Filosofia E Historia No Pensamento De Eric Weil Judikael Castelo Branco
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Filosofia e historia no pensamento de Eric Weil Judikael Castelo Branco To cite this version: Judikael Castelo Branco. Filosofia e historia no pensamento de Eric Weil. Philosophy. Université Charles de Gaulle - Lille III; Universidade federal do Ceará. Faculdade de filosofia (Crato, Brésil), 2017. Portuguese. NNT : 2017LIL30051. tel-01891441 HAL Id: tel-01891441 https://tel.archives-ouvertes.fr/tel-01891441 Submitted on 9 Oct 2018 HAL is a multi-disciplinary open access L’archive ouverte pluridisciplinaire HAL, est archive for the deposit and dissemination of sci- destinée au dépôt et à la diffusion de documents entific research documents, whether they are pub- scientifiques de niveau recherche, publiés ou non, lished or not. The documents may come from émanant des établissements d’enseignement et de teaching and research institutions in France or recherche français ou étrangers, des laboratoires abroad, or from public or private research centers. publics ou privés. Université de Lille École doctorale Sciences de l’homme et de la société JUDIKAEL CASTELO BRANCO FILOSOFIA E HISTÓRIA NO PENSAMENTO DE ERIC WEIL Thèse pour obtenir le grade de docteur en philosophie de l’Université de Lille Préparée sous la direction de M. le Professeur CANIVEZ Patrice et M le Professeur COSTESKI Evanildo soutenue publiquement le 11 octobre 2017 Le Jury est composé de : JUDIKAEL CASTELO BRANCO FILOSOFIA E HISTÓRIA NO PENSAMENTO DE ERIC WEIL Tese apresentada como requisito obrigatório à obtenção do título de Doutor em Filosofia pelo Departamento de Pós-graduação em Filosofia na Universidade Federal do Ceará, sob orientação dos professores Evanildo Costeski – UFC e Patrice Canivez – Lille 3. FORTALEZA 2017 11 Octobre 2017 JUDIKAEL CASTELO BRANCO FILOSOFIA E HISTÓRIA NO PENSAMENTO DE ERIC WEIL Tese apresentada à Universidade Federal do Ceará como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Filosofia. _________________, de _______________, de ______. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Prof. Dr. Evanildo Costeski Universidade Federal do Ceará ____________________________________________ Prof. Dr. Patrice Canivez Université Charles de Gaulle ____________________________________________ Prof. Dr. Luis Manuel Bernardo Universidade Nova de Lisboa ____________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Perine Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 11 Octobre 2017 AGRADECIMENTOS A Thais Aragão que encheu minha vida de amor e de alegria. Aos amigos que neste tempo de pesquisa estiveram comigo e me estimularam, muito particularmente a Daniel Benevides Soares, um verdadeiro irmão que a vida acadêmica me deu. Gratíssima lembrança de Larissa Rangel e de Liana Garcia, sem a ajuda delas o período em Lille não teria sido tão significativo pra esta pesquisa. Aos amigos de sempre, a todos agradeço imensamente, todos recordados nos nomes de Debora Arruda, Janaína Holanda e Paulo Henrique Oliveira Rocha. Aos muitos professores que me acompanharam na escrita de uma história e não apenas de uma tese. Citando quatro nomes estendo minha gratidão a todos: o querido amigo, pai e mestre Pe. Francisco Evaristo Marcos, cujo apoio e orientação nunca agradecerei sufucientemente; a professora Marly Soares que me apresentou (com paixão e entusiasmo) o pensamento de Eric Weil, e os professores Evanildo Costeski e Patrice Canivez, que muito generosamente me dirigiram nesta pesquisa. Com eles aprendi muito mais do que sou capaz de dizer aqui. Ao Centro Eric Weil pelo apoio financeiro durante minha permanência na França, de novo agradeço ao Prof. Patrice Canivez, seu diretor, assim como à caríssima secretária Fatiha Iznani, pelo auxílio indispensável e sempre cordial. 11 Octobre 2017 À Roselena e à Janaína, minha mãe e irmã, sem as quais não haveria tese, nem pesquisa, nem estudo, nem nada... 11 Octobre 2017 Cada um de nós é como um homem que vê as coisas em um sonho e acredita conhecê-las perfeitamente, e então desperta para descobrir que não sabe nada. Platão, Político. 11 Octobre 2017 RESUMO A filosofia de Eric Weil apresenta uma estrutura sistemática cuja interpretação dos componentes não é facilmente concebível. O título “Filosofia e história no pensamento de Eric Weil” propõe uma leitura abrangente do sistema weiliano visando sua compreensão através de um elemento que atravessa toda a sua obra: a história. Nossa hipótese fundamental é a de que se encontra subjacente, em Weil, uma forma original de pensar a história, que, mesmo sem constituir uma “filosofia particular”, é uma princípio hermenêutico para a interpretação do seu pensamento. A nosso ver, o tema ainda não encontrou o aprofundamento merecido entre os que se dispuseram a pensar a filosofia weiliana tanto pela forma como normalmente se põe a questão da relação entre a filosofia e a história ou como um tema tangente na obra ou como uma marca do seu “hegelianismo”. Mostramos que a questão da história é tomada numa perspectiva filosófica original por se distanciar tanto da “inspiração” hegeliana como do pensamento heideggeriano; e fundamental, porque o pensamento de Weil não pode ser compreendido sem referência à reflexão sobre a história e sobre o homem que por ela se interessa. Nossa tese se desenvolve a partir da tarefa que demanda tanto a apresentação dos problemas inerentes ao projeto de uma filosofia da história, como a determinação do fio condutor que aponta para a sua unidade interna e para a sua articulação com o restante do sistema. Portanto, a cada novo passo retoma-se a hipótese de que a reflexão sobre a história serve de chave hermenêutica legítima da obra weiliana. Uma primeira exigência tem caráter histórico-expositivo: elencar os textos que abordam as questões próprias do pensamento sobre a história. Deve-se também ler sistematicamente o conjunto dos textos e da sua relação com o sistema da filosofia articulado na Lógica da filosofia, assumindo a ideia de sistema como pedra de toque da validade de qualquer interpretação. Não se trata, portanto, de recortar o corpus weiliano em vista da indicação dos lugares em que a questão aparece, mas de reconstruir a unidade entre as diferentes partes da sua obra. Nossa investigação toma a obra de Weil concentrando-nos sobre a história na sua dimensão lógico-filosófica sem prescindir daquela histórico-política. Trata-se, então, de uma perspectiva lógico-argumentativa que tenta compreender uma filosofia que se pretende dialética e crítica. Para tanto, dividimos o trabalho em quatro capítulos. O primeiro aborda a metafilosofia no pensamento weiliano a partir da sua inspiração kantiana. Nossa hipótese fundamental é o retorno à afirmação do kantismo de Weil, kantismo retomado por um filósofo que leu e compreendeu Hegel. Partimos da definição da filosofia como ato humano próprio de quem escolheu, livremente, compreender o mundo numa busca de sentido entendida como atividade eminentemente científica e comunicável, e, acima de tudo, essencialmente histórica. O segundo, insere Eric Weil na esteira dos filósofos que pensam a história, sempre segundo a inspiração kantiana, o que implica associá-lo à tradição de uma “crítica da razão histórica” que parte de Dilthey e se prolonga até Weber e Aron. O terceiro leva as condições dos discursos sobre o sentido da história ao sistema das categorias discursivas. Dito de outro modo, seguimos a sucessão categorial da Lógica da filosofia. De um lado, discernimos os motivos que impedem um discurso histórico da Verdade ao Eu, e de outro, acompanhamos o desenvolvimento dos discursos fundantes de uma compreensão da história da categoria Deus até a Sabedoria. O último constitui uma segunda parte do trabalho e retoma a tarefa anunciada como a recuperação da função social do filósofo, a partir da leitura weiliana da Revolução francesa. Palavras-chave: Metafilosofia. História. Filosofia da história. Lógica da filosofia. 11 Octobre 2017 RÉSUMÉ La philosophie d’Eric Weil présente une structure systématique dont l’interprétation des composants n’est pas facilement concevable. Le titre “Philosophie et histoire dans la pensée d'Eric Weil” propose une lecture complète du système weilian visant à sa compréhension à travers un élément qui traverse tout son travail : l’histoire. Notre hypothèse est que Weil présente une manière originale de penser à l’histoire qui, sans constituer une “philosophie particulière”, peut être un principe herméneutique pour l’interprétation de sa pensée. Nous voulons montrer que la question de l’histoire représente une position originale en s’éloignant de l’inspiration hegelienne et de la pensée heideggerienne; et fondamental, parce que la pensée de Weil ne peut être comprise sans référence à la réflexion sur l’histoire et à l’homme qui pose des questions sur l’histoire. Notre thèse se développe à partir de la tâche qui exige à la fois la présentation des problèmes inhérents à la conception d’une philosophie de l’histoire et la détermination du fil qui pointe vers son unité interne et son articulation avec le reste du système. Par conséquent, à chaque nouvelle étape, l’hypothèse est prise : la réflexion sur l’histoire sert de clé herméneutique légitime à approcher le travail weilien. Une première exigence a un caractère historique-exposant : énumérer les textes qui abordent les questions de la réflexion sur l’histoire. Il faut également lire systématiquement l’ensemble des textes et leur relation avec le système de philosophie articulé dans la Logique de la philosophie, en supposant que l’idée du système est la pierre angulaire de la validité de toute interprétation. Il ne s’agit donc pas de découper le corpus weilien en vue de l’indication des lieux où apparaît la question, mais de reconstruire l’unité entre les différentes parties de son travail. Notre enquête prend le travail de Weil en se concentrant sur l’histoire dans sa dimension logique-philosophique sans dispenser de la perspective histoire-politique. C’est donc une approche logique-argumentative qui tente de comprendre une philosophie qui est à la fois dialectique et critique. Nous avons divisé le travail en quatre chapitres. Le premier abordait la métaphilosophie dans la pensée weilienne à partir de son inspiration kantienne.