1625 Região Autónoma Dos Açores
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Diário da República, 1.ª série N.º 66 2 de abril de 2012 1625 g) Estudar e propor a política relativa ao apoio logístico logístico e operacional, perseguindo objetivos de intero- nas Forças Armadas, colaborando na definição da respe- perabilidade; tiva doutrina, normativos e procedimentos, em ligação às c) Elaborar e propor a política de defesa no âmbito do organizações internacionais de defesa; ambiente, coordenar e acompanhar a respetiva execução; h) Coordenar e assegurar, na área das suas competências, d) Propor, implementar e coordenar as atividades de a participação nacional e a representação do Ministério da caráter ambiental, de gestão da energia e dos recursos Defesa Nacional em organismos e grupos de trabalho de naturais, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável; âmbito nacional ou internacional e a execução dos com- e) Intervir, como órgão técnico no domínio do ambiente, promissos daí decorrentes. nos processos relativos ao armamento, equipamento, in- fraestruturas e serviços de defesa e cooperar com os ramos Artigo 4.º das Forças Armadas na implementação e na manutenção de sistemas de gestão ambiental; Direção de Serviços de Infraestruturas e Património f) Promover e coordenar ações de sensibilização, de À Direção de Serviços de Infraestruturas e Património, consciencialização, de formação e a difusão de informação abreviadamente designada por DSIEP, compete: no âmbito da qualidade, do ambiente e da catalogação; a) Participar nas ações de programação e coordenar as g) Assegurar a gestão e coordenação do Sistema Nacio- ações de conceção, execução e manutenção de infraestru- nal de Catalogação em articulação com o Sistema OTAN turas no âmbito de projetos conjuntos, em articulação com de Catalogação, bem como a gestão e coordenação dos o EMGFAe os ramos das ForçasArmadas, bem como no dados do material nos domínios técnico, administrativo âmbito de projetos da OTAN e de outros compromissos e logístico, perseguindo objetivos de interoperabilidade; internacionais; h) Coordenar e assegurar a participação nacional e a b) Propor, promover, coordenar e executar os proce- representação do Ministério da Defesa Nacional em orga- dimentos e as ações relativos à aquisição, gestão, admi- nismos e grupos de trabalho de âmbito nacional ou inter- nistração, disposição e rentabilização das infraestruturas nacional, relacionados com as suas competências. e demais património imobiliário afeto à defesa nacional, em articulação com o Ministério das Finanças; Artigo 6.º c) Propor e controlar a aplicação de fundos especiais Unidades orgânicas flexíveis destinados à construção e à manutenção de infraestruturas militares; O número máximo de unidades orgânicas flexíveis da d) Contribuir para a definição e execução da política DGAIED é fixado em 7. de defesa no âmbito do ordenamento de território e do urbanismo, intervindo na produção, alteração, revisão e Artigo 7.º execução dos instrumentos de gestão do território; Chefes de equipas multidisciplinares e) Participar no estudo e coordenar os atos e procedi- mentos relativos à constituição, modificação e extinção É fixada em um a dotação máxima de chefes de equipas das servidões militares e outras restrições de utilidade multidisciplinares. pública; f) Emitir pareceres e autorizações no âmbito dos licen- Artigo 8.º ciamentos; Entrada em vigor g) Contribuir para a definição, coordenação e acom- panhamento da execução da política de defesa no âmbito A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao dos sistemas de informação geográfica e serviços de car- da sua publicação. tografia; Em 23 de fevereiro de 2012. h) Coordenar e assegurar a participação nacional e a representação do Ministério da Defesa Nacional em orga- O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Ra- nismos e grupos de trabalho de âmbito nacional ou inter- baça Gaspar. O Ministro da Defesa Nacional, José nacional, relacionados com as suas competências. Pedro Correia de Aguiar-Branco. Artigo 5.º Direção de Serviços de Qualidade, Ambiente, Normalização e Catalogação REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES À Direção de Serviços de Qualidade, Ambiente, Nor- Assembleia Legislativa malização e Catalogação, abreviadamente designada por DSQANC, compete: Decreto Legislativo Regional n.º 15/2012/A a) Exercer as competências de autoridade nacional para o exercício da garantia governamental da qualidade no âm- Regime jurídico da conservação da natureza e da proteção da bito da defesa nacional, intervir como órgão técnico na ga- biodiversidade. Transpõe para o ordenamento jurídico regional rantia da qualidade do armamento, equipamentos e sistemas a Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio de 1992, de defesa, coordenando ou executando inspeções técnicas relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da e estabelecendo normas e procedimentos neste domínio; flora selvagens, e a Diretiva n.º 2009/147/CE, do Parlamento b) Coordenar e gerir o sistema de normalização de Europeu e do Conselho, de 30 de novembro de 2009, relativa à conservação das aves selvagens. defesa nacional, fomentar a normalização dos sistemas, equipamentos, produtos e infraestruturas de interesse para O arquipélago dos Açores e a região oceânica que o as Forças Armadas nos domínios técnico, administrativo, rodeia são um importante repositório de biodiversidade, 1626 Diário da República, 1.ª série N.º 66 2 de abril de 2012 com relevância a nível planetário, que necessita de uma espécies não indígenas nos Açores, onde a vulnerabilidade adequada proteção que compense as naturais vulnerabili- e fragilidade de alguns ecossistemas é substancialmente dades resultantes da pequena extensão dos ecossistemas agravada pela pequena dimensão e insularidade, pode cau- insulares, do isolamento entre ilhas e em relação às regiões sar graves prejuízos que importa evitar, recorrendo para continentais, da fragmentação e perda de habitats e da fragi- isso aos princípios da prevenção e da precaução. lidade das espécies autóctones face a organismos invasores. Essas medidas, e outras dispersas em legislação co- Na esteira do Decreto n.º 78/72, de 7 de março, que nexa, são enquadradas pelo presente diploma no contexto criou a reserva integral da Caldeira do Faial, do Decreto dos modernos dispositivos de proteção da biodiversidade, n.º 79/72, de 8 de março, que determinou que a Montanha nomeadamente os que resultam das diretivas europeias da ilha do Pico passasse a constituir uma reserva integral, relevantes e da aplicação das diversas convenções inter- e do Decreto n.º 152/74, de 15 de abril, que criou na ilha nacionais em matéria da biodiversidade de que Portugal de São Miguel a Reserva da Lagoa do Fogo e sujeitou é signatário, com destaque para a Convenção de Berna, a ao regime florestal a área incluída no seu perímetro, as Convenção de Bona, a Convenção sobre a Diversidade Bio- primeiras medidas de proteção da natureza no contexto do lógica e a Convenção de Ramsar. Também se estabelecem direito regional foram introduzidas pelo Decreto Regional as condições para aplicação da Convenção sobre o Comér- n.º 10/82/A, de 18 de junho, que criou a Reserva Natural cio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens da Lagoa do Fogo, a que se seguiu, naquele mesmo ano, Ameaçadas de Extinção (CITES), cujos anexos incluem a classificação da Caldeira do Faial e a reclassificação da cerca de 5200 espécies defaunae 28 500 espécies de flora, Montanha do Pico. e de execução do estipulado nos diversos regulamentos co- Em matéria de proteção da biodiversidade, o primeiro munitários relacionados com a CITES. O presente diploma esforço foi feito através do Decreto Legislativo Regional cria também um registo regional CITES, tendo em conta a n.º 2/83/A, de 2 de março, que estabeleceu normas relativas obrigatoriedade do registo dos criadores, viveiristas, im- à preservação do equilíbrio ecológico, designadamente portadores, exportadores, reexportadores, reembaladores e através da proibição da caça dos golfinhos (toninhas) que taxidermistas de espécimes de espécies inscritas nos anexos frequentam os mares dosAçores.Aquele diploma, pioneiro dessa Convenção, e do Regulamento (CE) n.º 338/97, do na proteção dos cetáceos nas águas sob jurisdição portu- Conselho, de 9 de dezembro de 1996. Nesse registo são guesa, iniciou um conjunto de intervenções legislativas também incluídas as instituições científicas e educacionais no âmbito da conservação da natureza, que inclui medidas que detenham espécimes das referidas espécies. diversas no campo da proteção das culturas contra organis- A Diretiva n.º 79/409/CE, do Conselho, de 2 de abril mos invasores, como é o caso do escaravelho-japonês, e de de 1979, entretanto codificada e revogada pela Diretiva proteção às populações de meros, de lapas e das amêijoas n.º 2009/147/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, na Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Nesta última locali- de 30 de novembro de 2009, relativa à conservação das dade foi ensaiado o primeiro regime jurídico de proteção a aves selvagens, mais conhecida por Diretiva Aves, pretende um habitat, com a criação da «área ecológica especial» de que cada um dos Estados membros tome as medidas neces- proteção à amêijoa, feita pelo Decreto Legislativo Regional sárias para garantir a proteção das populações selvagens n.º 6/89/A, de 18 de julho. das espécies de aves que ocorrem no seu território. Aquela Aquelas medidas foram seguidas pela publicação do De- diretiva impõe a necessidade de proteger áreas suficiente- creto Legislativo Regional n.º 15/87/A, de 24 de julho, que mente vastas e vitais para as diversas espécies que constam estabelece o regime jurídico de criação e funcionamento do seu anexo I, classificando-as como Zonas de Proteção de reservas florestais na Região Autónoma dos Açores, Especial (ZPE), e restringe e regulamenta o comércio de diploma pioneiro na proteção dos habitats naturais do ar- aves selvagens, limita a atividade da caça a um conjunto quipélago, do qual resultou a preservação de algumas das de espécies e proíbe certos métodos de captura e abate. mais importantes e bem conservadas áreas de vegetação Os seus anexos incluem diversas espécies que ocorrem natural nele existentes.