Lasar Segall E a Perseguição Ao Modernismo: Arte Degenerada Na Alemanha E No Brasil

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Lasar Segall E a Perseguição Ao Modernismo: Arte Degenerada Na Alemanha E No Brasil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Lasar Segall e a perseguição ao Modernismo: Arte Degenerada na Alemanha e no Brasil Daniel Rincon Caires Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Orientador: Prof. Dr. Francisco Cabral Alambert Junior São Paulo 2019 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Caires, Daniel Rincon Cl Lasar Segall e a perseguição ao Modernismo: Arte Degenerada na Alemanha e no Brasil / Daniel Rincon Caires ; orientador Francisco Cabral Alambert Junior. - São Paulo, 2019. 279 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de História. Área de concentração: História Social. 1. Modernismo. 2. Degeneração. 3. Lasar Segall. 4. Crítica de Arte. 5. Nazismo. I. Alambert Junior, Francisco Cabral , orient. II. Título. Aos meus pais, Regina e José Agradecimentos Ao meu orientador, Francisco Alambert, pela confiança depositada em meu projeto e pela supervisão de minha pesquisa. A Helouise Costa, com quem tive o privilégio de conviver e trabalhar, pelos generosos ensinamentos e pela leitura atenta de meu relatório de qualificação e sugestões que me ofereceu tanto na ocasião do exame quanto em outros momentos da trajetória da pesquisa. A Vera d’Horta, que me acolheu no Museu Lasar Segall e me apresentou não só o universo do artista russo, mas me guiou nos primeiros passos no campo da História da Arte. À Vera devo agradecer também pelas sugestões e críticas que recebi em meu exame de qualificação bem como durante o ato de defesa. Gostaria de agradecer ainda os professores que completaram minha banca de defesa, Annateresa Fabris e Marcos Napolitano. Ao amigo professor Nachmann Falbel, pelos ensinamentos eruditos que tive o privilégio de colher de sua pessoa. Agradeço a indicação e empréstimo de fontes raras e as sugestões que me ofereceu ao longo do processo. A Pierina Camargo, museóloga do Museu Lasar Segall, pela generosidade com que compartilhou seus conhecimentos a respeito da obra e da vida de Lasar Segall. À Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall e ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que custearam parte de minha formação na língua alemã. Este trabalho foi realizado ao longo de minha atividade profissional como pesquisador junto ao Museu Lasar Segall, onde colaboro principalmente na gestão do Arquivo Lasar Segall. Por isso, devo agradecer a Jorge Schwartz e Marcelo Monzanni, diretores do Museu Lasar Segall durante o desenvolvimento desta pesquisa, que proporcionaram tempo e espaço para a aquisição das ferramentas fundamentais necessárias ao trabalho de pesquisa. É importante ressaltar o esclarecimento destes gestores, já que raramente encontrei, no ambiente museal, reconhecimento ao valor das atividades de pesquisa. Gostaria de agradecer a pessoas que se dispuseram a enviar materiais bibliográficos e fontes indisponíveis no Brasil: Susanne Knuth (Kulturhistorisches Museum Rostock); Jürgen Nitsche, historiador autônomo em Chemnitz, que compartilhou suas pesquisas inéditas; Neil Levi (Drew University); Joseph Masheck (Hofstra University); Grit Reinhold (Sächsische Landesbibliothek – Staats- und Universitätsbibliothek Dresden); a Melanie Vietmaier (Kunstsammlung Nordheim-Westfalen) devo não só o envio de materiais, mas ideias e reflexões importantes advindas de nossos diálogos; Mathis Ingenhaag (Bundesarchiv - Koblenz), Elisabeth Angermair (Stadtarchiv München). Finalmente, gostaria de agradecer aos meus filhos –Marina, Luiza e José – pelo fundamental apoio ao longo deste projeto. Resumo Esta dissertação analisa o discurso de repúdio à arte moderna, conforme este se manifestou em relação à obra do artista russo-brasileiro Lasar Segall (1889-1957). A singular trajetória deste artista, que viveu e produziu na Europa e no Brasil, permite que se observe e compare as retóricas dos refratários ao modernismo em diferentes lugares e épocas. Na busca pelas matrizes conceituais dessa mentalidade, recuou-se a observação para as décadas finais do século XIX, momento em que se consolidaram algumas formas novas de se compreender o fenômeno estético, amparadas na ótica positivo-cientificista, assim como categorias pejorativas de qualificação do modernismo, como a de “degeneração”. Atenção especial foi conferida à análise da política cultural do regime nacional-socialista, que empreendeu a partir de 1937 uma “ação contra a arte degenerada”, responsável por expurgar dos museus públicos alemães uma grande quantidade de obras de arte moderna, e por exibir em exposições difamatórias um conjunto delas, entre as quais, algumas de Lasar Segall. No Brasil, observou-se as relações entre o Estado Novo e a arte moderna, em especial no monitoramento de seus artífices pelos órgãos de repressão política. Palavras-chave: 1. Modernismo, 2. Degeneração, 3. Lasar Segall, 4. Crítica de Arte, 5. Nazismo Abstract This dissertation analyzes the discourse of repudiation of modern art, as manifested about the work of Russian-Brazilian artist Lasar Segall (1889-1957). The unique trajectory of this artist, who lived and produced in Europe and Brazil, allows comparisons of refractory discourses about modernism in different places and times. In the search for the conceptual matrices of this rhetoric, the observation returned to the final decades of the nineteenth century, when some new forms of understanding the aesthetic phenomenon consolidated, supported by the positive-scientificist view, as well as pejorative categories of qualification of the modernism, such as "degeneration." Special attention was given to the analysis of the cultural policy of the National Socialist regime, which from 1937 on undertook an "action against degenerate art", responsible for purging a large number of modern works of art from the German public museums, and for exhibiting in defamatory exhibitions a group of them, including some of Lasar Segall. In regards to the Brazilian case, the research dedicated attention to the relations between the Estado Novo and modern art, especially in the monitoring of its artificers by the organs of political repression. Key-words: 1. Modernism; 2. Degeneration; 3. Lasar Segall, 4. Art Criticism, 5. Nazism. ÍNDICE Introdução........................................................................................................................1 Capítulo 1 - e seu ódio será perfeito: um olhar sobre a gênese da sensibilidade antimodernana Alemanha................................................................................................5 Capítulo 2 - Uma arte que clama por camisa-de-força: arte moderna como sintoma de degeneração....................................................................................................................35 Capítulo 3 - Estética Positiva, nacionalismo naturalista: recepções ao modernismo no Brasil ....................................................................................................71 Capítulo 4 - Rotas alteradas: trajetórias das obras de Lasar Segall confiscadas na “Ação contra a Arte Degenerada”...............................................................................113 Capítulo 5 - “O russo naturalizado brasileiro”: Lasar Segall e o antimodernismo no Brasil.............................................................................................................................163 Considerações finais....................................................................................................197 Bibliografia e Fontes....................................................................................................201 Anexos...........................................................................................................................219 Caderno de Imagens....................................................................................................251 1 Introdução O objeto central desta dissertação é o pensamento estético antimoderno – e as ações dele decorrentes - conforme se manifestou ao redor da obra do artista Lasar Segall. Acompanhando de perto a linha sinuosa das vivências múltiplas deste “eterno caminhante”, foi possível observar as formas e nuances da recepção ao modernismo, em diversos lugares, em diversos momentos. A perseguição ao objeto levou ao século XIX, na busca pelas raízes do repúdio à modernidade estética. Parecia impossível compreender adequadamente as ideias da crítica antimoderna das décadas iniciais do século XX sem buscar seus fundamentos num passado um pouco mais distante. Somente assim se poderia observar suas transformações, reapropriações e reaparições. A dissertação estrutura-se em cinco capítulos. No primeiro, procura-se observar a formação da sensibilidade antimoderna na Alemanha, tratando de remetê-la aos fatores sociais, políticos e econômicos que circundam essa gênese. Identificam-se alguns indivíduos responsáveis pelo desenvolvimento da retórica antimoderna, cujos discursos são analisados. 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