THIAGO HARUO SANTOS Idols Em Imagens E Sons, Fãs Em Re-Ação
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL THIAGO HARUO SANTOS Idols em imagens e sons, Fãs em re-ação Uma etnografia da prática musical do K-pop em São Paulo São Paulo 2016 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL Idols em imagens e sons, Fãs em re-ação Uma etnografia da prática musical do K-pop em São Paulo Thiago Haruo Santos Dissertação apresentada ao Programa de Pós‐ Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Antropologia Social. Orientadora: Rose Satiko Gitirana Hikiji São Paulo 2016 A Dona Eico (in memorian), Minha vó japonesa. Agradecimentos Primeiramente, Fora Temer!1 Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo que me concedeu bolsa durante todo o período de mestrado, assim como todas as condições para realizar um estágio de pesquisa no exterior. Agradeço pela oportunidade e suporte sem as quais não poderia realizar este trabalho. A Rose Satiko Gitirana Hikiji, minha orientadora, que desde o começo apoiou com entusiasmo esta pesquisa, mesmo eu vindo de outra área. Agradeço por me encorajar em muitos passos deste mestrado, pelas leituras, dicas, conversas e paciência. Sua dedicação se faz presente em muitas linhas deste texto e no meu aprendizado enquanto aluno. Tenho certeza que seguiremos nesse caminho musicado. A John Dawsey e Vitor Grunvald por aceitarem participar da defesa. Tê‐los próximos nesta etapa é uma felicidade para mim, que admira e aprende tanto com o trabalho de vocês. Agradeço também a Suzel Reily que participou da banca de qualificação e de pronto ajudou a tornar possível meu intercâmbio em Belfast. I would like to thank Ioannis Tsiolakis, my supervisor at Queen’s University. Your generosity, curiosity about my research and dedication marked this dissertation. The effort toward students I saw in you is an inspiration. Aos professores que contribuíram para minha formação. Ao professor Sedi Hirano pela generosidade e apoio tão importantes para minha descoberta do caminho da pesquisa acadêmica. Sua dedicação à vida docente é inspiradora e me lembro sempre de encontra‐lo de manhã para aquelas ternas conversas em sua sala. 1 Diante da anormalidade de um golpe, somos chamadxs a continuar nossos trabalhos, terminar nossas pesquisas e entrega-las em forma de dissertações e teses. Somos chamadxs a contribuir com a aparência de normalidade que pretende esconder o ato violento de quebra das regras democráticas e imposição de um projeto político sem legitimidade popular. Não cessaremos em dizer: Não havendo crime de responsabilidade comprovada, não há processo de impeachment legitimo, mas apenas usurpação do poder. Nós pós-graduandxs engajadxs com a construção de um saber crítico, libertário e mais democrático não compactuaremos com nosso trabalho com esse processo ilegítimo. Não passarão imunes na história. Em cada dissertação e tese construído com nossos esforços, colocaremos vossos nomes e nossa indignação. Em cada biblioteca desse país, estará depositado o nosso rechaço a esse processo que atenta contra nosso futuro. Ao professor Jose Guilherme Cantor Magnani, responsável pelo meu rito de passagem para antropologia. A orientação na graduação e a sua convivência me fizeram ter poucas dúvidas de que era antropologia o que gostaria de fazer. A Deisy Ventura e todos colegas do projeto de Extensão Popular Educar Para o Mundo. Durante o mestrado, fui me dando conta do quanto a frase “Para quem acha que mundo começa ali na esquina” ainda reverbera em mim. Aos colegas Alvaro Kanashiro, Lais Miwa Higa, Ana Luisa Nakamoto, Gustavo Taniguti, Juliana Konigame, Douglas de Toledo e Samara Konno pelas experiências conjuntas de pesquisa e discussões tão importantes para minha formação. A todos amigos que a turma do mestrado me presenteou. Em especial, a Leonardo Braga que entre as salas de aula e cervejas no bar embalava conversas teóricas, confissões, inquietações e alegrias; a Carlos (Capuêra) Moro, parceiro sábio com quem dividi muitas questões desta pesquisa e também da vida. Waldor Botero, hermano visitante, e companheiro de lutas políticas e pessoais, tudo isso feito em uma balada eterna; a Hugo Prudente, o melhor contador de histórias que a antropologia já viu; a Lucas Carvalho, parceiro inquieto, e marcante na minha formação durante o mestrado; a Thais Timbira, parceira de bibliotecas, festas e cervejas. Compartilhar com você principalmente a parte final do trabalho foi fundamental para mim. Aos colegas de orientação. A Magda Ribeiro, por desde o início me auxiliar no árduo processo de conhecer uma bibliografia; a Jorge Gonçalvez pelas conversas infinitas e além; a Erica Giesbrecht, Paulo Menotti; Paola Lappicy, Klaus Wernet, pelos papos musicados. A equipe do LISA em nome de Paula Morgado, Leo Fuzer, Ricardo Dionisio e Felipe Angiolucci por todo suporte e conversas acolhedoras. Aos funcionários e funcionárias do departamento de Antropologia, Soraya Gebara, Edinaldo Faria, Celso Gonçalves e Rose de Oliveira pelo suporte e dedicação fundamentais para o trabalho acadêmico. Aos amigos e amigas da graduação, fundamentais para o caminho trilhado até aqui. Aos bois da conversa, Rebeca Avila, Renata Braga, Ivy Moraes, Thiago Firbida, Clara Yoshino e Thiago Coutinho pelas noites de conversas e risadas. Foi com vocês que descobri que formação e amizade caminham lado a lado. Aos inesquecíveis, Thales Carpi, Bruna Huszar, Lucia Sestokas, Pedro Freitas, Felipe Faria, Katia Fenyves e Raisa Cetra. De opositor‐apoiador, acabei levando vários de vocês para vida como amigos e parceiros de sonhos. A família que, distantes ou próximos, estiveram comigo em cada momento. A Janice Satico Nambu, minha mãe, guerreira e sonhadora. Sempre pronta para me apoiar, construiu comigo, entre várias travessias, muitas realizações. Esta é mais uma mãe! Ao Minoru, companheiro da família e um dos nossos! A Gilson Teixeira Santos, meu pai, meu ator preferido. Entre tantas coisas, me ensina a entrever a vida desde a arte, fazendo da própria vida uma obra. A Dani e o Leo, dupla imbatível de irmãos, que sempre me direcionavam seus olhares de ternura. Todos crescidos, todos parceiros. A dona Maria Alves dos Santos, inspiração indisputável, vó de ferro que me ensinou o valor da leitura e da escrita. A tia Rose, Ivanilde, Tongo e Yuri e aos primos Denise, Alberto, Felipe e Ângelo, que festejaram todas as conquistas e perdoaram todas as ausências. A Dede e ao Mau, parceiros e cumplices de tantos projetos e caminhadas, com quem compartilhei tantas dores e alegrias. Sou feliz em poder compartilhar com vocês essa daqui! Aos amigos sem os quais nada vale a pena. A Kotonete e Murilo, irmãos de sonho desde o Japão, que por estas terras renovaram o apoio e a amizade. A Nei Schimada, mestre poeta, que me apresentou aos livros, ao espírito crítico e ao sabor da leitura conjunta do mundo. A Vitinho, Coelho, Digi, Xuxu, Amilton, Fofo e Marcos, que a cada encontro renovam energias e me ensinam o poder de uma roda de violão acompanhada de amizade. A Cris e Miguel por tanta paciência e companheirismo! A todas e todos com quem pude conviver a partir do K‐pop neste mestrado, os grupos cover Beat U, Allyance, Stand Out, K‐NRG, Fix2U, Insane, Beaultiful Strangers, Breathless, Sweet Nightmare, Walk Over Players, Warzone, Wide Vision, Wake Up; e em especial àqueles que pessoalmente contribuíram tanto com esta pesquisa, Liferson Molinari, Lucas Olly, Lucas Jotten, Vinicius Santos de Souza, Gustavo Kawashita, Iago Aleixo, Fábio Rodrigues, Yoo Na Kim, Dona Lisa, Joel Lee, Millie Rose, Rafael Young, Daniel Docko, Susie Lee, Alejando Hong e tantos outros que compartilharam histórias e momentos, muito obrigado! E, finalmente, a Rá, companheira que estava comigo desde a descoberta da vontade de seguir pesquisando, ingresso no mestrado e agora termino desta etapa. Em todos esses momentos e a cada dia você me mostra o porquê de fazer tudo isso. Obrigado. Resumo SANTOS, Thiago, H. Idols em imagens e sons, Fãs em re‐ação: Uma etnografia da prática musical do K‐pop em São Paulo. Dissertação (Mestrado). 147p. Programa de Pós‐Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016. Este trabalho apresenta uma reflexão antropológica a acerca da prática musical do pop sul coreano (K‐pop) em São Paulo. Na etnografia que se apresenta, descrevo e analiso como vídeos e coreografias K‐pop afetam os fãs do gênero musical, construindo relações sociais no seu entorno. Apresento, para tanto, primeiro, como o K‐pop é visto e ouvido por fãs em São Paulo, dando especial atenção ao videoclipe, que compartilhando características visuais e sonoras únicas, é capaz de gerar nos espectadores reações próprias ao gênero musical. Mostro ainda que esses videoclipes, junto a outras mídias que circulam na internet sobre os artistas sul coreanos, são parte da pessoalidade desses artistas e mediadores de sua capacidade de afetar pessoas. É na cena K‐pop de São Paulo que esses vínculos entre fãs e artistas sul coreanos se desdobram, produzindo novas relações entre pessoas, artefatos e lugares. Por fim, apresento uma etnografia da dança cover de K‐pop, mostrando como esses fãs constroem em seu próprio corpo essa capacidade de agência apreendida dos ídolos K‐pop. Considerando essas diferentes facetas da prática musical estudada, reflito neste trabalho sobre os modos de produzir relações sociais por meio de práticas musicais. Palavras‐chave: prática musical; K‐pop; cover; agência; antropologia da música Abstract SANTOS, Thiago, H. Idols in images and sounds, Fans in re‐action: an ethnography of K‐pop music practice in São Paulo. Dissertation (Master). 166p. Post‐Graduation Program in Social Anthropology, Faculty of Philosophy, Languages and Literature, and Human Sciences, University of São Paulo, São Paulo, 2016.