Os Quilombolas Monarquistas da Jamaica no Mundo Atlântico Britânico, 1740-1800 Th e Royalist Maroons of Jamaica in the British Atlantic World, 1740-1800 Ruma CHOPRA1 https://orcid.org/0000-0002-4838-4678 1 San Jose State University One Washington Square, San Jose, California, 95192, USA
[email protected] Resumo Este artigo investiga como uma comunidade de ex-escravos, os quilombolas de Trelawney Town, do norte da Jamaica, sobreviveu à escravidão e ao exílio, aliando-se aos interesses do Império Britânico. A Jamaica, como outras sociedades escravistas do Novo Mundo, produziu fugitivos, e quando esses escravos fugidos estabeleceram comunidades separadas e autônomas de longa duração foram chamados, em inglês, de Maroons e, em português, de quilombolas. O isolamento protegeu os quilombolas jamaicanos da escravidão, mas também os impediu de participar da prosperidade do Império Britânico em expansão. Em 1740, após anos de guerrilha contra a elite colonial, seis grupos quilombolas da ilha assinaram tratados nos quais aceitavam o regime da plantation, optando por usar sua experiência de guerrilha em benefício dos grandes proprietários, e não contra eles. Em troca de sua própria autonomia, tor- naram-se caçadores de escravos e impediram outros escravos de estabe- lecer novas comunidades quilombolas. Porém, décadas de lealdade não evitaram que o maior grupo de quilombolas, o de Trelawney Town, fosse banido. Em 1796, após uma guerra violenta, o governo colonial depor- tou-os sumariamente para a Nova Escócia britânica. Depois de quatro Recebido: 25 abr. 2018 | Revisto: 31 jul. 2018 | Aceito: 15 ago. de 2018 http://dx.doi.org/10.1590/0104-87752019000100008 Varia Historia, Belo Horizonte, vol.