Revisão Taxonômica Das Rutaceae Do Estado Do Amazonas

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Revisão Taxonômica Das Rutaceae Do Estado Do Amazonas CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO (CNPq.) INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA (INPA) Revisão Taxonômica das Rutaceae do Estado do Amazonas Byron W. P. de Albuquerque INPA - Manaus ACTA AMAZÔNICA vol. 6 (3) : Suplemento Manaus-Amazonas 1976 ALBUQUERQUE, Byron W. P. d-> Revisão taxonômica das Rutaceae do Estado do Amazo- nas. Acta Amazônica, Manaus, 6 (3 Suplemento) set.. 1976. 67p. ilust. 1. Rutaceas — Revisão taxonômica. 2. Botânica siste- mática. I. Titulo. CDD 583.24811 CDU 583.24(811) RESUMO : Revisão taxonômica das Rutaceae do Estado do Amazonas que conta com 16 géneros e 29 espécies (inclusive 2 variedades), cujas características morfológicas externos são suficientemente distintas para permitir a separação inter- genérica e interespecífica dos taxo estudados. Os géneros que ocorrem na região são Adisconthus, Cusparia, Dccagon o corpus, Erythrochiton, Esenbeckia, Galipea, Horfio, Lcprothyrsa, Monnicria, Myllonthus, Nycticolanthus, Raputía, Ravcnio, Spathelia, Ticorco c Zanthoxylum. Como auxilio à classificação dos gêneros e das espécies das Rutaceas do Estado do Amazonas são apresentadas oito chaves analíticas ba­ seadas nos caracteres morfológicos das plantas estudadas, ilustram o trabalho 40 fotografias das 29 espécies dos 16 gêneros e 16 figuras mostrando a distribuição geo­ gráfica dos taxa estudados. CONTEÚDO Introdução 5 Aspectos gerais 5 Posição taxonômica 6 Histórico 6 Relações filogenéticas 7 A família Rutaceae no Estado do Amazonas . 7 Agradecimentos 8 Material e métodos 9 Tratamento sistemático ..- 1u Summary 59 Apêndice 60 (ndice dos gêneros 60 (ndice dos nomes científicos 60 índice dos Taxa • • 62 índice dos nomes vulgares 63 índice das exsicatas 64 Bibliografia citada 65 INTRODUÇÃO ASPECTOS GERAIS até o momento não vimos material herborizado ou mesmo referências sobre a ocorrência do As Rutaceae são largamente distribuídas referido gênero fora desta área, fato que será pelas regiões dos trópicos úmidos e tempera­ comprovado com estudos posteriores. Em das do mundo, reunindo cerca de 1612 espé­ contraposição, as espécies Erythrochiton bra- cies. Para o Brasil estão assinaladas aproxi­ siliensis, Monnieria trifolia e Zanthoxylum rhoi- madamente 188 espécies, das quais cerca de folium são as que atingem os limites mais am­ 56 ocorrem na Amazônia. plos de dispersão no Continente Americano Esta família se distingue das outras de seu (entre os meridianos 30°L e 80cO, e do para­ grupo por apresentar freqüentemente glându­ lelo 30°S até além do paralelo 20°N). las translúcidas nas folhas. Outra caracterís­ As madeiras das Rutaceae são utilizadas tica importante das Rutaceae é o desenvolvi­ para diversos fins econômicos, evidenciando- mento de glândulas produtoras de óleo forte­ se a da espécie Euxylophora paraensis ("pau mente aromático, cujo papel ecológico, segundo amarelo"), que é empregada na indústria ma­ Haberlandt (1928), é provavelmente de prote­ deireira principalmente para tacos, segundo gê-las contra a ação de predadores. Loureiro & Silva (1968). Outra espécie de Nossa curiosidade sobre as Rutaceae surgiu importância para indústria papeleira é Zan­ devido a sua confusa taxonomia, visto que o thoxylum rhoifolium ("tamanqueira da terra número de taxa cresceu desordenadamente firme"), segundo LeCointe (1947), cuja ma­ com inúmeros trabalhos, descrições de novos deira fornece um rendimento em celulose da gêneros e espécies, em literatura dispersa ordem de 45,1%. não havendo monografia da família desde En- gler (1896 e 1931). Para a Amazônia, onde a A família tem vários representantes de família é bem representada com cerca de 56 valor medicinal, merecendo destaque os "ja- espécies, apenas uma monografia de Albuquer­ borandís" (Pilocarpus jaborandi, P. pauciilorus, que (1970) sobre o gênero Fagara L. era co­ P. pinnatifolius e P. selloanus), que fornecem nhecida. Atualmente, o gênero Fagara é con­ o alcalóide pilocarpina, muito conheciuo no siderado como sinônimo de Zanthoxylum L. mercado de drogas. Outro representante é a por Brizicky (1962), Hartley (1966) e Water- "arruda" (Ruta graveolens) com princípio ati­ man (1975). vo antiespasmódico, a rutina, que, segundo LeCointe (1947), é irritadora do tubo digestivo A família no Estado do Amazonas conta e perigosa, podendo causar acidentes letais. com 16 gêneros e 29 espécies distribuídos desde a Amazônia Ocidental fronteiriça à Ve­ As Rutaceae têm um papel importante na nezuela, Colômbia e Peru, ao longo da calha ecologia da vegetação da região amazônica, amazônica até a Central, que é seu principal onde suas espécies vivem nos mais variados centro de distribuição geográfica. Alguns gê­ tipos de habit3t, como: matas primária e se­ neros têm poucos representantes ou ainda são cundária de terra firme, campinas, campina- representados apenas por uma espécie como ranas, savanas, várzeas, igapós, margens cie Adiscanthus, Erythrochiton, Esenbeckia, Lep- Isgos e igarapés, encostas de elevações, pas­ tothyrsa, Monnieria, Nycticalanthus, Raputia, tos secos, margens de estradas e em clareiras Spathelia e Ticorea. Possivelmente, o gênero de agricultura, conforme podemos verificar na Nycticalanthus (N. speciosus) é endêmico da psrte referente à distribuição, no final da des­ região de Manaus, na Amazônia Central, pois crição de cada espécie. POSIÇÃO TAXONÔMICA seraceae, Simarubaceae e Averrhoaceae. O referido autor diz que as Rutales estão inti­ HISTÓRICO mamente relacionadas com as Meliales e Sa­ pindales pelas folhas freqüentemente pinadas Desde o início as Rutaceae constituíram e raro palmadas; sua origem e afinidade pri­ uma família bastante confusa e dividida. An­ mitivas não estão bem esclarecidas; que as tigos botânicos como Jussieu (1789), Brown Rutaies seguem evolutivamente após as Ce- (1814), Candolle (1822, 1824 e 1825), Nees & lastrales, com um disco floral bem marcante Martius (1823), Kunth (1824), Jussieu (1825), entre o androceu e o gineceu, na ordem filo­ Saint-Hilaire (1825), Bartling (1830), Endlicher genética seguinte: Magnoliales — Dilleniales (1840) e Lindley (1853), trataram diversas das — Bixales — Theales — Celastrales — Ru­ tribos das Rutaceae atuais como "ordens" se­ tales. paradas, equivalentes à moderna categoria de — Cronquist (1968) e Takhtajan (1969), família. Os gêneros dessas famílias (ordens) em seus respectivos sistemas de classifica­ e outros gêneros foram gradativamente unidos ção, trataram as Rutaceae diferentemente. por taxonomistas como Bentham & Hooker Cronquist submeteu as ordens Rutales e (1867), Baillon (1873) e Engler (1874). Meliales sob as Sapindales, colocando nesta Bentham & Hooker (1867) colocaram a fa­ última as famílias Aceraceae, Anacardiaceae, mília Rutaceae na ordem Geraniales (série II Burseraceae, Cneoraceae, Hippocastanaceae, — Disciflorae), junto com as Olacales, Ce- Julianaceae, Meliaceae, Rutaceae, Sapindaceae lastrales e Sapindales. e Simarubaceae, devido a grande afinidade en­ Em seus sistemas de classificação, basea­ tre si e parecerem bem estabelecidas nessa dos na filogenia das plantas, Engler (1896) e ordem. Outras famílias de posição incerta nas Bessey (1915) conservaram as Rutaceae in­ Sapindales são: Akaniaceae, Connarac&ae, cluídas na ordem Geraniales. Greyiaceae, Melianthaceae, Staphyleaceae e Zygophyllaceae. Cronquist também viu as No sistema de Hallier (1905), as Rutaceae Rutaceae como a mais dominante família da foram colocadas no grupo das Terebinthinae, ordem Sapindales. juntamente com as famílias Cneoraceae, Me- liaceae, Simarubaceae, Terebinthaceae, Acera- — Takhtajan (1969) tratou as Rutales se­ ceae, Amentaceae e Urticaceae. paradas das Sapindales, em que a primeira Pulle apud Lawrence (1971) dividiu a or­ ordem ficou constituída das famílias Anacar­ dem Terebinthales nas ordens Malpighiales, diaceae. Burseraceae, Cneoraceae, Julianaceae, Polygalales, Sapindales, Balsaminales e Ru- Meliaceae. Podoaceae, Rutaceae e Simaruba­ tales, colocando-as junto com as Pandales, ceae, inclusive com algumas famílias de posi­ Malvales, Geraniales e Rhamnales na sexta ção incerta como Aitoniaceae, Coriariaceae, série das Dicotiledôneas de seu sistema de Kirkiaceae e Stylobasiaceae. O mesmo autor classificação, sendo todas derivadas da ordem salienta que, provavelmente, as Rutaceae de­ Rosales. rivaram das Saxitragales e as Sapindales fo­ Melchior (1964) colocou a família Ruta­ ram originadas de indivíduos mais primitivos ceae na ordem Rutales (Terebinthales pr. p.), das Rutales ou talvez tenham origem comum acrescida das Burseraceae, Simarubaceae, com elas, a partir das Saxifragales É ainda Malpighiaceae, Trigoniaceae, Vochysiaceae, o autor que acrescenta serem as Geraniales Meliaceae e Polygalaceae. nitidamente relacionadas com as Rutales, prin­ cipalmente as Rutaceae. Atualmente, foram propostos os três maio­ res sistemas filogenéticos de classificação Do ponto de vista filogenético e taxonô- dos vegetais : mico, concordamos com Cronquist (1968) em — Hutchinson (1973) viu as Rutaceae ter incluído a família Rutaceae na ordem Sa- como a ma's dominante família das Rutales dindales, juntamente com as Aceraceae, Ana­ no seu sistema de classificação, uma ordem cardiaceae, Burseraceae, Cneoraceae, Hippo­ de apenas quatro famílias, incluindo as Bur­ castanaceae, Julianaceae, Meliaceae, Sapin- daceae e Simarubaceae, principalmente quan­ Classe MAGNOLIATAE (Dicotiledôneas) do salienta que, além das semelhanças nas —> Subclasse ROSIDAE —> Ordem ROSA­ características morfológicas clássicas, essas LES —> Ordem SAPINDALES —> Família famílias têm muito em comum anatomicamen­ RUTACEAE.
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