O CASINO DE ESPINHO. Jogo E Lazer (1905-2005)
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FACULDADE DE LETRAS UNIVERSIDADE DO PORTO 2º Ciclo de Estudos História Contemporânea O CASINO DE ESPINHO. Jogo e Lazer (1905-2005) Filipe Paulo Matos do Nascimento M 2016 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) Filipe Paulo Matos do Nascimento O CASINO DE ESPINHO. Jogo e Lazer (1905-2005) Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História Contemporânea, orientada pelo Professor Doutor Jorge Fernandes Alves. Faculdade de Letras da Universidade do Porto novembro de 2016 2 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) O CASINO DE ESPINHO. Jogo e Lazer (1905-2005) Filipe Paulo Matos do Nascimento Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História Contemporânea, orientada pelo Professor Doutor Jorge Fernandes Alves. Membros do Júri Professor Doutor Gaspar Manuel Martins Pereira Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professoa Doutora Maria da Conceição Coelho de Meireles Pereira Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professor Doutor Jorge Fernandes Alves Faculdade de Letras - Universidade do Porto Classificação obtida: 17 valores 3 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) Para: O Gustavo 4 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) Resumo Em 1905 já existiam na vila piscatória de Espinho seis casinos, não com as caraterísticas que conhecemos hoje, mas associados a cafés e por vezes a hotéis. Além destes, também se podia jogar em casas particulares. Apesar de haver legislação e de ser bastante reprimido, o jogo era tolerado pelas autoridades locais, que em troca de algum dinheiro o deixavam proliferar. A partir de 1927, implantado um regime de ditadura, o jogo foi legalizado. Foram criadas zonas de jogo, que compreendem um só casino e sempre fora das grandes cidades, funcionando durante muitos anos apenas na época de verão. Após 1976 – como é exemplo, o caso do Casino de Espinho – os casinos passam a funcionar durante o ano todo. De 1927 a 2005, passaram pela exploração do Casino de Espinho quatro empresas concessionárias, que, com os lucros gerados, fizeram regressar uma parte desses dividendos à sociedade civil. No entanto, só com a última empresa, a Solverde, é que parte desse valor foi usado em benefício da cidade. O espaço físico do Casino de Espinho recebeu diversas obras de remodelação, sendo igualmente a última empresa concessionária a responsável pela construção de um novo edifício. Várias alterações foram sendo processadas ao longo dos anos, sem, no entanto, o Casino ter sido alguma vez encerrado. O Casino, diversificando-se, não se consubstanciou apenas no jogo. Mas também na música, nos espetáculos de variedades, num local de convívio das elites, dos jogadores, dos amigos, de todos aqueles que procuravam um local distinto e aprazível para se divertirem, conversarem, apostarem. Palavras-chave: Casino; Espinho; Jogo; Legislação; Variedades. 5 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) Abstract In 1905 there were already six casinos operating, not as we know them today, but associated to small cafes and hostels. Besides that people could also play in private houses. Even thought it was strictly against the law, gambling was easily tolerated by local authorities in exchange for a small amount of money. In 1927, under a dictatorship regime, gambling became legal. Gambling areas were created, being part of only one casino and they were always out of the big cities. For many years they would only be opened in the summer season. After 1976, (the casino of Espinho was no exception) they would be opened the whole year. From 1927 to 2005, four concessionary companies ran the exploration of the Casino of Espinho, they used some of with its profits to benefit the civil society. However, it was only with the last concessionary company, Solverde, that some of those profits benefited the city. The companies were also responsible for the improvements of the building and the last company in charge was the one that built a new casino. It was also responsible for many improvements along the years, without having to close down the Casino. The purpose of the casino was not only gambling. It became a place for music, variety shows, where the elite and VIP’s could meet and also gamblers, friends and everybody could have a good time, socialize and gamble. Keywords: Casino; Espinho; Gambling; Laws; Variety Shows. 6 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) Agradecimento Um trabalho como este, não se faz isoladamente, é um percurso constituído por diferentes etapas, pelo contacto com inúmeras pessoas, pelas horas passadas em investigação, a ler e a imaginar um tempo distante, a ouvir as histórias e as estórias, as que se podem contar e as que não se podem, mas que nos arrancam sorrisos. Este trabalho é também, uma junção de peças, de fragmentos e principalmente de memórias, sejam de papel ou com os cabelos brancos, pela vivências dos tempos e, onde eu fui desenterrar por vezes passagens, episódios dessas vidas de trabalho no Casino de Espinho. Assim, e tentando não me esquecer de ninguém, começo por onde iniciei este estudo, os arquivos: o de Santa Maria da Feira, na pessoa da D. Cecília Melo, por toda a disponibilidade no acesso aos livros de atas da Câmara, do início do século XX. No Arquivo Histórico Municipal de Espinho, o meu agradecimento para o Dr. Armando Bouçon Ribeiro, o Dr. Paulo Boto, bem como ao Paulo Benjamim, à Ana, e ao Pedro, pelas inúmeras “idas” ao depósito, pelo apoio, partilha de conhecimentos e a amizade com que me receberam e, levaram algumas secas. Pedro: Obrigado pelos mails…. Às funcionárias do jornal Defesa de Espinho, por toda a disponibilidade e acessibilidade ao arquivo do jornal, o meu obrigado. Entrando agora no casino, em primeiro lugar o meu agradecimento vai para o Presidente do Conselho de Administração da Solverde, Dr. Manuel Soares Violas, bem como para a D. Rita Celeste Soares Violas e Sá e o Dr. Silva Carvalho, administradores, pela autorização de acesso a todas as secções e informações da concessionária Solverde. À D. Fernanda Saraiva, secretária da Administração, pelos empréstimos concedidos e por todas as solicitações feitas por mim no decorrer desta dissertação, terem sido atendidas. Ao João Pedro Machado, diretor do Departamento de Animação, pela magnífica conversa, que muito contribuiu para este trabalho, e ao Miranda, do Departamento de Recursos Humanos. Também fica o meu reconhecimento, para o Chefe da Sala de Jogos, António Araújo Magalhães, assim como aos adjuntos Carlos Rebelo, José Teixeira, Fernando Mourão e Joaquim Salvador, pelas informações, as histórias, que foram aos poucos fazendo 7 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) crescer este trabalho. Ao amigo e colega, João Castro, Adj. Chefe dos Serviços Técnicos da Sala de Máquinas. Aos Fiscais, José Seixas, Fernandes Silva, António Batista e em especial aos meus amigos Jacinto Valente e António Couto, verdadeiras memórias vivas dos tempos passados. Ao meu amigo Ilídio Silva, Fiscal de Banca, um bem-haja pelas intermináveis horas, que, com a sua inesgotável paciência me ouviu e me aconselhou. A todos os meus colegas, Ficheiros Fixos da Sala de Jogos Tradicionais, sem exceções, fica o meu eterno agradecimento por sempre colmatarem as minhas ausências, com o profissionalismo que lhes é característico. De entre eles saliento, o Carlos Teixeira (Zé Carlos), que além de colega e amigo, é também Presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Salas de Jogos, funcionário da Solverde desde o seu início e, como tal, profundo conhecedor do jogo e, das várias fases que o Casino de Espinho atravessou ao longo dos anos. A sua preciosa entrevista veio enriquecer muito esta obra. Ao César Dias um simples, mas reconhecido thank you. Ainda no casino, a pequena mas importante ajuda do Rui Guetim, da minha amiga, Sílvia Bonifácio, e dos Pagadores de banca Zé Salvador, Alice Dias e o seu pai, o ex- fiscal, Dias. À Comissão de Gratificações da Sala de Jogos Tradicionais, Hélder Pinho, Luís Mourão e António José Sá, os meus agradecimentos pela consulta do vasto arquivo, bem como, a confiança depositada, pelo que me foi emprestado para uma melhor e demorada consulta. Também uma palavra de agradecimento à Inspeção Geral de Jogos, nomeadamente o seu coordenador, Dr. Vasconcelos Dias, e os inspetores, Dr. Manuel Domingues e Dr. Domingos de Almeida, por toda a preciosa ajuda e facilidades, fica o meu reconhecimento. De entre os reformados do casino, os meus agradecimentos vão para os ex-fiscais, Jorge Salvador, Arlindo Pinto, o ex-Chefe de departamento dos Recursos Humanos, Manuel Freitas, pela sua entrevista, muito importante não só para o período da Solverde, mas também da sua antecessora, a Crudaspinho. Por fim o Sr. Tomaz, ex-diretor da Sala de Máquinas, que com a sua peculiar maneira de se expressar, os seus imensos puxões de 8 O Casino de Espinho. Jogo e Lazer (1905-2005) orelhas e, principalmente, todos os seus sábios conselhos, bem como toda a documentação relativa à Solverde que me emprestou, contribuindo de uma forma gigantesca para construir a história deste casino na fase ascendente da Sala de Máquinas; como tal, o meu muito obrigado. Não posso deixar de fazer um agradecimento ao Wilson e à Andreia Teixeira, por todo o trabalho que lhes dei. Bem como ao Sr. Faustino, por toda a preciosa ajuda e a confiança demostrada desde o início, assim como à D. Filomena Serra. À minha mulher Alexandra, pelo apoio desde a primeira hora, nesta minha longa caminhada com a Clio. E ao meu filho Gustavo, primeiro, por existir e depois, pelas edições de imagem das fotografias que compõe os anexos da tese. Mas, o que seria de um investigador sem os seus mestres, aqui fica o meu profundo reconhecimento e agradecimento a todos os Professores da Faculdade de Letras, que me ajudaram, e iluminaram o meu caminho com os seus conhecimentos.