Rio Pardo /

PROGRAMA MONITORA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO ESTADO DA

CAMPANHA 01/2014

RPGA DO RIO PARDO

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

Governador Jaques Wagner

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE – SEMA Secretário Eugênio Spengler

INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Diretora Geral Márcia Cristina Telles de Araújo Guedes

DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL Diretora DIFIM Lucia de Fátima Carvalho Gonçalves

FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO DOS RECURSOS AMBIENTAIS E HIDRÍCOS

Eduardo Farias Topázio Coordenador Geral Hérica D’Assunção Coelho Especialista em Meio Ambiente e Ailton dos Santos Júnior Recursos Hídricos Coordenador Técnico Especialista em Meio Ambiente e Júlia Cardoso Sant’Anna Recursos Hídricos Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Aiane Catarina Fernandes Faria Estudante de Engenharia Ambiental Juliana Jesus Santos Bióloga/Colaboradora Andreia Cristina dos Santos Bragagnolo Najara Santana Pita Especialista em Meio Ambiente e Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Recursos Hídricos

Antonio Carlos Gonçalves dos Natália Bianca Rosatti Santos Especialista em Meio Ambiente e Técnico de Coleta e Amostragem Recursos Hídricos

Emily Karle dos Santos Conceição Marcelo Andrade Santiago Técnica em Meio Ambiente e Estagiário – Engenharia Química Recursos Hídricos Paula Maria de Farias Cordeiro Greice Ximena Santos Oliveira Técnica em Meio Ambiente e Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Recursos Hídricos

Distribuição: INEMA– INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS Av. Luiz Viana Filho, 6ª avenida, CAB, CEP: 41.746-900 - Salvador/BA. Tel.: (71) 3118-4267 /Disponível em: inema.ba.gov.br

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 6

VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS ...... 7

ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA ...... 3

IQA ...... 8

IET ...... 8

CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM ...... 4

RESULTADOS DO MONITORAMENTO ...... Erro! Indicador não definido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 19

Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

LISTAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 RPGA do Rio Pardo...... 4

Figura 2. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rio Pardo. Campanha 1 de 2014 ...... 16

Figura 3. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Pardo e Catolé Grande. Campanha 1 de 2014 ...... 16

Figura 4. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Verruga, Prata e Córregos Lagoa de Baixo e Jundiaí. Campanha 1 de 2014...... Erro! Indicador não definido.

Figura 5. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rio Pardo. Campanha 1 de 2014...... Erro! Indicador não definido.

Figura 6. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Pardo e Catolé Grande. Campanha 1 de 2014 ...... 18

Figura 7. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Verruga, Prata e Córregos Lagoa de Baixo e Jundiaí. Campanha 1 de 2014 ...... 18

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Variáveis de qualidade da água...... 7

Quadro 2. Classificação do índice da qualidade das águas...... 8

Quadro 3. Classificação do estado trófico para reservatórios...... 8

Quadro 4. Caracterização da rede de amostragem da RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014...... Erro! Indicador não definido.

Quadro 5. Resultados do Índice de Qualidade da Água – IQA e Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014...... 15

LISTA DE TABELAS Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

Tabela 1. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014...... Erro! Indicador não definido. Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

INTRODUÇÃO

A resolução CONERH nº 88 de 26 de novembro de 2012, instituiu no Estado da Bahia as 25 Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA), com a finalidade de orientar e fundamentar a implementação dos instrumentos de gestão da Política Estadual de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Com o intuito de gerenciar a qualidade das águas de rios, barragens, lagoas e açudes do Estado, a Coordenação de Monitoramento de Recursos Ambientais e Hídricos - COMON criou em 2008 o Programa Monitora, inicialmente com uma rede de 208 pontos distribuídos nas RPGAs. Com o propósito de melhorar sua representatividade, essa rede sofre sucessivas ampliações e adequações na malha amostral e atualmente são 404 pontos.

Os principais objetivos desse monitoramento são:  Fazer um diagnóstico da qualidade das águas superficiais do Estado, avaliando sua conformidade com a legislação ambiental;  Avaliar a evolução temporal da qualidade das águas superficiais do Estado;  Identificar áreas prioritárias para o controle da poluição das águas, tais como trechos de rios e estuários onde a sua qualidade possa estar mais comprometida, possibilitando, assim, ações preventivas e corretivas;  Subsidiar o diagnóstico e controle da qualidade das águas doces utilizadas para o abastecimento público, verificando se suas características são compatíveis com o tratamento existente, bem como para os seus usos múltiplos;  Subsidiar a execução dos Planos de Bacia e Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos, para a cobrança do uso da água e estudo do enquadramento dos corpos hídricos;  Subsidiar a implementação da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007).

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA definiu as classes de qualidade de águas doces, salinas e salobras através da Resolução CONAMA 357/2005, onde são estabelecidas as condições padrão de qualidade da água. Os textos completos das legislações citadas neste relatório encontram-se no volume de Apêndices e Anexos.

1 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

As variáveis de qualidade das águas podem ser integradas para a avaliação dos ambientes aquáticos e, dependendo dos usos da água pretendidos, variáveis e índices específicos são adotados para indicar a qualidade dessas águas. Os significados ambiental e sanitário dessas variáveis, bem como as respectivas metodologias analíticas e de amostragem são apresentadas no volume de Apêndices e Anexos.

A grande quantidade e as diferentes formas de aporte de poluentes que podem estar presentes nas águas fluviais tornam inexequível a análise sistemática de todas essas substâncias. Por esse motivo, a COMON faz a determinação de 18 variáveis de qualidade da água (físicas, químicas, hidrobiológicos e microbiológicas) consideradas mais representativas (Quadro 1). A Rede gera um volume de dados anual correspondente aos resultados de aproximadamente 27500 análises físicas, químicas e biológicas.

Quadro 1. Variáveis de qualidade da água Grupo Variáveis

Físico Condutividade, Alcalinidade, Série de Sólidos (Dissolvidos, Suspensos e Totais), Salinidade, Temperatura da Água e Turbidez

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio Químico (DQO), Fósforo Total, Oxigênio Dissolvido, pH e Série Nitrogênio (Amoniacal, Nitrato e Total)

Microbiológico Coliformes Termotolerantes

Hidrobiológico Clorofila a

Quando há a necessidade de estudos específicos de qualidade de água em determinados trechos de rios ou reservatórios, com vistas a diagnósticos mais detalhados, outras variáveis podem ser determinadas, tanto em função do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica contribuinte, quanto pela ocorrência de algum evento excepcional na área em questão.

2 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA

Os índices são utilizados por fornecer uma visão geral da qualidade da água, pois integram os resultados de diversas variáveis através de um único indicador. Assim, para transmitir uma informação de mais fácil compreensão para o público em geral, a COMON adotou índices específicos, que refletem a qualidade das águas:

IQA

Para o cálculo do IQA, são consideradas variáveis de qualidade que indicam o lançamento de efluentes sanitários para o corpo d’água, fornecendo uma visão geral sobre as condições de qualidade das águas superficiais. O IQA pode ser calculado considerando E. coli ou o grupo de Coliformes Termotolerantes. Sua classificação se dá de acordo com as faixas de valores do índice, como mostra o Quadro 2.

Quadro 2. Classificação do índice da qualidade das águas. Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 79 < IQA ≤ 100 51 < IQA ≤ 79 36 < IQA ≤ 51 19 < IQA ≤ 36 0 < IQA ≤ 19

IET

O Índice do Estado Trófico classifica os corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas. Para o cálculo do IET, são consideradas as variáveis Clorofila a e Fósforo Total. Sua classificação encontra-se no Quadro 3.

Quadro 3. Classificação do estado trófico para reservatórios.

Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Supereutrófico Hipereutrófico IET ≤ 47 47 < IET ≤ 52 52 < IET ≤ 59 59 < IET ≤ 63 63 < IET ≤ 67 IET > 67

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CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM

A bacia hidrográfica do Rio Pardo tem 32.334 km², abrangendo quase 30 municípios e uma população residente de 260 mil pessoas. Seu principal afluente é o rio mineiro Mosquito, que está na microrregião de Salinas, abrange 11 sedes municipais com uma área de drenagem de 12.762 km² e abastece uma população de quase 110 mil pessoas.

Grande parte da área ocupada da bacia é utilizada para pecuária, agricultura, extrativismo vegetal e mineração, além de pequenas atividades industriais. Os rios são utilizados para irrigação, abastecimento público urbano e rural, lazer, turismo, navegação (foz do Pardo) e para a pesca artesanal de peixes como curimatã, traíra e piau.

Figura 1. RPGA do Rio Pardo

A RPGA do Rio Pardo possui 14 pontos de monitoramento, caracterizados no Quadro 4.

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Quadro 4. Caracterização da rede de amostragem da RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014. Código Corpo hídrico Município Local de amostragem Descritivo de campo Registro fotográfico Coordenadas geográficas (SIRGAS 2000)

PRD-CGR-300 A montante da cidade Água verde com aspecto Rio Catolé Grande de , após a cristalino, sem odores, subestação da margens com mata ciliar, Itapetinga COELBA, com acesso produção agrícola e pelo bairro Vila presença de animais nas 15°14'9,5"(S) Riachão. proximidades. 40°14'54,8"(W)

PRD-CGR-400

Rio Catolé Grande Partindo de Itambé Água verde com aspecto

sentido Itapetinga, sob cristalino, sem odores, Itapetinga a ponte BA 263. margens com mata ciliar.

15°15'41,2"(S) 40°14'16,2"(W)

PRD-CLB-100

Córrego Lagoa de Água verde com aspecto Sob a ponte da BR-116, Baixo turvo, sem odores, localizado nas margens com mata ciliar, imediações do bairo Vitória da habitações e produção Comveima, sentido Conquista agrícola e nas Cândido Sales. proximidades. 14°54'11,8"(S) 40°52'12,9"(W)

PRD-JUN-500 Água marrom com Córrego Jundiá Ponto localizado aspecto turvo, com aproximadamente a odores, margens com 1,6 km a jusante da mata ciliar, habitações e cidade de Itarantim. produção agrícola nas 15°39'16,0"(S) proximidades. 40°2'45,0"(W)

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PRD-PRA-100

Ponto situado no rio Água verde com aspecto Rio Água Preta Água Preta, afluente cristalino, sem odores,

do rio Pardo, a margens com mata ciliar Pau Brasil montante do município e habitações nas

de Pau Brasil. proximidades. 15°20'50,0"(S) 39°40'32,0"(W)

PRD-PRD-200 Água de cor verde com Rio Pardo Ponto situado à jusante aspecto cristalino, sem da cidade de Candido odores, margens com Sales, sob a ponte da mata ciliar, habitações e BR-116. produção agrícola nas 15°30'47,3"(S) proximidades. 41°14'13,6"(W)

PRD-PRD-300 Do município de

Itapetinga na BA-263 Rio Pardo sentido Itambé entrar à Água verde com aspecto

esquerda em direção a cristalino, sem odores, Ribeirão do Largo BA-634. O ponto de margens com mata ciliar.

coleta localiza-se sob a 15°16'31,5"(S) ponte nesta rodovia. 40°37'35,0"(W)

PRD-PRD-350 Saindo de Itororó pela

BA-670 sentido , Água verde com aspecto Rio Pardo pegar estrada vicinal a cristalino, sem odores,

direita e andar margens com mata ciliar Itarantim aproximadamente 10 e presença de animais nas

Km até chegar ao rio proximidades. 15°23'28,0"(S) Pardo. 40°3'58,0"(W)

PRD-PRD-400 Deslocamento de Água verde com aspecto Rio Pardo Itororó para Itapetinga, cristalino, sem odores, à montante do margens com mata ciliar, Itarantim município de habitações e presença de Potiraguá, sob a ponte animais nas proximidades. 15°31'13,9"(S) da BA-670. 39°52'32,6"(W)

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De Pau Brasil pela BA PRD-PRD-430 670, sentido Potiraguá,

entrada vicinal sentido Água verde com aspecto Rio Pardo Serra da Vaca. Na cristalino, sem odores,

Fazenda Santo margens com mata ciliar, Pau Brasil Antônio, em frente à habitações, produção

fazenda Santa Rita. Na agrícola e presença de 15°33'36,9"(S) estação fluviométrica animais nas proximidades. 39°43'18,4"(W) nº RN1 3361 da ANA.

PRD-PRD-500 Água verde com aspecto cristalino, sem odores, Rio Pardo Acesso à localidade margens com mata ciliar, de São João do habitações, produção Paraíso, sob a ponte agrícola, presença de da BR 101. animais e prática de 15°34'47,5"(S) lavagem de roupas nas 39°24'36,4"(W) margens do rio.

PRD-PRD-600 De sentido Água verde com aspecto Eunápolis na BR 101. cristalino, sem odores, Rio Pardo Seguir cerca de 54km margens com mata ciliar, até a entrada à habitações, produção Mascote esquerda da agrícola, presença de localidade de Pimenta, animais e lavagem de 15°34'6,8"(S) deslocar em direção a roupas nas margens do 39°18'16,1"(W) Mascote. rio.

PRD-PRD-800 No Km 118, trecho Água verde com aspecto sentido Ilhéus, estrada Rio Pardo cristalino, sem odores, de terra à direita. Após margens com mata ciliar, a ponte 2ª entrada à habitações, produção esquerda. No agrícola e presença de povoado de Pedras, no 15°39'45,1"(S) animais nas proximidades. sitio Ramal das Pedras. 39°3'27,0"(W)

PRD-VRG-100 Água de cor verde com

No rio Verruga a aspecto cristalino, sem Rio Verruga montante da cidade odores, margens com

de Itambé, cerca de mata ciliar, habitações, Itambé 300 m após a produção agrícola e

Cerâmica Confiança. presença de animais nas 15°13'53,4"(S) proximidades. 40°37'37,3"(W)

7 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

RESULTADOS DO MONITORAMENTO

Os dados das variáveis de qualidade da água, da primeira campanha de 2014, são apresentados na Tabela 1.

A Resolução CONAMA no 357 de 17 de março de 2005 estabelece as condições e padrões de qualidade das águas com limites individuais para cada substância em cada classe. Para a matriz água, foi avaliada a conformidade dos resultados encontrados em relação aos padrões para águas doces, Classe 2 e para águas salobras, Classe 1.

Os resultados de salinidade para os 14 pontos amostrais da RPGA do Rio Pardo, segundo a Resolução, classificaram dois pontos (PRD-CLB-100 e PRD-JUN-500) como água salobra e os demais pontos (PRD-PRD-200, PRD-PRD-300, PRD-PRD-350, PRD-PRD-400, PRD-PRD-430, PRD-PRD-500, PRD-PRD-600, PRD-PRD-800, PRD-CGR-300, PRD-CGR-400, PRD-VRG-100, PRD- PRA-100) como água doce.

Embora a Resolução CONAMA 357/05 não estabeleça valores padrões para o parâmetro de condutividade, salienta-se que três amostras avaliadas na RPGA do rio Pardo (PRD- VRG-100, PRD-CLB-100 e PRD-JUN-500) apresentaram resultados com valores superiores a 500 µS cm-1. É sabido que, a condutividade elétrica da água representa a facilidade ou dificuldade de passagem da eletricidade na água. Altos valores podem indicar características corrosivas da água. A condutividade também fornece uma boa indicação das modificações na composição de uma água, especialmente na sua concentração mineral, mas não fornece nenhuma indicação das quantidades relativas dos vários componentes. A condutividade da água aumenta à medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados.

Quatro pontos amostrais (PRD-CGR-400, PRD-VRG-100, PRD-CLB-100 e PRD-JUN-500) excederam os valores de pH, orientados na Resolução CONAMA nº 357/05. Não contando com fatores excepcionais, o valor do pH de águas naturais oscila entre 6,5 e 8,5 (águas salobras e salinas) e de 6 a 9 (águas doces). Valores de pH acima ou abaixo destes limites são prejudiciais ou letais para a maioria dos organismos aquáticos, especialmente para os peixes. Vale ressaltar que alguns corpos d’água apresentam-se nestas condições por ser característica natural de suas águas.

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Tabela 1. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014. Padrões da Resolução Rio Pardo Parâmetros CONAMA nº. 357/05 Unidade Águas doces, classe 2 PRD-PRD-200 PRD-PRD-300 PRD-PRD-350 PRD-PRD-400 PRD-PRD-430 Ambiente Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 15,2 16,8 25 26,1 27,2 Condutividade µmhos/cm 76,8 125,3 240,2 285 216,6 o Salinidade /o <0,1 <0,1 0,2 0,2 0,1 Temperatura - campo ºC 20,7 22,1 25 24,8 25,7 pH - campo 6,0 a 9,0 7 6,4 6,1 6,1 6 Turbidez ≤ 100,0 NTU 13,7 11,3 4,5 2,9 2,4 Sólidos totais mg/L 64 70 112 122 146 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 62 64 100 94 128 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 <20 <20 <20 Oxigênio dissolvido ≥ 5,0 mg OD/L 5,05 4,95 3,62 4,05 8,35 DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 <2 <2 <2

DQO mg O2/L <20 <20 39,6 <20 <20 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 2 <1 <1 1 4 3,7 para pH ≤ 7,5 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 Nitrogênio Amoniacal mg N-NH /L <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 mg N-NO3/L 0,3 0,3 0,4 0,4 <0,1 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total mg P/L 0,02 0,04 0,06 0,04 0,03 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes termotolerantes NMP/100mL 1,1X102 1,3 2x10 2,3x102 4,5x10 Clorofila a ≤ 30 µg/L 1,04 1,09 1,37 1,03 0,43 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2 e salobras, Classe 1.

9 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

Padrões da Resolução Rio Pardo Rio Catolé Grande Parâmetros CONAMA nº. 357/05 Unidade Águas doces, classe 2 PRD-PRD-500 PRD-PRD-600 PRD-PRD-800 PRD-CGR-300 PRD-CGR-400 Ambiente Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 29,2 22,9 24,9 29,3 31,5 Condutividade µmhos/cm 231,2 207,3 191,6 164,2 209,6 o Salinidade /o 0,2 0,2 0,1 0,1 0,2 Temperatura - campo ºC 25,6 25,9 26,1 22,3 22,3 pH - campo 6,0 a 9,0 6,3 6,5 6,8 6,1 5,9 Turbidez ≤ 100,0 NTU 2,9 2,9 10,3 7,2 5,9 Sólidos totais mg/L 151 136 135 94 106 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 122 112 120 86 102 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 <20 <20 <20 Oxigênio dissolvido ≥ 5,0 mg OD/L 5,01 5,61 4,61 2,75 1,58 DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 <2 <2 <2

DQO mg O2/L <20 <20 <20 <20 <20 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L <1 <1 <1 <1 2 3,7 para pH ≤ 7,5 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 Nitrogênio Amoniacal mg N-NH /L <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 0,4 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 mg N-NO3/L 0,1 <0,1 0,2 0,1 1,1 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total mg P/L 0,02 0,02 0,03 0,04 0,13 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes termotolerantes NMP/100mL 4,9x102 1,3x103 7,8x10 5,4X103 7x103 Clorofila a ≤ 30 µg/L <0,4 1,09 2,07 <0,4 1,08 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2 e salobras, Classe 1.

10 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

Córrego Padrões da Resolução CONAMA nº. Córrego Rio Verruga Lagoa de Rio da Prata 357/05 Jundiá Parâmetros Unidade Baixo Águas salobras, Águas doces, classe 2 PRD-VRG-100 PRD-CLB-100 PRD-PRA-100 PRD-JUN-500 classe 1 Ambiente Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 21,7 57,5 40,4 117 Condutividade µmhos/cm 531 1117 146,7 1340 o Salinidade /o 0,4 0,8 <0,1 0,9 Temperatura - campo ºC 21,4 21,5 26,2 25,7 pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 5,7 6 6,1 6,4 Turbidez ≤ 100,0 NTU 6,3 5,1 3,3 111 Sólidos totais mg/L 246 413 108 698 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 244 404 84 586 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 <20 104 Oxigênio dissolvido ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 5,15 0,91 4,62 <0,1 DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 <2 343

DQO mg O2/L <20 <20 <20 842 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 8 2 3 32 3,7 para pH ≤ 7,5 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 Nitrogênio Amoniacal ≤0,40 mg N-NH /L <0,4 <0,4 0,7 1,4 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L 7,3 <0,1 0,2 0,6 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total ≤ 0,124 mg P/L 1,1 0,02 0,15 5,39 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes termotolerantes NMP/100mL 4,9x102 4,1X102 >1,6x104 >1,6x104 Clorofila a ≤ 30 µg/L 0,71 <0,40 0,43 6,26 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2 e salobras, Classe 1.

11 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo

A turbidez representa a propriedade óptica de absorção e reflexão da luz, e serve como um importante parâmetro das condições adequadas para consumo da água. É causada por partículas sólidas em suspensão, como argila e matéria orgânica, que formam coloides e interferem na propagação da luz pela água.

Entretanto, não se pode relacionar unicamente a turbidez à sujeira da água, pois são numerosos os fatores que interferem na absorção e na reflexão da luz, como o tamanho das partículas, sua forma geométrica dispersiva da luz e seu aspecto. Apenas o ponto localizado no córrego Jundiá (PRD-JUN-500) apresentou valor de 111 NTU, extrapolando o valor orientador da Resolução do CONAMA 357/05 (≤100NTU).

A quantidade de sólidos nas águas é sazonal variando muito do período seco para o período chuvoso, dependendo, principalmente, do tipo do solo, da intensidade das chuvas, do tipo de uso e ocupação da bacia hidrográfica, e do tipo de cobertura vegetal. A amostra de água salobra do ponto PRD-JUN-500, localizado no córrego Jundiá, apresentou valor superior a 500 mg L-1, considerado um valor de sólidos totais alto, ainda que a Resolução do CONAMA 357/05 para água salobras, não referencia padrão para este parâmetro.

O parâmetro oxigênio dissolvido (OD) representa a quantidade de oxigênio molecular (O2) dissolvido na água. Provém naturalmente de processos de dissolução/aeração das águas e como produto da reação de fotossíntese, podendo variar em função da temperatura e salinidade da água e da pressão atmosférica. Reduções significativas nos teores de OD podem ser provocadas por despejos de origem orgânica (esgotos e alguns efluentes industriais) e/ou com elevada temperatura, que pode diminuir a solubilidade do oxigênio na água. Nove pontos de coleta de água no rio Pardo (PRD-PRD-300, PRD-PRD-350, PRD- PRD-400, PRD-PRD-800, PRD-CGR-300, PRD-CGR-400, PRD-CLB-100, PRD-PRA-100 e PRD-JUN- 500) apresentaram resultados inferiores a 5,0 mg L-1, padrão legal recomendado pela legislação em vigor.

A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) é o parâmetro mais usual de indicação da poluição por matéria orgânica e sua determinação envolve a medida do oxigênio dissolvido utilizado pelos microrganismos na oxidação bioquímica da matéria orgânica. Ocorre naturalmente nas águas em nível reduzido em função da degradação de matéria orgânica (folhas, animais mortos, fezes de animais), sendo que os aumentos de DBO na água são provocados por lançamento de efluentes de origem predominantemente

12 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo orgânica nos corpos hídricos. É consenso que águas seriamente poluídas apresentam DBO superiores a 10 mg L-1 e que altos índices podem gerar a diminuição e até a eliminação do oxigênio presente nas águas. Nessas condições, os processos aeróbicos de degradação orgânica podem ser substituídos pelos anaeróbicos, gerando alterações substanciais no ecossistema, inclusive extinção das formas de vida aeróbicas. A Resolução do CONAMA 357/05 não recomenda valores padrões para DBO em águas salobras, classe 1 mas o ponto PRD-JUN-500, situado no Córrego Jundiá, apresentou valor de 343 mg L-1 de DBO, demonstrando ser um local com alto teor de despejos orgânicos o que induz o esgotamento do oxigênio que nesse ponto apresentou valor <0,1 mg L-1.

Apesar da Resolução do CONAMA 357/05 não referenciar valores para o parâmetro demanda química de oxigênio (DQO), este parâmetro é importante na medida da matéria orgânica em despejos que contenham substâncias tóxicas à vida, inclusive as bactérias e outros microorganismos que oxidam a matéria orgânica biodegradável. Ressalta-se valores de DQO altos (PRD-JUN-500) encontrado no Córrego Jundiá.

Esse ponto (PRD-JUN-500) também foi o único que apresentou valor excedente de nitrogênio amoniacal segundo recomendação do CONAMA 357/05. Os compostos de nitrogênio (amônia, nitrato, nitrito e nitrogênio orgânico) são nutrientes essenciais para os processos biológicos e para a constituição dos seres-vivos. Quando despejados em grandes quantidades conjuntamente com outros nutrientes, como o fósforo, os compostos de nitrogênio tendem a aumentar a fertilidade do ambiente, possibilitando o crescimento exacerbado de algas, levando à eutrofização do corpo d'água. Esse crescimento de algas em grande escala pode trazer prejuízos aos usos possíveis dessas águas, prejudicando o abastecimento público e causando a poluição por morte e decomposição. A origem antropogênica do nitrogênio nas águas naturais advém do lançamento de esgotos domésticos, efluentes industriais, excrementos de animais e de fertilizantes. Em um corpo d'água, o nitrogênio na forma orgânica ou de amônia está associado à poluição recente, enquanto uma poluição mais remota está associada ao nitrogênio na forma de nitrato.

O fósforo aparece em águas naturais devido principalmente às descargas de esgotos sanitários. Nestes, os detergentes superfosfatados empregados em larga escala domesticamente constituem a principal fonte. Alguns efluentes industriais, como os de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas. As

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águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença excessiva de fósforo em águas naturais.

O fósforo pode se apresentar nas águas sob três formas diferentes. Os fosfatos orgânicos são a forma em que o fósforo compõe moléculas orgânicas, como a de um detergente, por exemplo. Os ortofosfatos são representados pelos radicais, que se combinam com cátions formando sais inorgânicos nas águas e os polifosfatos, ou fosfatos condensados, polímeros de ortofosfatos. Esta terceira forma não é muito importante nos estudos de controle de qualidade das águas, porque sofre hidrólise, convertendo-se rapidamente em ortofosfatos nas águas naturais.

Quatro amostras do rio Pardo extrapolaram o limite de fósforo total estabelecido pela Resolução do CONAMA 357/05, os pontos PRD-CGR-400, PRD-VRG-100, PRD-PRA-100 e PRD-JUN-500.

A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera. A Resolução do CONAMA 357/05 referencia que o limite da concentração de coliformes termotolerantes não exceda 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 (seis) amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral tanto para águas doces quanto para salobras. Tomando o valor referenciado como base, foi observado valor elevado para os pontos PRD-PRD-600, PRD-CGR-300, PRD-CGR-400, PRD-PRA-100, PRD-JUN-500.

A clorofila é um dos pigmentos, além dos carotenóides e ficobilinas, responsáveis pelo processo fotossintético. A clorofila a é a mais universal das clorofilas (a, b, c, e d) e representa, aproximadamente, de 1 a 2% do peso seco do material orgânico em todas as algas planctônicas e é, por isso, um indicador da biomassa algal. Assim a clorofila a é considerada a principal variável indicadora de estado trófico dos ambientes aquáticos. Sua quantificação é importante principalmente de ambientes lênticos. Os teores medidos das concentrações de clorofila a não extrapolaram o limite máximo permitido pela legislação.

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Quadro 5. Resultados do Índice de Qualidade da Água – IQA e Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Pardo, Bahia. Campanha 1 de 2014.

Corpo hídrico Nome do ponto IQA Classificação IQA IET Classificação IET

Rio Catolé Grande PRD-CGR-300 - - - -

Rio Catolé Grande PRD-CGR-400 50 Regular 48 Oligotrófico

Córrego Lagoa de PRD-CLB-100 44 Regular 46 Ultraoligotrófico Baixo

Córrego Jundiá PRD-JUN-500 13 Péssimo 72 Hipereutrófico

Rio Água Preta PRD-PRA-100 52 Bom 51 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-200 72 Bom 50 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-300 63 Bom 52 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-350 68 Bom 54 Mesotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-400 66 Bom 52 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-430 77 Bom 47 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-500 68 Bom 46 Ultraoligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-600 68 Bom 50 Oligotrófico

Rio Pardo PRD-PRD-800 72 Bom 54 Mesotrófico

Rio Verruga PRD-VRG-100 49 Regular 59 Mesotrófico

Conforme demonstrado no Quadro 5, para a primeira campanha 2014, nove pontos obtiveram índice “Bom”, três pontos foram classificados como “Regular” e um ponto (PRD- JUN-500) foi avaliado como “Péssimo”.

Os resultados de IET para a 1ª campanha 2014 demonstraram resultados preocupantes para o ponto PRD-JUN-500 classificado com “Hipereutrófico”, o que indica que esse ponto do Córrego Jundiá, foi significamente afetado por elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos. Três pontos (PRD-PRD-350, PRD-PRD-800 e PRD-VRG-100) foram classificados com “Mesotrófico”, estando, em geral, com níveis aceitáveis de qualidade da água e sete pontos (PRD-CGR- 400, PRD-PRA-100, PRD-PRA-200, PRD-PRA-300, PRD-PRA-400, PRD-PRA-430 e PRD-PRA-600)

15 Programa MONITORA RPGA do Rio Pardo classificados com “Oligotróficos”, sendo ainda considerados como corpos de água limpos e sem ocorrencia de interferencias idesejáveis sobre os usos. Por fim, dois pontos (PRD-CLB- 100 e PRD-PRD-500) foram classificados com “Ultraoligotróficos” que são corpos d’água limpos, de produtividade muito baixa e concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam em prejuízos aos usos da água.

As comparações dos resultados dos IQA e dos IET das últimas seis campanhas (1a e 2a campanhas de 2012, 1a, 2a e 3a de 2013 e 1a de 2014), encontram-se nas Figuras de 2 a 7.

90 80 70 60

50

40 IQA 30 20 10 0 PRD-200 PRD-300 PRD-350 PRD-400 PRD-430 Pontos de Coleta

Figura 2. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rio Pardo. Campanha 1 de 2014.

90 80 70 60

50

IQA 40 30 20 10 0 PRD-500 PRD-600 PRD-800 CGR-300 CGR-400 Porntos de Coleta

Figura 3. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Pardo e Catolé Grande. Campanha 1 de 2014.

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80 70 60

50

40 IQA 30 20 10 0 VRG-100 CLB-100 PRA-100 JUN-500 Pontos de Coleta

Figura 4. Variação no Índice de Qualidade da Água – IQA dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Verruga, Prata e Córregos Lagoa de Baixo e Jundiaí. Campanha 1 de 2014.

90 80 70 60

50

IET 40 30 20 10 0 PRD-200 PRD-300 PRD-350 PRD-400 PRD-430 Pontos de Coleta

Figura 5. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rio Pardo. Campanha 1 de 2014.

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90 80 70 60 50

40 IET 30 20 10 0 PRD-500 PRD-600 PRD-800 CGR-300 CGR-400 Pontos de Coleta

Figura 6. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Pardo e Catolé Grande. Campanha 1 de 2014.

90 80 70 60

50

IET 40 30 20 10 0 VRG-100 CLB-100 PRA-100 JUN-500 Pontos de Coleta

Figura 7. Variação do Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do rio Pardo, Bahia. Rios Verruga, Prata e Córregos Lagoa de Baixo e Jundiaí. Campanha 1 de 2014.

Observa-se que a classificação do índice de qualidade da água dos pontos PRD-PRD-200, PRD-PRD-300, PRD-PRD-350, PRD-PRD-400, PRD-PRD-430, PRD-PRD-500, PRD-PRD-600, PRD- PRD-800 e PRD-PRA-100 avaliados para as últimas seis campanhas de monitoramento não apresentaram variações expressivas mantendo-se em média no estado “Bom” ao longo do período avaliado. Já o ponto PRD-JUN-500 passou de “Ruim” para “Péssimo”. Os pontos PRD-CGR-300, PRD-CGR-400, PRD-VRG-100, PRD-CLB-100, também diminuíram de qualidade, quanto as suas águas, passando do estado “Bom” para o “Regular”.

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Com relação ao índice de estado trófico os pontos PRD-PRD-200, PRD-PRD-300 e PRD- CGR-300 permaneceram classificados como “Oligotróficos”, indicando se tratar de corpos d’água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes. Os pontos PRD-PRD-350, PRD-PRD-400, PRD-PRD-800 e PRD-CGR-400, por sua vez, pioraram, passando de “Oligotróficos” para “Mesotrófico”, demonstrando possíveis implicações sobre a qualidade da água. Os pontos PRD-PRD-430 e PRD-PRD-500, classificados como “Ultraoligotróficos”, aumentaram a qualidade atingindo o nível de corpos d’água limpos, de produtividade muito baixa e concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam em prejuízos aos usos das suas água. Outra localidade que melhorou seu nível trófico foi o rio Água Preta (PRD-PRA-100) que passou de “Mesotrófico” a “Oligotrófico”. Dois pontos tiveram evolução expressiva, o ponto do rio Pardo (PRD-PRD-600) que passou de “Supereutrófico” para “Oligotrófico” e o ponto do Córrego Lagoa de Baixo (PRD-CLB-100) que passou de “Mesotrófico” para “Ultraoligotrófico”. Por fim, o ponto Córrego Jundiá (PRD-JUN-500) piorou, passando de “Supereutrófico” para “Hipereutrófico”, e podem ser considerados corpos d’água afetados significativamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos, associado a episódios florações de algas ou mortandades de peixes, com conseqüências indesejáveis para seus múltiplos usos, inclusive sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ponto do córrego do Jundiá (PRD-JUN-500) pode ser considerado a localidade mais crítica na RPGA do Rio Pardo nesta 1ª campanha de 2014, já que nele foi ultrapassada maior quantidade de limites estabelecidos como referência de parâmetros pela Resolução CONAMA 357/05, além de ter apresentado os piores índices de qualidade e de estado trófico de suas águas. Já o ponto do Córrego Lagoa de Baixo (PRD-CLB-100), com IQA “Regular” e o ponto do rio Pardo (PRD-PRD-500), com IQA “Bom” tiveram melhorias no estado trófico sendo classificados como “Ultraoligotróficos”.

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