Chefes Do Governo Desde 1821
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A Revolta Mendes Norton De 1935
A REVOLTA MENDES NORTON DE 1935 LUÍS MIGUEL PULIDO GARCIA CARDOSO DE MENEZES INTRODUÇÃO Manuel Peixoto Martins Mendes Norton (1875-1967), natural de Via- na do Castelo, teve um percurso militar - profissional brilhante, com provas dadas. Foi o caso da organização do serviço de socorro ao nau- frágio do paquete inglês “Veronese” (1913); o grande impulso que deu à obra de farolagem, deixando a costa portuguesa de chamar-se a “costa negra” (1918-1929); a participação e colaboração na revolta monárquica de Monsanto (1919) e na revolução de 28-5-1926; a organização da Con- ferência Internacional de Farolagem em Lisboa (1930), etc. etc. Activista político empenhado, foi o principal chefe operacional das revoltas de 20-5-1935 e da revolta «Mendes Norton» de 10-9-1935, esta última considerada por Medeiros Ferreira, uma das mais importantes revoltas militares entre 1933-1961, que ousaram agitar o Estado Novo. Foi também, uma das figuras de maior relevo do governo dos ge- nerais António Óscar Fragoso Carmona-Sinel Cordes (de 9-7-1926 a 18-4-1928), e a este propósito George Guyomard, considerava Mendes Norton, então Capitão de Fragata, um dos quatro homens que deti- nham o verdadeiro poder político em Portugal. Até 1934, Mendes Norton está com o regime, tendo aliás sido amiúde nomeado para diversos cargos e comissões de serviço; a partir de então e à medida que se acentua o autoritarismo politico, demarca-se da situação e revela-se um opositor feroz ao regime de Oliveira Salazar, tendo sido consequentemente exonerado dos inúmeros cargos e comissões que deti- nha, bem como lhe foi negado o requerimento em que pedia para fazer o tirocínio para o posto de Contra-Almirante. -
O Sistema De Informação Da Presidência Da República Portuguesa
UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS O Sistema de Informação da Presidência da República Portuguesa: estudo orgânico-funcional (1910-2014) Susana Filipa Carvalho Rodrigues Dissertação do Mestrado em Ciências da Documentação e Informação (Variante Arquivo) apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sob a orientação do Professor Doutor Carlos Guardado da Silva Setembro de 2015 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS O Sistema de Informação da Presidência da República Portuguesa: estudo orgânico-funcional (1910-2014) Susana Filipa Carvalho Rodrigues Dissertação do Mestrado em Ciências da Documentação e Informação (Variante Arquivo) apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sob a orientação do Professor Doutor Carlos Guardado da Silva Setembro de 2015 Aos meus pais Ao Abel Agradecimentos Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao meu orientador, o Professor Doutor Carlos Guardado da Silva, toda a dedicação, estímulo e orientação no desenvolvimento e concretização deste trabalho. Agradeço o conhecimento que generosamente me transmitiu e, especialmente, as palavras de incentivo e de amizade durante todo o percurso. Agradeço reconhecidamente ao Dr. António Pina Falcão, Diretor da Direção de Serviços de Documentação e Arquivo da Secretaria-geral da Presidência da República, de quem recebi todo o apoio e as condições necessárias para o bom desenvolvimento e conclusão deste trabalho. Aos colegas das Divisões de Informação e Arquivo, e de Biblioteca e Documentação pelo apoio e incentivo constantes. Agradeço, em especial, ao colega e amigo José Manuel Dias que foi incansável no apoio prestado na recolha da legislação. Aos meus pais, à Rute, ao Gonçalo e à Inês e ao Vasco, por toda a dedicação e amor que me têm dedicado ao longo da vida, a base fundamental de todo o meu percurso. -
1915 Movimento Das Espadas, Pimentismo E Regresso Ao
1915 1915 As três tentativas para fazer governar as classes médias – João Franco, Pimenta de Castro, Sidónio Pais – acabaram, duas por um crime, e outra pela mais antinacional das revoluções portuguesas (Fernando Pessoa) A Maçonaria é o albergue das incapacidades que ali buscam a habilitação do diploma de sócio, para treparem no meio social...As sociedades secretas têm este grande contra; fazem dos mais independentes e corajosos indivíduos uns verdadeiros autómatos (Pimenta de Castro) Pimenta de Castro Um Governo saído duma revolução pertence aos revolucionários e não aos ministros … Convenci-me de que há uma grande diferença entre as ideias que pregamos na oposição e a Movimento das espadas, pimentismo realidade ministerial. Preferi, pois, e prefiro e regresso ao afonsismo continuar na oposição, na pureza do meu ideal e na elevação do meu espírito (Magalhães Lima) ●Da arte de ser português ao valor da raça – No ano da morte de Ramalho Ortigão e de Sampaio Bruno, Teixeira de Pascoaes edita a Arte de Ser Português , onde considera que o homem, em virtude dos seu poder saudosista, de lembrança e esperança, eleva-se da própria miséria e contingência à contemplação do reino espiritual, onde as coisas e os seres divagam em perfeita imagem divina . Já António Sérgio lança Educação Cívica , e António Sardinha publica O Valor da Raça. Introdução a uma Campanha Nacional , obra com que tenta, frustradamente, acesso como docente à Faculdade de Letras, enquanto João Maria Telo de Magalhães Colaço (1893-1931), que irá ser demitido como monárquico em 1919, se destaca com Ensaio sobre a inconstitucionalidade das leis no direito português. -
Responsáveis Políticos Pelo Império Colonial Português
Série Documentos de Trabalho Working Papers Series Responsáveis políticos pelo Império Colonial Português Nuno Valério DT/WP nº 72 ISSN 2183-1807 Apoio: Estudos de história colonial Responsáveis políticos pelo Império Colonial Português Responsáveis políticos pelo Império Colonial Português Nuno Valério (GHES — CSG — ISEG) Resumo Este documento de trabalho apresenta listas dos responsáveis políticos pelo Império Colonial Português: Reis, Regentes e Presidentes da República de Portugal, membros do Governo e governadores dos domínios, províncias, colónias e estados. Abstract This working paper presents lists of the political officials that were responsible for the Portuguese Colonial Empire: kings, regents and Presidents of Republic of Portugal, members of the government and governors of possessions, provinces, colonies and states. Palavras-chave Portugal — responsáveis políticos — Império Colonial Keywords Portugal — political officials — Colonial Empire Classificação JEL / JEL classification N4 governo, direito e regulação — government, law and regulation 1 Estudos de história colonial Responsáveis políticos pelo Império Colonial Português Plano Reis e Regentes de Portugal 1143-1910 Presidentes da República de Portugal desde 1910 Secretários de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos 1736-1834 Secretários de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos da regência constitucional 1830- 1834 Governos e Ministros e Secretários de Estado encarregados dos assuntos ultramarinos 1834-1976 Governadores do Estado da Índia 1505-1961 Governadores -
Organização E Descrição Do Espólio Arquivístico
UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DOCUMENTAIS José de Macedo, um intelectual na viragem do século: organização e descrição do espólio arquivístico Arminda Augusto Fortes Abril 2014 UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DOCUMENTAIS José de Macedo, um intelectual na viragem do século: organização e descrição do espólio arquivístico Arminda Augusto Fortes Orientador: Professor Doutor José Manuel Lousada Lopes Subtil Dissertação apresentada à Universidade Autónoma de Lisboa, Departamento de Ciências Documentais, para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Documentais, especialidade de Arquivo e Sistemas de Informação. Abril 2014 Ao meu pai, com muita saudade… AGRADECIMENTOS Sou grata a tanta gente e por coisas tão diversas quanto imprescindíveis: Ao Deus da minha vida. Minha força, meu refúgio, meu socorro. Ao meu orientador Professor Doutor José Manuel Lousada Lopes Subtil, pela sua orientação e pelo encorajamento que me deu para levar até ao fim este projecto. À Doutora Conceição Casanova, directora de gestão e responsável pela área do património do Instituto de Investigação Científica Tropical, pelo enorme incentivo e compreensão manifestados ao longo deste difícil processo. À Doutora Ana Canas, directora do Arquivo Histórico Ultramarino, pelo apoio e compreensão. Ao querido amigo João Proença, por acreditar em mim, por não me “permitir” desistir, pelo apoio moral, pelas sugestões e pela revisão do texto. Ao Luís Lima, mesmo sobrecarregado de trabalho disponibilizou-se para me ajudar, partilhando comigo o seu conhecimento. Não esquecerei a generosidade. À Dulce Figueiredo, pelo apoio e alento concedidos ao longo do tempo e pela preciosa ajuda na revisão do texto. Às colegas Catarina Gonçalves, Laura Moura e Catarina Mateus, pela partilha de conhecimentos e pelo apoio moral. -
The Political History of Nineteenth Century Portugal1
The Political History of Nineteenth Century Portugal1 Paulo Jorge Fernandes Autónoma University of Lisbon [email protected] Filipe Ribeiro de Meneses National University of Ireland [email protected] Manuel Baiôa CIDEHUS-University of Évora [email protected] Abstract The political history of nineteenth-century Portugal was, for a long time, a neglected subject. Under Salazar's New State it was passed over in favour of earlier periods from which that nationalist regime sought to draw inspiration; subsequent historians preferred to concentrate on social and economic developments to the detriment of the difficult evolution of Portuguese liberalism. This picture is changing, thanks to an awakening of interest in both contemporary topics and political history (although there is no consensus when it comes to defining political history). The aim of this article is to summarise these recent developments in Portuguese historiography for the benefit of an English-language audience. Keywords Nineteenth Century, History, Bibliography, Constitutionalism, Historiography, Liberalism, Political History, Portugal Politics has finally begun to carve out a privileged space at the heart of Portuguese historiography. This ‘invasion’ is a recent phenomenon and can be explained by the gradual acceptance, over the course of two decades, of political history as a genuine specialisation in Portuguese academic circles. This process of scientific and pedagogical renewal has seen a clear focus also on the nineteenth century. Young researchers concentrate their efforts in this field, and publishers are more interested in this kind of works than before. In Portugal, the interest in the 19th century is a reaction against decades of ignorance. Until April 1974, ideological reasons dictated the absence of contemporary history from the secondary school classroom, and even from the university curriculum. -
A Instabilidade Crescente – Entre Greves E Atentados, Forças Vivas E
1920 1920 Ou é da minha vista ou estás a pedir um Baptista (Piada que antecede a chamada ao governo do líder do militarismo democrático) A guerra permitiu, com o auxílio da fraude, reunir nas mãos da Moagem capitais disponíveis enormes. A pouco e pouco, as Moagens começam a alargar o seu campo de operações. Eles são senhores, entre outras coisas, do seguinte: moagens, panificação, indústria da bolacha e fabrico de massas, energia hidráulica, minas de carvão, metalurgia, indústria de fiação, etc. O seu poder torna-se estranho, compram jornais Domingos Pereira políticos e não políticos e manobram, assim, à vontade, a consciência pública A instabilidade crescente. Entre (Cunha Leal em discurso parlamentar, greves e atentados, forças vivas e atacando as Moagens que o hão-de convidar governo da GNR depois para seu agente, como director de O Século ). ●Os Ensaios de António Sérgio – No ano em que atingimos os 6 032 991 habitantes, Fernando Pessoa continua a participar no jornal Acção , do Núcleo de Acção Nacional, de marca sidonista, nele publicando o poema À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais , onde proclama que a vida fê-lo herói, e a Morte/ O sagrou Rei!... Flor alta do paul da grei,/Antemanhã da Redenção,/ Nele uma hora encarnou el-rei/ Dom Sebastião . António Sérgio, exilado no Brasil desde 1919, edita, no Rio de Janeiro, em edição do Anuário do Brasil, o primeiro volume dos seus Ensaios , enquanto surge Clepsidra de Camilo Pessanha, que reside em Macau, desde 1900 e aí permanece até à data da morte, em 1926. No ano da morte de Max Weber, quando António Lino Neto proclama que a Igreja Católica é a mais bela democracia que tem visto o mundo e a primeira democracia de todos os tempos , Harold Laski torna-se professor na London School of Economics, enquanto vai crescendo o modelo intuicionista de Henri Bergson, com destaque para a adesão de Samuel Alexander (1859-1938), autor do conceito de evolução emergente , o precursor do pensamento complexo que será, depois, desenvolvido por Pierre Teilhard de Chardin. -
Laicização, Economia E Ensino As Relações Económicas Entre Estado E Igreja E O Seu Reflexo No Ensino Superior
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Artes e Letras Laicização, Economia e Ensino As Relações Económicas entre Estado e Igreja e o seu Reflexo no Ensino Superior Andreia Patrícia Lima Rodrigues Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Ciência Política (2º ciclo de estudos) Orientador: Prof. Doutor António José Ferreira Bento Covilhã, outubro de 2014 Laicização, Economia e Ensino ii Laicização, Economia e Ensino Dedicatória À minha mãe, que me ensinou que os obstáculos são meras barreiras à espera de serem ultrapassados, e ao Filipe, que foi essencial no meu percurso académico. iii Laicização, Economia e Ensino iv Laicização, Economia e Ensino Agradecimentos A realização desta dissertação contou com vários apoios e, através deste espaço pretendo agradecer todas as palavras de incentivo. À minha família, em especial à Emília Lima e Cátia Silva, que são o meu segundo lar. Aos meus amigos, em especial Sofia Geraldes, Vanessa Montana e Gil Santos. Por fim, um especial agradecimento ao professor Doutor António José Ferreira Bento, pela sua capacidade de orientação, pelos ensinamentos transmitidos e total disponibilidade e compreensão que demonstrou ao longo desta jornada. v Laicização, Economia e Ensino vi Laicização, Economia e Ensino Resumo Será que o Estado Português, apesar de ser um regime democrático, é realmente laico? Existirão relações económicas entre o Estado e a Igreja? Verifiquem-se estas ou não, qual o seu impacto no ensino no nosso país? E a Universidade Católica? Porque dispõe de um estatuto especial? A presente dissertação pretende esclarecer todas estas questões tendo em conta os regimes políticos que já vigoraram no nosso país. Além de uma análise às relações entre o Estado e a Igreja, com predomínio para as relações económicas, como é evidente, a evolução do ensino e a influência da Igreja sobre este também são alvo de estudo. -
Contexto Programa Projecto Arquitetura E Políticas Públicas De Habitação
CONTEXTO PROGRAMA PROJECTO ARQUITETURA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO RUI JORGE GARCIA RAMOS VIRGÍLIO BORGES PEREIRA MARTA ROCHA MOREIRA SÉRGIO DIAS SILVA (COORD.) MAPA DA HABITAÇÃO REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A ARQUITECTURA HABITACIONAL APOIADA PELO ESTADO EM PORTUGAL (1910-1974) FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE DO PORTO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO PT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014 1 CONTEXTO PROGRAMA PROJECTO ARQUITETURA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO RUI JORGE GARCIA RAMOS VIRGÍLIO BORGES PEREIRA MARTA ROCHA MOREIRA SÉRGIO DIAS SILVA (COORD.) MAPA DA HABITAÇÃO REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A ARQUITECTURA HABITACIONAL APOIADA PELO ESTADO EM PORTUGAL (1910-1974) FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE DO PORTO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO PT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014 2 Ficha Técnica TÍTULO Livro publicado no âmbito do projecto [ETSAM | GIVCO] Contexto Programa Projeto: de investigação “Mapa da Habitação: Carmen Espegel Arquitetura e Políticas Públicas de Reflexão crítica sobre a arquitectura Daniel Movilla Vega Habitação habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)”, co-financiado pela [UNL | IHC-FCSH] ERDF através do COMPETE 2020 – POCI Fernanda Ribeiro COORDENADORES e fundos nacionais da FCT no âmbito do Maria Fernanda Rollo Rui Jorge Garcia Ramos P2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014. Virgílio Borges Pereira [FLUP | ISUP] Marta Rocha Moreira Virgílio Borges Pereira Sérgio Dias Silva SOBRE O PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO CONSULTORES TEXTOS NOME [UMR | AUSser] Carmen Espegel Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre Monique Eleb Eliseu Gonçalves -
Dos Revolucionários Da Rotunda À Ditadura Dos
1910 Se considerarmos, a título de exemplo, as revoluções do século XX, será forçoso reconhecer que, com toda a evidência, as revoluções portuguesa e turca são burguesas. Mas nem uma nem outra são “populares”, pois a massa do povo, a sua imensa maioria, não intervém de uma forma visível, activa, autónoma, com as suas reivindicações económicas e políticas próprias, nem numa nem na outra destas revoluções (Lenine) Se a República não foi feita pela Maçonaria, o foi certamente por maçons...foi a Carbonária Teófilo Braga que determinou a Revolução...A política deve ser a aplicação da moral (Sebastião de Magalhães Lima) Dos revolucionários da Rotunda à Que me importa a província? Que importa Ditadura dos provisórios mesmo o Porto! A República fazemo-la depois pelo telégrafo (João Chagas) ●A Revolução do Zé Povinho – É em 5 de Outubro de 1910 que nos chega a messiânica República, essa procura de conciliação do nobre Zé povinho com a alma nacional , quando um pequeno núcleo de carbonários, instalado na Rotunda, consegue ocupar o vazio defensivo do aparelho militar e policial do situacionismo, que se acusa de energicamente reaccionário. E tudo acontece de modo bem diverso do que fora ensaiado pela sargentada de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, quando a monarquia era gerida pelos avançados da Liga Liberal. Assim, a monarquia portuguesa foi derrubada por dois regimentos, dois cruzadores e uma mão-cheia de civis (Fernando Pessoa). Aliás, bastou o estrondo para abalar a monarquia , porque uma só companhia da Guarda Municipal, que se lançasse corajosamente sobre o acampamento, destroçaria completamente a insurreição como Raúl Brandão salienta . -
The London School of Economics and Political Science
The London School of Economics and Political Science Civilian Control of the Military in Portugal and Spain: a Policy Instruments Approach José Javier Olivas Osuna A thesis submitted to the Department of Government of the London School of Economics for the degree of Doctor of Philosophy, London, March 2012 Declaration I certify that the thesis I have presented for examination for the MPhil/PhD degree of the London School of Economics and Political Science is solely my own work. e copyright of this thesis rests with the author. Quotation from it is permitted, provided that full acknowledgement is made. is thesis may not be reproduced without my prior written consent. I warrant that this authorisation does not, to the best of my belief, infringe the rights of any third party. I declare that my thesis consists of words. Abstract Despite their economic, political and cultural similarities, Portugal and Spain experienced dif- ferent trajectories of civil-military relations during the twentieth century. After having handed power over to a civilian dictator, Salazar, the Portuguese military eventually caused the down- fall of his authoritarian Estado Novo regime and led the transition to democracy. In contrast, in Spain the military, which had helped Franco to defeat the Republic in remained loyal to the dictatorship’s principles and, after his death, obstructed the democratisation process. is research sheds light on these different patterns by comparing the policy instruments that governments used to control the military throughout Portuguese and Spanish dictatorships and transitions to democracy. First, it applies Christopher Hood’s () ‘’ (nodality, authority, treasure and organisation) framework for the study of tools of government in order to identify trajectories and establish comparisons across time and countries. -
A Língua Portuguesa Ao Serviço Da Missão: a Proposta Da Sociedade De Geografia De Lisboa Para Uma Missionação Luso-Brasileira
Lusitania Sacra . 35 (Janeiro-Junho 2017) 095-118 A língua portuguesa ao serviço da missão: a proposta da Sociedade de Geografia de Lisboa para uma missionação luso-brasileira HUGO GONÇALVES DORES Centro de Estudos Sociais – Universidade de Coimbra Centro de Estudos de História Religiosa – Universidade Católica Portuguesa hfgdores@gmail .com Resumo: No final de 1919, a Sociedade de Geografia de Lisboa apresentou um longo relatório com diversas propostas para as colónias, entre elas medidas relativas às missões religiosas . Aí surgiu a ideia de promover uma missionação luso-brasileira que pudesse desenvolver os laços entre os povos falantes de português (Portugal, Brasil e Padroado do Oriente), promovendo a civilização lusa através da sua pertença comum à religião católica e à língua e história portuguesas . Este texto recupera esse relatório e procura compreender de que forma a Sociedade de Geografia tentou instrumentalizar a língua e o passado histórico para servir o propósito de um projeto de missão civilizadora que implicava a transmissão de um conjunto de valores socioculturais e históricos, num contexto de desenvolvimento de novas dinâmicas internacionais e de reformulação das estratégias imperiais do pós-Primeira Guerra Mundial . Palavras-chave: Missão Religiosa, República, Sociedade de Geografia de Lisboa, Império . The Portuguese language at the mission’s service: the Sociedade de Geografia de Lisboa’s proposal for a Luso-Brazilian mission Abstract: By the end of 1919, the Lisbon Geographical Society presented a long report with several proposals for the colonies, including some measures related to the religious missions . The report addressed the idea of a Luso-Brazilian mission that could develop the bonds among the Portuguese-speaking peoples in Portugal, Brazil and the Oriental Patronage .