SUMÁRIO APRESENTAÇÃO
BACIA DO ALTO PARAGUAI 1 DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS AMBIENTAIS ...... 2 1.1 Situação Geográfica...... 2 1.2 Aspectos Gerais...... 6 1.3 População ...... 11 1.4 Unidades de Conservação...... 17 1.5 Desempenho Econômico e Infra-estrutura ...... 20 1.6 Ameaças aos Ecossistemas ...... 25 2 ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DE GESTÃO...... 30 2.1 Organização Jurídico-Institucional Nacional...... 30 2.2 Gestão no Estado do Mato Grosso do Sul...... 30 2.3 Gestão no Estado do Mato Grosso ...... 31 2.4 Entidades Públicas...... 31 2.5 Organizações Não-Governamentais – ONG...... 36 2.6 Entidades de Ensino e Pesquisa ...... 40 3 LEGISLAÇÃO INCIDENTE E TÍTULOS INTERNACIONAIS ...... 42 3.1 Leis e Normas Brasileiras ...... 42 3.2 Tratados e Convenções Internacionais ...... 47 ESTRATÉGIAS PARA A JICA 4 PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS PARA A REGIÃO...... 50 5 PROPOSTAS PARA ATUAÇÃO DA JICA ...... 59 5.1 Coordenação do Monitoramento de Recursos Pesqueiros da Bacia do Alto Paraguai em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ...... 61 5.2 Recuperação das Nascentes do Rio Paraguai, Projeto PEPE e Projeto VIDA NOVA ...... 64 5.3 Programa de Drenagem Urbana Sustentável ...... 70 5.4 Respostas Ecológicas de Longo Prazo a Variações das Enchentes no Pantanal Mato-grossense ...... 73 5.5 Monitoramento e Controle do Fluxo Hídrico e da Qualidade da Água na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai ...... 76 5.6 Proposta de Uso Sustentável do Ecossistema Pantanal: Produção de Pecuária de Corte...... 79 5.7 Parque Estadual Encontro das Águas (Águas do Pantanal)...... 82
ANEXOS ...... 84
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Este documento é o resultado dos serviços de consultoria referentes à “Avaliação da Viabilidade de Projetos na Área de Meio Ambiente na Bacia do Alto Paraguai”, elaborados pela COBRAPE – Cia Brasileira de Projetos e Empreendimentos para a JICA – Japan International Cooperation Agency.
Conforme o objetivo específico dos serviços, o presente documento é assim estruturado:
− BACIA DO ALTO PARAGUAI
Nesta parte é efetuada uma caracterização da área de estudo, levantamento da situação atual, do meio ambiente urbano e da ecologia natural da Bacia do Alto Paraguai e principais ameaças aos seus ecossistemas, bem como a descrição sucinta das principais entidades que atuam na região, e a situação dos programas mais importantes idealizados para a área. É também apresentado o arcabouço legal pertinente geografica e ambientalmente à região, com comentários específicos sobre as principais leis.
− ESTRATÉGIAS PARA A JICA
Com base no resultado dos levantamentos e pesquisas, é efetuada a avaliação das possibilidades de Cooperação Técnica por parte da JICA, através da seleção e indicação de um conjunto de projetos específicos para esta cooperação.
Deve-se destacar que, para a elaboração deste relatório, foram consultados documentos produzidos por diversas entidades, além de sites na Internet. Cabe ainda ressaltar a contribuição obtida nas entrevistas realizadas “in loco” com profissionais dos diversos órgãos públicos visitados, em Brasília, Cuiabá, Campo Grande e Corumbá.
BACIA DO ALTO PARAGUAI
1 DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS AMBIENTAIS 2 ESTRUTURAS INSTITUCIONAL E DE GESTÃO 3 LEGISLAÇÃO INCIDENTE E TÍTULOS INTERNACIONAIS
1. DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS AMBIENTAIS
1.1 Situação Geográfica
A Bacia do Alto Paraguai (BAP), situada na parte central da América do Sul, é parte da Bacia hidrográfica do Paraná-Paraguai, pertencente ao sistema do Prata, o segundo maior desse continente, depois do Amazonas. A bacia possui uma extensão aproximada de 595.000 km², dos quais 61% encontram-se no Brasil, 20% na Bolívia e 19% no Paraguai. Em território brasileiro, a Bacia situa-se nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, distribuída por quase uma centena de municípios dos dois estados.
Três elementos principais formam a BAP: os planaltos e elevações maiores, que abrangem a maior parte da bacia; a planície, na posição central; e as elevações residuais adjacentes à planície e suas depressões. Em época de chuvas, as águas planálticas escoam para o Pantanal em grande volume provocando as inundações, uma vez que o escoamento é bem lento, devido à baixa declividade.
No território brasileiro, afluentes da margem esquerda do rio Paraguai compõem a planície. O Rio Paraguai é um dos mais importantes rios de planície do Brasil, sendo o único escoadouro do Pantanal. Ele nasce na Chapada dos Parecis, próximo à cidade de Diamantino (MT) e, até sua confluência com o rio Paraná - na fronteira do Paraguai com a Argentina - percorre a extensão de 2.621 km. Desse total, 1.683 km são em áreas brasileiras.
Os principais rios que compõem as sub-bacias da BAP no Brasil são, além do Paraguai, os rios Cuiabá, São Lourenço, Itiquira, Correntes, Taquari, Negro, Aquidauana, e Miranda.
O Pantanal, que constitui a região pantaneira da BAP, com declividades da ordem de 1 a 2 cm/km, ocupa cerca de 165.000 km2 desta, sendo 140.000 km² no Brasil, distribuídos pelos estados de Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%).
As figuras seguintes ilustram a situação geográfica da área de estudo, na América do Sul, bem como algumas de suas características.
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1.2 Aspectos Gerais
O Alto Paraguai tem a sua maior parte situada em região de planaltos. O trecho central se encontra em planícies, em área deprimida e plana, onde a rede hidrográfica tem seu escoamento superficial prejudicado, promovendo inundações periódicas. Assim, o Pantanal, cuja denominação é considerada imprópria por alguns autores, já que suas águas estão em constante movimento, se constitui em uma imensa área úmida, sendo, de fato, a maior área úmida continental do planeta.
Áreas úmidas ou alagadas são ambientes altamente diversos que ocupam zonas de transição entre ambientes, mais altos, bem drenados e ambientes que permanecem sempre alagados. A delimitação dessas áreas úmidas é bastante difícil devido aos limites serem sempre difusos, aos níveis da água variarem de estação para estação e ao uso da terra pelos homens que altera a vegetação, os solos e o regime das águas.
A hidrologia das áreas úmidas cria condições que as diferenciam de outros ambientes terrestres e de águas profundas. Os sistemas hidrológicos variam muito em termos de freqüência de inundação, duração do ciclo hidrológico e profundidade da água. Padrões muito diferentes de inundação ocorrem nas principais planícies de inundação do mundo. É a regularidade do padrão de inundação a responsável por manter a estrutura e o funcionamento do ambiente. Sem esta regularidade, a produtividade dos peixes, os ciclos de crescimento da vegetação e o sucesso das migrações animais são seriamente afetados.
A pluviometria na região é de cerca de 1.000 a 1.500 mm/ano, sendo que nos meses de dezembro e janeiro as chuvas podem atingir a intensidade de 300 mm/mês.
Os solos da região do Pantanal são ácidos e fracos, com baixa disponibilidade de nutrientes. Ao norte e ao sul predominam solos de textura argilosa, havendo predominância de solos arenosos no Pantanal médio. De modo geral há maior fertilidade nas áreas de influência de sedimentos carreados pelos rios (Paraguai e tributários), observando-se fertilidade decrescente à medida que as terras se afastam dos grandes cursos d’água.
A vegetação, ao contrário das formações homogêneas típicas, apresenta-se como um mosaico de composições representativas de três regiões distintas: amazônica, cerrado e chaco. Nesse ambiente, coexistem aproximadamente 1.500 espécies de plantas, cujo conjunto fitofisionômico recebe a denominação de “complexo do Pantanal”.
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A variedade da vegetação, a topografia e a imensa quantidade de água acumulada no Pantanal garante alimentação, abrigo e local de reprodução para a vida animal em toda a planície e seus arredores. A região, considerada um dos principais centros de reprodução do continente americano, comporta uma das maiores diversidades animais do mundo
Os rios da região possuem uma exuberante fauna ictiológica com 263 espécies, onde se destacam o dourado e o gigantesco jaú, com mais de 100 quilos. Das cerca de 50 espécies de répteis conhecidas, além do jacaré, é importante mencionar a gigantesca cobra sucuri-amarela, que atinge 6 m de comprimento. A variedade de aves é representada por cerca de 650 espécies conhecidas, que no período da vazante se reúnem em grandes bandos, fartando- se de peixes e de outros animais nos corixos e baías. Destas aves de grande porte, destaca-se o Tuiuiú, espécie de cegonha, com até 3 m de envergadura, que é a ave símbolo do Pantanal,
O Pantanal recebe, ainda, bandos de aves migratórias provenientes do Ártico a caminho da Antártida. Quanto aos mamíferos, que somam cerca de oitenta espécies, há que assinalar a presença dos maiores carnívoros das Américas: a onça-pintada e a onça-parda, que pelo porte avantajado constituem constante ameaça à criação de gado e ao próprio homem, gerando mitos, medo e desconfiança.
Do ponto de vista de sua fisiografia, o Pantanal é usualmente dividido em 11 compartimentos, ou “pantanais”, cada um composto por parcelas de diversos municípios, conforme apresentado no quadro seguinte.
Quadro 1.1 - Compartimentos Fisiográficos do Pantanal Compartimento Área (km2) Municípios Poconé 16.000 Cáceres, Poconé, N.S. do Livramento, Barão de Melgaço, Sto. Antônio de Leverger Cáceres 12.000 Cáceres Barão de Melgaço 18.000 Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger Paraguai 10.000 Corumbá, Ladário, Poconé Paiaguás 27.000 Corumbá, Sonora, Coxim Nhecolândia 27.000 Rio Verde de Mato Grosso, Aquidauana, Corumbá Abobral 3.000 Aquidauana, Corumbá Aquidauana 5.000 Aquidauana Miranda 13.000 Aquidauana, Bodoquena, Miranda Nabileque 13.000 Corumbá, Porto Murtinho Porto Murtinho 4.000 Porto Murtinho
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1.3 População
A população residente na BAP se distribui por dezenas de municípios nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, atingindo aproximadamente 3.000.000 de habitantes, predominantemente em áreas urbanas. Os dados de população são apresentados nos quadros seguintes, onde os dados de população total são referentes à estimativa efetuada pelo IBGE para 2004. Nesta estimativa a população total dos municípios relacionados apresenta uma média de crescimento anual da ordem de 1,9 %. A distribuição entre população urbana e rural foi obtida adotando-se a mesma distribuição encontrada no Censo Demográfico de 2000. Note-se que as populações indicadas nos quadros se referem à totalidade do município e não somente à parcela localizada na bacia, que pode ser estimada em cerca de 1.900.000 pessoas.
Quadro 1.2 - Municípios total ou parcialmente na BAP (Mato Grosso) Área População População População Dens. Rural Município 2 (km2) Total Urbana Rural (hab/km ) Acorizal 841 6.078 2.897 3.181 3,78 Alto Araguaia 5.538 11.738 9.332 2.406 0,43 Alto Garças 3.660 8.350 7.260 1.090 0,30 Alto Paraguai 2.052 6.590 4.994 1.596 0,78 Alto Taquari 1.395 5.226 4.284 942 0,68 Araputanga 1.603 14.247 11.262 2.985 1,86 Arenápolis 415 10.608 9.779 829 2,00 Barão de Melgaço 11.182 6.566 3.107 3.459 0,31 Barra do Bugres 7.161 31.095 23.940 7.155 1,00 Cáceres 24.713 87.708 67.889 19.819 0,80 Campo Verde 4.795 22.991 17.442 5.549 1,16 Chapada dos Guimarães 6.227 17.272 10.362 6.910 1,11 Cuiabá 3.971 524.666 517.269 7.397 1,86 Denise 1.271 8.869 7.787 1.082 0,85 Diamantino 7.736 19.903 15.335 4.568 0,59 Dom Aquino 2.205 8.243 6.268 1.975 0,90 Figueirópolis D'Oeste 891 3.752 1.531 2.221 2,49 Glória D'Oeste 846 2.792 1.753 1.039 1,23 Guiratinga 5.358 11.562 10.527 1.035 0,19 Indiavaí 600 2.073 1.269 804 1,34 Itiquira 8.639 9.813 3.232 6.581 0,76 Jaciara 1.659 26.363 22.980 3.383 2,04
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Área População População População Dens. Rural Município 2 (km2) Total Urbana Rural (hab/km ) Jangada 1.022 8.112 3.140 4.972 4,87 Jauru 1.217 12.843 6.162 6.681 5,49 Juscimeira 2.205 12.635 8.296 4.339 1,97 Lambari D'Oeste 1.713 3.876 1.464 2.412 1,41 Mirassol d'Oeste 1.130 22.663 18.709 3.954 3,50 N. S. do Livramento 5.229 12.988 4.169 8.819 1,69 Nobres 7.314 15.432 12.318 3.114 0,43 Nortelândia 1.351 5.798 5.245 553 0,41 Nova Brasilândia 3.548 4.967 3.497 1.470 0,41 Nova Marilândia 1.947 2.798 1.853 945 0,49 Nova Olímpia 1.513 17.917 16.066 1.851 1,22 Pedra Preta 4.193 14.835 11.305 3.530 0,84 Planalto da Serra 2.454 2.939 1.715 1.224 0,50 Poconé 17.261 31.243 22.666 8.577 0,50 Pontes e Lacerda 13.123 40.830 27.600 13.230 1,01 Porto Esperidião 5.815 10.719 3.732 6.987 1,20 Porto Estrela 2.065 4.283 2.128 2.155 1,04 Poxoréo 6.923 18.056 12.661 5.395 0,78 Primavera do Leste 5.472 53.881 49.395 4.486 0,82 Reserva do Cabaçal 361 1.907 1.227 680 1,89 Rio Branco 529 4.762 3.251 1.511 2,86 Rondonópolis 4.165 163.824 154.675 9.149 2,20 Rosário Oeste 8.500 17.990 10.427 7.563 0,89 Salto do Céu 1.295 3.387 1.744 1.643 1,27 Sto Antônio do Leverger 11.828 15.459 5.524 9.935 0,84 São José do Povo 444 3.113 1.536 1.577 3,55 S. José Quatro Marcos 1.281 18.504 13.058 5.446 4,25 São Pedro da Cipa 344 3.596 3.054 542 1,57 Sto. Afonso 1.168 2.378 1.138 1.240 1,06 Tangará da Serra 11.728 68.191 59.678 8.513 0,73 Tesouro 4.017 2.402 1.947 455 0,11 Várzea Grande 901 242.674 238.171 4.503 5,00 TOTAL 234.815 1.691.507 1.468.050 223.457 0,95
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Quadro 1.3 - Municípios total ou parcialmente na BAP (Mato Grosso do Sul) AREA População População População Dens. Rural Município (km2) Total Urbana Rural (hab/km2) Alcinópolis 4.400 2.426 1.521 905 0,21 Anastácio 2.949 23.779 18.266 5.513 1,87 Antônio João 1.144 7.804 6.633 1.171 1,02 Aquidauana 16.959 45.543 35.453 10.090 0,59 Bandeirantes 3.116 6.556 4.625 1.931 0,62 Bela Vista 4.895 23.113 19.140 3.973 0,81 Bodoquena 2.507 8.494 5.302 3.192 1,27 Bonito 4.934 17.681 13.480 4.201 0,85 Camapuã 10.758 14.141 9.125 5.016 0,47 Campo Grande 8.096 734.164 725.637 8.527 1,05 Caracol 2.939 4.932 2.964 1.968 0,67 Corguinho 2.641 3.547 1.470 2.077 0,79 Corumbá 64.965 99.441 89.510 9.931 0,15 Coxim 6.410 32.630 28.986 3.644 0,57 Dois Irmãos do Buriti 2.345 9.636 4.503 5.133 2,19 Guia Lopes da Laguna 1.210 12.114 9.875 2.239 1,85 Jaraguari 2.913 5.847 1.535 4.312 1,48 Jardim 2.202 24.193 22.487 1.706 0,77 Ladário 340 17.023 14.985 2.038 5,99 Maracaju 5.299 27.871 22.525 5.346 1,01 Miranda 5.479 24.459 12.820 11.639 2,12 Nioaque 3.924 17.153 6.914 10.239 2,61 Pedro Gomes 3.651 8.646 6.605 2.041 0,56 Ponta Porã 5.329 66.054 58.969 7.085 1,33 Porto Murtinho 17.735 13.577 8.502 5.075 0,29 Rio Negro 1.818 5.344 3.678 1.666 0,92 Rio Verde Mato Grosso 8.152 19.710 16.752 2.958 0,36 Rochedo 1.561 4.787 2.742 2.045 1,31 São Gabriel do Oeste 3.854 19.277 15.621 3.656 0,95 Sidrolândia 5.286 27.519 18.588 8.931 1,69 Sonora 4.076 11.423 9.664 1.759 0,43 Terenos 2.841 12.516 6.098 6.418 2,26 TOTAL 214.727 1.351.400 1.204.975 146.425 0,66
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Parte da população que habita e vive no bacia é constituída de povos indígenas, com cerca de 33.000 pessoas em 26 terras indígenas. Destes podem-se destacar as seguintes etnias:
− Guató: povo considerado extinto por 40 anos, foi reconhecido em 1977 na Ilha Bela Vista do Norte. Constitui-se de uma tribo nômade, estabelecendo-se em cabanas somente durante a estação das águas;
− Terena: a maior parte dos Terena, cerca de 12.000 indivíduos vivem no oeste de Mato Grosso do Sul, em 8 reservas;
− Kaiowaá: compõem uma comunidade de mais de 16.000 indivíduos em 23 áreas reconhecidas oficialmente, das quais somente 3 estão situadas na Bacia do Alto Paraguai.
As figuras seguintes apresentam, sob a forma de mapas temáticos, a distribuição da população na bacia. No primeiro mapa, referente às populações apresentadas no quadro anterior, pode-se verificar a diferença do impacto das populações urbanas na bacia (representado por diferentes dimensões na simbologia) e das populações rurais (representado por diferentes cores em função da densidade de ocupação). O mapa seguinte apresenta a localização das áreas e aldeias indígenas na bacia.
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