DOI: http://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2012v19n27p14

QUANDO AS MULHERES FILMAM: HISTÓRIA E GÊNERO NO CINEMA DOS ANOS DA DITADURA

WHEN WOMEN FILM: HISTORY OF BRAZILIAN CINEMA GENRE IN THE YEARS OF MILITARY DICTATORSHIP

Alberto da Silva*

Resumo: Na virada dos anos 1970, a sociedade brasileira vivia um dos períodos mais difíceis da ditadura civil-militar imposta em 1964. Se durante a década anterior, os cineastas brasileiros mantinham ainda a esperança de uma mudança da sociedade através de um cinema engajado, o Golpe de Estado e cinema alegórico, barroco e “desencantado”. Por outro lado, se as mulheres, durante os anos 1960, estiveram ausentes, enquanto cineastas, no panorama colocando em evidência as questões relativas à subjetividade e ao corpo feminino, questionando igualmente a família e o autoritarismo patriarcal.  que coloca em destaque o trabalho de três diretoras brasileiras: Os homens que eu tive de Teresa Trautman (1973), Mar de Rosas de Ana Carolina (1977) e Patriamada$%&%'+/258 < = ?@ representações de gênero, e, igualmente várias mudanças que apontam para um B =@B brasileiro. Palavras-chaves: Estudos de gênero. Ditadura militar. Cinema brasileiro. Representações.

* Professor na Université Rennes 2 e na Université Paris IV - Sorbonne. Membro do Grupo de Pesquisa Centre de Recherche Interdisciplinaire sur les Modes Ibériques Contemporains 'HJKLKH2O QKWX5Y+Z[B5@ Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 15

Abstract:8B@B\[B@B @@[B]/5K@ B\%^BB@B [BBBB@[ BB[= OBP5kBBB@^B[]^ B\@B[B[ BBBB@?[B@[ =B@[BB5$B [@BBBBB B^%@B\YOs homens que eu tive de Teresa Trautman (1973), Mar de Rosas de Ana Carolina (1977) e Patriamada de $%&%'+/25KB< @B[@BBB a little the process of transforming representations of gender, and also several BB^%BB^BB@BB[ @\5 Keywords:w5L[B5\5 Representations.

INTRODUÇÃO

wH W]+ na França, tantas crises sucessivas de estruturas sócio-ocidentais que coincidem, +B oprimidos: militando pelo direito à diferença e criticando o sistema patriarcal, B<B 5JORP1, segundo algumas abordagens teóricas, um novo cinema aparece durante esse \@5 Nos Estados Unidos e na Europa, o movimento feminista esforçava-se em B QR 5|BL[ =@ dominante e o cinema paralelo: o “cinema das mulheres” deve oferecer outras 52}<8 ~ \X w'De cierta manera/2<JLB (Cosas de mujeres€+Rompiendo el silencio, 1979), a colombiana Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 16

H(¿ Y su mamá que hace ?+2L~ Bemberg (Momentos+Señora de nadie+ƒ25$ elaboraram algumas obras que questionam os valores patriarcais sem, portanto, sistematicamente adotar uma etiqueta feminista.3 No Brasil, após as mudanças políticas de 1964, data na qual foi imposta uma ditadura militar que se prolongou durante vinte e um anos, @ familiares e patriarcais e com uma forte censura. Por outro lado, a esquerda brasileira associava essas reivindicações às questões burguesas, sem nenhuma importância no momento onde a prioridade era a luta contra a ditadura.4 B\L L„ [k= ] @B= = B55 $ 5 8=$$'Os homens que eu tive, 1973), Ana Carolina (Mar de Rosas2$%&% (Patriamada+/2 qual eles se inseriram na história do cinema brasileiro, dando destaque à subjetividade do gênero, repensando as relações com os corpos, os papeis <@Y= <B5

PROIBIÇÃO E NORMATIZAÇÃO NO PERCURSO DO FILME OS HOMENS QUE EU TIVE DE TERESA TRAUTMAN

}XQ$ $@=JQK |\8~X Q\ =@ Š de um primeira longa-metragem.68A curtição no Fantasticon: os deuses do sexo (1973), escreveu o seu primeiro roteiro: Os homens que eu tive.7 Q[@~ =] rapidamente uma imensa popularidade, circulando entre produções grand public e de autor, além de papéis nas novelas Eu Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 17

compro essa mulher'<€‹Œ‹]]€‹‹]]2O Sheik de Agadir'<+‹‹]]M‹ƒ‹]2w LJ H„=L5k Os homens que eu tive colocou em evidência a maneira segundo a qual Leila <Y O pasquim em 1969, um escândalo que lhe rendeu um interrogatório na Polícia Federal, além do ostracismo no meio artístico, impedido-a de trabalhar durante um bom período.+ K@ƒ= $$?~ @5} =~ @B w =B@ < 8São Paulo Sociedade Anônima (1965) de Luís Sérgio Person ou a prostituta Geni em Toda nudez será castigada (1973), adaptado da peça de 8|5 Em Os homens que eu tive wQ[ 'w|25OP=Q[ propõe que Sílvio, um de seus amantes, venha morar com o casal. Dode aceita 85 Q[ BQ'8H2 =<58 tentar viver com Peter, ela se instala em uma casa onde vive uma comunidade com um modo de vida alternativo para a época. Nesse ambiente de peace and loveQ[$'LL2BB= B5}=Q[<$ = 5Q= @ B =B5Q[$5 Se Os homens que eu tive~ < do corpo e da família que circulavam na sociedade brasileira nos anos 1960 e 1970. Primeiramente lançado em 1973 em três cidades importantes para o J|\„XQ5 J\„  <XQ5X$$@ por causa de um telefonema entre uma senhora membro da alta sociedade \„< = =5?BŒ@ Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 18

8\ =59 Durante suas negociações com a Censura Federal, Teresa Trautman @BL|8 Os homens e eu @Q[B5 ~ ] da censura ditatorial.10 Nesses termos, era inconcebível que a imagem de uma B@<5$@ Q[B 5O<€ /YO adultério consentido e comentado. Adota linguagem vulgar, com palavras de <@P511 8 LB=@ O@= B=@<P 512 A Q[= espera de uma mulher casada. Além de que, ironicamente, se o título Todas as mulheres do mundo k~ B]]$$ B@ de igualdade que é inaceitável pelo poder falocêntrico da ditadura civil-militar dos anos 1970. Principalmente em um período onde triunfavam as produções BB=<Os roubos das calcinhas ou Uma calcinha na mão. Os homens que eu tive é ambientado no cenário colorido e luminoso J|@B@ @ w

Eu disse ao Alberto Salvá [diretor de fotografia] que queria ver tudo o que estivesse em cena. Nenhum canto mal iluminado, nada escuro, nenhum móvel pesado. Eu =@ 5B58 das pessoas é lindíssima. Você vê tudo o que está em cena, Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 19

58 @ mulheres buscando o seu espaço, como acontecia demais @ intenções.13

Assim, Teresa Trautman inseriu seus personagens no mesmo ambiente =~ Y J|5 wWB== <5@ da psicanálise:14?=< ~ 5 k B5k =~ @ por uma boemia intelectual que gostava de se encontrar na praia de Ipanema, =5} Q[ = dependente economicamente do marido e vive um modelo de esposa nos moldes 5O== B 5 Os homens que eu tive=@ <+  pornochanchadas. Nessa época, a crítica brasileira considerava que, de uma =@OP \@@@ sua trama.15 Na verdade, essas críticas se concentravam nos sete anos de <  = lugar reservado às mulheres na sociedade brasileira no início dos anos 1970. @  <+ @ políticos, mas igualmente uma mudança que concerne às relações de gênero @@ < Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 20

=<\ dos Estados Unidos outras concepções dos modelos masculinos e femininos. 8 @@ X X@=B =Todas as mulheres do Mundo que, segundo Santeiro “lembra o conformismo machista dominante na sociedade brasileira”.16 Seja como for, embora Os homens que eu tive retrate o universo @ em um momento onde as cineastas nacionais retornam sur la scène 5}< $$ ‹ ~ 5

SUBMISSÃO E REVOLTA MERGULHADAS EM UM MAR DE ROSAS

 8HX HX~5H”„ŠAs amorosas']+2 seu primeiro longa-metragem Getúlio Vargas'/2Y antigo Departamento de Imprensa e Propagada (DIP). Em seguida, Ana Carolina @ Mar de Rosas'2\<< feminino em Das Tripas Coração'+ƒ2  em Sonho de Valsa'+2 = OB sua identidade”.17 Em Mar de Rosas8H estória de Felicidade (Norma Bengell) e de Sérgio (Hugo Carvana), um casal =?J|XQBB \B'HQ25 e a esposa continua até o banheiro do quarto de hotel onde a família se hospeda. \B=== 58B B@@58= @k\ Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 21

'k825HB nada menos que um empregado de Sérgio, o marido agredido no banheiro do B58 =\B @ '8[2 }'L[L2== pacata cidade de interior do Brasil. Em Mar de Rosas8H< @5L <B  igualmente através de planos em que Betinha observa constantemente 5 = Y no banco do passageiro da frente, cujo olhar parece perdido e vago, enquanto \B< 5 Após um segundo plano onde só o marido aparece dirigindo, a câmara \B=5 =B= B == será constantemente colocada em evidência durante este road movie. \B58 8H@\B B5\B= BB<?B @ comportamento turbulento de Betinha coloca a adolescente numa perspectiva imediatamente diferente do conformismo e da passividade encarnados pela sua 58 B}\ Felicidade, Ana Carolina perturba a lógica do olhar patriarcal dominante. Após O homem do Sputnik de (1959), comédia musical no melhor estilo de chanchadas onde @\\} \ os anos 60, nas quais ela encarnava quase sempre personagens femininos que @<Q@R 5+ [B[^JB [ =YOP5 XL?= 19 [= Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 22

=BQ<R\ 520 Ao escolher Norma Bengell para o papel de Felicidade, Ana Carolina criou justamente uma O<P Q<R5Q=  < =B \<5 Ao chegar à casa de Dirceu e Niobi, o filme toma outro ritmo, @= =\B o tédio desse ambiente fechado, que representava um casamento tradicional, = 5}@ vai ao banheiro e em um longo plano-sequência, Barde a segue, tira sua @5} B = personagem feminino, cuja melancolia é sublinhada por um solo de violino que acompanha toda a sequência. Barde tira violentamente as roupas de Felicidade B feminina que se encontra seminua. Felicidade é esmagada entre o muro e Bardi. 8 Boff da personagem feminina que recita uma 8H521 }@@@ 5k <@B ?@ quando um travelling @5LB@‹ 8H@@B QB @R5 feminina, Betinha se inscreve todo o tempo em um discurso ativo. Ela que B  =@@ 5 8=@BB acidente de automóvel: o carro de dois jovens recém-casados cai dentro de um Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 23

canal e, em um plano de conjunto, uma parte do corpo da moça morta, vestida <5 Símbolo do fracasso de um modelo conjugal tradicional? O esgotamento da ˜8 femininos: ela lembra à Felicidade o fracasso do seu próprio casamento. Quanto \B@Y doravante, em várias situações ela tentará matar Felicidade. Dentro do carro, enquanto Felicidade dirige, Betinha escreve sobre seu rosto e fura seu pescoço @ }B B5 O corpo de Felicidade é progressivamente marcado pelas agressões de B 5 LL„ [k+ @ 522 de Luis Buñuel, convém ter em conta a maneira com a qual Ana Carolina 5X= de metáforas que se inscrevem em performances de gênero constantemente = desconstruir esses modelos. Q? um distanciamento que tem um papel e um lugar essencial através do qual os @\< e sobre o mundo ao seu redor. }\B  @ patriarcal representada por seu marido e por Barde. Felicidade, cujo corpo é B @BB5 Q}\ @23< qual se estabelece uma maneira de decompor uma imagem midiática que no @@= das mulheres, reforçando na verdade o olhar patriarcal. Como diria Michelle Coquillat, diferentemente do “poder simbólico masculino”, “le pourvoir de la BPOP<B  <524 Q?8 H= Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 24

 = 5 XL%B\%B QRB=525 No cinema de Ana HB=<5 L=X  sentido da ordem e autoridade hierárquica que ele representa é retomado pela presença de Barde, que o substitui, até mesmo dentro do carro retomando Y\\B continua no banco de trás. \@@ de um discurso reforçando a obediência às hierarquias, Betinha reage a tudo isso Y@ @5 @ QR5 Agitada, insolente, mal criada, sarcástica, desagradável, cruel, a adolescente de Mar de Rosas QR =B dependente e submissa. O riso mistura-se à ironia para desativar a violência QR =@@ quanto ao modelo da família tradicional. }\B@ \Y= QR5}\B @?\5} =<\B @ trem, que segue por um caminho desconhecido. Enquanto o trem se perde na  58@ \B=B5 =5 Modelo feminino possível, ainda desconhecido, mas completamente distante da passividade de Felicidade, de agora em diante, ela escolhe seu caminho, uma metáfora do estado do movimento feminista brasileiro dos anos 70 que = resistência de uma direita conservadora e uma esquerda machista.26 Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 25

GÊNERO NO BRASIL DA ABERTURA POLÍTICA EM PATRIAMADA DE TIZUKA YAMAZAKI

Formada em cinema pela Universidade de Brasília (UnB), antes de se $%&%B }QXO amuleto de Ogum e Tenda dos MilagresJorjamado no cinema (1977) e A idade da Terra'++2wJB <+Bete Balanço'+/2 Rock Estrela'+]2~J527 }?$%&%B de sua família ao Brasil para escrever e dirigir seu primeiro longa-metragem Gaiijin, caminhos da liberdade (1979), num momento em que, como ela mesma OB=B< a mulher diretora de cinema”.ƒ+ Uma temática que ela procurou desenvolver em Parayba, mulher macho'+ƒ2=B 8[\= Œ| Dantas. \@ \=BH |J|+/5XY

= =5= = =@5= =529

8B$%&% @ propondo um dispositivo no qual ela estabeleceu três visões diferentes do BY?=H ' \B2<JBœ '”HB2wB \5 L 88? = desenrolavam os acontecimentos históricos que agitavam o país, tiveram que se adaptar a esses mesmos eventos políticos, principalmente à perda da emenda Dante de Oliveira das diretas no Congresso Nacional. Um fato que Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 26

? =@ =?YQ L@Q XMQ X$}QL \M Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Nesse impasse e tendo como <=w os três atores principais, os produtores e alguns membros de sua equipe e os ==B 5 OP Muda Brasil'+€2k^HCéu Aberto'+€2|\ 8?JLB|= =? @ Q X?‹5X?Y

8Patriamada. Sem escapar de inibidas cenas de apoio à candidatura de Tancredo Neves, o PMDB assume um papel preponderante = ? Q$5Q@ @? poder, sem condições de fechar o enredo com propostas de  5Q que documentavam, a uma subserviência às regras traçadas por um sistema ainda conservador, mas que surgia no plano nacional com cara de coisa nova.30

}<B quando ele se afasta das esperanças esquerdistas de Lina, a jornalista petista, <JBœ industrial Fernando Emílio de Moraes, mas, sobretudo, apresentando o estado de espírito de Goiás, alter egoB? ?= B anos de chumbo e do fracasso dos projetos revolucionário elaborados nos ]= H + Ok<< <<? uma aventura individual”.31 Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 27

Em Patriamada, acompanhamos as transformações políticas até pouco antes das eleições nas quais foi eleito o primeiro Presidente civil após a ditadura. k = < O@$W esperando os boletins médicos”,32 recém-eleito, Tacredo Neves, que morre, antes mesmo de ser empossado. +$%&%= Patriamada @ ?<@B de participar de um momento importante da história do Brasil.33 Se em Patriamada, a cineasta buscou registrar as mudanças de um =@ igualmente pensadas e colocadas em um momento importante da história brasileira. Através do olhar de seus três personagens, a diretora passeou sua B os artistas. X@@~ ~ 5 HQ[Os homens que eu tive, Caroline vive um BB<JBœ o cineasta romântico Goiás uma personagem que encarna a sensibilidade do “novo homem” brasileiro.34HQ[Patriamada, Lina termina 5k” Chagas é o chefe de uma empresa saído de uma família tradicional da elite industrial brasileira que rompe com o seu meio: ele se coloca ativamente no  @H5w Patriamada. Essa personagem se inscreve em outro modelo de masculinidade: se por um lado ele é um pai solteiro que se B@B B lado, em nenhum momento ele se opõe à liberdade e às escolhas de Carolina: escolhas ligadas ao engajamento político das mudanças pelas quais passava o país, mais igualmente, pela luta por uma independência e liberdade em 5} Bloch é constantemente confrontada com um mundo de trabalho competitivo B@ =@ de relações de gênero. 8 +K=O< Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 28

QRP deste período “afastou-se de seus temas e estilos, enterrou a estética da fome, QRP535Q do cinéma d’auteur desse período propõem outras representações do feminino e do masculino que se inscrevem em uma via da pós-modernidade, no sentido OP|36 @ @OP58Š537 X == = =@ historia do cinema brasileiro. Por outro lado, se em alguns deles, as questões @ == =‹\=  histórico da sociedade brasileira.

NOTAS

1 CASETTI, Francesco. Les Théories du Cinéma depuis 1945. Paris: Nathan, 1999. p. 374. 2 L8&}|B5 B[8@=5KYJ&}8O \ WK}H 8Ow'k52CinémaAction, n. 67, “20 ans de théories féministes PQH‹$ ‹H 'Œ2+]ƒ5 3 SAN MARTIN, Patricia Torres. Scènes et espaces féminins: quelques cinéastes latino- américaines. In: SINARDET, Emmanuelle. Histoire et Sociétés de l’Amérique Latine, n. 14, ƒ5+€5 4 Q Jk|L5}@@Y\'+25 Revista Brasileira de História,5ƒ]ƒ]5ƒ/ƒ]5QK}$kH J|5Uma História do Feminismo no Brasil5XQYQ8ƒŒ5 5 LO}J8$k k~KWKJ8L„ [5As musas da matinê. Rio de |YJ8+ƒ5W LO}J8$k k~KWKJ8L „ [5œB5KYEncontros com a Civilização Brasileira , v. ƒ]J|YH\+55ƒ/5 6 „}J„5$$5KYJ8LkXLKJ8} 8~5 Enciclopédia do cinema brasileiro5XQYX}8H55€/]5 7 8 / Q = R=@Deliciosas traições de amor'€2+Sonhos de menina-moça. + QK$8}wO&|=5~ @5wk~ }\Jw L'k525 ~ 5Revista Estudos Feministas, v. 2, n. 2, set. 1994, p. 474-494. Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 29

9 SIMÕES, Inimá. Roteiro da Intolerância: \5XQY X}8HXQ55+Œ+/JJKJ8|5$ traumas. In: Folha de São Paulo+‹+‹+5kB=$ anos depois, In: O Estado de São Pauloƒ‹+‹+5ƒ5 10QJKJ85kB=5KYJornal da Tarde,‹+‹+ p. 19. 11 Citado em SIMÕES, Inimá. Roteiro da Intolerância:\5 XQYX}8HXQ55+/5 12 FOUCAULT, Michel. Historia da sexualidade I: 5J|Y w++555 13 “Os homens que eu tive, uma derrota da censura”, In: Jornal da Tarde‹+‹+55 14 Ver VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade 5J|YŸB+W~„kw5Subjetividade e sociabilidade: <5J|Y|ŸB+]W~„kw5 e subjetividade. In: DE ALMEIDA, Angela Mendes (org.). Pensando a família no Brasil: da 5J|Y$OJJ|+55+5 15 REIS, Moura. Simpático, simples, direto. E levemente ingênuo. In: Jornal da Tarde, +‹+‹+5ƒQkB=R5KYO Estado de São Pauloƒ‹+‹+5ƒQJKJ85QkB=R55KY Jornal da Tarde‹+‹+55 16 SANTEIRO, Sérgio. O sol visto da lua. Filme Cultura5Œ€‹Œ]?5‹5‹5+5 ]+]5 17H8Jk~K}885HY@ 5KYJornal de Brasília, ‹‹+58Sonho de Valsa8H @ \Amélia (2000), ela retoma as relações de poder, tendo como característica a ironia e o humor, sempre presentes na sua mise en scène. Em 2002, ela dirige Gregório de Matos, construído a partir de vários poemas de Boca do K@ WKK< 5 +W 8XK~W885~ =}\YR 5 KYJ~8} HBwJ}KJ\'k525Femmes, culture et pouvoir. Relecture de l’histoire au féminin XVe – XXe siècles5œ Y~QRO ~H Intercultures, 2010. p. 95-105. 19 MORIN, Edgar. Les stars5QYXƒ55++5 20 &JJB5Le star-système hollywoodien5QY~R„ƒ/55ƒ+5 21LkH8JŸ~5J\5<5KYL8JJ5 Y8H5 QY¡~LW@@Q J55~5J|W W 'ƒ+5<525 22LO}J8$k k~KWKJ8L„ [5L 5KY Q8J8}8wO8Q8'k525Le cinéma brésilien. Paris: Centre Georges Pompidou, +55ƒŒƒ+5 Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 30

23\}w~~}5LQ5KYFolhetim5+‹‹+ \kJwXL5K5H}\5KYO Estado de São Paulo, ƒ‹‹+5 24HkœOK~~8$LB5~@R\5KYŠJ8ŠkWK$H„k X~~KJw WK}}k$'k525Femmes de pouvoir:[B@5 QY~R„ƒ55€5 25\8Š„$K}L%B5L’oeuvre de François Rabelais et la culture populaire au Moyen Âge et sous la Renaissance5$8 J5QYwƒ+55/X$8L J5L%B\%B=5KYŠ8Q~8}58'k525O mal-estar no pós-modernismo: 5J|Y|ŸBŒ55 /+/5 26QK}$kH J|5Uma História do Feminismo no Brasil5XQY Q8ƒŒ55+5 27H8$8}kLJ5$%&%Y5 Revista de cinema, 5Œ5ŒŒ?5ƒŒ5Œ+5 ƒ+ Idem, p. 16. 29\OJ$k}|5XB[Y^^B$%&% Patriamada. Film Quarterly5/55+5ƒ5}+$% &%B@ considerável, como em O pagador de Promessas'€M€++2 wJw5< de um cinéma grand public</ (Lua de CristalM RequebraMMƒXuxa em O mistério de FeiurinhaMƒ2$B'O Noviço RebeldeM25ƒ€ w?'w?M8XMƒ€2 duas outras produções em 2010, Amazônia Caruana e Aparecida – O Milagre. Um percurso que mereceria um estudo aprofundado. 30L8H„8 k|O}KkJJ5QY5 Caderno de Crítica5+]5ƒƒ]5 31 KwOXH5+]MH 5KYWK8}&8<8W~8J| H'k.) O processo do Cinema Novo. : Aeroplano, 1999. p. 425-479. 32H8$8}kLJ5$%&%Y5Revista de cinema, 5Œ5ŒŒ?5ƒŒ5Œ+5 33 BURTON, op. cit. 34QBR k~KWKJ8QQ5A construção social da masculinidade5\„YOLwJ|YKOQJ|ƒ/Lk}$KJk L%X[ 85Masculinidade em revista: um estudo da WKQ<Sui Generis e „5 8K H„OHQ@5 5 ww ƒ}k~8XHkX585O mito da masculinidade5J|YJ Œ55+5 358WKJK5Cinema brasileiro moderno5XQYQ$ƒ/55Œ+5 Revista Esboços, Florianópolis, v. 19, n. 27, p. 14-31, ago. 2012. 31

36|8LXk}5k5KYŠ8Q~8}58 (Org.). O mal-estar no pós-modernismo: 5J|Y|ŸB 1993. p. 25-44. 37Š8Q~8}585K5KYŠ8Q~8}555/5

Artigo recebido em junho de 2012. Aceito em agosto de 2012.