Pieter Bruegel, Philip Galle E Hieronymus Cock Na Impressão De As Sete Virtudes (1559- 1560): Rede De Impressores E Confessionalização Nos Países Baixos
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS, CAMPUS GUARULHOS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA MARIANA STEFANNY MOISÉS DUZZI Pieter Bruegel, Philip Galle e Hieronymus Cock na impressão de As sete virtudes (1559- 1560): rede de impressores e Confessionalização nos Países Baixos Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em História. Orientação: Prof. Dr. Luís Filipe Silvério Lima GUARULHOS 2021 1 MARIANA STEFANNY MOISES DUZZI PIETER BRUEGEL, PHILIP GALLE E HIRONYMUS COCK NA IMPRESSÃO DE AS SETE VIRTUDES (1559-1560): REDE DE IMPRESSORES E CONFESSIONALIZAÇÃO NOS PAÍSES BAIXOS Trabalho de conclusão de curso, sob orientação do Prof. Dr. Luís Filipe Silvério Lima, apresentado à Universidade Federal de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em História. GUARULHOS 2021 2 DUZZI, Mariana Stefanny Moises. Pieter Bruegel, Philip Galle e Hieronymus Cock na impressão de As sete virtudes (1559-1560): rede de impressores e Confessionalização nos Países Baixos. Mariana Stefanny Moises Duzzi. – 2021. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em História) – Universidade Federal de São Paulo, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Guarulhos, 2021. Orientação: Prof. Dr. Luís Filipe Silvério Lima. 1 Virtudes; 2. Gravuras; 3. Confessionalização. 4. Redes de impressores 3 PIETER BRUEGEL, PHILIP GALLE E HIRONYMUS COCK NA IMPRESSÃO DE AS SETE VIRTUDES (1559-1560): REDE DE IMPRESSORES E CONFESSIONALIZAÇÃO NOS PAÍSES BAIXOS Trabalho de conclusão de curso, sob orientação do Prof. Dr. Luís Filipe Silvério Lima, apresentado à Universidade Federal de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em História. Aprovação: ___/___/_______ Prof. Dr. Luís Filipe Silvério Lima Universidade Federal de São Paulo Prof. Dra. Flávia Galli Tastch Universidade Federal de São Paulo Prof. Dr. Rui Rodrigues Universidade Estadual de Campinas 4 Ao meu bisavô, Cesário (in memoriam) 5 AGRADECIMENTOS Escrever a monografia durante a pandemia me fez repensar e valorizar ainda mais os laços, os afetos e o companheirismo de tantas pessoas incríveis que tornaram meus dias melhores. É um privilégio poder me cercar de amigos que se fizeram presente nos momentos bons e nos mais difíceis. Em especial, agradeço ao meu professor e orientador, Luís Filipe Silvério Lima, que me apresentou a área de História Moderna. Obrigada por sua amizade, conselhos, orientações profissionais, aulas sensacionais e histórias engraçadas. Agradeço também ao professor Rui Rodrigues, da Unicamp, que prontamente ofereceu caminhos para o desenvolvimento dessa pesquisa e também sua continuidade. Obrigada, professores Jaime Rodrigues e Denilson Botelho, pela orientação e todos os momentos compartilhados durante minha participação no grupo PET- História. Agradeço, igualmente, aos demais professores da EFLCH e todos os funcionários da Unifesp, especialmente às mulheres que trabalharam no Restaurante Universitário, que permitiram que a vida de uma estudante fosse mais prática e feliz. Agradeço aos meus veteranos e amigos mais próximos, Marcos e Elias, que compartilharam comigo a aflição das provas e o prazer de comemorar cada tarefa cumprida. Aos meus colegas de turma, Flora, Thamyres e Matheus, pela amizade e cumplicidade. Ao meu querido amigo, Danilo, alguém que tenho muito carinho e me ajudou a estar hoje na Unifesp. Às minhas amigas que moram comigo, Bruna, Juliana, Julia, obrigada por compartilhar comigo os momentos mais pessoais possíveis e, especialmente, obrigada pelo carinho, pelas trocas e todo apoio. Às minhas amigas queridas, Bianca e Gabrielle, agradeço pela amizade mais sincera e divertida, pelas conversas, agora adaptadas por ligação e, principalmente, por estarem sempre por perto. Também agradeço aos meus colegas do grupo de pesquisa ‘Poder e religião na Época Moderna’, Aline, Lury, Beatriz, Heloíse, Mayumi, Bruno, Bruna, Lívia, com um agradecimento especial à Verônica, que me ajudou em tantos momentos durante o desenvolvimento dessa pesquisa; à minha amiga Victoria, cuja amizade é um verdadeiro acalanto - somos uma ótima dupla de trabalho e de amizade; e ao meu companheiro, Vinícius, por me ajudar a passar pelos momentos mais difíceis, por compartilhar sonhos e projetos e tornar a vida mais especial possível. Por fim, agradeço a minha família – meu pai, minha mãe, minha irmã, meu avô e meu tio e minha vó, com todo carinho do mundo-, que sempre me estimulou a estudar e me permitiu acreditar que a vida poderia ser diferente. Dedico, por fim, um imenso agradecimento e que seja viva toda memória à professora Márcia D’Aléssio, que foi uma mulher admirável e certamente uma das melhores professoras que eu tive o prazer em ter aula, e ao meu bisavô, Cesário Estevam, que foi um homem forte, sagaz e que me ensinou a importância da honestidade e do trabalho. Que suas lembranças estejam sempre presentes! 6 RESUMO Nessa pesquisa monográfica, investigamos as representações iconográficas das virtudes cardeais e teologais na série de gravuras As sete virtudes, publicada por Hieronymus Cock, entre 1559 e 1560 em Antuérpia, a partir dos desenhos de Pieter Bruegel e das gravações de Philip Galle. A série representa as alegorias de Caridade, Esperança e Fé, como virtudes teologais, e de Prudência, Justiça, Fortaleza, Temperança, como virtudes cardeais. Nosso interesse tem sido explorar a mudança iconográfica nas representações de virtude a partir das disputas confessionais das décadas de 1550 e 1560, bem como problematizar se essas disputas projetaram uma mudança na iconografia de As sete virtudes. Baseado em análises iconográficas, textuais e materiais da série, bem como processo de produção coletiva, impressão e circulação das gravuras, propomos que a As sete virtudes se constituiu como exemplar retórico-visual pedagógico e catequético, que propunha um modelo prático e didático de vida em virtude, supostamente alinhado a uma chave erasmiana de espiritualidade. Por seu turno, esses objetos manifestavam opiniões político-religiosas específicas diante dos processos mais rígidos de disciplinamento social e Confessionalização, da segunda metade do século XVI. Palavras Chave: virtudes, gravuras, Confesssionalização, redes de impressores ABSTRACT In this monographic research, we investigated the iconographic representations of the cardinal and theological virtues in the series of engravings The Seven Virtues, published by Hieronymus Cock, between 1559 and 1560 in Antwerp, from the drawings of Pieter Bruegel and the copper plates of Philip Galle. The series represents the allegories of Charity, Hope and Faith, as theological virtues, and Prudence, Justice, Fortitude, Temperance, as cardinal virtues. Our interest has been to explore the iconographic change in representations of virtue from the confessional disputes of the 1550s and 1560s, as well as to question whether these disputes projected a change in the iconography of The Seven Virtues. Based on iconographic, textual and material analyses of the series, as well as the collective production process, printing and circulation of the engravings, we propose that The Seven Virtues constituted itself as a pedagogical and catechetical rhetorical-visual example, which proposed a practical and didactic model of life in virtue, supposedly related to the appropriation of erasmian humanism. In turn, these objects expressed specific political-religious opinions in face of the stricter processes of social discipline and Confessionalization, of the second half of the 16th century. Keywords: virtues, engravings, Confessionalization, printer networks. 7 Sumário Introdução ................................................................................................................................. 10 Capítulo 1: Pieter Bruegel, Philip Galle e Hieronymus Cock: mercado editorial e redes de impressão em Antuérpia e Haarlem ........................................................................................ 17 a. Aux Quatre Vents: guilda de São Lucas e censura ......................................................... 19 b. Redes de impressão: uma revisão da noção de autoria....................................................21 Capítulo 2: As sete virtudes: balanço bibliográfico e iconografia das virtudes ....................... 26 a. Balanço bibliográfico.......................................................................................................28 b. Gravuras de As sete virtudes: visualidade, textualidade e aspectos materiais.................30 I. Charitas ...................................................................................................................... 32 II. Spes.............................................................................................................................39 III. Fides...........................................................................................................................44 IV. Prvdentia....................................................................................................................51 V. Ivstitia.........................................................................................................................55 VI. Fortitvto......................................................................................................................62 VII. Temperantia................................................................................................................68 Capítulo