Universidade Federal De Santa Catarina Centro De Ciências Biológicas Departamento De Botânica Programa De Pós-Graduação Em Biologia Vegetal
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA VEGETAL Anatomia do lenho de árvores de espécies de canela, Ocotea Aubl. e Nectandra Rol. Ex. Rottb. (Lauraceae) ocorrentes no Estado de Santa Catarina Mestrando: Felipe Bernardino Guimarães Orientadora: Profa. Dra. Ana Claudia Rodrigues Co-Orientador: Prof. Dr. Mário Tomazello Filho Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Santa Catarina sob a orientação da Profa. Dra. Ana Claudia Rodrigues para obtenção do título de Mestre. __________________________ __________________________ Mestrando Orientador Florianópolis, Maio de 2012. i Para minhas preciosas filhas, Zoê, Olívia e Sofia, Vida, Árvore e Sabedoria ii Agradecimentos Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA – pela concessão de licença de capacitação, em especial a Dalva, ao Liceros e a minha querida Eda, que sempre em atendeu com muita atenção e carinho; estou certo de que poderei retornar com estes novos conhecimentos muito aplicáveis em nossas atividades fiscalizatórias. A Prof. Dra. Ana Claudia Rodrigues, que aceitou o desafio de me orientar, por sua atenção e curiosidade em aprender junto. Ao Prof. Dr. Mário Tomazello Filho, pela co-orientação e disponibilização do Laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras, do Departamento de Ciências Florestais, da ESALQ/USP. Aos membros da banca examinadora, Dra. Maria Leonor D’El Rei Souza (CCB/UFSC), Dr. João de Deus Medeiros (CCB/UFSC) e Dra. Vera Terezinha Rauber Coradin (LPF/SFB), em especial a Dra. Vera, quem sugeriu o trabalho com as canelas. Ao Dr. João Baitello e Dr. Leandro Cézanne de Souza Assis pela atenção na identificação das exsicatas de Lauraceae. Ao Dr. Marcos Sobral e Dr. Daniel Barcellos Falkenberg, pela identificação das plantas extra-lauraceas coletadas nas saídas a campo; Ao Dr. Hans Georg Richter, que prontamente respondeu minhas dúvidas com grande atenção e cordialidade. Ao Prof. Dr. Pablo Riul (UFPB) e em especial ao Prof. Dr. Paulo Horta, pelo grande apoio dado nas análises estatísticas. A queridíssima Profa. Dirlei Inês Thiel, que me apresentou uma nova língua, completamente desconhecida, por suas aulas maravilhosas, que permitiram descortinar a névoa que pairava sobre os preciosos dados da tese de H.G.Richter em alemão e pela psicologia com preço bem abaixo da tabela! Aos casal maravilhoso, Billie e Marcie Miller, por sua disponibilidade em se dirigir inúmeras vezes a biblioteca em Berkeley, Universidade da Califórnia em busca de literatura especializada, minha profunda gratidão por seu ato altruísta, que espero poder recompensar um dia. A Flávia Santanna, Paulo Licks, Marcelo Reinart, Maycon e Felipe da ETS Consultoria Ambiental; Ivan Vargas da Desenvix e Sadi Pichetti da Itá iii Oeste, pelos contatos e informações preciosas acerca ocorrência de supressões em andamento e pelo apoio logístico nas coletas a campo. Aos motosseristas Gerci, Ivanir Apper, Neodir Kulax, Alemão, pelo manejo das motosserras e atenção na coleta das canelas em campo. A Baía Sul Madeiras pelos cortes das cunhas e lixação dos discos, em especial ao Sr. Ademir. Ao sempre atencioso e dedicado Sr. Emmanuel Bittencourt, Sra. Verônica e filhas Mirella e Elisângela, pela preparação cuidadosa e paciente dos corpos de prova. A Maria A. Bermudez (ESALQ/USP) e Antônio Barbosa (IPT/SP), pelos auxílios na confecção dos cortes anatômicos e macerados, em especial ao Sr. Antônio, por toda sua atenção e carinho durante suas explicações. A Maria das Graças (ESALQ/UPS), por ter sido um anjo na hora certa. Ao amigo Luiz Henrique Paulli Bianchi, pela confecção dos mapas e das imagens georreferenciadas, e por todo apoio ao longo destes anos de convivência no IBAMA em Florianópolis. Ao CIRAM/EPAGRI pelo fornecimento dos dados meteorológicos, em especial a Dra. Vera Lúcia, por sua gentileza e atenção. A Silvia Venturi e ao Dr. Rafael Trevisan, pelo acesso ao herbário e paciência na inclusão e movimentação das exsicatas. A Dra. Maria José Miranda, Rafael Pigozzo e ao Sr. Francisco, pelo recebimento e inclusão das amostras de madeira na xiloteca Dr. Calvino Mainieri, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Ao Laboratório de Fluorescência do departamento de Biologia Celular e Genática - FLUORBEG/UFSC, especialmente a Chirle Ferreira e Demétrio, dos quais recebi toda a atenção e orientação durante as análises de fluorescência. A Elise Galitzki, por sua atenção durante as crises do microscópio fungado. Ao Laboratório Central de Microscopia Eletrônica (LCME/UFSC) pela utilização de instalações e microscópios, em especial a Eliana e Renata Ozório, pela grande atenção dispensada. Aos amigos Cláudia Loch e Roque Carmona, por todo apoio e pela grande amizade, e lógico, pela paciência com minhas amostras de madeira espalhadas pelo condomínio. iv Ao Arthur Beck Guimarães e Luiz Pessoa Guimarães, pela acolhida em Piracicaba. Aos amigos do mestrado Robson Carlos Avi, Jeovane Warmling, Chirle Ferreira, Kátia Arenhart Hoss, Halisson Rafael Kedrovski, Rafaela, Graziela, Taíse, Bruno & Ana, Regina, Francis, Marietu, pela força para continuar, pela convivência harmoniosa e pelas boas risadas, e claro, por suportarem minha insegurança e instabilidade nos dias de crise, e aos bolsistas Lucas, Ewerton e Caiâne, por tanta dedicação da montagem das lâminas das coletas extras. Aos meus pais, Nelson e Conceição, que de alguma forma, ao longo da minha vida, me fizeram entender que estudar é preciso, e cá sigo eu, fazendo isso desde sempre! A minha vó Zoê Pessoa Guimarães, grande paixão da minha vida, fonte de inspiração, por sua presença constante, aconselhamento e amor. A Alessandra Cristina Giuliani, por segurar as pontas nas minhas ausências e pelo estímulo para continuar. E por fim, as árvores maravilhosas de canela e imbuia, que ao ceder suas vidas para a geração de energia, forneceram seus discos para a realização das análises anatômicas deste trabalho e me abriram janelas para um mundo novo em anatomia de madeiras. Quiçá possa um dia retribuir à ciência com conhecimento novo, essas vidas que foram ceifadas. v Índice Página Resumo 08 Abstract 09 1. Introdução 10 2 - Materiais e Métodos 17 2.1 – Coletas das amostras do lenho das árvores 17 2.2 – Análises macroscópicas do lenho 21 2.3 – Análises microscópicas do lenho 21 2.4 – Análises de caracteres anatômicos quantitativos do lenho 22 2.5 – Análise de agrupamento de caracteres anatômicos 22 qualitativos do lenho 2.6 – Análises estatísticas 25 3 – Resultados 28 3.1 – Descrições macroscópicas do lenho 28 Nectandra lanceolata Nees – Canela-amarela 28 Nectandra megapotamica Mez – Canela-amarela 30 Ocotea porosa (Nees & C. Mart.) Barroso - Imbuia 32 Ocotea puberula (Rich.) Nees – Canela-guaicá 34 Ocotea pulchella (Nees) Mez – Canela-lageana 36 Ocotea sp. - Canela-loura 38 3.2 – Chave dicotômica para diferenciação das espécies pela 40 estrutura macroscópica do lenho 3.3 – Descrições microscópicas do lenho 41 Nectandra lanceolata Nees – Canela-amarela 41 Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez - Canela-amarela 43 6 Ocotea porosa (Nees & C. Mart.) Barroso - Imbuia 45 Ocotea puberula (Rich.) Nees – Canela-guaicá 47 Ocotea pulchella (Nees) Mez – Canela-lageana 49 Ocotea sp. – Canela-loura 51 3.4 – Chave dicotômica para diferenciação das espécies pela 53 estrutura microscópica do lenho 3.5 – Análises de caracteres anatômicos quantitativos do lenho 54 3.6 – Análise de agrupamento de caracteres anatômicos 59 qualitativos do lenho 4 – Discussão 77 5 – Considerações finais 100 6 – Referências Bibliográficas 101 7 Resumo Anatomia do lenho de árvores de espécies de canela, Ocotea Aubl. e Nectandra Rol. Ex. Rottb. (Lauraceae) ocorrentes no Estado de Santa Catarina. Lauraceae agrega um grande número de espécies exploradas comercialmente por sua madeira. Muitas delas, conhecidas popularmente por “canela” pertencem aos gêneros Ocotea e Nectandra, muito difíceis de serem separadas, tanto ao nível genérico, quanto ao nível específico, pela anatomia do lenho. Neste intuito, realizou-se o presente trabalho com o objetivo de buscar caracteres anatômicos do lenho diagnósticos para a separação das espécies e dos gêneros. Foram coletadas árvores de canela em quatro municípios do interior de Santa Catarina: Abdon Batista, Concórdia, Tangará e Passos Maia. As espécies coletadas foram: Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Ocotea porosa, Ocotea puberula, Ocotea pulchella e Ocotea sp. As amostras do lenho foram seccionadas e analisadas seguindo os métodos laboratoriais usuais em anatomia de madeira. Foram realizadas análises de fluorescência. A partir das descrições macroscópicas e microscópicas da anatomia do lenho elaboradas, foram confeccionadas chaves dicotômicas para separação das espécies e realizadas analises estatísticas dos caracteres anatômicos qualitativos e quantitativos do lenho. Macroscopicamente, as espécies foram separadas pela cor, cheiro, visibilidade do parênquima axial sob lente de 10x e arranjo diagonal. Microscopicamente, a separação das espécies se deu pela presença e abundância de cristais de oxalato de cálcio nas células dos raios, presença de placas de perfuração escalariformes, presença, abundância e localização de células oleíferas/mucilaginosas, largura dos raios e tipo de parênquima axial paratraqueal. As análises dos caracteres anatômicos quantitativos permitiram a distinção de quase todas as espécies entre si, mas não foram úteis na distinção dos gêneros. Foi elaborada