Comemoração Do Centenário Da Morte Do Conselheiro Hintze Ribeiro

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Comemoração Do Centenário Da Morte Do Conselheiro Hintze Ribeiro COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA MORTE DO CONSELHEIRO HINTZE RIBEIRO DISCURSO PROFERIDO PELA PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PONTA DELGADA NA SESSÃO SOLENE COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DA MORTE DE HINTZE RIBEIRO Salão nobre, 2 de Março de 2007 Senhor Vice-Reitor Professor Doutor Brandão da Luz Professor Doutor Medeiros Ferreira Senhor Presidente do Instituto Cultural de Ponta Delgada Ilustres descendentes e familiares do Conselheiro Hintze Ribeiro Ilustres autoridades presentes e convidados Minhas Senhoras e Meus Senhores oucas cerimónias se encontram, como esta, revestidas de tão elevado significado P histórico. E, por duas ordens de razões: inauguramos as comemorações alusivas ao centenário da morte do Conselheiro Hintze Ribeiro e fazemo-lo, justamente, numa das datas mais simbólicas para os Açores e para os Açorianos. Se é certo que é na constituição de 1976 que se cria o regime político-administra- tivo do arquipélago dos Açores (e, também da Madeira), fundamentando-o nas histó- ricas aspirações autonomistas das populações insulares, quem pretender respeitar e perpetuar a causa autonómica não pode desprezar o movimento que conquistou em 1895 o primeiro diploma verdadeiramente regulador de uma autonomia dos Açores, ainda e só, do ponto de vista administrativo. E, neste capítulo, o nosso homenageado de hoje foi uma pedra basilar para as con- quistas que advieram desse período, pois foi pela sua mão que se abriu uma porta im- portante no edificio da história açoriana, outorgando às Juntas Gerais, que o quisessem, poderes autonómicos excepcionais no país. Orgulhamo-nos de Ponta Delgada ter sido o primeiro distrito a pedir a aplicação do Direito de Autonomia. Insulana. Órgão do Instituto Cultural de Ponta Delgada, 63 (2007): 5-10 6 Berta M. C. Almeida de Melo Cabral Por isso, teria de ser aqui, em Ponta Delgada, o início das comemorações do cen- tenário da morte de um dos açorianos mais ilustres de sempre. Em boa hora o Instituto Cultural de Ponta Delgada nos propôs tamanha tarefa que abraçámos com a mesma prontidão. Fazemo-lo por uma questão de princípio, mas também porque consideramos que Pon- ta Delgada deve saber reconhecer os seus maiores, de hoje e de ontem. Mas deve, sobre- tudo, saber aliar-se cordialmente a quem tem por desígnio cumprir um serviço público. O Instituto Cultural de Ponta Delgada, foi ontem, é hoje, e será certamente ama- nhã, uma das mais importantes instituições culturais dos Açores, que muito honra a nossa cidade, que prestigia a sua Região e constitui uma referência reconhecida e res- peitada no plano nacional. A cidade de Antero, de Teófilo, de Natália, tem no seu Instituto Cultural um espa- ço privilegiado que confere à nossa cidade uma dimensão intelectual que deve ser re- conhecida e sublinhada. A promoção da cultura como factor essencial da nossa consciência colectiva, que nos distingue e valoriza entre as demais cidades portuguesas, foi desde sempre com- preendida e assumida por sucessivas gerações dirigentes do Instituto Cultural de Pon- ta Delgada. Estamos gratos por isso e vemos nesta iniciativa conjunta mais um esforço efectivo para materializar a promoção cultural do nosso património. Gostaria, igualmente, de deixar uma palavra à Universidade dos Açores que mais uma vez aceitou, prontamente, o nosso convite para assinalar mais esta efeméride, que também se poderia inserir no protocolo que temos em conjunto para as comemo- rações do Centenário da República. Falar de desenvolvimento da autonomia é falar, também, do papel dos centros de reflexão e de pensamento estratégico e do seu insubstituível papel na formação da massa crítica que dá suporte às mais diversas opções que cabem já na esfera política. O aprofundamento da autonomia – em particular no domínio político, filosófico e doutrinário – muito tem ficado a dever à reflexão académica que a Universidade dos Açores tem liderado, tendo no seu reitor, um dos pensadores contemporâneos da au- tonomia. Finalmente, uma palavra de apreço ao Doutor Medeiros Ferreira. Há pouco mais de um mês brindou-nos com a presença numa mesa redonda sobre José Bruno Car- Comemoração do Centenário da morte do Conselheiro Hintze Ribeiro 7 reiro no contexto da política internacional do seu tempo. Volta a estar entre nós, o que registamos e agradecemos, partilhando conhecimentos e saberes que nos ajudam melhor a compreender os fenómenos políticos recentes. Pessoas como o Doutor Medeiros Ferreira, abertas, dialogantes e inteligentes são sempre bem-vindas a estes Paços do Concelho. Minhas senhoras e meus senhores Não me compete falar específica e aprofundadamente sobre o Conselheiro Hintze Ribeiro. Gostaria apenas de partilhar convosco algumas reflexões a partir da sua acção. Político inteligente, astuto e de verbo fácil, polemista nato, o Conselheiro Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro é, indiscutivelmente, um dos nomes incontornáveis da nossa história. Militante activo do Partido Regenerador, afilhado político de Fontes Pereira de Melo, Hintze Ribeiro cedo triunfou no Parlamento e a sua sagacidade e sensatez abri- ram-lhe caminho para a presidência do Conselho, ou seja, para a chefia do Governo Português. Filho de Ponta Delgada, cedo percebeu que poderia fazer mais em Lisboa por es- tas ilhas do que aqui. Infelizmente, nessa altura como ainda hoje, nem sempre houve, como nem sempre há, o esclarecimento necessário, e a sensibilidade política adequa- da para compreender as causas e as razões da autonomia e dos povos insulares. Ontem como hoje, mantemos especificidades que muitos ignoraram e ignoram e constrangimentos que muitos esqueceram ou esquecem. Aliás, é de salientar aqui o facto de a Hintze Ribeiro, como Ministro das Obras Públicas, se dever a autorização do Governo para o lançamento de qualquer linha te- legráfica submarina, que partindo do continente ou da ilha da Madeira, e dirigindo-se à América ou a qualquer outro ponto do globo, tocasse numa ou mais ilhas dos Aço- res obrigatoriamente. Hintze Ribeiro sabia o que era o isolamento e como era necessário garantir comu- nicações tão eficazes e tão rápidas quanto possível para a época. De resto, foi durante o seu governo que foi concedida a autonomia administrativa aos distritos dos Açores. Culminando a campanha autonomista, encetada por Gil 8 Berta M. C. Almeida de Melo Cabral Mont´Alverne de Sequeira e Aristides Moreira da Mota, entre outros, foi durante o seu governo que se lançaram os pilares da actual autonomia dos Açores e da Madeira. Hintze Ribeiro era simpatizante desta causa e foi graças à sua abertura e aos seus contactos, que se conseguiu este desiderato para os Açores, embora depois na prática se tenha confundido, ao longo de sucessivas gerações, o verdadeiro significado de autonomia, esquecendo-se que uma autonomia tem sempre subjacente um principio de solidariedade activa diferente da que muitas vezes foi assumida. Importa também frisar que se este movimento foi decisivo, mais proveitoso será todavia, manter o seu espírito, sem hesitações, sem receios mas sempre conscientes da nossa história, das nossas tradições e das nossas genuínas aspirações. A autonomia é a capacidade de uma comunidade poder gerir livremente os seus recursos, com especificidades próprias que não dispensam nem a solidariedade do país nem a da União Europeia. Não no sentido de mão estendida, mas porque há con- dições especificas que fazem das regiões insulares um ente diferente do conjunto em que estão inseridas. A livre Administração dos Açores pelos Açorianos é um objectivo que se alcança diariamente, que atravessa gerações e deve pautar, sempre, as relações políticas dos Açores com Lisboa. A divisa de Cipião de Figueiredo inscrita no brasão de armas dos Açores é bem o sinal dessa inquebrantável determinação. “Antes morrer livres que em paz sujeitos” tem o valor duma declaração política e é a afirmação da vontade dum povo. As sucessivas revisões constitucionais, com destaque para a revisão constitucional de 2004, vieram provar, se dúvidas houvesse, que há sempre possibilidade de melho- rar os aspectos substantivos da autonomia, quer reforçando os poderes dos órgãos de Governo próprio, quer reforçando as competências legislativas, quer esclarecendo as relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas, num claro contributo para a mitigação do contencioso autonómico que esteve, está e estará sempre presen- te, porque é a sua natureza. A história política dos Açores ensina-nos que a autonomia teve sempre na capaci- dade de reivindicação o seu melhor suporte e a mais eficaz alavanca para o seu pro- gresso. O que nos deve determinar, sempre, é a vontade de aperfeiçoar o poder político açoriano e melhorar os mecanismos institucionais para o seu exercício, no quadro da Comemoração do Centenário da morte do Conselheiro Hintze Ribeiro 9 unidade do Estado que, a meu ver, deve constituir o único limite ao aprofundamento institucional da autonomia. A revisão constitucional de 2004, não marcou, por isso mesmo, um limite ao de- senvolvimento das autonomias dos Açores e da Madeira. Nos últimos 32 anos, o modelo constitucional das autonomias insulares e o res- pectivo estatuto jurídico político, constituíram uma das pedras de toque do sistema político português. Aliás, neste momento e depois da última revisão constitucional, a Assembleia Le- gislativa da Região Autónoma dos Açores está a preparar uma ampla revisão do Esta- tuto Político-Administrativo, que consagra, estou certa, novas soluções, que permitirão uma afirmação mais incisiva da matriz autonómica. É um desafio que não admite recusa. Fazer a reestruturação da autonomia, no
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