Jornal Semanal Da 28ª Bienal De São Paulo
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28 28 28 1 + + - 2 + - - 3 + + + + + + + + + 28+ + + 28+ + + 28+ + + 28 28 28 - - - - - - - - - JORNAL SEMANAL DA 28ª BIENAL 4 + + - 5 + DE SÃO PAULO+ - 6 + + + + + + SEXTA-FEIRA 19.12.2008+ + + - Artistas participantes - Retrospectiva das edições anteriores 2828- Perguntas e 28respostas - Memória fotográfica 28 28 28 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 287 + + 28- 8 + 28- - 9 PARCEIROS DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO PARTNERS OF THE 28TH BIENAL DE SÃO PAULO APOIO INTERNACIONAL INTERNATIONAL SUPPORT A realização do Jornal 28b foi possível graças ao apoio da American Center Foundation The newspaper 28b is made possible with the generous support of the American Center Foundation APOIO INSTITUCIONAL INSTITUTIONAL SUPPORT COOPERAÇÃO COOPERATION ESTE IMPRESSO POSSUI A CERTIFICAÇÃO FSC EDITO CASO CAROLINE: ALGUMAS QUESTÕES RI QUE NÃO ESTÃO SENDO CONSIDERADAS Com o intuito de abrir perspectivas no debate – sensacionalista e passional – criado pela imprensa em AL relação à 28ª Bienal de São Paulo e à prisão de Caroline Pivetta da Motta, 24 anos, nós, curadores do evento, gostaríamos de trazer algumas considerações e perguntas que nos parecem pertinentes à questão. Primeiramente, não podemos esquecer que, ao contrário da operação noturna e silenciosa peculiar aos pichadores, o acontecimento na Bienal está longe de poder ser chamado de estético e pacífico: 40 jovens invadem o Pavilhão da Bienal como um arrastão, derrubando tudo, agredindo pessoas fisicamente, com o objetivo de, segundo a convocatória pela internet de seu líder Rafael Augustaitz, pichar o 2º e o 3º andares, destruindo todas as obras. Foi mais um gesto peculiar desse grupo destrutivo, que desde as invasões da Escola de Belas Artes e da Galeria Choque Cultural usa da pichação como meio para apagar e danificar o trabalho dos outros artistas. Será que o meio artístico não se dá conta do autoritarismo de tal gesto, do que ele implica de censura ao outro? Não é preocupante perceber que a tática de um ex-estudante de artes é fazer do apagamento de outros artistas um fenômeno midiático? Sim, pois a imprensa e os canais de internet foram avisados três horas antes do ataque à Bienal e estavam postados esperando pelo espetáculo! Não foi, portanto, um preenchimento do vazio ou uma resposta “em vivo contato”, o que da parte da curadoria nunca supôs o uso de violência. Não se tratou tampouco de colar stickers, fazer barcos de papel ou tocar música no 2º andar do Pavilhão – como de fato ocorreu no decorrer da mostra –, mas de vandalismo agressivo e autoritário. Por outro lado, como curadores e cidadãos republicanos, estamos de acordo em que a punição para Caroline é pesada e inadequada. Lamentamos por ela e pela sua instrumentalização por certa mídia. Perguntamo-nos: onde estaria o mentor intelectual de tal ataque, ex-aluno da Escola de Belas Artes, que expõe nome e sobrenome como autor das três invasões e que saiu do Pavilhão da Bienal prometendo continuar pichando outros museus de São Paulo? No infeliz caso de Caroline, devemos, entretanto, reconhecer que sua condição atual é resultado de mais uma filigrana jurídica, advinda de uma interpretação estrita da lei. Mas não é essa mesma uma característica da Justiça no Brasil, a desigualdade em sua aplicação? Não são filigranas jurídicas que mantêm criminosos condenados vivendo em liberdade sem haver cumprido suas penas? Então, ao discutirmos instituição no Brasil, parece que o problema não é apenas das culturais ou da Bienal de São Paulo, mas também de instituições como a Justiça e o Congresso Nacional. Ou ainda das políticas públicas para a habitação, o que faz com que Caroline fique detida por falta de comprovante de endereço. Contraditoriamente, o Estado não lhe assegurou uma moradia até agora, conforme se depreende da lei que a mantém na cadeia! Se Caroline possuísse um comprovante de residência, ainda haveria a questão de quem a acusa do crime que ela responderia em liberdade. O Parque do Ibirapuera é uma área de preservação ambiental e o Pavilhão da Bienal é um prédio tombado e um monumento histórico estadual. Foi contra eles que o grupo investiu e do qual ela se tornou o bode expiatório perante a lei. Desde 2003, é muito difícil para qualquer curadoria lidar com as novas leis de tombamento do edifício, pois elas têm impedido a realização de diversos projetos de artistas e obrigado todas as partes a um processo de amplas e longas negociações. Há uma lei, e transgredi-la implica risco. Talvez também fosse oportuna uma discussão sobre essa legislação, que acabará por fazer do Pavilhão um espaço inadequado ao caráter experimental e de laboratório que supõe uma mostra que quer dar conta das práticas artísticas contemporâneas, pois ela é muito pouco flexível para novos usos do prédio. Se o interesse da 28ª Bienal fosse ser um espetáculo midiático e criar um discurso populista apaziguador e demagógico – o que, acreditamos, seria pouco efetivo e em nada transformador da situação em que vivemos –, certamente poderíamos ter nos utilizado do ocorrido no dia 26 de outubro para deslocar todo o debate proposto pelo projeto original da 28ª Bienal, agora realizado, para discutir a relação entre grafite, pichação e arte; arte contemporânea, educação e inclusão; cultura urbana e a questão centro-periferia em São Paulo, entre outros tópicos. Poderíamos ter convidado os invasores a virem participar do debate, a pichar as paredes da Bienal, entre outras ações populistas e instrumentalizadoras. Nossa opção foi e continua sendo a de não fazer uso do ocorrido, e muito menos da injusta prisão de Caroline, para promoção pessoal ou como plataforma política, oportunista e demagógica. Parece-nos ainda interessante observar que, enquanto o meio artístico, instigado por uma falsa polêmica, procura culpar o “vazio”, a Fundação Bienal ou a curadoria da 28ª Bienal de São Paulo pela prisão de Caroline, os próprios integrantes de seu grupo foram direto ao assunto. Picharam, no último dia 5 de dezembro, a casa de um ex-prefeito, acusado de inúmeros delitos e que responde aos processos em liberdade, a seguinte frase: “Cadeia é só para pobre... Liberdade Carol. Susto’s”. Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen curadores_28ª Bienal de São Paulo FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO TI IT Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977) Anderson de Andrade Presidente perpétuo Lifetime Chairman GERÊNCIA DE CONTROLE E CONTABILIDADE CONSELHO HONORÁRIO HONORARY BOARD AUDITING AND ACCOUNTING MANAGEMENT Oscar P. Landmann Presidente Chairman † Maurício Marques Netto Amarildo Firmino Gomes MEMBROS DO CONSELHO HONORÁRIO, COMPOSTO Ângela Vieira das Neves DE EX-PRESIDENTES HONORARY BOARD MEMBERS, GERÊNCIA FINANCEIRA FINANCIAL MANAGEMENT Kátia Marli Silveira Marante COMPOSED OF EX-CHAIRMEN Alex Periscinoto Adriana Cristina de Lima Pereira Carlos Bratke Antonio Carlos Marques Gurjão Filho Celso Neves † Cláudia Abramo Edemar Cid Ferreira Cláudio de Oliveira Jorge Eduardo Stockler Marcos de Oliveira Martins Jorge Wilheim Thiago José de Macedo Julio Landmann Luiz Diederichsen Villares GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS E MANUTENÇÃO Luiz Fernando Rodrigues Alves † MAINTENANCE AND HUMAN RESOURCES MANAGEMENT Maria Rodrigues Alves † Mário Rodrigues Oscar P. Landmann † Daniel Washington Santos Souza Roberto Muylaert Diógenes Miranda Silva Divanildo da Costa Santana Josefa Gomes CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MANAGEMENT BOARD Miguel Alves Pereira Presidente Chairman Leonardo Marinho Gomes Elizabeth Machado Vice-Presidente Vice-Chairman Orlando Ribeiro Silva Paulo Vieira da Silva Filho Sergio Sestaroli MEMBROS VITALÍCIOS LIFETIME MEMBERS Benedito José Soares de Mello Pati Tabajara de Souza Macieira Ernst Guenther Lipkau Valdemiro Rodrigues da Silva Giannandrea Matarazzo Vinícius Robson da Silva Araújo Gilberto Chateaubriand Hélène Matarazzo COORDENAÇÃO DE PROJETOS ESPECIAIS João De Scantimburgo SPECIAL PROJECTS COORDINATION Jorge Wilheim Alessandra Effori Manoel Ferraz Whitaker Salles Vanessa Pesenti Müller Pedro Franco Piva Roberto Duailibi ARQUIVO HISTÓRICO WANDA SVEVO Roberto Pinto de Souza WANDA SVEVO HISTORICAL ARCHIVE Rubens J. 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