Normando Carneiro

OS COMPOSITORES E SEU TEMPO Normando Carneiro

Natal 2018

1 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

Vivaldi, Antonio (1678-1741) Compositor e violinista italiano, o mais influente de sua época.

Nasceu em 04/03/1678 em Veneza, estudou com seu pai, violinista na catedral de San Marcos. Ordenou-se sacerdote em 1703, chamavam-no interprete russo (o cura ruivo), e começou a ensinar no Ospedale della Pietá que era um estabelecimento para meninas órfãs. Trabalhou ali como diretor musical até 1740, como professor e compunha concertos e oratórios para os concertos semanais através dos que conseguiu uma fama internacional. A partir de 1713 Vivaldi também trabalhou como compositor e empresário de óperas em Veneza e viajava a Roma, Mantua e outras cidades para supervisionar as representações de suas óperas. Para 1740 entrou ao serviço do corte do imperador Carlos VI em Viena. Faleceu nesta cidade o 28 de julho de 1741.

Composições Vivaldi escreveu mais de 500 concertos e 70 , 45 óperas, música religiosa como o oratório Judithatriumphans (1716), a Glória em re (1708), missas e motetes. Suas sonatas instrumentais são mais conservadoras que seus concertos e sua música religiosa com frequencia reflete o estilo operístico da época e a alternância de orquestra e solistas que ajudou a introduzir nos concertos. Johann SebastianBach, contemporâneo seu, embora algo mais jovem, estudou a obra de Vivaldi em seus anos de formação e de alguns dos concertos para violino e sonatas de Vivaldi só existem as transcrições (em sua maior parte para clavecín) de Bach.

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Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21/03/1685 — Leipzig, 28/07/1750) Compositor, cravista, Kapellmeister, regente, organista, professor violinista e violista oriundo do Sacro Império Romano-Germânico, atual Alemanha.

Bach foi um dos mais prolíficos compositores do ocidente. O número exato de suas obras é desconhecido, mas o catálogo BWV assinala mais de mil composições, entre elas inúmeras peças com vários movimentos e para extenso conjunto de executantes. A vastidão de sua Obra fica ainda mais óbvia quando se sabe que possivelmente metade dela se perdeu ao longo do tempo. Entretanto, é difícil imaginar que qualquer redescoberta que venha a acontecer altere significativamente o imenso prestígio de que desfruta na atualidade. De fato, Bach era infatigável, tanto em seu estudo e cópia da produção européia antiga e coeva – especialmente de italianos e franceses, construindo uma considerável biblioteca musical privada – como em seu trabalho autoral, em suas atribuições oficiais e em suas várias peregrinações a pé para ouvir músicos importantes. Com modéstia, certa feita declarou que qualquer um que se esforçasse como ele se esforçou atingiria os mesmos resultados.

Os ingredientes do gênio são de análise problemática, mas as fontes do seu estilo são bem conhecidas. A primeira delas é, naturalmente, a tradição de música polifônica alemã do século XVII, que para muitos de seus contemporâneos – adeptos do novo “estilo galante”, como também é apelidado o Rococó – era já ultrapassada e por demais complexa e impopular. Entre os autores alemães que lhe foram forte referência se contam Buxtehude, Reincken, Bruhns, Lübeck, Böhm,Pachelbel, Krieger, Kuhnau, Zach ow, Froberger e Kerll. Embora o contraponto seja um elemento fundamental em seu estilo, Bach conseguiu, segundo Hindley, uma notável e inigualada síntese entre a polifonia e a homofonia. Outras fontes vitais para Bach foram a produção francesa e a italiana, em particular através das obras de Marais, Raison, Couperin, Grigny, Albinoni, Frescobaldi, Battiferri e Bonporti.

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Além de um grande dom para a melodia, suas harmonias são ricas,audaciosas e sutis, e ele tinha um poderoso senso de arquitetura e forma, possibilitando-lhe construir estruturas de largo fôlego, com impressionante capacidade de controlar a evolução do discurso musical para conduzi-lo a um clímax impactante e expressivo, muitas vezes conseguido por uma sucessão cumulativa de pequenos elementos repetidos e variados. Seu interesse em novos resultados sonoros ficou patenteado em inúmeras ocasiões, quando transcreveu e arranjou obras suas ou de outros compositores de um meio para outro muito diferente.

Monograma pessoal de Bach, entrelaçando as iniciais de seu nome O teclado foi a base do aprendizado de Bach, e também o meio preferencial pelo qual instruiu seus alunos. Tornou-se um requisitado professor ainda em Weimar, e em Leipzig suas atividades docentes se aprofundaram. H. N. Gerber, que estudara com ele, disse que seu método de ensino introduzia gradualmente uma enorme variedade de técnicas de composição geral, ao mesmo tempo em que educava o gosto e aperfeiçoava as capacidades de interpretação do aluno. Costumava segundo este relato, iniciar o ensino com suas Invenções e Suítes Francesas e Inglesas, e concluía o curso com os prelúdios e fugas do Cravo Bem Temperado. Estas coleções constituem o núcleo estilístico da música bachiana.

Tem sido muito citado gosto de Bach pelo uso de simbologias numéricas de conotações esotéricas e religiosas em intervalos, proporções e na construção de melodias e estruturas, e embora isso tenha sido provada em alguns casos, a matéria é extremamente polêmica, dá margem a uma variedade infinita de conclusões, quase todas hipotéticas e muitas vezes contradizendo-se mutuamente, e de acordo com Geck demorar-se neste tópico, tentando-se decifrar as minúcias de cada frase musical ou de cada intervalo em termos de combinações matemáticas não acrescentam muito à compreensão de suas intenções musicais. Numa abordagem mais ampla do assunto, porém, a pesquisa é válida, pois a concepção da música como uma ciência matemática ainda fazia parte do espírito do século XVIII e seguia uma tradição que remontava a Pitágoras. Na história da polifonia ocidental as formas rigorosas do contraponto sempre foram vistas como uma expressão no mundo da ordem divina da Criação. 4 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

Em seu tempo essa idéia começava a se fragmentar rapidamente em prol de uma concepção mais subjetiva e humana. A estruturação do discurso musical já dava grande importância à harmonização vertical dos sons sobre uma base fornecida pelo baixo contínuo, enfatizando a melodia da voz superior e abandonando a estruturação horizontal típica da antiga polifonia, onde todas as vozes tinham igual relevo. Neste sentido, Bach é uma figura de transição entre duas eras, sintetizando ambas as tendências, mas sua insistência nas formas polifônicas densas e complexas foi parte do motivo pelo qual sua música madura encontrou uma receptividade relativamente fraca e foi vista por alguns de seus contemporâneos como antiquada. Mas é fato que Bach era um luterano devoto e nenhuma análise de sua Obra será completa sem levarmos em conta a sua profunda religiosidade.

Em muitas partituras encontram-se as inscrições Jesu juva (Ajuda, Jesus!) ou Soli Deo gloria (Para a glória de Deus somente); sua biblioteca privada continha mais de oitenta obras teológicas, que não apenas lia, mas comentava em anotações marginais, e a despeito dos muitos elementos operísticos de suas cantatas, de origem profana, elas se erguem como monumentos à fé. Ainda mais marcantes nesse sentido são a Paixão segundo São Mateus e a Missa em si menor.

Lembre-se também que grande parte de sua produção para órgão nasceu com a função de ser executada durante o culto religioso. Por isso, mesmo sendo a fase mais difícil de sua vida, o período que passou em Leipzig, quando suas obras religiosas avultam e ele atinge a maturidade artística, pode ser visto como o seu momento de apogeu.

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PERÍODO CLÁSSICO Franz (Rohrau, 31/03/1732 — Viena, 31/05/1809)

Foi um dos mais importantes compositores do período clássico. Personifica o chamado "classicismo vienense" ao lado de e .

A posteridade apelidou este grupo como "Trindade Vienense". Para, além disso, é considerado como um dos autores mais importantes e influentes da história da música erudita ocidental com uma carreira que cobriu desde o fim do Barroco aos inícios do Classicismo. Ele é considerado a ponte e o motor que permitiram que esta evolução sucedesse. Era irmão do igualmente compositor Michael Haydn, colega de Mozart em Salzburgo, e do tenor Johann Evangelist Haydn, que mais tarde Joseph fará vir para Eszterhaza em 1763. Tendo vivido a maior parte da sua vida na Áustria, Haydn passou a maior parte de sua carreira como músico de corte para a rica família dos Eszterházy. Isolado de outros compositores, foi, segundo ele próprio, “forçado a ser original”. O seu gênio foi amplamente reconhecido durante a sua vida.

Wolfgang Amadeus Mozart batizado Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart;

(Salzburgo, 27/01/1756 – Viena 05/12/1791)

Foi um prolífico e influente compositor austríaco do período clássico.

Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza europeia, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando à adolescência, foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém as limitações da vida musical na cidade o impeliram a buscar um novo cargo em outras cortes, mas sem sucesso.

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Ao visitar Viena em 1781 com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão, optando por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além de seu . As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas. Deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos. Foi autor de mais de seiscentas obras, muitas delas referenciais na música sinfônica, concertante, operística, coral, pianística e camerística. Sua produção foi louvada por todos os críticos de sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. Hoje Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do ocidente conseguiu conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos, e sua imagem se tornou um ícone popular.

Mozart adotou, como todos os compositores clássicos, a forma como estrutura básica para a grande maioria dos movimentos mais importantes de suas composições. Esta forma tivera origens nas estruturas bipartidas de , que foram desenvolvidas por Carl Philipp Emanuel Bach e levadas a um estado de consolidação por Joseph Haydn, ora transformadas em uma estrutura simétrica e dividida em três seções bem definidas e contrastantes:

_ Uma exposição onde dois temas distintos são apresentados, o primeiro na tônica da peça, e o segundo na dominante;

_ Um desenvolvimento, onde os dois temas são explorados e combinados de várias maneiras,

_ E uma recapitulação, onde o material da exposição é retomado na forma de uma conclusão.

Os compositores clássicos não somente levaram a forma-sonata a um estágio de perfeição como contribuíram para aperfeiçoar também a sonataem vários movimentos, definida como uma peça em geral em quatro movimentos: o primeiro rápido, em forma-sonata, seguido de um movimento lento, um adagioou andante que tinha um caráter de canção.

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Depois vinha um minueto, uma peça leve derivada da música para dança, e encerravam a estrutura um rondò ouvariações, novamente em andamento rápido. As formas da forma-sonata e da sonata foram empregadas em todos os gêneros de composição, da música sacra à profana, instrumental ou vocal, na música para solo ou para grupos.

A música de Mozart é basicamente homofônica, definida em poucas palavras como uma linha melódica suportada por uma harmonia vertical, com um uso econômico de modulações e de dissonâncias, estas colocadas em pontos estratégicos e logo resolvidas.[82] Sua harmonia, sempre clara, é extremamente rica em sutilezas e soluções originais, e seu uso da dissonância, do desenho motívico e das dinâmicas atende a propósitos eminentemente expressivos. Seus ritmos são vivazes e sua compreensão das possibilidades texturais dos instrumentos é imensa. Ao mesmo tempo, usou recursos polifônicos abundantemente, incluindo o mais estrito deles, a fuga, em particular em suas missas.

Contudo, seu uso da fuga podia se abrir para liberdades formais, dependendo das características dos sujeitos (temas). As fugas com sujeitos longos são mais propensas a exibir feições tradicionais, enquanto as de sujeitos curtos são mais experimentais e seus perfis melódicos se encaixam melhor na estética clássica. Elas raramente cobrem todo um movimento, antes são comuns nas seções de conclusão, um procedimento entendido como uma enfatização retórica do discurso musical.

Na música instrumental as fugas rigorosas são raras, e os recursos polifônicos são estruturados como episódios dentro do arcabouço da forma- sonata. Mozart estudou com interesse as fugas de Bach e compôs diversas, e também entrou em contato com a música de Händel, igualmente rica em polifonia, de onde recebeu importante influência.

Sabe-se que Mozart entendia o processo de composição como uma atividade consciente, que devia ser empreendida com um propósito definido e de acordo com uma necessidade específica. Devaneios à espera de inspiração, ou um entendimento da inspiração como uma força externa, não tinham lugar no seu método.

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Contudo, isso não excluía a fantasia, nem impedia que seus sentimentos exercessem influência em seu trabalho. Seus contemporâneos não conheceram seus procedimentos de composição, sabiam apenas que ele compunha muito e rápido. Criou-se, porém um folclore, a partir de seus grandes dotes como improvisador e de algumas observações esparsas que ele mesmo fez, de que ele escrevia de forma instintiva, ou de que as músicas lhe vinham prontas à mente e depois apenas as transcrevia mecanicamente à partitura, sem necessidade de correções, ou que compusesse sem qualquer ajuda de instrumentos, mas essa percepção, confrontada com um grande corpo de outras evidências contrárias, em grande parte não sobrevive. É certo, por outro lado, que ele possuía uma memória e capacidades intelectuais prodigiosas.

Em uma carta afirmou que elaborava uma composição mentalmente enquanto escrevia outra já pronta no papel, mas em outras deu detalhes a respeito de meditações prolongadas planejando obras, e de seu esforço considerável até que elas resultassem a contento. Seu estado de consciência agudamente ativo quando se tratava de música é relatado em carta a seu pai, dizendo que pensava em música todo o dia, e que gostava de experimentar, estudar e refletir.

Seu procedimento padrão, a partir das análises dos manuscritos e de seus relatos, era o seguinte: em primeiro lugar concebia uma idéia e usava sua fantasia para defini-la, em seguida experimentava-a ao piano - dizia que sem um piano não conseguia compor, ou só o fazia com dificuldade. A próxima etapa envolvia a comparação de sua idéia como modelos de outros compositores, e então anotava um primeiro esboço no papel, muitas vezes de forma críptica, para que ninguém entendesse o que ele estava planejando.

Outros esboços mais completos se seguiam, detalhando a progressão harmônica da estrutura e suas linhas melódicas principais, bem como delineando a linha de baixo, sobre a qual o restante era construído. Anotava temas subsidiários para futuro aproveitamento, e dali a obra começava a tomar sua forma definitiva. A última etapa consistia na orquestração, que definia a sonoridade final da peça.

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Ao contrário das lendas que descreveram Mozart como um prodígio inato, o vasto conhecimento que tinha da cultura musical européia de seu tempo e de épocas anteriores foi decisivo para a formação de seu estilo pessoal.

Seu gosto pelas nuanças sutis e delicadas, seu hábil uso do espectro tonal para dar cores mais ricas à harmonia, e a flexibilidade de seu estilo evitaram que sua forte veia lírica penetrasse nos excessos do Romantismo. Mesmo em ocasiões em que expressou a tragédia da existência humana, temperou o drama recusando qualquer afetação.

Cultivando o equilíbrio, o charme e a graça característicos do Classicismo, sua obra não obstante possui grande vivacidade, expressividade e força, apresentando suas idéias sempre uma forma clara e direta. Sua produção é enorme, multifacetada e aqui só pode ser abordada sumariamente em seus gêneros principais, incluindo cerca de vinte óperas, dezessete missas, um réquiem, 29 concertos para piano, vários concertos para instrumentos diversos, 27 quartetos e seis quintetos de cordas, 41 sinfonias e grande número de composições menores em várias formações.

O Catálogo Köchel lista 630 peças de sua autoria, mas ocasionalmente outras têm sido redescobertas.

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Ludwig van Beethoven (Bonn, batizado em 17 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827)

Foi um compositor alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos.

O resumo de sua obra é a liberdade", observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida. OBRA:

 Nove sinfonias, a Nona, foi sua sinfonia que o consagrou no mundo  Cinco concertos para piano  Concerto para violino  "Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo e orquestra  32 sonatas para piano (ver abaixo relação completa das sonatas):  16 quartetos de cordas  1 septeto de cordas para piano  Dez sonatas para violino e piano  Cinco sonatas para violoncelo e piano  Doze trios para piano, violino e violoncelo  "Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, entre as quais a famosíssima Bagatela para piano "Für Elise" ("Para Elisa")  Missa em Dó Maior  Missa em Ré Maior ("Missa Solene")  Oratório "Christus am Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras")  "Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e orquestra  Aberturas  Danças  Ópera Fidelio  Canções

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O compositor:

A busca pelo homem Beethoven e suas relações com a sociedade passa por uma série de obstáculos. O primeiro deles é a desconstrução da imagem do herói romantizado que chegou até nós. O heroísmo beethoveniano foi uma construção social. Se de fato podemos corroborar em partes com a imagem do homem intempestivo, determinado, misantropo, comprometido com os ideais revolucionários, é importante sublinharmos que muitas das leituras acerca de suas atitudes são comprometidas com uma visão de uma burguesia então em construção. O assim chamado gênio beethoveniano é muito mais complexo contraditório e, em certo sentido, fascinante.

Tomemos como base os ideais políticos de Beethoven. A imagem do homem em eterna luta contra o ancién regime pode distorcer fatos importantes da carreira de um músico provinciano que chegou ao sucesso máximo na capital mundial da música, Viena. Se é fato que Beethoven possuía certo sentimento burguês, antenado à ideologia construída pelo aufklärung, é também fato que a sua concepção dos ideais burgueses era um tanto contraditória. Como bem aponta o biógrafo Maynard Solomon em sua biografia do compositor, o comportamento do jovem Beethoven em Bonn era de um jovem músico de corte exemplar, um servidor zeloso do eleitorado (1987, p. 65).

O compositor desafiador da elite aristocrática, respondão e desdenhoso, existiu de certa maneira, mas deve ser compreendido à luz de um homem que, considerando ele mesmo por mérito próprio pertencente a uma casta de homens superiores (1987, p. 132), poderia alimentar essa ilusão com este comportamento. Dono, no entanto, de um senso perspicaz dos limites de sua autonomia sabia quando recuar e como se fazer amado pela aristocracia (1987, p. 94).

Tendo mantido relações amigáveis com a aristocracia até o fim da vida, onde moraria, portanto, a imagem do homem revolucionário que hojealimentamos? O iluminismo de Beethoven era, de fato, curiosamente contraditório.

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Se seu conceito de Aufklärung se desenvolveu em torno de amizades envolvidas profundamente na “causa iluminista”, como seus amigos conterrâneos da Ordem dos Iluminados (ordem que surgiu ao ser suprimida a ordem maçônica por decreto da imperatriz Maria Tereza), é também fato que Beethoven era fruto de uma sociedade que participava destes ideais travestidos pelo eleitor Max Franz, à maneira do iluminismo cultivado pelos “déspotas esclarecidos”.

Solomon ainda aponta que a concepção de aufklärung que Beethoven possuía foi concebida dentro de uma visão superficial do assunto, através de leituras de livros populares que simplificavam as idéias de filósofos como Kant (1987, p. 67). O biógrafo ainda cita que Beethoven absorveu muito do que sabia acerca do tema através de conversas informais com amigos ligados à questão, tendo criado sua visão do Auflkärung através de simples frases feitas (1987, p. 68).

O que, no entanto, mais interessa na concepção filosófico-política de Beethoven é que o culto iluminista do compositor pouco possuía de um verdadeiro ímpeto revolucionário, ou mesmo certo jacobinismo que determinadas leituras da vida de Beethoven insistem em exagerar. Até mesmo sua simpatia com a revolução francesa não assumiu o caráter ideologizado que temos hoje dela. Beethoven não deixou de condenar as conseqüências da revolução. Mesmo o heroísmo que ele concebia se assemelhava, ainda segundo Solomon (1987, p. 71), ao culto de heróis aristocratas que lutavam contra a opressão, uma espécie de príncipe salvador, ou seja, um déspota esclarecido.

O espírito revolucionário de Beethoven respondia muito mais ao desejo de se livrar de determinadas figuras específicas, determinados déspotas, do que varrer a aristocracia da Europa. Tudo isso, contraditoriamente, permanecendo fiel aos seus ideais de liberdade e justiça. Isso nos ajuda a esclarecer determinados comportamentos contraditórios de Beethoven, geralmente apagados da sua imagem mais burguesamente ideologizada. Beethoven jamais rompeu completamente com o círculo aristocrático. Pelo contrário, como já citamos, continuou em contatos com seus membros mais próximos, muitos antigos mecenas, mesmo quando a situação financeira e o poder político destes homens já haviam decaído.

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O livre mercado musical, que os compositores foram lançados com a progressiva perda de poder da aristocracia vienense, trazia insegurança a Beethoven que, apesar dos ganhos em liberdades enquanto artista livre teve que se haver por toda a sua vida com as exigências comerciais do mercado (1987, p. 101).

Beethoven jamais abandonou a esperança de conseguir um cargo estável em alguma corte, como mostra uma carta do compositor citada por Solomon, datada de 1823 endereçada ao Conde Moritz Dietrichstein, quando soube da morte do compositor da corte: “Tomei conhecimento de que o cargo de Real e Imperial Compositor de Música e de Câmara, o qual era ocupado por Teyber, vai ser novamente preenchido e me apraz concorrer ao mesmo, particularmente se, como imagino, um dos requisitos é fornecer ocasionalmente composições para a Corte Imperial” (1987, p. 364).

Como podemos ver, fruto de uma época em profunda transformação, Beethoven carregava em si as contradições do período. Visto sob a aura de suas criações e de sua figura, muito da vida, carreira e pretensões do compositor se apaga. É somente restituindo Beethoven à sociedade e à história, ao invés de adotar somente uma visão estética e ideológica, que podemos alcançar a profundidade máxima deste personagem tão paradigmático para o universo musical.

Referência: SOLOMON, M. Beethoven. : Jorge Zahar, 1987.

PERÍODO ROMÂNTICO

A música do romantismo é aquela composta segundo os princípios da estética do romantismo, predominante durante o século XIX. Na história da música, corresponde ao período que se seguiu ao classicismo.

A Sinfonia nº 3 (Eroica), de Beethoven, obra de 1804, é por vezes considerada como o marco do fim do período clássico e do começo da música romântica. Mas alguns musicólogos situam o início do romantismo na música já no final do século XVIII, enquanto outros consideram que o período romântico tem início por volta de1810), ano em que o termo "romântico", antes apenas aplicado ao movimento literário, foi usado para qualificar Beethoven por E.T.A.

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Hoffmann (1776-1822), nos seus ensaios sobre a Sinfonia nº 5. Já o final do romantismo na música é situado entre 1880 e 1910, a depender do autor.

A época do romantismo musical coincide com o romantismo na Literatura, Filosofia e Artes Plásticas. A ideia geral do romantismo é que a verdade não poderia ser deduzida a partir de axiomas. Certas realidades só poderiam ser captadas através da emoção, do sentimento e da intuição. Por essa razão, a música romântica é caracterizada pela maior flexibilidade das formas musicais e procurando focar mais o sentimento transmitido pela música do que propriamente a estética, ao contrário do classicismo. No entanto, os gêneros musicais clássicos, tais como a sinfonia e o concerto, continuaram sendo escritos.

DEMAIS PERÍODOS

A partir do Romantismo, seria difícil aqui falar isoladamente sobre cada um dos compositores até nossos dias. Isso daria um livro e que livro... No entanto, segue abaixo apenas o nome, sob uma lista compacta daqueles que ficaram para a história:

ROMANTISMO

 Ludwig van Beethoven (1770 -  Piotr Ilyitch Tchaikovsky (1840 - 1893) 1827) (último período)  (1841 - 1894)  John Field (1782 - 1837)  Alexander Sergeievitch Famintzin (1841 - 1896)  Niccolò Paganini (1782 - 1840)  Antonín Dvořák (1841 - 1904)  Daniel-François-Esprit Auber (1782 - 1871)  Mykola Lysenko (1842 - 1912)  Louis Spohr (1784 - 1859)  (1842 - 1912)  Saverio Mercadante (1785 - 1870)  Arrigo Boito (1842 - 1918)  George Frederick Pinto (1786 - 1806)  Pablo Martin Meliton de Sarasatey Navascuez (1844 - 19  (1786 - 1826)  Gabriel Fauré (1845 - 1924)  Ferdinand Hérold (1791 - 1833)  Augusto Machado (1845 - 1925)  Franz Xaver Wolfgang Mozart (1791 - 1844)  Otto Valdemar Malling (1848 - 1915)  Carl Czerny (1791 - 1857)  Henri Duparc (1848 - 1933)  Giacomo Meyerbeer (1791 - 1864)  Zdenek Fibich (1850 - 1900)  Gioacchino Rossini (1792 - 1868)  Alfredo Keil (1850 - 1907)  Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865)  Stanislao Falchi (1851 - 1922)  Franz Berwald (1796 - 1868)  Vincent d’Indy (1851 - 1931)  Carl Loewe (1796 - 1869)  Francisco Tarrega (1852 - 1909)

15 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

(1797 - 1828)  André Messager (1853 - 1929)  Gaetano Donizetti (1797 - 1848)  Paul Pabst (1854 - 1897)  (1801 - 1835)  Ernest Chausson (1855 - 1899)  Josef Lanner (1801 - 1843)  Anatole Liadov (1855 - 1914)  Albert Lortzing (1801 - 1851)  Ruggiero Leoncavallo (1857 - 1919)  Adolphe Charles Adam (1803 - 1856)  Giacomo Puccini (1858 - 1924)  (1803 - 1869)  Eugène Ysaÿe (1858 - 1931)  Johann Strauss I (1804 - 1849)  Isaac Albéniz (1860 - 1909)  Juan Crisóstomo de Arriaga (1806 - 1826)  (1860 - 1911)  Felix Mendelssohn (1809 - 1847)  Ignacy Jan Paderewski (1860 - 1941)  Frédéric Chopin (1810 - 1849)  Gustave Charpentier (1860 - 1956)  Robert Schumann (1810 - 1856)  Anton Stepanovitch Arensky (1861 - 1906)  Franz Liszt (1811 - 1886)  Spiro Samara (1861 - 1917)  (1813 - 1883)  Frederick Delius (1862 - 1934)  (1813 - 1901)  Gabriel Pierné (1863 - 1937)  Niels Wilhelm Gade(1817 – 1890)  Pietro Mascagni (1863 - 1945)  Charles Gounod (1818 - 1893)  Alexandre Levy (1864 - 1892)  Jacques Offenbach (1819 - 1880)  Alberto Nepomuceno (1864 - 1920)  José Maria Xavier (1819 - 1887)  Albéric Magnard (1865 - 1914)  Henri Vieuxtemps (1820 - 1881)  (1865 - 1935)  Giovanni Bottesini (1821 - 1889)  Aleksandr Konstantinovitch Glazunov (1865 - 1936)  César Franck (1822 - 1890)  Emile Jaques-Dalcroze (1865 - 1950)  Edouard Lalo (1823 - 1892)  Vassili Kalinnikov (1866 - 1901)  Bedrich Smetana (1824 - 1884)  (1866 - 1924)  Anton Bruckner (1824 - 1896)  Erik Satie (1866 - 1925)  Johann Strauss (1825 - 1899)  Francesco Cilea (1866 - 1950)  Franz Holstein (1826 - 1878)  (1867 - 1916)  Louis Moreau Gottschalk (1829 - 1869)  Umberto Giordano (1867 - 1948)  Aleksandr Borodin (1833 - 1887)  (1867 - 1950)  Johannes Brahms (1833 - 1897)  José Vianna da Motta (1868 - 1948)  Amilcare Ponchielli (1834 - 1886)  Guillaume Lekeu (1870 - 1894)  Manuel Fernández Caballero (1835 - 1906)  Franz Lehar (1870 - 1948)  César Cui (1835 - 1918)  Viteslav Novak (1870 - 1949)  Camille Saint-Saëns (1835 - 1921)  Alexander von Zemlinsky (1872 - 1942)  Léo Delibes (1836 - 1891)  (1872 - 1958)  Antônio Carlos Gomes (1836 - 1896)  Hugo Alfvén (1872 - 1960)  (1838 - 1875)  Sergei Rachmaninoff (1873 - 1943)  Max Bruch (1838 - 1920)  Franco Faccio (1840 - 1891) 

16 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

PÓS ROMANTISMO  Dirk Schafer (1873 - 1931)

 Gustav Holst (1874 - 1934)  Hugo Wolf (1860 - 1903)  Arnold Schönberg (1874 - 1951)  Gustav Mahler (1860 - 1911)  Josef Suk (1874 - 1935)  (1864 - 1949)  Samuel Coleridge-Taylor (1875 - 1912) IMPRESSIONISMO  Franco Alfano (1875 - 1954)

(1862 - 1918)  Mieczysław Karlowicz (1876 - 1909)  (1875 - 1937)  (1876 - 1946)  Ernö Dohnányi (1877 - 1960) NACIONALISMO  Franz Schrecker (1878 - 1934)

(1837 - 1910)  Julio Salvador Sagreras (1879 - 1942)  (1804 - 1857)  Joseph Canteloube (1879 - 1957)  (1839 - 1881)  Otto Olsson (1879 - 1964)  Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 - 1908)  Ernest Bloch (1880 - 1959)  (1872 - 1915)  Healey Willan (1880 - 1968)  Leoš Janáček (1854 - 1928)  Béla Bartók (1881 - 1945)  Edward Grieg (1843 - 1907)  Nikolai Miaskovski (1881 - 1950)  (1865 - 1931)  (1881 - 1955)  (1865 - 1957)  Zoltán Kodály (1882 - 1967)  (1874 - 1954)  (1882 - 1971)  (1857 - 1934)  Gian Francesco Malapiero (1882 - 1973)  Anton Von Webern (1883 - 1945) SÉCULO XX E XXI  Alfredo Casella (1883 - 1947)

 Silvio Barbato (1959 - 2009)  Manolis Kalomiris (1883 - 1962)  Leoš Janáček (1854 - 1928)  Edgar Varèse (1883 - 1965)  Savino de Benedictis (1883 - 1971)  Gustave Charpentier (1860 - 1956)  Floro Manuel Ugarte (1884 - 1975)  Ceslovas Sasnauskas (1864 - 1916)  (1885 - 1935)  Carl Nielsen (1865 - 1931)  Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959)  Paul Dukas (1865 - 1935)  Nadia Boulanger (1887 - 1979)  Ferruccio Busoni (1866 - 1924)  Ruy Coelho (1889 - 1986)  Erik Satie (1866 - 1925)  Luís de Freitas Branco (1890 - 1955)  Enrique Granados (1867 - 1916)  Bohuslav Martinů (1890 - 1959)  Siegfried Wagner (1869 - 1930)  Jacques Ibert (1890 - 1962)  (1869 - 1937)  Frank Martin (1890 - 1974)  Amadeo Vives (1871 - 1932)  Ernesto Joaquim Mª dos Santos (1890 - 1974)  Alexander Scriabin (1872 - 1915)  (1891 - 1953)  Alexander von Zemlinsky (1872 - 1942)  (1892 - 1955)  Ralph Vaughan Williams (1872 - 1958)

 Charles Quef (1873 - 1931)

17 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

(1892 - 1974)  Fernando Lopes-Graça (1906 - 1994)  Hendrik Andriessen (1892 - 1981)  Willem van Otterloo (1907 - 1978)  Kaikhosru Shapurji Sorabji (1892 - 1988)  Ahmet Adnan Saygun (1907 - 1991)  (1892 - 2002)  (1907 - 1993)  Lili Boulanger (1893 - 1918)  (1908 - )  Paul Hindemith (1895 - 1963)  (1908 - 1992)  Carl Orff (1895 - 1982)  (1910 - 1981)  Brasílio Ferreira da Cunha Itiberê (1896 - 1967)  (1912 - 1992)  Boleslaw Szabelski (1896 - 1979)  (1913 - 1976)  Oscar Lorenzo Fernández (1897 - 1948)  Witold Lutoslawski (1913 - 1994)  (1897 - 1986)  Cacilda Borges Barbosa (1914 - )  (1898 - 1937)  César Guerra-Peixe (1914 - 1993)  (1899 - 1963)  Aníbal Augusto Garoto Sardinha (1915 - 1955)  Georges Auric (1899 - 1983)  Marcel Landowski (1915 - 1999)  Leo Smit (1900 - 1943)  Hans-Joachim Koellreutter (1915 - 2005)  (1900 - 1950)  (1916 - )  Andrés Orchassal Sas (1900 - 1967)  Karl Schiske (1916 - 1969)  Alexander Mossolov (1900 - 1973)  (1916 - 1983)  Franz Salmhofer (1900 - 1975)  Einar Englund (1916 - 1999)  (1900 - 1990)  Bernd Aloïs Zimmermann (1918 - 1970)  Armando Albuquerque (1901 - 1986)  (1918 - 1990)  (1900 - 1991)  Juan Orrego-Salas (1919 - )  Julián Bautista (1901 - 1961)  Cláudio Santoro (1919 - 1989)  Werner Egk (1901 - 1983)  Bruno Maderna (1920 - 1973)  Maurice Duruflé (1902 - 1986)  Astor Piazzolla (1921 - 1992)  Joaquín Rodrigo (1902 - 1999)  Anestis Logothetis (1921 - 1994)  Bóris Blacher (1903 - 1975)  (1922 - )  Aram Khachaturian (1903 - 1978)  (1922 - 2001)  Balys Dvarionas (1904 - 1972)  György Ligeti (1923 - 2006)  (1904 - 1975)  Maurice Jarre (1924 - )  Dmitri Borissovitch Kabalevskiy (1904 - 1987)  Joly Braga Santos (1924 - 1988)  Karl Amadeus Hartmann (1905 - 1963)  (1924 - 1990)  André Jolivet (1905 - 1974)  (1925 - )  Léon Orthel (1905 - 1985)  Jurriaan Andriessen (1925 - 1996)  (1905 - 1998)  (1925 - 2003)  Kees vanBaaren (1906 - 1970)  (1926 - )  (1906 - 1975)  Carlisle Floyd (1926 - )  Radamés Gnattali (1906 - 1988)  Rüdiger Seitz (1927 - 1991)

18 Os Compositores de seu tempo Normando Carneiro

 Einojuhani Rautavaara (1928 - )  Amaral Vieira (1952 - )  (1928 - 2007)  Ryuichi Sakamoto (1952 - )  Ernst Mahle (1929 - )  Paulo Costa Lima (1954 - )  Hubertus Hofmann ( 1929 - 2011)  Zbigniew Preisner (1955 - )  (1931 - )  Eduardo Alonso-Crespo (1956 - )  Sofia Gubaidulina (1931 - )  Stefano Scodanibbio (1956 - )  Henryk Górecki (1933 - )  Gerhard Schedl (1957 - 2000)  (1933 - )  Harry Crowl (1958 - )  Harrison Birtwistle (1934 - )  Erkki-Sven Tüür (1959 - )  Peter Maxwell Davies (1934 - )  Marc-André Hamelin (1961 - )  Alfred Schnittke (1934 - 1998)  Peter Machajdik (1961- )  Arvo Pärt (1935 - )  Livio Tragtenberg (1961- )  (1935 - 2003)  Andersen Viana (1962 - )  Jan van Vlijmen (1935 - 2004)  Eurico Carrapatoso (1962 - )  (1937 - )  Flo Menezes (1962 - )  Bart Berman (1938 - )  Edson Zampronha (1963 - )  Frederic Rzewski (1938 - )  Alexandre Birnfeld (1964 - 2014)  Leo Brouwer (1939 - )  Rodrigo Leão (1964 - )  Louis Andriessen (1939 - )  Marcelo de Campos Velho Birck (1965 - )  Frank Zappa (1940 - 1993)  Roberto Carnevale (1966 - )  Jorge Peixinho (1940 - 1995)  Aleh Ferreira (1966 - )  Marrequinho (1940 - )  Yann Tiersen (1970 - )  Emmanuel Nunes (1941 - )  Graziella Concas (1970 - )  Rogier van Otterloo (1941 - 1988)  Fazil Say (1970 - )  Agnaldo Ribeiro (1943 - )  Peter Scartabello (1972 - )  Agnaldo Ribeiro (1943 - )  Yanto Laitano (1973 - )  Meredith Monk (1943 - )  Gabriel Pareyon (1974 - )  Jamary Oliveira (1944 - )  Emerson Batagini (1978 - )  Ritchie Blackmore (1945- )  Miguel Álvarez-Fernández (1979 - )  John Casken (1949 - )  Jacob de Haan (1959 - )  Nestor de Hollanda Cavalcanti (1949 - )  Villa Lobos (1887- 1959)  Celso Loureiro Chaves (1950 - )  Christopher Bochmann (1950 - )  Vladimir Ryabov (1950 - )

 Leo Samama (1951 - )  Antonio Carlos Borges-Cunha (1952 - )

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