidos líquidos -7.037 -8.895 6.01.01.03 Imposto de renda e contribuição social corrente líquidos 37.673 3.120 6.01.01.04 Variação monetária cambial e juros 13.292 4.828 6.01.01.05 Depreciação e amortização 88.831 88.424 6.01.01.06 Resultado na venda de ativos permanentes 5.941 -170 6.01.01.07 Resultado da baixa de arrendamento e fundo de comércio 1.009 94 6.01.01.08 Perda por redução ao valor recuperável de contas a receber 20.398 12.197 6.01.01.09 Plano de opção para compra de ações 6.062 5.498 6.01.01.10 (Reversão) líquida de constituição de provisão para ajuste a valor de realização de estoque -8.505 3.001 6.01.01.11 (Reversão) líquida de constituição de provisão para contingência 8.018 5.744 6.01.01.12 Beneficios a empregados 596 357 6.01.01.15 Provisão pela não recuperabilidade de Ativo Imobilizado 3.838 0 6.01.01.16 Crédito Judicial PIS Cofins -260.486 0 6.01.01.17 Crédito Judicial - IRPJ e CSLL atualização monetária -71.018 0 6.01.01.18 Crédito Judicial - IRPJ e CSLL correntes -108.988 0 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos 41.114 -42.984 6.01.02.01 Contas a receber -3.405 3.275 6.01.02.02 Estoques -41.937 -5.683 6.01.02.03 Impostos a recuperar -6.580 5.209 6.01.02.05 Outros ativos 3.393 -6.994 6.01.02.06 Fornecedores 61.511 -20.901 6.01.02.07 Contas a pagar e provisões -3.195 -13.512 6.01.02.08 Aumento em IRPJ e CSLL -1.216 -3.047 6.01.02.09 IRPJ e CSLL Pagos 0 0 6.01.02.10 Obrigações tributárias 37.869 3.497 6.01.02.11 Juros pagos por empréstimos -5.326 -4.828 6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -46.990 -64.684 6.02.01 Aquisições de imobilizado -21.129 -48.663 6.02.02 Aquisições de ativo intangível -23.483 -10.961 6.02.03 Aquisições de atibos de direito de uso -2.378 -5.060

107

6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento 36.301 -176.948 6.03.01 Aumento de capital 0 11.218 6.03.02 Aplicações financeiras -130 -234 6.03.03 Juros sobre capital próprio e dividendos -70.165 -171.077 6.03.04 Empréstimos tomados 200.000 0 6.03.05 Pagamentos de empréstimos 0 0 6.03.08 Aquisição de ações para tesouraria -65.417 0 6.03.09 Alienação de ações em tesouraria, pelo exercício de opção de compra 0 6.392 6.03.10 Pagamento de principal - Arrendamento -27.987 -23.247 6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 103.018 44.284 6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 364.824 320.540 6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 467.842 364.824

Anexo IX: Demonstração do Fluxo de Caixa – Lojas Americanas S.A. Demonstração do Fluxo de Caixa (Método Indireto) (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 1.605.594 2.370.961 6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 2.855.157 3.562.574 6.01.01.01 Lucro Líquido do Exercício 314.929 581.283 6.01.01.02 Depreciação e Amortização 1.044.555 954.777 6.01.01.03 Valor Residual do Ativo Imobilizado e Intangível Baixado 68.370 17.842 6.01.01.04 IR e CSLL Correntes 152.669 180.225 6.01.01.05 IR e CSLL Diferidos -159.885 -32.059 6.01.01.06 Juros sobre demais Créditos e Débitos -1.122 1.170 6.01.01.07 Juros e Variações sobre Financiamentos 831.392 1.310.729 6.01.01.08 Constituição de Provisão para Contingências 98.398 94.873 6.01.01.09 Reversão de Provisão para Contingências -33.459 -29.595

108

6.01.01.10 Pagamento Baseado em Ações 96.049 50.183 6.01.01.11 Provisão para perda de crédito estimada -5.473 6.723 6.01.01.12 Provisão para perdas por inventário e obsolescência 49.459 -9.229 6.01.01.13 Participação de Empregados e Diretores 23.641 42.194 6.01.01.14 Outros -134.917 -24.267 6.01.01.15 Depreciação direito de uso imóveis 510.551 417.725 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -1.249.563 -1.191.613 6.01.02.01 Contas a Receber de Clientes -1.037.302 -454.399 6.01.02.02 Estoques -560.889 -44.123 6.01.02.03 Impostos a Recuperar -350.725 -645.522 6.01.02.04 Despesas Antecipadas 26.848 30.313 6.01.02.05 Depósitos Judiciais 12.676 -22.610 6.01.02.06 Demais Contas a Receber -10.644 -69.792 6.01.02.07 Fornecedores 1.009.763 1.059.985 6.01.02.08 Salários e Encargos Trabalhistas 18.070 19.922 6.01.02.09 Impostos, Taxas e Contribuições -85.578 48.694 6.01.02.10 IR e CS Correntes -95.064 -263.218 6.01.02.11 Pagamentos de Contingências -26.016 -29.332 6.01.02.12 Liquidação de Juros sobre Empréstimos e Debêntures -656.142 -1.085.728 6.01.02.13 Demais Contas a Pagar 657.205 440.158 6.01.02.14 Juros sobre arrendamento direito de uso imóveis -151.765 -175.961 6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -4.939.651 -2.860.495 6.02.01 Títulos e Valores Mobiliários -3.160.961 -1.268.780 6.02.02 Imobilizado -479.571 -934.022 6.02.03 Intangível -1.299.119 -655.193 6.02.05 Aquisição de controladas indiretas 0 -2.500 6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento 11.051.491 -32.594 6.03.01 Captação de Empréstimos 8.227.354 3.546.941 6.03.02 Pagamento de Principal -4.057.082 -4.559.625 6.03.03 Captação de Debêntures 1.694.391 1.000.000 6.03.04 Pagamento de Principal -2.554.058 -427.538 6.03.05 Contas a Receber Plano de Ações 14.421 6.655

109

6.03.07 Aumento de Capital 7.886.536 20.895 6.03.10 Dividendos e Participações Pagos -296.000 -126.215 6.03.12 Arrendamento direito de uso imóveis -596.313 -429.222 6.03.13 Recursos aporte não controladores 1.427.830 957.634 6.03.14 Ágio em trasanções de ações de controlada -695.588 -22.119 6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 7.717.434 -522.128 6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 6.291.718 6.813.846 6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 14.009.152 6.291.718

110

APÊNDICES

Apêndice A: Balanço Reclassificado - Financeiro Lojas Renner S.A. BALANÇO FINANCEIRO

ATIVO FINANCEIRO 01/01/2020 01/01/2019 à PASSIVO FINANCEIRO 01/01/2020 à 01/01/2019 à à 31/12/2020 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2019 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 2.066.781 980.954 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 1.418.471 894.018 1.01.02 Aplicações Financeiras 605.572 391.348 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 895.307 583.059 1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a 605.572 391.348 2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 655.937 98.625 Valor Justo através do Resultado 1.01.02.01.02 Títulos Designados a Valor Justo 605.572 391.348 2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 239.370 484.434 1.01.08.03.02 Instrumentos financeiros derivativos 5.435 4.382 2.01.04.02 Debêntures 523.164 310.959 2.01.04.03 Financiamento por Arrendamento 0 0 TOTAL ATIVO FINANCEIRO 2.677.788 1.376.684 2.01.05 Outras Obrigações 2.113.283 1.778.274 2.01.05.02 Outros 2.113.283 1.778.274 2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 244.389 237.259 2.01.05.02.05 Outras obrigações 145.835 94.413 2.01.05.02.06 Participações Estatutárias 1.880 5.855 2.01.05.02.07 Obrigações com Administradoras de Cartões 1.193.168 985.298 2.01.05.02.08 Instrumentos financeiros derivativos 31.428 7.764 2.01.05.02.09 Arrendamentos a pagar/Aluguéis a pagar 496.583 447.685

TOTAL PASSIVO FINANCEIRO 3.531.754 2.672.292 PASSIVO OPERACIONAL 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 226.816 306.882 ATIVO OPERACIONAL 2.01.01.01 Obrigações Sociais 74.445 81.263 1.01.03 Contas a Receber 3.811.668 3.825.961 2.01.01.01.01 Encargos sociais 74.445 81.263 1.01.03.01 Clientes 3.811.668 3.825.961 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 152.371 225.619 1.01.04 Estoques 1.381.662 1.124.506 2.01.01.02.01 Salários a pagar 152.371 225.619 1.01.06 Tributos a Recuperar 961.997 258.396 2.01.02 Fornecedores 1.404.852 1.081.785 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 961.997 258.396 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 1.404.852 1.081.785

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1.01.08 Outros Ativos Circulantes 63.651 70.662 2.01.03 Obrigações Fiscais 402.930 636.723 1.01.08.03 Outros 63.651 70.662 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 183.309 412.679 1.01.08.03.03 Outros ativos 63.651 70.662 2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a 93.983 299.927 Pagar 2.01.03.01.02 Demais Obrigações Federais 89.326 112.752 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 214.857 219.155 TOTAL ATIVO OPERACIONAL 6.218.978 5.279.525 2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 4.764 4.889 2.01.06 Provisões 67.059 67.635 2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas 67.059 67.635 e Cíveis 2.01.06.01.04 Provisões Cíveis 36.647 30.868 2.01.06.01.05 Provisões Trabalhistas 30.412 36.767

TOTAL PASSIVO OPERACIONAL 2.101.657 2.093.025

PASSIVO A LONGO PRAZO ATIVO A LONGO PRAZO 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 1.966.508 751.011 1.02.01.07 Tributos Diferidos 276.925 214.505 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.070.575 351.011 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social 276.925 214.505 2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 1.070.575 311.152 Diferidos 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 673.958 89.553 2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 0 39.859 1.02.01.10.04 Tributos a recuperar 661.111 73.345 2.02.01.02 Debêntures 895.933 400.000 1.02.01.10.05 Outros ativos 12.847 16.208 2.02.01.03 Financiamento por Arrendamento 0 0 1.02.03 Imobilizado 3.854.298 3.808.400 2.02.02 Outras Obrigações 1.486.111 1.315.787 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 1.856.380 1.974.380 2.02.02.02 Outros 1.486.111 1.315.787 1.02.03.02 Direito de Uso em Arrendamento 1.700.038 1.634.690 2.02.02.02.04 Outras obrigações 24.804 24.111 1.02.03.03 Imobilizado em Andamento 297.880 199.330 2.02.02.02.05 Arrendamentos a pagar 1.365.804 1.291.676 1.02.04 Intangível 940.636 784.235 2.02.02.02.06 Fornecedores 95.503 0 1.02.04.01 Intangíveis 823.957 667.556 2.02.03 Tributos Diferidos 0 5.287 1.02.04.01.02 Demais intangíveis 823.957 667.556 2.02.03.01 Imposto de Renda e Contribuição Social 0 5.287 Diferidos 1.02.04.02 Goodwill 116.679 116.679 2.02.04 Provisões 55.237 24.481 2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas 55.237 24.481 e Cíveis TOTAL ATIVO A LONGO PRAZO 5.745.817 4.896.693 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 22.387 24.481 2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 4.258 0 2.02.04.01.05 Provisões Trabalhistas 28.592 0

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2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 5.501.316 4.691.019 2.03.01 Capital Social Realizado 3.805.326 3.795.634 2.03.02 Reservas de Capital -25.430 38.678 2.03.02.04 Opções Outorgadas 94.031 74.227 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -119.461 -35.549 2.03.04 Reservas de Lucros 1.694.515 869.896 2.03.04.01 Reserva Legal 109.768 54.955 2.03.04.07 Reserva de Incentivos Fiscais 162.812 97.539 2.03.04.08 Dividendo Adicional Proposto 191 282.546 2.03.04.10 Reserva para Investimento e Expansão 1.421.744 434.856 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2.03.07 Ajustes Acumulados de Conversão 2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 26.905 -13.189 TOTAL PASSIVO A LONGO PRAZO 9.009.172 6.787.585

Apêndice B: Balanço Reclassificado - Financeiro Cia. Hering S.A. BALANÇO FINANCEIRO ATIVO FINANCEIRO 01/01/2020 à 01/01/2019 à PASSIVO FINANCEIRO 01/01/2020 à 01/01/2019 à 31/12/2020 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2019 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 467.842 364.824 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 230.720 26.779 1.01.03.02.02 Instrumentos financeiros 0 1.419 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 207.967 0 derivativos 2.01.04.01.0 Em Moeda Nacional 207.967 0 1 2.01.04.03 Financiamento por Arrendamento 22.753 26.779 2.01.04.03.0 Passivo de arrendamento 22.753 26.779 1 2.01.05 Outras Obrigações 27.785 18.445 TOTAL ATIVO FINANCEIRO 467.842 366.243 2.01.05.02 Outros 27.785 18.445 2.01.05.02.0 Dividendos e JCP a Pagar 972 807 1

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2.01.05.02.0 Dividendo Mínimo Obrigatório a Pagar 16.642 0 2 2.01.05.02.0 Obrigações por Incentivos Fiscais 0 3 4 2.01.05.02.0 Parcelamentos Tributários e Previdenciários 363 500 5 2.01.05.02.0 Outras Contas aPagar 9.145 17.135 6 2.01.05.02.0 Instrumentos Financeiros Derivativos 663 0 7

TOTAL PASSIVO FINANCEIRO 258.505 45.224 ATIVO OPERACIONAL 1.01.03 Contas a Receber 443.894 458.856 PASSIVO OPERACIONAL 1.01.03.01 Clientes 431.802 441.508 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 35.572 36.337 1.01.03.02 Outras Contas a Receber 12.092 17.348 2.01.01.01 Obrigações Sociais 11.146 12.478 1.01.03.02.01 Outras Contas a Receber 12.092 17.348 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 24.426 23.859 1.01.04 Estoques 373.266 322.824 2.01.02 Fornecedores 259.701 187.008 1.01.06 Tributos a Recuperar 140.224 63.239 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 212.827 161.856 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 140.224 63.239 2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 46.874 25.152 1.01.07 Despesas Antecipadas 4.054 2.453 2.01.03 Obrigações Fiscais 29.639 24.830 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 15.357 12.821 TOTAL ATIVO OPERACIONAL 961.438 847.372 2.01.03.01.0 Imposto de Renda e Contribuição Social a 232 136 1 Pagar 2.01.03.01.0 Pis e Cofins a Recolher 9.236 9.262 2 2.01.03.01.0 Imposto de Renda Retido na Fonte a 4.786 2.776 3 Recolher 2.01.03.01.0 Outros 1.103 647 4 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 14.282 12.009 2.01.06 Provisões 50.651 31.804 2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias 3.120 2.420 Trabalhistas e Cíveis 2.01.06.01.0 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 3.120 2.420 2 2.01.06.02 Outras Provisões 47.531 29.384 2.01.06.02.0 Provisões para Despesas Comerciais 42.236 24.431 4 2.01.06.02.0 Provisões para Despesas Administrativas 5.225 4.882 5

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2.01.06.02.0 Provisões para Participação nos Resultados 70 71 6

TOTAL PASSIVO OPERACIONAL 375.563 279.979

PASSIVO A LONGO PRAZO 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 60.706 38.704 2.02.01.03 Financiamento por Arrendamento 60.706 38.704 ATIVO A LONGO PRAZO 2.02.01.03.0 Passivo de arrendamento 60.706 38.704 1 1.02.01.03 Aplicações Financeiras Avaliadas 5.194 5.064 2.02.02 Outras Obrigações 9.643 8.657 ao Custo Amortizado 1.02.01.03.01 Títulos Mantidos até o Vencimento 5.194 5.064 2.02.02.02 Outros 9.643 8.657 1.02.01.04 Contas a Receber 33.661 39.267 2.02.02.02.0 Obrigações por Incentivos Fiscais 490 490 3 1.02.01.04.01 Clientes 3.589 10.876 2.02.02.02.0 Parcelamentos Tributários e Previdenciários 1.140 1.233 4 1.02.01.04.02 Outras Contas a Receber 30.072 28.391 2.02.02.02.0 Benefícios a empregados 6.116 5.769 7 1.02.01.07 Tributos Diferidos 66.463 59.041 2.02.02.02.0 Outras contas a pagar 1.897 1.165 8 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição 66.463 59.041 2.02.04 Provisões 13.890 12.812 Social Diferidos 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 435.767 103.302 2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias 13.786 12.708 Trabalhistas e Cíveis 1.02.01.10.04 Impostos a Recuperar 346.261 27.399 2.02.04.01.0 Provisões Fiscais 2.778 2.737 1 1.02.01.10.05 Ativo de direito de uso 89.506 75.903 2.02.04.01.0 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 7.120 7.018 2 1.02.03 Imobilizado 271.383 298.511 2.02.04.01.0 Provisões Cíveis 3.888 2.953 4 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 271.383 298.511 2.02.04.02 Outras Provisões 104 104 1.02.04 Intangível 98.857 92.973 2.02.04.02.0 Provisões para Despesas Administrativas 104 104 4 1.02.04.01 Intangíveis 98.857 92.973 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 1.622.298 1.426.397 1.02.04.01.02 Intangíveis 98.857 92.973 2.03.01 Capital Social Realizado 381.166 381.166 2.03.02 Reservas de Capital -19.426 39.929 TOTAL ATIVO A LONGO PRAZO 911.325 598.158 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -66.968 -1.551 2.03.02.07 Plano de Opções de Ações 47.542 41.480 2.03.04 Reservas de Lucros 1.254.687 998.325 2.03.04.0 Reserva Legal 76.233 59.959 1

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2.03.04.0 Reserva de Retenção de Lucros 240.867 779 5 2.03.04.0 Reserva de Incentivos Fiscais 937.587 937.587 7 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 5.817 6.017 2.03.06.0 Correção Monetária de Ativos Próprios 5.817 6.017 1 2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 54 960 2.03.08.0 Ajuste de Avaliação Patrimonial - 54 960 1 Instrumentos financeiros hedge accounting TOTAL PASSIVO A LONGO PRAZO 1.706.537 1.486.570

Apêndice C: Balanço Reclassificado - Financeiro Lojas Americanas S.A. BALANÇO FINANCEIRO ATIVO FINANCEIRO 01/01/2020 à 01/01/2019 à PASSIVO FINANCEIRO 01/01/2020 à 01/01/2019 à 31/12/2020 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2019 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 14.009.152 6.291.718 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 2.775.892 2.753.194 1.01.02 Aplicações Financeiras 7.622.064 4.314.814 2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 1.832.909 2.113.377 1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a 7.622.064 4.314.814 2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 1.683.592 2.095.764 Valor Justo através do Resultado 1.01.02.01.02 Títulos Designados a Valor Justo 7.622.064 4.314.814 2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 149.317 17.613 2.01.04.02 Debêntures 415.786 199.662 2.01.04.03 Financiamento por 527.197 440.155 Arrendamento TOTAL ATIVO FINANCEIRO 21.631.216 10.606.532 2.01.05 Outras Obrigações 376.571 306.342 2.01.05.02 Outros 376.571 306.342 2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 370.963 296.000 2.01.05.02.04 Contas a pagar - combinação de 5.608 10.342 negócios

TOTAL PASSIVO FINANCEIRO 3.152.463 3.059.536

ATIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL 1.01.03 Contas a Receber 3.365.280 2.321.052 2.01.01 Obrigações Sociais e 190.227 172.157 Trabalhistas 1.01.03.01 Clientes 3.365.280 2.321.052 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 190.227 172.157 1.01.04 Estoques 4.122.456 3.558.531 2.01.02 Fornecedores 7.093.847 6.031.720

116

1.01.06 Tributos a Recuperar 1.240.146 1.243.798 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 7.093.847 6.031.720 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 1.240.146 1.243.798 2.01.03 Obrigações Fiscais 332.832 351.255 1.01.06.01.01 Imposto a recuperar 1.240.146 1.243.798 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 154.236 125.620 1.01.07 Despesas Antecipadas 65.174 46.594 2.01.03.01.01 Imposto de Renda e 91.322 80.224 Contribuição Social a Pagar 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 1.143.586 1.132.205 2.01.03.01.02 Cofins 38.958 28.952 1.01.08.03 Outros 1.143.586 1.132.205 2.01.03.01.03 Pis 8.458 6.286 1.01.08.03.02 Demais Contas a Receber 1.143.586 1.132.205 2.01.03.01.05 Outros 15.498 10.158 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 163.169 213.610 TOTAL ATIVO OPERACIONAL 9.936.642 8.302.180 2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 15.427 12.025 2.01.06 Provisões 1.318.687 943.154 2.01.06.01 Provisões Fiscais 35.208 40.471 Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 2.01.06.01.02 Provisões Previdenciárias e 26.461 33.231 Trabalhistas 2.01.06.01.04 Provisões Cíveis 8.747 7.132 2.01.06.01.05 Outros 0 108 2.01.06.02 Outras Provisões 1.283.479 902.683 2.01.06.02.04 Adiantamento Recebidos de 498.020 141.496 Clientes 2.01.06.02.05 Outros Passivos Circulantes 785.459 761.187

TOTAL PASSIVO OPERACIONAL 8.935.593 7.498.286

ATIVO A LONGO PRAZO PASSIVO A LONGO PRAZO 1.02.01.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a 47.162 193.451 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 19.232.853 15.075.213 Valor Justo através do Resultado 1.02.01.01.01 Títulos Designados a Valor Justo 47.162 193.451 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 12.833.589 7.856.978 1.02.01.07 Tributos Diferidos 1.630.765 1.338.031 2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 6.255.117 6.846.325 1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição 1.630.765 1.338.031 2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 6.578.472 1.010.653 Social Diferidos 1.02.01.09 Créditos com Partes Relacionadas 41.422 50.056 2.02.01.02 Debêntures 3.938.002 5.105.021 1.02.01.09.04 Créditos com Outras Partes 41.422 50.056 2.02.01.03 Financiamento por 2.461.262 2.113.214 Relacionadas Arrendamento 1.02.01.10 Outros Ativos Não Circulantes 2.831.555 2.490.593 2.02.02 Outras Obrigações 134.992 5.500 1.02.01.10.03 Depósitos Judiciais 414.613 427.289 2.02.02.02 Outros 134.992 5.500 1.02.01.10.04 Impostos a Recuperar 2.348.634 1.994.257 2.02.02.02.04 Contas a pagar - combinação de 134.992 5.500 negócios

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1.02.01.10.05 Outros 68.308 69.047 2.02.04 Provisões 382.984 250.633 1.02.03 Imobilizado 6.860.408 6.315.478 2.02.04.01 Provisões Fiscais 295.341 246.827 Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 4.028.313 4.094.344 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 113.545 110.319 1.02.03.02 Direito de Uso em Arrendamento 2.832.095 2.221.134 2.02.04.01.02 Provisões Previdenciárias e 134.026 86.864 Trabalhistas 1.02.04 Intangível 4.730.291 3.972.720 2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 47.770 49.644 1.02.04.01 Intangíveis 4.730.291 3.972.720 2.02.04.02 Outras Provisões 87.643 3.806 1.02.04.01.02 Intangível 4.730.291 3.972.720 2.02.04.02.06 Demais Contas a Pagar 87.643 3.806 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 15.870.576 7.379.873 TOTAL ATIVO A LONGO PRAZO 16.141.603 14.360.329 2.03.01 Capital Social Realizado 12.014.779 4.009.961 2.03.02 Reservas de Capital -751.672 102.534 2.03.02.05 Ações em Tesouraria -44.545 -44.545 2.03.02.07 Reserva de Capital 178.496 153.934 2.03.02.08 Ágio em Transações do Capital -737.834 -42.246 2.03.02.09 Ajustes de Avaliação Patrimonial -147.789 35.391 2.03.04 Reservas de Lucros 1.048.306 1.055.136 2.03.04.01 Reserva Legal 108.904 89.204 2.03.04.10 Reserva para Novos 939.402 965.932 Empreendimentos 2.03.09 Participação dos Acionistas Não 3.559.163 2.212.242 Controladores

TOTAL PASSIVO A LONGO PRAZO 35.621.405 22.711.219

Apêndice D: Demonstração de Resultado Exercício com Análise Horizontal – Lojas Renner S.A. LOJAS RENNER S.A.

DF’s Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil) Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício AH% Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019

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3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 7.537.180 9.588.437 -21,39% 3.01.01 Receita líquida com vendas de mercadorias 6.660.571 8.474.693 -21,41% 3.01.02 Receita líquida com produtos e serviços financeiros 876.609 1.113.744 -21,29% 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -3.223.570 -3.730.521 13,59% 3.02.01 Custo das vendas com mercadorias -3.201.309 -3.707.306 13,65% 3.02.02 Custo dos produtos e serviços financeiros -22.261 -23.215 4,11% 3.03 Resultado Bruto 4.313.610 5.857.916 -26,36% 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -3.456.731 -4.181.539 17,33% 3.04.01 Despesas com Vendas -2.468.018 -2.505.821 1,51% 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -885.233 -879.264 -0,68% 3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos -412.636 -381.049 -8,29% 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 815.120 87.384 832,80% 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -505.964 -502.789 -0,63% 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 856.879 1.676.377 -48,89% 3.06 Resultado Financeiro 343.882 -184.395 -286,49% 3.06.01 Receitas Financeiras 712.925 74.422 857,95% 3.06.02 Despesas Financeiras -369.043 -258.817 -42,59% 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.200.761 1.491.982 -19,52% 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -104.492 -405.781 74,25% 3.08.01 Corrente -162.813 -472.822 65,57% 3.08.02 Diferido 58.321 67.041 -13,01% 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 1.096.269 1.086.201 0,93% 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 1.096.269 1.086.201 0,93% 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 1.096.269 1.086.201 0,93% 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação) 3.99.01 Lucro Básico por Ação 3.99.01.01 ON 1,3828 1,4142 -2,22% 3.99.02 Lucro Diluído por Ação 3.99.02.01 ON 1,3795 1,4079 -2,02%

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Apêndice E: Demonstração de Resultado Exercício com Análise Horizontal – Cia. Hering S.A. CIA. HERING S.A.

DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício AH% Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 1.073.495 1.549.159 -30,70% 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -653.890 -870.519 24,89% 3.03 Resultado Bruto 419.605 678.640 -38,17% 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -338.431 -502.407 32,64% 3.04.01 Despesas com Vendas -278.180 -359.579 22,64% 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -106.654 -115.359 7,55% 3.04.02.01 Remuneração dos Administradores -8.531 -9.190 7,17% 3.04.02.02 Gerais e Administrativas -43.879 -51.971 15,57% 3.04.02.03 Depreciação e Amortização -54.244 -54.198 -0,08% 3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos -20.398 -12.197 -67,24% 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 159.969 39.419 305,82% 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -93.168 -54.691 -70,35% 3.04.05.01 Participação no Resultado 0 0 0,00% 3.04.05.02 Outras Despesas Operacionais -93.168 -54.691 -70,35% 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 81.174 176.233 -53,94% 3.06 Resultado Financeiro 183.443 32.694 461,09% 3.06.01 Receitas Financeiras 245.849 68.450 259,17% 3.06.01.01 Receitas Financeiras 245.849 68.450 259,17% 3.06.02 Despesas Financeiras -62.406 -35.756 -74,53% 3.06.02.01 Despesas Financeiras -62.406 -35.756 -74,53% 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 264.617 208.927 26,66%

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3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 78.352 5.775 1256,74% 3.08.01 Corrente 71.315 -3.120 2385,74% 3.08.02 Diferido 7.037 8.895 -20,89% 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 342.969 214.702 59,74% 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 342.969 214.702 59,74% 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 342.969 214.702 59,74% 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação) 3.99.01 Lucro Básico por Ação 3.99.01.01 ON 2,1382 1,3271 61,12% 3.99.02 Lucro Diluído por Ação 3.99.02.01 ON 2,10612 1,30252 61,70%

Apêndice F: Demonstração de Resultado Exercício com Análise Horizontal – Lojas Americanas S.A. LOJAS AMERICANAS S.A.

DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado (Reais Mil)

Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício AH% Conta 01/01/2020 à 31/12/2020 01/01/2019 à 31/12/2019 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 21.291.412 18.956.331 12,32% 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -14.162.135 -12.061.659 -17,41% 3.03 Resultado Bruto 7.129.277 6.894.672 3,40% 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -5.693.376 -4.789.577 -18,87% 3.04.01 Despesas com Vendas -3.371.030 -2.841.996 -18,61% 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -1.995.424 -1.759.569 -13,40% 3.04.02.01 Depreciação e Amortização -1.683.980 -1.369.547 -22,96% 3.04.02.02 Outros -311.444 -390.022 20,15%

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3.04.05 Outras Despesas Operacionais -326.922 -188.012 -73,88% 3.04.05.01 Outras Despesas Operacionais -303.281 -145.818 -107,99% 3.04.05.02 Participação de Empregados e Diretores -23.641 -42.194 43,97% 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.435.901 2.105.095 -31,79% 3.06 Resultado Financeiro -1.128.188 -1.375.646 17,99% 3.06.01 Receitas Financeiras 624.374 968.058 -35,50% 3.06.02 Despesas Financeiras -1.752.562 -2.343.704 25,22% 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 307.713 729.449 -57,82% 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 7.216 -148.166 104,87% 3.08.01 Corrente -152.669 -180.225 15,29% 3.08.02 Diferido 159.885 32.059 398,72% 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 314.929 581.283 -45,82% 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 314.929 581.283 -45,82% 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 394.008 704.054 -44,04% 3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores -79.079 -122.771 35,59% 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação) 3.99.01 Lucro Básico por Ação 3.99.01.01 ON 0,22731 0,43856 -48,17% 3.99.01.02 PN 0,22731 0,43856 -48,17% 3.99.02 Lucro Diluído por Ação 3.99.02.01 ON 0,22648 0,43683 -48,15% 3.99.02.02 PN 0,22648 0,43683 -48,15%