Um Éon de história dos Bivalvia: ideias sobre a sua origem, filogenia e importância paleontológica e educativa Ricardo J. Pimentel1, Pedro M. Callapez2 & Paulo Legoinha3 1 Agrupamento de Escolas de Guia, P-3105 075 Guia, Pombal, Portugal. E-mail:
[email protected] 2 Universidade de Coimbra, CITEUC - Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Ciências da Terra, Polo II, Rua Sílvio Lima, P-3030 790 Coimbra, Portugal. E-mail:
[email protected] 3 Universidade NOVA de Lisboa, GEOBIOTEC - GeoBiociências, Geotecnologias e Geoengenharias, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Ciências da Terra, Quinta da Torre, P-2829 516 Caparica, Portugal. E-mail:
[email protected] Resumo: A Classe Bivalvia, cuja monofilia se encontra bem suportada por estudos recentes, destaca-se como o segundo taxon, em termos de biodiversidade, do Filo Mollusca. O registo da sua história evolutiva remonta ao Fortuniano (Câmbrico). Diversos dados paleontológicos fundamentados no registo fóssil sugerem que os bivalves atuais são, sobretudo, herdeiros de carateres morfológicos e requisitos ecológicos transmitidos por linhagens da transição devónico-carbonífera. Estes invertebrados habitam a maioria dos ambientes aquáticos atuais e constituem um dos principais grupos de animais invertebrados da biosfera atual, são herdeiros de uma longa história evolutiva e ecológica que é intrínseca à própria história biótica dos oceanos durante o Fanerozoico. São um exemplo de sucesso entre as comunidades bióticas e a sua abundância, diversidade e acessibilidade propiciam a sua utilização como recursos educativos em Ciências Naturais. Palavras-chave: Bivalvia, Educação científica, Filogenia, Mollusca, Registo fóssil.