REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

DIÁRIO DO SENADO FEDERAL

ANO LXIII - Nº 016 - SEXTA-FEIRA, 29 DE FEVEREIRO DE 2008 - BRASÍLIA-DF

MESA DO SENADO FEDERAL Presidente 3º Secretário Garibaldi Alves Filho – PMDB-RN2 César Borges1 PR-BA 1º Vice-Presidente 4º Secretário Tião Viana – PT-AC Magno Malta – PR-ES 2º Vice-Presidente Alvaro Dias – PSDB-PR Suplentes de Secretário 1º Secretário 1ª - Papaléo Paes – PSDB-AP Efraim Morais – DEM-PB 2º - Antônio Carlos Valadares – PSB-SE 2º Secretário 3º - João Vicente Claudino – PTB-PI Gerson Camata – PMDB-ES 4º - Flexa Ribeiro – PSDB-PA LIDERANÇAS MAIORIA (PMDB) – 20 BLOCO DE APOIO AO GOVERNO LIDERANÇA PARLAMENTAR DA (PT/PTB/PR/PSB/PC do B/PRB/PP)- MINORIA (DEM1/PSDB) – 27 LÍDER 28 LÍDER LÍDER Valdir Raupp Demóstenes Torres Ideli Salvatti – PT

VICE-LÍDERES VICE-LÍDERES VICE-LÍDERES Epitácio Cafeteira Flexa Ribeiro ...... João Ribeiro Adelmir Santana Renato Casagrande Eduardo Azeredo LÍDER DO PMDB – 20 Inácio Arruda Kátia Abreu Valdir Raupp Mário Couto Francisco Dornelles Heráclito Fortes VICE-LÍDERES DO PMDB ...... João Tenório Wellington Salgado de Oliveira LÍDER DO PT – 12 Raimundo Colombo Valter Pereira Papaléo Paes Ideli Salvatti 4 Gilvam Borges Romeu Tuma Leomar Quintanilha VICE-LÍDERES DO PT ...... Neuto de Conto Eduardo Suplicy Fátima Cleide LÍDER DO DEM – 14 Flávio Arns José Agripino LÍDER DO PTB – 6 Epitácio Cafeteira VICE-LÍDERES DO DEM Kátia Abreu VICE-LÍDER DO PTB Jayme Campos Sérgio Zambiasi Raimundo Colombo LÍDER DO PR – 4 Edison Lobão

João Ribeiro Romeu Tuma VICE-LÍDER DO PR Expedito Júnior Maria do Carmo Alves

LÍDER DO PSB – 2 LÍDER DO PSDB – 13 Renato Casagrande Arthur Virgílio VICE-LÍDER DO PSB Antônio Carlos Valadares VICE-LÍDERES DO PSDB Sérgio Guerra LÍDER DO PC do B – 1 Inácio Arruda Alvaro Dias Marisa Serrano LÍDER DO PRB – 2 Cícero Lucena Marcelo Crivella LÍDER DO PP – 1 Francisco Dornelles LÍDER DO PDT – 5 LÍDER DO GOVERNO Jefferson Péres LÍDER DO P-SOL – 1 Romero Jucá - PMDB José Nery VICE-LÍDERES DO GOVERNO VICE-LÍDER DO PDT Delcídio Amaral Osmar Dias Antônio Carlos Valadares

Sibá Machado João Vicente Claudino 1 Senador César Borges comunicou filiação partidária ao PR em 01.10.2007 (DSF 2.10.2007). 2 Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado, na Sessão Deliberativa Extraordinária de 12.12.2007 (DSF 13.12.2007) EXPEDIENTE Agaciel da Silva Maia Cláudia Lyra Nascimento Diretor-Geral do Senado Federal Secretária-Geral da Mesa do Senado Federal Júlio Werner Pedrosa Maria Amália Figueiredo da Luz Diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações Diretora da Secretaria de Ata José Farias Maranhão Denise Ortega de Baere Diretor da Subsecretaria Industrial Diretora da Secretaria de Taquigrafia Impresso sob a responsabilidade da Presidência do Senado Federal. (Art. 48, nº 31, RISF)

CONGRESSO NACIONAL

ATO DO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL Nº 3, DE 2008

O Presidente da Mesa do Congresso Nacional, cumprindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolução nº 1, de 2002-CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, a Medida Provisória nº 403, de 26 de novembro de 2007, que “Dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal e dá outras providências”, terá sua vigência prorrogada pelo período de sessenta dias, a partir de 9 de março de 2008, tendo em vista que sua votação não foi encenada nas duas Casas do Congresso Nacional. Congresso Nacional, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente da Mesa do Congresso Nacional. 3938 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 SENADO FEDERAL

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Regimento Comum, promulgo a seguinte RESOLUÇÃO Nº 1, DE 2008-CN

Altera a redação do § 2º do art. 4º da Resolução nº 1, de 1970-CN (Regimento Co- mum), para ampliar o número de vice-líderes do governo no Congresso Nacional.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O § 2º do art. 4º do Regimento Comum passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º ...... § 2º O líder do governo poderá indicar até 5 (cinco) vice-líderes, dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo...... ”(NR)

Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 31, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Cultural de Radiodifusão Comunitária Itatibense para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Itatiba do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 679, de 23 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Cultural de Radiodifusão Comunitária Itatibense para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Itatiba do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 32, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Lourenciana de Artes e Re- creação – SOLAR para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Lourenço do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 35, de 7 de fevereiro de 2006, que ou- torga autorização à Associação Lourenciana de Artes e Recreação – Solar para executar, por 10 (dez) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3939 anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Lourenço do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 33, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Cultural São Pedro Após- tolo para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Pedro do Ivaí, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 575, de 18 de novembro de 2005, que outorga autorização à Associação Cultural São Pedro Apóstolo para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusi- vidade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Pedro do Ivaí, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 34, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária Nova Cultural para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Alto Caparaó, Estado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 22, de 15 de janeiro de 2004, que outorga au- torização à Associação Comunitária Nova Cultural para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Alto Caparaó, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 35, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Aquidabã – ACCCA para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Aquidabã, Estado de Sergipe.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 331, de 7 de julho de 2006, que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Aquidabã – ACCCA para executar, 3940 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Aqui- dabã, Estado de Sergipe. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 36, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Sociedade de Radiodifusão Comunitária do Município de São Caetano para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Caetano, Estado de Pernambuco.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 411, de 29 de agosto de 2006, que outorga autorização à Sociedade de Radiodifusão Comunitária do Município de São Caetano para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Caetano, Estado de Pernambuco. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 37, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Sistema de Comunicação Anel do Brejo Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Co- remas, Estado da Paraíba.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 452, de 28 de agosto de 2003, que outorga permissão à Sistema de Comunicação Anel do Brejo Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclu- sividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Coremas, Estado da Paraíba. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 38, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rede Oeste de Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ma- rechal Cândido Rondon, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 228, de 18 de abril de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 5 de setembro de 1998, a permissão outorgada à Rede Oeste de Comunicação Ltda. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3941 para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 39, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Cultural Comunitária Con- fiança de Tatuí para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Tatuí, Estado de São Paulo.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 14, de 19 de janeiro de 2006, que outorga au- torização à Associação Cultural Comunitária Confiança de Tatuí para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Tatuí, Estado de São Paulo. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 40, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Amigos da Cultura de Gua- poré para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Guaporé, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 330, de 7 de julho de 2006, que outorga auto- rização à Associação Amigos da Cultura de Guaporé para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi- dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Guaporé, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 41, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvi- mento Artístico e Cultural de Altamira – ASSOMIRA para executar serviço de radiodifusão co- munitária na cidade de Altamira, Estado do Pará.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 31, de 15 de janeiro de 2004, que ou- torga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvimento Artístico e Cultural de Altamira – ASSO- 3942 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 MIRA para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Altamira, Estado do Pará. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 42, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Fraternidade Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Araras, Estado de São Paulo. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 2.584, de 22 de novembro de 2002, que re- nova por 10 (dez) anos, a partir de 12 de fevereiro de 1999, a permissão outorgada à Rádio Fraternidade Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Araras, Estado de São Paulo. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 43, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Sistema Bel’Rio de Radiodi- fusão Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Pirapora, Estado de Minas Gerais. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 24, de 3 de fevereiro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 21 de março de 2001, a permissão outorgada à Sistema Bel’Rio de Radiodifusão Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Pirapora, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 44, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Camaragibana de Radiodi- fusão para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Passo de Camaragibe, Estado de Alagoas. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 5, de 5 de janeiro de 2006, que outorga auto- rização à Associação Camaragibana de Radiodifusão para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi- dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Passo de Camaragibe, Estado de Alagoas. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3943 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 45, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunica- ção e Cultura de Santa Amélia para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Santa Amélia, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 89, de 16 de fevereiro de 2005, que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Santa Amélia para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Santa Amélia, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 46, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação para o Desenvolvimento Comunitário de Mamanguape – ADECOM para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mamanguape, Estado da Paraíba.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 332, de 7 de julho de 2006, que outorga au- torização à Associação para o Desenvolvimento Comunitário de Mamanguape – ADECOM para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mamanguape, Estado da Paraíba. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 47, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária Integração para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ipatinga, Estado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 95, de 16 de fevereiro de 2005, que outorga autorização à Associação Comunitária Integração para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ipatinga, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3944 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 48, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação dos Amigos de Ibitiura de Minas para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ibitiura de Minas, Esta- do de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 84, de 16 de março de 2006, que outorga au- torização à Associação dos Amigos de Ibitiura de Minas para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusi- vidade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ibitiura de Minas, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 49, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária Amigos de En- tre Rios do Oeste para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Entre Rios do Oeste, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 755, de 24 de outubro de 2006, que outorga au- torização à Associação Comunitária Amigos de Entre Rios do Oeste para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Entre Rios do Oeste, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 50, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvi- mento Cultural e Artístico de Mantenópolis – ACOMANT para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mantenópolis, Estado do Espírito Santo.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 765, de 24 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Mantenópolis – ACOMANT para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mantenópolis, Estado do Espírito Santo. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3945 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 51, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Candelária FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Alto Paraíso, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 601, de 21 de setembro de 2006, que outorga permissão à Rádio Candelária FM Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Alto Paraíso, Estado de Rondônia. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 52, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Sociedade Rádio Santa Felicidade Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Putinga, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 162, de 3 de abril de 2006, que outorga per- missão à Sociedade Rádio Santa Felicidade Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Putinga, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 53, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunica- ção e Cultura de Camargo para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ca- margo, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 708, de 23 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Camargo para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Camargo, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3946 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 54, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação de Desenvolvimento Comu- nitário Progresso de Derrubadas para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Derrubadas, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 764, de 24 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação de Desenvolvimento Comunitário Progresso de Derrubadas para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Derrubadas, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 55, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária e Cultural Skala para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Paranavaí, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 798, de 25 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Comunitária e Cultural Skala para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusi- vidade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Paranavaí, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 56, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Capanema Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Capanema, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 7 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorgada à Rádio Capanema Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Capanema, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3947 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 57, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Flores Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Vila Flores, Estado do Rio Gran- de do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 202, de 3 de abril de 2006, que outorga per- missão à Rádio Flores Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Vila Flores, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 58, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Lontrense FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Salto do Lontra, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 530, de 13 de setembro de 2006, que outorga permissão à Rádio Lontrense FM Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusi- vidade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Salto do Lontra, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 59, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação dos Moradores do Tabuleiro para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Matinhos, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 799, de 25 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação dos Moradores do Tabuleiro para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi- dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Matinhos, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3948 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 60, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Sociedade Pedritense de Rádio Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Dom Pedrito, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 7 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorgada à Sociedade Pedritense de Rádio Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Dom Pedrito, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 61, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Simpatia Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Chapada, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 7 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 24 de novembro de 1998, a concessão outorgada à Rádio Simpatia Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Chapada, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 62, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Fundação Educacional de Ipatinga para executar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ouro Branco, Estado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 99, de 23 de janeiro de 2004, que outorga permissão à Fundação Educacional de Ipatinga para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, com fins exclusivamente educativos, na cidade de Ouro Branco, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3949 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 63, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à TV Cataratas Ltda. para explo- rar serviço de radiodifusão de sons e imagens na cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 11 de setembro de 2006, que renova por 15 (quinze) anos, a partir de 30 de setembro de 2003, a concessão outorgada à TV Cataratas Ltda. para explo- rar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens na cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 64, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Empresa Jornalística Noroes- te Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Santa Rosa, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 7 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorgada à Empresa Jornalística Noroeste Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Santa Rosa, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 65, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Piccinini & Lucca Ltda. para explorar ser- viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Roca Sales, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 70, de 23 de fevereiro de 2006, que outorga permissão à Piccinini & Lucca Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra- diodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Roca Sales, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3950 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 66, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária e Cultural de Porto Alegre do Tocantins – TO para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Porto Alegre do Tocantins, Estado do Tocantins.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 15, de 19 de janeiro de 2006, que outorga autorização à Associação Comunitária e Cultural de Porto Alegre do Tocantins – TO para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Porto Alegre do Tocantins, Estado do Tocantins. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 67, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Candelária FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Novo Horizonte do Oes- te, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 485, de 13 de setembro de 2006, que outorga permissão à Rádio Candelária FM Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Novo Horizonte do Oeste, Estado de Rondônia. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 68, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Venâncio Aires Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Venâncio Aires, Es- tado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 11 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorgada à Rádio Venâncio Aires Ltda. para ex- plorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Venâncio Aires, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3951 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 69, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Radiofônica.Com Marketing Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Santo Augusto, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 346, de 13 de setembro de 2004, que outorga permissão à Radiofônica.Com Marketing Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, servi- ço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Santo Augusto, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 70, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à Sociedade Rádio Santa Felicidade Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ciríaco, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 188, de 3 de abril de 2006, que outorga per- missão à Sociedade Rádio Santa Felicidade Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ciríaco, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 71, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Rio Pardo de Minas para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Rio Pardo de Minas, Estado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 335, de 7 de julho de 2006, que outorga auto- rização à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Rio Pardo de Minas para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Rio Pardo de Minas, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3952 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 72, DE 2008

Aprova o ato que outorga concessão à Sistema Norte de Rádio e Televisão Ltda. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens na cidade de Linhares, Estado do Es- pírito Santo.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto nº 98.922, de 2 de fevereiro de 1990, alterado pelo Decreto s/nº, de 6 de março de 2007, que outorga concessão à Sistema Norte de Rádio e Televisão Ltda. para explorar, por 15 (quinze) anos, a partir de 8 de maio de 1992, sem direito de exclusividade, serviço de radio- difusão de sons e imagens, na cidade de Linhares, Estado do Espírito Santo. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 73, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio FM 102 ltda. para ex- plorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Cariacica, Estado do Espírito Santo.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 476, de 25 de novembro de 2004, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 28 de fevereiro de 2001, a permissão outorgada à Rádio FM 102 Ltda. para explo- rar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Cariacica, Estado do Espírito Santo. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 74, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Fundação Cultural Celinauta para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Pato Branco, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 11 de setembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de novembro de 2003, a concessão outorgada à Fundação Cultural Celinauta para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Pato Branco, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3953 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 75, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Sistema SJV de Comunicação para exe- cutar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São José de Varginha, Estado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 93, de 16 de fevereiro de 2005, que outorga autorização à Sistema SJV de Comunicação para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, ser- viço de radiodifusão comunitária na cidade de São José de Varginha, Estado de Minas Gerais. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 76, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Agência de Desenvolvimento de Mallet para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mallet, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 566, de 18 de novembro de 2005, que outorga autorização à Agência de Desenvolvimento de Mallet para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi- dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mallet, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 77, DE 2008

Aprova o ato que outorga permissão à SPC – Sistema Paraense de Comunica- ções Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Conceição do Araguaia, Estado do Pará.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 250, de 24 de abril de 2006, que outorga permissão à SPC – Sistema Paraense de Comunicações Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Conceição do Araguaia, Estado do Pará. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral. 3954 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 78, DE 2008

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Taquara Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Taquara, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto s/nº, de 7 de dezembro de 2006, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorgada à Rádio Taquara Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Taquara, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 79, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Fundação Cultural da Serra para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Garibaldi, Estado do Rio Grande do Sul.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 2.735, de 2 de dezembro de 2002, que renova por 10 (dez) anos, a partir de 6 de setembro de 1998, a permissão outorgada à Fundação Cultural da Serra para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ga- ribaldi, Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 80, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvol- vimento Cultural e Artístico de Goioerê para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Goioerê, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 497, de 22 de setembro de 2003, que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Goioerê para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Goioerê, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3955 Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 81, DE 2008

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Clube de Mallet Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média local na cidade de Mallet, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 2.554, de 22 de novembro de 2002, que reno- va por 10 (dez) anos, a partir de 17 de junho de 2001, a permissão outorgada à Rádio Clube de Mallet Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média local na cidade de Mallet, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 82, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação dos Moradores Urbanos de Quedas do Iguaçu para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Quedas do Iguaçu, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 166, de 12 de abril de 2007, que outorga auto- rização à Associação dos Moradores Urbanos de Quedas do Iguaçu para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Quedas do Iguaçu, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Fe- deral, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO Nº 83, DE 2008

Aprova o ato que outorga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvi- mento Artístico e Cultural de Capitão Leônidas Marques (ACOCALEMA) para executar serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Capitão Leônidas Marques, Estado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 642, de 22 de setembro de 2006, que outor- ga autorização à Associação Comunitária de Desenvolvimento Artístico e Cultural de Capitão Leônidas Marques (ACOCALEMA) para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comuni- tária na cidade de Capitão Leônidas Marques, Estado do Paraná. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 3956 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Faço saber que o Senado Federal aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente, nos termos dos arts. 48, inciso XXVIII, e 91, inciso II, do Regimento Interno, promulgo a seguinte RESOLUÇÃO Nº 3, DE 2008 Suspende a execução, com efeitos ex tunc, do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.639, de 25 de maio de 1998. O Senado Federal resolve: Art. 1º É suspensa a execução, com efeito ex tunc, do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.639, de 25 de maio de 1998, conforme publicado no Diário Oficial da União do dia 26 de maio de 1998, em virtude de declaração incidental de inconstitucionalidade em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, nos autos dos Habeas Corpus nº 77.734-9/SC e 77.724-3/SP, publicados, respectivamente no Diário de Justiça de 10 de agos- to de 2000 e 2 de fevereiro de 2001. Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3957

ELABORADO PELA SECRETARIA DE ATA DO SENADO FEDERAL

SENADO FEDERAL

SUMÁRIO

1 – ATA DA 18ª SESSÃO ESPECIAL, EM 28 Nº 186, de 2008, de autoria do Senador Ex- DE FEVEREIRO DE 2008 pedito Júnior, solicitando que sobre o Projeto de 1.1 – ABERTURA Lei do Senado nº 210, de 2007, seja ouvida a Co- 1.2 – FINALIDADE DA SESSÃO missão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor Homenagear o eminente brasileiro Senador e Fiscalização e Controle, além das Comissões Jonas Pinheiro, que exerceu importantes cargos, constantes do despacho inicial...... 3989 dedicando sua vida pública a serviço do País e em 2.2.2 – Ofícios defesa da agricultura brasileira, nos termos dos Re- Nº 35/2008, de 27 do corrente, da Lideran- querimentos nºs 156 e 160, de 2008, de iniciativa do ça do PMDB no Senado Federal, encaminhando Senador Marconi Perillo e outros Srs. Senadores. 3963 o nome do Senador Almeida Lima, para ocupar 1.2.1 – Fala da Presidência (Senador Ga- a Vice-Liderança pelo PMDB, em substituição ao ribaldi Alves Filho) Senador Wellington Salgado de Oliveira...... 3989 1.2.2 – Oradores Nº 53/2008, de 27 do corrente, da Liderança Senador Marco Maciel...... 3965 do PTB na Câmara dos Deputados, de substituição Senador Marcelo Crivella...... 3966 de membro na Comissão Mista destinada a analisar a Medida Provisória nº 417, de 2008...... 3989 Senadora Kátia Abreu...... 3967 Nº 6/2008, de 28 do corrente, da Liderança Senadora Lúcia Vânia...... 3968 do PT e Bloco de Apoio ao Governo no Senado Fe- Senador José Agripino...... 3970 deral, de substituição de membro na CPI das ONG Senadora Serys Slhessarenko...... 3972 e OSCIP...... 3989 Senador Marconi Perillo...... 3973 Nº 38/2008, de 28 do corrente, da Liderança Senador Gilberto Goellner...... 3975 do PPS na Câmara dos Deputados, de substituição Senador Valter Pereira...... 3978 de membro na Comissão Mista destinada a apreciar a Medida Provisória nº 419, de 2008...... Senador Jayme Campos...... 3979 3989 2.2.3 – Leitura de Propostas de Emenda Senador César Borges...... 3980 à Constituição Senador Mão Santa...... 3982 Nº 4, de 2008, tendo como primeiro signatá- Senador Flexa Ribeiro...... 3984 rio o Senador Lobão Filho, que dá nova redação ao Senador Geraldo Mesquita Júnior...... 3986 art. 46 da Constituição Federal de modo a introdu- 1.3 – ENCERRAMENTO zir novas regras para a eleição de Senador e seu 2 – ATA DA 19ª SESSÃO DELIBERATIVA respectivo suplente...... 3989 ORDINÁRIA, EM 28 DE FEVEREIRO DE 2008 Nº 5, de 2008, tendo como primeiro signa- 2.1 – ABERTURA tário o Senador Valter Pereira, que altera o inciso 2.2 – EXPEDIENTE XLIII do art. 5º da Constituição Federal, para vedar 2.2.1 – Leitura de requerimentos a progressão de regime de cumprimento de pena, Nº 184, de 2008, de autoria do Senador João nos casos a que se refere o dispositivo...... 3992 Tenório, solicitando autorização para desempenhar 2.2.4 – Leitura de projetos missão parlamentar na Conferência Internacional so- Projeto de Lei do Senado nº 44, de 2008, de bre Energia Renovável de Washington, DC (WIREC autoria do Senador Gerson Camata, que define o 2008), no período de 3 a 7 de março de 2008...... 3988 ano de 2009 como o Ano do Ensino Técnico...... 3994 Nº 185, de 2008, de autoria do Senador Ger- Projeto de Lei do Senado nº 45, de 2008, de son Camata, solicitando voto de pesar e solidarie- autoria do Senador Marconi Perillo, que acrescenta dade à família do Monsenhor Rômulo Neves Ba- dispositivos à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de lestrero...... 3988 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, 3958 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 para dispor sobre a circulação de motocicletas, SENADOR MÁRIO COUTO – Defesa do au- motonetas e ciclomotores...... 3995 mento aos aposentados e pensionistas...... 4013 Projeto de Lei do Senado nº 46, de 2008, de SENADOR GERSON CAMATA – A condição autoria do Senador Expedito Júnior, que estabelece dos seqüestrados pelas Forças Armadas Revolu- a obrigatoriedade da neutralização das emissões de cionárias da Colômbia (FARC) e posicionamento gases de efeito estufa decorrentes da realização da em favor de uma ação de força multinacional para Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014..... 3997 extinguir a guerrilha...... 4017 Projeto de Lei do Senado nº 47, de 2008, de SENADOR PAULO DUQUE – Elogios ao Se- autoria do Senador Expedito Júnior, que altera o art. nador Mão Santa. Homenagem aos médicos e ser- 29 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, vidores que prestam serviço no Senado Federal... 4019 para dispor sobre a destinação de veículos objeto 2.2.9 – Comunicações da Presidência de pena de perdimento...... 3998 Convocação de sessão conjunta solene do Congresso Nacional a realizar-se no próximo dia Projeto de Lei do Senado nº 48, de 2008, de 11 de março, terça-feira, às 10 horas, no Plenário autoria do Senador Expedito Júnior, que dispõe do Senado Federal, destinada a comemorar o Dia sobre a interrupção do estágio da estudante grávi- Internacional da Mulher e agraciar as vencedoras da...... 3999 do Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz...... 4020 2.2.5 – Comunicação da Presidência Recebimento do Ofício nº 442/2008, de 22 Término do prazo, ontem, sem apresentação do corrente, do Supremo Tribunal Federal, comu- de emendas perante a Mesa, ao Projeto de Decreto nicando que deferiu parcialmente liminar na Me- Legislativo nº 11, de 2008, que aprova a Progra- dida Cautelar em Argüição de Descumprimento mação Monetária relativa ao quarto trimestre de de Preceito Fundamental nº 130, para determinar 2007...... 4000 que juízes e tribunais suspendam o andamento de 2.2.6 – Discurso do Expediente processos e os efeitos de decisões judiciais, ou de SENADOR GERALDO MESQUITA JÚNIOR qualquer outra medida que versem sobre determi- – Reconhecimento da importância do papel do Pre- nados dispositivos da Lei nº 5.250, de 1967 (Lei de sidente Lula no contexto do Mercosul, e considera- Imprensa)...... 4020 ções sobre a possibilidade da entrada de Cuba no 2.2.10 – Ofício referido Bloco comercial...... 4001 Nº 23/2008, da Liderança do PSDB no Sena- 2.2.7 – Comunicação da Presidência do Federal, solicitando a exclusão dos Senadores Designação do Senador Renato Casagrande Sérgio Guerra e Cícero Lucena, como titulares, e como relator-revisor do Projeto de Lei de Conversão Flexa Ribeiro e Lúcia Vânia, como suplentes, na nº 2, de 2008, que institui os princípios e objetivos Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos dos serviços de radiodifusão pública explorados e Fiscalização, das vagas destinadas ao Partido... 4021 pelo Poder Executivo ou outorgados a entidades de 2.2.11 – Discursos do Expediente (conti- sua administração indireta; autoriza o Poder Execu- nuação) tivo a constituir a Empresa Brasil de Comunicação SENADOR EXPEDITO JÚNIOR, como Líder – EBC; altera a Lei nº 5.070, de 7 de julho de 1966; – Manifestação em defesa do Governador Ivo Cas- e dá outras providências. (Proveniente da Medida sol, do Estado de Rondônia...... 4023 Provisória nº 398, de 2007)...... 4002 SENADOR FLEXA RIBEIRO – Relato da via- 2.2.8 – Discursos do Expediente (conti- gem feita por S. Exa. aos municípios de Marapanim nuação) e Santarém, no Pará...... 4025 SENADOR GILVAM BORGES – Leitura da 2.2.12 – Projeto recebido da Câmara dos Mensagem Presidencial de 2008 ao Congresso Deputados Nacional...... 4002 Projeto de Lei da Câmara nº 11, de 2008 (nº 2.440/2007, na Casa de origem), de iniciativa do SENADOR MÃO SANTA – Críticas à criação Presidente da República, que altera os incisos II e da TV-Pública. Defesa da votação da derrubada do III do caput do art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de no- veto ao aumento dos aposentados e pensionistas vembro de 1997, que dispõe sobre a reestruturação do INSS...... 4006 dos Corpos e Quadros de Oficiais e de Praças da SENADORA ROSALBA CIARLINI – Expec- Marinha...... 4032 tativas de que a CPMI irá investigar a fundo as 2.2.13 – Questão de Ordem despesas realizadas por intermédio dos cartões Suscitada pelo Senador Tião Viana, nos termos corporativos do Governo...... 4010 dos artigos 403 e 91, do Regimento Interno do Sena- SENADOR SÉRGIO ZAMBIASI, como Líder do Federal, com vistas a conferir decisão terminativa, – Defesa da votação da Proposta de Emenda à na comissão, ao Projeto de Lei da Câmara nº 11, Constituição nº 13, de 2003, que dispõe sobre a de 2008, e deferida pelo Presidente Garibaldi Alves organização dos municípios...... 4012 Filho, após consulta às Lideranças Partidárias...... 4034 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3959

2.3 – ORDEM DO DIA aprova a programação monetária para o quarto São os seguintes os itens cuja apreciação trimestre de 2007...... 4035 fica sobrestada, em virtude da falta de acordo Item 6 para a apreciação das Medidas Provisórias nº Proposta de Emenda à Constituição nº 48, 395 e 397, de 2007, e dos Projetos de Lei de Con- de 2003, tendo como primeiro signatário o Sena- versão nºs 1 e 2, de 2008, e transferidos para a dor Antonio Carlos Magalhães, que dispõe sobre sessão deliberativa ordinária da próxima terça- aplicação de recursos destinados à irrigação...... 4035 feira, dia 4 de março: Item 7 Item 1 (Encontra-se sobrestando a pauta, Proposta de Emenda à Constituição nº 38, nos termos do § 6º do art. 62 da Constituição de 2004, tendo como primeiro signatário o Sena- Federal) dor Sérgio Cabral, que altera os arts. 52, 55 e 66, Medida Provisória nº 395, de 2007, que abre da Constituição Federal, para estabelecer o voto crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos aberto nos casos em que menciona, terminando do Poder Executivo, no valor global de três bilhões, com o voto secreto do parlamentar...... 4035 duzentos e cinqüenta e seis milhões, setecentos e Item 8 sessenta e quatro mil, cento e dezoito reais, para Proposta de Emenda à Constituição nº 50, os fins de especifica...... 4034 de 2006, tendo como primeiro signatário o Senador Item 2 (Proveniente da Medida Provisória Paulo Paim, que inclui o art. 50-A e altera os arts. nº 396, de 2007) (Encontra-se sobrestando a 52, 55 e 66, da Constituição Federal, para estabe- pauta, nos termos do § 6º do art. 62 da Consti- lecer o voto aberto nos casos em que menciona, tuição Federal) terminando com o voto secreto parlamentar...... 4035 Projeto de Lei de Conversão nº 1, de 2008, Item 9 que dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº Proposta de Emenda à Constituição nº 86, 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a de 2007, tendo como primeiro signatário o Senador União a permutar Certificados Financeiros do Te- Alvaro Dias, que altera o § 2º do art. 55 da Cons- souro, e ao § 1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 tituição Federal (determina o voto aberto para a de abril de 1961, que autoriza a União a constituir perda de mandato de deputados e senadores)...... 4036 a empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Ele- Item 10 (Tramitando em conjunto com as trobrás...... 4035 Propostas de Emenda à Constituição nºs 18, Item 3 (Encontra-se sobrestando a pauta, de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; 90, de 2003; e nos termos do § 6º do art. 62 da Constituição 9, de 2004) Federal) Proposta de Emenda à Constituição nº 20, Medida Provisória nº 397, de 2007, que re- de 1999, tendo como primeiro signatário o Sena- voga a Medida Provisória nº 385, de 22 de agosto dor José Roberto Arruda, que altera o art. 228 da de 2007, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º Constituição Federal, reduzindo para dezesseis da Lei nº 11.368, de 9 de novembro de 2006, para anos a idade para imputabilidade penal...... 4036 estender ao trabalhador rural enquadrado como Item 11 (Tramitando em conjunto com as contribuinte individual o prazo previsto no art. 143 Propostas de Emenda à Constituição nºs 20, da Lei nº 8.213, de 24 de junho de 1991...... 4035 de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; 90, de 2003; e Item 4 (Proveniente da Medida Provisória 9, de 2004) nº 398, de 2007) (Encontra-se sobrestando a Proposta de Emenda à Constituição nº 18, pauta, nos termos do § 6º do art. 62 da Consti- de 1999, tendo como primeiro signatário o Senador tuição Federal) Romero Jucá, que altera a redação do art. 228 da Projeto de Lei de Conversão nº 2, de 2008, Constituição Federal...... 4036 que institui os princípios e objetivos dos serviços de Item 12 (Tramitando em conjunto com as radiodifusão pública explorados pelo Poder Execu- Propostas de Emenda à Constituição nºs 18 e 20, tivo ou outorgados a entidades de sua administra- de 1999; 26, de 2002; 90, de 2003; e 9, de 2004) ção indireta, autoriza o Poder Executivo a constituir Proposta de Emenda à Constituição nº 3, de a Empresa Brasil de Comunicação – EBC; altera 2001, tendo como primeiro signatário o Senador a Lei nº 5.070, de 7 de julho de 1966; e dá outras José Roberto Arruda, que altera o artigo 228 da providências...... 4035 Constituição Federal, reduzindo para dezesseis Item 5 (Incluído em Ordem do Dia, nos anos a idade para imputabilidade penal...... 4036 termos do parágrafo único do art. 353 do Regi- Item 13 (Tramitando em conjunto com as mento Interno) Propostas de Emenda à Constituição nºs 18 e 20, Projeto de Decreto Legislativo nº 11, de 2008 de 1999; 3, de 2001;90, de 2003; e 9, de 2004) (apresentado como conclusão do Parecer nº 84, de Proposta de Emenda à Constituição nº 26, 2008, da Comissão de Assuntos Econômicos, Re- de 2002, tendo como primeiro signatário o Senador lator ad hoc: Senador Antonio Carlos Júnior), que Íris Rezende, que altera o artigo 228 da Constitui- 3960 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008

ção Federal, para reduzir a idade prevista para a nominal da rede de distribuição, e dá outras provi- imputabilidade penal, nas condições que estabe- dências...... 4037 lece...... 4036 Item 20 Item 14 (Tramitando em conjunto com Projeto de Lei da Câmara nº 24, de 2005 (nº as Propostas de Emenda à Constituição nºs 4.465/2001, na Casa de origem), que altera a Lei 18 e 20, de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; e 9, nº 5.917, de 10 de setembro de 1973 (inclui novo de 2004) trecho na Relação Descritiva das rodovias no Sis- Proposta de Emenda à Constituição nº 90, tema Rodoviário Nacional)...... 4037 de 2003, tendo como primeiro signatário o Sena- Item 21 dor Magno Malta, que inclui parágrafo único no ar- Projeto de Lei da Câmara nº 103, de 2005 (nº tigo 228, da Constituição Federal, para considerar 45/99, na Casa de origem), que veda a exigência de penalmente imputáveis os maiores de treze anos carta de fiança aos candidatos a empregos regidos que tenham praticado crimes definidos como he- pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. .... 4038 diondos...... 4037 Item 22 Item 15 (tramitando em conjunto com as Projeto de Lei da Câmara nº 111, de 2005 Propostas de Emenda à Constituição nºs 18 e 20, (nº 3.796/2004, na Casa de origem), que dispõe de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; e 90, de 2003) sobre a Política Nacional de Orientação, Combate Proposta de Emenda à Constituição nº 9, de e Controle dos Efeitos Danosos da Exposição ao 2004, tendo como primeiro signatário o Senador Sol à Saúde e dá providências correlatas...... 4038 Papaléo Paes, que acrescenta parágrafo ao arti- Item 23 go 228 da Constituição Federal, para determinar Projeto de Lei da Câmara nº 118, de 2005 a imputabilidade penal quando o menor apresen- (nº 1.153/2003, na Casa de origem), que modifica tar idade psicológica igual ou superior a dezoito o inciso II do caput do art. 44 da Lei nº 9.394, de anos...... 4037 20 de dezembro de 1996 (dispõe sobre o aprovei- Item 16 tamento de matérias cursadas em seminários de filosofia ou teologia)...... 4038 Substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara nº Item 24 12, de 2000 (nº 885/95, na Casa de origem), que estabelece diretrizes gerais de Programa Nacional Projeto de Lei da Câmara nº 1, de 2006 (nº de Habitação para Mulheres com responsabilidade 1.696/2003, na Casa de origem), que altera o § 2º de sustento da família...... 4037 do art. 12 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de Item 17 assistência à saúde (acrescenta o planejamento Substitutivo ao Projeto de Lei do Senado nº familiar nos casos de cobertura dos planos ou se- 26, de 2000, de autoria do Senador Paulo Hartung, guros privados de assistência à saúde)...... 4038 que altera a redação do § 1º do artigo 6º da Lei nº Item 25 9.069, de 29 de junho de 1995, para definir que o Projeto de Lei da Câmara nº 2, de 2006 (nº Presidente do Banco Central comparecerá , pes- 1.984/2003, na Casa de origem), que altera o inci- soalmente, à Comissão de Assuntos Econômicos so XIII do caput do art. 7º da Lei nº 9.610, de 19 de do Senado Federal, para fazer relato sobre a exe- fevereiro de 1998 (inclui as normas técnicas como cução da programação monetária que se finda e obras protegidas pela legislação dos direitos auto- a exposição e entrega da Programação Monetária rais)...... 4038 Trimestral...... 4037 Item 26 Item 18 Projeto de Lei da Câmara nº 4, de 2006 (nº Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2003 (nº 4.730/2004, na Casa de origem), de iniciativa do 5.657/2001, na Casa de origem), que acrescenta Presidente da República, que dá nova redação aos dispositivo à Lei n.º 8.906, de 4 de julho de 1994, arts. 830 e 895 da Consolidação das Leis do Traba- que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Or- lho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de dem dos Advogados do Brasil – OAB (prescrição 1º de maio de 1943 (dispõe sobre a autenticidade em cinco anos da ação de prestação de contas do de peças oferecidas para prova no processo tra- advogado para o seu cliente ou de terceiros por balhista e sobre o cabimento de recurso ordinário conta dele)...... 4037 para instância superior)...... 4038 Item 19 Item 27 Projeto de Lei da Câmara nº 75, de 2004 (nº Projeto de Lei da Câmara nº 11, de 2006 (nº 1.071/2003, na Casa de origem), que altera a Lei 2.822/2003, na Casa de origem), que acrescenta nº 10.334, de 19 de dezembro de 2001, que dispõe parágrafo único ao art. 1º da Consolidação das Leis sobre a obrigatoriedade de fabricação e comercia- do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº lização de lâmpadas incandescentes para uso em 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a tensões de valor igual ou superior ao da tensão boa-fé nas relações de trabalho...... 4038 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3961

Item 28 para questões científicas, enfatizando o papel da Projeto de Lei da Câmara nº 27, de 2006 (nº Ciência no nosso dia-a-dia e demonstrando a sua 819/2003, na Casa de origem), que denomina “Ro- importância para a saúde e o desenvolvimento do dovia Ministro Alfredo Nasser” a rodovia BR-174, País...... 4040 entre a cidade de Cáceres – MT e a fronteira com Item 37 a Venezuela...... 4039 Requerimento nº 778, de 2007, de autoria Item 29 da Senadora Kátia Abreu, solicitando a remissa do Projeto de Lei da Câmara nº 43, de 2006 (nº Projeto de Lei do Senado nº 202, de 2005, à Co- 4.505/2004, na Casa de origem), que dispõe sobre missão de Agricultura e Reforma Agrária, uma vez o reconhecimento do dia 26 de outubro como Dia que o prazo na Comissão de Assuntos Econômicos Nacional dos Trabalhadores Metroviários...... 4039 já se encontra esgotado...... 4040 Item 30 Item 38 Projeto de Lei da Câmara nº 90, de 2006 (nº Requerimento nº 914, de 2007, do Senador 6.248/2005, na Casa de origem), que acrescenta o Mozarildo Cavalcanti, solicitando a remessa do Pro- § 3º-C ao art. 30 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro jeto de Lei do Senado nº 312, de 2007, à Comissão de 1973, que dispõe sobre os registros públicos e de Constituição, Justiça e Cidadania, uma vez que dá outras providências (determina que cartórios de o prazo na Comissão de Assuntos Econômicos já registros públicos afixem, em locais de fácil leitura se encontra esgotado...... 4040 e acesso, quadros contendo os valores das custas Item 39 e emolumentos)...... 4039 Requerimento nº 1.242, de 2007, do Sena- Item 31 dor Arthur Virgílio, solicitando que, sobre o Projeto Projeto de Lei da Câmara nº 12, de 2007 (nº de Lei do Senado nº 266, de 2007-Complementar, 1.791/1999, na Casa de origem), que institui o Dia além da Comissão constante do despacho inicial Nacional dos Surdos...... 4039 de distribuição, seja ouvida, também, a de Consti- Item 32 tuição, Justiça e Cidadania...... 4040 Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2007 (nº Item 40 3.986/2004, na Casa de origem), que institui o Dia Requerimento nº 1.494, de 2007, do Senador Nacional do Vaqueiro...... 4039 Sérgio Zambiasi, solicitando a tramitação conjunta Item 33 (Incluído em Ordem do Dia nos do Projeto de Lei do Senado nº 86, de 2006, com termos do Recurso nº 7, de 2007) o Projeto de Lei da Câmara nº 35, de 2000, que já Projeto de Lei do Senado nº 169, de 2005, de se encontra apensado aos Projetos de Lei do Se- autoria do Senador Paulo Paim, que altera dispo- nado nºs 25, 165, 182, 242, 308 e 355, de 2003; sitivo da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, 352, de 2004; 370, de 2005; 151 e 531, de 2007, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras por regularem a mesma matéria...... 4040 providências...... 4039 Item 41 Item 34 Requerimento nº 1.495, de 2007, do Senador Projeto de Lei do Senado nº 140, de 2007- Geraldo Mesquita Júnior, solicitando a tramitação Complementar, de autoria do Senador Demóstenes conjunta dos Projetos de Lei do Senado nºs 510, Torres, que altera o art. 1º da Lei Complementar nº de 1999, e 505, de 2007, com o Projeto de Lei da 105, de 10 de janeiro de 2001, para especificar os Câmara nº 35, de 2000, que já se encontra apen- dados financeiros não sigilosos, para fins de inves- sado aos Projetos de Lei do Senado nºs 25, 165, tigação de ilícito penal...... 4039 182, 242, 308 e 355, de 2003; 352, de 2004; 370, de Item 35 (Incluído em Ordem do Dia nos 2005; 151 e 531, de 2007, por regularem a mesma termos do Recurso nº 9, de 2007) matéria...... 4040 Projeto de Lei do Senado nº 277, de 2007, 2.3.1 – Fala da Presidência (Senador Ga- de autoria do Senador Flávio Arns, que acrescenta ribaldi Alves Filho) parágrafo único ao art. 4º da Lei nº 9.394, de 20 de Resposta à questão levantada pelo Senador dezembro de 1996 para definir condições de quali- Alvaro Dias no tocante à Lei da Timemania...... 4041 dade da oferta de educação escolar para crianças 2.3.2 – Discursos após a Ordem do Dia de cinco e seis anos de idade...... 4040 SENADOR ALVARO DIAS – Agradecimentos Item 36 ao Presidente Garibaldi Alves Filho pelos esclareci- Requerimento nº 1.302, de 2004, de autoria mentos sobre a Lei da Timemania. Considerações da Senadora Serys Slhessarenko, que requer com sobre a reforma tributária...... 4041 fundamento no art. 215 do Regimento Interno do SENADOR VALDIR RAUPP, como Líder – Senado Federal, seja instituída, no âmbito do Se- Alerta ao Governo Federal da importância da im- nado Federal, a Semana de Ciência e Tecnologia, plementação de algumas obras de infra-estrutura a ser celebrada anualmente no mês de outubro, na região Norte, que já estão com previsão orça- com o objetivo de mobilizar a população brasileira mentária...... 4044 3962 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008

SENADOR JOSÉ AGRIPINO, como Líder 2.3.4 – Ofício do Presidente da Comissão – Considerações sobre a proposta de reforma tri- de Relações Exteriores e Defesa Nacional butária do Governo, enviada ao Congresso Nacio- Nº 12/08, comunicando a aprovação, em de- nal...... 4046 cisão terminativa, do Projeto de Lei da Câmara nº SENADOR WELLINGTON SALGADO DE 11, de 2008...... 4072 OLIVEIRA – Relato de visita realizada juntamen- te com o Ministro Hélio Costa ao Ministro Alfredo 2.3.5 – Comunicação da Presidência Nascimento, e a garantia de investimentos em in- Abertura do prazo de cinco dias úteis para in- fra-estrutura de estradas no Estado de Minas Ge- terposição de recurso, por um décimo da composi- rais. Considerações sobre a atuação do PMDB no ção da Casa, para que o Projeto de Lei da Câmara Senado Federal...... 4048 nº 11, de 2008, seja apreciado pelo Plenário...... 4072 SENADOR JOSÉ MARANHÃO – Relato sobre 2.4 – ENCERRAMENTO os trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orça- 3 – AGENDA CUMPRIDA PELO PRESIDEN- mentos Públicos e Fiscalização...... 4051 TE DO SENADO FEDERAL, SENADOR GARIBAL- SENADOR HERÁCLITO FORTES – Comen- DI ALVES FILHO, EM 28-2-2008 tários sobre o processo orçamentário e cobrança 4 – CONVÊNIO de recursos para os Estados pobres do Nordeste. 4058 SENADOR JOSÉ NERY – Reflexões sobre Nº 3, de 2008, entre o Senado Federal e o Cuba e o afastamento de Fidel Castro...... 4062 Banco Santander S.A...... 4073 SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO – Justificativas SENADO FEDERAL a requerimentos apresentados por S.Exa. Relato de reunião com o Ministro da Defesa, , 5 – COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL para pedir providências rápidas para a solução dos – 53ª LEGISLATURA problemas dos familiares das vítimas do acidente 6 – COMISSÕES TEMPORÁRIAS com o avião da TAM, em Congonhas, no dia 17 de 7 – COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES PER- julho de 2007...... 4063 MANENTES 2.3.3 – Pareceres 8 – CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PAR- Nº 105, de 2008, da Comissão de Relações LAMENTAR Exteriores e Defesa Nacional, sobre o Projeto de 9 – CORREGEDORIA PARLAMENTAR Lei da Câmara nº 11, de 2008 (nº 2.440/2007, na 10 – PROCURADORIA PARLAMENTAR Casa de origem), de iniciativa do Presidente da 11 – CONSELHO DO DIPLOMA MULHER- República, que altera os incisos II e III do caput do CIDADÃ BERTHA LUTZ art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, que dispõe sobre a reestruturação dos Corpos e CONGRESSO NACIONAL Quadros de Oficiais e de Praças da Marinha...... 4067 12 – CONSELHO DA ORDEM DO CON- Nº 106, de 2008, da Comissão de Direitos GRESSO NACIONAL Humanos e Legislação Participativa, sobre a Indi- 13 – CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SO- cação nº 2, de 2007, de autoria da Senadora Serys Slhessarenko, que sugere, nos termos do art. 224 CIAL do Regimento Interno do Senado, o estudo de to- 14 – REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO das as matérias que se encontram em tramitação PARLAMENTO DO MERCOSUL nesta Casa e que tratem da questão do Trabalho 15 – COMISSÃO MISTA DE CONTROLE DAS Escravo...... 4070 ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA (CCAI) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3963 Ata da 18ª Sessão Especial, em 28 de fevereiro de 2008 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 53ª Legislatura

Presidência dos Srs. Garibaldi Alves Filho, Jayme Campos e Gilberto Goellner

(Inicia-se a sessão às 10 horas e 21 mi- com enorme pesar que esta Casa recebeu a notícia nutos) do falecimento do Senador Jonas Pinheiro, ocorrido O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB no último dia 19 de fevereiro. – RN) – Havendo número regimental, declaro aberta Na verdade, tivemos de enfrentar, juntamente com a sessão. seus amigos e principalmente com sua família, dias de Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos intensa angústia porque o Senador Jonas Pinheiro foi trabalhos. acometido de uma doença que o levou à UTI e de lá A presente sessão especial destina-se a home- ele não nos deu condições mais de convivência. nagear o eminente brasileiro Senador Jonas Pinheiro, Deixa aqui no Senado um vazio impreenchível, que exerceu importantes cargos, dedicando sua vida assim como na vida política do Brasil e, sobretudo, na pública a serviço do País e em defesa da agricultura de seu amado Mato Grosso. brasileira. Para nós, seus colegas Senadores e para todos Nos termos dos Requerimentos nºs 156 e 160, os funcionários desta Casa, fica a saudade do homem de 2008, de autoria dos Senadores Jayme Campos, simples e afável, que aprendeu com seu pai que a ho- Marconi Perillo e outros Srs. Senadores e Senadoras, nestidade e o trabalho devem ser as primeiras virtudes passo, então, a anunciar o nome dos oradores que de um homem de bem. usarão da palavra. Jonas Pinheiro era amado no Mato Grosso. Pude Enquanto isso, vamos compor a Mesa dos nossos constatar isso quando, em companhia de 25 colegas trabalhos, convidando, inicialmente, a Deputada Cel- Senadores, estivemos em seu sepultamento. Vimos a cita Pinheiro, viúva do Senador Jonas Pinheiro, para comoção popular, vimos o povo de Mato Grosso em que componha a Mesa; o Sr. Giorgio Pinheiro, filho do sua casa, e a multidão tomava todas as ruas que cir- nosso Colega Jonas Pinheiro; a Srª Giani Antonia Pi- cundavam a sua residência. Vimos como o povo cho- nheiro, filha do nosso Jonas Pinheiro; o Senador Jayme rou a morte de Jonas Pinheiro. Era o justo reconheci- Campos, na qualidade de subscritor do requerimento. mento dos mato-grossenses ao trabalho incansável de E, ainda, convido o Presidente da Confederação Na- um homem que se dizia “representante do lavrador no cional da Agricultura, que está aqui presente. Senado”, representante do homem do campo. Na verdade, eu não estou me guiando aqui pelo Jonas Pinheiro era possuído desse amor pela sua Cerimonial. Eu estou me dirigindo, desta maneira, a terra, e isso se mostrou presente em todas as ocasi- todos os presentes, por saber da contribuição clara do ões, diuturnamente, no plenário e nas Comissões desta Senador Jonas Pinheiro aos trabalhos da CNA, mas não Casa, onde ele defendia, com conhecimento, é verda- sei efetivamente se algum diretor está presente neste de, porque foi técnico agrícola, teve formação técnica momento. Aliás, fui informado de que está presente o nessa área. E me dizia, há pouco, o médico veterinário, Presidente da CNA, Dr. Fábio Meirelles. o Sr. Josélio de Andrade Moura, que se encontra entre Inicialmente peço desculpas, Dr. Fábio Meirel- nós, Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina les, pelo pequeno pecado cometido pelo Cerimonial. Veterinária, da qual Jonas Pinheiro era um dos inte- Mas o maior pecado foi meu, porque eu gostaria de grantes, fazendo parte da direção científica. ter identificado logo V. Sª, tendo em vista que já nos Além do conhecimento, o que se notava em Jonas encontramos em várias oportunidades, quando vi V. Pinheiro era o ardor, o entusiasmo, a vontade de trans- Sª agir sempre na defesa da nossa agricultura como formar uma realidade que ele via ser injusta: aquela dirigente da Confederação Nacional de Agricultura. em que vive ainda hoje o homem do campo. Então, ele Convido V. Sª a tomar assento à Mesa, o que nos dará não perguntava apenas por que, como dizia o escritor. grande honra. Ele perguntava por que não? Por que não transformar Srªs e Srs. Senadores, autoridades que com- aquilo? Por que não dar ao agricultor melhores condi- põem a Mesa e que acabaram de ser nomeadas, foi ções de vida, de trabalho? Ele me disse várias vezes 3964 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 que não entendia como se subsidiava o agricultor, o maneira de combater o êxodo rural, principal respon- verdadeiro agricultor na sua tarefa diuturna. sável pelo agravamento da miséria e pelo aumento da Em 25 anos de vida parlamentar, militou assim, criminalidade nos grandes centros. dessa maneira, defendendo a causa da agricultura. Fixar o homem no campo, por meio da geração de Eu já tive oportunidade de dizer à Deputada Celsita, emprego e aumento de renda na agropecuária, era para na sua emoção, pode não ter observado, mas eu tive ele a grande saída para as mazelas sociais do Brasil. a oportunidade de dizer que me comoveu o fato de Portanto, ao homenagear Jonas Pinheiro, eu que- ter sido colega de Jonas Pinheiro na CPI do Endivi- ro dizer a sua família do imenso pesar desta Casa por damento Rural. Era comovente a maneira como ele esta perda. Para todos nós, que fomos seus colegas, trabalhava naquela CPI. ele deixou essa impressão, essa certeza de que nós Eu não poderia deixar de assinalar que esse perdemos um homem que dedicou a sua vida ao tra- trabalho que a CPI realizou se constituiu numa base balho em favor do homem do campo. para que, depois, ele pudesse ser aqui, nas Comissões Quero contar até uma história que eu conto sem- de Agricultura e na de Reforma Agrária, um defensor pre e que contei lá em Mato Grosso, porque ela revela dessa causa. Travou uma batalha incessante, que terá, ao mesmo tempo todo o sofrimento do homem do cam- certamente, continuadores: a batalha de processos de po e o humor com que ele enfrenta suas dificuldades. renegociação das dívidas dos produtores rurais. Foi uma história que ouvi com Jonas Pinheiro quando Era integrante da Oposição, membro do Partido ele, na CPI do Endividamento Rural, foi abordado. Eu Democratas, liderado pelo Senador José Agripino, mas não me lembro exatamente onde, porque nós percor- se colocava na linha de frente para negociar com o Go- remos muitos lugares, um homem do campo disse a verno, em nome da agricultura e dos agricultores que ele: “Olha, Senador Jonas, aqui não se trata mais as viviam e que vivem ainda hoje esse penoso processo nossas mulheres por minha querida, as nossas mulhe- de endividamento rural. res nós não podemos mais chamá-las mais de minha... Não tenho dúvidas de que os avanços conquis- Nós só podemos chamá-la de amada, de querida, mas tados têm a marca desse trabalho de Jonas Pinheiro. não podemos chamá-la de meu bem, porque, senão, Grande conhecedor de todos os aspectos do agro- o banco penhora”. negócio, ele conseguiu construir um acordo entre os Então, a partir dessa e de outras histórias, eu fi- Ministérios da Agricultura e o da Fazenda, juntamente quei certo de que a identificação do homem do campo com outros Parlamentares, para prorrogar o prazo de com ele era uma coisa maior do que a gente sentia amortização das dívidas e melhorar as condições de aqui, até mesmo nos seus discursos. Por isso, eu faço pagamento. questão de, nesta hora, na qualidade de seu colega, Portanto, não é apenas o Estado de Mato Gros- de seu amigo, mas de Presidente do Senado, dizer so que chora a morte de Jonas Pinheiro. São todos que o trabalho realizado por ele será sempre lembra- os produtores rurais, as suas famílias, que devem ao do por nós, mas que será o trabalho realizado por ele, trabalho dele tudo isso que se obteve ao longo dos sobretudo, sempre lembrado por aqueles que estão no anos, apesar de se saber que não foi muito e que é campo à espera de que possam surgir outros Jonas preciso fazer muito mais. Pinheiros para defender a sua causa e a sua luta. Talvez a melhor definição que eu possa encon- Muito obrigado. (Palmas.) trar para o colega e amigo derive de suas próprias Registro a presença do nosso colega durante palavras. Jonas Pinheiro era um lavrador da política! muito tempo Senador Maguito Vilela, hoje Diretor Vice- Como lavrador, trabalhou de sol a sol para defender Presidente do Banco do Brasil; registro sua presença seus ideais. e sei que S. Exª sentado em uma dessas cadeiras vai Não era um homem de discussões filosóficas se sentir tão bem como se estivesse sentado aqui à nem usava aquele jargão técnico, apesar de ter sido Mesa dos nossos trabalhos. um técnico. Era um homem de trabalho árduo que, com Peço ao Senador Jayme Campos que assuma a simplicidade e dedicação, arava o terreno na certeza Presidência dos nossos trabalhos porque tenho que de que depois colheria os frutos. estar no meu gabinete para receber o Ministro Guido Em 13 anos de Senado, apresentou 59 propo- Mantega, que vem entregar ao Senado Federal o pro- sições, sendo 33 projetos e 26 requerimentos, em jeto de reforma tributária. sua maioria versando sobre a agricultura e o meio Peço desculpas à família se vou me ausentar, mas ambiente. fica aqui um amigo, um companheiro do nosso Senador Acreditava, como todos nós acreditamos, que es- Jonas Pinheiro, que é o Senador Jayme Campos, que timular a atividade econômica do campo era a melhor passa a presidir a sessão neste momento. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3965 O Sr. Garibaldi Alves Filho, Presidente, é sobretudo para o setor primário da economia, ele deixa a cadeira da presidência, que é ocupada era um intérprete sempre atento daquilo que hoje se pelo Sr. Jayme Campos. chama agronegócio. O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) Cedo, sabemos, revelou o lado de sua carreira – Nós queremos conceder a palavra ao ilustre Senador profissional, mas cedo também revelou sua sensibili- da República Marco Maciel. dade para a política. O SR. MARCO MACIEL (DEM – PE. Pronuncia Exemplo disso é a sua participação no Corpo da o seguinte discurso. Com revisão do orador.) – Sr. Pre- Paz, ensinando cursos de agricultura a jovens estudan- sidente desta reunião em homenagem ao saudoso co- tes americanos destinada a ajudar o desenvolvimento lega, amigo, e excelente Parlamentar Jonas Pinheiro; da América Latina, África e Ásia, uma das iniciativas quero saudar o Senador Jayme Campos, que preside do idealismo do Presidente John Kennedy. Vários da- a reunião e agradecer também haver permitido que eu queles jovens a optar por viverem para sempre nos falasse no início desta reunião, em que lembramos a países ajudados, inclusive no Brasil. Jonas Pinheiro memória do inesquecível Senador Jonas Pinheiro. desenvolveu um excelente trabalho integrando grupo Quero saudar também as presenças do Sr. Fábio do Corpo da Paz. Meirelles, Presidente da Confederação Nacional da Foi, posteriormente, Secretário do Interior no seu Agricultura; Dr. Josélio de Andrade Moura, Presidente da Estado, Deputado Estadual e, posteriormente, em três Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, instituição sucessivas Legislaturas, Deputado Federal e se elegeu à qual S. Exª pertencia e era membro do seu Conse- duas vezes Senador da República, em cujos mandatos lho Científico; da companheira de toda vida de Jonas se dedicou integralmente à defesa das aspirações do Pinheiro, a Deputada Celcita Pinheiro e seus filhos, o Giorgio e a Giani, Srªs e Srs. Senadores, convidados seu povo, especialmente na busca de desenvolver a ilustres, Senador Maguito Vilela, Sr. Presidente, agricultura e a pecuária em nosso País. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a política Na minha longa convivência com Jonas Pinhei- foi definida como Ciência, Virtude e Arte do bem-co- ro, devo recordar também sua coerência de conduta mum. Mais que uma profissão, diria, uma atitude de política, sua verticalidade de caráter, que se transpor- vida. Igualmente, a política tem um compromisso éti- tava também para o território da fidelidade partidária, co com as nossas convicções, de exercitar a virtude cujo exemplo foi a sua participação em nosso Partido, da paciência. É valorizar, também, a importância da o Democratas, tendo, inclusive, falecido no exercício convivência. Convivência, porém, não é sinônimo de das elevadas funções de Secretário-Geral do Diretó- concordar. Daí, respeitar a importância das convicções, rio Nacional. mesmo, quando não são as nossas. Mas, como acredi- Não posso, também, deixar de destacar o teste- to na força das idéias, sempre entendi, que as nossas munho de família, que ele e sua querida companheira, convicções não devem ser obstáculo para o diálogo e também política, Celcita Pinheiro, deram a todos nós. a transigência. Devemos, pois, buscar, sempre, entre Ressalto, as convicções religiosas do casal, inclusive aquilo que nos separa, aquilo que nos pode unir. por- como integrantes da Pastoral Parlamentar Católica e que, se queremos viver juntos na divergência, que é, da ação social que desenvolvia em seu Estado. frise-se – o princípio vital da democracia – estamos “A fé – disse certa feita o apóstolo São Paulo na condenados a nos entender. Fazer política, também, Carta aos Hebreus – é um modo de já possuir o que servir e não servir-se. se espera; um meio de conhecer realidades que ainda O exemplo que Jonas Pinheiro nos deixou, cujo não se vêem”. desaparecimento tanto, pranteamos, é, exatamente, Para nós cristãos, a vida não termina com a isso: uma dedicação obstinada, no sentido de servir, morte. “A morte – disse certa feita Alceu Amoroso não, somente, à sua comunidade, mas, ao País e às instituições. Ele foi exemplo de dedicação integral à Lima-, não é o contrario da vida; é o avesso dela”. Daí política, fazendo da vida pública – como diria Joaquim podemos repetir com Rui Barbosa que “a morte não Nabuco – uma ação missionária. E, para essa ação, ele extingue: transforma; não aniquila: renova; não divor- se preparou, estudando, diuturnamente os problemas cia: aproxima”. ligados à agricultura e à pecuária, que foram também O que nos cabe, pois, a todos nós – seus colegas, temas a que ele se devotava com a dedicação quase companheiros de Partido, seus amigos e admiradores religiosa. – é dar continuidade às ações que ele desenvolvia, Formado em Medicina Veterinária, posto que inspirados em seu robusto exemplo. natural de um Estado – o Mato Grosso– cuja vocação Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.) 3966 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) surável, nas discussões no partido, nas comissões, no – Concedo a palavra ao ilustre Senador da República plenário, sempre com competência e extrema dedica- pelo Estado do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. ção em prol do bravo Estado do Mato Grosso, o qual O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. se orgulhava de representar. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) Era um homem com idéias e ideais, com a sim- – Senador Jayme Campos, que preside esta sessão plicidade e o jeito modesto do agricultor. solene; Exmos Srs. Senadores e Srªs Senadoras; senho- Três vezes foi eleito Deputado Federal, duas vezes ras e senhores familiares: Deputada Celcita Pinheiro, Senador. Jamais se afastou da sua origem, dos valores Giorgio Pinheiro, Giani Pinheiro; Sr. Flávio Meirelles, que vincavam sua índole e vocação, dos símbolos da Presidente da CNA; em especial, quero agradecer à terra que davam forma à sua maneira de ser. Senadora Kátia Abreu por, gentilmente, ter cedido a Nasceu, viveu e morreu como homem do povo. seu colega a oportunidade de prestar este elogio fúne- Não abandonou a bandeira, o juramento e o altar onde bre. Ao Senador Maguito Vilela, saúdo com a saudade estava a causa do lavrador. Era um guia, um líder que que S. Exª deixou em cada um de nós. entendia as angústias do seu povo, compreendia as Sr. Presidente, no elogio fúnebre de São João suas necessidades e sabia avaliar as imensas difi- Batista, nas palavras inesquecíveis e inimitáveis de culdades que enfrentavam; um carismático, sábio e Cristo, o evangelista escritor nos narra a cena simples generoso que refletia em si mesmo as aspirações do e comovente na qual o Cristo nos fala do profeta que povo que representava. clamava no deserto, que se vestia com pele de came- Não vou, Sr. Presidente, traçar aqui uma bio- lo, que se alimentava de mel silvestre e gafanhotos e grafia esquematizada desse ilustre brasileiro. Outros assim nos mostrava claramente que por amor a uma o farão, com uma acuidade e um brilho dos quais eu causa, por um ideal, por aquilo que se acredita, um não seria capaz. Gostaria apenas de assinalar que de homem vai aos limites da sua existência e entrega a cada etapa de sua existência se irradia uma lição de própria vida no altar da devoção. dignidade que enobrece a vida. Do menino pobre, filho Sem querer traçar comparações entre a vida dos de pescador, nos chega a imagem do bom filho e do santos predestinados e a nossa, homens do povo, digo, estudante compenetrado e inteligente. Do médico ve- no entanto, que aquele dom com o qual Deus unge os terinário remonta o amor à natureza, e do estadista, a homens que não vivem para si mesmos, aquele amor probidade, a dedicação cega ao trabalho, o respeito à obstinado a uma causa, a um ideal, a um princípio pelo dignidade humana sobretudo e principalmente do ho- qual se vive, luta e morre, de uma maneira misteriosa mem do campo em tal linha de honraria que se tornou e esplendorosa, brilhava na alma e continha o ser do o apostolado de sua vida. deputado, do senador, do servidor do povo, do amigo Sua presença, nos corredores, nas comissões e de todos, Jonas Pinheiro, cuja vida, tecida no estudo, no plenário desta Casa, inspirava sempre admiração no trabalho, na bondade e na inflexível determinação e respeito. Jamais traiu a sua consciência e nunca de defender a causa dos mais humildes, sobretudo e nunca se ouviu falar de um escândalo sequer que do lavrador do seu querido Mato Grosso, foi um mar- envolvesse seu nome . Homem simples, que trazia o co nesta Casa. cheiro do campo, o sorriso recatado e sóbrio, o olhar Até o último momento de sua existência, não se sem vaidade e as mãos rijas e firmes, como as de um afastou do seu destino iluminado. Ao contrário, foi o camponês, que com golpes de tenacidade e bravura, político presente, atuante, enérgico, lúcido, moderado e rasga a terra para dela arrancar o sustento e a vida. eficiente. Morreu lutando. E o fim de sua trajetória não Na última vez em que esteve presente na Comis- foi um melancólico crepúsculo. Foi radiante. A morte são de Ciência e Tecnologia, pouco antes de partir, ain- dos justos é a mão de Deus recolhendo o trigo que deu da que fustigado pela doença que havia de lhe ceifar fruto aos celeiros celestiais. Corta-lhes a respiração, a vida, o Senador Jonas Pinheiro se apresentou para e voltam ao pó. Mas a sua alma rompe os horizontes relatar um projeto de minha autoria, versando sobre a sem fim da esperança, iluminada pelos clarões da política nacional de sementes. Acompanhei de perto eternidade, como os raios de sol que brilham sobre a o episódio e verifiquei que ele foi cercado e assedia- lavoura de uma manhã sem nuvens. do, como é comum na vida parlamentar, por um gru- Ele não temia a morte. Não prevaricou. Não es- po no sentido de protelar a votação. Mas ele, parece queceu seus compromissos. Era o homem de sempre, que pressentindo que seria aquela a derradeira opor- o brasileiro das boas causas, que provou que a vida só tunidade que a vida lhe apresentava, mesmo diante vale quando é vivida na intensidade e na têmpera da dos apelos, fiel aos princípios que sempre defendeu, forja dos ideais. Ideais que defendia com ardor imen- relatou, discutiu, votou e aprovou aquela matéria que Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3967 tanto lhe dizia respeito, que era do interesse legítimo A SRA. KÁTIA ABREU (DEM – TO. Pronuncia de seu mandato e compromisso parlamentar. o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) – Obri- Ali, naquele instante, naquele momento, naque- gada, Sr. Presidente. le episódio derradeiro, pude contemplar o traçado da Quero cumprimentar V. Exª, que preside esta linha dos acontecimentos imprevisíveis e misteriosos Mesa, Senador Jayme Campos, do nosso querido do destino que cada um de nós tem. Ali se dava o úl- Estado de Mato Grosso, do Estado querido de Jonas timo encontro do profeta com a profecia, do homem Pinheiro. Cumprimento o Vice-Presidente de Governo com a causa da sua vida. E mais uma vez cumpria o do Banco do Brasil, Senador Maguito Vilela; minha que- seu dever com uma autoridade que só ele tinha em rida amiga, Deputada Federal Celcita Pinheiro, esposa temas dessa natureza. de nosso Senador Jonas, também uma guerreira, não O Brasil deve muito a esse filho ilustre, exemplo só pela educação, pela área social do seu Estado, mas de vida pública e dos maiores do seu tempo. também pelo agronegócio brasileiro; a filha de Jonas No dia em que seu corpo era dado à sepultura, Pinheiro, Srª Giani Pinheiro; Sr. Giorgio Pinheiro, irmão pairava sobre Mato Grosso uma tristeza imensa. Havia de nosso Senador; Senador Gilberto, que agora tem nos lares uma prece, na alma de seus conterrâneos a difícil tarefa de substituir o nosso Senador; o Pre- uma lágrima e, em cada coração dos que o conhece- sidente da Confederação Nacional de Agricultura do ram, um voto de pesar e de saudade. Brasil, Fábio de Sales Meirelles; Deputados Federais; amigos de Jonas Pinheiro; servidores do gabinete do (Interrupção do som.) Senador Jonas Pinheiro, quero cumprimentar todos, O SR. MARCELO CRIVELLA(Bloco/PRB – RJ) em nome de nosso bravo e querido Farnesi, que era o –Quando o Senado Federal, em sessão solene, presta escudeiro-mor de nosso Senador; senhoras e senho- o tributo da sua dor em homenagem ao extraordinário res aqui presentes. brasileiro, apresento, por honrosa delegação do Par- Sr. Presidente, Srªs Senadores e Senadores, fa- tido Republicano Brasileiro, ao Brasil, à família e aos miliares e amigos de nosso querido amigo, na atividade amigos, nossos mais profundos sentimentos. parlamentar existem aqueles homens e aquelas mu- E, para concluir esse pronunciamento, Sr. Presi- lheres que, pela estridência com que defendem suas dente, e celebrar a trajetória ilustre e o exemplo primo- idéias, tornam-se conhecidos nacionalmente e chamam roso de dignidade e vida do Senador Jonas Pinheiro, a atenção da sociedade para os temas em debate e não encontro outras palavras, se não aquelas que o para as decisões tomadas no Congresso Nacional, que apóstolo dos gentios pronunciou para definir o destino afetam a vida de todos os cidadãos. Outros Parlamen- e a vida dos bravos: “Combati o bom combate. Acabei tares há que, embora muito ativos e consistentes em a carreira e jamais perdi a fé”. Mais não se podia di- sua atuação, primam pela discrição. zer para definir a trajetória desse valoroso brasileiro. O Senador Jonas Pinheiro pertencia a esta cate- Ele foi um profeta do seu tempo, que sonhou, lutou e goria de Parlamentares: incansável defensor da produ- sofreu pelo povo que representou, serviu e amou. E, ção agrícola do seu Estado, Mato Grosso, foi Deputado assim como viveu, ele partiu: modesto e moderado, Federal por três legislaturas sucessivas e se encontrava com a certeza do dever cumprido, tranqüilo com a sua em seu segundo mandato de Senador. Sua discrição consciência e intimorato no seu coração. era inversamente proporcional à consistência de sua Não faleceu, apenas fechou os olhos para en- atuação parlamentar. Todas as vezes que subiu a esta xergar melhor. Como um bom lavrador, plantou nesse tribuna foi para manifestar as mais urgentes e relevan- mundo a boa semente e foi colher no céu os frutos do tes questões atinentes ao setor agropecuário. seu trabalho honrado. Que Deus o tenha, estimado e E não pensemos, de modo enviesado, que se tra- saudoso companheiro Senador Jonas Pinheiro. tasse da defesa unilateral do agronegócio. De origem Muito obrigado, Sr. Presidente. humilde, Jonas Pinheiro sempre se preocupou com o O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) homem simples do campo. – A Mesa agradece a fala magnífica e extraordinária O Senador Jonas Pinheiro afirmava que a solução do Senador Crivella. das questões sociais do campo passava pela melho- Concedo a palavra à ilustre Senadora da Repú- ria da qualificação do trabalhador e pelo aumento da blica companheira Kátia Abreu e convido para fazer oferta de empregos. Somente assim, dizia, o homem parte da Mesa o ex-Governador, ex-Senador, atual- do campo poderá viver com o máximo de dignidade, mente Vice-Presidente do Banco do Brasil, compa- sem ser explorado nem ludibriado por propagadores nheiro Maguito Vilela. de utopias. 3968 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Jonas Pinheiro defendia suas idéias com a pro- fazendo esta homenagem ao querido amigo Jonas priedade de quem nasceu e foi criado no campo. Des- Pinheiro, a quem devemos tanto. de cedo trabalhou a terra e com a terra. Primeiro, Vou, resumidamente, ler os três parágrafos desta como técnico extencionista. Depois, desempenhando carta, que quero entregá-la em suas mãos, para que a profissão de médico veterinário e, mais tarde, na você possa guardar como lembrança: vida pública. Senador Jonas Pinheiro, contrastando Conheci Jonas Pinheiro há muitos anos, mas com sua compleição física, de temperamen- nossos caminhos passaram a se cruzar com maior to manso, gentil nos gestos e no tom de voz, freqüência quando presidi a Federação de Agricul- e de notória simplicidade, atributos que nos tura do Estado do Tocantins e, mais tarde, passei a deixaram inteiramente à vontade ao primeiro integrar a diretoria da Confederação da Agricultura e contato e impressionado pelo seu vasto co- Pecuária do Brasil, ainda no exercício do mandato de nhecimento acerca de tudo que dizia respeito Deputada Federal. aos Fundos Constitucionais de Investimentos Desde aqueles tempos, Celcita, tornei-me admi- e ao endividamento. radora do trabalho e da pessoa de Jonas Pinheiro, por Jonas Pinheiro preocupava-se não só com o en- tudo o que ele conhecia e representava para o setor dividamento da região Centro-Oeste, do seu Estado de agropecuário, por sua dedicação e defesa das idéias Mato Grosso, mas com a região Norte, com a região desenvolvimentistas e, acima de tudo, por sua simpli- Nordeste, com o endividamento de todo o País. Ele foi cidade intacta. o baluarte nesta Casa e no Senado Federal na defesa Por sua história de luta em favor da sociedade bra- daqueles produtores injustiçados com os planos eco- sileira, o Senador Jonas Pinheiro, esse mato-grossense nômicos deste País. respeitado pela sua conduta e pelo seu conhecimento, Ainda segue Torres de Melo, Presidente da Fede- merece a deferência de todos nós, seus Pares. ração da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará: É lamentável que, no auge de sua vida pública, A figura de Jonas Pinheiro agigantou-se tenha sido o querido Jonas Pinheiro ceifado de nosso e ultrapassou as fronteiras do Mato Grosso meio de forma tão abrupta. Mas temos o consolo da que tão bem representava, para transformar- fé, que nos reanima a prosseguir, e temos a grande se no Senador dos vinte Estados abrangidos lição deixada por ele, um exemplo a ser seguido por pelos fundos constitucionais FNO, FNE e FCO. todos nós. Senador Jonas, perdemos a sua convivência Minhas homenagens a Jonas Pinheiro e minhas física, que muito fará falta ao Senado da Re- condolências a você, Celcita, aos seus filhos e netos, pública. Restou, no entanto, na memória de aos irmãos e a todos os familiares. todos nós, o seu exemplo de homem público Gostaria ainda, Sr. Presidente, de aqui acrescen- que dedicou toda a sua vida aos interesses tar que Jonas Pinheiro era associado à Confederação maiores da Nação brasileira. Nacional da Agricultura. Não se falava em nenhuma ação nesta Casa sem que todos nós não nos lem- Diz ainda Torres de Melo: brássemos de Jonas Pinheiro como nosso salvador, Fica aqui, na voz da Senadora Kátia como nosso porta-voz, como nosso defensor de todas Abreu, a mais lídima representante de nossa as horas. A Confederação Nacional da Agricultura do categoria nesta Casa e sua natural sucesso- Brasil, Celcita, deve muito ao seu esposo, ao Sena- ra, nossos sentimentos de imorredoura sau- dor Jonas Pinheiro, que nunca se negou, em nenhum dade. momento, a atender a casa que representa os agri- Obrigada por tudo, Celcita. Obrigada por tudo cultores do País. que Jonas fez por nós. (Palmas.) Deputada Celcita, Presidente Jayme Campos, O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – gostaria de pedir permissão para ler apenas dois tre- MT) – Palavras magníficas que realmente expressam chos de uma bonita correspondência feita pelo Pre- o sentimento da Senadora Kátia Abreu. sidente da Federação da Agricultura do Ceará, que Concedo a palavra à ilustre Senadora Lúcia Vâ- era um grande amigo, defensor e admirador de Jonas nia, que falará pela Liderança do PSDB. Pinheiro. Neste momento ele está em Fortaleza, na A SRA. LÚCIA VÂNIA (PSDB – GO. Pronuncia Federação da Agricultura, com os sindicatos rurais do o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) – Sr. Estado, com a diretoria da Federação, nos ouvindo, e Presidente Jayme Campos, que preside esta sessão gostaria muito de estar aqui, inclusive nesta tribuna, solene neste momento; Deputada Federal Celcita Pi- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3969 nheiro, esposa do Senador Jonas Pinheiro; Giani Antô- vazia, onde durante toda semana nós fizemos questão nia Pinheiro, sua filha; Giorgio Pinheiro, filho; Senador de colocar um botão de flores para mostrar que para Jayme Campos, representando toda a Bancada de nós ele não morreu. Mato Grosso, abraçando-o, Senador, quero abraçar A Região Centro-Oeste, o Estado de Goiás, sem toda a Bancada do Mato Grosso. Sr. Fábio Meirelles, dúvida nenhuma, agradece. E sei que estou falando Presidente da Confederação Nacional da Agricultura; aqui em meu nome e em nome de Maguito Vilela, e Senador Maguito Vilela, ex-Governador de Goiás e em nome de todo o povo goiano, que nunca deixou atual vice-presidente do Governo do Banco do Brasil; de recebê-lo com todo carinho, com toda honra e com Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, convidados e homenagens. E, naquele dia, quando acompanhada amigos do Senador Jonas Pinheiro, venho à tribuna dos Líderes dos nossos Partidos, estivemos em Santo hoje, em nome do meu Partido, o PSDB, associar-me Antônio de Leverger, eu, que estive ali antes com ele, às homenagens ao nosso inesquecível colega e amigo, como companheira, como secretária nacional de as- Senador Jonas Pinheiro, cuja morte deixou um enorme sistência social, pude constatar como ele lutava pelo vazio no Senado Federal. desenvolvimento e pelo crescimento da Região Cen- Nesses últimos dias, tenho atravessado o cor- tro-Oeste. Ele nunca deixou também de olhar pelos redor do meu gabinete, que é o mesmo onde se lo- seus conterrâneos, da sua cidade de Santo Antônio calizava o gabinete do Senador Jonas, e sinto a falta de Leverger. de sua presença tranqüila, de encontrá-lo caminhan- Para mim foi a coisa mais bonita a decisão que do em direção ao plenário ou às comissões. Quan- você tomou de enterrá-lo ali, porque ali estavam as suas tas vezes estive em seu gabinete para trocar idéias raízes, ali ele passou momentos com o seu povo. sobre a nossa região, o Centro-Oeste, que ele tanto Representando o Partido, eu não posso deixar amava e pela qual tanto lutou durante toda a sua tra- também de dizer que meus colegas de Bancada têm o jetória política. mesmo sentimento que eu neste momento. Todos nós Sem sombra de dúvida, ele foi o grande represen- sabemos que nesta Casa não mais se falará de agricul- tante dos interesses dos produtores rurais e da agri- tura sem pensar em como Jonas agiria nessa ocasião. cultura, incansável na defesa da redução das taxas de Tenho certeza de que ele deixa para nós um suplente juros aplicadas aos financiamentos agrícolas. digno, um suplente que vai dignificar esta Casa. E esse A sua atuação na presidência da CPI do Endi- suplente, hoje Senador, que tem o mesmo princípio que vidamento Agrícola foi marcante e fez história nesta o Senador Jonas, desfrutou da amizade dele em todos Casa. os momentos de sua vida. E eu quero desejar ao nos- Como representante do meu Estado, Goiás, eu so novo Senador que ele seja aqui a âncora forte de quero aqui afirmar, Deputada Celcita, que Goiás tam- que precisamos para defender a Região Centro-Oeste. bém perdeu um Senador, perdeu um amigo, perdeu Somos uma Bancada pequena, mas tenho certeza de um companheiro, perdeu, sem dúvida nenhuma, o que somos uma Bancada unida. homem sensato nas horas tensas, que negociava Estamos partindo para a reforma tributária. Quan- com qualquer governo, independente de Partido. Foi ta falta ele vai fazer ali! Quantas vezes eu estive no o companheiro que nos ajudou a levar para a Região seu gabinete para que, juntos, pudéssemos defender Centro-Oeste o Fundo Nacional de Irrigação. Foi res- a nossa região, para que não perdêssemos os nossos ponsável pelo grande instrumento de desenvolvimento instrumentos de desenvolvimento. E eu tenho certeza da nossa região, o Fundo do Centro-Oeste. Foi res- de que V. Exª haverá de conduzir com toda propriedade ponsável agora, neste momento, pela luta a favor da esta nova missão que temos nesta Casa. recriação da Sudeco. Por fim, eu quero deixar claro o nosso reconhe- Querida amiga Celcita, eu relato o projeto que cimento aqui a toda a família, aos amigos, e tenho recria a Sudeco. E, ao meu lado, ele, como Vice-Pre- certeza, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que sidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, esse reconhecimento significa muito para Celcita, que era o mentor, era o motivador de todos nós. acompanhou a sua trajetória, sua companheira de to- Há três dias eu tento levar em frente o projeto, das as horas, companheira de luta e de sofrimento, mas não consigo, porque sempre que nós sentamos à porque todos nós na atividade política temos os nos- mesa olhamos para o lado e sentimos que está faltando sos desafios, e você mais do que nunca teve um com- alguma coisa: está faltando ele. Ele, que foi, sem dúvida panheiro – um companheiro sereno, um companheiro nenhuma, o grande motor da Região Centro-Oeste. determinado –, que em todos os momentos esteve ao Hoje, quando penso no meu Estado, que cresce seu lado, como você também esteve ao lado dele nos acima da média nacional, eu olho para aquela cadeira momentos de dificuldades. 3970 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Era assim o nosso Senador do Mato Grosso, que Eu digo isso com a franqueza de quem já foi Go- se definia como um político cuja grande luta seria sem- vernador, Prefeito, Senador; de quem participou de pre a favor de novas condições de trabalho para o ho- tantos eventos e pode dar um testemunho. mem do campo, visando proporcionar aos agricultores Aquele encontro foi do tamanho do bem-querer os meios e os instrumentos de produção; prestar-lhes que o povo de Mato Grosso e a classe política dedi- assistência técnica – técnica essa que ele dominava cam a Jonas Pinheiro. Esse é um momento duro, é um com propriedade –; dar-lhes escolas, hospitais, crédito, momento de homenagem, é um momento de pranto, estradas; diminuir, senão suprimir, os altos tributos que mas é um momento de recordações, Giorgio. A sua recaem sobre a produção e que dificultam diretamente mãe está emocionada; Giani também. Esses são mo- a vida daquele que produz e aquele que consome. mentos de cortar coração, mas são momentos em que Foram 13 anos de atuação nesta Casa, uma atua- cada palavra que é dita vai ser guardada para vocês ção discreta, como colocou aqui a Senadora Kátia, mas recordarem o resto da vida, porque é um momento em firme, serena, objetiva, marcante e respeitosa, com a qual que o Senado da República presta homenagem a um o Senador Jonas Pinheiro angariou igualmente o respei- homem que cresceu junto com Mato Grosso. to e a consideração de todos – Senadores, servidores, Jayme, eu estive em Cuiabá, pela primeira vez, há jornalistas e todos aqueles que tiveram a honra de estar vários anos. Eu a comparava com Natal, a minha capital, com ele em algum momento de sua trajetória política. e achava Natal muito melhor. Eu achava Cuiabá uma Não vou dizer dos cargos que aqui ocupava, cidade aquém da potencialidade do Mato Grosso. Voltei porque isso já foi dito, mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. lá, com freqüência, ultimamente. Como cresceu! Senadores, o Senado perde um grande Parlamentar. Como Mato Grosso e como Cuiabá cresceram! O Brasil perde um representante cuja trajetória sempre É a história do Estado se confundindo com a história primou pela ética e correção no trato da coisa pública. de um homem que foi deputado, Deputado e Senador. Perde a agricultura brasileira, meu Presidente da CNA, O Estado e ele cresceram juntos, e a história dos dois perdemos todos nós, seus amigos, que deixamos de eram coincidentes: é o agronegócio, é a agricultura, contar com a sua presença serena e seus conselhos é a tecnologia agrícola, é a comercialização, é a luta oportunos nas horas de crise. no campo pela sobrevivência. E, nisso tudo, a figura Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. de Jonas Pinheiro foi um protagonista fundamental Muito obrigada. para que Mato Grosso fosse o que é hoje: um grande O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) produtor de carne, um grande produtor de grãos, um – Quero registrar que o companheiro Maguito Vilela grande produtor de algodão. É um Estado que só está representa neste ato também o Presidente do Banco indo para a frente. do Brasil, Lima Neto. Celcita Pinheiro, você não participava das sessões Concedo a palavra, em nome do Democratas, ao do Senado. O seu marido ficava ali ao lado da Senadora nosso Líder José Agripino. Serys Slhessarenko, atrás da Senadora Lúcia Vânia. Ele O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM – RN. Pronuncia o chegava, discreto, assentava-se ali, ouvia com muita seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi- atenção tudo o que se falava e votava discretamente. dente, Senador Jayme Campos; Presidente Fábio Mei- Agora, quando o assunto era agricultura, as atenções relles, da CNA; colega Maguito Vilela; Giorgio e Giani; do Plenário se voltavam para aquele cantinho ali. Aí, minha querida amiga Celcita Pinheiro; eu esperava tudo era a “praia” de Jonas; aí era a opinião em que o Partido em 2008, menos que este ano nos levasse Jonas. dele, da vida inteira dele, estabelecia como referência; Jonas tinha problema de coluna, e eu me preocu- aí era o Norte. Era ali atrás da Senadora Lúcia Vânia. pava com a coluna de Jonas. Eu lhe perguntava: “Como Era a opinião que ouvíamos. Sabe por quê? Celcita está a coluna?” Ele operou e disse: “Faz de conta que Pinheiro, seu marido era um homem sério. Por isso ele eu nunca tive”. Como é que eu poderia imaginar que defendia as causas da terra, mas ele era um homem Jonas viesse a morrer de parada respiratória? sério. A Senadora Lúcia Vânia falou que, na renego- Celcita, eu já fui, nesses trinta e poucos anos de ciação das dívidas, na questão da tecnologia agrícola vida pública, a muitos eventos fúnebres e a despedi- dos transgênicos, ele era um apaixonado defensor, mas das de líderes políticos, líderes de alto coturno. Muito não transacionava com a seriedade. Ele não coloca- poucos, muito poucos, tiveram a solidariedade, a fran- va interesses de ninguém acima do interesse público. queza, a sinceridade, a emoção que eu vi em Santo Quando ele defendia a renegociação das dívidas ou a Antônio, na casa de vocês, com a presença do povo comercialização, ele defendia o interesse coletivo de e com a presença maciça de colegas dele, Deputados uma categoria que gera milhares de empregos neste e Senadores. País e que ele defendia por conhecimento de causa. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3971 Ele, que tinha sido técnico agrícola, formou-se em lhe garantir que o meu voto é do Partido”. E definiu: “O Medicina Veterinária, era um homem do assunto, que meu voto é do Partido e voto como o Partido quer. Eu cresceu junto com o assunto e por isso ele era, Fábio, fui a vida inteira desse Partido e não vou mudar. Se o respeitado dentro do Partido. Partido dá cobertura a que os pleitos do meu Estado Ele vai fazer muita falta ao Mato Grosso, muita sejam pleitos do Partido, fico mais confortável ainda falta, Senador Gilberto Goellner! Eu não tenho ne- perante o Brasil e perante o meu Estado”. nhuma dúvida. Neste momento, as pessoas estão A partir dali, o Democratas, que foi o Partido que apenas sentindo a falta de Jonas, mas, com o passar mais lutou para que a CPMF morresse, apresentou dos anos, a experiência acumulada ao longo de uma ao Brasil uma posição monolítica. Não tem defecção vida inteira colocada em favor de um Estado vão fazer nenhuma, não adianta especular que A, que B ou que falta e vocês vão ter que se desdobrar: você, Serys, C vai votar assim ou assado. Não tem, ninguém vai Jayme, vão ter que se desdobrar para ocupar o espa- mudar... Ninguém! ço que discretamente, sutilmente, sem disputar nem Sempre agiu com muita coragem, com muita brilho nem espaço, ele ofereceu ao seu Estado para determinação, com posição firme de homem com H que pudesse crescer. maiúsculo, que merece o respeito do seu Mato Grosso Mas, o que eu queria mesmo, Celcita, era prestar e do Brasil. A partir daí, os nossos parceiros do PSDB um depoimento sobre o homem de Partido. Eu vou aqui estabeleceram também o “monolitismo” na posição de- revelar uma coisa que o Brasil não sabe: ele foi o ho- les. E os companheiros de outros Partidos, ancorados mem das grandes causas do campo, mas Jonas talvez numa posição de perspectiva de vitória, garantiram ao tenha sido o homem que, no Partido, pela atitude que povo do Brasil a vitória do fim da CPMF. tomou, independentemente das pressões que sofreu, Porém, o seu marido, Celcita, foi talvez o bra- garantiu ao Partido a vitória na guerra pela CPMF. sileiro que mais pressão recebeu e o brasileiro que Senador Eliseu, você participou de tantas reu- mais soube resistir às pressões, em nome do Partido. niões de Bancada e ouviu os depoimentos que, com (Palmas.) franqueza, o Senador Jonas fazia sobre os pedidos Era só isso que eu queria dizer, além de dizer que que ele recebia do Governador do Estado em favor o Partido sente muita falta de Jonas. Muita. das causas do Mato Grosso e das pressões que ele Eu – você sabe disto, Celcita – sou amigo do recebia para, em nome das causas do seu Estado, ter casal e vocês são meus amigos. Demonstraram isso uma posição compreensiva com o desejo do Governo em algumas oportunidades de que eu não me esque- de manter a CPMF. ço nunca. Nunca! Você ouviu dizer, em diversas oportunidades, que Fique certa de que o Partido tem e vai continuar ele era homem de partido. O Senador Jayme Campos tendo um lugar especial para Jonas Pinheiro no rol da- acompanhou essa história do começo ao fim. Só não queles que entendem de um assunto. Jonas Pinheiro participou da última reunião, quando tanto se especu- entende de seriedade de propósitos, entende de agri- lava que Jonas Pinheiro iria votar atendendo ao pedido cultura e entende de espírito público e compromisso do Planalto pela prorrogação da CPMF. com o Brasil. Tivemos, Rodrigo Maia, ele e eu, uma última Muito obrigado. conversa na antevéspera da votação no gabinete da O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) Liderança. Quando ele chegou, manso, perguntei pela – Eu quero apenas dizer que fui testemunha de algu- coluna dele, e ele respondeu: “Está boa. Parece que mas das conversações que tivemos no nosso Partido nunca tive coluna”. Sentou-se, conversamos afável e em relação ao que o nosso Líder acabou de dizer. Re- amigavelmente, e perguntei: “E a CPMF, Jonas?” Ele almente, é uma verdade. Jonas foi e sempre será um me disse: “O Governador me disse que fica assegu- orgulho dos Democratas deste País. rado isso, isso e isso para o meu Estado. Estou numa Concedo a palavra à ilustre Senadora Serys situação difícil, mas sou homem de partido. O que o Slhessarenko, uma das autoras do requerimento para Partido quiser, eu faço”. a realização desta homenagem especial ao querido e Eu disse: “Jonas, fique certo de que as causas saudoso Senador Jonas Pinheiro. do Mato Grosso que o Governador lhe pede serão Na ordem dos inscritos está o Senador Marconi, causas do seu Partido, e nós exigiremos, em qualquer autor também do requerimento. Após a palavra do Se- negociação que se venha a fazer daqui para frente, que nador Marconi, falará o nosso querido Senador Gilber- essas causas sejam causas do Partido, para que elas to; em seguida, o querido Senador Valter Pereira, que sejam cumpridas, independentemente de voto”. Ele falará pela Liderança do PMDB; e, depois, o Senador disse: “Eu nem precisava ouvir essa sua opinião para César Borges. 3972 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Com a palavra a Senadora Serys Slhessarenko, e nossas discussões sempre eram frutíferas, sempre também autora do requerimento desta homenagem faziam avançar os interesses de Mato Grosso. especial ao saudoso Senador Jonas. Como eu disse, ele sempre nos inspirou grande A SRA. SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT respeito. O fato é que, ao longo dos 25 anos em que – MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da representou o povo de Mato Grosso no Congresso oradora.) – Sr. Senador Jayme Campos, que preside Nacional, muito fez pelo Brasil. É, portanto, um político neste momento a sessão especial de homenagem ao que teve uma trajetória invejável, e desta já destaco nosso querido companheiro de Senado por Mato Gros- a responsabilidade que recai sobre o nosso Senador so, Senador Jonas Pinheiro; querida Celcita, a quem Gilberto Goellner, ao sucedê-lo, de dar continuidade não vou chamar nem de Secretária, o que a senhora é, ao seu trabalho, de honrar no dia-a-dia a memória nem de Deputada, vou chamar de professora, aquela desse político exemplar que foi Jonas Pinheiro. Saiba, colega que, com certeza, nos tempos em que traba- Senador Gilberto Goellner, que os agricultores, os pe- lhamos na universidade, foi escolhida sempre pela sua cuaristas, homens e mulheres que sustentam a vida competência para participar dos trabalhos do Núcleo de no vasto interior de Mato Grosso esperam contar com Pós-Graduação. Com certeza o atual Reitor, Prof. Paulo o senhor, como sempre contaram com Jonas Pinheiro. Speller, Olguinha, Artemis, Orestes, nós todos do Núcleo Tenha certeza de que o Senador Goellner, o Senador de Pós-Graduação tínhamos a maior confiança no seu Jayme Campos e eu, nós três, por Mato Grosso, te- trabalho, pela sua dedicação, pelo seu compromisso, mos um acréscimo de responsabilidade, professora pela sua responsabilidade, pela sua competência junto Celcita. Não estou falando isso neste momento aqui àquele Núcleo, no que diz respeito àquele trabalho que por ser uma sessão especial. Já falei inúmeras vezes, foi feito em acordo com o Estado. Então prefiro chamá- após a perda do nosso Senador, para a imprensa de la de professora, porque eu também sou professora. um modo geral. Sempre que me perguntaram, esta foi Apenas estamos em outros cargos. a minha fala: uma perda irreparável. Nossa querida Celcita; nossa querida Giani Pi- Aqui estamos nós para prestarmos nossas ho- nheiro, filha do nosso Senador; Giorgio, filho do nosso menagens a esse lutador incansável, Jonas Pinheiro. Senador; Senador Jayme Campos; Senadora Kátia Repito aqui: eu, o Senador Jayme Campos e o Sena- Abreu, autora do requerimento desta sessão; nosso dor Goellner, como componentes da Bancada de Mato Senador por Mato Grosso, Gilberto Goellner; Srªs e Grosso, certamente sentimos um peso muito maior, Srs. Senadores; Deputados e Deputadas Federais; já que convivíamos ali, naquele cantinho do plená- servidores – que com certeza sofrem muito também rio – como disse o Senador José Agripino há poucos – do gabinete do Senador Jonas Pinheiro; senhoras minutos –, onde juntos sentávamos, compartilhando e senhores, eu quero aqui, antes de iniciar a minha ações que pudessem redundar em benefício do povo fala, dizer que a Senadora Ideli Salvatti, Líder do nosso de nosso Estado e de toda a população que ali vive Partido, ligou-me pedindo que falasse em nome dela, e trabalha. em nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores, Tenho certeza, Senador Jayme Campos, de que à família do nosso Senador Jonas Pinheiro. jamais na história da política mato-grossense uma Ban- Sr. Presidente, senhoras e senhores, esta sessão cada de Senadores teve tanta vontade de encontrar, que homenageia o Senador Jonas Pinheiro, não tenho como encontramos, pontos comuns na defesa dos in- dúvida, representa para cada um de nós que dela par- teresses de Mato Grosso. O senhor, Senador Jayme ticipamos um momento de profunda consternação. Campos, é testemunha de todo esse empenho de Jonas Jonas Pinheiro, pela absoluta dedicação com que Pinheiro, de Jayme Campos e de Serys Slhessarenko, cumpriu os diversos mandatos que o povo mato-gros- que, embora de colorações partidárias diferenciadas, sense lhe delegou, é um político que sempre honrou estávamos sempre ali na luta para buscarmos pon- o Parlamento. tos comuns que pudessem vir a melhorar a situação Eu e ele sempre militamos em lados opostos, no do nosso Estado de Mato Grosso. Nosso tratamento que se refere às agremiações partidárias, mas quero sempre foi extremamente respeitoso e se encarregou iniciar esta fala destacando o profundo respeito que de fazer com que, mesmo nas defesas antagônicas, o ativo Senador Jonas Pinheiro sempre me inspirou. o diálogo sempre prevalecesse. Todos são testemunhas, aqueles de Mato Grosso, a A perda do Senador Jonas Pinheiro, neste mo- família dele, de que eu e o Senador nunca tivemos mento em que este nosso Senado Federal tanto preci- nenhum embate. Conversávamos muito, sim. Discor- sa de equilíbrio, tranqüilidade e rapidez em suas deci- dávamos muitas vezes – sentávamos lado a lado ali –, sões, é uma perda – como já disse aqui – irreparável, mas tínhamos sempre o maior respeito um pelo outro, e temos muita consciência da falta que ele nos fará. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3973 Tranqüilo, calmo, muito quieto, mas, na hora necessá- cidade de Santo Antonio do Leverger. Profª Celcita, ria, determinado; falando, muitas vezes, pouco, mas eu não fui por obrigação de ofício, mas pelo imenso dizendo muito naquele pouco que ele se pronunciava carinho que aprendi a ter, em nossa convivência, pelo e sendo extremamente respeitado por todos. Senador Jonas Pinheiro, e pude ver o tanto que era Lendo sua autobiografia, destaquei um ponto querido esse nosso amigo Jonas. Foram centenas, que demonstra sua simplicidade, bem característica milhares de amigos, familiares e correligionários, uma de nosso povo mato-grossense. Dizia o Senador Jonas entristecida e perplexa multidão que acorreu à sua casa Pinheiro: “Nos tempos de minha infância, e mesmo na para prestar solidariedade à família. Todos se sentindo minha juventude, vivendo entre pequenos agricultores enlutados, todos se sentindo abatidos pelo desapareci- e pescadores, jamais imaginei que o futuro me reser- mento de uma personalidade tão fraterna, tão presente, vasse o privilégio de um dia poder estar num cargo de tão ativa. Lá estiveram políticos, empresários e líde- âmbito nacional, no qual eu pudesse ajudar de alguma res de vários setores, mas estiveram, principalmente, forma aqueles conterrâneos, cujo trabalho, tão impor- seus conterrâneos, homens e mulheres do povo que, tante, é tão pouco valorizado” – palavras de Jonas Pi- aos milhares, sentiram e fizeram questão de prantear nheiro. E eu digo: o Senador Jonas Pinheiro fez muito a sua saudosa memória. por Mato Grosso e muito pelo Brasil, usando como Quero, portanto, desejar à sua família muita força seu principal instrumento de ação o diálogo aberto e e que sua companheira de tantos anos, Celcita Pinhei- franco. Nunca foi homem de ações extremadas, tanto ro, Secretária do Bem-Estar Social da Prefeitura de que não podemos relacioná-lo com aqueles setores Cuiabá, possa ter a tranqüilidade para confortar seus mais endurecidos que construíram grupamentos rurais dois filhos, Giorgio Pinheiro da Silva e Giani Antônia como a UDR. Nascido e fortalecido, sim, na Extensão Pinheiro de Moraes, na certeza de que os milhares e Rural, é um exagero dizer que Jonas Pinheiro só pug- milhares de amigos e correligionários de Jonas Pinheiro nou nesta Casa pelo interesse dos grandes, porque se ressentem, nesta hora, da mesma dor. ele soube muito bem estender a sua ação em favor Quero registrar, neste plenário, o que talvez muitos dos pequenos agricultores, em favor dos assentados. não saibam. No dia do seu falecimento, pela manhã, Quantas vezes estive em palanque, Profª Celcita, no às nove horas, abrimos, com a minha presença na meio de grandes assentamentos da reforma agrária e Mesa, e os representantes dos países que compõem de pequenos proprietários rurais e lá encontrei Jonas o Fórum de Parlamentares Internacionais do G-8+5, realmente defendendo os interesses daqueles peque- composto pelos oitos maiores países em termos de nos e sendo ovacionado por eles, pela luta que sempre desenvolvimento de riqueza do mundo e mais China, travou também em favor deles! Índia, África do Sul, México e o Brasil, além de cinco Desculpem-me, pois é difícil falar. países da África, se levantaram, com a presença do Por tudo isso, não vacilo em dizer, ao lembrar a nosso Presidente, Senador Garibaldi, e fizeram um figura do nobre Senador Jonas Pinheiro, que a me- minuto de silêncio pela falta, pelo falecimento do Se- mória que me fica é a de um homem bom, de um ad- nador Jonas Pinheiro. Ele foi reverenciado pelo mundo versário que sempre soube polemizar nos marcos da na presença de todas as missões aqui presentes no democracia, afirmando, por isso mesmo, a cada dia, Brasil do G8+5, e em muitos momentos, praticamente a importância dessa convivência democrática que ele todas as missões, ao tomarem a palavra, durante dois tão bem praticava, Profª Celcita. dias, se pronunciaram sempre trazendo sua homena- Jonas, como gostava de ser tratado, se dizia repre- gem a esse nosso Senador, falando dessa perda para sentante da agricultura nesta Casa, mas, na verdade, o Senado da República. procurou trabalhar sempre em favor de todos, indistin- Nossa homenagem à querida família do nosso tamente, pois tinha a exata noção de que seu manda- Senador Jonas Pinheiro. to não era apenas de um só setor, mas um mandato Obrigada. (Palmas.) através do qual trabalhava em defesa de todos. O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) – Concedo a palavra, conforme a lista de inscrição, ao (Interrupção no som.) ilustre Senador Marconi Perillo, um dos autores do re- A SRA. SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT querimento desta sessão especial. – MT) – Mato Grosso, Sr. Presidente, perdeu um dos O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pronun- seus melhores filhos e, talvez, o que melhor discutia cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Exmº a política agrícola do País. Sr. Presidente desta sessão especial, Senador Jayme Fui ao enterro do Senador Jonas Pinheiro prestar Campos, Exmª Srª Celcita Pinheiro, viúva do Senador minhas últimas homenagens, lá em sua terra natal, a Jonas Pinheiro, Ilmª Srª Giani Antonia Pinheiro e Sr. 3974 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Giorgio Pinheiro, filha e filho do Senador Jonas, Sr. -Fá homenagem ao Senador Jonas Pinheiro e fazer isso bio Meirelles, Presidente da Confederação Nacional da tendo como instrumento o seu discurso. Eu gostaria Agricultura, que nos honra com a sua presença, Sena- muito de fazer um breve depoimento sobre um com- dor Maguito Vilela, vice-Presidente do Banco do Brasil, panheiro tão querido, uma figura tão próxima da sin- Srªs Senadoras, Srs. Senadores, convidados ilustres ceridade, tão justa nas suas avaliações, com quem aqui presentes, logo que tomei conhecimento do faleci- eu concordava em quase tudo no que se referia à sua mento do querido amigo, colega Jonas Pinheiro, tomei luta pelo agronegócio. Discordei dele uma vez, no a iniciativa de apresentar um requerimento propondo, episódio do Código Florestal, por razões de divergên- ao lado de outros companheiros, esta sessão solene cias em relação à política ambiental, mas eu sempre que homenageia o amigo Jonas Pinheiros. recorria a ele até me poupando o trabalho de pensar. A Senadora Lúcia Vânia já falou aqui a importân- Em assuntos ligados ao agronegócio, eu perguntava cia de Jonas Pinheiro para Goiás, não só para o Mato a duas ou três pessoas da Câmara: Luiz Carlos Hein- Grosso, mas para Goiás, para o Centro-Oeste, para ze, Lupion, Caiado... Aqui, no Senado, eu dizia: Jonas, o Brasil. O Senador Jonas Pinheiro, ao longo desses para onde nós vamos? Ele falava: é para cá, é para cá, últimos anos, dessas últimas décadas, foi uma verda- vamos juntos. Figura absolutamente correta. Foi meu deira âncora na defesa dos interesses da agricultura, colega de Câmara, meu adversário na Câmara, mas da pecuária, do agronegócio, participando de todas as sempre leal, sempre respeitado. Aqui, no Senado, um lutas para que houvesse soluções para gravíssimos companheiro. No último episódio, aquele da CPMF, problemas enfrentados pelo homem do campo, pelo as especulações eram terríveis: “ah, porque o Jonas trabalhador do campo, que ajuda a colocar comida na não vota, porque o Jonas vai receber pressão daqui mesa dos brasileiros. ou de acolá”. E o Jonas, simplesmente, quieto como Jonas Pinheiro estava agora concluindo uma era o feitio dele, cumpriu com o seu dever de lealdade negociação importantíssima para o setor rural, que, ao seu Partido, ao Bloco das oposições, e deu aquele certamente, vai desafogar o produtor rural brasileiro voto, silencioso, mas firme, como silenciosa e firme era em relação às suas dívidas. Jonas Pinheiro era um de- sua vida. Fui aos seus funerais. Encontrei sua espo- fensor intransigente do seguro rural e de uma série de sa, nossa querida Deputada, encontrei companheiros outros benefícios para a agricultura brasileira. Assim, meus e falo em nome também, assim como V. Exª, dos nós o homenageamos aqui convictos de que estamos nossos companheiros do PSDB, Senador Antero de tomando uma iniciativa extremamente justa em relação Barros, Prefeito Wilton Santos, Deputada Thelma de ao grande brasileiro Senador Jonas Pinheiro. Oliveira. Encontrei pessoas muito humildes, cercando Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao nos reunirmos nesta sessão solene em homenagem ao o caixão de um homem muito humilde, muito seguro saudoso Senador Jonas Pinheiro, não poderíamos dei- de si, portanto, vitorioso na vida, vitorioso na vida em- xar de ressaltar duas características exemplares desse presarial, vitorioso na vida parlamentar, na vida políti- Parlamentar de quem teremos a eterna lembrança e ca, extremamente humilde na sua forma de ser. Eu vi também de quem seguiremos os exemplos. O Senador pessoas do povo, percebi a comoção na sua pequena Jonas Pinheiro marcou a vida pelo espírito de simpli- e querida cidade. Agora, estamos aqui tentando cobrir cidade no modo de agir e tenacidade na maneira de essa lacuna. Eu gostaria muito de desejar a toda família defender o homem do campo e o produtor rural. o máximo de resignação, porque eu sei que foi muito O filho de pescador, nascido em 22 de janeiro de brutal o que aconteceu: de repente, Jonas se interna 1941, em Santo Antônio do Leverger, Mato Grosso... e não fala com mais ninguém, o que é algo realmente O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – V. Exª me comovente. Obrigado. permite um aparte, Senador Marconi Perillo? O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Agra- O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Só deço ao Senador Arthur Virgílio as palavras respeito- um instante... sas, carinhosas ao nosso homenageado e incorporo Ele encontrou o sucesso na vida pessoal e polí- ao meu pronunciamento esse seu aparte. tica não só pelo caminho dos livros, mas também por Sr. Presidente, para o menino que cresceu em extrema sensibilidade e capacidade de ouvir as pes- meio aos lavradores e pescadores, a carreira política soas e se aliar às causas justas. vencedora não fazia parte da realidade cotidiana e até Com prazer, concedo um aparte ao Líder da mi- mesmo dos sonhos da infância no interior. Era algo nha Bancada, Senador Arthur Virgílio. distante das brincadeiras de meninos de pé no chão e O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Senador pipa na mão, decerto vivenciadas também por muitos Perillo, é duplamente feliz para mim poder prestar de nós neste plenário. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3975 Compreender os primeiros passos de nosso sau- povo simples, um povo desejoso de escolas, hospitais, doso colega é compreender também a essência da moradia e vestuário, mas, acima de tudo, um povo em personalidade desse ilustre político, desejoso, desde busca de um trabalho digno e diuturno. o início da carreira como Deputado Federal, em ver A perda do Senador Jonas Pinheiro significa muito no campo as mesmas condições para o progresso e mais para o Senado, para Mato Grosso e para o Brasil, desenvolvimento nas cidades. porque quem nos deixou foi um defensor das grandes Se o jovem encontrasse meios de sobrevivência causas, um bravo lutador, simples, mas tenaz, comba- digna e perspectivas de realização pessoal na área tivo, em todos os momentos da sua vida. rural, não se veria levado pelo êxodo, não se veria O que fazemos hoje nesta sessão solene do tragado pela cidade grande. Para o Senador Jonas Senado Federal revela-se, portanto, Sr. Presidente, Pinheiro, era preciso modernizar o interior, criar con- apenas como mais uma singela homenagem a quem dições e perspectivas para os jovens nascidos nos foi reconhecido nas mais diversas instâncias do poder distantes rincões deste imenso Brasil. pelo mérito e, principalmente, pela honradez. O caminho para o progresso das zonas rurais es- Somamos nossos aplausos aos inúmeros títulos tava num compromisso com o desenvolvimento perma- de cidadão honorário recebidos em diversas cidades nente e com a implantação de serviços de base. Para o de seu Estado natal, às comendas da Ordem do Rio nobre Senador, sempre foi necessário proporcionar aos Branco, de São José Operário, do Mérito Judiciário do agricultores e pecuaristas os meios e os instrumentos Trabalho, da Sociedade Brasileira de Medicina Veteri- de produção; prestar-lhes assistência técnica; dar-lhes nária, de Gran Mestre de La Orden Del Condor de Los escolas, hospitais, crédito, seguro, estradas e diminuir, Andes da República de Bolívia, entre outros tantos. senão suprimir, os altos tributos que recaem sobre a Somamos nossas homenagens a centenas de produção e que a dificultam diretamente. cidadãos – milhares –, que, em coro uníssono, acom- Jonas Pinheiro acreditava que, para o progresso, panharam o Senador Jonas Pinheiro até a última mo- deveria haver uma simbiose entre a cidade e o campo. rada, cantando uma marcha carnavalesca composta Como está assentado em sua autobiografia, “se forem para o filho ilustre do Santo Antônio do Leverger que pelo menos diminuídos os problemas do campo, os da partia. cidade serão mais facilmente resolvidos, porque, na Temos certeza de que o Senador Jonas Pinhei- sua maioria, eles foram causados pelo enorme êxodo ro deixa um legado de companheirismo à sua esposa do homem do campo para as periferias das grandes Celcita Pinheiro, aos seus filhos, com quem sempre cidades. Com condições de trabalho e renda no cam- pode contar ao longo da trajetória política, e uma he- po, muitas dessas pessoas voltariam para a sua terra rança de bons exemplos aos filhos Giorgio e Giani e a natal. E, mesmo que se tenha de resolver concomi- todos os seus familiares. tantemente os problemas do campo e da cidade, as Que Deus ilumine o nosso querido Senador Jo- soluções para isso não exigem cálculos mirabolantes, nas Pinheiro na sua derradeira jornada. nem números quânticos, nem silogismos dialéticos ou Muito obrigado a todos. considerações metafísicas”. A nossa homenagem sincera e emocionada ao É baseado nessa premissa que nosso homena- Senador Jonas Pinheiro. geado definiu o sentido de seu trabalho como político Muito obrigado. (Palmas.) e Senador, ao dizer: “Minha luta, portanto, tem sido O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – para impedir que os agricultores e os trabalhadores MT) – A Mesa agradece a V. Exª, Senador Marconi rurais sejam explorados e humilhados, que os gran- Perillo. des arrebatem as terras ou produto de seu trabalho. Quero conceder a palavra ao ilustre Senador e Enfim, coloquei sempre em primeiro lugar o homem, companheiro Gilberto, que certamente tem a missão o trabalhador, com seus problemas, suas necessida- de bem substituir o valoroso e operoso Senador Jonas des e seus anseios, e não descurei jamais de outras Pinheiro, para bem representar o povo mato-grossense questões de interesse vital para a economia do Estado, neste Senado Federal. que formam, por assim dizer, a base de sua estrutura O SR. GILBERTO GOELLNER (DEM – MT. Pro- e de seu progresso”. nuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) A percepção do Senador Jonas Pinheiro sobre a – Exmª Srª Celcita Pinheiro, Srª Giani e Sr. Giorgio, realidade do homem campesino era invejável, sobretudo filhos; Exmºs Senadoras e Senadores; Senadores na capacidade de antever soluções simples para um Jayme Campos, Serys Slhessarenko e Kátia Abreu, 3976 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 autores do requerimento desta sessão; Exmºs Srªs e meu pesar pelo falecimento desse ente querido, os Srs. Deputados Federais; senhores servidores do gabi- meus respeitos e a minha inteira solidariedade. nete do Senador Jonas Pinheiro, em nome do Dr. Paulo Jonas Pinheiro, onde quer que esteja – e acre- Farnese, homenageio todos; senhores representantes dito que, pelo seu exemplo de vida, esteja junto a de entidades aqui já enunciadas, eu gostaria de fazer Deus –, receba o meu preito de gratidão pelo que me uma menção especial à Associação Mato-grossense ensinou dessa arte que é exercer a política, e o meu dos Produtores de Algodão, representada pelo seu Di- preito de amizade pela camaradagem que nos uniu retor, Carlos Ernesto Augustin, à Aprosmat, Associa- durante tantos anos, a minha admiração pela pessoa ção dos Produtores de Sementes do Estado de Mato honrada que ele sempre foi e o meu respeito pelo seu Grosso, representada pelo seu Presidente, Dr. Elton inesquecível trabalho. Hamer, e ao Vice-Presidente da Aprosoja, recente en- O artigo do Diretor-Geral desta Casa, Sr. Agaciel tidade defensora de todo o setor de soja do Estado de Maia, por ocasião do falecimento do Senador Jonas Mato Grosso, Dr. Ricardo Tomczyk. Pinheiro, que foi amplamente divulgado entre todos os Em 2005, assumi, nesta Casa, na condição de Parlamentares e funcionários e que teve uma repercus- seu primeiro suplente, a cadeira do Senador Jonas são muito grande na mídia do Estado de Mato Grosso, Pinheiro, que se licenciara para tratamento de saúde. demonstra a sensibilidade dos servidores desta Casa Foi uma experiência muito enriquecedora para mim. diante da morte de um Parlamentar atuante e probo. Trabalhei num ritmo diferente do meu, conheci de per- Em vista disso, solicito ao Sr. Presidente da Mesa que to o processo legislativo e tive a oportunidade ímpar determine que se registre nos Anais desta Casa essa de me relacionar no Congresso e no Poder Executivo. manifestação sincera e calorosa do Diretor-Geral do Vi e senti o elevado espírito democrático que paira no Senado Federal, ao qual ficam penhoradamente agra- Senado e o respeito e a solidariedade que existem en- decidos os parentes e os amigos do Senador Jonas tre os Senadores. Esta homenagem é a demonstração Pinheiro. cabal dessa postura. Tomo aqui a liberdade ainda de citar o trecho Portanto, hoje não sou um novato no Congresso pronunciado por Jonas Pinheiro e que, certamente, Nacional. Conto com a vivência que aqui já tive para resume, de maneira clara, a sua simplicidade e os cumprir, com denodo, a herança que acabo de rece- princípios que nortearam a sua vida e a sua atuação ber com o falecimento do Senador Jonas Pinheiro, um política. Gostaria que a câmera da TV Senado focasse companheiro de partido político, mas principalmente a frase que fica ali atrás, projetando a figura do Sena- um amigo sincero e de muitos anos. dor, na qual ele falava: A responsabilidade de substituí-lo é enorme. Ele “O povo é simples e quer coisas simples: foi um homem que se projetou pelo trabalho dedicado quer alimento, quer vestuário e quer moradia; e competente, e por não deixar de ser simples, apesar quer também escolas e hospitais; mas, antes de grande. Esse foi seu trunfo. de tudo, o povo quer trabalho. Ao final das Volto ao Senado Federal desta vez para cumprir contas, o povo anseia desesperadamente por dignidade.” o restante do mandato que o Senador Jonas Pinheiro detinha. Sem abandonar minhas própria características Dito isso, prometo aqui, diante de todos, que me e minhas convicções, quero tomá-lo como exemplo e desdobrarei em dedicação ao trabalho parlamentar continuar o seu trabalho em prol da agropecuária, do para cumprir todos os compromissos que o já saudoso homem rural brasileiro e do Estado de Mato Grosso, Senador Jonas Pinheiro fez com esta Casa e com os como ele fazia incansavelmente. produtores rurais e com todos os segmentos em que, Sempre fui um admirador do Senador Jonas modernamente, esse setor se divide e, por conseguin- Pinheiro. Desejo, então, prestar-lhe aqui, com o meu te, com todos os brasileiros. trabalho e a minha dedicação, a homenagem a que Que Deus nos abençoe a todos. ele tem direito pelo muito que fez e pelo belo exemplo Muito obrigado. (Palmas.) de homem público que foi. DOCUMENTO A QUE SE REFERE O Quero também manifestar à Deputada Celcita SR. SENADOR GILBERTO GOELLNER EM Pinheiro e a seus filhos, Giani e Giorgio Pinheiro, bem SEU PRONUNCIAMENTO. como a todos os familiares do Senador Jonas Pinhei- (Inserido nos termos do art. 210, inciso ro, neste difícil momento de luto por que passam, o I e o §2º, do Regimento Interno.) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3977 3978 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) campestre, de alçar os cargos mais importantes em – A Mesa vai acolher a solicitação de V. Exª, Senador seu Estado e na Federação. E o Jonas foi esse filho Gilberto Goellner. do pescador que virou Senador. E aqui, no Senado, Concedo a palavra, para falar em nome da Lide- durante o exercício de seus mandatos, não arredou o rança do PMDB, ao ilustre Senador da República pelo pé, seus compromissos e pensamentos das causas Estado do Mato Grosso do Sul, Valter Pereira. do campo, das causas do setor produtivo de nosso O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS. Pronun- País. Esteve sempre atento ao que acontecia em Mato cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Grosso, em Mato Grosso do Sul e no Brasil, porque, Presidente; Srªs e Srs. Senadores; ilustres convida- na verdade, a causa que ele abraçava transcendeu, dos; Senador Maguito Vilela; Sr. Fábio, que está aqui e muito, os umbrais de Mato Grosso e de Mato Gros- representando a Confederação Nacional da Agricultura; so do Sul, porque a agricultura é efetivamente uma Deputada Celcita, esposa do homenageado; Giorgio e causa do povo brasileiro. A agricultura é um motor Giani, filhos do grande Jonas Pinheiro; a Liderança do que alavanca a economia de nosso País. E, portanto, PMDB, por meio do Senador Valdir Raupp, designou- quando ele abraçava essa causa, transcendia as bar- me para representar o meu Partido nesta solenidade. reiras de nosso Estado e atendia aos reclamos de todo O mesmo fez o Senador Neuto de Conto, Presiden- o nosso País. E, quando vamos investigar a vida do te da Comissão de Agricultura, da qual faço parte e nosso homenageado, para ter autoridade na locução onde era colega do eminente e inesquecível Senador que vamos fazer, deparamo-nos com uma coerência Jonas Pinheiro. extraordinária, do começo ao fim de sua vida pública, É claro que eu não poderia deixar de cumprir de sua atividade parlamentar. esta missão, até porque, como representante de Mato Qual foi o primeiro pronunciamento que Jonas Grosso do Sul e vizinho do vetusto Mato Grosso, do Pinheiro fez aqui desta tribuna, aliás destas duas tri- qual Mato Grosso do Sul se originou, temos um vínculo bunas, que ele sabia freqüentar sempre para defender de amizade que há muitos anos nos une. O Senador as causas de seu Estado e de seu País? Por quase Jonas Pinheiro, em um período de sua vida, morou 300 vezes, Fábio, ele esteve ocupando estas tribunas em Campo Grande. Aqui, era meu vizinho também. para defender essas causas. Eu sentava ao lado do meu companheiro e amigo Jay- Qual foi o primeiro pronunciamento dele? Isso, me Campos, compartilhando o mesmo espaço com em fevereiro de 1995, se não me engano. Ele veio à o Senador Jonas Pinheiro. De sorte que, por muitas tribuna para anunciar a apresentação de um projeto vezes, tivemos oportunidade de discutir os problemas que dava destino às embalagens de agrotóxicos – que da política brasileira, da política de Mato Grosso e da até hoje é uma luta de todos os ambientalistas do País política de Mato Grosso do Sul. Ele sempre indagava e é uma luta que se faz junto com a agricultura. Assim, sobre Fulano, Beltrano e Sicrano, da mesma forma que ele inaugurou a participação que teve em sua luta no me informava sobre o que acontecia no velho Mato Senado Federal. Grosso, onde tive oportunidade de exercer o manda- Portanto, era um homem que tinha uma determi- to de deputado estadual, na Assembléia Legislativa, nação muito forte com essa causa. Ele preconizava o na última legislatura que antecedeu a divisão daquele desenvolvimento da agricultura e a exploração do solo grande território. para produzir riquezas, mas com observância da saúde Os que me antecederam todos já falaram bas- de quem trabalhava e do meio ambiente. Era um homem tante sobre a personalidade, sobre a dedicação ao que encarava essa atividade com responsabilidade, e, trabalho, sobre a fidelidade que o Senador Jonas Pi- até o fim de sua vida, sua luta foi essa. nheiro sempre devotava às causas que abraçava. In- Assim, a homenagem que hoje o Senado presta discutivelmente, o Senador Jonas Pinheiro granjeou a ao Senador Jonas Pinheiro é das mais justas: foi um amizade desta Casa pela sua simplicidade, pela sua homem exemplar, com sua humildade, simplicidade, lealdade, mas granjeou o respeito por sua determina- mas determinação, coerência, pertinácia e dedicação ção e dedicação à causa pública. à causa pública. Eu não posso deixar de reconhecer uma gran- Indiscutivelmente, temos de reconhecer que o de virtude da democracia em momento como este. A nosso saudoso e inesquecível amigo deixa aberta democracia é um regime que assegura a participação uma lacuna muito grande na política brasileira e no efetiva do povo nas grandes decisões. Senado Federal. Temos a esperança e a convicção Vejam o que a democracia produz: oportunida- de que o seu substituto, que neste momento preside de a um filho de pescador, de um homem que veio do esta sessão, Senador Gilberto, haverá de preenchê-la campo, que conheceu as agruras, a rudeza da vida com competência, porque, quando Jonas o escolheu, Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3979 tinha a convicção de que, em sua ausência, ele teria demais produtores do Brasil aqui presentes; prezado de ter uma pessoa com seu perfil e com a responsa- amigo e companheiro Maguito Vilela, ex-Governador, bilidade que sempre devotou à causa pública para Senador e atualmente Vice-Presidente do Banco do substituí-lo. Brasil, que, neste ato, representa aquela instituição, na Portanto, Deputada Celcita, V. Exª, que aqui hoje pessoa do Lima Neto; demais companheiras e com- comparece a esta sessão com o coração ferido, sai- panheiros Senadores; convidados, amigos presentes, ba que nesta Casa a memória dele será inesquecível, serei rápido, até porque os oradores que me antecede- como inesquecível também aquela cena, a que eu tive ram praticamente falaram tudo sobre a pessoa desse oportunidade de assistir em Santo Antônio do Leverger. valoroso companheiro e irmão Jonas Pinheiro. Quando cheguei próximo ao esquife, comentei com Parece fácil falar de um homem com as virtudes, um colega que estava junto a mim que, se precisás- a integridade e a envergadura moral do Senador Jo- semos realizar uma sessão do Senado Federal, ou do nas Pinheiro. Mas não o é. Para se falar dele, antes Congresso Nacional, já teríamos quórum suficiente, é preciso compreender a tenacidade dos pescadores porque a amizade de que ele desfrutava arrastou para de Santo Antônio do Leverger, a coragem cívica dos Cuiabá e para Santo Antônio do Leverger o Congres- agricultores mato-grossenses e o valor mítico do povo so quase todo. brasileiro. Foi uma homenagem que, efetivamente, emocio- Jonas foi uma dessas pessoas encantadas pela nou todos os Senadores que estavam ali presentes e vida. Simples, era, contudo, um homem de idéias ela- que foi muito bem traduzida aqui hoje pela Senadora boradas e inteligência incomum; conciliador, mas, ao Lúcia Vânia, que falou da relação que ele tinha com mesmo tempo, um político de convicções firmes e a região Centro-Oeste. A região Centro-Oeste foi, in- duradouras; generoso, mas também uma rocha inaba- discutivelmente, a mais prejudicada com a sua perda, lável na defesa de seus princípios éticos. Enfim, com mas esperamos que seja recompensada com o traba- seu modo natural de enxergar as coisas, ele era uma lho de seu substituto, Senador Gilberto, que preside figura complexa e admirável. esta sessão. Para se conhecer o temperamento deste grande Minhas homenagens, em nome do PMDB; minhas mato-grossense seria necessário mergulhar em seu homenagens, em nome da Comissão de Agricultura e mundo interior, em sua infância, e contemplar a imen- Reforma Agrária; e minhas homenagens, em nome do sidão das tardes do Pantanal, e, assim, entenderíamos Mato Grosso do Sul, que represento neste Congresso, a profundidade de seus pensamentos. Seria preciso ao nosso Estado-Irmão, que perdeu Jonas. olhar os cerrados com seus olhos para se vislumbrar Muito obrigado, Sr. Presidente. a clareza de seu caráter. E, ainda, seria importante Durante o discurso do Sr. Valter Perei- lavrar sua alma para se colher a energia de seu espí- ra, o Sr. Jayme Campos, deixa a cadeira da rito desbravador. presidência, que é ocupada pelo Sr. Gilberto Jonas Pinheiro foi um semeador de esperança. Goellner. Um agricultor de sonhos. Em sua trajetória de 25 anos O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM pelo Congresso Nacional, ele fertilizou o sistema agrário – MT) – Dando continuidade, de acordo com a or- brasileiro com debates produtivos, projetos salvadores dem de inscrição, convidamos para falar o Senador e propostas milagrosas para o setor. Jayme Campos, do Estado de Mato Grosso, um dos Não por acaso foi agraciado pelos próprios pro- subscritores do requerimento que propôs esta sessão dutores rurais com o informal mas honroso título de especial. “patrono da Agricultura” do País. Em seguida, usará da palavra o Senador César Mais do que o defensor do agronegócio, Jonas foi Borges. o Senador do homem do campo, porque soube como O SR. JAYME CAMPOS (DEM – MT. Pronuncia poucos interpretar os sentimentos da gente interiora- o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Ilustre na, porque sentia, ao tocar com sinceridade e respeito Senador, companheiro, amigo, Gilberto, que preside aquelas mãos calejadas pelo trabalho na roça, a ver- esta sessão de homenagem ao Senador Jonas Pinhei- dadeira vitalidade da economia brasileira. Para ele, a ro; familiares do querido Senador, que cumprimento na combinação do suor dos lavradores com a fertilidade pessoa de sua esposa, Deputada Celcita Pinheiro, de de nossas terras, sempre foi a química perfeita para seu filho amigo Giorgio, de sua filha Giani; cumprimen- empurrar o País ao seu destino de prosperidade. to o nosso querido amigo Presidente da CNA, Fábio Como disse há poucos dias aqui mesmo nesta Meirelles, e, em seu nome, saúdo e cumprimento os tribuna, a Nação perde um grande brasileiro, mas, em 3980 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 compensação, a história recebe mais um vulto para defendendo aqueles que militam e moram nos períme- emoldurar sua galeria dos heróis da Pátria. tros urbanos das cidades mato-grossenses. Sim, para nós mato-grossenses, assim como para Muito obrigado, Sr. Presidente. todos os brasileiros, Jonas foi um herói moderno. Um O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM homem que fez de seu próprio corpo, de sua própria – MT) – Concedo a palavra ao nobre Senador César saúde, uma fortaleza para defender o setor produtivo Borges, do Estado da Bahia. nacional e para manter seus compromissos éticos. Lu- O SR. CÉSAR BORGES (Bloco/PR – BA. Pro- tou até o último momento por suas convicções, como nuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) cabe aos heróis. – Sr. Presidente, acho que ninguém presidiria melhor Sr. Presidente Senador Gilberto, Srªs e Srs. Se- esta sessão nesta hora do que V. Exª, Senador Gilber- nadores, caro companheiro César Borges, para alguns to Goellner, que tem essa grande responsabilidade de homens, a humildade se confunde com fraqueza ou dar continuidade aqui nesta Câmara Alta, o Senado até mesmo covardia; mas, para o Senador Jonas Pi- Federal, ao brilhante trabalho que realizava, um traba- nheiro, a humildade era a fonte mais cristalina de sua lho insubstituível, mas que sei que V. Exª vai procurar força interior, de sua imorredoura esperança e de sua de todas as formas superar a imensa falta, o Senador coragem indestrutível. Jonas Pinheiro a todos nós, em especial àqueles que Peço agora que seus exemplos não se apaguem acreditam que o setor primário da nossa economia, a com o passar dos dias, que principalmente o povo agricultura e a pecuária, é a base para um país forte mato-grossense aprenda a reverenciar sua memória, e um país que possa atender a nossa população na apropriando-se de suas qualidade para lutar por uma produção de alimentos, de riquezas e na geração de sociedade mais justa e igualitária. Não me refiro so- emprego e renda. mente aos monumentos ou logradouros, que ele tanto Quero, neste momento, com o sentimento profun- merece, mas sim à obra viva de Jonas, que foi a digni- do de pesar, associar-me à dor da família, viúva Depu- dade na vida pública e a firmeza na lida política. Peço tada Celcita Rosa Pinheiro da Silva, seus dois filhos que seu legado seja transferido às gerações futuras Giorgio Pinheiro da Silva e Giani Antônia de Moraes, como mandamento de honradez do cidadão. da agricultura nacional aqui representada pelo Presi- Neste momento, associo-me à família de Jonas dente da Confederação Nacional de Agricultura, Fábio Pinheiro, à sua amada esposa Celcita, aos seus que- Meirelles, do Senador Maguito Vilela que conhecia o ridos filhos Giorgio e Giani, aos seus netos, rogando trabalho de Jonas Pinheiro. ao Todo Poderoso que receba o nosso eterno Jonas Sei da dor de todos os presentes nesta sessão, em sua luz, magnitude e bondade. em particular o Presidente da Sociedade Brasileira Sei que Jonas fará falta a esta Casa, como fará de Medicina Veterinária, baiano, meu conterrâneo da falta ao nosso Partido, ao Mato Grosso e ao Brasil, cidade de Jequié, do nosso querido Estado da Bahia, mas que os exemplos de generosidade, valor e obs- José de Andrade Moura, que sempre foi um entusiasta tinação fecundem em nossos corações por muitos e do trabalho desempenhado na vida pública, política e muitos anos. profissional de Jonas Pinheiro. Porque Jonas Pinhei- Espero, como todos os colegas neste plenário, ro, antes de ser político, era médico veterinário que que o Senador Gilberto Goellner trilhe os caminhos amava sua profissão, tinha dedicação a esse mister que fizeram de Jonas um Parlamentar lúcido e opero- e que, como médico veterinário, propunha avanços so. Sei que é difícil substituir Jonas, mas nosso caro científicos, técnicos, para que a pecuária nacional e Gilberto saberá honrar a sua cadeira. internacional pudesse avançar em prol dos povos que São essas, Sr. Presidente, as minhas palavras. ela atendia, particularmente, do Brasil e, mais parti- Certamente esta sessão solene é mais do que justa, cularmente ainda, do Centro-Oeste e do seu querido até porque muitos falam que Jonas só representou Mato Grosso. ou só defendeu o agronegócio. Não. Jonas Pinheiro Então, quero neste momento aqui homenageá-lo, também defendeu os pequenos, os assentados, pro- destacando que Jonas era filho de pescador, nascido va inequívoca é que há pouco tempo eu participava, em 22 de janeiro de 1941, em Santo Antônio do Lever- na cidade de Sorriso, da inauguração de uma linha de ger, Mato Grosso, e que costumava dizer que o man- energia elétrica que Jonas Pinheiro, com a sua emen- dato parlamentar jamais foi cogitado em sua infância, da que é um direito constitucional, levou também para vivida, basicamente, entre pequenos agricultores. os assentados. Estudante de escolas agrícolas, formado em Me- Faço justiça porque entendo que Jonas não só foi dicina Veterinária, em 1982 ele se elegeu Deputado homem do campo, mas também foi homem da cidade, Federal. Teve função de extensionista como Presidente Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3981 da Emater do Mato Grosso e, talvez até influenciado porque V. Exª é totalmente dedicado a esta causa. Por por seus colegas, médico veterinário, reconhecido pelo isso, o peso das palavras de V. Exª, que é um homem Governador de Mato Grosso, ele enveredou pela vida do campo e conhece profundamente a questão da pública para servir a mais brasileiros e mato-grossen- agricultura, vem lá do fundo do nosso País, vem do ses, como o fez. Era Senador desde 1994 e exercia, fundo dos pequenos agricultores, vem do seu queri- portanto, o seu segundo mandato. do Estado do Mato Grosso, que é uma nova fronteira É preciso destacar o que já foi dito pelos que me agrícola deste País”. antecederam: o caráter valoroso e acima de tudo hu- Mais do que isso, Srs. Senadores, eu tive opor- milde, marcado por uma defesa transparente, direta, tunidade de conviver com Jonas Pinheiro em momen- sincera de agricultor que era, particularmente para os to bastante interessante e com o Presidente Gilberto pequenos produtores, pelos quais tinha especial aten- Goellner: nós fomos companheiros de camarote, aten- ção e preocupação. dendo a convite da Marinha brasileira, em uma viagem Essas características podem ser identificadas de Recife a Fernando de Noronha no Navio-Escola num depoimento que aqui está, feito pelo Senador na Cisne Branco. Então, se nós tínhamos já um conheci- sua página na Rede Mundial de Computadores. Eu mento partidário da atividade política nas comissões, vou repetir porque nunca é demais repetir: “O povo no plenário, nessa oportunidade nós convivemos ali é simples e quer coisas simples: quer alimento, quer três dias intimamente e pude ver o seu caráter, a sua vestuário e quer moradia; quer também escolas e hos- retidão, a sua humildade e acima de tudo sua grande pitais; mas, antes de tudo, o povo quer trabalho. Ao fi- amizade. nal das contas, o povo anseia desesperadamente por Então, quero destacar neste momento como a sua dignidade. Simples também são as coisas que o povo vida foi útil para o Brasil, para o Mato Grosso, para a não quer: o povo não quer viver na miséria, não quer sua família. Nos 13 anos de Senado – já foi dito aqui, ser explorado, nem quer ser ludibriado com promessas mas repito –, ele apresentou 60 proposições, sendo 33 que nunca se hão de cumprir”. projetos e 26 requerimentos, em sua grande maioria, Esse talvez seja o resumo mais preciso de Jo- vinculados à agricultura e ao meio ambiente. A sua nas Pinheiro. Eu o conheci, fomos colegas no antigo atuação mais proeminente foi em defesa da renego- Partido da Frente Liberal – eu mudei de partido e falo ciação da dívida dos produtores rurais. Incansável, o aqui em meu nome pessoal e em nome da Liderança que não é pouco, ao considerar que a agricultura está do Partido da República – e tive o prazer de conviver sujeita a fatores não controláveis, como clima; que la- com ele aqui no dia-a-dia, vendo a sua defesa e as mentavelmente o histórico do País é de elevação dos suas bandeiras para aprimorar a política agrícola, es- timular e aumentar o emprego no campo, combater o juros e que, muitas vezes, os Poderes públicos não êxodo rural e garantir melhores condições de crédito e têm tido compreensão com esse setor tão importante. produção para a agricultura. Trabalhamos em conjunto Jonas era aquele incansável batalhador, lutador, que nesta Casa. Destaco o PLS nº 517 de minha autoria, todos respeitavam, no Governo Federal e no Congres- cujo Relator foi o Senador Jonas Pinheiro, que autoriza so Nacional. a repactuação das dívidas de agricultores familiares no Portanto, Sr. Presidente, neste momento, mais valor de até R$50 mil. Também atuamos em conjunto uma vez, me resta aqui me solidarizar com a família, em mais um projeto de defesa de agricultores, o PLC com o povo de Mato Grosso, com os agricultores do nº 142, que dispõe sobre a repactuação de dívidas Brasil, que desde a semana passada estão órfãos de oriundas de operações de crédito rural na área de atu- um defensor de suas causas. ação da Sudene. Nesse projeto solicitei requerimento Muito obrigado. (Palmas.) de urgência de tramitação na Comissão de Assuntos O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – MT) – Sr. Econômicos e que recebeu o pronto apoio do Senador Presidente. Jonas Pinheiro. Juntos também negociamos em busca O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM de um acordo com o Governo Federal. – MT) – Pois, não. Relembro um aparte que fiz ao Senador Jonas O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – DF. Pela Pinheiro no dia 5-2-2006. Assim o qualifiquei: “Sena- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ape- dor Jonas Pinheiro, V. Exª sempre se pautou pela de- nas para manifestar a minha solidariedade à família, o fesa intransigente da agricultura nesta Casa. V. Exª é meu respeito ao Senador Jonas Pinheiro. Tive pouca o Senador que mais conhece do tema de agricultura chance de conviver com ele, mas em todas as comis- no Senado Federal, se alguém conhecer como V. Exª, sões de que participei ao seu lado e sempre que aqui no máximo, poderá igualar-se, mas nunca superá-lo, nos encontramos, eu pude perceber uma figura preo- 3982 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 cupada com o seu Estado, preocupada com a econo- por linhas tortas – muito bem todos os Senadores que mia, especialmente a agricultura. passaram por aqui. Sua simplicidade e seu amor aos Esta Casa certamente sentirá falta do Senador mais humildes lhe dão essa representatividade. Jonas Pinheiro. Eu quero apenas deixar registrada esta As autoridades presentes são tantas... Eu pre- minha referência e meu sentimento. firo saudar, então, só a esposa de Jonas Pinheiro, O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM Celcita. – MT) – Obrigado, Senador Cristovam Buarque. Isso é muito significativo para mim. Eu perdi meu O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB – MG) – Sr. pai na véspera de uma eleição e, depois, perdi a elei- Presidente, peço a palavra para ordem. ção para Prefeito da cidade. Nem senti, porque... Ele, O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM fisicamente, até se assemelhava a Jonas. Meu pai era – MT) – Pois não, Senador. humilde, minha mãe, intelectual. Eu digo aqui que ela O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB – MG. Pela deixou um dos escritos mais importantes da literatura ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, que- do Brasil. ro também deixar aqui a minha homenagem a Jonas Minha mãe tem livros publicados pela Vozes, Pinheiro. A convivência, durante muitos anos aqui, nos como A Vida é um Hino ao Amor. Ela escreveu, ô, mostrou realmente o homem bom que ele foi e a sua Jayme Campos, eu fico encantado: Nossa Senhora, dedicação às questões de Mato Grosso, questões do a Viúva. Eu nunca vi isso. Eu já li muitos livros sobre Brasil, de modo especial do Brasil rural. Nossa Senhora. Então, minha mãe, uns quinze anos No ano passado e durante vários anos, me en- depois – eu já era Governador – faleceu. Então, ela contrei com ele em Uberaba – ele era freqüentador escreveu: Nossa Senhora, a Viúva. Esse sofrimento contumaz da ExpoZebu –, conversamos sempre so- de mulher. bre essas questões que também são tanto do meu A imagem, até fisicamente, e a simplicidade de interesse como do meu Estado. Jonas Pinheiro tinha Jonas me lembram meu pai. também outro ponto que me lembro bem na nossa Deus – agradeço a Deus que tem sido muito bom convivência, que era a ligação com a Canção Nova, para mim – me colocou detrás do Jonas, como se fos- ligada à igreja católica. se ele uma luz a nos guiar. Ali detrás, cinco anos ali, Recentemente tivemos um dilema muito grande, e eu atrás dele. que era o desejo de ver o Brasil com uma carga tri- Lembro-me de que eu e o Maguito... Maguito butária menor na votação da CPMF; mas ao mesmo é uma figura extraordinária. Poucos homens têm a tempo a consciência de que não é simples abrir mão decência, a dignidade e a correção do Maguito. Fui de um tributo tão grande, e nós acabamos realmente Governador na mesma época que ele. Aliás, quando optando por seguir o Partido, no caso dele, o DEM, e fui eleito, eu estive em Goiás aprendendo a governar no meu caso o PSDB, votando pela redução da carga com Iris Rezende e com a equipe do Maguito. Mas o tributária. Mas eu sempre sentia a sua permanente Maguito, na eleição do Presidente Luiz Inácio, “lulou” preocupação com a responsabilidade; mesmo nas totalmente, com as suas razões, e eu “deslulei”. Eu vo- questões ligadas à renegociação da dívida rural, ele tei em 1994 em Luiz Inácio. E eu brincava: esse PMDB nunca pediu uma renegociação que fosse uma doa- devia ter candidato. Como eu tinha vontade de ser ção, ele sempre buscava encontrar uma conciliação candidato contra esse Luiz Inácio! Aí abracei Rigotto, dos interesses. Garotinho, Itamar, Pedro Simon e nada do PMDB. E o De maneira, Sr. Presidente, que trago aqui à Maguito “lulando”, com suas razões. Deputada Celcita Pinheiro, a toda a família, a minha Eu me lembro que, brincando, eu disse: eu queria sincera homenagem a Jonas Pinheiro. ser candidato contra esse Luiz Inácio. Vi que todo mun- O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM – do ficou incrédulo e eu disse: não, eu faria um governo MT) – Senador Eduardo Azeredo, do Estado de Minas melhor porque o meu secretário de agricultura já está Gerais, obrigado a V. Exª pela referência ao Senador aqui. Era o Jonas. Assim, já teria resolvido a metade Jonas Pinheiro. dos problemas do Brasil. Mas Deus chamou o Jonas Concedo a palavra ao nobre Senador Mão Santa; para Ministro seu. É muito mais forte do que a gente, em seqüência, ao Senador Flexa Ribeiro. e Deus é quem sabe das coisas. Essa é a verdade. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pronuncia o A minha mãe me ensinou a ler muito – ela era in- seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Senador telectual – e eu li um pensamento, ô Jayme Campos. E Gilberto Goellner, que preside esta sessão destinada o Jonas foi um dos servidores deste Senado que mais a homenagear o Senador Jonas Pinheiro; Senador serviços prestou. Deus escreve certo por linhas tortas. Maguito Vilela, V. Exª representa – Deus escreve certo Eu vi o sofrimento da minha mãe. Hein, Celcita? Deus Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3983 é que sabe das coisas. Diz a história que Deus mandou Eu via os homens; eu via todo dia, na minha fren- seu filho, que se sacrificou, para nos salvar depois de te, a dignidade, o respeito, a decência de um homem muitas tentativas que não deram certo, como o dilú- que falava pouco. falava muito, mas muito vio. Mandou o Cristo, e todos tiveram a esperança de bem; era um grande orador. Jonas, característica dife- chegar à casa do Pai, como Ele prometeu. rente, mas era igual para o Brasil. E Jonas? Todos nós sabemos a figura. Num momento de maior desgaste desta Casa, Eu me lembro que eu aprendi de um filósofo, dos políticos, segundo as pesquisas, que eu relegava, ô Jayme Campos. Lacordaire é o nome. Outro dia, não acreditava, e nós chegamos lá no Sucatão que o um jornalista me perguntou: “Mas por que você diz Luiz Inácio nos emprestou. Depois, Maguito, chegou o nome?” E foi porque eu troquei um – às vezes, a peemedezinho alugado e nem me convidaram. Estou gente troca. Eu disse: é porque, depois, um conhece com saudade de você. Chegaram lá isolados e foi bom a frase e vai dizer que eu estava roubando, pois a porque eles ficaram assim... Mas estavam lá. frase é de Fulano de tal. Assim, foi Lacordaire que Então, um quadro vale por dez mil palavras. Jo- disse: “A humildade une os homens; o orgulho divi- nas mudou a imagem, Jonas trouxe a verdade. Esta de os homens”. Então, eu aprendi e percebi que o é uma Casa que merece ser respeitada. Essa foi a filósofo estava certo. missão de Jonas. Maguito, tenho saudade de você, quando você Eu vi o povo chorar, ô Maguito. Era muito choro. A era Presidente do PMDB. Maguito, eu fui ao enterro, gente ficava até constrangido... O momento, emoção, eu lutei para ir ao enterro. Aqui está o livro do Ramez enterro... Até os céus do Mato Grosso choraram: chovia. Tebet, que eu recebi da viúva, também um grande A chuva era um choro. O povo na rua, na chuva. amigo, lá do Mato Grosso. Eu telefonei cedo e a res- Senador da República! Atentai bem, Brasil! Esse posta foi que não, o vôo estava lotado. O avião era é o verdadeiro conceito. Essa é a pesquisa. Eu vi e pequeno. Eu disse: “Que negócio é esse? Que está chorei. O nosso Presidente – eu sou vizinho dele, lotado o quê? O Senado gasta tanto dinheiro aí. Va- o Garibaldi é um irmão meu, eu tenho até um livro mos embora, eu quero um lugar. Recorri ao PFL, ao dele, de oratória, que eu roubei da coisa... – olha, José Agripino, ao Heráclito. Que diabo é isso, Herá- baixou o Espírito Santo, fez o discurso mais bonito clito? Seu partido... Me dê um lugar aí. Não foi nada da vida dele. Aquilo foi negócio do Espírito Santo. O não. Aí isso chegou até o Luiz Inácio. Eu agradeço, Garibaldi é meu vizinho. Baixou... Ganhou de Mar- viu, Maguito? Aí ele viu o problema. E disseram: “O co Antonio se despedindo de Júlio César, descrito Mão Santa está criando caso aqui, porque ele quer por Shakespeare. Lembro-me que aí ele comoveu ir e não tem mais lugar, por que vamos num aviãozi- a todos. E as batalhas que tinha? Ele conviveu, em nho pequeno”. Aí ele cedeu o Sucatão, aquele que outros mandatos de Senador, com ele. Dizia que tra- foi do Fernando Henrique. Mas está novinho, está balhaste muito, luxaste muito, não tiveste tempo de bom. Aí encheu. descansar. E Deus: parta! Deus está te chamando Mas eu fui porque a Bíblia diz:”Alegrai nos mo- para descansar do trabalho que fizeste pelos peque- mentos de alegria, e chorai nos momentos de tristeza”. nos. E sou testemunha. Fiz alguns discursos contra E era o Jonas, que Deus botou na minha frente. Eu a perversidade dos bancos negociando com os pe- considero isso um simbolismo. Eu não posso esquecer quenos agricultores. Ele era um Papa aqui, era ele esses cinco anos. E não vou reviver os diálogos, porque que me instruía. Ele me dava os dados e eu vinha à cada um tem muita história. Mas aí nós fomos. tribuna, nessa negociação. Naquela perversidade dos Então, este Senado da República deve a Jonas, banqueiros, tomando os carros de boi, os móveis, como nós devemos a Deus esperança de chegar aos os bodes, os bezerros, era ele que nos comandava. céus com Cristo. Este Senado estava vivendo maus Muitos dos discursos não fui eu que fiz. Ele dizia os momentos. Nós sofremos. Houve discursos bem ali na dados, eu o lia, e ele: “Va’mbora!” E foi uma luta bo- Câmara para fechar o Senado. Na Câmara, que não nita. Então, é aquele quadro: o mato-grossense-do- tem condição nenhuma. Aonde chegou o nosso des- sul, o Mato Grosso e o Brasil respeitam o Senador gaste? Houve pesquisas outro dia. E nós vivíamos o da República. momento. Eu sempre dizia que nós nos esforçávamos, E essas pesquisas fajutas do Executivo tentando que aqui isso era complicado. nos desmoralizar? Não! Está ali Jonas. Eu vi o povo Para o Senadinho de Cristo, ele convocou só doze chorar. e deu confusão. Não deu confusão no Senadinho de Permito-me terminar agora. Cristo? Não eram doze? Rolou dinheiro. Houve con- Um filósofo disse que, nesta vida, ô Flexa Ribeiro, fusão. Aqui tinha que dar confusão. o mais que a gente consegue, quando dela saímos – a 3984 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 gente vem ao mundo sorrindo, todos alegres à nossa Uma Sessão Especial é uma homenagem muito espera, em torno de nós –, é que o riso e o encanto simples diante de tudo o que representou para esta passam ao choro e às saudades. Isso ele conseguiu, Casa, para o Estado do Mato Grosso e para o Brasil isso eu vi muito. Eu fiz muito parto, fiz cesariana. É a figura do Senador Jonas Pinheiro. Entretanto, é uma alegria da mãe e até do médico. E vi o Jonas conse- homenagem sincera que nós, Senadores da República, guir isso. prestamos ao eminente colega que, por treze anos, hon- Agora, este Senado da República é tão grandio- rou esta Casa com seu trabalho e com suas idéias. so, ô Maguito, que não precisamos buscar exemplo Jonas Pinheiro era um homem obstinado. Nunca em outras histórias e em outros senados. Está ali Rui se cansou de lutar pela causa da sua vida, a agricultura Barbosa. Maguito, V. Exª representa aqui a grandeza, nacional. Nunca deixou que calassem sua voz quando a luta política. Perder eleição, Rui Barbosa perdeu o assunto era a defesa do homem do campo. Foi Pre- mais do que você – Maguito, não se apavore – e ele sidente da Emater de Mato Grosso, onde pôde ouvir está aí em cima. Não se pode é perder a dignidade e de perto os anseios dos agricultores do seu Estado. a vergonha. No Parlamento, onde teve oportunidade de difundir Nós temos de fazer uma homenagem, e não es- seus ideais, exerceu três mandatos de Deputado Fe- sas palavras. As palavras vão, e agora é que começou. deral e estava em seu segundo mandato de Senador Está aqui um livro que, ontem, a viúva de Ramez Tebet da República. me mandou. Nós – não o Mato Grosso do Sul, não o Mesmo ocupando posições de relevo, jamais se outro Mato Grosso, mas o Brasil todo – temos de tornar deixou contaminar pela soberba e pela arrogância. Ao uma homenagem eterna daquele exemplo de humil- contrário, manteve-se fiel às suas origens: continuou dade que une os homens. Olhe, passou um Senador sendo o filho de pescador que conversava, de igual aqui, ô Maguito, O Dinarte Mariz – não sei se você o para igual, com a sua gente, seja para ouvir os seus clamores, seja para anunciar alguma melhoria que conheceu. Ele foi governador e se encantou com isso havia conseguido. aqui. Disse que aqui é mesmo como o céu, é até me- Jonas Pinheiro não era homem de retórica vazia, lhor porque não se precisa morrer. Eu não tenho esse muito menos de palavras sem sentido. Era homem de conceito, não. Mas de uma coisa tenho certeza e digo ação. Dizia ele que o povo não quer simples promessas. aqui– acredito no céu, nós somos cristãos: se Jonas O povo quer, isto sim, trabalho e dignidade. Essa frase não for para o céu, nenhum de nós vai. (Palmas.) é emblemática, que orienta, com certeza, todos nós O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM Senadores da República. E como esse homem lutou – MT) – Obrigado, Senador Mão Santa. para dar trabalho e dignidade aos mato-grossenses! Como último orador inscrito, concedo a palavra Por isso, era tão amado por seu povo, que o consagrou ao Senador Flexa Ribeiro, nobre Senador pelo Esta- nas urnas em todas as eleições disputadas. do do Pará. Era um homem simples, mas sua simplicidade O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Pronun- nunca o impediu de defender com brilho, neste Parla- cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. mento ou em qualquer repartição pública das três es- Presidente, Senador Gilberto Goellner, que preside feras de governo, os interesses dos agricultores e dos esta sessão em justa homenagem ao Senador Jonas pecuaristas, em especial os mais pobres. Mesmo sendo Pinheiro; Deputada Federal Celcita Pinheiro, viúva do da Oposição, jamais se furtou a bater nas portas dos Senador Jonas Pinheiro; Srª Giani Antônia Pinheiro, sua ministros para cobrar melhorias para o agronegócio, filha; Sr. Giorgio Pinheiro, seu filho; Sr. Fábio Meirelles, bem como o cumprimento das muitas promessas que Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária sempre são feitas e nem sempre honradas. do Brasil; Senador Maguito Vilela, Vice-Presidente de Apesar do jeito manso que lhe foi tão característi- Governo do Banco do Brasil; Senador Jayme Campos; co, brigava como um leão para solucionar um problema Srs. Senadores, Srªs Senadoras; senhores e senho- que sempre foi, e ainda é, o calcanhar de Aquiles do ras presentes a esta sessão de homenagem ao nosso agronegócio brasileiro: o endividamento dos produtores querido amigo, Senador Jonas Pinheiro. rurais. Aqui no Senado, não deixou um minuto sequer O Brasil e o Senado têm perdido, nos últimos de defender a causa de sua vida. Ocupou posição de anos, homens públicos de vulto. Primeiro, Ramez Tebet. destaque na CPI do Endividamento Rural, ocorrida Depois, Antonio Carlos Magalhães. Agora, choramos entre 1993 e 1994. Além disso, quem não se lembra a ausência de nosso querido amigo e colega Jonas da figura de Jonas Pinheiro à frente do “tratoraço”, Pinheiro. A vida política nacional está mais pobre; a manifestação em defesa do campo que tomou conta História do Brasil, mais rica. das ruas de Brasília, em junho de 2005? Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3985 Mais recentemente, é digna de nota a sua atua- Eu não poderia deixar de vir aqui fazer esta home- ção no processo de renegociação das dívidas dos pro- nagem ao meu querido amigo Jonas Pinheiro. Somos dutores rurais, ocorrido no ano passado. Trabalhando de Estados vizinhos. O meu Estado, que tenho a honra com afinco, foi capaz de construir um acordo entre o de representar no Senado Federal, o Pará, talvez tenha Governo, os Parlamentares da Situação e da Oposi- as mesmas problemáticas e os mesmos desejos de ção e entidades representativas dos produtores rurais, desenvolvimento e de diminuição das desigualdades, o que viabilizou a ampliação dos prazos e a melhoria mantendo as diferenças. Temos diferenças, sim, em das condições de pagamento, permitindo que os pro- relação ao resto do Brasil, mas precisamos diminuir dutores voltassem a ter acesso ao crédito rural para as desigualdades. E a luta do amigo Jonas era neste financiamento da safra 2007/2008. sentido: asfaltar a Santarém-Cuiabá; transformar em Senador Jayme Campos, eu não tenho medo realidade a Teles Pires-Tapajós; e aumentar a competi- de afirmar, Senador Gilberto Goellner, que as safras tividade do agronegócio, o qual, eu diria, está sufocado recordes colhidas pelos produtores rurais brasileiros pela falta de infra-estrutura, que tira a competitividade – e que ainda viabilizam o superávit comercial deste do produtor rural, que tem até a porta da sua proprie- País – se devem, em boa medida, à dedicação desse dade talvez a maior competitividade mundial, mas a homem simples e lutador que foi Jonas Pinheiro. O partir daí falta, Senador Maguito Vilela, a infra-estru- Estado do Mato Grosso, maior produtor de soja deste tura necessária, pela qual o Senador Jonas Pinheiro País, deve muito de sua prosperidade econômica ao aqui muito batalhou. trabalho de seu filho querido, que tanto amava sua E sendo vizinho de Mato Grosso o meu Estado terra e sua gente. do Pará, por muitas vezes estive nas mesmas bata- Jonas Pinheiro acreditava no trabalho e na ho- lhas que o Senador Jonas Pinheiro, o Senador Jayme nestidade, pilares da educação recebida de seus pais. Campos e a Senadora Serys – todos os Senadores Para ele, o produtor rural não precisava de esmolas ou que por aqui passaram – para que pudéssemos, jun- de benesses do Governo. Precisava, sim, de condições tos, unir as Bancadas dos dois Estados e tentar fazer justas para o pagamento de suas dívidas, condições com que o Executivo nacional voltasse as suas vistas essas que viabilizassem sua atividade produtiva. Inves- para esses Estados, principalmente Mato Grosso, tão tir no agronegócio era, para ele, a melhor maneira de amado pelo Senador Jonas Pinheiro. fixar o homem no campo. Evitava-se, assim, o êxodo Recebam, Deputada Celcita, Srª Giani e Sr. Gior- rural, responsável, em grande parte, pelo aumento da gio, os meus sentimentos. Jonas, como todas as pesso- miséria e da violência. as especiais, não morreu. Ele está encantando, está lá Ele mesmo era um trabalhador exemplar. Aqui no em cima, junto com Deus, olhando pelo Mato Grosso, Senado participava, como membro titular, de quatro pelo Brasil e por seus amigos. Comissões: Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Muito obrigado. (Palmas.) Fiscalização e Controle; Direitos Humanos e Legislação O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) Participativa; Desenvolvimento Regional e Turismo; e – Sr. Presidente, V. Exª me permite? Agricultura e Reforma Agrária, como não poderia dei- O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM xar de ser. Não tenho dúvida, de que os Presidentes – MT) – Pois não, Senador Eduardo Suplicy. de todas essas Comissões podem atestar o papel de O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. destaque que o Senador Jonas Pinheiro sempre ocu- Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden- pou nos debates e nas votações. te, estando até há pouco nas Comissões em que eu Sem nunca se desgrudar de suas convicções, precisava participar, não pude assistir esta sessão de possuía um tom conciliador e uma maneira sempre homenagem desde o início. Mas quero aqui expressar amável de lidar com seus colegas Senadores e com à Srª Deputada Celcita, aos filhos do Senador Jonas os funcionários desta Casa. Por isso era muito querido Pinheiro e ao povo do Mato Grosso o meu sentimento por todos nós, Deputada Celcita, que temos sentido, de pesar, de solidariedade e, sobretudo, de respeito e muito, a sua falta. para com o Senador Jonas Pinheiro, que com todos Olhamos a Bancada em que ele sentava e é como nós, especialmente comigo, sempre teve um procedi- se, neste instante, ele estivesse nos assistindo e re- mento de defesa do interesse maior, daquilo que era cebendo a homenagem por tudo o que fez por Mato importante. Grosso e pelo Brasil. Ele que era um estudioso da agricultura, da pe- O tempo passará, mas a figura inesquecível de cuária, um homem que sabia muito bem dos proble- Jonas Pinheiro estará sempre presente em nossa mas da agropecuária, quando aqui expressava a sua memória. opinião, a sua avaliação, sobre os temas do campo, 3986 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 por nós todos era sempre muito ouvido. Quero aqui te fica aqui querendo que eles deixem... Ao invés de transmitir o meu testemunho como Senador do Partido prover os nossos, de efetivamente nos preocuparmos dos Trabalhadores de que o Senador Jonas Pinheiro com quem está aqui, dar-lhes o apoio necessário, não sempre soube honrar e muito o povo do Mato Grosso, é? Por que brigar para a França tirar o subsídio lá dos o povo brasileiro nesta Casa. agricultores franceses, e não introduzirmos o nosso Obrigado. subsídio aqui? O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB E nas conversas, no contato com o Senador Jo- – AC) – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. nas, eu sempre senti o Senador Jonas preocupado, O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM angustiado, naquele jeito dele, tão tranqüilo, mas que – MT) – V. Exª tem a palavra pela ordem, Senador ninguém deveria se enganar com aquele jeito paca- Geraldo Mesquita. to, de pessoa simples do povo que ele era, aquela O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- expressão dele que está aí, aqui na nossa tela, é de sidente, por favor, eu também gostaria de me manifes- uma coisa impressionante. “O povo é simples e quer tar nesta oportunidade, não sem antes cumprimentar coisas simples”. S. Exª a esposa do nosso querido e saudoso colega, Tem coisa mais realista do que isso? Os amigos seus filhos, familiares aqui presentes. Logo no início vão. Enquanto estamos aqui perdemos o Senador Ra- do Ano Legislativo, este Ano Legislativo, um dos pri- mez Tebet, que era uma pessoa impressionante. Os meiros Senadores que eu reencontrei aqui na Casa dois devem estar lá em cima hoje em dia conversando. foi o querido amigo Senador Jonas Pinheiro. Nós es- Eu queria apenas deixar esse meu depoimento de que, távamos iniciando a reunião na Comissão de Direitos mesmo sem tanta intimidade assim com o Senador Humanos, da qual ele fazia parte, e foi um dos primei- Jonas Pinheiro, observava-o sempre porque tratava ros colegas que eu avistei. de temas que também me angustiam, que também Além do fato de estarmos na mesma Casa, mo- exige muita reflexão. destamente, eu compartilhava com o Senador Jonas Eu não poderia deixar, nesta oportunidade, de a preocupação que ele absorveu durante a vida inteira prestar uma humilde e singela lembrança, uma ho- com as questões de que tinha amplo conhecimento, menagem do companheiro de tantas horas, de tantas quais sejam, a agricultura do nosso País, o agricul- lutas e de tanta bravura. tor, a agricultora. Quando ele se expressava – e não Senador Jonas Pinheiro, quero, com muito respei- usava a tribuna como o nosso querido companheiro to, oferecer a minha solidariedade a sua família. Gos- Flexa –, quando vinha à tribuna sempre trazia um po- taria de dizer que estamos todos aqui consternados, sicionamento muito firme, muito ponderado, acerca dos reclamos, das reivindicações das pessoas que sentidos com o desaparecimento do Senador Jonas estão no campo. Pinheiro, da vida material, não do nosso coração, da Eu partilhava com o Senador Jonas um senti- nossa lembrança. E S. Exª estará sempre na nossa mento que o acometia e que me incomoda sobremo- lembrança como um valoroso companheiro. Peço a do: é que no nosso País há quase que um preconceito Deus que o acolha com generosidade e que não apa- contra aqueles que estão tentando produzir no nosso gue de nossas lembranças a figura, a dignidade e a campo, seja em que lugar for do País. Eu observo, a presença do Senador Jonas Pinheiro. partir da realidade do meu Estado, inclusive, que as Era o que eu tinha a dizer. coisas quando são feitas em prol do homem do cam- Muito obrigado, Sr. Presidente. po ou no âmbito do sistema produtivo, as coisas são O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM feitas muitas das vezes de forma, como a gente diz – MT) – Não há mais oradores inscritos. aí na rua, de forma matada, de qualquer jeito, como Assim, cumprida a finalidade da Sessão Especial se existissem cidadãos de primeira e segunda cate- destinada a homenagear o eminente brasileiro Sena- goria neste País. Eu sempre colhi, do convívio com o dor Jonas Pinheiro, agradeço as personalidades que Senador Jonas, esse tipo de preocupação. E mesmo nos honraram com o seu comparecimento. quando as coisas são feitas: a escola é mais ou me- O SR. PRESIDENTE (Gilberto Goellner. DEM nos, o posto de saúde, quando existe, também é feito – MT) – Nada mais havendo a tratar, declaro encer- de forma... Falta remédio, falta médico. O crédito rural rada a sessão. é um drama eterno no Brasil. Nós vivemos brigando nos fóruns internacionais contra os países que con- (Levanta-se a sessão às 13 horas e 14 cedem subsídios agrícolas a seus nacionais. A gen- minutos.) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3987 Ata da 19ª Sessão Deliberativa Ordinária, em 28 de fevereiro de 2008 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 53ª Legislatura

Presidência dos Srs.: Garibaldi Alves Filho, Alvaro Dias, Gerson Camata, Augusto Botelho, Jayme Campos e Mão Santa

ÀS 14 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES AS SRAS. E OS SRS. SENADORES: 3988 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB de monsenhor Rômulo Neves Balestrero. Durante os 30 – ES) – A lista de presença acusa o comparecimento anos em que esteve à frente da Paróquia Bom Pastor, de 69 Srs. Senadores. Havendo número regimental, em Campo Grande, Cariacica, Padre Rômulo, como era declaro aberta a sessão. conhecido, dedicou-se com empenho a inúmeras obras Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos tra- sociais coerente com seu propósito de consagrar a vida a balhos. minorar o sofrimento dos desprovidos de recursos. “Eles Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. são os amados de Deus, não porque sejam mais santos, É lido o seguinte: mas simplesmente porque são mais pobres”, dizia. Foi capelão do Orfanato Cristo Rei, fundou o REQUERIMENTO Nº 184, DE 2008 Centro dos Lavradores Unidos para o Progresso, em Viana, e o Recanto de Atendimento ao Menor Senhor Presidente, (Reame), que acolhe 150 crianças órfãs, em Cam- Nos termos dos artigos 39, I e 40, § 1º, I, do Regi- po Grande. Criou também o Projeto Igreja Irmã, que mento Interno, e tendo sido designado por Vossa Exce- ajuda dioceses pobres da Amazônia. lência para representar o Senado Federal na Conferência Nascido no município de Viana, em março de Internacional sobre Energia Renovável de Washington, 1928, Padre Rômulo manifestou vocação para a vida DC (WIREC 2008), comunico a Vossa Excelência mi- sacerdotal desde a infância. Participou da Cruzada nha ausência do País no período de 3 a 7 de março do Eucarística Infantil até ser encaminhado, aos 14 anos, corrente ano, e requeiro autorização para ausentar-me pelo então bispo de Vitória, dom Luís Scortegagna, a dos trabalhos da Casa no referido período. um seminário em Minas Gerais. Brasília, 28 de fevereiro de 2008. – Senador João Ordenado em 1954, na Catedral de Vitória, tornou- Tenório. se secretário do Bispado, mas não perdeu os laços com O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB a comunidade de sua cidade natal: solicitou autorização – ES) – O requerimento que acaba de ser lido vai à para celebrar missas em Viana, e para lá seguia todos publicação e será apreciado oportunamente. os finais de semana. Manteve essa tradição durante Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. cerca de 20 anos. Além de trabalhar em Viana-Sede, Padre Rômulo atuou em Jucutuquara e Campo Grande, É lido o seguinte: na Paróquia do Bom Pastor. Deixou esta última ao se aposentar, em 2005, contra a vontade dos paroquia- REQUERIMENTO Nº 185, DE 2008 nos, mas continuou como pároco solidário. Requer Voto de Pesar e de Solidarie- Padre Rômulo, além de apóstolo da caridade, era dade a família do Monsenhor Rômulo Ne- um lutador, um guerreiro de Deus, que não desanimava ves Balestrero. diante de dificuldades. Com o mesmo ânimo que devotava à causa dos pobres, lutou contra a doença, durante qua- Requeiro, nos termos de art. 218, do Regimen- se um ano, até sucumbir. Mesmo em suas últimas horas to Interno, a inserção em ata, de Voto de Pesar e de de vida, a maior preocupação era com os beneficiários Solidariedade a família do Monsenhor Rômulo Neves de suas obras sociais. “Vamos ser como Jesus, vamos Balestrero, pelo seu falecimento ocorrido em 25 de cuidar dos pobres”, afirmava aos que o ajudavam. fevereiro de 2008. Seu legado é imenso, como o de todos os que Dessa forma, nos temos do art. 218 do Regimento fazem da ajuda ao próximo o objetivo de suas vidas. Interno e, de acordo com as tradições da Casa, requei- Sepultado quarta-feira, no município natal, depois de ro sejam prestadas as seguintes condolências: uma missa celebrada pelo arcebispo de Vitória, dom Inserção em ata de voto de profundo pesar às Luiz Mancilha Vilela, na Igreja Bom Pastor, Padre Rô- suas irmãs: Srªs Therezinha Balestrero, Zélia Bales- mulo continuará vivo na memória dos paroquianos, trero, Romilda Balestrero e Celeste Balestrero. – End. que o amavam, e a quem devotou tantas décadas de Rua Maria Elionora Pereira, 120 – Aptº 303 – Jardim trabalho. Foi, acima de tudo, um exemplo de grandeza da Penha – CEP. 29060-180 – Vitória – ES. humana para todos nós, capixabas ou não. Ao Padre Edmar Endinger – D.D. Pároco da Igreja Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- do Bom Pastor End. Rua D. Luiz Scortegagna, s/nº – nador Gerson Camata. Campo Grande – CEP. 29146-400 – Cariacica – ES. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Justificação – ES) – A Presidência encaminhará o voto solicitado. O Espírito Santo perdeu na noite de segunda-fei- O requerimento vai ao Arquivo. ra um de seus maiores líderes espirituais, com a morte Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3989 É lido o seguinte: armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM e Define Crimes”. REQUERIMENTO Nº 186, DE 2008 Ao ensejo, renova a Vossa Excelência, protestos Senhor Presidente, de estima e elevada consideração. – Deputado Jovair Nos termos do disposto no art. 255, II, c, 12, do Arantes, Líder do PTB. Regimento Interno do Senado, requeiro que, sobre o Ofício nº 6/2008 – GLDBAG Projeto de Lei do Senado n° 210, de 2007, seja ouvida Brasília, 28 de fevereiro de 2008 a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, além das comissões constantes Senhor Presidente, do despacho inicial de distribuição, por se tratar de matéria Nos termos regimentais, indico o Senador Antonio de elevado interesse para a defesa do consumidor. Carlos Valadares como membro titular, em substituição Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- à Senadora Fátima Cleide na Comissão Parlamentar nador Expedito Júnior. de Inquérito destinada a apurara liberação, pelo Go- verno Federal de recursos públicos para organizações O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) não governamentais – ONGs e para organizações da – O requerimento que acaba de ser lido vai à publicação sociedade civil de interesse público – OSCIPs. e será incluído em Ordem do Dia oportunamente. Aproveito a oportunidade para apresentar a Vos- Sobre a mesa, ofício que passo a ler. sa Excelência, protestos de estima e consideração. É lido o seguinte: – Senadora Ideli Salvatti, Líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo. Of.GLPMDB nº 35/2008 OF./LID./Nº 38/2008 Brasília, 27 de fevereiro de 2008 Brasília, 28 de fevereiro de 2008 Senhor Presidente, Assunto: Indicação de membro para Comissão Mista Nos termos regimentais, tenho a honra de enca- minhar a Vossa Excelência o nome do Senador Almeida Senhor Presidente, Lima – PMDB/SE que passará a ocupar a Vice-Lide- Indico a Vossa Excelência o deputado Moreira rança pelo Partido do Movimento Democrático Brasi- Mendes – PPS/RO, como titular, em substituição ao leiro – PMDB, em substituição ao Senador Wellington meu nome, para integrar a Comissão Mista destinada a Salgado de Oliveira – PMDB/MG. proferir parecer à MP nº 419/2008, que “Altera as Leis Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.678, de 23 de votos de apreço e consideração. – Senador Valdir maio de 2003, transformando o cargo de Secretário Raupp, PMDB/RO. Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em Ministro de Estado Chefe da Secretaria Especial O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – de Políticas de Promoção da Igualdade Racial”. ES) – O ofício que acaba de ser lido vai à publicação. Atenciosamente, Deputado Fernando Coruja, Sobre a mesa, ofícios que passo a ler. Líder do PPS. São lidos os seguintes: O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Of. nº 53/2008 – ES) – Serão feitas as substituições solicitadas. Sobre a mesa, Propostas de Emenda à Consti- Brasília, 27 de fevereiro de 2008 tuição que passo a ler. Assunto: Indicação para Medida Provisória nº 417 São lidas as seguintes:

Senhor Presidente, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Indico a Vossa Excelência, nos termos regimen- Nº 4, DE 2008 tais o Senhor Deputado Ricardo Izar (PTB – SP) na qualidade de Titular e em substituição ao Senhor Dá nova redação ao art. 46 da Consti- Deputado Jovair Arantes (PTB – GO) para a Comis- tuição Federal de modo a introduzir novas são Mista que analisa a Medida Provisória nº 417, de regras para a eleição de Senador e seu res- 31 de janeiro de 2008, que “Altera e acresce dispo- pectivo suplente. sitivos à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- que dispõe sobre registro, posse e comercialização de nado Federal, nos termos do § 3º do artigo 60 da 3990 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda tem recebido críticas com relação à forma com que os ao texto constitucional: suplentes são conduzidos ao cargo de Senador sem Art. 1º O § 3º do art. 46 da Constituição Federal terem recebido qualquer votação popular. passa a vigorar com a seguinte redação: A proposta ora apresentada, que tem por objeto “ Art. 46...... estabelecer novas regras para a eleição dos Senadores ...... e seus suplentes, determina que o partido ou coligação § 3º Cada Senador será eleito com um apresente dois candidatos para cada vaga em disputa no suplente, observadas as seguintes regras Senado. Seria eleito o mais votado e o outro assumiria a para efeito de definição dos eleitos: suplência. Pretende-se, portanto, que os suplentes tam- I – Cada partido ou coligação deverá in- bém recebam votos do povo como ocorre com os titula- dicar à Justiça Eleitoral, respeitados os prazos res, suprindo, dessa maneira, a carência de legitimidade fixados em lei, os nomes de dois candidatos para e pondo fim a condição de ser apenas indicado. cada vaga em disputa no Senado Federal. Alguns podem ponderar que a existência de apenas II – Dentre os dois nomes indicados, será eleito Senador titular aquele que obtiver um suplente poderia acarretar a dificuldade para a ocupa- o maior número de votos válidos e considerar- ção do cargo em caso deste também tornar-se vago. No se-á suplente o outro candidato do mesmo entanto, vale lembrar, que a eficiência do nosso sistema partido ou coligação. (NR)” eletrônico de votação garante a celeridade no processo de apuração, facilitando a promoção de uma eleição para Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor escolha de senador no caso de vacância do cargo. na data de sua publicação, que observará o disposto Contamos com o apoio de nossos Pares para a no art. 16 da Constituição Federal. aprovação da PEC que ora submetemos à apreciação Justificação do Senado Federal, a qual, sem dúvida, representará A figura do suplente foi introduzida pela Consti- um importante avanço para a sociedade brasileira. tuição de 1946. Nos últimos anos, porém, este instituto Sala das Sessões, 28 de fevereiro 2008. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3991 3992 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 LEGISLAÇÃO CITADA respondendo seus mandantes, os executores e os que, podendo evitá‑los, se omitiram; CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...... (NR)” ...... Art. 2º Esta Emenda entra em vigor na data de Art. 46. O Senado Federal compõe-se de repre- sua publicação. sentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Justificação § 3º Cada Senador será eleito com dois su- A escalada da violência no Brasil tem deixado plentes. toda a sociedade apavorada e o Poder Legislativo tem ...... que dar uma resposta rapida e dura para a impunidade (À Comissão de Constituição, Justiça e dos bandidos, que a todos revolta. Cidadania) Observamos que a possibilidade de progressão de regime de cumprimento de pena torna muitíssimo bran- PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO do o tratamento dispensado aos perversos delinqüentes Nº 5, DE 2008 que cometem crimes com requintes de crueldade. Beneficiados por esse instrumento, odioso privilé- Altera o inciso XLIII do art. 5º da Cons- gio, voltam às mas muito antes de cumprir as penas que tituição Federal, para vedar a progressão lhes foram impostas e passam novamente a cometer de regime de cumprimento de pena, nos delitos graves, que aterrorizam as pessoas de bem. casos a que se refere o dispositivo. A propalada re-socialização do preso, que de- As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- veria ser buscada pelo sistema prisional, não passa nado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Cons- de mera ficção. O que acontece efetivamente é que o tituição Federal promulgam a seguinte emenda ao condenado volta às ruas rapidamente, a despeito da texto constitucional: gravidade do crime cometido. E volta para continuar Art. 1º O inciso XLIII do art. 5º passa a vigorar sua atividade delitiva. com a seguinte redação: Por essas razões, impõe-se a vedação do odioso “Art. 5º...... privilégio da progressão do regime de cumprimento de ...... pena para os crimes hediondos, tortura, terrorismo e XLIII – a lei considerará crimes inafian- tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. çáveis e insuscetíveis de graça, anistia ou Acreditamos que nossa proposição certamente progressão de regime de cumprimento de contribuirá para o aperfeiçoamento do ordenamento pena a prática de tortura, o tráfico ilícito de jurídico brasileiro, razão pela qual conclamamos os entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e nobres pares a aprová-la. os definidos como crimes hediondos, por eles Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3993 3994 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB mente pela qualidade da aprendizagem dos estudantes – ES) – As Propostas de Emenda à Constituição que como pela própria qualificação da oferta da educação acabam de ser lidas estão sujeitas às disposições cons- profissional, em razão da competência acadêmica de tantes dos art. 354 e seguintes do Regimento Interno. seus professores e servidores e do nível de investi- As matérias vão à Comissão de Constituição, mento dos recursos financeiros ali aplicados. Justiça e Cidadania. O atual Governo Federal, tendo à frente um pre- Sobre a mesa, Projetos de Lei do Senado que sidente operário, formado numa instituição de ensino passo a ler. técnico patronal, está sendo sensível à demanda por São lidos os seguintes: uma educação profissional qualificada e pública e de- terminou um programa sem precedentes de expansão PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 44, DE 2008 do ensino técnico federal em todo o País. Ao mesmo Define 2009 como o Ano do Ensino tempo, preocupado com a inserção dos jovens no mun- Técnico. do do trabalho, instituiu o Projovem e o Proeja, que O Congresso Nacional decreta: antecipam a qualificação para o trabalho ao nível do Art. 1º Fica definido o ano de 2009, em todo o ensino fundamental. Concomitantemente, esta Casa território nacional, como o Ano do Ensino Técnico. aprovou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento Art. 2º Fica estabelecido o dia 23 de setembro da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais como dia nacional dos profissionais de nível técnico. da Educação (FUNDEB), pelo qual se dão condições Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua aos Estados de financiar cursos profissionais técnicos publicação. de nível médio para adolescentes, jovens e adultos. A educação profissional e tecnológica brasileira Justificação vive a maior expansão de sua história. Até 2002 foram A educação escolar tem-se implantado gradati- construídas 140 escolas técnicas no país, e só nos úl- vamente na sociedade brasileira e, com a Constitui- timos cinco anos o Ministério da Educação já entregou ção de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, à população 39 novas unidades das 64 previstas na tomou novos rumos e novo vigor. primeira fase do plano de expansão da rede federal De 1551 a 1827, podemos dizer que a educação de educação profissional. Na segunda fase do plano, o escolar era uma instituição elitista, destinada somen- MEC disponibilizará mais 150 escolas, cobrindo todas te aos brasileiros do sexo masculino e com ascen- as regiões do País, permitindo, até 2010, a abertura dência européia. As crianças afrodescendentes não de 500 mil vagas. se podiam matricular e as indígenas tão somente se Já neste ano, serão criados os Institutos Fede- fossem batizadas. rais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFETS, que Em 1827, lei imperial estendeu o ensino primário oferecerão educação superior, básica e profissional, e secundário às meninas e, paulatinamente, deu con- pluricurriculares e multicampi e serão especializados dições a que a maioria das crianças se matriculassem em educação profissional e tecnológica. em escolas públicas ou privadas. Passamos, porém, Neste contexto, relevante também foi o pleito da por uma fase em que a educação era um mecanismo Federação Nacional dos Técnicos Industriais – FENTEC, de controle e seleção social. no sentido de instituir-se o ano do Ensino Técnico. Nos Durante quase todo o Século XX, era crescente últimos 30 anos, a Fentec vem trabalhado energicamente o número dos estudantes que entravam nas redes de em prol da categoria dos técnicos industriais. ensino estaduais e municipais, mas pequeno o contin- Nada mais oportuno, portanto, que reservar o gente que conseguia concluir o ensino secundário, ne- ano vindouro de 2009, para comemorar o ensino téc- cessário para a formação da cidadania e do trabalhador nico no Brasil e intensificar os investimentos sociais e nas sociedades desenvolvidas. Foi a fase da educação financeiros para sua consolidação, entendendo que a escolar seletiva, inclusive na oferta de currículos dife- educação profissional não é uma alternativa coneonen- renciados para os filhos de famílias ricas e de famílias te à educação média e superior, mas uma modalidade pobres. Nesta época, mais precisamente em 23 de se- de articular a transmissão da cultura e da tecnologia tembro de 1909, o Presidente Nilo Peçanha criou nas com o desenvolvimento econômico e social. capitais dos Estados Escolas de Artífices, que depois Com estes argumentos, confio na compreensão de se transformaram em Escolas Técnicas Federais de ní- meus pares para a aprovação deste projeto de lei. vel médio e, mais recentemente, em Centros Federais Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- de Educação Tecnológicas – os CEFETs. nador Gerson Camata. O ano de 2009, representa o centenário desta iniciativa da União que redundou num sistema federal (À Comissão de Educação, Cultura e de ensino técnico, responsável, sem dúvida, não so- Esporte – decisão terminativa.) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3995 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 45, DE 2008 expansão dos serviços de moto-entrega (os chamados motoboys), sobretudo nos grandes centros urbanos. Acrescenta dispositivos à Lei nº 9.503, À ampliação da frota e dos serviços de motoboy, de 23 de setembro de 1997; que institui o soma-se a indisciplina e a imprudência de motociclis- Código de Trânsito Brasileiro, para dispor tas no trânsito. Excesso de velocidade e, mais especi- sobre a circulação de motocicletas, moto- ficamente, a liberdade para circular entre as faixas de netas e ciclomotores. rolamento – dando origem aos chamados “corredores” O Congresso Nacional decreta: de motociclistas, podem explicar a escalada das tra- Art. 1º A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de gédias nesse segmento. De acordo com levantamento 1997, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. recentemente divulgado pela Companhia de Engenharia 56-A e 56-B: de Tráfego de São Paulo (CET), mais da metade dos “Art. 56-A. Sempre que a segurança do acidentes fatais de motocicletas estavam relacionados trânsito o exigir e as condições físicas, geomé- com condutores que dirigiam entre os veículos. tricas e operacionais da via o permitirem, a au- A presente proposta visa, prioritariamente, com- toridade de trânsito com circunscrição sobre a bater a prática abusiva do “corredor” – fenômeno pelo via reservará faixa exclusiva para a circulação qual condutores de motocicletas, na tentativa de esca- de motocicletas, motonetas e ciclomotores.” par das retenções impostas pelos congestionamentos ou pelos semáforos, forçam a passagem entre os veí- Art. 56-B. É proibida ao condutor de mo- culos em trânsito, numa determinada via, realizando, tocicletas, motonetas e ciclomotores a pas- em condições inseguras, as ultrapassagens que lhes sagem entre filas de veículos que trafeguem rendem o status de veículos ágeis e o diferencial de em faixas adjacentes ou entre o bordo da via desempenho sobre os demais. Em especial, a ade- e os veículos na faixa adjacente, onde houver são generalizada dos condutores de motocicletas ao faixa de circulação exclusiva”. “corredor” contribui para o agravamento das tensões Art. 2º O art. 244 da Lei nº 9.503, de 23 de se- no trânsito, potencializando o clima de hostilidade tembro de 1997, passa a vigorar acrescido dos se- existente entre os condutores de carros e os moto- guintes incisos IX e X: ciclistas. “Art. 244...... Iniciativas destinadas a coibir a passagem de ...... motocicletas entre os veículos têm esbarrado na im- IX – fora de faixa reservada para uso possibilidade de multar os condutores, já que a proi- exclusivo de motocicletas, motonetas e ciclo- bição nesse sentido, constante da versão aprovada motores, quando houver; pelo Congresso Nacional, foi suprimida do texto legal, X – entre filas de veículos que trafeguem por força de veto presidencial aplicado ao art. 56 do em faixas adjacentes ou entre o bordo da via e Código de Trânsito Brasileiro. Alegava-se, à época, os veículos na faixa adjacente, quando houver que a proibição restringiria a utilização desse tipo de faixa de circulação exclusiva; veículo, cuja principal vantagem reside na agilidade ...... (NR)” do deslocamento. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua A despeito do veto, ainda pendente de aprecia- publicação. ção, consideramos que aumento da violência e das tensões entre motociclistas e condutores de autos Justificação justificam plenamente o restabelecimento da maté- A violência do trânsito brasileiro vem assumindo ria vetada providência esta que o próprio governo já proporções incontroláveis, particularmente dramáticas passou a defender. no segmento das motocicletas. O número de mortes de Em complementação, o projeto busca promover motociclistas já responde por 25% das vítimas de aciden- a implantação de faixas ou pistas para uso exclusivo tes fatais de transporte no País e subiu 83% no período dos veículos motorizados de duas rodas, quando a de 2002 a 2006. Nesse último ano, não chegou a 10% a segregação for necessária à segurança do trânsito e diferença entre o número de mortes em acidentes com as vias oferecerem condições físicas, geométricas e carros – cuja frota chega a ser três vezes maior que a operacionais adequadas para tal. de motocicletas – e o de motociclistas mortos. Avalia-se que, principalmente nas áreas urba- Em 2007, a frota de motocicletas em circulação nas – onde os problemas se manifestam com maior teve um crescimento de quase 40% – boa parte dele intensidade –, os efeitos das medidas ora propostas devido a outro fenômeno igualmente intenso: a notável serão sentidos na redução de acidentes e na melhoria 3996 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 das condições gerais de trânsito, com destaque para IV – com os faróis apagados; o estabelecimento de uma convivência mais respei- V – transportando criança menor de sete anos tosa, civilizada e harmônica entre os diversos tipos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de de usuários na disputa pelo espaço viário. cuidar de sua própria segurança: Certos da oportunidade da iniciativa, esperamos Infração – gravíssima; contar com o apoio necessário à aprovação do projeto Penalidade – multa e suspensão do direito de de lei que apresentamos. dirigir; Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. Medida administrativa – Recolhimento do docu- – Senador Marconi Perillo. mento de habilitação; VI – rebocando outro veículo; LEGISLAÇÃO CITADA VII – sem segurar o guidom com ambas as mãos, LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 salvo eventualmente para indicação de manobras; VIII – transportando carga incompatível com Institui o Código de Trânsito Brasi- suas especificações: leiro. Infração – média; O Presidente da República, faço saber que o Penalidade – multa. Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos guinte Lei: III, VII e VIII, além de: ...... a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado; CAPÍTULO III b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodo- Das Normas Gerais de Circulação e Conduta vias, salvo onde houver acostamento ou faixas de Art. 55. Os passageiros de motocicletas, moto- rolamento próprias; netas e ciclomotores só poderão ser transportados: c) transportar crianças que não tenham, nas I – utilizando capacete de segurança; circunstâncias, condições de cuidar de sua própria II – em carro lateral acoplado aos veículos ou segurança. em assento suplementar atrás do condutor; § 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na III – usando vestuário de proteção, de acordo alínea b do parágrafo anterior: com as especificações do Contran. Infração – média; Art. 56. (VETADO) Penalidade – multa. Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos ...... pela direita da pista de rolamento, preferencialmente MENSAGEM N° 1.056, no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 da pista sempre que não houver acostamento ou fai- xa própria a eles destinada, proibida a sua circulação Senhor Presidente do Senado Federal. nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das Comunico a Vossa Excelência que, nos termos vias urbanas. do parágrafo 1º do artigo 66 da Constituição Federal, Parágrafo único. Quando uma via comportar duas decidi vetar parcialmente, por inconstitucionalidade e ou mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores nº 3.710, de 1993 (nº 73/94 no Senado Federal), que deverão circular pela faixa adjacente à da direita. “Institui o Código de Trânsito Brasileiro”...... Ouvidos, os Ministérios dos Transportes e da Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ci- Justiça assim se manifestaram sobre os seguintes clomotor: vetos: I – sem usar capacete de segurança com viseira Art. 56...... ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as “Art. 56. É proibida ao condutor de motocicletas, normas e especificações aprovadas pelo Contran; motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos II – transportando passageiro sem o capacete de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de de segurança, na forma estabelecida no inciso ante- fila adjacente a ela.” rior, ou fora do assento suplementar colocado atrás Razões do veto: do condutor ou em carro lateral; “Ao proibir o condutor de motocicletas e motone- III – fazendo malabarismo ou equilibrando-se tas a passagem entre veículos de filas adjacentes, o apenas em uma roda; dispositivo restringe sobre maneira a utilização desse Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3997 tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente o aumento da concentração de gases de efeito estufa utilizado como forma de garantir maior agilidade de na atmosfera, decorrente das atividades humanas. A deslocamento. Ademais, a segurança dos motoristas emissão de tais gases advém principalmente do uso de está, em maior escala, relacionada aos quesitos de combustíveis fósseis e de mudanças de uso da terra, velocidade, de prudência e de utilização dos equipa- ou seja, de queimadas e desmatamentos. mentos de segurança obrigatórios, os quais encontram Nesse sentido, em que pese a responsabilidade no Código limitações e padrões rígidos para todos os histórica pela intensidade das mudanças climáticas tipos de veículos motorizados. Importante também ser diferenciada em razão do estágio de desenvolvi- ressaltar que, pelo disposto no art. 57 do Código, a mento das nações, trata-se de questão que afeta toda restrição fica mantida para os ciclomotores, uma vez a Humanidade e que requer providências de todos os que, em função de suas limitações de velocidade e países. Essa idéia está positivada no princípio das res- de estrutura, poderiam estar expostos a maior risco ponsabilidades comuns porém diferenciadas, da Con- de acidente nessas situações.” venção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças ...... Climáticas, de 1992. Com base nesse princípio, o Brasil (À Comissão de Constituição, Justiça e não pode se furtar a adotar medidas que contribuam, Cidadania, em decisão terminativa.) na medida das nossas possibilidades, para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. PROJETO DE LEI DO SENADO N° 46, DE 2008 O projeto de lei que submetemos à apreciação de nossos Pares cumpre um duplo objetivo. Por um Estabelece a obrigatoriedade da neu- lado, busca explicitar para a comunidade internacio- tralização das emissões de gases de efeito nal que o País não foge às suas responsabilidades estufa decorrentes da realização da Copa também no que se refere ao esforço planetário de do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014. combate ao aquecimento global. Por outro, sinaliza O Congresso Nacional decreta: aos brasileiros a importância do assunto, associan- Art. 1º As emissões de gases de efeito estufa de- do atitudes ambientalmente sustentáveis ao esporte correntes das atividades de planejamento, divulgação e nacional: o futebol. realização dos eventos relacionados à Copa do Mundo A Copa do Mundo é um evento esportivo inter- de Futebol em 2014, no Brasil, deverão ser neutraliza- nacional de especial relevância, pois mobiliza sele- das mediante ações efetivas de compensação. ções dos mais variados países, vindas de todos os § 1º O cálculo das emissões a serem compen- continentes. É desnecessário apontar a importância sadas deverá seguir metodologia aprovada pelo órgão do evento para o Brasil, único País pentacampeão governamental competente, conforme regulamento. mundial e freqüente ocupante da posição de melhor § 2º A compensação obedecerá a projeto elabo- seleção mundial no ranking da Fifa. rado pelo responsável pela organização do evento e Propomos, desse modo, a neutralização das aprovado pelo órgão governamental competente. emissões de gases de efeito estufa decorrentes de Art. 2º Os recursos arrecadados com a comercia- todas as atividades relacionadas à Copa do Mundo lização dos créditos de carbono decorrentes do cumpri- de Futebol, a realizar-se no Brasil em 2014. O cálculo mento do disposto nesta Lei serão partilhados igualmente das emissões a serem compensadas será efetuado entre o poder público e o responsável pelo evento. com base em metodologia aprovada pelo órgão go- Parágrafo único. Os recursos destinados ao Po- vernamental competente. A efetiva compensação de- der Público serão alocados ao Fundo Nacional do verá obedecer a projeto elaborado pelo responsável Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 1º de ju- pela realização do evento e aprovado também pelo lho de 1989. órgão governamental competente. O detalhamento Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua dessa sistemática, no entanto, deve ser feito na re- publicação. gulamentação da Lei. Acreditamos que a presente iniciativa constitui Justificação importante contribuição do Senado Federal ao esforço De acordo com o Quarto Relatório de Avaliação, brasileiro e mundial de prevenção e combate às mu- divulgado em 2007 pelo Painel Intergovernamental danças climáticas e ao seu principal efeito, o aqueci- sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização mento global. Esperamos, portanto, a acolhida deste das Nações Unidas (ONU), o aquecimento global é projeto de lei pelos ilustres Pares. inquestionável. Os cientistas afirmam com certeza Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- quase absoluta que o fenômeno está relacionado com nador Expedito Junior. 3998 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 LEGISLAÇÃO CITADA gundo critérios e condições fixados pelo Ministro da Fazenda. LEI Nº 7.797, DE 10 DE JULHO DE 1989 Segundo a praxe que já se prolonga por mais trinta anos, esses critérios têm sido basicamente a Cria o Fundo Nacional de Meio Am- venda em leilão ou a incorporação a órgãos da admi- biente e dá outras providências. nistração pública ou ainda entidades sem fins lucrati- ...... vos declarados de utilidade pública, além de sumária (À Comissão de Meio Ambiente, Defe- inutilização, em determinados casos. sa do Consumidor e Fiscalização e Controle, A incorporação a órgãos da administração pú- – decisão terminativa.) blica tem sido uma maneira excelente de proporcio- nar meios de ação aos administradores, a custo zero. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 47, DE 2008 Esta é uma prática realmente bastante salutar, pois o castigo aos infratores se converte em utilidade para o Altera o art. 29 do Decreto-Lei nº 1.455, bem comum. de 7 de abril de 1976, para dispor sobre a Este projeto tem a finalidade de consolidar a prá- destinação de veículos objeto de pena de tica, que se revelou muito boa, elevando-a da simples perdimento. discricionariedade ministerial para a determinação le- O Congresso Nacional decreta: gal, especificamente quanto aos ônibus que possam Art. 1º O art. 29 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 ser utilizados no transporte escolar. de abril de 1976, passa a vigorar com a seguinte al- A finalidade é simplesmente garantir que não teração: haverá mudança nesse critério. O transporte escolar “Art. 29...... é uma das carências mais sentidas pela maioria dos ...... municípios brasileiros, notadamente no atendimento § 5º Os veículos automóveis para trans- da zona rural. A grande maioria das prefeituras sim- porte coletivo de passageiros objetos de per- plesmente não tem margem orçamentária para adquirir dimento serão destinados a Prefeituras muni- sequer um ônibus. cipais para utilização obrigatória em transporte Nos termos propostos, caberá ao Ministério da escolar, segundo lista de prioridade forneci- Educação fornecer à autoridade fazendária a lista da anualmente pelo Ministério da Educação. prioritária dos municípios que deverão ser atendidos, (NR)” renovando e atualizando essa lista anualmente. É o que se coloca à deliberação. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- publicação. nador Expedito Júnior. Justificação LEGISLAÇÃO CITADA A legislação aduaneira prevê a pena de perdimen- to, aplicável em diversas circunstâncias especificadas DECRETO-LEI Nº 1.455, DE 7 DE ABRIL DE 1976 em lei, obedecido o devido processo legal...... Como, nos termos da lei, o transportador é equi- Art 29. A alienação ou destinação será efetivada parado a responsável em alguns tipos de infração, da seguinte forma: sucede muitas vezes a apreensão da mercadoria fla- I – mercadorias com notórias possibilidades de grada em situação irregular e também do veículo em comercialização externa: que ela é transportada, vindo, ao cabo, ser aplicada a a) venda a empresas comerciais exportadoras pena de perdimento a ambos. Pode, também, suceder que assumam compromisso de comprovar sua efeti- de o próprio veículo ser a mercadoria em situação que va exportação; acarrete a pena de perdimento. b) venda a lojas francas. O Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, II – mercadorias de difícil comercialização exter- em seu art. 29, dispõe sobre a destinação das merca- na: outras formas de destinação, conforme critérios e dorias apreendidas, separando-os em dois grupos. As condições a serem fixados pelo Ministro da Fazenda. de “notórias possibilidades de comercialização externa” § 1º A partir de 1º de janeiro de 1988, o produto serão vendidas a empresas comerciais exportadoras da alienação de que trata este artigo terá a seguinte ou a lojas francas. As demais, serão destinadas se- destinação: Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 3999 a) 60% (sessenta por cento) ao Fundo Especial bolsa ou de qualquer outra forma de contraprestação de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades que tenha sido ajustada. de Fiscalização (FUNDAF), instituído pelo Decreto-lei Art. 4º Terminado o período de interrupção dis- nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975; posto no art. 1º ou no art. 3º, o estágio prosseguirá nos b) 40% (quarenta por cento) ao Programa Nacio- termos e condições anteriormente ajustados, acrescido nal do Voluntariado (PRONAV), da Fundação Legião do número de dias correspondente àquele período. Brasileira de Assistência (LBA), instituída pelo Decre- Art. 5º É vedado o desligamento da estudante to-lei nº 4.830, de 15 de outubro de 1942. desde o momento da confirmação da gravidez até o § 2º Fica o Poder Executivo autorizado a abrir um término do estágio, nos termos do art. 4º, ressalvadas crédito especial de até Cr$200.000.000,00 (duzentos as hipóteses de: milhões de cruzeiros) em favor do Fundo Especial de I – encerramento do tempo de duração do estágio, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades nos termos do acordo firmado entre as partes antes da de Fiscalização – FUNDAF, para atendimento dos en- confirmação da gravidez, se recair em dia compreendi- cargos de administração e alienação das mercadorias do entre a confirmação e o início da interrupção. apreendidas. II – grave descumprimento das obrigações as- § 3º Os recursos necessários à execução do dis- sumidas pela estagiária no termo de compromisso posto no parágrafo anterior decorrerão da anulação firmado entre as partes. de dotações orçamentárias consignadas no vigente III – solicitação de desligamento efetuada pela es- orçamento. tagiária ou seus responsáveis legais, se for o caso. § 4º Caberá à Secretaria da Receita Federal a Art. 6º São vedadas a reprovação e a retenção administração e alienação das mercadorias apreen- de diploma da estudante em virtude de interrupção de didas. estágio por gravidez ou abortamento não criminoso...... Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua (À Comissão de Constituição, Justiça e publicação. Cidadania – decisão terminativa.) Justificação PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 48, DE 2008 Criado como mecanismo de introdução do jovem estudante ao mercado de trabalho, o estágio demons- Dispõe sobre a interrupção do estágio trou, desde que foi inserido no ordenamento jurídico da estudante grávida. nacional, pela Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, O Congresso Nacional decreta: sua eficácia. Art. 1º A estudante grávida tem direito à interrup- De fato, o estágio tem representado instrumento ção do estágio pelo prazo de cento e vinte dias. extremamente eficiente de inserção dos estudantes, § 1º A data de início da interrupção deve ser in- particularmente os universitários e os alunos de cursos formada à parte concedente do estágio e à instituição profissionalizantes, no mercado de trabalho. de ensino por atestado médico e deve ocorrer entre o O estágio constitui-se em recurso fundamental vigésimo oitavo dia anterior ao parto e a data prevista de aprendizado prático do estudante, complementar de sua ocorrência. àquele recebido na escola, de maneira a promover a § 2º Em caso de nascimento antecipado, a inter- adaptação do aluno às condições efetivas na qual se- rupção prevista no caput se inicia na data do parto. rão desempenhadas as funções para as quais recebeu Art. 2º Durante o período de interrupção do está- sua formação profissional. gio, nos termos do art. 1º, suspende-se o cumprimento No entanto, mesmo que sua eficácia tenha sido de todas as obrigações da estudante, da instituição de plenamente demonstrada ao longo dos últimos trinta ensino e da parte concedente. anos, o estágio, como instituição, ainda pode vir a ser Parágrafo único. O disposto no caput não se aperfeiçoado. aplica à percepção de salário-maternidade pela estu- Um dos problemas mais perceptíveis é o da trans- dante que seja segurada facultativa do Regime Geral formação do estágio em contrato de trabalho escamote- de Previdência Social, nos termos dos arts. 13 e 73, ado. Em diversas empresas e mesmo órgãos públicos, o III, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. estagiário se vê reduzido a mão-de-obra explorada e mal Art. 3º Em caso de abortamento não criminoso, remunerada, praticamente sem quaisquer direitos. a estudante tem direito à interrupção do estágio pelo A percepção dessas dificuldades motivou a apre- prazo de quatorze dias, sem prejuízo da percepção de sentação de proposições legislativas que alteram sig- 4000 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 nificativamente a prática do estágio, reforçando seu compete garantir o máximo de proteção realisticamente caráter educativo. possível à maternidade, tendo-se em vista que a gra- Ainda que tais propostas signifiquem um aperfei- videz prematura é um fato social inegável. çoamento bem-vindo da instituição do estágio, acredi- A presente proposição cria mecanismos de pro- tamos que exista ainda uma lacuna essencial na sua teção ao estágio e à estagiária no caso de gravidez regulamentação: a proteção à gestante. levada a termo ou de interrupção espontânea da ges- A defesa da maternidade é um dos elementos tação, adaptando-se, cremos, a quaisquer alterações essenciais da legislação social brasileira, sendo, mes- no regime do estágio que possam advir das propostas mo, arrolada entre os direitos sociais fundamentais legislativas ora em tramitação no Congresso. garantidos pela Constituição Federal. A aprovação deste Projeto de Lei, destarte, cons- A intenção do legislador foi a de garantir ao bebê titui um ponto de apoio fundamental para a proteção recém-nascido a atenção integral de sua mãe, durante da maternidade e do instituto do estágio, razão pela período em que a sua dependência é mais aguda. Tra- qual solicito, aos meus pares, seu apoio. ta-se de etapa crucial não apenas para a adaptação da Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Se- família à chegada de novo membro, mas, primordial- nador Expdito Júnior. mente, para a garantia dos cuidados iniciais à criança LEGISLAÇÃO CITADA que assegurem seu desenvolvimento posterior. A proposta que ora encaminho tem por objeti- LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 vo sanar essa lacuna, estabelecendo as condições ...... para a interrupção do estágio por parte da estudante Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 grávida. (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Pre- De fato, trata-se de conferir, à estudante e ao vidência Social, mediante contribuição, desde que não seu filho, algum grau de proteção, sem prejudicar a incluído nas disposições do art. 11. realização do estágio...... Naturalmente, temos consciência de que seria Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, infrutífero, mesmo contraproducente, estabelecer con- o salário-maternidade para as demais seguradas, pago dições que igualassem a estagiária a uma empregada. diretamente pela Previdência Social, consistirá: Os estagiários são, unicamente, segurados opcionais do I – em um valor correspondente ao do seu último regime de Seguridade Social e transferir, ao conceden- salário-de-contribuição, para a segurada empregada te, o ônus financeiro de pagamento de uma hipotética doméstica; bolsa-maternidade poderia gerar efeitos deletérios. II – em um doze avos do valor sobre o qual in- Além do fato de que tal ônus representaria um cidiu sua última contribuição anual, para a segurada obstáculo à contratação de estagiários do sexo fe- especial; minino, temos também que é relativamente comum III – em um doze avos da soma dos doze últimos a existência de estágios gratuitos, situação na qual salários-de-contribuição, apurados em um período não seria absolutamente impróprio atribuir ao concedente superior a quinze meses, para as demais seguradas. qualquer despesa...... Assim, propomos estabelecer, tão-somente, a interrupção do estágio e a garantia de que a estudan- LEI Nº 6.494, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977 te não venha a ser dispensada em razão da gravidez. Dispõe sobre os estágios de estudan- Essa solução oferece um compromisso entre a função tes de estabelecimento de ensino superior eminentemente educacional do estágio e as necessi- e ensino profissionalizante do 2º Grau e dades da futura mãe e de seu filho. Supletivo e dá outras providências. A idéia é a de conferir a possibilidade de a es- tudante levar a cabo seu estágio, sem que, para isso, ...... tenha de negligenciar seu filho e de impedir que seja (À Comissão de Assuntos Sociais, em dispensada, como acontece com enorme freqüência decisão terminativa.) atualmente. Temos a consciência de que, na maioria das ve- O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB zes, a estagiária é ainda muito jovem e que a gravidez, – ES) – Os projetos que acabam de ser lidos serão nesse momento em que se inicia uma vida profissional, publicados e remetidos às Comissões competentes. pode ser indesejada ou representar-lhe uma grande O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB dificuldade. Acreditamos, contudo, que ao legislador – ES) – Encerrou-se ontem o prazo para apresenta- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4001 ção de emendas ao Projeto de Decreto Legislativo sentido quando volta os olhos para a perspectiva e a nº 11, de 2008, que aprova a Programação Monetária possibilidade de integrarmos Cuba ao complexo do relativa ao quarto trimestre de 2007. Mercosul. Ao Projeto não foram oferecidas emendas. O jornal Folha de S.Paulo, na edição de terça- A matéria consta da pauta da sessão deliberativa feira, atribuiu ao Presidente Lula a consideração da ordinária de hoje, nos termos do parágrafo único do possibilidade da entrada de Cuba no Mercosul. Se- art. 353 do Regimento Interno. gundo o jornal, em entrevista a um canal de televisão O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Pela ordem, da Argentina, o Presidente afirmou que não seria po- Sr. Presidente. liticamente correto interferir no processo de transição O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB daquele país, mas que há uma disposição do Governo – ES) – Pela ordem, Senador Mão Santa. brasileiro de ajudar Cuba, sem interferência, mas como O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pela ordem. um parceiro regional. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria Na mesma ocasião da visita do Presidente Lula que V. Exª me inscrevesse para falar para uma comu- à Argentina, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, apre- nicação inadiável. sentou ao Governo daquele País a proposta de criação O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB de um Conselho Sul-Americano de Defesa, que seria – ES) – V. Exª é o segundo inscrito para uma comuni- responsável pela formulação de uma estratégia con- cação inadiável. junta na área. Segundo o Ministro Jobim, o objetivo do A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Pela Conselho é promover o entendimento com todos os ordem, Sr. Presidente. países sul-americanos para ter uma mesma palavra O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB sobre defesa nos fóruns internacionais e resolver as – ES) – A Senadora Ideli Salvatti tem a palavra pela eventuais questões intra-regionais. ordem. A sinalização do Governo brasileiro e, particular- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Pela mente, do Presidente Lula mais uma vez evidencia um ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu movimento correto no sentido de construir uma nova também gostaria de me inscrever para uma comuni- geopolítica para a região e mesmo para as relações cação inadiável. mundiais. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho – ES) – A Senadora Ideli Salvatti é a terceira inscrita afirmado, desta tribuna e também no Parlamento do para uma comunicação inadiável. Mercosul, que o mundo, a economia, os interesses Há oradores inscritos. políticos se articulam cada vez mais em blocos. O O primeiro orador inscrito é o Senador Gilvam mundo, Senador Gilvam, se globaliza – é um processo Borges, que, por cessão e permuta, passa a primazia que já vem de muitos anos –, mas, ao mesmo tempo, da palavra para o Senador Geraldo Mesquita Júnior. se “blocaliza”, ou seja, vem se dividindo em grandes V. Exª tem a palavra pelo tempo de dez minutos, blocos. E não podemos ficar à margem desse proces- Senador. so. Nesse sentido, nada mais correto neste momento O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB do que atuarmos para fortalecer as relações entre os – AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do países da nossa região, levando em conta – a exemplo orador.) – Muito obrigado, Senador Camata. da Europa – as diferenças, as assimetrias em todos Srªs e Srs. Senadores, primeiramente, os meus os terrenos, sejam econômicos, sociais e até mesmo sinceros agradecimentos ao Senador Gilvam Borges, políticos. querido companheiro que representa tão bem aqui o É importante registrar, no caso da maior apro- Estado do Amapá. ximação com Cuba, que recentemente o Ministro do Tenho minhas divergências pontuais com o Presi- Desenvolvimento, Miguel Jorge, foi àquele País acom- dente Lula, com o seu Governo, mas devo reconhecer panhado de trinta empresários. Além disso, a Petro- a importância do seu papel no contexto do Mercosul. bras confirmou sua decisão de atuar na exploração de Por consideração dos meus Pares, presido a repre- petróleo e gás no Golfo do México, em parceria com sentação brasileira no Parlamento do Mercosul e sou o Estado cubano. testemunha de que a atuação do Presidente Lula, a A recente visita do Presidente Lula a Cuba ra- sua persistência em transformar aquele grande fórum tificou essa política, que também inclui investimentos no núcleo do processo de integração latino-americana em infra-estrutura. Como contrapartida dessa relação, tem sido motivo de observação e de aplauso, Senador Cuba tem a oferecer, como é do conhecimento geral, Gilvam. O Presidente Lula dá mais um passo nesse seu enorme potencial no terreno da saúde e também 4002 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 novas possibilidades de negócios em conjunto, como hoje, que é aquele embargo cruel em torno da ilha de já sinalizou a . Cuba, permite que o País ingresse fortemente no ca- É importante, neste momento, a sugestão do minho definitivo do processo democrático. Brasil, que, sem que isso signifique nenhum tipo de Era o que eu queria, no momento, deixar expres- ingerência ou disputa de liderança, abre nova pers- so, agradecendo ao Presidente Camata pelo tempo pectiva para o processo de transição e mudanças que, concedido. inevitavelmente, ocorrerão em Cuba. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Pela sua posição econômica e política e capaci- – ES) – Obrigado a V. Exª pelo estrito e regimental dade de interlocução, o Brasil, por exemplo, e o con- cumprimento do tempo que lhe foi destinado, Senador junto do Mercosul podem contribuir decisivamente Geraldo Mesquita Júnior. para a superação de conflitos e situações históricas, Continuamos com a lista de oradores. como o famigerado bloqueio econômico imposto pelos O Senador Mão Santa, segundo inscrito para uma Estados Unidos, que já ultrapassa quatro décadas de comunicação inadiável, faz uma permuta do seu tempo existência. Com essa postura, tanto diante da transi- com o Senador Gilvam Borges, orador inscrito. ção cubana quanto dos conflitos regionais, o Brasil Com a palavra S. Exª o Senador Gilvam Borges está dando uma contribuição fundamental, não ape- pelo tempo regimental de dez minutos. nas para o Continente Sul-Americano, mas para todo O SR. PRESIDENTE (Senador Gerson Camata. o mundo civilizado. PMDB – ES) – A Presidência quer, com a permissão O processo de integração regional – que tem de V. Exª, fazer um comunicado. no Senador Zambiasi um dos seus mais fervorosos e A Presidência designa o Senador Renato Casa- ardorosos defensores –, além do terreno econômico, grande Relator-revisor do Projeto de Lei de Conver- também precisa de gestos e de visão estratégica de são nº 2, de 2008, que institui os princípios e objetivos futuro, que, ao natural, estimulam o conjunto do pro- dos serviços de radiodifusão pública explorados pelo cesso de aproximação dos povos. Poder Executivo ou outorgados a entidades de sua É fato hoje que a posição de desprendimento e administração indireta. Autoriza o Poder Executivo a de grandeza diante dos conflitos, aparentemente insu- constituir a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, peráveis, demonstrada pela diplomacia brasileira tem altera a Lei nº 5.070, de 07 de julho de 1966, e dá ou- contribuído para o avanço da integração em todos os tras providências (proveniente da Medida Provisória terrenos. nº 398, de 2007). Acrescento, ao final, que a perspectiva do ingres- O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB so de Cuba no Mercosul, na sua estrutura, significa, – ES) – Com a palavra o Senador Gilvam Borges, pelo talvez, a possibilidade de oferecermos ao povo cuba- tempo regimental de dez minutos. no não só o discurso, mas a motivação para que o O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP. Pronuncia País inicie a caminhada rumo à consolidação de sua o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Exmº revolução pelo viés democrático, tendo em vista que Sr. Presidente Camata, que ora preside esta sessão, o respeito ao Estado de direito e ao processo demo- Exmºs Srªs e Srs. Senadores, ainda este mês de fe- crático é o principal pilar da construção do processo vereiro tivemos os tapetes vermelhos estendidos nas de integração regional que se constrói em torno e a entranhas desta Casa, dando acesso à Câmara dos partir do Mercosul. Deputados. Ladeando os tapetes vermelhos estavam Portanto, venho aqui dar o meu testemunho. Em os Dragões da Independência. Que dia bonito, festivo, que pesem, como disse no início, as divergências pon- o da abertura do novo ano de trabalho. tuais que tenho com o Presidente Lula e seu Governo, Neste mês de fevereiro, tivemos a oportunidade, nessa área e nesse campo sua atuação é de se tirar o Sr. Presidente, de estar presentes a essa sessão. Fiz chapéu. A atuação do Presidente Lula tem sido consis- questão de, antes que se encerrasse o mês de feve- tente, tem sido importante e, digo até, fundamental para reiro, ler a Mensagem do Presidente Lula, agora citado a consolidação do processo de integração de nosso várias vezes pelo Senador Geraldo Mesquita, que lhe continente, através do núcleo que hoje temos, que é faz uma oposição equilibrada e responsável, conside- a própria estrutura do Mercosul, que hoje conta com rando os erros mas também, nas horas oportunas e o seu Parlamento. Esse é o rumo, essa é perspectiva. devidas, elogiando os acertos. Então, o Presidente Luiz Tenho certeza absoluta de que, acenando com a possi- Inácio Lula da Silva, nesse dia histórico e importante bilidade do ingresso de Cuba, o Presidente Luiz Inácio para a democracia, dá os sinais da vitalidade das ins- Lula da Silva, ao mesmo tempo em que contribui para tituições. Ele, então, se dirigiu ao Congresso Nacional que superemos aquela coisa difícil de se assimilar até e à Nação. Dessa forma aqui, agora, Sr. Presidente, Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4003 considero importante essa manifestação para que a brasileiras ascenderam nos últimos cinco anos Nação possa entender este belo momento que a Na- das classes D e E para a classe C. O amplo ção vive, esse período de muita prosperidade. mercado de massas que está sendo criado em Ele disse: nosso País não apenas é um sinal efetivo des- “Minhas senhoras e meus senhores, esta sa vigorosa mobilidade social como significa é a sexta vez que tenho a honra e a grande um dos sustentáculos da retomada do nosso satisfação de dirigir-me ao Congresso Nacio- crescimento econômico. nal com o objetivo de prestar contas das ações “No ano passado, a Organização das do Executivo e apresentar nossos planos de Nações Unidas (ONU) incluiu o Brasil, pela pri- ação e expectativas. meira vez, no grupo dos países com alto índice Os dados e os números que estão siste- de desenvolvimento humano. Isso significa que matizados nesta Mensagem, certamente, com- a luta contra a fome e a pobreza, por meio de provam que vivemos hoje em um País muito um conjunto articulado de programas, entre os quais se destaca o Bolsa-Família, está dando melhor do que aquele das últimas décadas. resultado e obtendo reconhecimento crescente Este resultado, que tanto nos orgulha, é fruto no País e no exterior. de um enorme esforço coletivo, não somente Crescer de modo sustentado e com in- do Governo Federal, mas do Legislativo, do clusão social tem sido o nosso objetivo maior Judiciário, dos governos estaduais, municipais e, sem dúvida, a mais significativa conquista e de toda a sociedade, que se mostra a cada destes últimos anos. dia mais consciente e participativa.” Um marco das ações do Governo Fede- O Presidente Lula continua: ral no ano passado foi o lançamento e a con- “Este momento excepcional, sem dúvida, solidação do PAC – Plano de Aceleração do decorre dos avanços da democracia em nosso Crescimento. Tenho certeza de que, neste ano País e, ao mesmo tempo, contribui para forta- de 2008, o Brasil inteiro começará a sentir de lecê-la e consolidá-la ainda mais. perto os efeitos da implantação das ações do A economia brasileira, certamente, cres- PAC, transformando-se, cada vez mais, em um ceu mais de 5% no ano passado, com baixa verdadeiro canteiro de obras. Até 2010, R$504 inflação, e, neste ano, continuará crescendo em bilhões vão ser investidos em rodovias, ferro- ritmo semelhante porque os seus fundamen- vias, hidrovias, energia, portos e aeroportos, tos estão sólidos e ganharam a confiança de habitação, água potável e saneamento básico todos, tanto interna como externamente. por todo o País. As reservas internacionais do Brasil, que, Tenho de ressaltar que o Governo está no final de 2006, eram de US$86 bilhões, al- empenhado não somente em fazer mais, mas cançaram, em dezembro de 2007, US$180 bi- em fazê-lo de forma cada vez mais racional, lhões, correspondendo a mais do que o dobro qualificada e barata, realizando uma gestão da dívida externa pública e à quase totalidade eficaz dos recursos públicos. Alguns exemplos da dívida externa do País, e a balança comer- significativos demonstram isso: nas licitações cial fechou o ano de 2007 com um superávit para exploração de rodovias; o preço de pe- de US$40 bilhões, refletindo a expansão tanto dágios caiu fortemente; no leilão da usina de Santo Antonio, no rio Madeira, o custo de me- das exportações quanto das importações. gawatt/hora voltou aos patamares do início da O emprego tem aumentado juntamente década de 90. com o valor do salário. Em 2007, foram criados Tudo isso não se consegue sem enfren- 1.617.392 empregos com carteira assinada, tar enormes dificuldades e superar obstácu- um marco na nossa história. As estatísticas los. (...)” apontam que o desemprego tem diminuído de forma contínua. E a massa salarial cresceu 7% O Presidente continua a sua mensagem, fazendo no ano passado, com os trabalhadores obtendo um panorama extremamente positivo do País. reajustes acima da inflação em quase todas Sr. Presidente, precisei dar repercussão e peço as negociações. a V. Exª que determine que seja encaminhada a todos Milhões de famílias foram incluídas no os Srs. Senadores que não tiveram oportunidade de mercado de consumo. Estudos apontam que acessar tão importante mensagem do início das ativi- nada menos de 20 milhões de brasileiros e dades legislativas. 4004 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Quero agradecer ao Ministro de Minas e Energia, Os dados e os números que estão sistematiza- Edison Lobão, que nos recebeu ontem; agradecer ao dos nesta Mensagem certamente comprovam que vi- Ministro dos Transportes; agradecer à Ministra da Casa vemos hoje em um País muito melhor do que aquele Civil, que recebeu a Bancada Federal do Amapá, jun- das últimas décadas. Este resultado, que tanto nos tamente com o Governador do Estado e o Presidente orgulha, é fruto de um enorme esforço coletivo, não da Assembléia Legislativa. somente do Governo Federal, mas do Legislativo, Há muito trabalho. Que isso represente prospe- do Judiciário, dos Governos Estaduais, Municipais e ridade. de toda a sociedade, que se mostra a cada dia mais Nós acreditamos, como o próprio Senador Geral- consciente e participativa. do Mesquita, que uma Oposição responsável e racional Este momento excepcional sem dúvida decor- se equilibra, sendo enfático nas horas em que precisa re dos avanços da democracia em nosso País e, ao criticar e tendo a altivez e a grandeza de saber fazer as mesmo tempo, contribui para fortalecê-la e consolidá- considerações positivas sobre os acertos do Executivo, la ainda mais. seja federal, seja estadual, seja municipal. A economia brasileira certamente cresceu mais de Os gestores, sim, têm os seus erros, mas também 5% no ano passado, com baixa inflação e, neste ano, têm os seus acertos. E nos alegra, Sr. Presidente, saber continuará crescendo em ritmo semelhante porque os que o Presidente Lula continua a sua saga, a sua dis- seus fundamentos estão sólidos e ganharam a confian- posição e a sua coragem de interligar a América Latina ça de todos, tanto interna corno externamente. e de colocar o Brasil na rota do desenvolvimento. As reservas internacionais do Brasil, que no fi- Lida na abertura da Sessão Legislativa, nesse nal de 2006 eram de US$86 bilhões, alcançaram em mês de fevereiro, é muito importante que essa men- dezembro de 2007 US$180 bilhões, correspondendo sagem chegue ao conhecimento dos Srs. Senadores, a mais do que o dobro da dívida externa pública e à para que se possa ter uma idéia do panorama, da re- trospectiva dos últimos seis anos e das perspectivas quase totalidade da dívida externa do País, e a balan- que teremos para a finalização do segundo mandato ça comercial fechou o ano de 2007 com um superávit do Presidente Lula, que se dará, sem dúvida, com de US$40 bilhões, refletindo a expansão tanto das uma Nação equilibrada, cuja herança fundamental exportações quanto das importações. será a reafirmação,a consolidação da democracia em O emprego tem aumentado juntamente com o nosso País. valor do salário. Em 2007, foram criados 1.617.392 O Presidente veio ao Congresso Nacional e se empregos com carteira assinada, um marco na nossa manifestou perante todo Parlamento, incluindo-o como história. As estatísticas apontam que o desemprego peça fundamental nas ações e no desenvolvimento tem diminuído de forma contínua. E a massa salarial desta Nação, bem como o Poder Judiciário e todas as cresceu 7% no ano passado, com os trabalhadores outras instituições. obtendo reajustes acima da inflaçãoem quase todas Que Deus abençoe o Brasil. as negociações. Que Deus abençoe o Amapá. Milhões de famílias foram incluídas no mercado DOCUMENTO A QUE SE REFERE O de consumo. Estudos apontam que nada menos de SR. SENADOR GILVAM BORGES EM SEU 20 milhões de brasileiros e brasileiras ascenderam PRONUNCIAMENTO. nos últimos cinco anos das classes D e E para a clas- (Inserido nos termos do art. 210, inciso se C. O amplo mercado de massas que está sendo I e o § 2º, do Regimento Interno.) criado em nosso País não apenas é um sinal efetivo dessa vigorosa mobilidade social como significa um dos sustentáculos da retomada do nosso crescimen- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA to econômico. No ano passado, a Organização das Nações MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL Unidas (ONU) incluiu o Brasil, pela primeira vez, no 2008 grupo dos países com alto índice de desenvolvimen- Minhas senhoras e meus senhores, to humano. Isso significa que a luta contra a fome e Esta é a sexta vez que tenho a honra e a grande a pobreza, por meio de um conjunto articulado de satisfação de me dirigir ao Congresso Nacional com o programas entre os quais se destaca o Bolsa Famí- objetivo de prestar contas das ações do Executivo e lia, está dando resultado e obtendo reconhecimento apresentar nossos planos de ação e expectativas. crescente no País e no exterior. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4005 Crescer de modo sustentado e com inclusão so- O fortalecimento da integração sul-americana cial tem sido o nosso objetivo maior e, sem dúvida, a permanece como objetivo prioritário da atuação in- mais significativa conquista destes últimos anos. ternacional brasileira. No ano passado, continuou Um marco das ações do Governo Federal no intenso o intercâmbio de visitas entre os mandatá- ano passado foi o lançamento e a consolidação do rios sul-americanos, com a conclusão de inúmeros PAC – o Plano de Aceleração do Crescimento. Tenho acordos e medidas concretas de aproximação. certeza de que neste ano de 2008, o Brasil inteiro O Mercado Comum do Sul (Mercosul) constitui começará a sentir de perto os efeitos da implantação o mais importante alicerce do projeto de integração das ações do PAC, transformando-se cada vez mais regional. Um projeto que vem avançando não só em em um verdadeiro canteiro de obras. Até 2010, R$504 termos comerciais, mas também nos níveis político bilhões vão ser investidos em rodovias, ferrovias, hi- e sociocultural. O Parlamento do Mercosul começou drovias, energia, portos e aeroportos, habitação, água a funcionar, o que contribuirá para aumentar a segu- potável e saneamento básico por todo o País. rança jurídica do processo de integração. Tenho de ressaltar que o Governo está empe- Intensificamos as relações com os países africa- nhado não somente em fazer mais, mas em fazê-lo nos e asiáticos, como também com os parceiros mais de forma cada vez mais racional, qualificadae barata, tradicionais, Estados Unidos e União Européia. realizando uma gestão eficaz dos recursos públicos. Em julho de 2007, ao final da Cúpula de Lis- Alguns exemplos significativos demonstram isso: nas boa, foi lançada a Parceria Estratégica Brasil-União licitações para exploração de rodovias, o preço dos Européia, com as seguintes áreas prioritárias: meio pedágios caiu fortemente; no leilão da usina de Santo ambiente, biocombustíveis e ciência e tecnologia. Antonio, no rio Madeira, o custo do megawatt/hora Firmamos com os Estados Unidos o Memo- voltou aos patamares do início da década de 90. rando de Entendimento sobre Biocombustíveis para Tudo isso não se consegue sem enfrentar enor- promover a cooperação bilateral, o desenvolvimento mes dificuldades e superar obstáculos. Um instru- do setor em terceiros países e de um mercado global mento fundamental de fortalecimento da democracia de biocombustíveis. e de grande eficácia para garantir esses avanços Em março, foi lançado o Fórum Internacional de tem sido o diálogo responsável e qualificado com Biocombustíveis, em Nova York, pelo Brasil, África do todos os segmentos da sociedade civil, buscando o Sul, China, União Européia, Estados equacionamento dos conflitos e a construção de so- Unidos e índia, tendo por objetivo estabelecer luções compartilhadas para os graves problemas do diálogo de alto nível e coordenar posições sobre o País. Este é um dos traços mais marcantes e inova- assunto. dores do nosso Governo, que sempre faço questão Vivemos um momento excepcional no nosso de destacar. País e estamos no rumo certo, mas tenho plena A ampliação dos espaços republicanos e de- consciência de que é preciso avançar muito mais. mocráticos de diálogo tem dado conseqüência prá- Três áreas terão atenção redobrada em 2008: segu- tica ao princípio constitucional da democracia parti- rança, educação e saúde. cipativa. Esse diálogo está sendo fundamental para Na segurança, vamos estreitar ainda mais a co- a construção de um novo País. Desde o primeiro laboração com os Estados, dando continuidade ao for- mandato, temos investido fortemente no processo talecimento da inteligência policial, da Força Nacional de interlocução com a sociedade. Fortalecemos os de Segurança e da Polícia Federal. Lançamos no ano Conselhos existentes e criamos cerca de 30 novos, passado o Programa Nacional de Segurança Pública naqueles setores onde não havia canais institucio- com Cidadania (PRONASCI), que contará com mais nalizados de participação. Entre eles, o Conselho de R$6 bilhões até 2010 para investir no combate ao de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conse- crime e na defesa de nossos cidadãos. lho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e o Em relação à saúde, no começo de dezembro do Conselho Nacional da Juventude. Também reativa- ano passado, lançamos um vasto programa que ficou mos o CONSEA – Conselho Nacional de Segurança conhecido como “PAC da Saúde”, destinando até 2010 Alimentar e Nutricional. mais R$24 bilhões para o setor. Entre outras coisas, Realizamos mais de 50 Conferências setoriais, todas as crianças das escolas públicas passariam a ter mobilizando, até hoje, cerca de dois milhões e meio consultas médicas regulares, inclusive com dentistas e de participantes nos Municípios, Estados e eventos oculistas. Infelizmente, esse processo foi truncado com nacionais, contribuindo diretamente para a elabora- a derrubada da Contribuição Provisória sobre Movimen- ção de nossas políticas públicas. tação Financeira (CPMF), responsável em boa medida 4006 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 pelos investimentos na saúde. Mas tenho certeza de O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB que o Governo, o Congresso e a sociedade, juntos, – ES) – V. Exª estará inscrito e falará logo depois do encontrarão uma solução para o problema. segundo colocado para uma comunicação inadiável. Quanto à educação, além do Fundo de Manuten- Com a palavra, o Senador Mão Santa pelo tempo ção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUN- regimental de cinco minutos. DEB), criamos o Plano de Desenvolvimento da Edu- O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Para uma comu- cação, o PDE, que fará uma revolução na qualidade nicação inadiável. Sem revisão do orador) – Sr. Presi- do ensino no País. Até 2010, serão aplicados R$12 dente Camata, Parlamentares, brasileiras e brasileiros bilhões a mais nos ensinos médio e fundamental, que estão presentes e que nos assistem pelo sistema de melhorando os salários dos professores, garantindo comunicação do Senado, Senador Mário Couto, mentir é a sua formação continuada e equipando as escolas. fácil. Agora, sou da geração – viu, Camata? – que menti- E estamos abrindo 10 novas universidades públicas, ra... Eu apanhei muito do meu pai. Qualquer mentirinha, 48 extensões universitárias no interior e 214 escolas ele dizia “quem mente rouba”. E era de cinturão. técnicas em todo o País. Também estamos ampliando Olha, este Governo, de mentira em mentira, vai o Programa Universidade para Todos (PROUNI), que passando o tempo... Este Governo, além do sistema já ofereceu 400 mil bolsas de estudos em faculdades de comunicação que tem, está para criar um novo particulares, e lançando o Programa de Apoio a Pla- sistema. nos de Reestruturação e Expansão das Universidades Perguntaria eu, Mário Couto: ô, Camata, não seria Federais (REUNI) que, em 4 anos, vai criar cerca de mais justo o Presidente da República pagar as pobres 400 mil novas vagas nas universidades federais. emissoras do sistema de comunicação que transmi- O País e o Executivo, Senhoras e Senhores Congressistas, têm muito a agradecer ao Parlamen- tem a sua voz, a sua propaganda, todas as noites, em to brasileiro por todas as matérias fundamentais que centenas de lares brasileiros? Está todo falido aí esse examinou, e sobre as quais deliberou, durante o ano sistema de comunicação. Vamos criar mais um. passado. Juntos, os poderes da República e a socie- Aí, vêm e dizem: “o Presidente da República não dade, seremos cada vez mais capazes de trabalhar é pé-frio, os outros são pés-frios”. “Somos credores, pelo bem do Brasil, construindo uma nação desen- não somos mais devedores”. volvida e socialmente mais justa. Vocês lembram da Petrobras. A Petrobras, o Quero concluir a apresentação desta Mensagem Monteiro Lobato já falava nela. O Getúlio Vargas: “o repetindo que sou, ao mesmo tempo, o mais satisfeito petróleo é nosso”. Muita luta, muita conquista, muita e o mais insatisfeito dos brasileiros. pesquisa... Aí, o Luiz Inácio fez a Petrobras... Satisfeito porque fizemos muito, e insatisfeito Eu pergunto: qual é a gasolina mais cara do porque tudo isso ainda é pouco diante do tamanho mundo? É a do Brasil! Fome Zero. O gás mais caro do da nossa dívida social. mundo é este do Brasil. E somos credores! Que tenhamos, todos, um profícuo 2008, para Ô, Luiz Inácio, Vossa Excelência tem uma dívida o bem do Brasil e de todo o povo brasileiro. muito grande! Muito obrigado. Ô, Mário Couto, eu estou aqui, Camata, morto de Brasília, 6 de fevereiro de 2008. – Luiz Inácio vergonha. Nós lutamos para que se tivesse coragem Lula da Silva, Presidente da República. de analisar os vetos. O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB – RS) – Sr. Ó Líder do PSOL, Senador José Nery – olhe, para Presidente? substituir Heloisa Helena, ô mulher!... –, e já imploramos O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – o veto dos velhinhos. Quer dizer, ele não deve mais ES) – Estamos na fase dos oradores inscritos e, neste aos gringos, aos norte-americanos, aos banqueiros; momento, fala o Senador Mão Santa, que tem a palavra ele não deve, porque dá prioridade a eles, já pagou por cinco minutos, para uma comunicação inadiável, tudo. Não deve. Mas, e aos velhinhos aposentados, nos termos do art.14 do Regimento Interno. deve ou não deve? Logo a seguir, por permuta com o Senador Mário Esta Casa, com a responsabilidade da oposição, Couto, fala a Senadora Rosalba Ciarlini. com lucidez, entramos noite adentro, Gerson Camata. Senador Sérgio Zambiasi, V. Exª tem a palavra Tasso Jereisati presidia a Comissão, Paulo Paim era o pela ordem. Vice, ameaçaram até para sair, e houve um aumento O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB – RS. Pela or- de 17,6% para os velhinhos. Os aloprados fizeram a dem.) – Solicito a minha inscrição para uma comuni- cabeça de Luiz Inácio, porque ele não entende, e dis- cação de Liderança, pelo PTB. seram para diminuir. Diminuiu para quatro, vetou. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4007 A Sudene, Luiz Inácio. Juscelino. Por que se fala Camata, você já foi do Rotary? Eu fui. Em em Juscelino? Ele tinha pé-frio? Tu tem pé-frio; ele 1969... que é o pé-quente. Juscelino disse em um dos seus (Interrupção do som.) pensamentos, Ô Mário Couto, que “a velhice é infeliz, e desamparada é uma desgraça” – como estão os O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB nossos aposentados. – ES) – A Mesa pede a colaboração de V. Exª, que Eu vou dar só um cálculo, Senador Gerson Ca- tem mais um minuto. mata. Eu aqui estou porque sei. Isso é uma farsa! Todos O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – O orador os hospitais do Brasil. Ontem eu li a respeito do Rio de pede que V. Exª transfira a Presidência ao Vice-Pre- Janeiro, pela mídia, o cara analisando um por um. Os sidente, que representa a sensibilidade do Paraná e que estão abertos estão funcionando 30%, 40%. Eu que jamais calou a voz da oposição e do povo, tem aqui sou médico-residente, pós-graduado do Hospital esse entendimento. HSE, que era padrão. Eu vim e não trouxe nem a mídia, Fiquei aguardando S. Exª chegar, porque S. Exª porque fiquei doente. Aquela escola de cirurgiões, da é sensível e me inspira. qual eu faço parte – HSE – Hospital Servidor do Estado. Eu só vou apresentar um quadro, porque um qua- Presidente da República ia para lá. Presidente da Repú- dro vale por mil palavras. É simples. Em 1969, chegá- blica, como Castello Branco. Eu me lembro quando ele vamos a ser uma comissão, eu e Adalgizinha, na casa deu aquele infarto. Depois ele foi se operar, e foi para do meu pai. Eu tinha acabado o curso de Medicina. Aí lá. Fecharam! Ele tem doze andares. Eu vi... me convidaram... (Interrupção do som.) (Interrupção do som.) O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – ...não tem O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Agora, habe- tempo. Um minuto só, Gerson. mos papa? Habemos presidente bueno. Três minutos, Então, eu lá em cima, vendo a ponte de Niterói já melhorou. – aquilo é que é obra! –, dando plantão naquele hos- Então, eu, convidado para o Rotary, sonhava ver pital. Ó Mário Couto, eu lá em cima, na UTI. Era CTI. aquele negócio, fui e logo aceitei. Aquele que convida Eu até apelidei “Companhia de Transporte para o Infer- a gente chama de padrinho. Essa pessoa foi meu pa- no”, pois morria muita gente. Mas, olhe bem, ele está drinho e eu o chamei sempre de padrinho. Ô Camata, o com seis andares fechados. Esse é o quadro! Essa é melhor homem que eu vi na minha vida. Eu era Gover- a verdade!.De verdade em verdade vos digo. Ó PSOL! nador do Estado: “Padrinho”, e o pessoal pensava que Ei rapaz, eu vou falar com a Heloísa Helena, para você era padrinho mesmo, mas era de Rotary. “Meu padrinho” dar um jeito aí. Por que não a colocou de suplente aí? ficou aquilo, a deferência. Camata, trabalhador, como É, está errado esse negócio de suplente. Quem tem esses aposentados, pagaram, descontaram, trabalharam de vir é a Heloísa Helena. descontando para aposentadoria dez salários mínimos. Meu amigo, eu fui ver os vetos... Você não faz Olha, esse senhor, o melhor homem que eu já vi, olha o oposição! Até tu, estão dizendo que tu está... Saiu no que é a vida – “O Homem é o homem e suas circunstân- jornal que o PSOL da Câmara já foi absolvido. Pode cias”, Ortega y Gasset – eu não estava lá, suicidou-se. pegar a mídia. E aqui... Símbolo do aposentado brasileiro, Luiz Inácio. Eu tenho convicção, se céu existe, ele está lá. Eu não sei se es- (Interrupção do som.) ses daqui estão e se o pessoal que está lá no Alvorada O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Eu fui olhar está. Atentai bem, por quê? Deveria ter uns 60 anos de os vetos... casado, com a sua amada esposa e os filhos. No final Lá no meu PMDB, no teu –...e saí envergonhado. da vida, a geração, seus amigos vão morrendo e ele não Escolheram uns vetos e pensaram: “O dos velhinhos teve aquela cobertura do diretor velho, que era amigo não está lá, não.” O dos velhinhos... Olha, nós demos, da Santa Casa, eu não estava lá. Sabe por que ele se responsavelmente – uma oposição responsável, ca- suicidou? O melhor homem que eu conheci? Porque, paz e competente –, 16,7%. Ele baixou para 4%. Nós quem acredita em amor, a mulher, depois de 60 anos, a demos. Vetou. esposa dele estava doente e precisou internar-se, mas Eu só vou contar um quadro. Chegou o nosso ele não tinha dinheiro para pagar o hospital. Senador Paulo Duque, mas ele não é velho, não, ele é Esse drama parece banal, mas quem acreditou novo. Ô Mário Couto, olhe para cá. Hoje nós saudamos quem trabalhou, quem construiu uma família foi em- o Jonas. Ah, agora vou ter um tempo a mais, porque bora. Esse aposentado trabalhou muito mais do que o Presidente é do Paraná. Comece aí. Deus escreve Luiz Inácio, do que todo esse pessoal do Partido dos certo por linhas tortas. Agora temos Presidente. Trabalhadores, e suicidou-se, enforcou-se, porque não 4008 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 tinha dinheiro para pagar o hospital de sua amada no publicado no jornal Valor Econômico, de hoje, porque fim da vida. Foi um instante tresloucado. A vida de um esse artigo trabalha um assunto que permeou vários homem digno, trabalhador. Tenho certeza de que Deus discursos e algumas iniciativas dos partidos de Opo- vai julgá-lo pela vida. sição. Ela faz uma análise muito precisa a respeito do Esse retrato que passo agora é o dos aposenta- significado do Programa Territórios da Cidadania, tra- dos do meu Brasil. Eu conheço. Eles são dignos, são çando um histórico – o título do artigo é “Política vai honrados, são trabalhadores. parar de ganhar com a miséria”. E ela estabelece que (Interrupção do som.) os Territórios da Cidadania, muito mais até do que uma política são um conceito gerencial que modifica as rela- O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Senador Al- ções de poder nos pequenos municípios. E, sobre esse varo Dias, infelizmente, eu não tenho a sua inteligên- conceito gerencial de programas sociais – se V. Exª me cia para sintetizar. permite, inclusive porque houve elasticidade para quem O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) me antecedeu –, vou ler um trecho do artigo: – Mais um minuto, Senador. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Em um minuto, “Há um enorme ganho, inclusive fiscal, Jesus fez o Pai Nosso e elevou-nos ao céu. Eu quero nesse conceito gerencial. Atender uma região isso e os aposentados também. Eles estão sofrendo. com o Pronaf sem que a agricultura familiar te- E, ainda, esses eunucos, aloprados, disseram na nha assistência técnica, ou infra-estrutura para hora de ele vetar: “Não. Os velhinhos não precisam. Eles escoamento da produção, ou mesmo educação já têm tudo, eles podem ganhar menos.” Pelo contrário. para trazer a economia de subsistência para o ca- Eu sou médico. Há o infortúnio, a doença. pitalismo, é jogar o Pronaf fora. Dar Bolsa Família Então, Luiz Inácio, Vossa Excelência que diz aí sem viabilizar à agricultura familiar uma atividade que FHC, o estadista, tem pé-frio, quero dizer-lhe que produtiva é eternizar o Bolsa Família. Incentivar o Juscelino Kubitschek falou: “A velhice é triste. Ela de- beneficiamento da produção em cooperativa sem samparada é uma desgraça”. que a região tenha luz elétrica é jogar produção Vamos. Mande V. Exª mesmo para cá o veto dos no lixo. Miríade de programas sociais que não aposentados. Vamos dever aos gringos. Vamos dever se integram jogam dinheiro público fora e não aos gringos, esses perversos banqueiros, mas vamos alteram em nada a vida da população.” pagar aos velhinhos que estamos a dever. Não tem Portanto, penso que o artigo da Maria Inês Nas- acompanhado... Não entra na cabeça de ninguém um sif contribuiria de forma significativa para o debate, contrato – que País é este? É decente? – em que o que foi extremamente politizado, porque o Democra- velho que trabalha e desconta para ganhar dez salá- tas anunciou o recurso ao Supremo Tribunal Federal, rios mínimos está ganhando quatro; o que desconta para derrubar, tendo em vista que o projeto poderia ter para quatro está ganhando um. viés eleitoreiro. Agora, ela é muito contundente em sua Então, é isso, Luiz Inácio. Aí, sim, eu virei aqui, análise dos efeitos e da importância de articular todos como homem do Piauí, agradecer e enaltecer o Pre- esses programas mesmo, para superar a dependência sidente. Enquanto isso, Vossa Excelência deve aos econômico-social e sob o aspecto, inclusive político, de nossos velhos. Vamos pagar a nossa dívida. esses rincões terem tido muitas vinculações eleitorais, Muito obrigado. em épocas anteriores, Senador Zambiasi, de o cacife Durante o discurso do Sr. Mão Santa, o eleitoral comandar os votos e não terem independên- Sr. Gerson Camata, 2º Secretário, deixa a ca- cia na hora de estabelecer a sua vontade. deira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Então, o artigo da Maria Inês é extremamente Alvaro Dias, 2º Vice-Presidente. pertinente ao debate que nós estamos fazendo. E, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) mais uma vez, querer fazer oposição ao Governo Lula – Muito obrigado a V. Exª, Senador Mão Santa. não pode se confundir com oposição ao Brasil, muito Pela ordem, concedo a palavra à Senadora Ideli menos com oposição ao interesse das populações Salvatti. empobrecidas de nosso País. A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Pela Era isso, Sr. Presidente. ordem. Sem revisão da oradora.) – Pedi a palavra pela DOCUMENTO A QUE SE REFERE A ordem, Sr. Presidente, porque, às vezes, fica um pouco SRA. SENADORA IDELI SALVATTI EM SEU difícil conseguirmos ocupar os espaços. PRONUNCIAMENTO. Quero apenas pedir que seja considerado na ín- (Inserido nos termos do art. 210, inciso tegra o artigo da jornalista Maria Inês Nassif que está I e § 2º, do Regimento Interno.) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4009 4010 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) tritos no universo das obrigações públicas. Tenho co- – Muito obrigado, Senadora Ideli Salvatti. A solicitação nhecimento de causa, Srªs e Srs. Senadores, por ter de V. Exª será atendida. sido Prefeita de Mossoró por doze anos, contando já Eu quero dizer que também desejo, tanto quanto a minha cidade com uma máquina administrativa de V. Exª, que esse programa seja executado com muita razoável complexidade e extensão. eficiência. Não bastam bons programas. É necessário Mas essas despesas, mesmo no âmbito federal, competência de execução. não seriam mais que as referentes ao combustível em Concedo a palavra à Senadora Rosalba Ciarlini, viagem fora da sede, aos gastos com alimentação e por permuta com o Senador Jayme Campos. hospedagem de servidores em viagens freqüentes e V. Exª dispõe de dez minutos. demoradas e sem pouso determinado com antecedên- A SRA. ROSALBA CIARLINI (DEM – RN. Pro- cia. O sistema de suprimento de fundos era usado nas nuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) situações em que, nada obstante as diárias concedidas – A permuta, Sr. Presidente, foi com o Senador Mário previamente para hospedagem e alimentação, servi- Couto. Eu já havia permutado anteriormente com o dores de escalão inferior fossem incumbidos de prover Jayme Campos. Em seguida, falará o Senador Mário quanto à segurança e a um mínimo de conforto de au- Couto. toridades em viagens, sendo justificável que pequenas Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desde o quantias, em tais circunstâncias, não se submetessem primeiro instante, manifestei-me a favor da investigação, aos rigores de empenho prévio e liquidação contábil, pelo Congresso, das despesas feitas com os cartões antes do pagamento, como na prestação de contas corporativos do Governo. E porque de logo expressei formal e usual do serviço público. minha posição sobre a questão, assinei o requerimen- Mas o que servia para os propósitos a que me to para a instalação da Comissão de Inquérito que vai acabo de referir passou a ser usado abusivamente, tratar desse problema. ainda ao tempo do antigo sistema de suprimento de Penso ser do meu dever, Sr. Presidente, porque fundos, e, a pretexto de ser legal a prática, instalou- sou a favor da investigação desde o primeiro instante, se o inchaço, onde se abrigaram então despesas que tecer algumas considerações, chamando a atenção do nada tinham de pequenas, nem de justificadas pela Senado para determinados aspectos da controvérsia situação de imprevisibilidade. Os suprimentos de fun- que se instala e advertir a todos acerca da necessi- dos foram sendo inflados e se tornaram cancro, cor- dade de termos um propósito positivo e construtivo na roendo a ética administrativa com artifícios, os ardis investigação que está prestes a se iniciar. mais diversos, justificativas aparentemente legais para O interesse público envolvido nessa investiga- fraudar a lei. ção parlamentar é extremamente relevante e, mais Faço esse breve histórico, Srªs e Srs. Senadores, que isso, prepondera, por sua essência e pelas con- para que todos possamos perceber a origem da dis- seqüências danosas de sua eventual frustração, sobre torção e, percebendo-a, possamos corrigi-la. pessoas acaso envolvidas e sobre proveitos políticos Verificada a ruptura ética e a extrema vulnerabili- a serem obtidos. dade do sistema de suprimento de fundos pelo Tesouro De fato, o que está em jogo como objeto de nossa em dinheiro vivo, a instituição dos cartões corporativos fiscalização não são propriamente as pessoas, mas os pareceu um avanço. Sem dúvida, na medida em que o gastos, as despesas, o uso do dinheiro público. cartão de crédito, na respectiva fatura para pagamento, Por essa ótica, a CPMI tem o dever de investigar identifica o montante da despesa e o beneficiário do tudo e completamente, não para buscar primeiramen- pagamento, isso foi, sim, um avanço. te culpados no cenário político, mas para indicar ao Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senado- Congresso Nacional, soberano fiscal da execução do res, é conhecida a capacidade maliciosa dos que se Orçamento e dos gastos públicos, se o sistema adota- animam a contornar a lei fingindo cumpri-la. do é o mais adequado, conforme as melhores e mais Não há dúvida de que o novo sistema avança- saudáveis práticas de administração pública. va, mas duas graves distorções, que desde o início se Os cartões de crédito e débito passaram a ser anunciavam, não tiveram remédio quer pronto, quer usados pelos órgãos públicos com o razoável e perti- adequado. O primeiro: a falta de critérios para a auto- nente propósito de evitar que, para despesas de extre- rização das compras ou realização de serviços com ma emergência, ou em circunstâncias muito especiais, cartão de crédito levou, por óbvio, aos mais remata- houvesse suprimento de fundos em dinheiro vivo pelo dos e perdulários dos despropósitos. O segundo: a Tesouro ao servidor, ao qual incumbiria a realização permissão do uso também de cartões de débito, que das despesas. Esses gastos eram poucos e bem res- manteve e agravou o já declaradamente caduco sis- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4011 tema de suprimento em dinheiro. Manteve o sistema O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Permite- porque o saque em dinheiro, na boca do caixa ou na me um aparte, Excelência? máquina eletrônica, contra contas do Tesouro é rigo- A SRA. ROSALBA CIARLINI (DEM – RN) – Pois rosamente o mesmo que receber dinheiro vivo na te- não, Senador. souraria do serviço. O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Quero Os males que acima apontei aqui se repetem, cumprimentá-la, Senadora Rosalba Cialirni, pela opor- sendo rematada hipocrisia supor que quem saca di- tunidade de sua fala, exatamente agora que começa nheiro no caixa eletrônico será mais ético do que quem a se instalar a CPI. Mas acho que nós aqui devemos recebeu dinheiro do chefe de sua repartição. começar a nos preocupar com o Senado, não com a E o vício se agravou porque, agora, deixou de CPI. Quando correm essas notícias de que está ha- existir o mínimo de controle prévio, pois o servidor, vendo um acordo por trás dos panos, para acobertar manuseando o cartão, não precisa de autorização de as denúncias que V. Exª faz agora, temos de nos pre- ninguém para sacar e gastar. E gastar, como no siste- ocupar com o Senado porque é o Senado que vai para ma anterior: sem critério algum. a rua da lama com essas notícias, com essas insinu- O problema não está propriamente no mecanis- ações. Acho que nós aqui devíamos fazer uma cruza- mo ágil, mas nas mãos ágeis dos desonestos, que, a da. O Senador que evita quebrar um sigilo bancário, o pretexto de despesas de pequeno porte, vão de pronto Senador que esconde um depoente que é chamado, escancarando o conceito de pequeno porte e de emer- Conselho de Ética nele. Ele está ferindo o decoro par- gência para chegar às estonteantes cifras milionárias lamentar porque está impedindo a Instituição de apurar das quais, estarrecido, o País está tendo notícia. um roubo. Mete esse Senador no Conselho de Ética, Com isso, o urgente encobre o esbanjador, o ne- cassa o mandato dele para ele aprender a respeitar cessário passa a justificar o supérfluo, e, mais grave, a Instituição da qual ele faz parte. Se a gente não fi- o legal se torna ilegal, quer por ser despesa não ra- car isso, essa CPI vai terminar com os burros n’água zoável no serviço público, quer porque, manipulados como tantas outras. ao bel-prazer, os cartões se tornaram desgraçado pé- A SRA. ROSALBA CIARLINI (DEM – RN) – To- de-cabra para arrombar a regra geral das licitações e mara que possamos fazer isso. Vamos nos somar para o dever de prestação de contas. que não tenhamos mais uma pizza entre tantas outras Esse sistema não pode continuar em prática. que já aconteceram. Não é possível que gastos com passagens aéreas e Penso, portanto, que nada nem a segurança do hospedagens se excluam do dever da licitação, a que Presidente ou de pessoas de sua família, em grau de acorram, em igualdade de condições e em busca do parentesco que não se identifica, justifica gastos -ab melhor preço, as empresas e agências especializadas. solutamente secretos. Não é lícito, razoável ou legal que as despesas com (Interrupção do som.) a manutenção corriqueira dos palácios e residências oficiais não possam prever suas necessidades com A SRA. ROSALBA CIARLINI (DEM – RN) – Já a antecedência necessária, de forma a possibilitar a vou terminar, Sr. Presidente. licitação prévia. E é espantoso que uma ação gover- Basta isso para impor à Comissão Parlamentar namental, de cuja essência é o planejamento e a me- Mista de Inquérito, que se vai instalar no Congresso, tódica e inteligente busca de informações, qual seja a o dever de tudo investigar, sem limitação alguma, quer segurança de autoridades, não se faça com a previsi- de matéria, quer de tempo, quer de pessoa. Esse de- bilidade de gastos e provedores. ver a Constituição impõe ao Congresso, e é, repito, um Esse sistema não pode continuar também porque, dever e não um direito disponível de que, sem ofensa em seu nome ou em sua defesa, além de se violar o à ética, fosse possível abrir mão por qualquer conve- dever geral de licitar, também se ocultam gastos à fis- niência política. calização universal, pública e irrestrita, sonegando-os Ao referir-me há pouco às pessoas, devo ainda ao dever, também geral, de prestação de contas. Nada manifestar uma outra preocupação. As notícias mais justifica que um centavo sequer do dinheiro público seja escabrosas dão conta de que os servidores subalternos, subtraído à prestação de contas, não só por imposi- de escalões bem inferiores, têm sido responsáveis pelos ção ética inarredável, como porque todos os que têm gastos milionários com os cartões corporativos. a guarda do dinheiro público, sem exceção alguma, É preciso que esses servidores mais humildes estão sujeitos ao dever de prestar contas, nos termos não sejam transformados nos grandes e únicos vilões, da Constituição. nem que seus atos sirvam de cortina para ocultar aque- 4012 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 les que ordenaram ou se beneficiaram da fraude do A SRA. ROSALBA CIARLINI (DEM – RN) – Sr. desvio dos recursos públicos. Presidente, estou no último parágrafo. É razoável que a manutenção e a segurança dos Manifesto a convicção, Sr. Presidente, Srªs e Srs. palácios, gabinetes e residências oficiais, com a ne- Senadores, de que essa será uma grande oportuni- cessária sobriedade, se faça às custas do Erário, mas dade para que o Congresso enfrente o vício pela raiz isso não pode levar ao intolerável abuso de despesas e não permita que o pretexto para ser ágil e eficiente pessoais serem pagas com recursos públicos. Todas dê ensejo à apropriação dos recursos do povo, pois a as autoridades recebem subsídios para seus gastos agilidade e a eficiência não são atributos só dos hones- particulares, e nada justifica, por exemplo, que confra- tos. É com mãos ágeis e com práticas eficientes que ternizações familiares ou festanças de fim de semana atuam salteadores, aos quais regras claras e rígidas a também sejam custeadas pelo povo. serem propostas pela CPMI haverão de impedir acesso Por isso, Sr. Presidente, embora tendo o dever à administração pública, ao dinheiro público. de investigar tudo, a CPMI tem a meu sentir um dever Muito obrigada, Sr. Presidente. maior. A Comissão precisa ser construtiva no sentido O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) de não apenas indigitar culpados, mas de propor so- – Muito obrigado a V. Exª, Senadora Rosalba Ciarlini. luções. Com a palavra, pela Liderança do PTB, o Sena- Este não é um assunto a ser tratado pelo Poder dor Sérgio Zambiasi, por cinco minutos. Executivo nem pelo Poder Judiciário. O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB – RS. Pela Li- A Constituição atribui ao Congresso, com o auxí- derança do PTB. Sem revisão do orador.) – Obrigado, lio do Tribunal de Contas, o irrestrito dever de fiscalizar Presidente Alvaro Dias. Srªs e Srs. Senadores, estou tra- todos os gastos públicos, e isso, obviamente, inclui a zendo à tribuna um tema que sei que não é unanimidade edição das regras necessárias ao exercício dessa fis- nesta Casa, mas temos que trazê-lo a debate, Senador calização. Tais regras quanto aos cartões corporativos, Paulo Duque. V. Exª tem sido um lutador comigo nessa a sociedade espera da CPMI e do Congresso. É certo que a melhor forma de se fiscalizar é na questão. Trata-se do exame da PEC nº 13, de 2003, cuja origem, manter aberto tudo à possibilidade de fiscali- tramitação está completando cinco anos. A PEC não é zação, tornando públicas todas as ações que envolvam de minha autoria. Sou o primeiro signatário. Ela é de despesas com recursos do Tesouro Nacional. Nesse autoria das assembléias legislativas do Brasil, em sua sentido, não se pode deixar de louvar a publicidade dada maioria. À época e pela premência da necessidade de pelo Governo aos gastos com os cartões corporativos, sua apresentação, foram recolhidas 18 assinaturas de prática que deve ser alargada e incentivada. presidentes de assembléias, mediante autorização de Dessa publicidade, porém, nada pode ser sonega- plenário das respectivas Casas legislativas. do. É estranho que razões de segurança estejam sendo Do que trata a PEC nº 13, de 2003? Trata da re- opostas à publicação de muitas dessas despesas. gulamentação das emancipações; trata de destravar E mais estranho é que essas razões sejam ale- um problema que já está completando 12 anos, a partir gadas de forma genérica, vaga, etérea e abstrata, sem da PEC 15, de 12 de setembro de 1996. A partir de sua que o País saiba que despesas são essas, que não edição não poderiam mais surgir novos Municípios no têm nome nem motivação. Brasil. Surgiram alguns mais precisamente 25 Muni- A publicidade, e publicidade imediata, será o cípios que estão hoje, Presidente, numa situação ex- grande freio inibidor do gasto perdulário, supérfluo e tremamente delicada. O próprio Supremo Tribunal deu injustificável no âmbito do serviço público. prazo para que esta Casa regule a situação desses 25 O País espera que a CPMI encontre caminhos Municípios e resolva a questão das emancipações. que possam levar à compatibilidade desejada entre a Se me permite, leio aqui o voto do Ministro Gilmar agilidade do serviço público e sua transparência, entre Mendes, que estabelece, que sugere este prazo de deci- o atendimento às necessidades imediatas das ações são. Leio parte do seu voto em que ele declara o estado governamentais e a ética administrativa, entre a neces- de mora em que se encontra o Congresso Nacional, a sária segurança pessoal e o sóbrio conforto das mais fim de que, em prazo razoável de 18 meses – este voto altas autoridades e a moderação e comedimento no foi em 9 de maio de 2007 –, o Congresso adote todas uso do dinheiro público. as providências legislativas necessárias ao cumprimen- Manifesto a convicção, Sr. Presidente, Srªs e to do dever constitucional imposto pelo art. 18, § 4º, da Srs. Senadores, de que essa será uma grande opor- Constituição, devendo ser contempladas as situações tunidade... imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionali- (Interrupção do som.) dade gerado pela omissão. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4013 Não se trata de impor um prazo para atuação le- permitiria inclusive meios mais seguros e tranqüilos gislativa do Congresso Nacional, diz o Ministro, mas de locomoção. apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável, Então, estamos trabalhando essa questão. Já ti- tendo em vista o prazo de 24 meses – e aqui é que está vemos as análises todas aqui nas comissões. A CCJ o detalhe mais importante – determinado pelo tribunal aprovou. Veio a plenário. Retornou à CCJ. Faço um para que as leis estaduais que criam ou alteram limites apelo aos Líderes da Casa para que se reexamine, territoriais de Municípios continuem vigendo, até que com a sensibilidade necessária; e que se observe a lei complementar federal seja promulgada contem- nossa responsabilidade, até por sugestão do próprio plando as realidades desses Municípios. Supremo, quando o Ministro Gilmar Mendes chama a Isso quer dizer que, em maio do ano que vem, atenção especialmente com relação a esses 25 Mu- completados esses 24 meses, é muito provável que nicípios. Desses, do Sul não há nenhum; já perdeu o fiquem em situação muito delicada frente à lei alguns que tinha. Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves, voltou. Municípios. Apenas para exemplificar: Mesquita, no Depois de eleger prefeito, vereador, ter todo o sistema Rio de Janeiro, com 164 mil habitantes; Luís Eduardo administrativo montado, teve de retornar ao Município Magalhães, na Bahia, com 20.169 habitantes. E por aí sede, com um prejuízo enorme para os moradores da- vai. No Rio Grande do Sul, o Município de Pinto Ban- quele pedacinho de chão gaúcho. Em conseqüência, deira foi o primeiro a ser cassado: teve que retornar sofremos esse gravíssimo prejuízo. ao município-mãe. Nós podemos corrigir isto exami- Nós temos lá no Estado do nosso querido Sena- nando a PECnº 13, que resolve a situação desses 25 dor Gerson Camata. no Espírito Santo, o Município de municípios e oportuniza às assembléias legislativas o Governador Lindenberg, 9.225 habitantes, que também exame dessa questão com responsabilidade. está nessa mesma situação. Dentro de um ano e pou- Há um conceito de farra de emancipações. Nós co, se nós não corrigirmos esta inconstitucionalidade, segundo o próprio Supremo, pode ocorrer um proble- podemos, por meio da lei, impedir essa farra, mas não ma sério com relação ao próprio Município, tendo que podemos impedir o desenvolvimento. É só olharmos retornar ao Município mãe, e eu nem sei se o Municí- o mapa dos nossos Estados para ver onde há mais pio mãe vai querer. Talvez sim, porque pode estar tão desenvolvimento: onde há mais Municípios; onde há bem, ou melhor, do que o Município mãe, porque é o menos municípios, há menos desenvolvimento. que tem acontecido. Se nós examinarmos, se o Senado conseguir Independentemente da posição de cada um, é examinar a PEC nº 13 este ano, já seria uma grande um tema a se debater. Eu sei que o próprio Senador vitória. Não acredito que a Câmara consiga fazer o Alvaro tem uma posição crítica em relação ao assun- mesmo, mas examinará no ano que vem. to, mas não se nega democraticamente a discutir, a Presidente Alvaro Dias, até para tranqüilizar esta olhar e a corrigir essas falhas cometidas no passado, questão, as assembléias podem conseguir regula- para que possamos olhar para o futuro nesse sentido. mentar a lei em 2010, 2011. A apresentação de no- Agradeço a compreensão, inclusive a generosidade vos processos emancipacionistas para análise pelas do tempo oferecido neste momento, Presidente Alvaro assembléias seria lá por 2012, eleições propriamente Dias. Muito obrigado. ditas, apenas em 2016 e instalação dos municípios, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) em 2017. – Muito obrigado, Senador Sérgio Zambiasi. São um prazo minimamente razoável, para se ver Com a palavra o Senador Mário Couto; em se- com serenidade e tranqüilidade as situações. guida, o Senador Gerson Camata. Sempre que discuto essa questão, lembro-me O Senador Mário Couto dispõe de dez minutos e o dos queridos companheiros e colegas do Pará. O Se- Senador Gerson Camata, de cinco minutos, depois. nador Mário Couto está aqui. Altamira, em Lagoa do O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA. Pronuncia o Céu – se não me engano é o nome do distrito –, que seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi- fica a mil quilômetros da sede, tem quinze mil habi- dente, Srs. Senadores, Senador Mão Santa, tivemos tantes. É um distrito de Altamira. Contaram-me que o a Sessão Especial dos Aposentados nesta Casa. Se- Prefeito leva uma semana para chegar ali. Quer dizer, nador Gerson Camata, foi uma sessão à qual não es- o Prefeito, quando visita esse distrito, precisa reservar perávamos nem tantos Senadores, mas, para minha 15 dias para ir e voltar, se for de carro, abandonando surpresa e satisfação, mais de 15 Senadores estive- a sede de Altamira. Ele pode até perder o carro, se- ram presentes. gundo o Senador Mário Couto. Agora, se já houvesse Os aposentados, Senadores, fizeram suas rei- a emancipação, seguramente a mobilização popular vindicações diante do Ministro da Previdência Social 4014 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Luiz Marinho, mostraram a defasagem de seus salá- Senador? Será que estou no Brasil mesmo? Em que rios, encaminharam aos Srs. Senadores os seus con- país nós estamos? Olha aqui o cartão do Alvorada! tracheques, em resumo, Senador, mostraram a todos Essa CPI veio em boa hora. Eu não questionei o fato nós a dificuldade que vive o aposentado em nosso de ela ter passado na frente da CPI do Dnit, reque- País, Senador Mão Santa, a que V. Exª ainda há pou- rida por mim, Senadores, porque sei a importância co fez referência. dessa CPI – já vou falar um pouco dela – dos cartões Eu fico muito satisfeito, Senador Gerson Camata. corporativos. Olhem o que se sabe, superficialmente: Se pensam que a mim ofendem trazendo boas notícias despesas alimentícias... saibam que não me ofendem; eu fico muito satisfeito O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Permite- em saber que o meu País alcança índices de cresci- me V. Exª um aparte? mento, e muito. O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Senador Para mim, é uma satisfação enorme, mas me Gerson Camata, já vou dar o aparte a V. Exª. preocupo, Senador Mão Santa, com a situação de Só o que se sabe superficialmente: despesas determinadas classes em nosso País. Esta é a minha alimentícias, R$55 mil em um ano. É só V. Exª pegar o grande preocupação, Senador Mão Santa: as condi- total, que dá em torno de R$115 mil... São despesas ções em que vivem os aposentados comparadas com da Granja do Torto, só em cartões. São 12 mil cartões determinadas situações do Governo. E eu mostro. O distribuídos aleatoriamente. Doze mil, Senador Cama- País cresceu – o País vinha crescendo – e isso não é ta, representam o número de eleitores da cidade onde novidade! Mão Santa, você que votou contra a CPMF, eu nasci, Salvaterra, no Marajó. Essa tropa toda usa veja como essa contribuição não fez falta ao País. A cartão corporativo, Senador. Só no cartão corporativo arrecadação dos impostos do mês de janeiro ultrapas- foram gastos R$55.400,00 em lojas do Pão de Açúcar saram todas as expectativas. (isso foi gasto pelo assessor do Presidente Lula com as Considerando os países desenvolvidos, os que compras da Granja do Torto); R$23.800,00 no Açougue mais pagam imposto são os brasileiros. A arrecadação Reisman. Eu vou citar só as maiores, para não perder em janeiro ainda superou o arrecadado no ano passa- muito tempo: R$14.800,00 no mercadinho La Palma; do em 20%. Como a CPMF não fez falta! R$12.400,00 na loja de bebida; R$12.100,00 na Pei- Aí eu pergunto, Senador Camata: tanto crescimen- xaria Golfinho, só em cartão corporativo. to, tanta comemoração, por que – diga-me, Senador Eu não posso deixar de aplaudir o crescimento Camata – não resolvem a situação dos aposentados deste País, eu não posso deixar de elogiar o Bolsa- deste país? Comprovadamente, é uma situação de mi- Família, mas eu não posso elogiar isso. séria, uma situação crítica, uma situação de abandono, Eu sempre digo nesta tribuna, Senador, que a de desprezo, Senadores! Será que o Governo não tem oposição feita hoje no Senado é uma oposição de sensibilidade? Esse mesmo Governo criou o Bolsa-Fa- responsabilidade, que não critica o que é bom, que mília para diminuir diferenças sociais, para diminuir o respeita o que é bom, que elogia o que é bom, mas sofrimento de milhões de pessoas. Por que esse Go- que não pode comungar com isso, Senadores, nem verno não vê a situação dos aposentados? Será – eu dizer que isso é bom para a população brasileira. Dói. não acredito – que o Governo Lula, Presidente, tem E temos de falar. alguma coisa que o faz abandonar os aposentados? Ouvi a fala do Senador Cristovam ontem ou an- Eu não acredito. Eu não acredito e fico a meditar. teontem. Fui pensando para a minha casa; Que drama Vejo Senadores virem a esta tribuna e mostrarem vive a política brasileira! Coube a eu fazer uma pro- o crescimento do País. funda reflexão sobre as palavras de V. Exª, Senador Mas, quando eu me lembro da situação de bra- Cristovam, que se espelha nesses dados. No total, são sileiros e brasileiras aposentados e pensionistas que R$115 mil de despesas com alimentação só em cartão vivem numa situação, dramática, nesse País, eu não corporativo, gente do meu País. posso comungar. E, depois, quando olho, os blogs, os O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Mário jornais, os e-mails, quando olho e começo a ler e vejo Couto. que o Ministro do Esporte levou a mulher, babá, filha, O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Só em car- e pagou o hotel com cartão corporativo, quando olho tões corporativos, brasileiros e brasileiras. São quase para o Blog CMI Brasil, e vejo o quanto o Presidente R$10 mil por mês. Quanto gasta o aposentado na sua gasta no Palácio, na sua residência, com alimentação, alimentação mensal? O Lula gasta na casa dele quase eu não consigo entender. Quando vejo a classe média R$10 mil. Quanto gasta o aposentado, se o seu ganho do meu País desprezada, abandonada, achatada, eu total chega a R$1.000,00? não consigo entender mais nada. Em que país estou, (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4015 Não sei. Sinceramente, Srs. Senadores, é preci- tinha trocado lá. Aí, para não brigar com o empresário, so que esta Oposição neste Senado seja mais dura. eu peguei, olhei assim e disse: devolva tudo, eu que- Que possamos divulgar à nossa Nação tudo aquilo ro é a caminha velha, a cadeirinha, aqueles negócios que foi feito de irregular com os cartões. Tudo! Dese- que temos – e V. Exª tem. São valores outros. Para não jo que a Senadora Marisa Serrano tenha um traba- brigar, eu disse: bem, a geladeira, com a praia, com a lho cheio de vitórias, que possa mostrar à população maresia, está enferrujada. Ô Luiz Inácio, aprenda! Nós brasileira o quanto a Nação perdeu com gastos com estamos aqui é para ensinar mesmo. Eu vou ficar com esses cartões. Eles podem até ter sido criados com a geladeira. Puxei meu talão de cheques. O meu, não boas intenções... foi corporativo não, porque nós temos uma estrutura. (Interrupção do som.) Todos nós temos principalmente eu que vinha de uma família que tinha poder. Puxei para dar o exemplo. Isso O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Mas há é o que está acontecendo. Mas vou dizer Luiz Inácio, quanto tempo estão gastando dinheiro público com com Vossa Excelência deve ter havido caso semelhan- cartões? Há quanto tempo se deixa gastar?! te. Outro dia eu vi uma confusão. Estavam implicando Senador Camata, vou dar aparte a todos. Sena- com ele, porque ele tinha um amigo, um compadre que dor Mão Santa. fazia churrasco, cheio de rolo. Eu disse: rapaz, mas isso O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Mário é normal, eu gosto. Eu gosto de um churrasquinho, de Couto, o País deve muito a V. Exª. O Camata está aí, tomar um vinho. Eu sou alegre e feliz. Não tem negócio o Cristovam está aí, o Alvaro Dias está aí, todos foram de conversa não. Eu nunca falei com ele, não sei nem Governadores. O Expedito Júnior vai já... Ô Expedito o nome do homem. Rapaz, isso é normal, comer um Júnior, presta atenção, olha para cá, aprenda. É o se- churrasquinho. É bom. Mas atentai bem, Luiz Inácio, guinte: eu fui Prefeitinho e fui Governador. Luiz Inácio, eu vi o e-mail. Essa imprensa tem que ser livre. Ago- eu vou contar aqui um fato. Eu fui Governador. Quem ra tem esse negócio de Internet. É gente boa, mas é é que vai fazer despesas? Terceiros. Há interesse co- ingênuo. Ele tem que fazer o controle, tem que estar mercial de quem vai vender e fornecer para a casa do atento. Olha, se eu não tivesse tomado essa providên- Governo. Isso houve no meu Governo, mas... cia e dado o exemplo, que roubalheira! Eu não estava (Interrupção do som.) aqui. E o exemplo arrasta. Foi no primeiro. Mas olha O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – ... temos de estar aqui, Luiz Inácio, é o Henri Fayol, professor de admi- atentos. Daí advirto o Luiz Inácio para os princípios de nistração, que diz: planejar, ordenar e fazer o controle. administração: planejar, designar, orientar, coordenar Todo mundo diz que o Juscelino era o maior. O médico e fazer o controle. Ele que é o administrador. Houve tem isto na cabeça: o pré-operatório, o trans e o pós. O no meu governo, mas eu estava atento. Vou dizer uma. pré é antes do diagnóstico e o pós é o controle. Então, Tenho uma casa no litoral do Piauí, no Coqueiro, peque- a gente tem isso na cabeça, faz com rapidez, como nininha, no morro. É a melhor. É como perfume francês: eu fiz e fui ver. Por isso é que o Juscelino deu certo. O o menor é o melhor. Não é bom perfume francês? Pois livro Taylor, o Mago da Administração, deu o exem- é o menor. Aí, de repente, eu chego na minha casa de plo de um cirurgião: o pré é o planejamento, o trans praia com Adalgisa, nós já tínhamos quase 30 anos de é a obra e o pós-operatório é o controle. Então, isso casados. Cristovam Buarque – V. Exª foi governador –, encaixa. Mas olha aqui, ô Luiz Inácio, seu compadre eu tomei um susto. A casinha que eu construí como tinha que ser minha especialidade. Não sei preço das médico-cirurgião, no morro que escolhi nada do que eu coisas, porque não ando comprando. Compro carne fiz, com Adalgisa e amor, tinha, nem a caminha em que em restaurante, mas sei mais ou menos. Lá no meu nós vivemos. Tudo! Tudo era novo. Eu tomei um susto. Piauí, parece que um quilo de carne é uns cinco ou De repente, Governador do Estado, eu cheguei, notei. seis reais. Posso estar errado. Lá no meu Piauí, deve Um mês assim sem ir à casa... mudou tudo. E quem ser isso. Está aqui, estão comprando para lá. Se for fez? Vamos dizer o encarregado das compras, com mentira, tem que processar e prender esse cara, por- um empresário, mudou tudinho. Quer dizer, isso há. O que ninguém pode caluniar nenhuma pessoa comum, Luiz Inácio é tão ingênuo, ele não teve essa experiên- avalio nosso Presidente da República. Quarenta e oito cia, por isso ele tem nos ouvido. Até a caminha de que reais, Camata! Está aqui: CMI Brasil. Se for verdade, eu gostava a casinha, aquelas coisas de que a gente nosso Luiz Inácio está sendo ingênuo; se for mentira, gosta, os móveis antigos, tudo, tudo estava mudado. O vamos prender esse CMI Brasil agora. Mas, R$48,00 que foi isso? O da despesa e o empresário, que quer o quilo da carne lá? E parece que é verdade, porque vender. Tudo, tudo. Não conhecia mais nada. Só não ele diz aqui que é especialidade Reisman: carnes ar- trocaram Adalgisa. Mas os móveis e tudo o empresário gentinas tipo Red Angus. Ele diz até de onde veio, 4016 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 o tipo. Rapaz, o cabra lá é bom, esse não sei. Quero inclusive uma CPI em cima da outra, porque sei, como até que, quem puder, me dê. Olha, quando você for V. Exª falou, pode prejudicar os trabalhos da Casa. lá em Rondônia... Não foi convidado para ganhar o Por isso, até já informei ao Presidente que eu te- título? Vou pedir lá ao nosso grande Governador Ivo nho paciência. Eu quero apurar! Vou apurar! De qual- Cassol: quero comer esse diabo aqui, porque nunca quer forma! Vou apurar! É a minha responsabilidade, é comi. Como muita carne de coelho lá. Custa R$26,00 meu dever. Mas eu não posso atrapalhar os trabalhos o quilo. Mas, R$48,00 o quilo? Sei que não é um luxo, desta Casa. E, assim, já informei ao Presidente. E a mas tem que ser, tem que fazer o controle. Então, V. sua preocupação é legítima. Exª está trazendo isso. O Senado tem que ser isto: Senador Camata, prezado Presidente, vou des- denunciar, denunciar, denunciar. cer desta tribuna parabenizando, assim como o fez O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Obrigado, o Senador Cristovam, os Líderes, principalmente os Senador Mão Santa. Líderes de Oposição: Senador Arthur Virgílio e Sena- O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) dor José Agripino, por terem colocado suas posições – Senador Mário Couto, peço a V. Exª que encerre. patentes, responsáveis, e mostrado ao Governo que O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Já vou a Oposição aqui neste Senado tem vez, sim! A Oposi- encerrar. Quero dar apenas um minuto para cada Se- ção aqui neste Senado é uma Oposição responsável nador que pediu aparte. e legítima. Portanto, tem de ser respeitada. O escân- Senador Cristovam, é um prazer ouvi-lo. dalo dos cartões corporativos é evidente. Não se pode O Sr. Cristovam Buarque (PDT – DF) – Senador mais esconder de forma alguma. Aliás, já tem até réu Couto, o prazer é meu dar um aparte ao senhor, que confesso. A ministra, que se demitiu, confessou. O tem empolgado tanto nessas tardes aqui, não só a nós, Ministro do Esporte confessou! Agora, ministro, com mas a todo o público, com sua ênfase guerreira. todo o respeito, peça demissão! Saia do cargo! V. Exª O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Obriga- vai a público dizer que trocou o cartão corporativo do do. Governo com o seu particular? Isso é uma vergonha, O Sr. Cristovam Buarque (PDT – DF) – Quero ministro! insistir, mais uma vez, Senador Mão Santa e todos Depois, está comprovado que V. Exª pagou um os Senadores, que a gente não pode ficar paralisado hotel em Copacabana com cartão corporativo e hos- tantos meses por causa de um escândalo e não pode pedou esposa, filho, empregada doméstica... deixar de investigar os escândalos. Parabenizo o Líder Ministro, dou uma sugestão a V. Exª: peça de- do Governo e o Líder da Oposição por terem chegado a missão. Fica mais ético. É uma mostra de que V. Exª um acordo, e, finalmente, a gente tenha essa CPI. Mas não quer um cargo público para usar para si próprio. já estou vendo que vamos ter outras e outras. Por isso, É uma prova de que V. Exª não pode mais, nem deve, quero insistir que pensemos como saída para manter esconder o que gastou do povo brasileiro. a investigação, sem parar esta Casa, criarmos comis- Muita gente, Senador Duque, não sabe o que é são permanente de inquérito. Existe a Comissão de dinheiro público ou faz que não sabe o que é dinheiro Educação, a de Economia, a de Infra-Estrutura; cria-se público. É brincadeira, Senador, dizer que eu me en- uma comissão permanente de inquérito. Toda denúncia ganei ao puxar um cartão do bolso para efetuar um vai direto para essa comissão que já está constituída, pagamento sem saber que aquele cartão era o do Go- já tem seus membros prontos, tem o seu presidente. verno e não o meu. Um Ministro de Estado de um País Elege-se apenas o relator, e que seja um relator não chamado Brasil ir a público falar isso!? E a Oposição do partido do presidente da comissão. Eu estou com tem que ficar calada?! essa proposta e vou continuar lutando. Creio que é uma Ministro, mais uma vez, peço que respeite a po- maneira de não fugir da responsabilidade de investigar, pulação brasileira. Ministro, respeite a classe média, sem cair na paralisia que a gente tem caído. tão sofrida. Ministro, respeite os aposentados que estão sofrendo tanto neste País. Demita-se, ministro. (Interrupção do som.) Dê um bom exemplo aos filhos deste País, a todos os O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Mas é a brasileiros e brasileiras. Dê o exemplo, ministro, e se pura verdade, Senador Cristovam. Senador, eu, que demita. Esse é o melhor caminho que V. Exª devia usar dei entrada na CPI do Dnit, fui o segundo Senador a para mostrar a todos os brasileiros. dar entrada, ano passado, numa CPI, mas já falei ao Muito obrigado, Sr. Presidente. Presidente que a prioridade hoje é a CPI dos cartões O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) corporativos. Eu vou esperar para depois não montar – Obrigado, Senador Mário Couto. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4017 Com a palavra o Senador Gerson Camata, para Cadê a Organização dos Estados Americanos? Por uma comunicação inadiável. Cinco minutos é o tempo que não se faz uma força multinacional para acabar regimental. com aquela vergonha de guerrilheiros traficantes que O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES. Para estão enchendo o Brasil de cocaína, fazendo do Brasil uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) um entreposto de cocaína no mundo, envergonhando – Muito obrigado a V. Exª, Sr. Presidente. o Brasil, passando 30% da cocaína pela Venezuela? Primeiro queria dar a V. Exª a notícia de que aca- Onde está o Brasil que não impõe respeito às suas ba de chegar à Casa... fronteiras, que asila às vezes esses guerrilheiros do O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) narcotráfico? Onde estamos brasileiros? Cadê a Or- – O Senador Gerson é um cumpridor do Regimento ganização dos Estados Americanos para uma inter- e deseja... venção em acordo com o governo de lá para acabar O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – Estou com isso? Isso é uma vergonha para a América La- fazendo o maior esforço para isso. tina, barbarizando, judiando Deputados, Senadores, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) pobres e crianças. – E deseja impor a esta Casa um Regimento moderno Enquanto esta América Latina não se respeitar que possa realmente ser respeitado. não vai merecer o respeito do resto do mundo. O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – Muito Nós não podemos, Sr. Presidente, Srªs e Srs. obrigado a V. Exª. Senadores, ser respeitados se não respeitamos a Acaba de chegar à Casa a Mensagem do Se- condição humana desses quatro mil seqüestrados nhor Presidente da República instituindo a reforma que estão nas mãos desses narcotraficantes. Desses tributária. Acaba de chegar exatamente agora. Está mesmos narcotraficantes que não respeitam a fronteira quentinha ainda. do Brasil, que transitam as drogas, que compram as Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quem suas armas por meio do Brasil, que receberam apoio abre os jornais hoje vê mais uma vez a triste notícia militar do Sr. Fidel Castro, que está sendo aí exaltado – é triste a notícia – da liberação de reféns das Farc, como o grande herói da América Latina, o herói que Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a nar- matou gente no Brasil, matou gente na Bolívia, matou coguerrilha colombiana. E tanto no jornal a Folha de gente em Angola, matou gente em Abissínia e matou S.Paulo como no Estadão tem a fotografia dos quatro gente na Etiópia. Onde estamos? Onde está o Brasil? liberados, mas tem quatro mil seqüestrados, quatro O que estamos fazendo neste Parlamento que não se mil seqüestrados, Senadores, Deputados, quatro mil, levanta num grito político de revolta? Pelo contrário, Senador Suplicy. Estão lá. Não posso conceder aparte um Partido político do Brasil dá asilo a um guerrilheiro, a V. Exª, embora instado, porque a minha fala é para procurado pela polícia daquele país, e o acoberta sob uma comunicação inadiável, infelizmente. a suspeita de ter financiado campanha política desse Pois bem, a gente vê as fotografias desses se- Partido que hoje está no Governo do Brasil. qüestrados antes e depois. Cinco anos seqüestra- Algum coisa muito grave está escondida embai- dos. Tem gente há dez anos. Crianças há dez anos xo disso tudo e eu manifesto aqui, Sr. Presidente, a seqüestradas. E a gente vê que em cinco anos eles minha revolta e a revolta do povo colombiano, que co- envelheceram vinte, quinze anos, tiveram suas fisio- locou cinco milhões de pessoas nas ruas de Bogotá nomias destruídas, fantasmas vivos entregues àquele e nas ruas do mundo inteiro contra essa barbárie que ditadorzinho lá da Venezuela, o Chávez. praticam contra crianças, velhos, Senadores, senho- Pois bem, a América Latina agora está numa con- ras; são quatro mil seqüestrados e milhões de jovens fusão tão grande que tem o bandido de esquerda e o sendo destruídos pela droga, pela cocaína, pela merla bandido de direita. A ideologia de esquerda e de direita distribuídas nesse país, que são também, através do está acabando no mundo, mas na América Latina tem Brasil, jogados para a Europa para financiar as suas o bandido de direita e o bandido de esquerda. atividades. No Haiti, Bastide Aristides, que era o Presidente, O Brasil cada dia perde um pouco mais da sua tinha lá tipo uns tonton macoutes, que eram considera- dignidade quando apóia essas barbáries. dos assim uns bandoleiros de direita. Houve interven- Muito obrigado, Sr. Presidente. ção, o Brasil mandou tropa, prenderam os bandidos, O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) limparam o Haiti, colocaram o Presidente eleito pelo – Sr. Presidente, pela ordem. povo nas ruas e levou ele prisioneiro para a África do O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Sul. Esses, sob os cuidados dele, eram os bandidos – Pela ordem, tem a palavra o Senador Eduardo Su- de direita. E os bandidos de esquerda da Colômbia? plicy. 4018 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Pela O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES. Para ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, so- uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – Sr. bre o assunto do Senador Gerson Camata, se o Líder Presidente, eu queria agradecer ao Senador Suplicy Valdir Raupp me permite, eu gostaria de uma breve pelo empenho de S. Exª e do Senador Heráclito For- informação. Hoje, na Comissão de Relações Exteriores, tes na Comissão de Relações Exteriores. Desejo di- diversos Senadores apresentaram um requerimento zer que eu nunca, depois do pronunciamento que fiz que o Presidente Heráclito Fortes e o Vice-Presidente aqui, teria coragem de ir à Colômbia, por razões ób- e Presidente em exercício Eduardo Azeredo acharam vias. Depois, dizer também que eu vou lá na Comissão por bem que seja apreciado e votado na próxima se- assinar um requerimento para que seja convidada a mana. Praticamente todos os Senadores, pelo menos vir à Comissão a Srª Ingrid Betancourt, a grande Se- doze presentes, assinaram no sentido de que seja con- nadora da Colômbia, que foi candidata à Presidência vidada para vir ao Senado brasileiro, à Comissão de da República e que está sendo barbarizada e morta Relações Exteriores, a Senadora Piedad Córdoba, que lentamente pela guerrilha. Vamos convidá-la para vir tem se empenhado para que haja esse entendimento aqui, para ver se esses facínoras vão permitir que ela entre o Governo Álvaro Uribe e as Farc e possa haver saia de lá para vir aqui. a libertação de um número cada vez maior de reféns até que se chegue a um entendimento completo. O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP.) O Presidente Sarkozy, da França, muito empe- – Sr. Presidente, apenas para dizer que assino conjun- nhado na libertação da ex-candidata a Presidente da tamente o requerimento de V. Exª. Aliás, vou acrescer Colômbia, Senadora Ingrid Betancourt, cujo estado de o nome da Senadora Ingrid Betancourt para que, o saúde, segundo os que foram libertados ontem, está quanto antes, possa ela também vir, juntamente com muito frágil, mencionou no dia de hoje que se trata a Senadora Piedad Córdoba, para que inclusive nos de uma questão de vida ou de morte para a França. transmita tudo o que tem sofrido nesse tempo em que Inclusive ele quer ir à fronteira entre a Colômbia e a está como prisioneira das Farc. Venezuela para ajudar no resgate e na libertação da O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Srª Ingrid Betancourt. – Senador Valdir Raupp... Quero aqui, com o mesmo espírito que o Sena- Senador Expedito Júnior, pela ordem. dor Gerson Camata expressou, transmitir que se trata O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO. Pela de uma questão de esforço, de empenho de natureza ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estou humanitária, de natureza política, visando a democra- inscrito para falar. Qual é o meu número de inscrição, tização de todos os países das Américas; que possa Sr. Presidente? haver, o quanto antes, a superação dos problemas, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) inclusive desses seqüestros. – Há dois oradores na sua frente na lista de oradores Será muito bom se nós, Senadores, pudermos inscritos. colaborar com isso – e esse é o sentido da sugestão O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) do convite à Senadora Piedad Córdoba –, para que – De qualquer maneira, vou me inscrever pelo Parti- ela possa aqui nos dar uma explicação desse esfor- do também. ço que faz. Por outro lado, os próprios Senadores, o O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Senador Heráclito Fortes mencionou a possibilidade – OK. V. Exª está inscrito. de alguns de nós irmos eventualmente à Colômbia, O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO. Pela ordem. mas obviamente isso requer o convite, o contato, o Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro, diálogo prévio. Enfim, eu gostaria de informar ao próprio Sena- gostaria de uma informação: se nós vamos ter Ordem dor Gerson Camata que avalio a necessidade de um do Dia hoje. empenho de todos nós para colaborar com esse es- O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) forço, que é inclusive do próprio Presidente Sarkozy, – Ordem do Dia há, mas me parece que a pauta está da França, para que Ingrid Betancourt, o quanto antes, sobrestada em função das medidas provisórias, mais seja libertada, aliás, que todos sejam libertados. uma vez trancando a pauta, e certamente nós não te- O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – Sr. remos deliberação. Deliberação há quando há medida Presidente, peço a palavra por ter sido citado nomi- provisória, desde que ocorra entendimento de liderança, nalmente. já que o quorum é sempre um risco para o Governo. O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Como não creio em entendimento de liderança no – Senador Gerson Camata, v. Exª tem a palavra. dia de hoje, certamente não teremos deliberação. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4019 O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Após a Oriental, Ocidental, nós temos de dar, primeiro, solu- Ordem do Dia, mesmo sem deliberação, aumenta o ção aos problemas brasileiros. tempo dos oradores e dos líderes. Eu sou de uma geração que foi e é ainda profun- O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) damente nacionalista. Nacionalista! Essa globalização – Exatamente. para mim é meio inaceitável, muito embora eu tenha O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Prefiro, tido ocasião de aprovar as idéias sempre internaciona- então, ficar para falar depois da Ordem do Dia. lizadas, no bom sentido, do Senador Eduardo Suplicy, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) um dos mais queridos no meu Estado. – V. Exª fica inscrito para depois da Ordem do Dia, Quando entrei aqui hoje, eu estava ouvindo a como Líder do PMDB. palavra e as idéias de um dos maiores médicos do O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Muito Brasil, que é o Dr. Francisco de Assis de Souza. Não obrigado, Sr. Presidente. sei se V. Exª sabe quem é. Sabe quem é? O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) – Com a palavra o Senador Paulo Duque, que fez per- – É o nosso querido Senador Mão Santa. muta com o Senador José Nery. O SR. PAULO DUQUE (PMDB – RJ) – É o Sena- Senador Paulo Duque, V. Exª está inscrito. Deseja dor mais querido do meu Estado hoje, o Senador mais fazer uso da palavra? popular, muito mais do que os políticos que já passa- Com a palavra o Senador Paulo Duque, por per- ram por aqui. É incrível! S. Exª conseguiu isso vindo muta com o Senador José Nery. Em seguida, o Senador do Nordeste, vindo do Piauí, vindo de uma terra onde Expedito Júnior poderá fazer uso da palavra. foi Prefeito com 98% dos votos, o que é um exemplo O SR. PAULO DUQUE (PMDB – RJ) – De quanto sensacional de democracia coletiva. Não sei se ele tempo disponho, Sr. Presidente? gostou dessa designação: “democracia coletiva”. Quer O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) dizer, a cidade inteira acordou, lavou o rosto, escovou – De dez minutos, para o pronunciamento de V. Exª. os dentes, tomou café, olhou o jornal, olhou o tempo, Como os oradores que o antecederam fizeram uso e todo mundo na mesma hora foi votar para prefeito no de tempo além do regimental, se V. Exª necessitar, Dr. Mão Santa. Isso realmente é fenomenal! também usaremos da mesma medida, em respeito ao Conforme eu já disse uma vez aqui, estou com direito de V. Exª. as pessoas mais poderosas do País: ex-governado- Com a palavra o Senador Paulo Duque, do Rio res, ex-senadores, Deputados com vários mandatos. de Janeiro. Eu só tive um voto, só tive um voto e vim aqui. Depois, O SR. PAULO DUQUE (PMDB – RJ. Pronuncia dizem que o carioca... Não. Só tive um voto. Suplente, o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – O Pre- segundo suplente, não esperava, jamais, com um voto, sidente da Casa, um ex-Governador, Parlamentar há chegar aqui a este Senado. E gostei do Senado. Cada muitos anos, verdadeiramente um gentleman, con- vez que venho ao Senado, defendo mais esta Casa, cede-me cinco minutos, ou dez minutos, ou quinze, porque vejo aqui o Brasil. E não é só a figura teórica talvez, quem sabe. do Brasil; são as pessoas do Brasil. Pessoas com as Eu tinha arquitetado falar aqui sobre um assunto, feições dos vários Estados brasileiros, os costumes os mas a gente, às vezes, é obrigado a mudar na hora; mais diferenciados. Não estranhei muito, porque exis- e da tribuna. E quando eu estava ingressando nesse tem pessoas de todos os recantos deste País no Rio de recinto, que considero um recinto sagrado, que eu con- Janeiro. É o único lugar em que não existe mulher feia. sidero um recinto Brasil, pois o Brasil está aqui den- Nenhuma! Todas são bonitas. É o Rio de Janeiro. tro, eu ontem fiquei profundamente ferido ao verificar A primeira coisa que fiz ao chegar aqui foi conhe- ofensas que foram feitas aqui ao Senado como circo, cer o Senado na sua estrutura. Conheci a Gráfica, que como farsa. Deixei passar. Deixei passar de propósito. é a maior da América do Sul, conheci a Diretoria-Ge- O ambiente estava tão indefinido, tão tenso, tão de- ral, a parte financeira do Senado, e ontem conheci, Dr. sagradável, tão antiparlamentar, que eu não quis nem Francisco de Assis, o setor médico desta Casa, que é mesmo tomar parte nele. Nem mesmo isso! E vejo uma perfeição. Talvez a grande maioria não conheça, com satisfação o brilhantismo em que hoje o Senado mas é um verdadeiro hospital o Serviço Médico desta se encontra, a preocupação com as pessoas fora do Casa, a Secretaria de Assistência Médica e Social do país, como se nós, que temos dificuldade em dar so- Senado Federal. Não pensem que é uma sala. uma lução aos nossos problemas, possamos dar solução saleta que há ali, não. É um hospital existente aqui, e aos problemas dos outros. Seja a Colômbia, seja a aconselho todos os médicos que há aqui a participarem, Etiópia, sejam os Estados Unidos, seja a Alemanha a tomarem conhecimento do perfeccionismo a que se 4020 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 chegou aqui para dar assistência médica não só aos Estou inscrito novamente para outro assunto. Se Senadores – seria injusto – mas aos 10 mil servidores houver oportunidade, voltarei a esta mesma tribuna. desta organização política. Agradeço, Sr. Presidente Alvaro Dias, pela genti- Por isso, Sr. Presidente, Senador Alvaro Dias, leza do tempo que me concedeu em excesso. Srªs e Srs. Senadores, pedi a palavra neste momento O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) para fazer uma homenagem toda especial, a fim de – Muito obrigado, Senador. que constem, nos Anais aqui de nossa Casa, no nosso A Presidência convoca sessão conjunta solene Diário Oficial, todos os médicos e todos os servidores do Congresso Nacional a realizar-se no próximo 11 de que prestam serviços nessa repartição. março, terça-feira, às 10 horas, no Plenário do Senado O Serviço Médico hoje está sob a direção do Dr. Federal, destinada a comemorar o Dia Internacional da Paulo Roberto Rodrigues Ramalho, que dá 100% das Mulher e agraciar as vencedoras do Diploma Mulher 24 horas do dia, ele e sua admirável equipe, ao serviço Cidadã Bertha Lutz. médico, no setor médico e odontológico. O servidor, O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) que ouve tanto falar mal da saúde em todos os Esta- – A Presidência recebeu, do Supremo Tribunal Federal, dos da Federação o Ofício nº 442/2008, de 22 do corrente, comunicando que deferiu parcialmente liminar na Medida Cautelar (Interrupção do som.) em Argüição de Descumprimento de Preceito Funda- O SR. PAULO DUQUE (PMDB – RJ) – ...deve- mental nº 130, para determinar que juízes e tribunais ria conhecer o organismo que trata da saúde do seu suspendam o andamento de processos e os efeitos servidor, dos seus Senadores. É importante isso. Não de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida sei se o Dr. Francisco de Assis já esteve lá, mas é um que versem sobre determinados dispositivos da Lei dos melhores hospitais por que eu já passei um dos nº 5.250, de 1967 (Lei de Imprensa). melhores aqui em Brasília. Há outros, mas, em matéria O expediente será juntado, em cópia, aos proces- de repartição pública, dificilmente alguém vai encontrar sados dos Projetos de Lei do Senado nºs 257 e 315, uma assistência dessa natureza. Se eu já tinha uma de 2005, que retornam à Comissão de Ciência, Tecno- impressão muito positiva dessa parte, ela se robuste- logia, Inovação, Comunicação e Informática. ceu muito agora. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Sr. Considero esta Casa sagrada, porque foi imagina- Presidente, pela ordem. da, arquitetada por um dos maiores técnicos do nosso O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) – País. Neste Senado e no Palácio Tiradentes acontece- Pela ordem, tem a palavra o Senador Arthur Virgílio. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela ram os grandes episódios políticos do Brasil. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, por Juscelino Kubitschek, por exemplo, que foi Sena- decisão da Bancada do PSDB, comunico à Casa e ao dor, Deputado Federal pelo Rio de Janeiro e Presidente País que, levando em conta os eventos da Comissão da República no Rio – tudo indica que o seria duas ve- de Orçamento, a começar por esse tal Anexo 1, que, zes –, esteve sentado aqui representando Goiás. Tenho a meu ver, coloca sob suspeição os trabalhos daque- uma curiosidade. V. Exª talvez possa me esclarecer. Dois la Comissão, acordo quebrado para se derrubar o tal dias antes de ter o seu mandato de Senador cassado Anexo 1, no valor de R$534 milhões, para realizarem nesta Casa, ele fez um discurso um pouco lido e um privilégios, à revelia do bom senso, cortando recursos pouco espontâneo. Tenho a curiosidade de saber de essenciais para o funcionamento da Justiça brasileira, que poltrona ele falou: se falou desta tribuna, daquela fazendo perseguição política e cortando verbas essen- tribuna ou de uma das poltronas dos 81 lugares desta ciais para obras fundamentais de Estados dirigidos por Casa. Será que alguém aí poderia me esclarecer isso? figuras eleitas pela oposição; levando em conta que Porque é uma passagem histórica. Os Parlamentares temos advertido que aquilo ali vai acabar num grande daquela época, seguramente, poderão me esclarecer. escândalo; levando em conta que temos proposto, in- Estou fazendo um desafio, estou fazendo uma pergun- sistentemente, o fim da Comissão de Orçamento, para ta, sem reposta até agora. Tenho esperança de que o as questões temáticas serem deliberadas nas comis- Senador Alvaro Dias, que ora preside esta sessão, vai sões temáticas das Casas – Comissão de Saúde da me esclarecer isso. Câmara e Comissão de Saúde do Senado examinando Estou aqui como um admirador permanente da questões de saúde – e, no final – isto é idéia do Sena- instituição. A instituição é que vai ficar, vai permane- dor Sérgio Guerra –, uma comissão de sistematização cer. Um ou outro vai embora, “some da parada” e não que, como aconteceu na Constituinte, afunilaria os denigre mais esta tribuna. trabalhos, tudo isso com muita transparência e sob os Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4021 olhos da imprensa brasileira e da Nação; levando em O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) conta tudo isso, o PSDB decidiu obstaculizar duramen- – O ofício lido vai à publicação. te a aprovação da peça orçamentária no Congresso, O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB manter obstrução aos trabalhos nesta Casa. – AC) – Sr. Presidente, permita-me... Além disso, hoje enderecei ofício à Mesa do O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Congresso Nacional retirando todos os membros – Senador Geraldo Mesquita Júnior, pela ordem. titulares e suplentes do PSDB da Comissão de Or- O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB çamento. Nós simplesmente, a partir de hoje, não – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- fazemos mais parte dessa Comissão de Orçamento sidente, a decisão que a Bancada do PSDB toma, porque não queremos coonestar os métodos e os sob a liderança do eminente Senador Arthur Virgílio, é rumos que ela adotou. muito grave, mas eu a compreendo. Quando o Sena- Posso informar a V. Exª que, nesta mesma hora, dor presidia o Congresso Nacional, deve o Deputado José Aníbal, Líder do PSDB na Câ- ano retrasado, ele designou uma comissão para fazer mara dos Deputados, estar fazendo comunicação um estudo com vistas à revisão daquela Comissão de idêntica, porque também sairão da Comissão de Or- Orçamento. Eu pedi para fazer parte dessa comissão çamento todos os Deputados titulares e suplentes do e fui designado como um dos seus membros. Lá che- nosso Partido. Não somos, portanto, responsáveis gando, na primeira reunião dessa comissão, propus pelo que está lá e saímos em protesto pelo que lá está – fui para lá com essa finalidade – que a Comissão ocorrendo. Essa é uma decisão que tomamos com de Orçamento fosse de fato extinta e a matéria orça- maturidade, com tranqüilidade, preservando o bom mentária fosse distribuída pelas comissões temáticas nome do partido e entendendo que está na hora de tanto da Câmara como do Senado. Para ser sincero, darmos o primeiro salto para se alertar o País sobre o fui quase linchado. A idéia foi rechaçada, porque então era considerada uma idéia absurda. que possa estar acontecendo de equivocado ali. Talvez Vejo já tramitar nesta Casa esse assunto, essa isso venha a merecer – essa é uma reflexão para a proposta. Estou aqui apenas considerando que, ape- semana que vem – até uma investigação mais séria e sar de ser grave a decisão do PSDB, eu a compreen- mais profunda, porque não é cabível que a peça orça- do perfeitamente, porque aquilo ali, de fato, como é mentária não seja tratada neste País com a seriedade usual se dizer aqui ultimamente, é um foco de grande que este País precisa exigir dos seus representantes preocupação e pode envolver a Câmara, o Senado e Parlamentares, Sr. Presidente. o Congresso Nacional em uma grande confusão, mais Muito obrigado. uma vez, neste País. O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) – A Presidência vai fazer a leitura do ofício do Senador – Pela ordem, Sr. Presidente. Arthur Virgílio, Líder do PSDB. O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) Sobre a mesa, ofício que passo a ler. – Pela ordem, com a palavra o Senador Eduardo Su- É lido o seguinte: plicy. O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, permi- Ofício nº 23/08-GLPSDB ta-me perguntar ao Senador Arthur Virgílio e aos Srs. Brasília, de fevereiro de 2008 Senadores... Fiz uma viagem, a convite da Assembléia Constituinte do Equador e da Universidade Andina Senhor Presidente, Simon Bolívar, para expor contribuições sobre o que Nos termos regimentais, solicito a V. Exa, a exclu- nós, constituintes brasileiros, e o Parlamento brasilei- são dos Senadores Sérgio Guerra e Cícero Lucena, ro temos para interagir com a Assembléia Constituinte como titulares, e Flexa Ribeiro e Lúcia Vânia, como do Equador. E tive a impressão de que, ontem, havia suplentes, na Comissão Mista de Planos, Orçamen- ocorrido um entendimento entre a Oposição e a Base tos Públicos e Fiscalização, das vagas destinadas ao de Governo no Senado, anunciado hoje na imprensa, PSDB. segundo o qual a Senadora Marisa Serrano teria sido Na oportunidade, renovo protestos de apreço e indicada, de comum acordo, para presidir a CPI Mis- distinta consideração. ta sobre os cartões corporativos e o Deputado Luiz Atenciosamente. – Senador Arthur Virgílio, Lí- Sérgio seria o Relator. Então, os trabalhos hoje iriam der do PSDB. fluir naturalmente. Senadores me dizem que, ontem, 4022 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 houve, de fato, um entendimento, mas eis que o PSDB tária brasileira, a forma arbitrária como quebraram anuncia nova obstrução. acordos celebrados aqui no Senado com Lideranças Então, eu fico, sinceramente, pensando: será da Câmara e Lideranças do Senado, para fazer algo que, desta maneira, nós só vamos, de obstrução em que, de forma alguma, exalta aquela Comissão. Exi- obstrução, dificultando os trabalhos do Congresso e, gimos satisfação, o que ficou muito claro. especialmente, os do Senado? Será que o espírito da- O Senador Suplicy não acompanhou nossas queles... Eu quero dizer ao Senador Arthur Virgílio... seguidas manifestações – minhas, do Senador Sér- Eu, por exemplo, transmiti ao Senador Tião Viana, à gio Guerra, do Senador Tasso Jereissati, do Senador Senadora Ideli Salvatti, ao Senador Valdir Raupp e Flexa Ribeiro. Seguidas manifestações. Aqui falamos, ao Senador Romero Jucá que fui favorável a que se e muito, sobre isso. chegasse a um entendimento. Eu estava certo de que Finalmente, deixamos bem claro que não con- poderíamos avançar. E eis que noto que a obstrução cordamos com medidas provisórias que deturpem recomeça. Então, será que o PSDB vai recomeçar a a execução orçamentária – a exemplo de uma que obstrução a cada momento, a cada passo, por cada estaria para ser votada ontem; mas obstaculizamos coisa que se passa? É a pergunta que faço. essa votação, graças a Deus –, medidas de crédito or- O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Muito çamentário que deturpem a execução do Orçamento. bem, Sr. Presidente. Vou responder ao Senador Edu- A peça orçamentária passa a não valer muita coisa, ardo Suplicy. além de se configurar uma grande ilegalidade, uma O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB – PR) grande inconstitucionalidade, como o Senador Tasso – O Senador Arthur Virgílio tem a palavra para respon- Jereissati demonstrou à farta, com a letra da Consti- der à pergunta do Senador Eduardo Suplicy. tuição nas mãos. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela or- E mais: o Presidente Senador Garibaldi reconhe- dem. Sem revisão do orador.) – Fico feliz de saber que ceu que estava diante de uma inconstitucionalidade. o Senador Suplicy, depois de sua viagem ao Iraque, Teve esse gesto e foi por todos nós muito elogiado no esteve também na região andina. Isso mostra como, dia de ontem. de fato, é uma pessoa vocacionada para compreen- Se isso tudo não é motivo para se pararem os der, de maneira muito humanitária, os sentimentos e trabalhos legislativos até que se encontrem soluções os sofrimentos dos povos todos da humanidade. Mas, que reponham a moralidade, o respeito ao Congres- então, vou ser bastante tópico. so, não sei mais como eu interpretaria a bela história São coisas bem diferentes. Houve um acordo. do PT, Partido de que o Senador Suplicy chegou a ser Esse acordo está bancado pelo Ministro José Múcio Líder nesta Casa. e pelo Líder Romero Jucá. E nós acreditamos nele. Falando em obstrução, Senador Mão Santa, sinto- Presidência para o PSDB, porque foi esse o acor- me uma criança perto do Senador Suplicy em matéria do entre o PSDB e DEM, da CPI Mista. O PSDB do de obstrução, porque faço muito pouca obstrução aqui. Senado indica o Presidente. E o PT da Câmara, por Nós votamos, colaboramos, fazemos acordo, ajuda- delegação da Câmara, porque não é o maior Partido, mos o Governo a aprovar matérias. O Governo não indicaria o Relator. aprovaria matéria qualquer sem a nossa ajuda aqui. Tem havido, inclusive, um entrosamento bom, Sr. Ao passo que o meu querido amigo Eduardo Suplicy e Presidente, entre o Deputado Luiz Sérgio e a Senadora o seu Partido têm mais horas de obstrução que urubu Marisa Serrano. Ele já telefonou para ela, muito cortês. de vôo. Isso é um fato inequívoco. Ela ficou muito feliz com essa primeira abordagem do Então, estamos aqui exercitando um direito, um Deputado. E me parece que ambos estão muito imbu- dever e aguardando, inclusive, que pare essa agitação ídos do dever de fazer um bom trabalho. da Câmara em relação à promessa feita, ao compro- Quero registrar isso, com muita isenção. Então, misso empenhado pelo Ministro José Múcio e pelo nós queremos ver, primeiro, o cumprimento disso. A Senador Romero Jucá, em nome do Governo. Não é resposta ao não-cumprimento disso seria nós fazermos para ficar mais havendo chuva nem trovoada nesse algo natural, que é pedir a leitura da CPI, que está aqui episódio. na Casa. Nós queremos apurar! Se percebermos que Então, Senador, espero ter esclarecido V. Exª, não há vontade de apurar, nós teremos de reagir, por- mas saiba que V. Exª precisa se informar sobre o Ane- que não vamos permitir que não se apurem os fatos. xo I do Orçamento. V. Exª, sério, como todos sabemos Segundo, nós estamos diante de uma questão que é, reconhecemos e proclamamos, V. Exª vai ficar grave – gravíssima –, que é esse tal Anexo I, que é a horrorizado. V. Exª vai perceber que algo de grave se forma torta como estão elaborando a peça orçamen- passa naquela Comissão. Estamos falando aqui de Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4023 CPI, e talvez mereça uma CPI para o Orçamento, tal- Ivo Cassol, e eu não vou permitir que se cometa mais vez mereça. Não queremos ficar entulhando 20, 30 CPI injustiça com o meu Estado, como se cometeu no pas- porque não é possível, não há nem material humano sado. Eu dizia à população de Rondônia que, todas as para fazer um trabalho à altura, mas aquela ali está vezes que fosse preciso que uma voz se levantasse exigindo um cuidado especial. E não podemos deixar para defender o Governador, para defender o seu povo, de zelar pelo bom nome do Congresso, pela respei- enfim, para defender o Estado de Rondônia, eu sempre tabilidade da Casa que representamos, até para não estaria pronto para defender o meu Estado. sermos confundidos com uma minoria que prejudica. Eu acompanho o Estado de Rondônia desde o Nós entendemos que a maioria dos Congressis- início, com o seu primeiro Governador eleito, Jerôni- tas é de gente honrada, é de gente correta, e temos, mo Santana. Inclusive, com todo o respeito que tenho por outro lado, de saber muito bem separar o joio do pelo Líder do PMDB, do maior Partido desta Casa, o trigo. Se não separamos, o povo, a sociedade vai achar Senador Raupp, que também foi Governador do Es- que tudo é joio, nada é trigo; e, aqui, a maioria é trigo, tado de Rondônia, cuja liderança e trabalho respeito, não é joio. Temos de saber proclamar isso com muita nunca vi um Governador investir tanto como faz hoje clareza. o Governador Ivo Cassol. Agradeço a V. Exª, Senador Suplicy, a adver- Quanto à segurança pública, nunca se fez tanto tência que me fez e só peço que V. Exª não esqueça concurso público como o Governador Ivo Cassol ago- passagens tão bonitas da sua vida, inclusive fazendo ra. Há 20 anos, Rondônia tinha quase um milhão de obstrução aqui, não sei se sempre com razão, Senador habitantes. Tínhamos quatro mil policiais militares. De- Jereissati, mas muita obstrução, muita, muita; o que pois de 20 anos, temos pouco mais de três mil policiais pôde fazer fez. Pode-se dizer do PT qualquer coisa, militares no Estado. O Governador fez um concurso não que não tenha sido um Partido, excessivamente público para 2.400 vagas para policiais militares. até, combativo na Oposição, muitas vezes, inclusive, Na agricultura, ele faz uma verdadeira revolução agredindo a própria ordem jurídica. no Estado de Rondônia. Ali, sim, acontece a verdadeira Recusei-me a pedir o impeachment do Presiden- agricultura familiar em nosso Estado. te Lula, e não havia pouca razão para isso. Ele, sem Quanto à educação, se não estou enganado, ouvi razão para pedir o impeachment do Presidente, pedia o Senador Mesquita, numa Comissão hoje, falando nas ruas o impeachment do Presidente: “Fora, FHC”. sobre transportes escolares. Rondônia é um exemplo E não havia razão para isso. Era meramente o jogo em relação ao transporte escolar, o Governador faz da guerra, da tática de guerrilha desarmada – graças convênios com 52 municípios no Estado de Rondônia, a Deus –, que fez do PT um Partido que acabou se ou seja, com todos os prefeitos do nosso Estado, inde- viabilizando para chegar ao Poder, e chegou. Chegou pendentemente se de Oposição ou da Base aliada. talvez sem um grande projeto de Governo, mas che- O Governador faz convênio com 52 Municípios gou com um projeto de poder muito claro e mostrou a do nosso Estado. sua competência. Está revolucionando as nossas estradas. Não há Muito obrigado, Sr. Presidente. quem cuide melhor das suas estradas do que o Go- O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) vernador de Rondônia, Ivo Cassol. Além de reabrir as – Agradeço as respostas dadas, Sr. Presidente. estradas, além de cascalhar novamente as estradas, o Governador também tem um grande programa de O Sr. Alvaro Dias, 2º Vice-Presidente, pavimentação asfáltica das nossas rodovias. deixa a cadeira da presidência, que é ocupada Tivemos aqui várias dificuldades. Tivemos a ques- pelo Sr. Garibaldi Alves Filho, Presidente. tão do Beron. São dois gargalos de que sempre venho O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB falar aqui da tribuna do Senado. Na questão do Beron, – RN) – Concedo a palavra ao Senador Expedito Jú- no final do ano passado, tivemos aqui uma compen- nior, pela Liderança do PR. sação feita pelo Senado, corrigindo uma injustiça com O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO. Pela o meu Estado. Inclusive eu, o Senador Valdir Raupp Liderança. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, e a Senadora Fátima Cleide também tivemos – acho Srªs e Srs. Senadores, assomo à esta tribuna, mais que houve um consenso dos três Senadores do Es- uma vez, para falar do meu Estado, desta feita para tado – o apoio da Oposição aqui no Senado para que defender o Governador Ivo Cassol. pudéssemos ver essa dívida resgatada. E quem sabe O Senador Mão Santa, de vez em quando, desta- investíssemos mais esse dinheiro em estradas, inves- ca, aqui da tribuna do Senado, mesmo tendo sido um tíssemos mais na educação, investíssemos mais na Governador do Piauí, o trabalho que faz o Governador saúde do nosso Estado. 4024 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Disse ontem na tribuna do Senado e torno a re- to a Senadora Fátima poderemos fazer com que esse petir: o Governo ainda não cumpriu. E isso é ruim para processo acelere. a democracia, porque foi aprovado aqui, pela maioria Mas eu vou conceder a palavra aqui ao Líder do dos Senadores, tanto na Comissão de Assuntos Eco- PMDB e também grande líder do Estado de Rondônia, nômicos como pelo Plenário da Casa, mas estamos Senador Valdir Raupp. tentando que a Justiça faça o Governo cumprir com O Sr. Valdir Raupp (PMDB – RO) – Senador Ex- aquilo que aprovamos nesta Casa. pedito Júnior, V. Exª realmente tem demonstrado uma A questão da PEC dos servidores. Faço um apelo dedicação quase obsessiva nessa questão da trans- aqui ao Senador Raupp, que sempre defendeu essas posição dos servidores e do caso Beron. Eu quero di- questões, é grande líder também no Estado de Ron- zer que essa bandeira já tinha sido levantada também dônia, é líder absoluto do maior Partido do Senado aqui por mim e pela Senadora Fátima Cleide. Nós já nesta Casa e que também exerce uma grande lide- tínhamos aprovado há algum tempo, praticamente dois rança na Câmara dos Deputados, com seu Partido, o anos, a transposição dos servidores aqui, no Senado, PMDB, para que possamos fazer um entendimento, um a PEC 87, e foi remetida à Câmara dos Deputados. É acordo, e entregar ao povo do Estado de Rondônia a claro que precisa de algum ajuste lá na Câmara. Mas transposição dos servidores. a Câmara, com aquele episódio do ex-Presidente Se- Sei da luta do Senador Raupp há muito tempo, verino Cavalcanti, acabou emperrando naquele ano mas acho que é chegado o momento de nos unirmos, e, depois, tudo que passa um ano sem ser apreciado aproveitando essa oportunidade que o Presidente da acaba ficando no limbo. Foi levantado pelo Presiden- Casa está nos proporcionando, do diálogo entre as duas te Arlindo Chignalia, com uma Comissão Especial, da Casas, Senado e Câmara, para priorizar a votação de qual todos os oito deputados de Rondônia fazem parte. alguns projetos do Senado que estão paralisados lá Então, sempre tenho dito ao povo de Rondônia que a bola está na Câmara. A bola saiu do Senado e está na Câmara e de alguns projetos da Câmara que estão na Câmara, é essa PEC. E a Câmara é que tem que paralisados aqui no Senado. cumprir o seu papel de apreciar e aprovar essa PEC Então, acho que é a oportunidade. Temos con- da transposição dos servidores, que é uma coisa justa. dições de viabilizar isso com a Oposição e teríamos Como V. Exª falou, o Estado do Amapá e o Estado de condições de viabilizar com a base aliada, para dar- Roraima já fizeram no passado. Na questão do ban- mos essa resposta ao povo do Estado de Rondônia co Beron, eu era Governador à época. Fiquei 45 dias e resolvermos aí um dos maiores gargalos do nosso com o banco. Apenas 45 dias. Logo passou por uma Estado. Vamos resolver o problema de quase 30 mil espécie de intervenção do Banco Central e o rombo foi servidores do Estado de Rondônia. Cada pessoa com aumentando. Havia uma dívida, juntando o Beron e a que se conversa no Estado, seja do mais humilde ao Rondonpoup, uma agência de crédito de habitação, que mais graduado, tem alguém que está sendo beneficiado somava em torno de R$90 milhões. É claro que depois com essa transposição dos servidores que aconteceu teve o PDV do servidor, com mais R$63 milhões. Uns no Amapá, que aconteceu em Roraima e eu não sei R$150 milhões o Estado deve. Ou devia. Isso corrigido por que não aconteceu no Estado de Rondônia. deu um pouco mais. Mas não os R$500 milhões que o Eu não quero ficar de pires na mão pedindo fa- Banco Central impôs ao Estado de Rondônia. Então, é vor a ninguém, não, Senador Mão Santa. Isso é uma justo, também, que isso se resolva de alguma forma. obrigação com o meu Estado, é uma obrigação com Eu advogo a tese do entendimento bilateral. Em tudo o antigo território. que se faz unilateralmente, a outra parte se sente um Acho que é a oportunidade de nós construir- pouco agredida e acaba não cumprindo, muitas vezes, mos, Senador Raupp, e pavimentarmos um caminho se não for rigorosamente constitucional. Nem tudo que para que possamos buscar o entendimento, pegando aprovamos aqui no Senado, infelizmente, Sr. Presi- uma carona com o nosso Presidente Garibaldi, que dente Senador Garibaldi, tem virado lei. Está aí, para está sinalizando com essa possibilidade de entendi- amostra, a questão eleitoral. Achávamos que o Sena- mento entre as duas Casas. Quem sabe vamos ter a do tinha aprovado leis para regulamentar a questão possibilidade de ver esta PEC, que já foi votada pelo eleitoral, mas vira e mexe o TSE manda de lá para cá Senado, que já foi votada também lá na Câmara dos um petardo, pegando de surpresa todos os Deputados Deputados pela Comissão e está parada para ser vo- Federais, Senadores, Governadores e toda a classe tada pelo Plenário daquela Casa. E aí, quem sabe, política do País, porque não reconhece aquilo que foi retorne para cá, porque deve ter algumas alterações. aprovado aqui no Congresso Nacional. Então, não sei Talvez, aqui, tanto eu, quanto o Senador Raupp, quan- o que está acontecendo quanto a essa questão da re- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4025 solução aprovada e promulgada aqui no Senado, que O Sr. Valdir Raupp (PMDB – RO) – Só para o Governo Federal, por intermédio dos seus órgãos, concluir, quero dizer que eu fui o segundo a assinar o Banco Central e o Ministério da Fazenda, não está a PEC da transposição dos servidores de Rondônia. acatando. Tem que ver. Se forem aspectos legais, va- A primeira foi a Senadora Fátima, e eu fui o segundo mos corrigir isso. Vamos tentar traçar um entendimen- a subscrever a PEC da transposição. Muito obrigado, to bilateral entre o Governo, Ministério da Fazenda, Sr. Presidente. Palácio do Planalto, e o Congresso Nacional. Quero O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) – dizer que eu, como líder do PMDB, coloquei a minha Mas de qualquer sorte eu vou contar, Senador Valdir bancada na CAE, Comissão de Assuntos Econômicos, Raupp, com o apoio. Tenho certeza de que V. Exª não que foi quem deu a vitória. Fiz as contas ali, na hora. vai se furtar a fazê-lo. Quem deu a vitória para aprovação daquela resolução Certamente, haveremos de buscar. O Senador foi a Bancada do PMDB. Aqui no plenário do Senado Arthur Virgílio já disse que ia tentar buscar esse enten- também pedi o apoio, e a Bancada do PMDB, que é a dimento com o Presidente da Casa. O Senador José maior do Senado, votou também favoravelmente. Agripino e o Senador João Ribeiro, do meu Partido, O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) – A já se colocaram à disposição para resolvermos esse questão do Beron eu até não vou discutir com V. Exª. É problema do nosso Estado. verdade. E também acho que eu não deixei, de maneira Por fim, Sr. Presidente, agradeço o tempo que V. alguma aqui, de reconhecer o trabalho e o papel impor- Exª me concedeu e digo aos Senadores desta Casa, tante que foi o de V. Exª e também da Senadora Fáti- com todo o respeito que tenho aos demais Governa- ma Cleide. Eu divirjo um pouquinho na questão Beron dores que passaram pelo meu Estado, que nunca vi porque eu acho que o que devíamos nós já pagamos, um governador trabalhar tanto por um Estado, como eu acho que o Estado já pagou o que devia. Devíamos o Governador Ivo Cassol, que faz hoje seu dever de casa no Estado de Rondônia. pouco mais de R$40 milhões e já pagamos quase um Muito obrigado. bilhão, então eu entendo que nós já pagamos. É por O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB isso que o Governador Ivo Cassol adentrou com esse – RN) – Agradeço a V. Exª e concedo a palavra ao Se- requerimento, pedindo a revisão da dívida. nador Flexa Ribeiro. O Sr. Valdir Raupp (PMDB – RO) – Uma cor- O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Pronun- reção... cia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) – Sr. O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) Presidente, Senador Garibaldi Alves, Srªs e Srs. Sena- – Para que seja justo. dores, venho hoje à tribuna do Senado para falar aos O Sr. Valdir Raupp (PMDB – RO) – E eu con- amigos e às amigas do meu Estado do Pará a respeito cordo. de alguns assuntos. O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) – Primeiro, da viagem que fiz, no sábado passa- Agora, estou fazendo o apelo porque V. Exª é o Líder do, ao Município de Marapanim. Participamos de uma do maior Partido nesta Casa. Aproveitando a liderança reunião com os companheiros do PSDB e, depois, da do nosso Presidente, que também é do PMDB, que inauguração do Instituto Social Antônio Dias. está buscando esse entendimento com a Câmara, eu Mando um abraço aos companheiros de Mara- acredito que é possível acelerar a votação da PEC dos panim. Falo dos vereadores Domingos Oeiras, Aciléia Servidores Públicos do nosso Estado. Ainda é possível Azevedo, Francisco Trindade, Fernando Vilhena, bem colocar nesse entendimento que o Presidente está bus- como do ex-Prefeito Raimundo Luiz, do Presidente cando com a Câmara dos Deputados. É este o apelo do Partido, Benilson, e da Secretária, Nelcy, de todos que eu estou fazendo a V. Exª. E já reconheci aqui no os companheiros de Partido que estiveram naquele meu pronunciamento o quanto V. Exª foi importante encontro, além do deputado federal Zenaldo Couti- nessa questão da PEC dos Servidores, tanto V. Exª nho (PSDB) e da deputada estadual Suleima Pega- quanto a autora, que foi a Senadora Fátima Cleide. do, também tucana. Foi uma satisfação encontrar o Mas agora é hora de aproveitarmos esta oportunida- PSDB organizado, com candidato próprio à Prefeitura de que está nos proporcionando o Presidente da Casa de Marapanim. nesse entendimento que ele busca com o Presidente Tenho certeza absoluta de que o trabalho desem- da Câmara. E, quem sabe, nós vamos definitivamen- penhado quando a prefeitura de Marapanim estava sob te resolver este gargalo, que é a PEC dos Servidores a gestão do PSDB é uma demonstração de que todas Públicos, a transposição dos servidores públicos do as obras lá existentes, reconhecidas por todos, foram nosso Estado. executadas em Governos do PSDB, de Almir Gabriel 4026 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 e Simão Jatene. Falo da estrada que liga Castanhal a aos companheiros do Senado Federal que estiveram Marapanim e Curuçá, como a orla de Marudá e tantas comigo em Santarém – elabore um relatório sempre outras obras lá realizadas nos governos anteriores. no sentido de auxiliar o Governo do Estado do Pará Tenho certeza absoluta de que sairemos vito- para conseguir os meios, Senador Alvaro Dias, de co- riosos pela vontade do povo de Marapanim, com o locar aquele hospital para atender à sociedade, pois candidato que será escolhido entre os nossos com- vidas estão se perdendo, enquanto há equipamentos panheiros de lá. Hoje, parece que a indicação é pelo de última geração na área de oncologia, de cirurgia Vereador Domingão, o Domingos Oeiras. Mas as tra- cardíaca, de hemodinâmica, de nefrologia e de UTI tativas continuam. adulto, infantil e neonatal. Isso tudo precisa ser colo- E mando um abraço a todos aqueles que nos re- cado à disposição da sociedade. ceberam lá, inclusive ao nosso amigo Anderson Dias, Fomos acompanhados, nessa visita, pelo Depu- candidato a vereador, que inaugurou o Instituto Anto- tado Alexandre Von, do PSDB; pelo Deputado Carlos nio Dias, para prestar atendimento social na área da Martins, Deputado Estadual do PT; pelo Deputado inclusão digital, na área de corte e costura, ou seja, Antônio Rocha, do PMDB. Quer dizer, foi uma reunião no ensino profissionalizante, dando a oportunidade, suprapartidária. Não fomos lá, para fazer política par- Senador Azeredo, para que a juventude de Marapa- tidária, mas para buscar uma solução de atendimen- nim tenha assistência e a possibilidade de ingresso no to para a população do oeste do meu querido Estado mercado de trabalho. do Pará. Senador Suplicy, o Município de Marapanim é Em seguida, visitamos a Prefeita Maria do Carmo a terra do carimbó. E nós estamos em campanha no Martins, do PT, nossa amiga, e colocamos o Senado sentido de tornar o carimbó um Patrimônio imaterial para ajudá-la, no sentido de que tenha os meios para da cultura do nosso Estado do Pará. o funcionamento do hospital. Em seguida, no domingo, fomos a Santarém, no Estivemos na Câmara Municipal, fomos recebi- oeste do Pará, compondo uma comissão externa do dos pelo Presidente e pela maioria dos Vereadores, Senado, das Comissões de Meio Ambiente, Defesa de vários partidos; também estivemos no Ministério do Consumidor e Fiscalização e Controle, Presidente Público Estadual. Garibaldi Alves Filho, para visitar um hospital regional Essa comissão, que lá foi, tem todos os elementos de média e alta complexidade, inaugurado em dezem- agora, para, junto com o Governo do Estado e pedindo bro de 2006, com dispêndio de recursos da ordem de ajuda ao Ministro Temporão, na reunião que ocorrerá R$90 milhões. E até hoje, passados 14 meses da sua na próxima semana, de posse das informações que inauguração, ainda não foi colocado em funcionamen- to nas finalidades para as quais foi construído, que é chegarão buscar os meios para fazer com que o hos- atender, em média e alta complexidade, 18 municípios pital passe a funcionar. da região oeste do Pará. A imprensa do meu Estado e a do Município de Lá estivemos acompanhados dos Senadores Santarém deram destaque ao assunto, Senador Gari- Sibá Machado, Augusto Botelho, Arthur Virgílio, Cíce- baldi Alves, Presidente. Tenho aqui o Diário do Tapajós, ro Lucena e José Nery. Fizemos uma reunião longa jornal de Santarém, cuja manchete do dia seguinte ao naquele local, e a comissão de Senadores tomou co- da nossa ida ao Município dizia: “Senadores ficam in- nhecimento da situação real do hospital. Mantivemos dignados com a situação do Hospital Regional”. contato com a Secretária de Saúde do Estado do Pará, Os jornais da Capital do Estado também colocam Drª Laura Rossetti, e com a direção do Hospital Re- matérias que dão destaque à visita da Comissão do gional do Oeste do Pará. Senado àquele Município. O Diário do Pará coloca Nessa reunião, também mantivemos contato com em destaque: “Senadores visitam Hospital Regional”. o Conselho Municipal de Saúde. E todos do Conselho E dá ênfase ao seguinte: “Falta de profissionais difi- Municipal de Saúde e da Defensoria do Estado deixa- culta funcionamento”. O Liberal, outro jornal do meu ram claro que há um movimento da sociedade do oeste Estado, diz: “TCE vê irregularidades no Hospital de do Pará cobrando o pleno funcionamento daquele hos- Santarém”. E o jornal O Liberal lembra: “Hospital pre- pital. Lamentavelmente, o que vimos lá não representa ocupa senadores”. 10% da capacidade instalada do hospital. Então, várias foram as manchetes. Os jornais Estamos pedindo informações, por intermédio do tanto do Município de Santarém, quanto da Capital, Ministro Temporão, que vai, evidentemente, solicitar ao Belém, deram destaque e, mais do que isso, apoio Governo do Estado do Pará as informações necessá- à ação do Senado Federal, Senador Garibaldi Alves, rias para que a comissão que lá esteve – e agradeço no sentido de ajudar o Estado do Pará a fazer com Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4027 que o hospital entre em pleno funcionamento o mais dando condições de atendimento, para uma saúde breve possível. digna, e impedindo perdas de vidas por falta de aten- Quero deixar claro para todos os meus amigos e dimento. amigas do Pará, principalmente os do oeste do Pará, Esse é o compromisso que assumo, aqui da tri- que não vamos deixar essa luta, Senador Garibaldi buna do Senado, com o povo do Pará, com o povo do Alves. Tenho que agradecer a V. Exª e ao Presidente oeste do Pará. Nós iremos até o final, com a ajuda da da Comissão, Senador Leomar Quintanilha, que de- Presidência do Senado Federal e dos Senadores que ram os meios necessários para que o Senado Federal são solidários à causa da saúde, como é o caso do pudesse ir até Santarém. Sei que V. Exª apóia a ação Senador Tião Viana, para que, no menor espaço de dos Senadores. E não vamos deixar essa luta. Como tempo possível, vejamos realmente o Hospital Regio- dizia, Senador Tião Viana, V. Exª, que é médico, sabe nal do Oeste do Pará uma realidade e não aquilo que o que é um hospital naquela região do nosso Estado foi visto quando da nossa visita. e da Amazônia, com todos esses equipamentos a que Muito obrigado, Sr. Presidente. me referi, mas que não funcionam há 14 meses. Não vamos – e quero contar com a sua ajuda, DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O Senador Tião Viana – deixar a luta – esse é um com- SR. SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU promisso que faço com a população do oeste do Pará PRONUNCIAMENTO -, enquanto o Hospital Regional do Oeste do Pará não (Inseridos nos termos do art. 210, inciso estiver efetivamente funcionando, em sua plenitude, I e § 2º, do Regimento Interno.) 4028 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4029 4030 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4031 O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves FIlho. PMDB mento de tratativas, de acordos, de negociações, que, – RN) – Vou conceder a palavra... via de regra, resultam em absolutamente nada. O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB Pedi permissão, inclusive, ao Fórum Nacional – AC) – Sr. Presidente, pela ordem. da Advocacia para ler o manifesto que elaboraram. O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves FIlho. PMDB Não vou fazê-lo nesta oportunidade, por ser extenso – RN) – Pela ordem, tem a palavra o Senador Geraldo o documento. Mas, em uma próxima oportunidade, Mesquita Júnior. vou fazê-lo. O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB Mas quero aproveitar esta oportunidade, para – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- fazer um apelo ao Ministro do Planejamento, ao Minis- sidente, no dia 1º de novembro de 2007, o Governo tro da Fazenda e ao próprio Presidente da República, Federal firmou um acordo com a Advocacia Pública no sentido de que observem essa questão com muita Federal da União, sobre um conjunto de carreiras da- acuidade, com muito cuidado. Isso é crucial, para que quela instituição. a Fazenda Pública, a União, possa continuar tendo das E estou aqui hoje, para fazer um apelo no senti- carreiras públicas da Advocacia da União o devido tra- do de que o Governo cumpra esse acordo. O Governo tamento. As categorias estão paralisadas, mobilizadas sinaliza fortemente para o seu descumprimento, mais no sentido de fazer com que o Governo cumpra um uma vez. É lamentável que isso ocorra. acordo firmado, que, mais uma vez, poderá resultar em Ontem fui convidado a participar de uma reu- absolutamente nada para frustração de centenas, talvez nião na sede da OAB Federal, aqui em Brasília, como milhares, de profissionais, Senador Duque, que estão, Procurador Federal que sou, Procurador da Fazenda dia após dia, vendo a sua condição remuneratória se Nacional. Fui convidado pelo Dr. João Carlos Souto, deteriorar e as suas condições de trabalho também, Presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública porque a reivindicação não é só salarial, mas também Federal, que está mobilizada. de melhoria das condições de trabalho. A advocacia, Senador Garibaldi, é função essen- Agradeço, Sr. Presidente, a oportunidade de tra- cial da Justiça. Isso é preceito constitucional e significa zer à Casa esta notícia. dizer que, sem a atuação do advogado público ou pri- O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT – AC) – Pela ordem vado, não há o contraditório e não se instala o devido Presidente Garibaldi. processo legal. Há um pleito para que essas carreiras O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB se aproximem ou se equiparem, no que diz respeito – RN) – Senador Tião Viana, faço um apelo a V. Exª aos níveis salariais, ao Ministério Público Federal e à porque o Senador Alvaro Dias é o próximo orador. Sei Magistratura Federal. E o Governo Federal, mais uma vez, rói a corda, que V. Exª compreende muito bem esse problema e faz jogo duro no cumprimento de um acordo firmado. haverá de ser conciso. Foi firmado o acordo. O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT – AC. Pela ordem. Ontem, na sede da OAB federal, com a presença Sem revisão do orador.) – Eu nunca uso da palavra pela do Dr. Cezar Britto, Presidente da OAB federal, pela ordem para fazer pronunciamento, Presidente. Apenas primeira vez, um fato auspicioso. A causa é tão justa, desejo indagar de V. Exª se na decisão da Ordem do que a OAB, em seu conjunto, a OAB federal e as suas Dia V. Exª pretende fazer a leitura de material que está seccionais, resolveu hipotecar completo apoio à cau- sobre a mesa e deve ser lido, porque tenho uma ques- sa dos Advogados Públicos Federais, dos Defensores tão de ordem a formular. Para essa questão de ordem, Públicos Federais, dos Advogados do Banco Central, nós temos a dependência da Comissão de Relações ou seja, do conjunto das carreiras da Advocacia Pú- Exteriores em fazer uma reunião extraordinária e dar blica Federal. encaminhamento à matéria. É só nesse sentido Eu fui lá, com muito prazer, louvar o ingresso da O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB Ordem dos Advogados do Brasil – ou seja, a sua soli- – RN) – Agradeço-lhe, Senador Tião Viana. Acredito que dariedade, que vem em boa hora – nessa luta, que já V. Exª está se referindo ao Projeto de Lei da Câmara se arrasta por anos e anos, do conjunto das carreiras nº 11, de 2008, nº 2.440/2007 na Casa de origem, de da Advocacia Pública Federal, que é completamente iniciativa do Presidente da República, que altera os desprestigiado pelo Governo – e não só por este Go- incisos II e III do caput do art. 11 da Lei nº 9.519, de verno, diga-se de passagem, para ser justo. 26 de novembro de 1997, que dispõe sobre a reestru- Ingressei na Procuradoria da Fazenda Nacional turação dos Corpos e Quadros de oficiais e praças da em 1993 e acompanho, desde lá até aqui, o descumpri- Marinha. É exato? 4032 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT – AC) – Quando MENSAGEM Nº 853, DE 2007 for feita a leitura, eu formularei a questão de ordem Senhores Membros do Congresso Nacional, sobre a matéria. Nos termos do art. 61 da Constituição, submeto O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB à elevada deliberação de Vossas Excelências o texto – RN) – Eu considero feita a leitura. do projeto de lei que “Altera os incisos II e III do art. Sobre a mesa, Projeto recebido da Câmara dos 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, que Deputados, que passo a ler. dispõe sobre a reestruturação dos Corpos e Quadros É lido o seguinte: de Oficiais e de Praças da Marinha”. Brasília, 13 de novembro de 2007. – Luiz Inácio Lula da Silva. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 11, DE 2008 (Nº 2.440/2007, na Casa de origem) EM Nº 603/MD (De iniciativa do Presidente da República) Brasília, 8 de novembro de 2007 Altera os incisos II e III do caput do art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro Excelentíssimo Senhor Presidente da Repú- de 1997, que dispõe sobre a reestruturação blica, dos Corpos e Quadros de Oficiais e de Pra- 1. Submeto à superior deliberação de Vossa Ex- ças da Marinha. celência o anexo Projeto de Lei que altera os incisos II e III do art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro de O Congresso Nacional decreta: 1997, que dispõe sobre a Reestruturação de Corpos Art. 1º Os incisos II e III do caput do art. 11 da e Quadros de Oficiais e de Praças da Marinha. Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, passam a 2. A Lei nº 9.519, de 1997, fixa os limites dos efe- vigorar com a seguinte redação: tivos da Marinha do Brasil (MB), em tempo de paz e a “Art. 11...... presente proposta visa a atualizar esse diploma legal, ...... a partir de 2008, a fim de que a Força possa efetuar II – Vice-Almirante: 23 (vinte e três); os ajustes necessários para a sua reestruturação e, III – Contra-Almirante: 51 (cinqüenta e assim, assegurar o seu emprego eficaz. um); 3. Ressalte-se que o projeto de Lei em questão ...... ”(NR) obedece ao disposto no inciso I do § 1º do art. 61 da Constituição Federal, o qual prevê que o efetivo das Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua Forças Armadas seja disciplinado por meio de lei ordi- publicação. nária, de iniciativa do Presidente da República. 4. A medida tem por escopo adequar o quan- PROJETO DE LEI ORIGINAL Nº 2.440, DE 2007 titativo do efetivo de oficiais‑generais da MB às de- (Do Poder Executivo) mandas atuais, considerando, principalmente, o in- cremento das atividades de manutenção dos meios Altera os incisos II e III do art. 11 da navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais, a fim de Lei n° 9.519, de 26 de novembro de 1997, mantê-los operacionais, a despeito do elevado tempo que dispõe sobre a reestruturação dos Cor- médio de utilização dos sistemas neles empregados; pos e Quadros de Oficiais e de Praças da o aumento da esfera de atuação dos Distritos Na- Marinha. vais; a necessidade, cada vez maior, de bem utilizar O Congresso Nacional decreta: as técnicas de comunicação social; os avanços tec- Art. 1º Os incisos II e III do art. 11 da Lei nº 9.519, nológicos, que exigem da Instituição rápida reação de 26 de novembro de 1997, passam a vigorar com para acompanhá-los, em termos de ações na área a seguinte redação: de ciência e tecnologia e da constante capacitação do pessoal; a necessidade de valorização do setor “II – Vice-Almirante: 23 (vinte e três); de ensino, mais especificamente quanto à forma- III – Contra-Almirante: 51 (cinqüenta e ção dos militares do Corpo de Fuzileiros Navais, e um);” (NR) a qualificação do pessoal da Marinha Mercante, em Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua face do incremento previsto para essa atividade; e a publicação. ampliação das atividades subsidiárias, relacionadas, Brasília, principalmente, aos assuntos marítimos e ambientais. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4033 Esses fatores constituem-se macro-indicadores que 6.Nesse sentido, a nova estrutura permitirá uma justificam uma reestruturação. realocação mais racional de tarefas pelos diversos 5.Cumpre destacar que a última alteração dos li- setores da MB e melhorias de processos em pontos mites dos efetivos dos oficiais‑generais da MB data de específicos, a começar pelos postos mais elevados da 1983, assim, a situação atual dos efetivos de oficiais- hierarquia, o que possibilitará maior eficácia no cum- generais, em particular, limita a Administração Naval primento da missão. em relação a uma desejável descentralização de vá- 7. A alteração proposta busca ampliar o limite rias atividades importantes para prover a necessária dos efetivos de Oficiais em 2 (dois) Vice-Almirantes e agilidade à estrutura administrativa da Força. 8 (oito) Contra-Almirantes, assim dispostos:

8. Em decorrência disso, cumpre informar, que: II – Vice-Almirante: 21 (vinte e um); a) não há impacto orçamentário-finan- III – Contra-Almirante: 43 (quarenta e três); ceiro para o exercício corrente; IV – Oficiais Superiores: 3.360 (três mil, trezen- b) há compatibilidade da parcela das des- tos e sessenta); pesas em pauta previstas para os exercícios V – Oficiais Intermediários: 2.060 (dois mil e de 2008, 2009 e 2010, com o Plano Plurianual sessenta); e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, no VI – Oficiais Subalternos: 1.700 (um mil e sete- tocante às diretrizes, objetivos, prioridades e centos). metas atinentes ao Comando da Marinha; e § 1º Os efetivos de Aspirantes da Escola Naval e c) O custeio da despesa será efetuado com alunos do Colégio Naval têm o limite de 1.500 (um recursos do Orçamento da União alocados no mil e quinhentos). Programa de Trabalho “05.122.0750.2867.0001” § 2º Não são computados nos limites fixados: (Ação de Governo 2867‑Remuneração dos Mi- I – os Almirantes, do Quadro Suplementar, Mi- litares das Forças Armadas). nistros do Superior Tribunal Militar; 9. São essas, Senhor Presidente, as razões que II – os Oficiais convocados para manobras, exer- me levam a propor a Vossa Excelência a edição do cícios ou estágios de instrução; projeto de Lei em questão. III – os Oficiais agregados e os não-numerados Respeitosamente, – Nelson A. Jobim, Ministro nos respectivos Corpos e Quadros; de Estado da Defesa. IV – os Oficiais da Reserva Remunerada desig- nados para o Serviço Ativo, em caráter transitório; LEGISLAÇÃO CITADA V – os Oficiais incorporados para prestação do ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA Serviço Militar; LEI Nº 9.519, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1997 VI – os Guardas-Marinha; VII – os alunos dos Cursos de Formação e Es- Dispõe sobre a reestruturação dos tágios de Aplicação de Oficiais. Corpos e Quadros de Oficiais e de Praças § 3º Os limites de efetivos estabelecidos na lei da Marinha. específica que dispõe sobre o Serviço de Assistência ...... Religiosa nas Forças Armadas poderão ser excedidos, Art. 11. Os efetivos de Oficiais, dos diversos Cor- desde que não se exceda o total fixado nos incisos IV, pos, têm os seguintes limites: V e VI do caput deste artigo. I – Almirante-de-Esquadra: 6 (seis); ...... 4034 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves FIlho. PMDB O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB – RN) – O projeto que acaba de ser lido vai à Comissão – RN) – Senador Tião Viana, o inciso V do § 1º do art. 91 de Relações Exteriores e Defesa Nacional. do Regimento Interno dispõe que o Presidente do Se- V. Exª, então, pode fazer a sua indagação. nado, ouvidas as lideranças partidárias, poderá conferir O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT– AC. Para uma às comissões competência para apreciar, em caráter questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- terminativo, indicações e proposições diversas. sidente, nos termos dos arts. 403 e 91 do Regimento Assim, a Presidência consulta as lideranças par- Interno, formulo essa questão de ordem. tidárias se há objeção a essa decisão. (Pausa.) Nós temos uma preocupação, anunciada ao Ple- Não havendo objeção, a Presidência despacha o nário, de necessidade de atualização do Regimento do Projeto de Lei da Câmara nº 11, de 2008, à Comissão Senado Federal. Historicamente, a Câmara dos Depu- de Relações Exteriores e Defesa Nacional em caráter tados, tendo em vista o Regimento, em regra, toma de- terminativo. cisões nas comissões e poucas vezes leva a matéria Eu ouço o Senador Valdir Raupp, que pediu a ao plenário. O Regimento do Senado, em tradição, traz palavra. as matérias para o plenário e em minoria toma deci- Não sei se V. Exª irá se pronunciar sobre... sões terminativas nas Comissões. No Regimento do O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Aproveito Senado, isso está expresso no art. 91, que diz: para fazer as duas coisas. Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas O PMDB apóia integralmente essa proposição do atribuições, cabe, dispensada a competência Senador Tião Viana, que é muito relevante. Ao mesmo do Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da tempo, Sr. Presidente, indago de V. Exª se a Ordem do Constituição, discutir e votar Dia vai começar agora ou não. (...) Eu pedi a palavra pela Liderança e disse que po- §1º O Presidente do Senado, ouvidas deria ser depois da Ordem do Dia, porque eu achava as lideranças, poderá conferir às comissões que a Ordem do Dia ia começar às 16 horas. Como competência para apreciar, terminativamente, tenho um compromisso fora da Casa às 17 horas, já as seguintes matérias: estou no prejuízo. (...) O Senador Alvaro Dias, que presidia a sessão, IV – projetos de lei da Câmara de iniciativa estava dando dez minutos aos oradores, mesmo no parlamentar que tiverem sido aprovados, em de- caso de comunicação inadiável e fala pela liderança. cisão terminativa, por comissão daquela Casa; Então, se eu tivesse dez minutos agora, eu poderia V – indicações e proposições diversas, até falar antes da Ordem do Dia. exceto: O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) (...) – Sr. Presidente, como... O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB Sr. Presidente, a matéria, estritamente técnica – RN) – Senador Valdir Raupp, comunico não apenas relativa à Marinha do Brasil, diz respeito à composição a V. Exª mas a todos os Líderes e aos Senadores que do quadro estratégico de oficiais, suboficiais e praças não houve acordo para a votação das matérias e, por das Marinha. É uma matéria de grande relevância para outro lado, a pauta está trancada, porque há quatro a organização interna da Marinha do Brasil. Nosso medidas provisórias para serem votadas. Então, a Or- Regimento tem um dispositivo segundo o qual pode- dem do Dia está automaticamente sobrestada. ríamos acolher situações como essas, a pauta do Se- nado Federal está trancada por medidas provisórias, São os seguintes os itens sobrestados: o que inquieta a todos nós. Tenho certeza de que, pelo 1 caráter técnico, restrito a uma visão estratégica da Ma- rinha, poderíamos, por analogia, pedindo emprestado MEDIDA PROVISÓRIA Nº 395, DE 2007 o Regimento da Câmara, também acolher e considerar essa matéria objeto de decisão terminativa da Comis- Discussão, em turno único, da Medida são, para que ela pudesse ir à Comissão de Relações Provisória nº 395, de 2007, que abre crédito Exteriores e lá, delegados, os Senadores tomarem uma extraordinário, em favor de diversos órgãos decisão a favor ou contra a aprovação de um projeto do Poder Executivo, no valor global de três estritamente técnico e estratégico da Marinha do Brasil. bilhões, duzentos e cinqüenta e seis milhões, Por essa razão é que formulo essa questão de ordem, setecentos e sessenta e quatro mil, cento e vendo se há concordância de V. Exª. dezoito reais, para os fins de especifica. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4035 2 2008, da Comissão de Assuntos Econômicos, Relator ad hoc: Senador Antonio Carlos Júnior), PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 1, DE 2008 que aprova a Programação Monetária para o (Proveniente da Medida Provisória nº 396, de 2007) quarto trimestre de 2007.

Discussão, em turno único, do Projeto de 6 Lei de Conversão nº 1, de 2008, que dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a Nº 48, DE 2003 permutar Certificados Financeiros do Tesouro, e ao §1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de Votação, em primeiro turno, da Proposta abril de 1961, que autoriza a União a constituir de Emenda à Constituição nº 48, de 2003, ten- a empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. do como primeiro signatário o Senador Antonio – Eletrobrás (proveniente da Medida Provisória Carlos Magalhães, que dispõe sobre aplicação nº 396, de 2007). de recursos destinados à irrigação. Pareceres sob nºs 1.199, de 2003; e 15, 3 de 2007, da Comissão de Constituição, Jus- tiça e Cidadania: 1º pronunciamento: Relator: MEDIDA PROVISÓRIA Nº 397, DE 2007 Senador João Alberto Souza, favorável, com a Emenda nº 1-CCJ, que apresenta; 2º pro- Discussão, em turno único, da Medida nunciamento: (sobre a Emenda nº 2, de Ple- Provisória nº 397, de 2007, que revoga a Medi- nário), Relator ad hoc: Senador João Batista da Provisória nº 385, de 22 de agosto de 2007, Motta, favorável, nos termos de subemenda que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da que apresenta. Lei nº 11.368, de 9 de novembro de 2006, para estender ao trabalhador rural enquadrado como 7 contribuinte individual o prazo previsto no art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de junho de 1991. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 38, DE 2004 4 Votação, em primeiro turno, da Propos- PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 2, DE 2008 ta de Emenda à Constituição nº 38, de 2004, (Proveniente da Medida Provisória nº 398, de 2007) tendo como primeiro signatário o Senador Sér- (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos gio Cabral, que altera os arts. 52, 55 e 66, da do § 6º do art. 62 da Constituição Federal.) Constituição Federal, para estabelecer o voto aberto nos casos em que menciona, terminan- Discussão, em turno único, do Projeto de do com o voto secreto do parlamentar. Lei de Conversão nº 2, de 2008, que institui os Pareceres sob nºs 1.058, de 2006, e princípios e objetivos dos serviços de radiodi- 1.185, de 2007, da Comissão de Constituição, fusão pública explorados pelo Poder Executivo Justiça e Cidadania, Relator: Senador Anto- ou outorgados a entidades de sua adminis- nio Carlos Valadares, – 1º pronunciamento: tração indireta; autoriza o Poder Executivo a (sobre a Proposta) favorável, nos termos da constituir a Empresa Brasil de Comunicação Emenda nº 1-CCJ (Substitutivo), que oferece; – EBC; altera a Lei º 5.070, de 7 de julho de – 2º pronunciamento: (sobre a Emenda nº 2, 1966; e dá outras providências. de Plenário), contrário. 5 8

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 11, DE 2008 Nº 50, DE 2006 (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do parágrafo único do art. 353 do Regimento Interno.) Votação, em primeiro turno, da Propos- ta de Emenda à Constituição nº 50, de 2006, Discussão, em turno único, do Projeto tendo como primeiro signatário o Senador de Decreto Legislativo nº 11, de 2008 (apre- Paulo Paim, que inclui o art. 50A e altera os sentado como conclusão do Parecer nº 84, de arts. 52, 55 e 66, da Constituição Federal, para 4036 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 estabelecer o voto aberto nos casos em que demais matérias que tramitam em conjunto, menciona, terminando com o voto secreto do com votos contrários dos Senadores Sibá parlamentar. Machado, Eduardo Suplicy, Epitácio Cafe- Pareceres sob nºs 816 e 1.186, de 2007 teira, Antônio Carlos Valadares, Pedro Si- da Comissão de Constituição, Justiça e Cida- mon, Romero Jucá, e das Senadoras Serys dania, – 1º pronunciamento: (sobre a Proposta) Slhessarenko, Lúcia Vânia e, em separado, Relator: Senador Tasso Jereissati, favorável; 2º do Senador e da Sena- pronunciamento: (sobre a Emenda nº 1, de Ple- dora Patrícia Saboya. nário) Relator ad hoc: Senador Flexa Ribeiro, favorável, com Subemenda, que oferece. 11 9 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 18, DE 1999 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (Tramitando em conjunto com as Nº 86, DE 2007 Propostas de Emenda à Constituição Votação, em primeiro turno, da Propos- nºs 20, de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; ta de Emenda à Constituição nº 86, de 2007, 90, de 2003; e 9, de 2004) tendo como primeiro signatário o Senador Proposta de Emenda à Constituição nº Alvaro Dias, que altera o § 2º do art. 55 da 18, de 1999, tendo como primeiro signatário Constituição Federal (determina o voto aber- o Senador Romero Jucá, que altera a redação to para a perda de mandato de Deputados e do art. 228 da Constituição Federal. Senadores). Pareceres sob nºs 817 e 1.187, de 2007, 12 da Comissão de Constituição, Justiça e Cida- dania, – 1º pronunciamento: (sobre a Propos- PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO ta), Relator: Senador Tasso Jereissati, favo- Nº 3, DE 2001 rável, com a Emenda nº 1-CCJ, de redação, (Tramitando em conjunto com as que apresenta; – 2º pronunciamento: (sobre a Propostas de Emenda à Constituição Emenda nº 2-Plen), Relator ad hoc: Senador nºs 18 e 20, de 1999; 26, de 2002; Flexa Ribeiro, favorável, com Subemenda, 90, de 2003; e 9, de 2004) que apresenta. 10 Proposta de Emenda à Constituição nº 3, de 2001, tendo como primeiro signatário o PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Senador José Roberto Arruda, que altera o Nº 20, DE 1999 art. 228 da Constituição Federal, reduzindo (Tramitando em conjunto com as para dezesseis anos a idade para imputabi- Propostas de Emenda à Constituição lidade penal. nºs 18, de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; 90, de 2003; e 9, de 2004) 13

Discussão, em primeiro turno, da Pro- PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO posta de Emenda à Constituição nº 20, de Nº 26, DE 2002 1999, tendo como primeiro signatário o Se- (Tramitando em conjunto com as nador José Roberto Arruda, que altera o art. Propostas de Emenda à Constituição 228 da Constituição Federal, reduzindo para nºs 18 e 20, de 1999; 3, de 2001; dezesseis anos a idade para imputabilidade 90, de 2003; e 9, de 2004) penal. Parecer sob nº 478, de 2007, da Co- Proposta de Emenda à Constituição nº missão de Constituição, Justiça e Cidada- 26, de 2002, tendo como primeiro signatário nia, Relator: Senador Demóstenes Torres, o Senador Íris Rezende, que altera o art. 228 favorável à Proposta de Emenda à Cons- da Constituição Federal, para reduzir a idade tituição nº 20, de 1999, com a Emenda nº prevista para a imputabilidade penal, nas con- 1-CCJ, que apresenta; e pela rejeição das dições que estabelece. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4037 14 junho de 1995, para tratar do comparecimento do Presidente do Banco Central do Brasil na PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Comissão de Assuntos Econômicos do Sena- Nº 90, DE 2003 do Federal e para extinguir a obrigatoriedade (Tramitando em conjunto com as de apresentação da programação monetária Propostas de Emenda à Constituição nºs 18 e trimestral e a vinculação legal entre emissão 20, de 1999; 3, de 2001; 26, de 2002; e 9, de 2004) de moeda e reservas cambiais. Proposta de Emenda à Constituição nº Parecer sob nº 66-A, de 2008, da Comis- 90, de 2003, tendo como primeiro signatário são Diretora, Relator: Senador Flexa Ribeiro, o Senador Magno Malta, que inclui parágrafo oferecendo a redação do vencido. único no art. 228, da Constituição Federal, para 18 considerar penalmente imputáveis os maiores de treze anos que tenham praticado crimes PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 28, DE 2003 definidos como hediondos. Discussão, em turno único, do Projeto de 15 Lei da Câmara nº 28, de 2003 (nº 5.657/2001, na Casa de origem), que acrescenta dispositi- PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO vo à Lei n.º 8.906, de 4 de julho de 1994, que Nº 9, DE 2004 dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Or- (Tramitando em conjunto com as dem dos Advogados do Brasil – OAB. (pres- Propostas de Emenda à Constituição crição em cinco anos de ação de prestação nºs 18 e 20, de 1999; 3, de 2001; de contas do advogado para o seu cliente, ou 26, de 2002; e 90, de 2003) de terceiros por conta dele). Proposta de Emenda à Constituição nº Parecer favorável, sob nº 1.162, de 2007, 9, de 2004, tendo como primeiro signatário o da Comissão de Constituição, Justiça e Cida- Senador Papaléo Paes, que acrescenta pará- dania, Relator: Senador Demóstenes Torres. grafo ao art. 228 da Constituição Federal, para 19 determinar a imputabilidade penal quando o menor apresentar idade psicológica igual ou PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 75, DE 2004 superior a dezoito anos. Discussão, em turno único, do Projeto de 16 Lei da Câmara nº 75, de 2004 (nº 1.071/2003, na Casa de origem), que altera a Lei nº 10.334, SUBSTITUTIVO AO de 19 de dezembro de 2001, que dispõe sobre PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 12, DE 2000 a obrigatoriedade de fabricação e comerciali- Discussão, em turno suplementar, do zação de lâmpadas incandescentes para uso Substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara nº em tensões de valor igual ou superior ao da 12, de 2000 (nº 885/95, na Casa de origem), tensão nominal da rede de distribuição, e dá que estabelece diretrizes gerais de programa outras providências. nacional de habitação para mulheres com res- Parecer favorável, sob nº 87, de 2007, da ponsabilidade de sustento da família. Comissão de Assuntos Econômicos, Relator: Parecer sob nº 437, de 2007, da Comis- Senador Delcídio Amaral. são Diretora, Relator: Senador Gerson Camata, 20 oferecendo a redação do vencido. 17 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 24, DE 2005 Discussão, em turno único, do Projeto de SUBSTITUTIVO AO Lei da Câmara nº 24, de 2005 (nº 4.465/2001, PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 26, DE 2000 na Casa de origem), que altera a Lei nº 5.917, Discussão, em turno suplementar, do de 10 de setembro de 1973 (inclui novo trecho Substitutivo ao Projeto de Lei do Senado nº 26, na Relação Descritiva das rodovias no Sistema de 2000, que altera a Lei nº 9.069, de 29 de Rodoviário Nacional). 4038 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Parecer favorável, sob nº 1.534, de 2005 24 da Comissão de Serviços de Infra-Estrutu- ra, Relator ad hoc: Senador Rodolpho Tou- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 1, DE 2006 rinho. Discussão, em turno único, do Projeto de 21 Lei da Câmara nº 1, de 2006 (nº 1.696/2003, na Casa de origem), que altera o § 2º do art. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 103, DE 2005 12 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de Discussão, em turno único, do Projeto assistência à saúde (acrescenta o planejamento de Lei da Câmara nº 103, de 2005 (nº 45/99, familiar nos casos de cobertura dos planos ou na Casa de origem), que veda a exigência de seguros privados de assistência à saúde). carta de fiança aos candidatos a empregos Parecer favorável, sob nº 145, de 2007, regidos pela Consolidação das Leis do Tra- da Comissão de Assuntos Sociais, Relatora: balho – CLT. Senadora Serys Slhessarenko. Parecer sob nº 198, de 2006, da Comis- são de Assuntos Sociais, Relator ad hoc: Se- 25 nador Paulo Paim, favorável, nos termos da Emenda nº 1-CAS (Substitutivo), que apre- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 2, DE 2006 senta. Discussão, em turno único, do Projeto de 22 Lei da Câmara nº 2, de 2006 (nº 1.984/2003, na Casa de origem), que altera o inciso XIII do caput PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 111, DE 2005 do art. 7º da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (inclui as normas técnicas como obras pro- Discussão, em turno único, do Projeto de tegidas pela legislação dos direitos autorais). Lei da Câmara nº 111, de 2005 (nº 3.796/2004, Parecer favorável, sob nº 376, de 2006, na Casa de origem), que dispõe sobre a Política da Comissão de Educação, Relator: Senador Nacional de Orientação, Combate e Controle Roberto Saturnino. dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde e dá providências correlatas. 26 Pareceres sob nºs 603 e 604, de 2007, PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 4, DE 2006 das Comissões – de Constituição, Justiça e Cidadania, Discussão, em turno único, do Projeto de Relator: Senador Magno Malta, favorável, com Lei da Câmara nº 4, de 2006 (nº 4.730/2004, as Emendas nºs 1 e 2-CCJ, de redação, que na Casa de origem), de iniciativa do Presi- apresenta; e dente da República, que dá nova redação aos – de Assuntos Sociais, Relator: Senador arts. 830 e 895 da Consolidação das Leis do Papaléo Paes, favorável, nos termos da Emen- Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº da nº 3-CAS (Substitutivo), que oferece. 5.452, de 1º de maio de 1943 (dispõe sobre a 23 autenticidade de peças oferecidas para prova no processo trabalhista e sobre o cabimento de PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 118, DE 2005 recurso ordinário para instância superior). Parecer favorável, sob nº 697, de 2007, Discussão, em turno único, do Projeto de da Comissão de Constituição, Justiça e Cida- Lei da Câmara nº 118, de 2005 (nº 1.153/2003, dania, Relator: Senador Eduardo Suplicy. na Casa de origem), que modifica o inciso II 27 do caput do art. 44 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (dispõe sobre o aproveita- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 11, DE 2006 mento de matérias cursadas em seminários de filosofia ou teologia). Discussão, em turno único, do Projeto de Parecer sob nº 924, de 2006, da Comis- Lei da Câmara nº 11, de 2006 (nº 2.822/2003, são de Educação, Relatora: Senadora Maria do na Casa de origem), que acrescenta parágrafo Carmo Alves, favorável, nos termos da Emenda único ao art. 1º da Consolidação das Leis do nº 1-CE (Substitutivo), que oferece. Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4039 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor so- na Casa de origem), que institui o Dia Nacio- bre a boa-fé nas relações de trabalho. nal dos Surdos. Parecer sob nº 542, de 2006, da Comis- Parecer favorável, sob nº 979, de 2007, são de Assuntos Sociais, Relator: Senador da Comissão de Educação, Relator ad hoc: Paulo Paim, favorável, nos termos da Emenda Senador Flávio Arns. nº 1-CAS (Substitutivo), que oferece. 32 28 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 28, DE 2007 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 27, DE 2006 Discussão, em turno único, do Projeto de Discussão, em turno único, do Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2007 (nº 3.986/2004, Lei da Câmara nº 27, de 2006 (nº 819/2003, na na Casa de origem), que institui o Dia Nacio- Casa de origem), que denomina “Rodovia Ministro nal do Vaqueiro. Alfredo Nasser” a rodovia BR-174, entre a cidade Parecer favorável, sob nº 722, de 2007, de Cáceres-MT e a fronteira com a Venezuela. da Comissão de Educação, Relator ad hoc: Parecer sob nº 1.175, de 2006, da Co- Senador Valter Pereira. missão de Educação, Relator ad hoc: Senador 33 Mão Santa, favorável com a Emenda nº 1-CE, que oferece. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 169, DE 2005 29 (Incluído em Ordem do Dia nos termos do Recurso nº 7, de 2007) PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 43, DE 2006 Discussão, em turno único, do Projeto de Discussão, em turno único, do Projeto de Lei do Senado nº 169, de 2005, de autoria do Lei da Câmara nº 43, de 2006 (nº 4.505/2004, Senador Paulo Paim, que altera dispositivo da na Casa de origem), que dispõe sobre o re- Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que conhecimento do dia 26 de outubro como Dia dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras Nacional dos Trabalhadores Metroviários. providências. Parecer favorável, sob nº 926, de 2006, Parecer sob nº 459, de 2007, da Comis- da Comissão de Educação, Relator: Senador são de Direitos Humanos e Legislação Parti- Paulo Paim. cipativa, Relator ad hoc: Senador Flávio Arns, favorável, nos termos da Emenda nº 1-CDH 30 (Substitutivo), que oferece. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 90, DE 2006 34

Discussão, em turno único, do Projeto de PROJETO DE LEI DO SENADO Lei da Câmara nº 90, de 2006 (nº 6.248/2005, Nº 140, DE 2007 – COMPLEMENTAR na Casa de origem), que acrescenta o § 3º-C ao art. 30 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro Discussão, em turno único, do Projeto de de 1973, que dispõe sobre os registros públicos Lei do Senado nº 140, de 2007-Complementar, e dá outras providências (determina que car- de autoria do Senador Demóstenes Torres, que tórios de registros públicos afixem, em locais altera o art. 1º da Lei Complementar nº 105, de fácil leitura e acesso, quadros contendo os de 10 de janeiro de 2001, para especificar os valores das custas e emolumentos). dados financeiros não sigilosos, para fins de Parecer favorável, sob nº 1.163, de 2007, investigação de ilícito penal. da Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- Pareceres sob nºs 281 e 706, de 2007, nia, Relator ad hoc: Senador Valter Pereira. da Comissão de Constituição, Justiça e Cida- dania, Relator: Senador Jarbas Vasconcelos, 31 1º pronunciamento (sobre o Projeto): favorá- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 12, DE 2007 vel, com a Emenda nº 1-CCJ, que apresenta; 2º pronunciamento (sobre a Emenda nº 2- Discussão, em turno único, do Projeto de Plen): favorável, nos termos de Subemenda, Lei da Câmara nº 12, de 2007 (nº 1.791/1999, que oferece. 4040 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 35 38

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 277, DE 2007 REQUERIMENTO Nº 914, DE 2007 (Incluído em Ordem do Dia nos termos do Recurso nº 9, de 2007) Votação, em turno único, do Requerimen- to nº 914, de 2007, do Senador Mozarildo Ca- Discussão, em turno único, do Projeto valcanti, solicitando a remessa do Projeto de de Lei do Senado nº 277, de 2007, de auto- Lei do Senado nº 312, de 2007, à Comissão ria do Senador Flávio Arns, que acrescenta de Constituição, Justiça e Cidadania, uma vez parágrafo único ao art. 4º da Lei nº 9.394, de que o prazo na Comissão de Assuntos Eco- 20 de dezembro de 1996 para definir con- nômicos já se encontra esgotado. dições de qualidade da oferta de educação escolar para crianças de cinco e seis anos 39 de idade. Parecer sob nº 874, de 2007, da Comis- REQUERIMENTO Nº 1.242, DE 2007 são de Educação, Relator: Senador Wilson Matos, favorável, nos termos da Emenda nº Votação, em turno único, do Requeri- 1-CE (Substitutivo), que oferece. mento nº 1.242, de 2007, do Senador Arthur Virgílio, solicitando que, sobre o Projeto de Lei 36 do Senado nº 266, de 2007-Complementar, REQUERIMENTO Nº 1.302, DE 2004 além da Comissão constante do despacho inicial de distribuição, seja ouvida, também, a Votação, em turno único, do Requeri- de Constituição, Justiça e Cidadania. mento nº 1.302, de 2004, da Senadora Serys Slhessarenko, solicitando, nos termos regi- 40 mentais, a instituição, no âmbito do Senado Federal, da Semana de Ciência e Tecnologia, REQUERIMENTO Nº 1.494, DE 2007 a ser celebrada anualmente no mês de outu- bro, com o objetivo de mobilizar a população Votação, em turno único, do Requeri- brasileira para questões científicas, enfatizando mento nº 1.494, de 2007, do Senador Sérgio o papel da Ciência no nosso dia-a-dia e de- Zambiasi, solicitando a tramitação conjunta do monstrando a sua importância para a saúde Projeto de Lei do Senado nº 86, de 2006, com e o desenvolvimento do País. o Projeto de Lei da Câmara nº 35, de 2000, Pareceres favoráveis sob nºs 448 a que já se encontra apensado aos Projetos 451, de 2007, das Comissões de Educação, de Lei do Senado nºs 25, 165, 182, 242, 308 Relator: Senador Juvêncio da Fonseca; de e 355, de 2003; 352, de 2004; 370, de 2005; Assuntos Sociais, Relator: Senador Cristo- 151 e 531, de 2007, por regularem a mesma vam Buarque; de Serviços de Infra-Estrutura, matéria. Relator ad hoc: Senador Eduardo Azeredo; e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comu- 41 nicação e Informática, Relator: Senador Val- ter Pereira. REQUERIMENTO Nº 1.495, DE 2007 37 Votação, em turno único, do Requeri- mento nº 1.495, de 2007, do Senador Geraldo REQUERIMENTO Nº 778, DE 2007 Mesquita Júnior, solicitando a tramitação con- Votação, em turno único, do Requerimen- junta dos Projetos de Lei do Senado nºs 510, to nº 778, de 2007, de autoria da Senadora Ká- de 1999, e 505, de 2007, com o Projeto de Lei tia Abreu, solicitando a remessa do Projeto de da Câmara nº 35, de 2000, que já se encontra Lei do Senado nº 202, de 2005, à Comissão de apensado aos Projetos de Lei do Senado nºs Agricultura e Reforma Agrária, uma vez que o 25, 165, 182, 242, 308 e 355, de 2003; 352, prazo na Comissão de Assuntos Econômicos de 2004; 370, de 2005; 151 e 531, de 2007, já se encontra esgotado. por regularem a mesma matéria. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4041 SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB – RN) – Sendo assim, eu tenho o dever de dar a pa- – RN) – Agradeço a V. Exª. lavra ao Senador Alvaro Dias. Antes de conceder a palavra a V. Exª, Sena- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Antes, Sr. dor Alvaro Dias, quero, no tocante a Lei Timemania, Presidente, apenas para manifestar a concordância esclarecer que o art. 49, Inciso IV, da Constituição com o Senador Tião Viana em relação a matéria a V. estabelece que é da competência do Congresso Na- Exª submetida. O PSDB concorda. cional sustar os atos normativos do Poder Executivo O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites – Pelo PT, Sr. Presidente, também como Vice-Líder. da delegação legislativa. Essa atribuição é exercida O Partido dos Trabalhadores está de acordo com a mediante aprovação de projeto de Decreto Legisla- proposição do Senador Tião Viana. tivo cuja autoria pode caber a qualquer Parlamentar. O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB Portanto, Senador Alvaro Dias, a iniciativa do projeto – RN) – Sendo assim, eu tenho o dever de dar a pa- de sustação do decreto regulamentador poderá ser lavra ao Senador Alvaro Dias. exercida diretamente por V. Exª. Uma vez recebida a O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Antes, Sr. proposição, a Presidência a encaminhará à Comissão Presidente, apenas desejo manifestar a concordância de Constituição, Justiça e Cidadania. com o Senador Tião Viana. Em relação a matéria a V. O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Pela ordem. Exª submetida, o PSDB concorda. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela ordem. O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) Aproveito este tempo em que o Senador Alvaro Dias – Pelo PT, Sr. Presidente, como Vice-Líder, digo que se dirige à tribuna e faço uma solicitação a V. Exª. o Partido dos Trabalhadores está de acordo com a No pronunciamento que fiz há pouco, esqueci proposição do Senador Tião Viana. de solicitar a inserção nos Anais das matérias de jor- O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB nais que aqui expus. Eu gostaria ainda de pedir que – RN) – Agradeço a V. Exª. também fossem registradas pela Taquigrafia, na visi- Concedo a palavra ao Senador Heráclito For- ta que fiz a Marapanim, as presenças do Deputado tes. Federal Zenaldo Coutinho e da Deputada Estadual O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Sr. Suleima Pegado. Presidente, pelo Democratas, em caráter excepcional, O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB tratando-se de assunto de interesse da Marinha do – RN) – V. Exª será atendido nos termos do Regimen- Brasil, muito bem trazido a esta Casa por essa figura to. ímpar, que é o Senador Tião Viana, vamos concordar O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI. Pela com a proposição. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB gostaria apenas de fazer uma retificação: em vez de – RN) – Agradeço a V. Exª. 17h30min, faremos a reunião às 17h10min para que Concedo a palavra ao Senador Gim Argello. os companheiros que têm compromissos urgentes em O SR. GIM ARGELLO (Bloco/PTB – DF) – Mui- Ministérios ou outras dependências da Casa possam to obrigado, Sr. Presidente, da mesma forma que os cumpri-los. Muito obrigado. demais Líderes, a Liderança do PTB concorda com o O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM – RN) – Sr. Pre- encaminhamento feito pelo Senador Tião Viana. sidente, peço a minha inscrição como Líder. O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB – RN) – Sendo assim, contando com a concordância – RN) – V. Exª está inscrito a partir deste momento. das Lideranças, eu defiro a proposta do Senador Tião Com a palavra o Senador Alvaro Dias. Viana e encaminho a proposição à Comissão de Re- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR. Pronuncia o lações Exteriores. seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- Concedo a palavra ao Senador Heráclito For- sidente Garibaldi Alves Filho, quero primeiramente tes. agradecer-lhe a pronta resposta à questão de ordem O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Sr. de ontem. Presidente, diante da aprovação e da remessa, quero Nós vamos proceder como V. Exª recomenda. Va- solicitar aos companheiros que às 17h30min estejam mos apresentar um projeto de Decreto Legislativo para todos os membros da Comissão de Relações Exterio- tornar sem efeito a parte do decreto regulamentador res na sala de reuinões para que possamos dar pros- do Governo exatamente onde exorbitou, atribuindo a seguimento à tramitação dos projetos. si prerrogativas do Supremo Tribunal Federal ao consi- Muito obrigado. derar inconstitucional uma lei aprovada pelo Congres- 4042 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 so Nacional. Não cabia ao regulamentador no Poder corde histórico: a receita em janeiro deste ano é 20% Executivo considerar a lei inconstitucional. Caberia superior à de janeiro do ano passado, e sem a CPMF. uma outra providência se desejasse: encaminhar ao O Governo mudou até o discurso: ao invés de falar Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Incons- em cortes, fala em investimentos e anuncia de forma titucionalidade. Isso, no entanto, não foi feito. Portanto, espetaculosa um novo programa com investimentos exorbitou o Poder Executivo. superiores a R$11 bilhões. Nós vamos apresentar, conforme orientação de Diante desse fato, com os cofres abarrotados por V. Exª, um projeto de Decreto Legislativo para tornar uma receita que cresce a cada mês, batendo todos os sem efeito a parte do decreto que regulamenta a Ti- recordes, o Governo estaria mesmo interessado em memania, que é exatamente um dispositivo que o uma reforma tributária que reduzisse a carga tributá- Congresso aprovou para tentar moralizar um pouco a ria? Não creio, Sr. Presidente. É possível que queira administração do futebol no País, penalizando aque- o Governo debater esse assunto durante o ano todo, les que eventualmente estejam sendo processados exatamente para que uma camada de fumaça possa em qualquer instância do Poder Judiciário. Os clubes encobrir outros fatos relevantes que incomodam o Go- aos quais pertencem os processados não poderiam se verno neste momento. beneficiar dos resultados da Timemania, uma medida Nós temos um projeto de Decreto Legislativo que moralizadora. É claro que, nem de longe, imagináva- deve ser discutido na Comissão de Constituição, Justi- mos poder o representante do Governo na Caixa Eco- ça e Cidadania provavelmente na próxima semana – o nômica Federal responsável por essa regulamentação seu relator é o Senador Flexa Ribeiro. O projeto procura retirar do texto da lei exatamente a parte moralizadora. anular os efeitos do decreto do Governo que aumentou É desejar que a impunidade prevaleça, é estimular a o Imposto sobre Operações Financeiras. Se o Governo corrupção, é sobretudo valorizar a desonestidade na arrecada tanto, por que aumentar a carga tributária, administração do futebol. afrontando, inclusive, a legislação do País? Por isso, Sr. Presidente, vamos apresentar esse (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) projeto de Decreto Legislativo. Sr. Presidente, nosso objetivo inicial na tribuna O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Sr. Pre- seria abordar a questão que se debate hoje no Con- sidente, parece-me que houve um erro na marcação gresso Nacional e, claro, no Poder Executivo: a anun- do meu tempo. Creio que os dez minutos não foram ciada reforma tributária. sinalizados, e a campainha está me interrompendo a O Governo encaminhou hoje ao Congresso Nacio- todo o momento. nal a sua proposta. Há razões, sem sombra de dúvidas, Mas, Sr. Presidente, por que aumentar impostos para a suspeição. Deseja mesmo o Governo instituir se o Governo bate recordes de receita? Esse decreto um novo modelo tributário para o País ou trata-se ape- do Governo é inconstitucional. Aliás, o povo já pagou, nas de uma manobra diversionista para evitar que as no mês de janeiro, por ele. O Governo arrecadou pouco atenções se voltem para fatos graves focalizados no mais de R$400 milhões em razão do aumento desse âmbito das duas Casas do Parlamento, especialmen- imposto sobre operações financeiras. Não cabe ao te nas duas comissões parlamentares de inquérito, a Governo reajustar a alíquota desse imposto. A legis- que investiga as organizações não-governamentais e lação estabelece que se trata de um instrumento de aquela que pretende investigar a utilização dos car- regulação. Reajuste só poderia ocorrer se nós tivés- tões corporativos? Há mesmo, entre os especialistas semos vivendo um momento de turbulência financeira insuspeitos, aqueles que admitem estar o Governo no País, e isso não estava ocorrendo no dia 2 de ja- adotando essa estratégia diversionista. neiro, quando o decreto foi instituído. O Governo não Mas quero, Sr. Presidente, dar sustentação a poderia transformar um instrumento de regulação em essa preocupação. Seria dessa forma que se deveria instrumento de arrecadação, mas foi o que fez. discutir a reforma tributária para o País? De outro lado, não respeitou o princípio da iso- O Presidente Lula, não faz muito tempo, de- nomia tributária na medida em que as pessoas físicas monstrou desinteresse, afirmou que seu Governo não pagam o dobro do que pagam as pessoas jurídicas necessitava da reforma tributária. Obviamente, não com esse aumento do Imposto sobre Operações Fi- necessitava: o Governo arrecada demais, arrecada nanceiras. como nunca. Já chegamos a cerca de 37% do Pro- Ainda mais, Sr. Presidente, no fim do ano pas- duto Interno Bruto. A nossa carga tributária chega a sado, o Senado Federal, ao rejeitar a prorrogação da 37% do Produto Interno Bruto. Agora em janeiro, mais CPMF, estabeleceu um novo teto para a receita pública uma vez, o Governo comemora novo recorde, um re- no País. Com esse decreto... Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4043 (Interrupção do som.) de arrecadador durante muito tempo no nosso País. O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Sr. Presi- Para ele, as novas medidas não garantem redução dente, após a Ordem do Dia, o tempo é de 20 minutos. da carga tributária. Se não garantem, não devem ser Creio que não tive nem dez. aprovadas. Segundo ele, “poderá haver aumento da O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB carga tributária, não redução, para compensar o que – RN) – V. Exª tem razão. Peço-lhe desculpas. Vou con- seria desonerado, por exemplo, com a eliminação do ceder-lhe mais oito minutos. salário-educação da folha de pagamento”. Isso ele afir- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Obrigado, ma em entrevista. O Governo quer fazer uma reforma Sr. Presidente. O Presidente está pechinchando, mas tributária sem desoneração, e promete a desoneração não há problema. Certamente, encerrarei em oito mi- para após a aprovação da reforma tributária. Ou seja, nutos. na verdade, o Governo não está muito interessado em Portanto, Sr. Presidente, o Governo exorbitou, e desoneração. os Partidos de Oposição encaminharam representação O ex-Secretário da Receita Federal afirma ainda ao Supremo Tribunal Federal sustentando a inconstitu- que é contra uma reforma tributária por meio de emen- cionalidade dessa matéria e dessa providência gover- da constitucional. E ele diz: namental. Nós adotamos uma medida legislativa por Todas as vezes que no Brasil se pre- meio desse projeto de decreto legislativo que pretende tendeu fazer uma reforma tributária pela via suspender os efeitos do decreto do Governo. Espero constitucional, desde os anos 60, conseguimos que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania piorar o sistema tributário brasileiro, justamen- acolha essa nossa pretensão em nome da redução da te porque a Constituição tem muita matéria carga tributária no País. tributária e, por isso, um processo de reforma Falar em reforma tributária aumentando impostos pelo Congresso Nacional, via emenda consti- é ofender a inteligência nacional. Não há como admitir. tucional, é um processo sujeito à promulgação, Quanto a esse assunto, a Comissão tem de se reunir e sem possibilidade de veto corretivo, inclusive estabelecer uma estratégia de combate. Não há como por razões de ordem técnica. se admitir o aumento da carga tributária brasileira. Outras restrições feitas por ele ao projeto de refor- Desejam uma reforma para o inverso. O que que- ma tributária: “Eliminar a Cide dos combustíveis pode remos é eliminar a informalidade, que é o eufemismo estimular a sonegação de impostos. É desnecessário, adotado para justificar a sonegação fiscal, a elisão ruim e pode tornar ainda mais complexo o sistema”. fiscal no nosso País. O Secretário, por fim, classifica a proposta da reforma Sonegam porque não conseguem pagar, por- tributária como ruim. Diz ele: que cobram demais, porque é insuportável para uma pequena e média empresa arcar com o ônus de uma Fazer uma modificação no sistema tribu- carga tributária perversa. A modernidade existe – uma tário pode ser oportuno; agora, modificações equação –, todos pagam, pagam progressivamente. Os ruins são inconvenientes. É possível fazer-se que ganham muito mais, pagam mais; os que ganham uma leitura política desse fato, ou seja, de que muito menos, pagam menos. É o chamado processo seja uma espécie de cortina de fumaça que progressivo de pagamento de impostos. permita desviar atenção de outros temas que No Brasil ocorre o inverso: os que ganham menos estão em discussão no Congresso. pagam mais proporcionalmente. E, já que não possuem Portanto, essa não é uma afirmação da Oposição. advogados brilhantes para superar os obstáculos des- A cortina de fumaça é a idéia que passa o Governo sa burocracia terrível, são obrigados a partir para a pela forma como conduz esse processo e faz com que informalidade a fim de sobreviverem. até um técnico qualificado, insuspeito pelo seu com- Não há outra razão para a reforma tributária a não portamento anterior e atual, chegue a esta conclusão: ser esta: possibilitar que todos paguem, mas paguem de que seja uma cortina de fumaça que nasce no Pa- o que é correto, justo, estimulando o trabalho, o inves- lácio do Planalto com o objetivo de esconder fatos im- timento, proporcionando o crescimento econômico e portantes que possam ser revelados, inclusive, com a uma mais adequada distribuição de renda no País. instalação de CPI no Congresso Nacional. Sr. Presidente, quero-me louvar da opinião do O País precisa de um modelo tributário moderno. ex-Secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Não devemos cansar de repetir que o ideal é um modelo Ninguém pode acusá-lo de suspeição, Senador Mão tributário que nos aproxime dos países mais evoluídos Santa, muito menos de despreparo nessa matéria, do mundo. O nosso está superado, atrasado! O nosso ainda mais de inexperiente, já que exerceu a função modelo tributário não é nem de Terceiro Mundo. Preci- 4044 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 samos dar um salto de qualidade. Estamos em desvan- damente consensuadas e aprovadas, inclusive com tagem, sobretudo quando concorremos no comércio cobertura orçamentária. exterior, já que somos sufocados aqui por tributos. E é É certo que o Presidente Lula, ao longo dos seus evidente que competimos de forma desigual! dois mandatos no Palácio do Planalto, tem demons- O Brasil poderia ser um país mais rico, mais prós- trado inequívoca preocupação com as obras de infra- pero. O povo brasileiro poderia ser socialmente mais estrutura sempre reclamadas por nosso País. Foi por feliz se tivéssemos um modelo tributário moderno e acreditar na importância desse tipo de iniciativa que competente, que pudesse se consolidar como um ins- Sua Excelência lançou o Programa de Aceleração do trumento capaz de impulsionar crescimento econômico Crescimento (PAC), um dos carros-chefes do segun- e distribuir a riqueza mais adequadamente. do mandato. Muito obrigado, Sr. Presidente, sobretudo pela Nessa linha, peço a atenção do Ministério de resposta à questão de ordem que nos vai inspirar a Transportes e do Departamento Nacional de Infra- apresentar um projeto de decreto legislativo na espe- Estrutura de Transportes (DNIT) para a urgência que rança de tornar sem efeito alterações propostas pela deve ser concedida à construção de pontes ligando Caixa Econômica Federal a uma lei aprovada pelo Con- Rondônia e Acre, um reclamo dos dois Estados e, de gresso, que tinha por objetivo moralizar a aplicação dos resto, de toda a nossa região. recursos da Timemania pelos clubes de futebol. A inércia com relação a essas obras tem engen- O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB drado perdas substanciais – econômicas e pessoais, – RN) – Concedo a palavra ao Líder do PMDB, Sena- inclusive em termos de formação escolar – não somente dor Valdir Raupp. Em seguida, concederei a palavra para Municípios e microrregiões diretamente afetados, ao Líder do DEM, Senador José Agripino. mas também para o próprio País. O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO. Como Lí- Cada obra pública necessária, e inclusive anun- der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e ciada, que não se realiza dissemina a desconfiança na Srs. Senadores, as dimensões de nosso território, a população, que se vê constrangida a situações limitan- mobilidade e o espírito desbravador de nossa gente tes, que diminuem suas possibilidades de ascensão recomendam ou, mais do que isso, impõem uma espe- social e econômica. São limites que logo se vão refletir cial atenção à tarefa de interligar fisicamente o nosso em toda a comunidade. Brasil. Além dos aspectos tradicionais de identidade, E deve-se observar, Srªs e Srs. Senadores, que língua e cultura, integrar é facultar, facilitar e garantir não há razão plausível para manter sob uma espécie o trânsito de pessoas e também de matérias-primas, de embargo a construção de apenas três pontes, que de bens e de mercadorias com um mínimo de segu- representarão muitíssimo para as populações que de- rança e de rapidez. pendem das facilidades de comunicação terrestre. Assim, Sr. Presidente, os negócios e, com eles, Sr. Presidente, talvez, essa seja a única região as comunidades comunicam-se, trocam experiências, do País em que balsas são utilizadas para atravessar vão à escola e ao trabalho, montam acordos, comer- rios. Há balsas para se atravessar de Rondônia para ciam, enfim, prosperam. o Acre, para se atravessar de Rondônia para o Ama- À geração da riqueza deve seguir-se sua adequa- zonas e para se atravessar de Rondônia para a Bolí- da e rápida distribuição. Estradas, ferrovias, pontes, hi- via, país vizinho. Então, faz-se urgente a construção drovias, portos, aeroportos são suportes indispensáveis dessas três pontes que acabei de citar. aos objetivos de integração regional, nacional ou, no Nós, os Parlamentares, temos feito nossa parte, caso de nossa região amazônica, internacional. oferecendo os pressupostos orçamentários indispen- Aliás, nos últimos anos, a diplomacia brasileira sáveis para a realização dessas obras tão importantes tem concedido crescente ênfase à integração física da para o povo de Rondônia e de toda a nossa região, América do Sul, desejo coincidente que repercute em como podem atestar os pleitos de muitos outros Se- diversos países que também vocalizam assiduamente nadores e Deputados, independentemente da filiação a mesma intenção, como Argentina e Venezuela, para partidária. Somos todos tão-somente os legítimos in- mencionar exemplos mais eloqüentes. térpretes das aspirações e das necessidades de nos- Por tudo isso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Sena- sos eleitores. dores, valho-me desta breve intervenção para alertar É preciso agora que o Governo Federal dê conse- o Governo Federal acerca da importância de que se- qüência ao que ficou acordado, executando as obras, jam implementadas algumas obras simples, porém o que, certamente, vai garantir um novo e importante indispensáveis, em nossa Região. São obras já devi- impulso para a integração e para o desenvolvimento Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4045 de uma região que merece a constante atenção do sidente, e esta Casa tenham conhecimento, devo dizer Poder Executivo Federal. que só o Estado do Mato Grosso tem 106 mil proprie- Em termos objetivos, Sr. Presidente, o que reivin- dades rurais. Dessas, 3,6 mil estão credenciadas pelo dicamos, em nome do povo de Rondônia e, certamente, Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de de toda a nossa região, concentra-se na construção de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), e, dessas 3,6 mil três pontes: uma sobre o rio Madeira, em Porto Velho, propriedades, 1,7 mil estão em áreas habilitadas para na BR – 319, que dá acesso a Humaitá e a Manaus; exportação para a Europa. Nesse caso, o Governo Fe- outra ainda sobre o mesmo rio, mas em Abunã, Dis- deral tem sido muito passivo em relação às propostas trito de Porto Velho, na BR – 364, que dá acesso ao da Comunidade Européia. Estado do Acre e, por conseqüência, à Rodovia do Pa- Mais triste estou, Sr. Presidente, porque, das 3,6 cífico, ao país vizinho Peru; e, finalmente, uma ponte mil propriedades credenciadas pelo Sisbov e das 1,7 sobre o rio Mamoré, na BR – 425, em Guajará Mirim, mil propriedades habilitadas para exportação, há, em travessia para Guiará, na vizinha Bolívia, por conse- Mato Grosso, meu caro Líder José Agripino, apenas qüência dando acesso a La Paz, capital da Bolívia, e quatro propriedades. No meu Estado, apenas quatro aos portos de Arica e de Iquique, no país vizinho da propriedades estão credenciadas pela Comunidade República do Chile. Européia para exportação. Ora, no nosso Estado, há Recursos existem, Sr. Presidente, e o volume re- um rebanho de 27 milhões de cabeças, e a Comuni- querido para as obras não é excessivo. Ao contrário, dade Européia vem aqui e credencia apenas quatro falta apenas a adoção das providências regulamentares propriedades. por parte dos órgãos públicos responsáveis. Entendo que o Governo tem sido muito passivo. E tenho a certeza de que o Governo do Presi- O Governo dá a entender para todos nós, produtores, dente Lula – Sua Excelência falou comigo ainda nesta pecuaristas, homens do campo, que faz uma política semana – tem interesse pessoal, assim como nossos já visando às eleições de 2008. O que já se comenta Estados, na construção de obras tão importantes para por este Brasil é que o Governo quer que o preço da a região. carne abaixe o máximo possível, penalizando nossos Espero que meu apelo seja ouvido e que o Go- produtores, nossos pecuaristas. verno Federal entenda a urgência dessas obras tão Então, entendo que o Congresso Nacional tam- singelas, em termos de engenharia e de custos, e acate bém tem de se posicionar contra a passividade, so- uma legítima e procedente postulação dos rondonien- bretudo do Ministério da Agricultura, em relação à Co- ses e dos habitantes da Região Norte do País. munidade Européia. Isso é inadmissível, num País que Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, encerro minha fala, mais uma vez esperançoso, acreditando tem, hoje, 200 milhões de cabeças. No último censo na força de vontade do Governo Federal, para que, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- por meio de sua equipe, em especial do Ministério dos tística (IBGE) – e é o que está cadastrado no Instituto Transportes e do Dnit, conclua estas obras tão importan- de Defesa Agropecuária (Indea) –, verificou-se que tes, as três pontes que ligam meu Estado de Rondônia temos 201 milhões de cabeças bovinas. ao Acre, ao Amazonas e ao país vizinho Bolívia. Então, entendo que temos de nos posicionar. Não Muito obrigado, Sr. Presidente. podemos aceitar, de forma passiva, a regra do jogo im- O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB plantada pela Comunidade Européia e, sobretudo, pelo – RN) – Concedo a palavra ao Líder do Democratas, Ministério da Agricultura do Governo Federal. Espero Senador José Agripino. (Pausa.) que esses números sejam revistos. Na ausência do Senador José Agripino, concedo Quero fazer um questionamento: quando o Gover- a palavra ao Senador Jayme Campos, pela ordem. no Federal fará algumas exigências para a Comunidade O SR. JAYME CAMPOS (DEM – MT. Pela ordem. Européia, para que aumente o número de proprieda- Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presi- des rurais aceitas? Caso contrário, tudo está indicando dente. Serei rápido. Quero falar sobre dois assuntos que, daqui a poucos dias, não teremos capacidade de hoje no plenário desta Casa, e o primeiro é relativo produzir também a carne bovina neste País, na me- à visita de representantes da Comunidade Européia, dida em que tudo sobe, não só o sal, mas também o esta semana, ao Brasil. arame, o salário mínimo, o óleo diesel etc. Com muita tristeza, recebemos informações, por Sr. Presidente, faço aqui o registro da minha in- meio da Imprensa Nacional, de que apenas 106 pro- dignação com a passividade do Governo Federal em priedades rurais do Mato Grosso foram credenciadas relação às exigências da Comunidade Européia para para a exportação da carne. Para que V. Exª, Sr. Pre- exportação da carne bovina. 4046 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Além dessa minha preocupação, quero pedir apoio a intenção de desonerar a folha de pagamento das as Srªs Senadoras e aos Srs Senadores em relação empresas, possibilitando-lhes competitividade, com a à federalização das nossas estradas, em relação à eliminação da contribuição do salário educação, 2,5%, 242, à MT-100, à 080, à 359 e à 174, cuja federaliza- e com a diminuição progressiva da contribuição patro- ção aprovamos ontem na Comissão de Infra-Estrutura. nal para o INSS. Precisamos, naturalmente, pedir ao nosso Presidente Ao longo dos debates, foi feita uma pergunta por que encaminhe a matéria o mais rapidamente possível um dos presentes sobre a reunião que teria ocorrido para a Câmara dos Deputados, para que, até o mês de entre representantes de sindicatos e o Ministério da agosto ou setembro, esse projeto esteja concluído. Aí Fazenda, quando a imprensa registrou a manifestação poderemos locar recursos para a fase de projetos, de contrária dos sindicatos em relação à diminuição da contratações e de consecuções dessas tão importan- contribuição patronal. O Ministro Mantega disse que tes obras para o território mato-grossense. Com cer- havia ocorrido realmente a reunião, mas que o Go- teza, isso vai diminuir os custos do nosso transporte verno permanecia na posição inamovível de manter a rodoviário, que hoje é muito oneroso e penoso para a determinação em diminuir a contribuição patronal de agricultura e para a pecuária do nosso Estado. recolhimento à Previdência. Muito obrigado, Sr. Presidente. Esse é um elemento no meio de tantos. Minha O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB preocupação, Senador Adelmir Santana – V. Exª que – RN) – Concedo a palavra o Senador José Agripino, é um homem dessa praia –, é que reforma tributária Líder dos Democratas. neste País só é feita se houver determinação política O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM – RN. Como Líder. por parte do Governo. Votar uma proposta de emen- Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Ga- da à Constituição com um quórum de 49 Senadores ribaldi Alves, Srªs e Srs. Senadores; acho que V. Exª, e três quintos dos Deputados não é fácil. Deve-se ar- hoje, teve oportunidade de receber das mãos do Mi- redondar, deve-se juntar argumentos à força política. nistro a proposta de reforma tributária Os argumentos são as boas idéias, e a força política que S. Exª, na terça-feira, anteontem, apresentou-nos. é de quem tem a maioria, que é o Governo. Fomos convidados, Líderes e Presidentes de Partidos O que aconteceu com a proposta de reforma de Oposição – PSDB, PPS e Democratas –, a parti- tributária anterior? Está parada na Câmara. Ela foi cipar de uma reunião na sala do Conselho Monetário arredondada no Senado, foi votada por unanimidade Nacional. Reunimo-nos por duas horas para ouvir uma por nós e está parada na Câmara. Parada na Câmara exposição do Dr. Bernardo Appi, que, apoiado em trans- por quê? Por falta de vontade política, de determina- parências, apresentou-nos o enunciado do que pode ção política do Governo, que não se dispôs a reagir significar a proposta de reforma tributária. às ações dos governadores que têm dúvida ou que Estavam lá, pelo Governo, os Líderes do Governo se manifestam contra a questão do ICMS cobrado no no Senado e no Congresso: Senadora Roseana Sarney destino, em vez de ser na origem; a unificação das e Senador Romero Jucá, e o Ministro das Relações alíquotas. O próprio Governo está tímido com relação Institucionais, Deputado José Múcio. à unificação de impostos em torno do IVA federal e Paciente e interessadamente, ouvimos – eu, pelo da política de desenvolvimento regional com o fim da menos, ouvi – o enunciado de propostas do Governo guerra fiscal pela unificação de alíquotas de ICMS em para a reforma tributária, que é um imperativo nacional. todos os Estados. O Brasil, o Brasil competitivo, clama por uma diminuição As reações dos governadores, dos agentes eco- no número de impostos, por facilitação no processo de nômicos, paralisaram o Governo. Só que em grande cobrança e pagamento de impostos, pela justiça fiscal, monta. Agora, o Governo manda uma proposta de eliminando-se a regressividade de impostos, fazendo reforma tributária em ano de eleição e em ano de com que os mais pobres não paguem a mesma coisa investigação de padrão ético: CPI das ONGs e CPI que os mais ricos em matéria de alíquotas; e também dos Cartões Corporativos. Cartão corporativo: aquele a diminuição de carga tributária, que é o fundamental cartão de crédito que os apaniguados do Governo, as e é o que se espera dessa reforma. autoridades do Governo, nomeadas pelo Governo do Saí da reunião com a impressão de que o Go- PT, usam para comprar no free shop, para comprar, verno estava, a menos de pequenas modificações ou talvez, recuperação de mesa de sinuca, para comprar por variações em torno do tema, repetindo aquilo que tudo aquilo que vem sendo denunciado, que é proibido foi apresentado no passado. Repito: a menos de algu- e que está sendo investigado. mas pequenas variações em torno do tema. Mas uma Muito bem, manda-se, em ano de investigação, coisa o Governo, na reunião de terça-feira, declarou: Senador Expedito Júnior, e em ano de eleição, pro- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4047 posta de reforma tributária. Aí, minha preocupação: o só vai produzir efeitos financeiros reais em maio, com Governo não teve determinação política para tocar a a cobrança em abril. Repito: decorrida a noventena proposta que está na Câmara. E já estou informado de janeiro, fevereiro e março, com cobrança em abril de que a proposta entregue ao Presidente Garibaldi e e produção de impostos em maio. ao Presidente Arlindo Chinaglia hoje, Senador Jayme O que é que aconteceu? Campos, não contém aquilo que foi dito na reunião Senador Expedito Júnior, V. Exª, que é um su- dos Líderes que conteria, ou seja, a desoneração da jeito arguto, defensor das causas de Rondônia, mas folha de pagamento com a diminuição da contribuição defensor das causas do Brasil, percebeu e já leu na patronal ao INSS, conforme o Governo havia anuncia- imprensa a respeito do recorde de arrecadação de ja- do como um instrumento tributário de apoio ao forta- neiro de 2008. Foi aquilo que nós dizíamos. lecimento das empresas, para que elas, fortalecidas, V. Exª votou pelo fim da CPMF; o Senador Jayme pudessem empregar mais gente. O Governo não teve Campos, pelo fim da CPMF; o Senador Adelmir Santa- força para reagir ao primeiro contravapor dos sindica- na, pelo fim da CPMF. V. Exªs, os três, votaram, como tos e já mandou para cá uma coisa diferente do que eu votei, pelo fim da CPMF. O que nós dizíamos? Que nos expôs, a nós Líderes, na sede do Conselho Mo- a CPMF era um imposto que, guardado pela Constitui- netário Nacional. ção, tinha prazo de validade, ou seja, 31 de dezembro, O que é que vai ser da discussão dessa proposta que já tinha dado o que tinha que dar e cabia a nós de reforma tributária? Cesteiro que faz um cesto faz encerrarmos a cobrança em 31 de dezembro, porque um cento. Se for assim, no primeiro embate, vai ser era uma atribuição nossa, do Congresso. E íamos votar igual ao outro. Por isso, acho – tenho o direito de achar porque esse imposto já não era mais necessário ao e de desconfiar – que este Governo assim agirá; este Brasil. O Brasil tem de ser, agora, competitivo, porque Governo que entope a pauta com medidas provisórias arrecadação tem às pamparras. E dizíamos nós que a e que manda uma proposta, hoje, diferente da que economia está crescendo, por diversas razões, diver- anunciou para os Líderes da Oposição na terça-feira, sos fatores, e que esse crescimento está aumentando os quais foram, cavalheiresca e democraticamente, à a arrecadação e batendo recordes sucessivos. sede do Conselho Monetário Nacional para dizer: “Es- O que é que aconteceu em janeiro? Em janeiro tamos aqui na disposição de negociar para encontrar não teve mais CPMF. Foram R$10 bilhões a mais de um melhor caminho para o País”. arrecadação. Para a CPMF de 12 meses previam-se Parece-me que eles não o querem, porque não R$40 bilhões. Em um mês só, houve um excesso de vão enfrentar as resistências. E a reforma tributária arrecadação de R$10 bilhões. Aquilo que nós dizíamos, não será feita se não houver consistência política no ou seja, que a CPMF não era mais necessária e que núcleo do Governo para enfrentar resistências. Não estava na hora de se baixar a carga tributária no Brasil se vai fazer essa omelete sem quebrar ovos. Já não para as empresas e os contribuintes respirarem o ar se fez com a proposta que o Senado aprovou e que moderno do mundo moderno, aconteceu. está parada na Câmara. Se já se começa eliminando Quanto é que se arrecadou de IOF, que, gulosa- um ponto importante – a desoneração de folha – com mente, o Governo já está cobrando? Nesse excesso um recuo por parte do Governo, um recuo explícito, de R$10 bilhões, em janeiro, foram R$62,6 bilhões de porque anunciou e recuou, onde é que vamos chegar? arrecadação, contra R$52 bilhões de janeiro de 2007 Com a pauta entupida por medidas provisórias, com – R$10 bilhões a mais. o Congresso tendo a obrigação de investigar os car- Nesse R$10 bilhões a mais, quanto significou a tões corporativos, ONGs e má aplicação de dinheiro gulodice do IOF? Quatrocentos milhões. O que signi- público, onde é que o Governo quer chegar? É aquela ficou esse aumento de IOF? Significou um aumento, história de botar o bode na sala para justificar a opi- pasmem, da taxa de juros para a pessoa física, que nião pública? saiu de 43,9%, em 2007, para 48,8% – digamos que E outra: desconfio que o Governo, na verdade, de 44 para 49%. Quem é que paga o pato disso? O não tem grande interesse em reforma tributária, por contribuinte. Para arrecadar 400 milhões e gerar um uma razão só: a reforma tributária do Governo virá, aumento na taxa de juros dessa ordem para a pessoa ou viria, se houvesse necessidade de caixa, tanto física, para o cidadão comum que compra a geladeira, o que, eliminada a CPMF, o Governo, no dia seguinte, liquidificador ou a televisão na loja de eletrodomésticos independentemente de reforma tributária, colocou o ou compra o automóvel? Na pessoa jurídica, elevou de aumento do IOF e o aumento da CSLL. O IOF já en- 22,9% para 24,7%, ou seja, de 23 para quase 25%. trou, imediatamente, em vigor. A CSLL, como tem uma A brincadeira do Governo, ao aumentar a arre- noventena e uma medida provisória para ser apreciada, cadação pela gulodice fiscal, sem confiar que a eco- 4048 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 nomia está crescendo, como dissemos e os números audiência com o Ministro Alfredo do Nascimento, visto mostraram, produziu um aumento aloucado na taxa de que os dois estão no mesmo endereço na Esplanada. juros, que vai prejudicar o contribuinte e vai prejudicar Nessa visita que fizemos ao Ministro Alfredo do Nasci- a indústria, porque a demanda vai terminar enfraque- mento, fomos muito bem recebidos e carinhosamente cendo pela taxa de juros, isso para arrecadar 400 mi- atendidos por S. Exª. O Ministro dos Transportes nos lhões, quando o crescimento da economia gerou R$10 comunicou os investimentos em infra-estrutura de trans- bilhões – esse é o número por atacado – de aumento portes que serão feitos no Estado de Minas Gerais. da arrecadação. Dos pleitos apresentados, destaca-se a BR-040, Resultado: há uma proposta de reforma tributá- no trecho entre os Municípios de Conselheiro Lafaiete ria que será evidente e democraticamente apreciada, e Juiz de Fora, para o qual eu e o Ministro solicitamos com a disposição de nossa parte de olhar o interesse a duplicação, por meio do processo de concessão da nacional, mas com a desconfiança de que o Governo rodovia. O Ministro dos Transportes garantiu os in- está propondo uma coisa para a qual não está dedi- vestimentos nessa rodovia previstos para este ano. A cando determinação política, porque não soube resistir BR-040 está inclusa na terceira etapa de concessões ao primeiro embate, como no passado. rodoviárias do PAC, e o leilão, previsto para novem- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, diante dos bro, contemplará toda a extensão de Minas a Brasília, números que acabei de assinalar, de registrar, consta- totalizando mais de 900 quilômetros. ta-se o acerto com que trabalhamos quando votamos Foi-nos informado, a mim e ao Senador e Minis- pelo fim da CPMF, o acerto dos argumentos, pois di- tro Hélio Costa, pelo também Senador e Ministro Al- zíamos que a CPMF já não era mais necessária por- fredo Nascimento – visto que ele também é Senador, que o crescimento da economia geraria arrecadação eleito pelo Estado do Amazonas –, que, atualmente, suficiente para cobrir as necessidades do País, como além desse programa, o Ministério dos Transportes está gerando R$10 bilhões de excesso de arrecadação. executa obras em mais de seis mil quilômetros em Mesmo assim, o Governo edita uma medida provisória Minas Gerais. para instituir um aumento de alíquota de 9% para 15% Durante essa audiência, é claro, agradeci ao Mi- na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das em- nistro a obra de duplicação da rodovia que liga Uber- presas, no caso, financeiras, que vão aumentar ainda lândia a Uberaba, obra que vinha se estendendo por mais a taxa de juros ao consumidor e que já aplicam talvez mais de 10 anos, sem nunca haver sido concluí- o aumento da cobrança dobrada para o IOF. da. Eu, por exemplo, que tenho um irmão que tem uma Com o IOF não temos o que fazer. Agora, com chácara em Uberaba, já cansei de quebrar rodas de relação à CSLL, pelas razões que aqui expus, vamos armar barricada. Ah, vamos armar barricada! Da mesma carro antes do Governo Lula e antes do Ministro dos forma como vamos lutar para derrubar a TV pública, Transportes, para ir até Uberaba, capital do zebu. Hoje, que é um gasto absolutamente perdulário, na minha vai-se de Uberlândia a São Paulo em pista duplicada, opinião, vamos armar barricadas para derrubar esse fazendo uma viagem tranqüila. aumento escorchante de impostos que vai atingir os Aproveitando aquele encontro, o Ministro Hélio brasileiros, que é a Contribuição Social sobre o Lucro Costa também comunicou ao Senador Alfredo Nasci- Líquido. mento que, em conversa com o Governador do Ama- Esse é o nosso compromisso e essa é a nossa zonas, o Sr. , que estava acompanha- determinação. do por empresários da Zona Industrial de Manaus, o O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB aparelho conversor da TV analógica para a TV digital, – RN) – Concedo a palavra ao Senador Wellington a “caixinha preta”, será produzida na Zona Industrial Salgado. de Manaus pelo valor de R$180,00. Este é o valor que O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA o Ministro entendia – inclusive já havia declarado isso (PMDB – MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem anteriormente – ser o justo para a produção desse revisão do orador.) – Meu caro Presidente, Senador conversor: R$180,00. Esse aparelho conversor está Garibaldi Alves, Srªs e Srs. Senadores presentes, te- no mercado por um preço bem mais alto, e o Ministro lespectadores da TV Senado, hoje, dirijo-me a esta já havia advertido: “não comprem porque esse preço tribuna para relatar uma visita feita por mim e pelo Mi- vai baixar.” Portanto, o Ministro Hélio Costa cumpriu nistro Hélio Costa ao Ministro dos Transportes, Alfredo sua promessa junto à população de produzir em terra do Nascimento. nacional, não importando de outros paises. Acredi- Marquei audiência, e o Ministro Hélio Costa me tamos também que o Governo poderá atribuir certas acompanhou. Descemos apenas dois andares para a imunidades tributárias para que possamos produzir Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4049 esse conversor na cidade de Santa Rita do Sapucaí, Aqui, já estou me tornando um especialista em em Minas Gerais. abotoar e desabotoar o paletó. É o que estou fazendo. Isso era o que eu queria comunicar aos habitan- Sento-me, desabotôo o paletó; levanto-me, abotôo o tes de Minas sobre essa visita. paletó. Nas Comissões é onde o Senado está aconte- Como ainda tenho tempo, digo que vejo, por parte cendo. Nas Comissões, o Senado funciona. Lá não tem de todos que vêm à tribuna...não sei como os teles- todo esse jogo político de poder já visando 2010; lá, pectadores, os que assistem à TV Senado, que tem trabalha-se pelo País. Existe uma série de Senadores uma audiência muito grande, agüentam tanta discus- que, para usar um termo bem atual, são os chamados são, tanto falatório, como se estivéssemos vivendo um “triploplay”, aqueles Senadores que aparecem nos momento dificílimo no País. Isso é interessante, por- jornais, na televisão e no rádio. que esse clima está contagiando o Senado. Ontem, ao Esses Senadores que não são “Senadores triplo- descer pelo elevador, nesta Casa, disse “bom-dia” para plays”, como o Senador José Maranhão, por exemplo, uma pessoa, e ele respondeu-me: “Amanhã eu digo, são Senadores que trabalham. V. Exª teve um trabalho Senador”. Ou seja, o individuo tem de passar o dia in- duro na questão do Orçamento. Enfrentou dificuldades teiro para saber se será um “bom-dia”, e só responderá políticas: tiraram a CPMF, e V. Exª teve de refazer; bri- no dia seguinte. Esse é o clima que está sendo gerado gas entre Partidos; discussões entre os Estados e en- nesta Casa, um clima que não é verdadeiro. tre as Bancadas. V. Exª está de parabéns, conseguiu, Este é o Governo mais fácil de se defender. Já ontem, resolver esse problema e fechar o Orçamento. falei isto um monte de vezes. É de um Governo em Agora, o que vier depois das discussões... V. Exª já fez que tudo está dando certo. Não sou do PT, mas tenho o trabalho pelo País. um carinho especial pelo Partido. Votei no Presidente Então, senhores telespectadores, quero saber Lula, como vários aqui votaram também, senão ele o seguinte: o nosso País vai mal ou o nosso País vai não seria Presidente. E, ao votar, escolhemos um bom bem? Qual é o tipo de País...? Quando votei para líder. Isso é o que todos os veículos de comunicação Presidente, votei pensando em um País bom para os deveriam falar, mas não falam. meus filhos, talvez, mais à frente, bom para os meus O País está vivendo um momento maravilhoso. Já netos. E é isso o que está acontecendo. Ou alguém temos dinheiro para pagar a nossa dívida externa. As acha que o Presidente Lula está conduzindo mal este empresas estão vendendo assustadoramente. Diz-se País? Eu não acho. Não é possível..Estudei a minha que aumentou a arrecadação de impostos. É claro, se vida inteira...(o Senador Jayme Campos levantou a se vende mais, arrecada-se mais. É assim que funcio- mão e disse que acha). Eu não acho. Penso que o País na. No entanto, todo mundo sobe à tribuna como essa vontade do Governo de arrecadar fosse uma vontade está sendo muito bem conduzido. que não estivesse diretamente ligada ao aumento do Não estou preocupado. Se fosse o Senador Ar- PIB e da produção nacional. thur Virgílio, por quem eu tenho grande carinho, o Por outro lado, Srªs e Srs. telespectadores, Srªs Presidente, eu também falaria o mesmo. Se fosse o e Srs. Senadores, também o meu Partido, o PMDB, Senador José Agripino, aqui presente, o Presidente nesta Casa, vem, historicamente, fazendo a sua parte. deste País, porque tem todas as condições para sê- A todo o momento segue posições de Bancada, posi- lo, também o defenderia da mesma maneira, porque ções de Comissões, posições de CPI, para que haja o País está indo bem. O País vai vem, e todo mundo tranqüilidade na Casa. É vendido para o nosso Partido, só fala mal? Num momento, torcem para não chover Senador José Maranhão, que, se cedêssemos a presi- para que dê crise de energia; noutra hora, sofrem pela dência da CPMI dos Cartões Corporativos, esta Casa segurança. A todo o momento... Chegou ao ponto, Se- ficaria mais calma. Muito bem. Meu Líder, o Senador nador Jayme Campos, que, certa vez, no elevador, ao Valdir Raupp, com o Líder do Governo, que é do meu dizer “bom-dia” ao cidadão que lá estava e ele me res- Partido, Senador Romero Jucá, reuniram e cederam a ponder: “Amanhã eu te digo, Senador”. Ele ia esperar presidência da Comissão. O que acontece? No mesmo o fim do dia para ver se foi um bom dia ou não! Então, dia, pára-se o Senado Federal. Está parado o Senado isso não é possível, Federal por outras razões. Cada dia é uma coisa nova: Quanto à questão das forças no Senado, o meu é algo na Comissão de Orçamento; é uma situação da Partido vem cedendo espaço para se fazer um acor- CPMI; é porque clonaram o trabalho de um Senador do. Mas estou achando que o momento do confronto – o que é errado, eu apóio, isso não pode acontecer –, é inevitável. Acho que ele vai acontecer. Vai chegar o mas não podemos parar o Senado. Temos de resolver momento em que teremos de ir para o voto, que é o o problema. A todo o momento pára-se o Senado. mais democrático que pode acontecer. 4050 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Então, ficamos cedendo, fazendo acordos, vai não está acontecendo isso no País. Está todo mundo para cá, vai para lá, um sobe aqui, faz discurso, a Ban- com emprego, o numero de carteiras assinadas bateu cada do Governo não defende este Governo. Vai ter recorde, a arrecadação sobe porque há mais cartei- uma hora em que, quando um falar, há de haver um ras assinadas, a fiscalização está acontecendo, e, no outro para defender o Governo. Mas isso não acon- entanto, abrimos o jornal todos os dias, e é notícia tece. Esta tribuna só é usada para bater no Governo. torcendo para dar errado. Será que é isso que é ser brasileiro: bater no Governo Pelo amor de Deus, Srs. Senadores! Senador eleito? Vejo em outros países, quando apresentam o Jayme Campos, V. Exª é um homem que trabalha. Eu presidente, o fazem com uma respeitabilidade que não conheço a história de V. Exª, que, independentemente tem tamanho, seja ele oposição ou não. Nos Estados do Governo que existe, vai continuar trabalhando, seja Unidos, quando o presidente vai dar uma satisfação, ele Serra, seja ele Aécio, seja ele Lula, seja ele quem com todo o índice baixo que existe, o congresso rece- for, porque a história de V. Exª sempre foi trabalhar, be muito bem e fala muito bem. Por que não acontece independentemente do Governo. isso aqui? O Governo do Presidente Lula já vai acabar Assim é a minha vida também. Tenho o maior e vai entrar o próximo, e o País está dando certo. Ou orgulho de ter trabalhado com a minha família. Vesti alguém tem de falar que o País não está dando certo? terno muito tempo depois. O que não está dando certo? Agora, eu tenho de vir à O País é isto: é fruto de trabalho, de educação, tribuna, sendo do PMDB, para defender este Governo? de cultura. E este Governo vem fazendo isso. Sou li- Não é possível que o Partido do Presidente Lula não gado ao ramo de universidade. Minha mãe, que é pro- suba aqui e mostre os dados. Tem hora que acho que fessora, sempre dizia: “Quem estudar vai mais longe”. estou vivendo num mundo diferente do mundo real. Aí, aparece o Presidente Lula, que não estudou, e dá Se eu ficar sentado aqui todos os dias, quando sair e tudo certo. O que vou dizer? Vou deixar de acreditar andar na rua, vou ver um mundo diferente. Nos jornais nele? Vence quem estuda, mas o Presidente Lula televisivos, todas as notícias são a favor. A cada dia conseguiu montar uma equipe de pessoas que estu- em que há uma posição por um escândalo novo que daram, e está dando certo. Ele é um bom técnico. E se tenta criar no Senado, sai uma pesquisa mostrando o que fazemos? Todo dia, pau na cabeça do homem, que o Presidente Lula cresceu mais um pouco. pancada nas costas do homem. Mas está dando tudo Então, o que é isso? O que é ser brasileiro e que- certo. O que vamos fazer? rer o bem do País? É colocar a verdade: que o País vai Quer dizer, não dá. Não vou subir a esta tribuna bem, que a arrecadação aumenta porque a indústria para fazer esse tipo de observação todo dia. Mas há está produzindo mais. Ninguém está aqui para meter a uma fila tremenda. Todo mundo sobe e bate no Go- mão no bolso do contribuinte. E todo mundo leva tudo verno, bate naquele que elegemos, bate naquele que numa discussão, numa brincadeira, e fala mal do Pre- está dando certo. Sou maluco? Estudei a vida inteira, sidente e fala mal da política. Ninguém sobe aqui para e o que estou vendo não é a realidade? Será que o falar o que eu estou falando. Hoje, quem é que trabalha que escrevem é sobre outro mundo, não é o mundo de em veículos de comunicação, tem um emprego, recebe que estou participando? Não é possível. As pessoas o dinheiro, e no final do mês tem o mesmo valor? que escrevem podem até escrever o que aquele de- Derrubou-se a CPMF. O preço do pãozinho caiu? terminado grupo quer que escrevam, mas que o País O preço do arroz caiu? O preço do feijão caiu? está indo bem, está, que todo mundo está ganhando No início do ano de 2007, todos subiam aqui e seu dinheirinho, está alimentando seu filho com digni- falavam que se o crescimento do País fosse mais do dade, está comprando sua casa. que 3,5%, entregariam o cargo de Senador. Pedi ao Primeiro, o Presidente Lula botou comida na meu gabinete para ver quantos discursos havia nesse barriga, e comida na barriga é o que vale. Se você vê sentido. Havia vários discursos. Aí, o que acontece? seu filho em casa passando fome, você vai para a rua Ninguém fala mais nada sobre o assunto. O Brasil cres- disposto a fazer o que tiver de fazer. Essa é a verdade. ceu 5,5%. E todo mundo aqui torcendo para dar errado. O primeiro passo do Presidente Lula foi botar comida Quem é que ganha com o País dando errado? Jornal na barriga. ganha? Televisão ganha? Rádio ganha? Empresário Agora, alimentado, pode ir para a rua procurar ganha? Não ganham não. Se o País for mal, vai haver emprego. demissão. Se o veículo de comunicação não vender Ninguém entende porque o Presidente Lula tem espaço para alguém anunciar – porque está havendo voto em São Paulo e tem voto no Nordeste. Porque ele consumo –, o jornalista vai perder o emprego. É as- dá cesta básica lá. E o dinheiro que o nordestino que tra- sim que funciona a economia capitalista. No entanto, balha em São Paulo mandava para casa já não manda Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4051 mais, porque tem a comidinha lá. Então, ele junta para Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Senadores, comprar uma casinha depois. E é assim que as coisas por ouvirem meu desabafo. funcionam. É assim que o Brasil vai para frente. O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB Agora, todo dia acordar, abrir o jornal e ter notícia – RN) – Concedo a palavra ao Senador José Mara- torcendo para dar errado, pelo amor de Deus! nhão. Quem está me ouvindo em casa, imagine aque- O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB. Pronun- le vizinho que é chato, que reclama todo dia, que fala cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. que vai dar errado, que vai chover, que vai faltar água, Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fiz aqui um histórico que vai faltar luz. É como eu me sinto com alguns Se- que deveria ser lido nesta sessão, porque hoje conse- nadores que ficam do meu lado. Gosto deles, mas é guimos concluir a tarefa-desafio da Comissão Mista de terrível ter de ouvir todo dia torcendo para dar errado. Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: elaborar Como é que esse cidadão volta para casa? Encara, o Orçamento, fazer o Orçamento. Muito mais do que em casa... Não é possível. Temos de ter o mínimo de isso, adequar o Orçamento à nova realidade decorrente bom humor e o mínimo de boa vontade para que tudo da perda da CPMF. Não foi fácil, porque, se já é muito dê certo. É um monte de gente pessimista, torcendo difícil a elaboração do Orçamento, muito mais difícil é para dar errado. Pelo amor de Deus! fazê-lo diante da realidade da queda da CPMF. Todo dia, eu sento aqui e fico vendo. Não é pos- Mas o certo é que, para surpresa dos céticos, dos sível! Sai um, entra outro, com todo respeito aos Se- pessimistas, com a colaboração dos companheiros da nadores. Temos que levar em consideração a posição Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fis- política e a posição pessoal. São todos meus amigos, calização, do Relator-Geral, Deputado José Pimentel, tenho o maior carinho por todos eles. E para chegar homem dotado de uma capacidade de trabalho extra- ao Senado tem que ter história, senão não chega. Mas ordinária, muito austero, muito equilibrado e, sobretu- não dá para agüentar isso. Certas horas, penso que do, com alto espírito público, pudemos hoje concluir a estou simplesmente ficando maluco. Será que estou tarefa de elaboração do Orçamento, que agora cumpre maluco? Será que é engraçado falar mal do Governo? outra etapa já na área do Congresso Nacional. Será que dá Ibope? Será que você, quando fala mal, e Acabei de falar com o Presidente Garibaldi, fazen- sai na rua, é bem recebido? Pelo amor de Deus! do-lhe essa comunicação e pedindo que convocasse Todo mundo quer seu emprego, todo mundo quer o Congresso Nacional para discussão e aprovação do dignidade, todo mundo quer ganhar seu dinheiro, todo Orçamento no âmbito do Congresso Nacional. mundo quer ter dinheiro para gastar com seu filho, com É claro que o País não poderia ficar sem Orça- seu parente, com sua companheira, e orgulhoso disso, mento. Seria um absurdo se o País ficasse sem Or- do dinheiro limpo que ganhou. çamento – e não vai ficar, porque hoje conseguimos Sr. Presidente Garibaldi, faço este desabafo por- concluir essa tarefa. que é extremamente desagradável ver atacarem o que Não sei se o Presidente me concederia o tempo está dando certo, independente de partido. Eu não suficiente para ler esse histórico que me parece im- quero saber. Se o Lula fosse do PSDB,... Elegemos portante como elemento informativo. um Presidente que está dando certo. Ótimo que está O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB dando certo. As questões que têm de ser apuradas – RN) – V. Exª pode usar o tempo que for necessário, serão apuradas. porque o documento tem muita importância para o Senador Garibaldi, V. Exª, por exemplo, desde conhecimento de todos nesta Casa. que assumiu a Presidência, é outro homem. Está bem, O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Pois convive bem com o País. Olha o sorriso de V. Exª. Isto não, Senador Garibaldi. Agradeço-lhe muito a tolerân- é que é bom: um Presidente otimista, que vai ajeitar a cia que já está manifestando. Casa. V. Exª me ligou no dia 31 e disse que daria um O Sr. Jayme Campos (DEM – MT) – Senador novo nome ao Senado, que o Senado teria outra po- José Maranhão, V. Exª me permite um minuto, antes sição. Eu acredito no Senador Garibaldi. de reiniciar a sua fala, seu discurso? Pelo amor de Deus, senhores, quando escre- O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Pois verem, escrevam o que estão sentindo, não o que o não, Senador, com todo o prazer. editor manda. Mas se não escreverem o que o editor O Sr. Jayme Campos (DEM – MT) – Sr. Presi- mandar, estão desempregados, a verdade é essa. Eu dente, Srªs e Srs. Senadores, nesta oportunidade em olho para alguns jornalistas ali que até baixam a cabe- que o nosso Presidente da Comissão Mista de Planos, ça porque é verdade. É assim que funciona. É assim Orçamentos Públicos e Fiscalização fará um pronuncia- que funciona. mento em relação às atividades que realizou durante 4052 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 alguns meses, não poderia deixar de cumprimentá-lo. missão com todo o brilhantismo –, mas do conjunto dos Eu não poderia, Senador José Maranhão, deixar de integrantes da Comissão de Orçamento e de todo o solidarizar-me com V. Exª e de falar sobre o trabalho Congresso. O ciclo orçamentário só se encerra com a exemplar, operoso e, acima de tudo, ético que V. Exª, discussão e a votação no Congresso Nacional, o que como Presidente, e o Deputado Federal José Pimen- ainda está por acontecer. Por decisão do Presidente, tel fizeram à frente da Comissão Mista de Planos, Or- Senador Garibaldi Alves Filho, isso deverá acontecer çamentos Públicos e Fiscalização. Tínhamos de nos na próxima quarta-feira. orgulhar disso. Fiquei até indignado e triste quando, Concedo um aparte a V. Exª, com todo o pra- neste Senado, vi que um ou dois Senadores critica- zer. vam a peça orçamentária, chegando ao cúmulo do O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Meu caro absurdo de quererem até mesmo condenar ou carim- Senador José Maranhão, peço também a atenção do bar membros daquela Comissão, com a afirmação de Deputado José Pimentel, que se encontra aqui no que não estavam cumprindo, na forma constitucional, plenário, para este aparte. A estrutura bicameral do com seu papel. V. Exª vinha fazendo seu trabalho, já Brasil é perfeita ou quase perfeita. Os problemas que há três, quatro, cinco meses... E não só V. Exª, como existem na convivência do sistema somos nós que fa- os demais membros – eu, particularmente, membro zemos, somos nós que criamos. É lamentável. De vez daquela Comissão, como Relator Setorial do Ministério em quando, aparecem vozes e mentes irresponsáveis das Cidades e do Ministério do Planejamento – fizemos e tresloucadas que defendem a extinção desta Casa, o possível e o impossível para cumprir o que estava o Senado. Sabemos que quem faz isso não está bem- regimentalmente previsto dentro daquela Comissão. intencionado. São os que têm outros objetivos, que não Não adianta os críticos, aqueles que têm prazer em são os objetivos da democracia. O que temos que evi- vir nos criticar, acharem que vão conseguir alguma tar – Senadores e Deputados – é confronto envolven- ressonância diante da opinião pública brasileira. Não! do as duas Casas, tanto quando se trata da maior lei Todo mundo conhece José Maranhão, todo mundo que esta Casa vota anualmente, o Orçamento, quan- conhece José Pimentel. São pessoas que têm servi- to do dia-a-dia. A tradição tem sido a de o Orçamento ços prestados a este País e que fizeram um trabalho ser votado de maneira pacífica e a de esta Casa – o naquela Comissão sobre o qual posso afiançar com plenário – ser apenas homologatória. Quero dizer a V. toda certeza: é um trabalho extraordinário, jamais vis- Exª e ao Deputado José Pimentel que quem trouxe o to, feito de forma transparente e, sobretudo, igualitária. problema das distorções para o plenário do Senado Ou seja, ninguém foi contemplado ou beneficiado com foram membros do fechado grupo que trabalha anu- um ou dois gestos; ao contrário, foram todos tratados almente no Orçamento, ano após ano. São aqueles de forma igualitária. Dessa forma, meu caro Senador que se revezam nas funções, mas que permanecem José Maranhão e meu prezado Deputado José Pimen- no espírito da Comissão orçamentária. Talvez V. Exª e tel, que nos honra com sua presença, não poderia dei- o Deputado José Pimentel sejam os mais novos des- xar de cumprimentá-los, na certeza absoluta de que sa Comissão; talvez sejam os noviços. Quero dar este o trabalho de V. Exªs é indescritível e ficará registrado depoimento para um esclarecimento. Antes de ontem, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos à noite, estava no plenário quando fui chamado pela e Fiscalização, do Congresso Nacional. Senadora Roseana Sarney e pelo Presidente desta O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Agra- Casa para assistir, no gabinete da Presidência, a uma deço a generosidade dos conceitos de V. Exª e fico reunião da qual V. Exª faria parte, bem como o Rela- muito feliz de saber que questões como essa têm de tor, Deputado José Pimentel, o Presidente e algumas ser vistas, como V. Exª as vê, acima do contexto me- lideranças. Confesso-lhe que não sabia do que se tra- ramente político-partidário. tava. Estava lá também o Deputado Gilmar Machado, O Orçamento da União é uma peça indispensá- uma espécie de eminência parda do Orçamento da vel à gestão pública. É indispensável que haja isso. Nação desde que o PT começou a governar o País. A É claro que é uma peça que consegue atrair os inte- reunião era de declarações de insatisfações com rela- resses de todos os segmentos da vida nacional: se- ção ao rumo do Orçamento. Quero dizer a V. Exª que, tor público, setor privado, União, Estados, Municípios. em 26 anos de Orçamento, apenas participei daquela Para lá convergem os interesses os mais variados, os Comissão por um ano. Não é minha vocação. Não é mais calorosos, razão por que não é fácil fazer o Or- meu perfil. Mas, como fui convidado, assisti à reunião çamento. É claro que essa tarefa não é apenas de um e, também, naquele momento, a uma pressão que se homem – do Presidente da Comissão, do Relator ou fez sobre o Relator e sobre o Presidente. Ouvi, pela dos Relatores Setoriais, como V. Exª, que cumpriu sua primeira vez, a intenção do Relator de retirar o anexo Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4053 de investimentos – salvo engano, é esse o termo exato testo silencioso de um Estado sofrido, que apanha e –, para reavaliar... que, na calada da noite, nesta madrugada, foi punido O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – De novamente. Tiveram que remanejar recursos da irri- metas. gação. Senador Mão Santa, “atentai bem”, como diz O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – De metas... V. Exª: para beneficiar o Centro-Oeste, foram tirar os corrigindo-se algumas distorções que havia entre ban- recursos exatamente do Piauí. Por que do Piauí? Por cadas que ali estavam reclamando. A princípio, pela que tiraram do Piauí para colocar, atendendo a um minha experiência, considerei a tarefa um pouco árdua preceito constitucional, os recursos para a irrigação e vi que, pelo ceticismo do Deputado Gilmar Machado, do Centro-Oeste? Por que não tiraram da Bahia, que o mais erudito nas questões orçamentárias de todos é a mais aquinhoada de todos os Estados? Se você quantos participavam, era conversa para boi dormir. somar os recursos destinados a dois Estados, que não Mas assisti, ouvi as declarações e a concordância do vou discriminar, para irrigação, verá que ela receberá Relator, que fazia apenas uma ressalva: a redistribui- mais de 50%. Qual é realmente a sinceridade, Relator ção deveria ser feita pela Líder do Governo. Participei, José Pimentel, do Presidente Lula para com o Piauí? Senador Wellington, dessa reunião na certeza de que, Só promessa? Por que permitiram, na madrugada de sendo no gabinete da Presidência, presentes o Relator, ontem para hoje, retirar mais recursos do meu Estado o Presidente e um representante formal do PT, que era – cerca de 7 milhões, segundo informações que me o Deputado Gilmar, teríamos ali uma definição. Daí por chegaram? Então, quero dizer a V. Exª que o que não que saí achando, Senador Jayme Campos, que estava constrói é a tentativa, num momento como este, de al- tudo equacionado, resolvido, e as distorções corrigidas. guns – que não é o caso dos dois – de tentar jogar o Reclamei com relação ao Piauí – o Piauí, governado Senado e a Câmara, um contra o outro. Não vai chegar pelo PT, só tem apanhado nesse Governo, Deputado a lugar nenhum! Vamos ficar com a fratura exposta, um José Pimentel –, reclamei que o Piauí tinha, no ano fato grave. De forma que faço um apelo ao bom senso. passado, recebido um percentual de 3,7% e este ano Acho que o Deputado Pimentel foi seminarista, deve estava sendo rebaixado para 3,2%, o que iria compro- ter orado muito na infância e na juventude. Que pense meter o Estado no próximo ano numa nova avaliação com muita profundidade sobre esse Orçamento para trianual. Pedi que a situação do Piauí fosse revista. Em evitar que haja uma fuga em massa, nesta Casa, de nenhum momento, tratei de questões pessoais. Não é Senadores e Deputados no dia da sua votação. É claro meu feitio, porque sei minha postura como Senador da que vai passar, vai ser aprovado. O Governo pode, o oposição. Algumas distorções foram anunciadas, como Governo quer e o Governo manda, mas vai ficar uma a da bancada de V. Exª, do Ceará e de Pernambuco. mácula muito dura, infelizmente, para esta Casa. E V. Eu pensei que o anexo fosse para a correção dessas Exª, Senador José Maranhão, que eu conheço tanto, distorções; embora soubesse, de antemão, que as não merece apor sua assinatura numa peça como essa distorções havidas ali não se processavam no anexo, que não gere a satisfação da Nação, mas a descon- mas, sim, na farta massa de manobra orçamentária fiança e o protesto contra fatos, para os quais V. Exª que tem o Relator-Geral e o corpo de relatores auxi- não colaborou. Muito obrigado. liares. As distorções existem. Não são pequenas. Elas O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Gos- são pontuais, Senador Arthur Virgílio. Quero dizer a V. taria de dizer ao meu amigo Senador Heráclito Fortes Exª que esta Casa não pode ser uma fábrica de cri- que a Comissão de Orçamento, como qualquer órgão se. Crises dessa natureza caem na cabeça dos que do Congresso Nacional, é colegiada. Evidentemente, aqui habitam. É preciso que haja, num momento como as suas decisões são sempre tomadas de forma co- esse, consenso; é preciso que haja, numa hora como legiada. essa, equilíbrio, mas é preciso que haja também boa Assisti, por exemplo, no âmbito da Comissão, a vontade do Governo e do Relator para equacionar, essa discussão em torno dos recursos para a área de juntamente com V. Exª, essas questões. Quero dizer irrigação do Estado do Piauí, e, hoje pela manhã, no que não partiu do Senado da República nenhuma âmbito da própria reunião, houve uma intervenção do suspeita sobre o comportamento do Relator e muito Deputado Júlio César, se não me engano, manifestan- menos sobre o de V. Exª. As informações chegaram do a posição do Estado do Piauí. Ficou acertado que, aqui às enxurradas, exatamente de membros da pró- no adendo que o Deputado José Pimentel, aqui pre- pria Comissão, naturalmente bem aquinhoados, mas sente, fará à peça orçamentária, constará um parecer nem tanto quanto gostariam. Então, a questão é essa. do Relator recomendando ao Congresso Nacional um É evidente, Senador José Maranhão, que o Orçamento destaque para corrigir essa distorção, que, sem dúvida da maneira que está não terá o meu voto. É um pro- nenhuma, prejudica o Estado do Piauí. 4054 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 V. Exª tem toda a razão quando fala desse proble- O SR. PRESIDENTE (Augusto Botelho. Bloco/PT ma, mas acredito que ainda não é sangria desatada, – RR) – Eu gostaria de fazer uma observação. porque não somente essa mas também outras distor- O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Pois ções porventura encontradas e que venham a trazer não, Sr. Presidente. prejuízo para esse ou aquele setor, para esse ou aquele O SR. PRESIDENTE (Augusto Botelho. Bloco/PT Estado terão oportunidade de ser corrigidas aqui, no – RR) – É que V. Exª está na tribuna há 27 minutos e âmbito do Congresso Nacional, porque a última etapa só falou 13. Não deixaram o nosso orador falar. Peço da elaboração do Orçamento ocorre exatamente no aos Senadores que solicitem apartes – sei que há o Congresso Nacional. sofrimento, a mágoa –, mas dêem chance para S. Exª O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Agrade- falar também. ço a informação de V. Exª. Quero dizer que é vital. O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – V. Exª é ama- O Deputado José Pimentel já tinha conversado aqui zônico, tem um coração generoso, maior do que aquela informalmente comigo sobre isso, mas é preciso que selva impenetrável. Tenho certeza de que, tendo em essa conversa seja transmitida para tranqüilizar todos. vista a importância do assunto, será generoso também Tenho certeza de que o Deputado José Pimentel vai com os que fazem parte desta Casa, colegas seus. recolocar o Piauí nos 3,7% do ano passado, para não O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Eu permitir que o Estado... Trata-se até do Estado em que tenho por V. Exª, pelo Piauí que Mão Santa acentua ele nasceu. Temos tanta matéria humana que expor- bem, uma admiração profunda, pelo guerreiro que tamos o Deputado José Pimentel para o Ceará. Ele Mão Santa é, pelo político que tem visão grande dos não é um ingrato; ele teve atenção especial para com problemas nacionais. Mas eu gostaria de dizer, até o Piauí, mas, tendo em vista a força do rolo compres- a título de esclarecimento, que essa “perpetuidade” sor nessa discussão, o Piauí foi penalizado. Como já dos membros da Comissão de Orçamento – o termo ando complexado com a penalização que o Piauí vem é meu, não é de Heráclito Fortes, mas traduz bem o tendo no atual Governo, Senador José Maranhão, eu espírito de sua observação – é algo que está supe- não suporto mais. O Piauí só tem apanhado, o Piauí só rado pela Resolução nº 1, que é o Regimento Interno tem diminuído, num Governo que é só de promessas. da Comissão. Temos, Senador José Maranhão, o gasoduto, que é Nenhum membro da Comissão de Orçamento fundamental para a infra-estrutura do Piauí. Coloca- pode ser reconduzido, seja para integrar a própria mos dinheiro no Orçamento, foi aprovado, e ele não Comissão na condição comum de seu membro, seja foi honrado, porque não interessa aos que fazem parte para integrar os cargos de direção da Comissão – a do Governo e que defendem o sul maravilha. Temos Relatoria-Geral, a Presidência ou as Relatorias Seto- a Transnordestina que, por ser do Piauí, passou a ser riais –, não há a menor chance. obra de parceria público-privada e não prioridade do O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB – Governo. MG) – V. Exª poderia repetir, Senador José Maranhão? Nós temos uma demanda muito grande. O Piauí, Acaba o mandato de todo mundo no dia 5? quando recebe recursos ou perspectivas de recursos... O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – No É como o caso do Luz para Todos, que é aproveitado dia 26 encerra-se o mandato de todos os integrantes por um grupo de malandros e se transforma em um da Comissão. lamaçal de corrupção que envergonha a todos nós. O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB Mas fico muito feliz: a palavra de V. Exª, para mim, – MG) –Então, quem pediu para sair... Já está encer- é absolutamente tranqüilizadora. Tenho certeza de que, rado mesmo, acaba dia 26. com esse espírito de V. Exª e do Relator, poderemos O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Não corrigir as distorções que, além de acontecer no Piauí, houve, no sentido prático, uma renúncia, porque temos acontecem em outros Estados, em nome da unidade apenas pouco menos de trinta dias. Isso não existe. De das duas Casas. mais a mais, Senador Wellington, a tarefa da Comissão, O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Com a tarefa ingente da Comissão, que é fazer o Orçamen- toda certeza, Senador. to, já encerrou, terminou hoje. A Comissão conseguiu, O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador José debaixo de todas as dificuldades, da queda da CPMF, Maranhão, eu gostaria... fechar o seu trabalho e entregar ao Congresso Nacional O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Peço a peça orçamentária inteiramente concluída. licença ao Senador Mão Santa apenas para os assun- Concedo aparte ao meu amigo Senador Mão tos não irem prescrevendo... Santa. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4055 O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – A figura de V. sas etapas do ciclo orçamentário dentro daquilo que Exª é ímpar, faz crescer o Congresso, o Nordeste. Te- era possível fazer. nho até uma mágoa, porque o nome de V. Exª é José O Plano Plurianual inicia-se no segundo ano do Maranhão: deveria ser José Piauí. mandato presidencial indo até o primeiro ano do man- O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Obri- dato subseqüente, consubstanciando-se no plano de gado. médio prazo do Governo. Segundo a Constituição, cada O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Mas vamos plano deve conter as diretrizes, objetivos e metas da corrigir isso aqui. O Senador Heráclito e eu estamos Administração Pública para esse período. atentos. O Deputado Júlio César, Heráclito, reivindicou Na seqüência lógica, também constitucionalmente lá no Tabuleiro, em Guadalupe, que é a cidade dele... estabelecida, cabe às leis de diretrizes orçamentárias Mas o Piauí tem dois programas de organização: tem definir as metas e prioridades da Administração Públi- o Tabuleiro Litorâneo, que foi capado... ca com base no PPA. O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Eu Não obstante, no primeiro ano do mandato presi- recebi – quero acusar aqui o recebimento até em ho- dencial, não há PPA com base no qual o Governo pos- menagem a V. Exª – a intervenção de V. Exª na Comis- sa enviar as suas metas e prioridades na LDO, como são de Orçamento. Embora já tivesse passado o prazo aconteceu nas situações anteriores a 2008. Assim, como de costume, o Projeto da Lei de Dire- para destaques, nós acolhemos a sugestão de V. Exª, trizes Orçamentárias para 2008 (PLDO/2008), enviado que vai também integrar o relatório do Deputado José pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, não in- Pimentel. Essa correção será feita. cluiu o Anexo de Prioridades e Metas, sob a justificativa O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – São dois pro- da inexistência do plano plurianual e da prática havida gramas de irrigação: um é o Tabuleiro Litorâneo – ca- em situações semelhantes em anos anteriores. param tudo, Heráclito... E o Heráclito tem razão. V. Exª, O entendimento manifestado pelo Poder Executi- que representa a Paraíba, assim quis Deus... Epitácio vo àquela oportunidade foi o de que caberia às Leis de Pessoa, o grande Presidente – eu até almejo que V. Diretrizes Orçamentárias (LDO) priorizar, anualmente, Exª seja Presidente da República –, começou o Porto as programações e as metas definidas no PPA, haja do Piauí. E aí também foram... Eu coloquei todas as vista que o § 4º do art. 166 da Constituição estabe- medidas lá, mas diminuíram. Nós, então, queremos lece que “as emendas ao projeto de lei de diretrizes reivindicar... V. Exª, como paraibano... Foi iniciado por orçamentárias não poderiam ser aprovadas quando Epitácio Pessoa, e Heráclito tem toda a razão: foram incompatíveis com o Plano Plurianual”. Logo, se as muitas as promessas, como construção de ferrovias... emendas devem ser compatíveis, o projeto não pode- Estão tirando as ZPEs justamente porque não há por- ria deixar de sê-lo. tos, não há ferrovias. Estão se acabando os poucos Em que pese tal entendimento, o Congresso Na- recursos que chegaram lá – nos envergonharam nos cional aprovou o Parecer da CMO determinando a in- ladrões do Sanguessuga, nos envergonharam na as- clusão do anexo de prioridades e metas na LDO/2008 sociação da quadrilha do Gautama e estamos na Fi- com base no entendimento de que a sincronia de prazos natec. Então, eu e o Heráclito estamos zelosos para do art. 35 do ADCT não deveria prejudicar a inclusão que o Piauí tenha... E vamos continuar no zelo depois de metas e prioridades na LDO. de lutarmos no Orçamento para que não ocorra o que Eis aí a explicação objetiva, a explicação que não aconteceu no passado recente, que foi a maior vergo- é apenas formal, mas é factual também, pela qual o nha de corrupção. Relator tratou de organizar, dentro das suas atribui- O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Muito ções e de comum acordo com toda a Comissão de obrigado a V. Exª pelo brilhante aparte. Orçamento, o chamado anexo de metas. O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Eu queria Com o objetivo de justificar a não inclusão no apenas que V. Exª... PLOA/2008, de prioridades e metas definidas pela O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – O LDO/2008 (Lei nº 11.514, de 13.08.07), em atendi- ciclo orçamentário previsto na Constituição envolve mento ao art. 4º, § 2º daquela Lei, o Poder Executivo a seguinte seqüência lógica e temporal: Plano Pluria- inseriu justificativa na Mensagem Presidencial com o nual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamen- seguinte teor, resumidamente (pág. 173): tária Anual. “Assim, buscou-se realizar a compatibili- Estou aqui rememorando um pouco a pedagogia zação pertinente, alocando-se os recursos nas e a sistemática dessa Comissão de Orçamento porque, ações constantes do Projeto de Lei do PPA. no final, vamos demonstrar que cumprimos todas es- Para determinadas situações, foi necessário 4056 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 aglutinar em algumas ações, aquelas inseridas CMO, por unanimidade – é bom repetir, por na LDO, para finalidades ou localidades espe- unanimidade – no valor total de R$534 milhões cíficas. Em outros casos, a programação de (quinhentos e trinta e quatro milhões de reais), determinadas ações ficou prejudicada por não com as seguintes destinações: se encontrar atendido o preceito do menciona- 27.1.6.1. R$26,7 milhões (vinte e seis do § 4º do art. 166 da Constituição Federal. milhões e setecentos mil reais), para inclu- É de se destacar que as metas e prio- são de ações oriundas de emendas individu- ridades, socialmente relevantes e altamente ais atendidas no PLPPA 2008/2011, dividido aderentes aos objetivos de redução de desi- igualmente entre os autores; gualdades e de aceleração do crescimento eco- 27.1.6.2. R$240,3 milhões (duzentos e nômico, receberam incrementos expressivos quarenta milhões e trezentos mil reais), dividi- em relação às metas previstas na LDO.” dos igualmente entre as bancadas estaduais, para inclusão de ações oriundas de emendas Assim sendo, para que as metas e priorida- por elas apresentadas e atendidas no PLPPA des aprovadas pela LDO/2008 integrassem o PPA 2008/2011; – 2008/2011 e também a LOA/2008 caberia aos auto- 27.1.6.3. R$267 milhões, distribuídos na res das emendas das ações daquele anexo, caso não proporção de 1/27 (um vinte e sete avos), por se sentissem atendidos pelas novas programações bancada estadual, para inclusão de ações propostas pelo Poder Executivo e permanecesse o in- ou atendimento de emendas indicadas pelas teresse na respectiva política pública, a apresentação respectivas bancadas, constantes ou não do de emendas aos projetos de lei citados contemplando parecer do PLPPA 2008/2011, referido no item as ações pretendidas, em cumprimento ao art. 89 da 27.1.6, atendidos os artigos 46 e 47 da Reso- Resolução nº 01/2006 – CN, que é o Regimento In- lução nº 1/2006 – CN.” terno da Comissão. Depois de intensos debates sobre a matéria, Com esse grande acordo construído pelos mem- inclusive com o Relator do Projeto de Lei do Plano bros da CMO, foi possível contemplar, no PLOA 2008, Plurianual 2008/2011 – PPPA 2008/2011, Deputado grande parte das metas e prioridades constantes da Vignatti, os membros da Comissão decidiram, por LDO 2008, o que valoriza e ratifica o papel do Con- unanimidade – é bom frisar esse aspecto, quer dizer, gresso Nacional na definição de alocação dos recur- todos os membros da Comissão presentes à reunião sos públicos. –, equacionar o problema da seguinte forma, confor- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estamos me consta do parecer preliminar do PPA: primeiro, trazendo esses fatos históricos, registrados nos docu- atendimento, de forma prioritária, pelo Relator do PPA mentos, atas e gravações da Comissão de Orçamento, para, no final, mostrarmos que houve absoluta lisura 2008/2011 das emendas apresentadas àquele projeto e legalidade em todos os atos que foram praticados com a finalidade de incluir ações orçamentárias cons- pela Comissão de Orçamento. Cumpre-me ainda di- tantes do anexo de prioridades e metas da LDO/2008, zer – até ratificando, em parte, as palavras do Sena- cabendo-lhe discriminá-las em seu relatório. dor Heráclito Fortes, porque estivemos presentes à Dessa forma, ações relativas ao Anexo de Metas reunião, eu, o Relator, o Senador Heráclito Fortes e o da LDO constaram do Relatório do PPA 2008/2011 Presidente desta Casa, Senador Garibaldi Alves Filho aprovado pela CMO, em reunião de 07.11.2007, con- – que discutimos a possibilidade de revogar, na própria forme se observa no respectivo item 1.8.2. Comissão, o plano de metas a que nos referimos nesse Simultaneamente, esta Comissão, também com documento. Assim o fizemos em um esforço hercúleo participação do PSDB, decidiu incluir no parecer pre- para chegar-se a uma solução que pudesse harmonizar liminar do PLOA/2008 o item 27.1.6, com a finalidade de forma mais adequada os interesses e os conflitos de autorizar o Relator-Geral a alocar, por intermédio porventura existentes naquele momento. de emendas de Relator, a importância de até R$534 Fiz ver que aquela proposta representava uma milhões, distribuídos da seguinte forma: contribuição, mas ao mesmo tempo deixei claro que 27.1.6. alocar recursos nas programa- levaria a proposta à Comissão e que sua aceitação es- ções atendidas prioritariamente no parecer tava a depender da Comissão como um todo, de todos ao Projeto de Lei nº 31/2007 – CN (PLPPA os Partidos lá representados, Deputados e Senadores, 2008/2011), nos termos da segunda parte do porque a Comissão é mista. É, evidentemente, uma item 2.3.19, “d”, do respectivo parecer preli- tarefa difícil, já que aqueles que tinham elaborado suas minar, aprovado na reunião de 17/10/07 da emendas não queriam renunciar ao direito de preser- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4057 vá-las no documento que já estava aprovado, ou seja, dia 26 de março. Evidentemente, ainda restariam aos no plano de metas. membros do PSDB alguns dias de mandato. Mas a O que quero dizer é que, não obstante os meus tarefa fundamental da Comissão já foi cumprida e se esforços e os do Deputado José Pimentel, essa equa- encerrou hoje. ção não foi possível. Porém, no curso da discussão, O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Permite-me outras luzes surgiram, como o destaque especial que V. Exª um aparte? fará o próprio Relator, visando, no âmbito do Congresso O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Ouço Nacional, aprovar emendas – e é, também um expe- V. Exª com prazer. diente absolutamente legal e, na prática, muito viável O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Até para – que possam restabelecer o maior equilíbrio entre as prestar maiores esclarecimentos à Nação, sobretudo, regiões do País, entre os Estados brasileiros. e também a V. Exª e ao Senador Wellington Salgado Para finalizar, passo a ler um cronograma que de Oliveira: não indicaremos nomes para o orçamento me parece importante. do próximo ano, a serem mantidos os métodos atu- Votação dos pareceres preliminares do ais. Estamos, inclusive, discutindo se não é hora de PLDO/2008, PLPPA/2008-2011 e PLOA/2008. pensar numa segunda CPI do Orçamento. Portanto, a nossa posição... 1) Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – V. Exª, 2008: desde já, tem a minha inteira anuência para a realiza- O parecer preliminar foi aprovado contra ção dessa CPI. o voto do Deputado Paulo Rubem Santiago, O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Permita- na 7ª reunião ordinária, realizada em 23 de me concluir. maio de 2007. O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Porque 2) Projeto de Lei do Plano Plurianual para o período eu acho, Deputado, com todo respeito que tenho... 2008-2011: O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Senador. O parecer preliminar foi aprovado por O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Se- unanimidade, na 23ª reunião ordinária, reali- nador, desculpe-me, e dos mais brilhantes e atuantes zada em 17 e 18-11-2007. nesta Casa Legislativa. Com todo respeito que tenho Observação: após a votação do relatório por V. Exª, acho que essa CPI vai consagrar a atuação final, o Deputado Vanderlei Macris solicitou o da Comissão de Orçamento. registro do voto contrário do PSDB. O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Deus per- 3) Projeto de Lei Orçamentária para 2008: mita. O parecer preliminar foi aprovado por O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Com unanimidade, na 4ª reunião extraordinária, toda certeza digo a V. Exª. realizada em 6-11-2007. O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Deus per- Hoje, o parecer da Relatoria-Geral foi aprova- mita. Se não, quando nada, consagrará uma verdade do na sessão que se iniciou pela manhã e terminou diferente dessa. E queremos a verdade que seja a à tarde. verdade verdadeira. O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Cla- – MG) – Permite-me V. Exª uma pergunta? ro. O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Pois, O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Mas, de não. fato, por agora, foi um gesto. A gente toma gestos. Se O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB não se tomar gesto, não se fica num campo de fute- – MG) – Aproveito para falar na presença do ilustre bol quando se está perdendo de quatro a zero. Conti- Líder do PSDB – e não vou provocar, Senador He- nua-se até o fim dos 90 minutos, enfim; um candidato ráclito Fortes. Apenas gostaria de saber o que efeti- derrotado previamente numa eleição não ficaria até o vamente acontece quando esses membros do PSDB final cumprindo o rigor do compromisso democrático. protocolarem – o Líder assim me disse – a sua saída Por enquanto, foi um gesto, mas, no ano que vem, a se da Comissão neste momento? O que efetivamente manter os métodos que condenamos, não participare- quer dizer isso? Essa Comissão ainda existe ou não mos. Estaremos analisando, na semana que vem, se existe mais? faremos essa CPI que, quem sabe, possa ser mesmo a O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – O consagração ou não da Comissão de Orçamento. Mas mandato da Comissão encerra impreterivelmente no será uma decisão do partido a ser proposta a todos 4058 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 e já com a assinatura ilustre do meu prezado amigo Agradeço, Sr. Presidente, a tolerância que me Senador José Maranhão. foi concedida no começo do discurso pelo Senador O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – E Garibaldi Alves Filho e que V. Exª manteve ao assumir direi a V. Exª: decisão que louvo e aplaudo. Não vejo interinamente a Presidência. por que razão me opor à realização de uma Comissão Agradeço também a tolerância dos colegas por Parlamentar de Inquérito, sobretudo porque tenho ab- terem me ouvido nessas modestas explicações que soluta consciência e certeza de que a atual Comissão presto sobre a atuação da Comissão Mista de Planos, Mista de Orçamento agiu com absoluta lisura. Pode ter Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso errado. Qualquer ser humano, bem como os órgãos Nacional. que são criados e... Durante o discurso do Sr. José Mara- (Interrupção do som.) nhão, o Sr. Garibaldi Alves Filho, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Como pelos Srs. Augusto Botelho e Jayme Campos, ia dizendo, qualquer ser humano, assim como os ór- sucessivamente. gãos que são de sua lavra, que são criados, mantidos e muitas vezes até cultuados pelos seres humanos, O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Peço estão sujeitos a falhas de qualquer natureza, mas nada a palavra pelo art. 17, Sr. Presidente! que pudesse sugerir desonestidade, desequilíbrio ou O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – qualquer atitude desabonadora dos integrantes da MT) – Pelo art. 17 não é regimental. Imagino que seja Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e o art. 14. Fiscalização. São todos homens de bem, tanto os que O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Ele está no permanecem ainda na Comissão, nesse resto de man- 14 e no 17. Ele falou demais! O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – dato, nesse ocaso de mandato, como os integrantes MT) – É pelo art. 14. À hipótese não se enquadra o do PSDB que renunciaram aos seus cargos. Quatro art. 17. membros do PSDB, hoje às 14 horas e 25 minutos, De qualquer forma, V. Exª tem a palavra. protocolaram as suas renúncias. O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI. Para O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Senador uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – V. José Maranhão, peço permissão a V. Exª apenas para Exª me desculpe, mas, com essa questão orçamen- fazer um registro histórico. Esse aparte agregador e tária, a gente fica trocando os números! pacificador foi feito pelo Senador Wellington Salgado, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a presen- homem da absoluta confiança do Governo, que tem ça do Deputado José Pimentel no plenário do Senado responsabilidade também na aprovação desse Orça- mostra uma coisa, Senador Arthur Virgílio, muito bem mento, uma vez que representa Minas Gerais, que de- exposta aqui por V. Exª. Esse modelo de Orçamento tém o Ministério das Comunicações, um dos grandes nacional, sob a responsabilidade do Congresso bra- aquinhoados com o Orçamento, à medida que seja sileiro, está desgastado, falido, desmoralizado, e não aprovado. Quero apenas fazer o registro desse espírito pode mais continuar. agregador e conciliador que o Senador Wellington de- Temos no processo orçamentário, Senador José monstra neste final de tarde chuvosa em Brasília. Maranhão – e V. Exª muito bem o disse –, dois tipos de O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Obri- participantes: os que têm estado-maior e os que não gado pela intervenção de V. Exª, que evidentemente têm estado-maior; os que podem apresentar emenda foi muito mais breve do que a primeira, que durou 27 e os que dependem, para apresentação de emenda, minutos, mas que não me cansou e espero que não da generosidade de um companheiro que pertence à tenha cansado os Senadores aqui presentes nem os Comissão. Logo, não é um processo democrático em telespectadores, porque V. Exª... relação ao qual todos têm uma oportunidade. O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) Não se pode dizer, Senador Arthur Virgílio, que – Senador José Maranhão, ainda há vários oradores é uma satisfação geral. É uma satisfação, isto sim, inscritos. localizada. O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Te- O que estamos vendo hoje aqui é uma lengalen- nho certeza de que suas palavras não cansaram nin- ga que atravessa ano após ano. No ano passado, num guém, porque V. Exª tem espírito público, muita eru- esforço, tentou-se fazer aqui, por meio da Resolução dição e, sobretudo, entusiasmo e garra na defesa de nº 1, algumas correções, Senador José Maranhão e suas idéias. Relator, Deputado José Pimentel. Mas existem os apro- Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4059 veitadores, existem os representantes na Comissão de chadinha” no regime da Resolução nº 1. Não houve Orçamento – e V. Exª reconheceu, de maneira humilde, “rachadinha”. que foi vítima de uma pressão terrível de forças que não O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Pois quis declarar –, existem os que não defendem o País, é, V. Exª não prestou atenção. mas as empreiteiras; existem os que não querem, por O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Há outra exemplo, o Nordeste aquinhoado e o Nordeste benefi- coisa que gostaria de dizer a V. Exª, que menciona a ciado. Estes, por meio de subterfúgios, impediram, por área de saúde: todas as emendas da área de saúde exemplo, o desdobramento de recursos orçamentários foram acatadas pelo Deputado do PSDB Rafael Guer- para os Estados pobres do Nordeste. Dou um exem- ra, que, reconhecidamente, é homem de bem. Essa plo: um hospital, fisicamente, pode ser construído no informação é dada para tranqüilizar V. Exª. Nordeste por R$5 milhões, mas a emenda é de R$20 O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Se- milhões. Isso é um convite ao pecado! Ou se faz um nador José Maranhão, infelizmente, diferentemente monstro de um hospital, de R$20 milhões, ou se faz de V. Exª, quando V. Exª falou, prestei atenção, por- um acordo com a empreiteira, ou se constrói por R$5 que seu discurso para mim é uma aula. No meu caso, milhões e perdem-se os R$15 milhões restantes, pe- foi o inverso: V. Exª não prestou atenção no que seu nalizando o Estado. Colega disse. E sou um grande admirador do traba- O subterfúgio na Resolução nº 1, Senador Arthur lho de V. Exª! Virgílio, proibiu o desdobramento; e o cinismo dos que O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – V. Exª me argumentavam em prol dessa medida era no sentido permite um aparte, Senador Heráclito Fortes? de que havia uma tal “rachadinha”, que era um método O Sr. José Maranhão (PMDB – PB. Fora do mi- vergonhoso de distribuição descontrolada de verbas crofone.) – Desculpe-me. Já retifiquei. orçamentárias devidamente fulanizadas. O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Ouço V. Exª em seguida, Senador Arthur Virgílio. O que se precisa no Orçamento, Senador José Eu disse exatamente o contrário: eu disse que o Maranhão, é rever principalmente questões dessa que se alegou para se acabar com a “rachadinha” foi natureza. Somos de uma Região pobre. Temos de ter que não se podiam desmembrar recursos para duas a possibilidade de prestar benefício a quatro ou cin- obras iguais com o mesmo objeto. E citei, como exem- co Municípios desde que o objeto do contrato seja o plo, hospitais, como poderia ter citado escolas, como mesmo. Acabou-se com isso. O Nordeste paga um poderia ter citado estradas. preço alto. Ocorre que as empreiteiras brasileiras não se in- Estou citando esse fato, porque ele é símbolo teressam por obras fracionadas, porque a instalação disso tudo. do canteiro de obra é cara. Vamos ser claros e dizer a O Vice-Presidente da Câmara e do Congresso verdade para o País. A estrada é infinita, o açude se Nacional criou uma comissão, mas essa comissão coloca como quer. A construção da escola, do hospital, nunca se reuniu. da obra física tem dimensão limitada. E não interessa O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – V. Exª me aos potentados construtores do País sair instalando permite um aparte? canteiro de obra para atender à necessidade da edu- O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Pois cação e à necessidade da saúde. não, com o maior prazer, Senador José Maranhão, V. Exª não tem culpa, absolutamente. Estou ci- concedo-lhe o aparte. tando uma regra, dentro da tese do Senador Arthur O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Agrade- Virgílio, de que o modelo orçamentário brasileiro está ço a V. Exª pela tolerância do aparte. Eu queria dizer falido e está nos levando à desmoralização. a V. Exª que as chamadas “rachadinhas”, que V. Exª Votamos, há três anos, aqui, por exigência do Go- até defende... verno, um famoso acordo envolvendo o Fundo Monetá- O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – V. rio Internacional (FMI) para tapa-buraco. Protestamos, Exª não me ouviu. Não faça isso! Não seja injusto e a matéria foi votada. Estranho esse FMI, que ainda comigo! não pediu a prestação de contas do Governo do que O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Então, gastou, de como e onde gastou esses recursos. desculpe-me V. Exª se entendi mal. Senador Arthur Virgílio, concedo-lhe o aparte. O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Conde- O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Senador nei a “rachadinha” aqui, como condenei a unificada. Heráclito, até para fazer justiça ao Senador José Ma- O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Quero ranhão, que tem voz nesta Casa e que conhecemos dizer que V. Exª é vitorioso, porque não há mais “ra- muito bem, e ao meu Colega de Congresso José Pi- 4060 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 mentel, que, infelizmente, não tem voz nesta Casa, mas coisa de todos os membros da Comissão. Não quero que conheço bem também, como seu Colega, como generalizar, há muita gente boa ali, mas eu gostaria seu amigo e como seu adversário de Câmara que fui, muito de rever aqueles métodos. Gostaria muito disso. devo dizer que não tenho nenhuma dúvida de que os E gostaria de ver algumas pessoas que são tão bri- dois devem ter procurado mesmo agir com a maior li- lhantes lá o serem também na Câmara; gostaria que sura. Informou-me o Senador Sérgio Guerra que havia se interessassem por debate de política externa, que uma sensação de desconforto do Deputado Pimentel se interessassem por debate de política de educação em relação ao que seriam as tais barricadas armadas e que não guardassem suas energias só para aquela para praticar, para chegar... briga de emenda para cá, emenda para acolá. É uma O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Decla- coisa muito estranha, que a mim me chama atenção rou-o humildemente, de maneira sincera. É verdade. e que a mim me causa espécie. O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – ...ao tal ane- O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Se- xo, enfim. O fato – eu dizia isto agora ao meu querido nador Arthur Virgílio, muito obrigado pelo aparte. amigo José Maranhão – é que não vamos torcer a ver- Senador José Maranhão... dade. Vamos admitir. Estou dizendo do apreço que te- O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – V. Exª me nho por ambos. Mas, se eu tivesse de buscar um santo permite um aparte? para fazer um milagre, eu ia ter de procurar. Não estou O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Pois convencido de tanta santidade assim, não. não, com o maior prazer e com a generosidade do Presidente, a quem agradeço. (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – E vejo mais, – Quero comunicar aos ilustres Senadores, sobretudo Sr. Presidente – tolere-me um minuto: há Deputados ao Senador Heráclito, valoroso Senador, que há outros que não falam nada, absolutamente nada, no plená- oradores inscritos. E, na oportunidade, que seja bem rio. Se se está falando de aborto, ele não opina; se se pragmático na sua oração! Fico muito grato a V. Exª. está falando de Lei Maria da Penha, não opina; se se O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Garanto está falando de divórcio, não opina; sobre a matéria ao Presidente, que é um zeloso cumpridor do Regi- que for, não opina. Mas vai à Comissão de Orçamen- mento, e a V. Exª, Senador Heráclito Fortes, que meu to e é uma fera! Sabe tudo. Conhece o Regimento, é aparte será mais breve que o seu. Quero só dizer que bom orador, dá nó em pingo d’água, faz e acontece. também advogo mudanças institucionais no processo E você se pergunta: por que essa pessoa não brilha de elaboração do Orçamento. A Resolução nº 01 do assim no plenário da Câmara, por que não brilha as- Congresso Nacional foi um passo, mas, na medida em sim no plenário do Congresso, por que só manifesta que aperfeiçoou o processo, ela ainda deixou muitas sua sabedoria, sua sapiência, seu conhecimento re- brechas, muitas janelas. gimental aqui, na Comissão? Algo o faz se interessar O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Está por aquilo. Fico impressionado! Quem não conhece precisando de algumas correções essa resolução. imagina que são pessoas que não atuam. Quem vai O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Ela pre- ver percebe que atuam, que atuam até demais! Então, cisa ser corrigida. Mas pessoas como V. Exª e como volto a dizer: meu Partido – é um direito dele – não se o Senador Arthur Virgílio e todos nós, que temos pre- sente confortável com os padrões que são praticados ocupação com esse processo de elaboração do Or- naquela Comissão. Por isso, retirou-se. Não se reti- çamento, temos de nos fazer presentes para a elabo- rou por que vai acabar amanhã, não. Não vai entrar ração de uma resolução que venha a substituir essa na do ano que vem e está vendo que medidas tomar com vantagem. para que não continuemos a permitir que o Congres- O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – É so marche para um novo escândalo, como o que já claro. houve no passado. E V. Exª deu uma explicação sobre O Sr. José Maranhão (PMDB – PB) – Não é a as tais “rachadinhas” – e talvez até sobre o porquê do vantagem pessoal para quem quer que seja, mas que, fim delas – muito convincente. Eu dizia ao Senador institucionalmente, sejam evitadas determinadas falhas Nery que foi muito inteligente e muito convincente e determinados processos que beneficiam aqueles que sua explicação. Eu a anotei, porque era algo que não são mais presentes, atuando na Comissão Mista de havia passado pelo meu descortino. Mas volto a dizer Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização! É preciso que não tenho dúvida alguma de que cumpriram sua que a gente crie algum dispositivo – não sei qual é, no missão da melhor maneira que puderam. Tenho res- momento – que permita à totalidade de Deputados e de peito por ambos e gostaria de poder dizer a mesma Senadores participar igualitariamente do processo de Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4061 elaboração do Orçamento. Não sei se isso é possível, O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Peço a pala- mas é um esforço que temos de empreender. Desde vra pela ordem, Presidente Jayme Campos. já, comprometo-me com V. Exª, com o Senador Arthur O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) Virgílio e com outros companheiros interessados no – Informo ao ilustre Senador Mão Santa que o ilustre assunto, para, juntos, trabalharmos a n mãos e para Senador José Nery está inscrito desde cedo e quer alcançarmos esse resultado. Muito obrigado a V. Exª. ter o direito à fala. O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM – PI) – Con- O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Mas serei cordo plenamente com V. Exª. muito breve, porque quero ouvi-lo. Aliás, Deputado José Pimentel, a primeira posi- O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – ção em que temos de brigar por mudança é com rela- MT) – Se V. Exª se comprometer, serão apenas dois ção ao orçamento impositivo, porque discutimos, aqui, minutos. uma peça de ficção, já que as emendas da Base do O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Eu e o País Governo são aprovadas, são liberadas, e as da Opo- queremos ouvir José Nery. sição, não. O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – Isso faz parte da regra do jogo, mas é um erro. É MT) – Por apenas dois minutos, a Mesa concede a um erro, porque a fome que dá em José dá em Francis- palavra a V. Exª. co, ou a que dá em Francisco dá em José, mas essa é O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pela ordem. outra questão, que será debatida no futuro. Sem revisão do orador.) – Pois não. Olha, vai saindo, Quero dizer, Senador Maranhão e Deputado José ali, o Líder do Governo. Interessante, ô Jayme Cam- Pimentel, que a presença de V. Exªs aqui, no plenário, pos, pois eu tinha acabado de convidar a senhora dele é altamente positiva, porque vieram com a responsa- para ir lá. Recebi um e-mail dizendo que não pode, é bilidade, que ambos têm neste momento, de prestar tudo mentira nesse Governo do PT. Olha, Luiz Inácio, o governadorzinho de lá, o que esclarecimento e de corrigir dúvidas. Era preciso que saiu no sanguessuga, o que saiu no Gautama, na Fi- isso fosse feito de maneira permanente. E repito: os natec, o campeão da corrupção, encheu que tem ae- que trouxeram as dúvidas para cá talvez sejam os roporto internacional no Piauí. que mais se beneficiaram, de maneira pouco clara, Heráclito, eu já tinha até encomendado uma pas- no Orçamento. É só uma questão de ver, é só uma sagem, porque eu chego e vou para o litoral. questão de ver! Convidei V. Exª e a família, ô Jayme Campos, Louvo V. Exª por estar aqui, adotando postura di- para fazer do Piauí a sua praia, mas acontece que eu ferente da de uns sub-reis do Orçamento que estavam, recebi um e-mail dizendo que retiraram o avião. Não ontem à tarde, incitando uma divisão entre Câmara e tem nem mais teco-teco, e o Luiz Inácio e o Gover- Senado, o que não leva a lugar nenhum, a não ser para nador do Piauí, o rei da corrupção, botam em toda a aqueles que são inimigos da democracia. imprensa que tem aeroporto internacional em São Finalizando, Senador Maranhão, quero dizer a V. Raimundo Nonato, na Serra da Capivara. Lá, só tem Exª e ao Deputado José Pimentel que fico muito feliz jumento no aeroporto. com a liberação de recursos para o Tabuleiro Litorâneo, Então, é ridículo esse Governo, por isso é que para o Tabuleiro do Norte. não tem mais ninguém dele aqui. É o Governo da Eu, como Senador da República, só peço o se- mentira. guinte: de Corrente a Luís Correia, em qualquer qua- Aeroporto internacional, Heráclito Fortes, não drante do Piauí, botem um tostão, que serei grato! Não tem mais. quero dizer que tenho prioridade em algum projeto, Eu e o Heráclito conseguimos a Ocean Air, viu, porque, indo dinheiro para o Piauí, para aplicação em Jayme Campos, mas ela tirou do ar, forjou, porque o recursos, atendendo Parnaíba no projeto litorâneo, Governo do PT não pagava as passagens. atendendo Floriano, atendendo Corrente, atendendo Então, nós lamentamos. V. Exª pode ir, mas vai o Piauí, para mim, é o bastante. ter de ir de carro para o litoral, porque não tem. Como Senador da República, ao lado do Mão Quando eu era criança, ô Jayme Campos, saía- Santa, estamos aqui, no dia-a-dia, nessa luta, exata- se de lá para Brejo, Teresina, Petrolina, Recife, Natal, mente para não permitir que nosso Estado, tão injusti- Salvador e Rio de Janeiro. Aerovias Brasil, você se çado, seja olhado de viés, seja olhado com indiferença lembra? Cruzeiro do Norte, Pan Am, tinha até o Para- e com ingratidão por aqueles que governam o País ense Transporte Aéreo, chamado de PTA – “prepara neste momento. tua alma” –, porque caía de vez em quando. Quando Muito obrigado, Sr. Presidente. eu era criança, tinha. 4062 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Eu governei o Piauí por seis anos, dez meses e precisou tomar medidas drásticas de racionalização do seis dias, e nunca deixou, por um dia, de ter uma linha uso de energia e derivados do petróleo. Foi implantado aérea. Então, o PT é o apagão do desenvolvimento e um planejamento denominado “Período Especial”, que do turismo do Piauí. criou espaços para a iniciativa privada, especialmente Estamos aqui para conclamar, Heráclito, para via- na mineração e no turismo, além da permissão para o bilizar nova linha aérea. Em tudo não dá certo e, agora, surgimento de negócios autônomos e o cooperativis- no Orçamento também estamos sendo ludibriados. mo nas áreas rurais. O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. DEM – MT) O bloqueio americano não venceu! Cuba é um – Eu vou aceitar o convite de V. Exª para conhecer o país capaz de dizer que não tem analfabetismo; que Estado do Piauí dentro em breve, como convido V. Exª tem um médico para cada 160 habitantes; onde a mor- também, Senador Mão Santa, para ir ao nosso Panta- talidade infantil é do nível da dinamarquesa – 5,3 para nal Mato-Grossense. cada mil nascidos vivos, contra 7 nos Estados Unidos e Concedo a palavra ao brilhante e valoroso Se- 27 no Brasil. Cuba conseguiu espetacular desempenho nador do Estado do Pará, José Nery. no esporte e, sem dúvida, mostrou o que é colocar o O SR. JOSÉ NERY (P-SOL – PA. Pronuncia o povo participando e sendo protagonista do seu pró- seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- prio destino. É um dos países que têm o melhor nível sidente, Srªs e Srs. Senadores, na verdade, quero cultural do mundo. registrar e comentar o afastamento do poder do líder Nos últimos anos, Cuba tem atingido as taxas cubano Fidel Castro, depois de uma vida pública de mais altas de crescimento na América Latina: 5,4% 50 anos como referência mundial e, particularmente, em 2004; 11,8% em 2005; 12,5% em 2006 e 7,5% em latino-americana de luta e de resistência. Fidel Castro 2007. E conseguiu isso sob implacável cerco econô- se afasta até numa demonstração de grandeza política, mico dos Estados Unidos. que garante que outros dirigentes comandem Cuba. Desta tribuna, quero dizer que a grande vergo- Por sinal, no último domingo, o Congresso de nha é que o Presidente dos Estados Unidos mantenha Cuba escolheu o conselho de Estado e, como Presiden- uma base de prisão e tortura em território cubano, em te, Raúl Castro, para continuar o processo de mudanças Guantánamo. Esse é o governo americano. e de afirmação de um projeto de sociedade que, ao Só haverá uma distensão maior em Cuba quan- longo dos últimos 50 anos, recebeu todo tipo de ata- do se quebrar o cerco total à ilha e os Estados Unidos que e bloqueio por parte do imperialismo. Mais do que pararem de apoiar ditadores sanguinários no mundo nunca, recordo que, neste momento, a necessidade de todo e, ao mesmo tempo, bradarem que falta demo- destruir o exemplo cubano é grande, particularmente cracia em Cuba. em toda a mídia internacional e nacional. O povo cubano tem o direito de continuar livre- É impossível destruir a referência que é Cuba, mente escolhendo os seus caminhos políticos e eco- um país que resistiu ao bloqueio econômico dos Es- nômicos, bem como seus governantes. Minha voz tados Unidos durante 50 anos; um país literalmente se soma à do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, que, ilhado, não apenas geograficamente, mas econômica nesta semana, entregou manifesto de solidariedade e politicamente. Houve muitas tentativas de isolá-lo e irrestrita ao povo cubano e de repúdio à cruzada beli- bloqueá-lo, pelo exemplo que significou para outros gerante norte-americana contra a pequena e valente povos no mundo, e Fidel Castro foi o líder contrário a ilha caribenha. esse processo, alguém que fez história, alguém que Ontem, uma delegação de mais de 15 Deputados já está cravado na história latino-americana. e 2 Senadores dirigiu-se à Embaixada de Cuba. Fomos Houve 22 tentativas de assassinato pelo serviço recebidos pelo Embaixador Núñez Mosquera, oportu- secreto americano e tentativas de invasão de Cuba, nidade em que o Grupo Parlamentar entregou esse como a da Baía dos Porcos, no tempo do Governo manifesto. Recebemos do Embaixador a garantia de Kennedy, e tantas outras, mas o regime resistiu heroi- que o processo iniciado há 50 anos terá continuidade. camente. Mais do que isso, Fidel Castro colocou Cuba Evidentemente, os novos dirigentes terão a sensibili- na geografia mundial, pelos inúmeros resultados posi- dade política necessária para adotarem e melhorarem tivos alcançados pela revolução. as conquistas que o povo cubano alcançou nas últimas Com o fim da União Soviética e o aumento do cinco décadas. bloqueio econômico feito pelos Estados Unidos, Cuba Sr. Presidente, na ocasião, o Grupo Parlamentar enfrentou períodos difíceis. De 1989 a 1993, Cuba Brasil-Cuba recebeu um convite para visitar o país, perdeu 90% das importações de petróleo, 80% do dialogar com seus novos dirigentes e continuar, na seu comércio exterior e 34% do seu PIB. Seu governo verdade, esse processo de integração, de amizade, Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4063 de respeito, que nos une ao processo, à luta, e às Sr. Presidente, encaminhei hoje alguns requeri- conquistas do povo cubano. mentos. Um voto de aplauso ao meu Clube de Rega- Viva o povo cubano! Viva o seu líder, nos últimos tas do Flamengo, do Rio de Janeiro, pela conquista da 50 anos, o Presidente Fidel Castro! 18ª Taça Guanabara, em 2008, derrotando o valoroso Viva a autodeterminação dos povos! time do Botafogo, num extraordinário jogo, com duas Fim imediato do bloqueio econômico imposto excelentes equipes em campo, o que valoriza ainda contra Cuba! mais a vitória rubro-negra. Sr. Presidente, esse é o sentimento daqueles Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, encaminhei um que, ontem, estiveram manifestando irrestrito apoio à voto de incentivo ao notável craque Ronaldo, para que luta do povo cubano e às suas conquistas. ele possa, em sua recuperação, retornar o mais breve Muito obrigado. possível à Seleção Brasileira, a que ele sempre dedicou Durante o discurso do Sr. José Nery, o Sr. seu talento, seus esforços e sua dedicação, tornando- Jayme Campos deixa a cadeira da presidência, se um dos maiores futebolistas do universo. que é ocupada pelo Sr. Mão Santa. Do mesmo modo, Sr. Presidente, encaminhei um O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) voto de aplauso à vida de Georges Kastriget Mehdi, – Senador José Nery, V. Exª acertou muito bem quan- que dedica a sua vida à difusão do judô no Brasil, nos do deu um “viva” ao povo cubano – aqui está o Se- Estados Unidos e em diversos outros países. nador Arthur Virgílio, que simboliza o Itamaraty, o in- Georges Kastriget Mehdi, que foi meu profes- ternacional. sor, meu mestre, uma querida figura, é o famoso “Ge- Quero dizer a V. Exª, Senador José Nery, que, orges francês”. O Rio de Janeiro inteiro o conhece em 1979, eu era Deputado Estadual, fui fazer um cur- como “Georges francês”. Campeão brasileiro, duas so em planejamento familiar. Passei por Manaus para medalhas em jogos Pan-Americanos, grande técni- pegar o avião, num vôo Bogotá-México, que termina- co da Seleção Brasileira de Judô. Nasceu na Fran- va lá na Flórida. Então, conheci, em 1979, os cubanos ça, mas veio morar no Brasil a partir dos 9 anos de que lá chegaram. E fui... “Nova Havana” é como eles a idade. Naturalizou-se brasileiro, sendo reconhecido chamam. Atentai bem! Era uma cidade interiorana do internacionalmente. Como havia dito, ele foi campeão Nordeste. Eles tinham acabado de chegar. E, agora, brasileiro nas categorias pesado e absoluto. Foi para recentemente, fui à Jamaica, em companhia de He- o Japão, a fim de aperfeiçoar a sua técnica, graduan- ráclito Fortes, em missão da Comissão de Relações do-se em Educação Física na Universidade Tenri, no Exteriores, e fiquei em Havana. E voltei, Arthur Virgílio, Estado de Nara. Ali, Mehdi viveu por dez anos inteiros à “Nova Havana”. Atentai bem! O povo cubano, todos e, ao retornar ao Brasil, introduziu no País a técni- ricos, prósperos e feliz. Na Calle 8, entrei num restau- ca de preparação física de atletas profissionais. Foi rante, dancei... a felicidade. Então, o povo cubano é também professor na Universidade Gama Filho e na grandioso. O povo cubano, aquele que está na região Escola de Educação Física do Exército, realizando, de “Nova Havana” encontra-se numa civilização alta: ademais, trabalhos para a Organização dos Estados freqüenta shopping etc. Então, V. Exª acertou quando Americanos. disse: “Viva o povo cubano!” Jorge Mehdi – desejo-lhe muita vida – merece ser O SR. JOSÉ NERY (P-SOL – PA) – E viva a re- homenageado assim, nos seus 80, 81, 82 anos, como volução! O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) o grande brasileiro, francês um pouco, mas o grande – Viva o Brasil! Viva o Congresso Nacional! Viva Arthur brasileiro que sempre foi. Virgílio, que é melhor do que o Barão do Rio Branco, Sr. Presidente, estive há pouco no gabinete do porque o Barão do Rio Branco, em sua biografia, tem Ministro da Defesa, Nelson Jobim, com outros parla- passagens racistas. E o Arthur Virgílio, eu acho, pode mentares e familiares das vítimas do acidente com o ser o Obama louro nas campanhas políticas a Presi- avião da TAM em Congonhas, que fazia, em 17 de ju- dente da República. lho de 2007, o vôo 3054. Concedo a palavra ao Senador Arthur Virgílio. Fomos pedir providências mais rápidas para a O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pro- solução definitiva do problema, que envolve centenas nuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) de familiares dos passageiros que perderam a vida – Obrigado, Sr. Presidente. Na verdade, sou neto de naquele dia. Foi o mais trágico acidente da aviação um negro, e fruto de toda essa miscigenação que for- brasileira, com a morte de 187 pessoas a bordo e ou- ma a raça brasileira. Muito obrigado a V. Exª. tras que estavam no prédio da empresa. 4064 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O acidente ocorreu em 2007. Daqui a pouco, para a morte de 199 pessoas na noite de 17 chegaremos ao mês de julho de 2008 e se completa- de julho de 2007. rá então um ano. De acordo com os familiares, as mo- No domingo retrasado, parentes e amigos dos dificações posteriormente feitas na pista de vitimados participaram de caminhada de protesto pe- Congonhas, com a simples demarcação de dindo a punição dos culpados pelo acidente. 150 metros de área de escape em cada uma Eles tinham o propósito de ouvir o Ministro Nel- das cabeceiras, é insuficiente para garantir a son Jobim, em primeiro lugar, quanto a medidas para segurança de pousos e decolagens de gran- resolver o problema que aflige os parentes dos passa- des aeronaves como o Airbus A320 e Boeing geiros mortos naquele acidente. E, ademais, também 737-700 e 737-800. Além de reduzir a pista quanto às medidas de segurança para o aeroporto de em 300 metros, a medida não atende às es- Congonhas, inclusive a controvertida questão da libe- pecificações técnicas ideais para uma área ração da pista em dias de chuva e a volta de conexões de escape, que deve ser projetada de forma a e escalas para o aeroporto. reter ou ajudar a frear o avião numa eventual Falo um pouco da pauta, Sr. Presidente. saída de pista. No encontro a que tive o prazer de comparecer, E continua o documento da Afavitam: os familiares das vítimas do acidente com o vôo 3054 apresentaram ao Ministro uma pauta sincera do que De acordo com as normas internacio- pretendem. Os tópicos traduzem a angústia de que nais, a segurança de pousos e decolagens de todos estão tomados. Transcrevo, para os Anais do grandes aeronaves em pistas curtas como a Senado, os pontos principais do que foi entregue como de Congonhas está diretamente relacionada documento ao Ministro Nelson Jobim. principalmente ao peso e à velocidade dos Dizem os familiares das vítimas: aviões na hora do pouso. A fiscalização defi- ciente, no entanto, faz com que este controle (...) Audiência com Ministro da Defesa, seja responsabilidade única e exclusiva da Nelson Jobim. companhia aérea, assim como a manutenção Integra a comitiva dos familiares o Co- das aeronaves. ronel Dalmo Itaboraí dos Santos Nascimento, ex-chefe da Casa Militar do Governo do RS, Um relatório divulgado pela ANAC em 31 designado pela Governador Yeda Crusius para de outubro do ano passado, no mesmo dia em tratar de questões relativas ao acidente com que Milton Zuanazzi deixou a presidência da o Airbus da TAM e cuidar dos interesses dos agência, diz que a situação é crítica na fisca- familiares das vítimas. lização e manutenção dos aviões de grande Na audiência com o Ministro, além de porte. De acordo com a Superintendência de tratar de questões específicas relativas às in- Segurança Operacional, são 21 inspetores na vestigações das causas e responsabilidades equipe. Destes, somente dois chegaram por do acidente com o Airbus da TAM em Congo- recente concurso púbico. Outros 12 são mili- nhas, solicitando apoio do Ministro para a libe- tares cedidos pelo antigo DAC e já têm direito ração de documentos solicitados pela Polícia de ir para a reserva. de São Paulo a órgãos federais como ANAC e O número reduzido de inspetores faz com INFRAERO e também da transcrição integral que apenas sejam verificados os registros em dos dados da caixa preta, os representantes papel, quando o ideal seria verificar pessoal- da ASsociação dos Familiares e Amigos das mente os procedimentos de manutenção. O Vítimas do Vôo TAMJJ3054 – AFAVITAM que- responsável pelo setor estima que são neces- rem saber o que mudou em Congonhas depois sários 50 fiscais para otimizar o trabalho, com da tragédia do vôo TAMJJ3054 para que ele fiscais “residentes” nas principais empresas, seja considerado pelo Ministério da Defesa como ocorre nos Estados Unidos. como um aeroporto seguro. Os familiares apontam para a inexistên- Afavitam quer seguro obrigatório cor- cia de áreas de escape na pista do aeroporto rigido e avanços incorporados assegurados paulista, em desacordo com normas inter- para outros familiares de vítimas no caso de nacionais de segurança, fator determinante outro acidente. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4065 Outra questão a ser tratada pela Afavi- apelo dos familiares das vítimas, que pedem solução tam nas audiências em Brasília diz respeito para o problema. ao valor do seguro obrigatório (RETA), cujo A TAM preocupa-se muito mais com o visual dos valor, estabelecido em 1986, ainda é calculado seus novos aviões. Um deles, com a nova logomarca em OTNs. Para assegurar o pagamento dos da empresa, traz assinaturas de centenas de pessoas. valores corrigidos, considerando os expurgos Será que aí estão também os nomes de algumas das inflacionários de todo o período que se segue vítimas do acidente? Pergunto eu. Os familiares des- após a determinação deste valor, o segurado ses que perderam a vida não pleiteiam isso. Querem precisa hoje ingressar com uma ação judicial apenas justiça e maior presteza. solicitando a correção, o que pode demorar O Ministro Jobim, em suas respostas, foi preci- até dois anos. Devidamente corrigido, o valor so e consistente. Deu-me esperanças. Louvo ainda do seguro obrigatório é quase 10 vezes maior a organização da Afavitam (Associação dos Fami- ao que é praticado hoje pelas seguradoras. Os liares e Amigos das Vítimas da TAM), que, por cima familiares querem a interferência do Ministro de tanta dor, pensa agora nos outros, procurando Jobim junto à SUSEPE e à ANAC para que ajudar a evitar novos acidentes, novos desastres, a correção destes valores seja feita de forma novas lágrimas. mais rápida e definitiva. Também vão solicitar Quanto a essa parte, Sr. Presidente, era o que o apoio de Chinaglia e Ivan Valente para que tinha a dizer. familiares de vítimas de outros acidentes aére- Tenho ainda uma pequena comunicação a fa- os possam ter assegurado, no futuro, o direito zer. ao pagamento deste valor já corrigido. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, semear livros à mancheia foi a mensagem do poeta, pela cul- Nesta mesma linha, a Afavitam vai sugerir tura e educação do Brasil. Como os livros, a receita de ao Ministro Jobim que os avanços conquistados Castro Alves serve também para estimular a criação pelos familiares das vítimas do vôoTAMJJ3054 de escolas: semear escolas à mancheia. Qualquer que através da assinatura de um termo de compro- seja a escola. E hoje quero referir-me aos aeroclubes misso pela companhia aérea sejam incorpo- espalhados pelo Brasil, funcionando como simples, rados a IAC 200-1001 (Instrução de Aviação mas autênticos, centros de formação de pilotos para Civil que regulamenta o plano de assistência nossa aviação civil. às vítimas de acidente aeronáutico e apoio a Semear, sim! Fechar, jamais! E Isso não passa seus familiares) no caso de ocorrer outra tra- pela cabeça de ninguém, a não ser, inadvertidamente, gédia como a de Congonhas. por alguns escalões da Agência Nacional de Aviação Civil, agora felizmente entregue à competente direção Neste momento, encerro o documento. Aqui aca- de Solange Paiva Vieira. ba o documento dos familiares e amigos de vítimas Falei em ações inadvertidas. Porém, com o único do vôo da TAM. objetivo de transmitir o que parece ser um risco para Concluo essa parte do meu pronunciamento, Sr. os aeroclubes brasileiros. Risco sim. Eles podem dei- Presidente, dizendo que a caminhada que os fami- xar de existir, se vier a prevalece a idéia da Anac de liares das vítimas no acidente fizeram recentemente leiloar os pequenos aviões monomotores cedidos aos incluiu uma visita ao local onde ocorreu o choque do aeroclubes, por empréstimo, pelo antigo Departamento Airbus da TAM, como se recorda, no prédio da TAM- de Aviação Civil – DAC, de que a Agência Nacional de Express. Aviação Civil, a Anac, é sucessora. Nessa manifestação ordeira, a Srª Ana Maria O fato, que hoje assusta os aeroclubes, é a des- Finzsch, mãe de Peter, que morreu no acidente, se- coberta, feita em levantamento que aponta a Anac, gurava uma faixa com a foto da ex-diretora da Agência como dona de 433 pequenos aviões, que a agência Nacional de Aviação Civil, Denise Abreu, estampada, herdou do DAC. cobrando para que a ex-diretora prestasse depoimen- Além de realizar o levantamento, a Anac estaria to sobre o caso. propensa a leiloar os aviões, sob a alegação de que A referida senhora não compareceu a nenhuma não pretende manter esse patrimônio nem ministrar das três convocações policiais para prestar depoi- cursos de aviação civil, ressalvando que “estimula a mento. formação de novos pilotos”. Nem precisa. Basta apoiar Agora, a Anac está entregue às mãos responsá- os existentes, naturalmente com os pequenos aviões. veis da Diretora Solange Paiva Vieira, a quem dirijo o Não sei dos planos da Anac nem qual seria o pensa- 4066 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 mento da Drª Solange. O que sei é que não são pou- que deve de dívida pública interna alguma coisa como cos os e-mails que recebo dos aeroclubes do interior R$1,1 trilhão, ou seja, dívida existe. Existe dívida grave, brasileiro, lamentando o que já seria uma decisão da que não deve jamais ser caloteada, até porque é dívida agência. que pertence basicamente à classe média brasileira. Não creio que a venda desses pequenos aviões Ela é que tem rolado os nossos títulos. seja o melhor caminho, Sr. Presidente. Mais conveniente Enfim, agradeço a V. Exª suas palavras, seu seria acompanhar os versos de Castro Alves e ajudar estímulo. E, nessa sessão dos vetos, tenho certeza a “semear escolas à mancheia”, no caso, escolas de de que V. Exª, eu e tantos outros Senadores, como pilotos, por todos os títulos, uma boa ajuda à aviação o Senador José Agripino e tantos companheiros, es- civil brasileira. taremos aí para fazer uma bela sessão e exigir que Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. sessões de veto virem rotina e que nenhum veto Muito obrigado. deixe de ser apreciado. Se o Governo tem força, que O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) mantenha os vetos; se não tem, que o veto caia, mas – Senador Arthur Virgílio, temos de nos orgulhar, por- que o Congresso não abra mão – e aí é um papel a que duvido muito, muito mesmo que Obama, que está ser cobrado dessa boa figura humana e política que encantando os Estados Unidos, esteja à altura de V. é o Senador Garibaldi Alves – da sua prerrogativa Exª. V. Exª é o grande Líder deste País. inteira. E a prerrogativa inteira exige que se faça, re- Quero relembrar o momento mais bonito deste gularmente, sessão para apreciação de vetos presi- Senado, quando enterramos a CPMF, e dizíamos com denciais. Veto mantido, rito feito: o Presidente ganhou. convicção e preparo que o País não iria acabar, e que Veto batido significa também rito feito, completado e o dinheiro ia ficar nas mãos santas e boas dos operá- vitória do Congresso. Em qualquer circunstância, nós rios e das mães, que circularia, e que isso aumentaria nos conformamos. O que não queremos é a subver- a receita, por nossa experiência. Era com convicção. são das regras do jogo. E um dos dias mais felizes quando V. Exª me esco- O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) lheu para ser o vice-líder daquele grupo, que lembra – E os nossos aplausos, também, para V. Exª. O nos- os 300 de Atenas. so Poder é para isto mesmo: orientar. Somos os pais Lembro, então, que V. Exª tem que continuar da Pátria. E, quanto à administradora Solange, é ad- nessa liderança, porque V. Exª é o líder das oposições verti-la sobre os aeroclubes. Esta é a história: Assis do Brasil. V. Exª pode surpreender, como Obama está Chateaubriand, ex-Senador desta Casa e Embaixador, surpreendendo. quanto fez por isso. Os aeroclubes deram inspiração Mas há dois problemas a respeito dos quais que- na formação dos nossos jovens aviadores. ro adverti-lo. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – O meu Atentai bem, estou decepcionado. Aqueles ve- pai foi fundador do Aeroclube do Amazonas. Tenho um tos contra os quais lutamos e esbravejamos vêm aí, grande carinho pelos aeroclubes brasileiros. mas que não venha o dos velhinhos aposentados, O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) aqueles que estudamos na calada das madrugadas, – V. Exª dá essa grande contribuição. Eu quero dar na Comissão dirigida pelo competente Tasso Jereis- uma contribuição para o Ministro Nelson Jobim. Ele sati. Paulo Paim foi ameaçado a ter de deixar, e nós mandou, e nós agimos rapidamente – este é o melhor ficamos com a responsabilidade: restituímos aos Senado da República –, para aumentar o quadro dos velhinhos 16,7%, e os aloprados fizeram a cabeça almirantes e contra-almirantes. Mas não é isso, não. É do nosso Presidente, que os reduziu para 4%. Ele uma vergonha. O capitão da Marinha e o equivalente não vem. E mais: não vêm a Sudene, nem a Sudam, na Aeronáutica e no Exército. Olhem, R$10.448,00 é o só nos papéis, só na demagogia. O Orçamento não DAS-6 para os que são nomeados aí, graciosamente, virá, para se discutir. Então, digo a V. Exª que, com a sem concurso, e um capitão da Marinha está ganhan- liderança que tem na Oposição, ainda há tempo de do menos da metade disso. Esta, então, é a grande fazermos esses votos. O Governo se gaba: “Somos credores, não deve- reforma que precisa ser feita: a revisão do salário das mos aos banqueiros, não devemos aos gringos”. Mas nossas Forças Armadas. deve aos nossos velhinhos. Vamos passar a dever, O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Con- como Fernando Henrique, mas não vamos dever aos cordo plenamente, Sr. Presidente. Muito obrigado. nossos velhinhos aposentados. O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Obri- – Sobre a mesa, pareceres que passo a ler. gado, Sr. Presidente. O Governo se esquece de dizer São lidos os seguintes: Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4067 PARECER Nº 105, DE 2008 racional de tarefas pelos diversos setores daquela Força, bem como melhorias em pontos específicos, Da Comissão de Relações Exteriores a começar pelos postos mais elevados da hierar- e Defesa Nacional, sobre o Projeto de Lei quia, possibilitando maior eficácia no cumprimento da Câmara nº 11, de 2008 (nº 2.440, de 2007, de sua missão. na origem), que altera os incisos II e III do A Exposição de Motivos destaca, ainda, que não art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro há impacto orçamentário-financeiro decorrente da apro- de 1997, que dispõe sobre a reestruturação vação da proposição em tela, uma vez que o efetivo da dos Corpos e Quadros de Oficiais e Praças Marinha autorizado pelo Presidente da República no da Marinha. Decreto nº 6.089/2007 é de 6.865 oficiais enquanto o Relator: Senador Heráclito Fortes estabelecido pela Lei nº 9.519/1997 é de 7.190 oficiais, 335 aquém do máximo permitido. I – Relatório Esta Comissão examina o Projeto de Lei da II – Análise Câmara (PLC) nº 11, de 2008 (nº 2.440, de 2007, O Projeto em apreço revela a busca pela adequa- na origem). O referido Projeto, originário do Poder ção do perfil do Comando aos desafios advindos da Executivo, altera os incisos II e III do art. 11 da Lei nº sua atual dimensão, da magnitude de suas atribuições 9.519, de 26 de novembro de 1997, que dispõe sobre e da tendência irrefutável do desenvolvimento tecno- a reestruturação dos Corpos e Quadros de Oficiais e lógico dos sistemas de defesa, de ensino, de preser- Praças da Marinha. vação do meio ambiente e do preparo e emprego da A proposição, encaminhada pelo Senhor Presi- Força. Também contribui para a melhoria dos Corpos dente da República, nos termos do art. 61 da Consti- e Quadros. tuição Federal, foi aprovada pela Câmara dos Depu- Cabe ressaltar que a última alteração dos efetivos tados, tendo passado naquela Casa pelas Comissões de oficiais‑generais da Marinha ocorreu em 1983, há de Finanças e Tributação, de Relações Exteriores e 25 anos e, portanto, antes da promulgação da Cons- de Defesa Nacional, e de Constituição, Justiça e de tituição Federal de 1988 e da Lei Complementar nº 97 Cidadania. de 1999, que prevêem diversas atividades subsidiárias O Projeto de Lei em epígrafe altera o limite para a Força Naval. máximo do efetivo de oficiais-generais do Comando No que concerne às competências desta Co- da Marinha, para adequá-lo às atuais demandas da missão, a alteração mostra-se necessária e bené- Força. Em sua Exposição de Motivos nº 603/MD, de fica à Marinha do Brasil e, portanto, aos interesses 2007, Sua Excelência o Senhor Ministro de Estado nacionais. Contribuirá, certamente, para o aumento da Defesa, Nelson Jobim, esclarece que a proposi- da eficiência da Força,uma vez que constitui medida ção busca atualizar e racionalizar o diploma legal importante para a renovação, o equilíbrio e a regulari- em vigor, com vistas a modernizá-lo e consolidar em dade no acesso dos diferentes Corpos e Quadros da um único documento a legislação sobre a matéria. Marinha do Brasil. Aduz, ainda, que as alterações propostas asseguram A proposição não encontra óbices regimentais ou o respaldo para efetuar os ajustes considerados im- legais, e é produzida em boa técnica legislativa. periosos para a reestruturação da Força, garantindo o seu eficaz emprego. Dessa forma, o PLC contempla a ampliação III – Voto do limite dos efetivos de Oficiais em dois Vice-Almi- Pelo exposto opinamos favoravelmente à aprova- rantes e oito Contra-Almirantes. Argumenta-se que ção do Projeto de Lei da Câmara nº 11, de 2008. isso permitirá à nova estrutura uma realocação mais Sala da Comissão, 28 de fevereiro de 2008. 4068 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4069 4070 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 PARECER Nº 106, DE 2008 possamos responder, de forma contundente, à esta barbaridade que é o trabalho escravo. Da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, sobre a Indicação nº 2, de 2007, de autoria da Senadora Serys II – Análise Slhessarenko, que sugere, nos termos do Nos termos do inciso III do art. 102-E do Regimen- art. 224 do Regimento Interno do Senado, to Interno do Senado Federal, compete à Comissão o estudo de todas as matérias que se en- de Direitos Humanos e Legislação Participativa opinar contram em tramitação nesta Casa e que sobre “garantia e promoção dos direitos humanos”. tratem da questão do Trabalho Escravo. Sem sombra de dúvida, o trabalho escravo é a Relator ad hoc: Senador Flávio Arns negação completa dos direitos inerentes à pessoa Relator: Senador José Nery humana. A temática, portanto, insere-se no âmbito da competência desta Comissão. I – Relatório A indicação, por sua vez, é uma provocação para que determinado assunto seja objeto de providência Esta Comissão examina a Indicação nº 2, de 2007, da Senadora Serys Slhessarenko, que propõe, ou estudo, com vistas a um esclarecimento ou para nos termos do art. 224 do Regimento Interno do Se- se transformar em proposição legislativa. Trata-se, nado (RISF), que, no âmbito da Comissão de Direitos em nosso entendimento, do instrumento adequado Humanos e Legislação Participativa, por seu intermédio, para suscitar a análise ampla do tema proposto jun- a Subcomissão de Trabalho Escravo analise todas as to à Subcomissão de Trabalho Escravo. Cremos que, matérias que tratem dessa temática e que se encon- do estudo conjunto das proposições em andamento, tram em tramitação nesta Casa. poderá ser obtido um denominador comum e poderão Na justificação, a autora afirma que a questão ser encontradas formas de agilizar as mudanças na do trabalho escravo é um problema grave enfrentado legislação, que são urgentes para milhares de traba- em nosso País: “A luta pela acumulação de riquezas lhadores brasileiros. continua levando, ainda hoje, seres humanos a espo- liarem outros seres humanos de forma a auferirem o III – Voto máximo de lucro possível, mesmo que para isso esta espoliação seja total, tornando o trabalhador em mais À vista do exposto, opinamos pela aprovação da uma máquina do sistema produtivo”. indicação. Um amplo debate e a análise em conjunto Registra, ainda, que tramitam, nesta Casa, inú- das diversas sugestões pode, com certeza, repre- meros projetos sobre esta questão. No entanto, a tra- sentar um avanço qualitativo no combate ao trabalho mitação é lenta. Faz-se necessária a realização de um escravo. esforço adicional para o avanço da legislação, para que Sala da Comissão, 6 de dezembro de 2007. Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4071 4072 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) feira. Este é o Senado que se reúne às sextas-feiras, – Os pareceres que acabam de serem lidos vão à pu- às 9h da manhã. blicação. Nada mais havendo a tratar, a Presidência vai O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) encerrar os trabalhos. – Sobre a mesa ofício que passo a ler. O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) É lido o seguinte – Está encerrada esta sessão de 28 de fevereiro, sob a orientação e coordenação da nossa Secretária-Geral OF. Nº 12/2008 – CRE da Mesa Drª Cláudia Lyra. Brasília, 28 de fevereiro de 2008 (Levanta-se a sessão às 19 horas e 44 minutos.) Assunto: Encaminhamento do Projeto de Lei da Câ- mara nº 11 de 2008. AGENDA DO A Sua Excelência o Senhor PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL Senador Garibaldi Alves Filho SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO Presidente do Senado Federal Senado Federal 28-2-2008 Nesta Quinta-feira Senhor Presidente, 10:00 Sessão Solene em Homenagem Póstuma ao 1. Comunico a Vossa Excelência que esta Co- Senador Jonas Pinheiro missão, na reunião do dia 28 de fevereiro do corrente, Plenário do Senado Federal nos termos do art. 91, § 2º, aprovou em decisão ter- 10:30 Visita do Ministro da Fazenda, Guido Man- minativa Projeto de Lei da Câmara nº 121, de 2008, tega de autoria da Presidência da República, que “altera os Gabinete do Presidente do Senado Federal incisos II e III do caput do art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, que dispõe sobre a reestru- 11:00 Visita do Embaixador do Peru – Hugo de Zela turação dos corpos e quadros de oficiais e de praça Martínez da marinha”. Gabinete do Presidente do Senado Federal 2.Por oportuno, aproveito para renovar meus pro- 11:30 Dr. Paulo Lacerda – Diretor da Abin testos de estima e consideração. – Senador Heráclito Gabinete do Presidente do Senado Federal Fortes, Presidente. 15:00 Visita do Presidente da Associação do Ma- O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) gistrados Brasileiros, Juiz Mozart – Com referência ao expediente lido, fica aberto o prazo Gabinete do Presidente do Senado Federal de cinco dias úteis para interposição de recurso, nos 16:00 Ordem do Dia – Sessão Deliberativa termos do art. 91, §§ 3º a 5º, do Regimento Interno, Plenário do Senado Federal por um décimo da composição da Casa, para que o Projeto de Lei da Câmara nº 11, de 2008, seja apre- 18:00 Visita do Prefeito de Recife, João Paulo ciado pelo Plenário. Lima e Silva Presidente da Frente Nacional de O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) Prefeitos – Convidamos todos para a reunião amanhã, sexta- Gabinete do Presidente do Senado Federal Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4073 4074 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4075 4076 Sexta-feira 29 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2008 Fevereiro de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 29 4077 COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL NA 53ª LEGISLATURA (por Unidade da Federação)

Bahia Rio Grande do Sul Amazonas Minoria-DEM - Antonio Carlos Júnior* (S) Bloco-PT - Paulo Paim* Minoria-PSDB - Arthur Virgílio* Bloco-PR - César Borges* PTB - Sérgio Zambiasi* PDT - Jefferson Peres* PDT - João Durval** Maioria-PMDB - Pedro Simon** Bloco-PT - João Pedro** (S) Rio de Janeiro Ceará Paraná Bloco-PRB - Marcelo Crivella* PDT - Patrícia Saboya* Bloco-PT - Flávio Arns* Maioria-PMDB - Paulo Duque* (S) Minoria-PSDB - Tasso Jereissati* PDT - Osmar Dias* Bloco-PP - Francisco Dornelles** Bloco-PC DO B - Inácio Arruda** Minoria-PSDB - Alvaro Dias** Maranhão Paraíba Acre Minoria-DEM - Lobão Filho* (S) Minoria-DEM - Efraim Morais* Maioria-PMDB - Geraldo Mesquita Júnior* Maioria-PMDB - Roseana Sarney* Maioria-PMDB - José Maranhão* Bloco-PT - Sibá Machado* (S) PTB - Epitácio Cafeteira** Minoria-PSDB - Cícero Lucena** Bloco-PT - Tião Viana** Pará Espírito Santo Mato Grosso do Sul Minoria-PSDB - Flexa Ribeiro* (S) Maioria-PMDB - Gerson Camata* Bloco-PT - Delcídio Amaral* PSOL - José Nery* (S) Bloco-PR - Magno Malta* Maioria-PMDB - Valter Pereira* (S) Minoria-PSDB - Mário Couto** Bloco-PSB - Renato Casagrande** Minoria-PSDB - Marisa Serrano** Pernambuco Piauí Distrito Federal Minoria-DEM - Marco Maciel* Minoria-DEM - Heráclito Fortes* Minoria-DEM - Adelmir Santana* (S) Minoria-PSDB - Sérgio Guerra* Maioria-PMDB - Mão Santa* PDT - Cristovam Buarque* Maioria-PMDB - Jarbas Vasconcelos** PTB - João Vicente Claudino** PTB - Gim Argello** (S) São Paulo Rio Grande do Norte Tocantins Bloco-PT - Aloizio Mercadante* Maioria-PMDB - Garibaldi Alves Filho* Bloco-PR - João Ribeiro* PTB - Romeu Tuma* Minoria-DEM - José Agripino* Maioria-PMDB - Leomar Quintanilha* Bloco-PT - Eduardo Suplicy** Minoria-DEM - Rosalba Ciarlini** Minoria-DEM - Kátia Abreu** Minas Gerais Santa Catarina Amapá Minoria-PSDB - Eduardo Azeredo* Bloco-PT - Ideli Salvatti* Maioria-PMDB - Gilvam Borges* Maioria-PMDB - Wellington Salgado de Maioria-PMDB - Neuto De Conto* (S) Minoria-PSDB - Papaléo Paes* Oliveira* (S) Minoria-DEM - Raimundo Colombo** Maioria-PMDB - José Sarney** Minoria-DEM - Eliseu Resende** Goiás Alagoas Rondônia Minoria-DEM - Demóstenes Torres* Minoria-PSDB - João Tenório* (S) Bloco-PT - Fátima Cleide* Minoria-PSDB - Lúcia Vânia* Maioria-PMDB - Renan Calheiros* Maioria-PMDB - Valdir Raupp* Minoria-PSDB - Marconi Perillo** PTB - Fernando Collor** Bloco-PR - Expedito Júnior** Mato Grosso Sergipe Roraima Minoria-DEM - Gilberto Goellner* (S) Maioria-PMDB - Almeida Lima* Bloco-PT - Augusto Botelho* Bloco-PT - Serys Slhessarenko* Bloco-PSB - Antonio Carlos Valadares* Maioria-PMDB - Romero Jucá* Minoria-DEM - Jayme Campos** Minoria-DEM - Maria do Carmo Alves** PTB - Mozarildo Cavalcanti**

Mandatos *: Período 2003/2011 **: Período 2007/2015

Endereço na Internet: http://www.senado.gov.br/sf/atividade/plenario Informações: Subsecretaria de Informações - 3311-3325/3572/7279 COMPOSIÇÃO COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

1) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - ONGS Finalidade: Comissão Parlamentar de Inquérito composta de 11 Senadores titulares e 7 suplentes, destinada a apurar, no prazo de cento e oitenta dias, a liberação, pelo Governo Federal, de recursos públicos para organizações não governamentais - ONGs - e para organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIPs, bem como a utilização, por essas entidades, desses recursos e de outros por elas recebidos do exterior, a partir do ano de 1999 até a data de 8 de novembro de 2007. (Requerimento nº 201, de 2007, lido em 15.3.2007) (Aditado pelo Requerimento nº 217, de 2007, lido em 20.03.2007) (Aditado pelo Requerimento nº 1.324, de 2007, lido em 8.11.2007) Número de membros: 11 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Raimundo Colombo (DEM-SC) (7) VICE-PRESIDENTE: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) (9) RELATOR: Senador Inácio Arruda (PC DO B-CE) (9)

Leitura: 15/03/2007 Designação: 05/06/2007 Instalação: 03/10/2007 Prazo final: 12/05/2008 TITULARES SUPLENTES Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) (1) Heráclito Fortes (DEM-PI) 1. Demóstenes Torres (DEM-GO) Raimundo Colombo (DEM-SC) Flexa Ribeiro (PSDB-PA) 2. Alvaro Dias (PSDB-PR) (4,8) Lúcia Vânia (PSDB-GO) (5) Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (10) Fátima Cleide (PT-RO) 1. Eduardo Suplicy (PT-SP) Inácio Arruda (PC DO B-CE) (2,6) 2. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) Sibá Machado (PT-AC) (3) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB-RO) 1. Leomar Quintanilha (PMDB-TO) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) 2. Romero Jucá (PMDB-RR) Valter Pereira (PMDB-MS) PDT Jefferson Peres (AM)

Notas: 1. De acordo com o cálculo de proporcionalidade partidária, cabe ao Bloco Parlamentar da Minoria a indicação de três membros suplentes. 2. Senador Inácio Arruda, passa a substituir o Senador João Ribeiro, em 21.8.2007 (Of. 133/2007 - GLDBAG). Eleito como Relator, na Sessão do dia 10.10.2007. 3. Senador Sibá Machado, passou a substituir o Senador Vicente Claudino, em 21.8.2007 (Of. 133/2007 - GLDBAG). 4. Senador Sérgio Guerra foi designado, em 22/08/2007 (Ofício nº 171/07-GLPSDB). 5. Senadora Lúcia Vânia, em substituição à Senadora Marisa Serrano, foi designada em 22/08/2007 (Ofício nº 171/07-GLPSDB). Eleita para a Vice-Presidência, na Sessão Ordinária em 10.10.2007. 6. Indicado o Senador Inácio Arruda em substituição ao Senador Eduardo Suplicy, que se torna membro suplente, nos termos do Ofício nº 138/2007. 7. Senador Raimundo Colombo foi eleito em 3.10.2007. 8. O Senador Álvaro Dias foi indicado em substituição ao Senador Sérgio Guerra, na Sessão Deliberativa de 09.10.2007, conforme Ofício nº 185/2007-GLPSDB (DSF de 10.10.2007). 9. Em 10.10.2007, foram eleitos a Senadora Lúcia Vânia como Vice-Presidente e o Senador Inácio Arruda como Relator. 10. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Will de Moura Wanderley Telefone(s): 3311-3514 Fax: 3311-1176

Endereço na Internet: http://www.senado.gov.br/sf/atividade/plenario Informações: Subsecretaria de Informações - 3311-3325/3572/7279 COMPOSIÇÃO COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

1) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - ONGS Finalidade: Comissão Parlamentar de Inquérito composta de 11 Senadores titulares e 7 suplentes, destinada a apurar, no prazo de cento e oitenta dias, a liberação, pelo Governo Federal, de recursos públicos para organizações não governamentais - ONGs - e para organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIPs, bem como a utilização, por essas entidades, desses recursos e de outros por elas recebidos do exterior, a partir do ano de 1999 até a data de 8 de novembro de 2007. (Requerimento nº 201, de 2007, lido em 15.3.2007) (Aditado pelo Requerimento nº 217, de 2007, lido em 20.03.2007) (Aditado pelo Requerimento nº 1.324, de 2007, lido em 8.11.2007) Número de membros: 11 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Raimundo Colombo (DEM-SC) (7) VICE-PRESIDENTE: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) (9) RELATOR: Senador Inácio Arruda (PC DO B-CE) (9)

Leitura: 15/03/2007 Designação: 05/06/2007 Instalação: 03/10/2007 Prazo final: 12/05/2008 TITULARES SUPLENTES Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) (1) Heráclito Fortes (DEM-PI) 1. Demóstenes Torres (DEM-GO) Raimundo Colombo (DEM-SC) Flexa Ribeiro (PSDB-PA) 2. Alvaro Dias (PSDB-PR) (4,8) Lúcia Vânia (PSDB-GO) (5) Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (10) Fátima Cleide (PT-RO) 1. Eduardo Suplicy (PT-SP) Inácio Arruda (PC DO B-CE) (2,6) 2. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) Sibá Machado (PT-AC) (3) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB-RO) 1. Leomar Quintanilha (PMDB-TO) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) 2. Romero Jucá (PMDB-RR) Valter Pereira (PMDB-MS) PDT Jefferson Peres (AM)

PTB (6) João Vicente Claudino 1. Gim Argello 2. PDT Osmar Dias 1. Jefferson Peres Notas: 1. Senadora Patrícia Saboya comunicou filiação partidária em 02.10.2007 (DSF 3.10.2007). 2. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 12.10.2007) 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 4. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia. 5. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro. 6. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: TERÇAS-FEIRAS - 10:00HS - Plenário n° 19 - ALA ALEXANDRE COSTA Telefone(s): 3311-4605 e 33113516 Fax: 3311-4344 E-mail: [email protected] 1.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE - ASSUNTOS MUNICIPAIS Finalidade: Subcomissão criada pelo RQE nº 7/2005, do Senador Luiz Otávio, com o objetivo de opinar sobre matérias de interesse do poder municipal local. Número de membros: 9 titulares e 9 suplentes PRESIDENTE: Senador Cícero Lucena (PSDB-PB) VICE-PRESIDENTE: Senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (3) Antonio Carlos Valadares (PSB) 1. Delcídio Amaral (PT) Sibá Machado (PT) 2. Serys Slhessarenko (PT) Expedito Júnior (PR) 3. João Vicente Claudino (PTB) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB) 1. Mão Santa (PMDB) VAGO (4) 2. Renato Casagrande (PSB) (2) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Rosalba Ciarlini (DEM) 1. VAGO (5) Raimundo Colombo (DEM) Sérgio Guerra (PSDB) 2. Flexa Ribeiro (PSDB) 3. Eduardo Azeredo (PSDB) PDT PMDB PSDB (1) Cícero Lucena (PSDB) 1. VAGO

Notas: 1. Vaga compartilhada entre PMDB, PSDB e PDT. 2. Vaga do PMDB cedida ao PSB 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 4. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 5. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

Secretário(a): Luiz Gonzaga Silva Filho Telefone(s): 3311-4605 e 33113516 Fax: 3311-4344 E-mail: [email protected]

1.2) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA - PREVIDÊNCIA SOCIAL Finalidade: Debater e examinar a situação da Previdência Social Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Luiz Gonzaga Silva Filho Telefone(s): 3311-4605 e 33113516 Fax: 3311-4344 E-mail: [email protected] 1.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA - REFORMA TRIBUTÁRIA Finalidade: Avaliar a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional na forma do inciso XV do art. 52 da Constituição Federal, assim como tratar de matérias referentes à Reforma Tributária Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) VICE-PRESIDENTE: Senador Neuto De Conto (PMDB-SC) RELATOR: Senador Francisco Dornelles (PP-RJ)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (3) Eduardo Suplicy (PT) 1. Renato Casagrande (PSB) Francisco Dornelles (PP) 2. Ideli Salvatti (PT) Maioria ( PMDB ) Mão Santa (PMDB) 1. VAGO Neuto De Conto (PMDB) 2. VAGO Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Raimundo Colombo (DEM) 1. João Tenório (PSDB) (2) Osmar Dias (PDT) (1) 2. Cícero Lucena (PSDB) (2) Tasso Jereissati (PSDB) 3. Flexa Ribeiro (PSDB)

Notas: 1. Vaga cedida ao PDT 2. Vaga cedida ao PSDB 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Luiz Gonzaga Silva Filho Telefone(s): 3311-4605 e 33113516 Fax: 3311-4344 E-mail: [email protected] 1.4) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA - REGULAMENTAÇÃO DOS MARCOS REGULATÓRIOS Finalidade: Debater e estudar a regulamentação dos Marcos Regulatórios nos diversos setores de atividades que compreendem serviços concedidos pelo Governo, como telecomunicações, aviação civil, rodovias, saneamento, ferrovias, portos, mercado de gás natural, geração de energia elétrica, parcerias público-privadas, etc. Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Delcídio Amaral (PT-MS) VICE-PRESIDENTE: Senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) RELATOR: Senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Delcídio Amaral (PT) 1. Francisco Dornelles (PP) Inácio Arruda (PC DO B) 2. Renato Casagrande (PSB) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB) 1. Romero Jucá (PMDB) VAGO (2) 2. Valter Pereira (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Kátia Abreu (DEM) 1. José Agripino (DEM) Eliseu Resende (DEM) 2. Romeu Tuma (PTB) Sérgio Guerra (PSDB) 3. Tasso Jereissati (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 2. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF).

Secretário(a): Luiz Gonzaga Silva Filho Telefone(s): 3311-4605 e 33113516 Fax: 3311-4344 E-mail: [email protected] 2) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS - CAS Número de membros: 21 titulares e 21 suplentes PRESIDENTE: Senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) VICE-PRESIDENTE: Senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (3) Patrícia Saboya (PDT) (1) 1. Fátima Cleide (PT) Flávio Arns (PT) 2. Serys Slhessarenko (PT) Augusto Botelho (PT) 3. Expedito Júnior (PR) Paulo Paim (PT) 4. VAGO (5) Marcelo Crivella (PRB) 5. Antonio Carlos Valadares (PSB) Inácio Arruda (PC DO B) 6. Ideli Salvatti (PT) José Nery (PSOL) 7. Magno Malta (PR) Maioria ( PMDB ) Romero Jucá (PMDB) 1. Leomar Quintanilha (PMDB) Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 2. Valter Pereira (PMDB) VAGO (4) 3. Pedro Simon (PMDB) Valdir Raupp (PMDB) 4. Neuto De Conto (PMDB) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 5. VAGO Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM) 1. Adelmir Santana (DEM) Jayme Campos (DEM) 2. Heráclito Fortes (DEM) Kátia Abreu (DEM) 3. Raimundo Colombo (DEM) Rosalba Ciarlini (DEM) 4. Romeu Tuma (PTB) (2) Eduardo Azeredo (PSDB) 5. Cícero Lucena (PSDB) Lúcia Vânia (PSDB) 6. Sérgio Guerra (PSDB) Papaléo Paes (PSDB) 7. Marisa Serrano (PSDB) PTB (6) Gim Argello 1. VAGO PDT João Durval 1. Cristovam Buarque Notas: 1. Senadora Patrícia Saboya comunicou filiação partidária em 02.10.2007 (DSF 3.10.2007). 2. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 12.10.2007) 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 4. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 5. Vago, em virtude do afastamento do Senador Euclydes Mello, devido ao retorno do titular, Senador Fernando Collor. 6. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Reuniões: QUINTAS-FEIRAS - 11:30HS - Plenário n.º 09 - ALA ALEXANDRE COSTA Telefone(s): 3311-3515 Fax: 3311-3652 E-mail: [email protected] 2.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Paulo Paim (PT-RS) VICE-PRESIDENTE: Senador Marcelo Crivella (PRB-RJ)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Paulo Paim (PT) 1. Flávio Arns (PT) Marcelo Crivella (PRB) 2. VAGO Maioria (PMDB) e PDT Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 1. VAGO Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Jayme Campos (DEM) 1. Kátia Abreu (DEM) Lúcia Vânia (PSDB) 2. Cícero Lucena (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Telefone(s): 3311-3515 Fax: 3311-3652 E-mail: [email protected] 2.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS SOCIAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) VICE-PRESIDENTE: Senador Flávio Arns (PT-PR)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Flávio Arns (PT) 1. Fátima Cleide (PT) Paulo Paim (PT) 2. VAGO Maioria (PMDB) e PDT Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 1. VAGO Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Rosalba Ciarlini (DEM) Eduardo Azeredo (PSDB) 1. Papaléo Paes (PSDB) 2. Marisa Serrano (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Telefone(s): 3311-3515 Fax: 3311-3652 E-mail: [email protected] 2.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROMOÇÃO, ACOMPANHAMENTO E DEFESA DA SAÚDE Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Papaléo Paes (PSDB-AP) VICE-PRESIDENTE: Senador Augusto Botelho (PT-RR)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Augusto Botelho (PT) 1. VAGO Flávio Arns (PT) 2. VAGO Maioria (PMDB) e PDT João Durval (PDT) 1. Adelmir Santana (DEM) (2) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Rosalba Ciarlini (DEM) 1. Kátia Abreu (DEM) Papaléo Paes (PSDB) 2. Cícero Lucena (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 2. Vaga cedida pelo PDT ao DEM.

Secretário(a): Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Telefone(s): 3311-3515 Fax: 3311-3652 E-mail: [email protected] 3) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJ Número de membros: 23 titulares e 23 suplentes PRESIDENTE: Senador Marco Maciel (DEM-PE) (1) VICE-PRESIDENTE: Senador Valter Pereira (PMDB-MS)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (3) Serys Slhessarenko (PT) 1. João Ribeiro (PR) Sibá Machado (PT) 2. Inácio Arruda (PC DO B) Eduardo Suplicy (PT) 3. César Borges (PR) Aloizio Mercadante (PT) 4. Marcelo Crivella (PRB) Ideli Salvatti (PT) 5. Magno Malta (PR) Antonio Carlos Valadares (PSB) 6. José Nery (PSOL) Maioria ( PMDB ) Jarbas Vasconcelos (PMDB) 1. Roseana Sarney (PMDB) Pedro Simon (PMDB) 2. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) Romero Jucá (PMDB) 3. Leomar Quintanilha (PMDB) Almeida Lima (PMDB) 4. Valdir Raupp (PMDB) Valter Pereira (PMDB) 5. José Maranhão (PMDB) Gilvam Borges (PMDB) 6. Neuto De Conto (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Adelmir Santana (DEM) 1. Eliseu Resende (DEM) Marco Maciel (DEM) 2. Jayme Campos (DEM) Demóstenes Torres (DEM) 3. José Agripino (DEM) Kátia Abreu (DEM) 4. Alvaro Dias (PSDB) (2) Antonio Carlos Júnior (DEM) 5. Maria do Carmo Alves (DEM) Arthur Virgílio (PSDB) 6. Flexa Ribeiro (PSDB) Eduardo Azeredo (PSDB) 7. João Tenório (PSDB) Lúcia Vânia (PSDB) 8. Marconi Perillo (PSDB) Tasso Jereissati (PSDB) 9. Mário Couto (PSDB) PTB (4) Epitácio Cafeteira 1. Mozarildo Cavalcanti PDT Jefferson Peres 1. Osmar Dias Notas: 1. Eleito em 8.8.2007. 2. Vaga cedida pelo DEM ao PSDB. 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 4. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008. Secretário(a): Gildete Leite de Melo Reuniões: QUARTAS-FEIRAS - 10:00HS - Plenário n.º 3 - ALA ALEXANDRE COSTA Telefone(s): 3311-3972 Fax: 3311-4315 E-mail: [email protected] 3.1) SUBCOMISSÃO - IMAGEM E PRERROGATIVAS PARLAMENTARES Finalidade: Assessorar a Presidência do Senado em casos que envolvam a imagem e as prerrogativas dos parlamentares e da própria instituição parlamentar. Número de membros: 5 titulares

Secretário(a): Gildete Leite de Melo Telefone(s): 3311-3972 Fax: 3311-4315 E-mail: [email protected]

3.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Gildete Leite de Melo Telefone(s): 3311-3972 Fax: 3311-4315 E-mail: [email protected]

4.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE CINEMA, TEATRO, MÚSICA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Número de membros: 12 titulares e 12 suplentes PRESIDENTE: Senador Demóstenes Torres (DEM-GO) VICE-PRESIDENTE: Senadora Marisa Serrano (PSDB-MS)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Paulo Paim (PT) 1. Antonio Carlos Valadares (PSB) Flávio Arns (PT) 2. Ideli Salvatti (PT) Sérgio Zambiasi (PTB) 3. Magno Malta (PR) Maioria ( PMDB ) Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 1. Marcelo Crivella (PRB) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 2. Valdir Raupp (PMDB) Paulo Duque (PMDB) 3. Valter Pereira (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM) 1. Maria do Carmo Alves (DEM) Romeu Tuma (PTB) 2. Marco Maciel (DEM) Rosalba Ciarlini (DEM) 3. Raimundo Colombo (DEM) Marisa Serrano (PSDB) 4. Eduardo Azeredo (PSDB) Marconi Perillo (PSDB) 5. Flexa Ribeiro (PSDB) PDT Francisco Dornelles (PP) 1. Cristovam Buarque

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Júlio Ricardo Borges Linhares Telefone(s): 3311-3498 Fax: 3311-3121 E-mail: [email protected]

4.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Número de membros: 9 titulares e 9 suplentes

Secretário(a): Júlio Ricardo Borges Linhares Telefone(s): 3311-3498 Fax: 3311-3121 E-mail: [email protected] 4.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO LIVRO Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Júlio Ricardo Borges Linhares Telefone(s): 3311-3498 Fax: 3311-3121 E-mail: [email protected]

4.4) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO ESPORTE Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Júlio Ricardo Borges Linhares Telefone(s): 3311-3498 Fax: 3311-3121 E-mail: [email protected] 5) COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE - CMA Número de membros: 17 titulares e 17 suplentes PRESIDENTE: Senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) VICE-PRESIDENTE: Senadora Marisa Serrano (PSDB-MS)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) Renato Casagrande (PSB) 1. Flávio Arns (PT) Sibá Machado (PT) 2. Augusto Botelho (PT) Fátima Cleide (PT) 3. Serys Slhessarenko (PT) César Borges (PR) 4. Inácio Arruda (PC DO B) VAGO (4) 5. Expedito Júnior (PR) Maioria ( PMDB ) Leomar Quintanilha (PMDB) 1. Romero Jucá (PMDB) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 2. Gilvam Borges (PMDB) Valdir Raupp (PMDB) 3. VAGO (3) Valter Pereira (PMDB) 4. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Eliseu Resende (DEM) 1. Adelmir Santana (DEM) Heráclito Fortes (DEM) 2. VAGO (1) VAGO (6) 3. VAGO (5) José Agripino (DEM) 4. Raimundo Colombo (DEM) Cícero Lucena (PSDB) 5. Lúcia Vânia (PSDB) Marisa Serrano (PSDB) 6. Flexa Ribeiro (PSDB) Marconi Perillo (PSDB) 7. Arthur Virgílio (PSDB) PDT Jefferson Peres 1. VAGO Notas: 1. O Senador César Borges deixou o Partido Democratas (DEM) e se filiou ao Partido da República (PR), conforme comunicado de 1º/10/2007. 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 4. Vago, em virtude do afastamento do Senador Euclydes Mello, devido ao retorno do titular, Senador Fernando Collor. 5. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia. 6. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

Secretário(a): José Francisco B. de Carvalho Reuniões: TERÇAS-FEIRAS - 11:30HS - Plenário nº 6 - ALA NILO COELHO Telefone(s): 3311-3935 Fax: 3311-1060 E-mail: [email protected]. 5.1) SUBCOMISSÃO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes

Secretário(a): José Francisco B. de Carvalho Telefone(s): 3311-3935 Fax: 3311-1060 E-mail: [email protected].

5.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE - AQUECIMENTO GLOBAL Finalidade: Estudar as mudanças climáticas em conseqüência do aquecimento global Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Renato Casagrande (PSB-ES) VICE-PRESIDENTE: Senador Marconi Perillo (PSDB-GO) RELATOR: VAGO

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Renato Casagrande (PSB) 1. Flávio Arns (PT) Inácio Arruda (PC DO B) 2. Expedito Júnior (PR) Maioria ( PMDB ) Valter Pereira (PMDB) 1. VAGO (2) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) 1. Adelmir Santana (DEM) Marconi Perillo (PSDB) 2. Marisa Serrano (PSDB) Cícero Lucena (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 2. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF).

Secretário(a): José Francisco B. de Carvalho Telefone(s): 3311-3935 Fax: 3311-1060 E-mail: [email protected]. 5.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA SOBRE O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Cícero Lucena (PSDB-PB) VICE-PRESIDENTE: Senador João Ribeiro (PR-TO)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) João Ribeiro (PR) 1. Inácio Arruda (PC DO B) Serys Slhessarenko (PT) 2. Augusto Botelho (PT) Maioria ( PMDB ) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 1. VAGO (3) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) César Borges (PR) (1) 1. Adelmir Santana (DEM) Cícero Lucena (PSDB) 2. Flexa Ribeiro (PSDB)

Notas: 1. O Senador César Borges deixou o Partido Democratas (DEM) e se filiou ao Partido da República (PR), conforme comunicado de 1º/10/2007. 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF).

Secretário(a): José Francisco B. de Carvalho Telefone(s): 3311-3935 Fax: 3311-1060 E-mail: [email protected]. 6) COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA - CDH Número de membros: 19 titulares e 19 suplentes PRESIDENTE: Senador Paulo Paim (PT-RS) VICE-PRESIDENTE: Senador Cícero Lucena (PSDB-PB)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (8) Flávio Arns (PT) 1. Serys Slhessarenko (PT) Fátima Cleide (PT) 2. Eduardo Suplicy (PT) Paulo Paim (PT) 3. Sibá Machado (PT) Patrícia Saboya (PDT) (5) 4. Ideli Salvatti (PT) Inácio Arruda (PC DO B) 5. Marcelo Crivella (PRB) José Nery (PSOL) (1,2) Maioria ( PMDB ) Leomar Quintanilha (PMDB) 1. Mão Santa (PMDB) Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 2. Romero Jucá (PMDB) Paulo Duque (PMDB) 3. VAGO (9) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 4. Valter Pereira (PMDB) Gilvam Borges (PMDB) 5. Jarbas Vasconcelos (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) César Borges (PR) (4) 1. VAGO Eliseu Resende (DEM) 2. Heráclito Fortes (DEM) Romeu Tuma (PTB) (6) 3. Jayme Campos (DEM) VAGO (10) 4. Maria do Carmo Alves (DEM) Arthur Virgílio (PSDB) 5. Mário Couto (PSDB) Cícero Lucena (PSDB) 6. Lúcia Vânia (PSDB) Magno Malta (PR) (3,7) 7. Papaléo Paes (PSDB) PTB (11) 1. Sérgio Zambiasi PDT Cristovam Buarque 1. VAGO Notas: 1. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao Governo ao PSOL. 2. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao PSOL. 3. Em virtude do retorno do titular, Senador Alvaro Dias. 4. O Senador César Borges deixou o Partido Democratas (DEM) e se filiou ao Partido da República (PR), conforme comunicado de 1º/10/2007. 5. Senadora Patrícia Saboya comunicou filiação partidária em 02.10.2007 (DSF 3.10.2007). 6. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 15.10.2007) 7. Vaga cedida pelo PSDB ao PR. 8. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 9. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia. 10. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro. 11. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Altair Gonçalves Soares Reuniões: TERÇAS-FEIRAS - 12:00HS - Plenário nº 2 - ALA NILO COELHO Telefone(s): 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E-mail: [email protected]

6.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO IDOSO Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) VICE-PRESIDENTE: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Paulo Paim (PT) 1. Flávio Arns (PT) Serys Slhessarenko (PT) 2. Sibá Machado (PT) Maioria ( PMDB ) Leomar Quintanilha (PMDB) 1. Gilvam Borges (PMDB) Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) 2. VAGO Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Maria do Carmo Alves (DEM) 1. VAGO Heráclito Fortes (DEM) 2. VAGO Lúcia Vânia (PSDB) 3. Papaléo Paes (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Altair Gonçalves Soares Telefone(s): 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E-mail: [email protected] 6.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA CRIANÇA, ADOLESCENTE E JUVENTUDE Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Altair Gonçalves Soares Telefone(s): 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E-mail: [email protected]

6.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DO TRABALHO ESCRAVO Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador José Nery (PSOL-PA) VICE-PRESIDENTE: Senador Inácio Arruda (PC DO B-CE)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) Eduardo Suplicy (PT) 1. Flávio Arns (PT) José Nery (PSOL) (1) 2. Patrícia Saboya (PDT) Maioria ( PMDB ) Inácio Arruda (PC DO B) 1. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Maria do Carmo Alves (DEM) 1. VAGO (3) Lúcia Vânia (PSDB) 2. Cícero Lucena (PSDB)

Notas: 1. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao PSOL. 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia.

Secretário(a): Altair Gonçalves Soares Telefone(s): 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E-mail: [email protected]

6.4) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DOS DIREITOS DAS MULHERES Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes

Secretário(a): Altair Gonçalves Soares Telefone(s): 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E-mail: [email protected] 7) COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL - CRE Número de membros: 19 titulares e 19 suplentes PRESIDENTE: Senador Heráclito Fortes (DEM-PI) VICE-PRESIDENTE: Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (4) Eduardo Suplicy (PT) 1. Inácio Arruda (PC DO B) Marcelo Crivella (PRB) 2. Aloizio Mercadante (PT) Antonio Carlos Valadares (PSB) 3. Augusto Botelho (PT) Mozarildo Cavalcanti (PTB) 4. Serys Slhessarenko (PT) João Ribeiro (PR) 5. Fátima Cleide (PT) 6. Francisco Dornelles (PP) Maioria ( PMDB ) Pedro Simon (PMDB) 1. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) Mão Santa (PMDB) 2. Leomar Quintanilha (PMDB) Almeida Lima (PMDB) 3. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) Jarbas Vasconcelos (PMDB) 4. Gilvam Borges (PMDB) Paulo Duque (PMDB) 5. VAGO (5) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Heráclito Fortes (DEM) 1. José Nery (PSOL) (6) Marco Maciel (DEM) 2. César Borges (PR) (2) Maria do Carmo Alves (DEM) 3. Kátia Abreu (DEM) Romeu Tuma (PTB) (3) 4. Rosalba Ciarlini (DEM) Arthur Virgílio (PSDB) 5. Flexa Ribeiro (PSDB) Eduardo Azeredo (PSDB) 6. VAGO (1) João Tenório (PSDB) 7. Sérgio Guerra (PSDB) PTB (7) Fernando Collor 1. VAGO PDT Cristovam Buarque 1. Jefferson Peres Notas: 1. Em virtude do retorno do titular, Senador Alvaro Dias. 2. O Senador César Borges deixou o Partido Democratas (DEM) e se filiou ao Partido da República (PR), conforme comunicado de 1º/10/2007 (DSF 2.10.2007). 3. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 15.10.2007) 4. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 5. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 6. Vaga cedida temporariamente ao PSOL, conforme Ofício nº 10/2008-DEM (DSF 14.02.2008). 7. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): José Alexandre Girão M. da Silva Reuniões: QUINTAS-FEIRAS - 10:00HS - Plenário nº 7 - ALA ALEXANDRE COSTA Telefone(s): 3311-3496 Fax: 3311-3546 E-mail: [email protected] 7.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROTEÇÃO DOS CIDADÃOS BRASILEIROS NO EXTERIOR Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): José Alexandre Girão M. da Silva Telefone(s): 3311-3496 Fax: 3311-3546 E-mail: [email protected]

7.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) VICE-PRESIDENTE: Senador Augusto Botelho (PT-RR)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Augusto Botelho (PT) 1. João Ribeiro (PR) Mozarildo Cavalcanti (PTB) 2. Fátima Cleide (PT) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB) 1. Leomar Quintanilha (PMDB) Pedro Simon (PMDB) 2. Gilvam Borges (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Romeu Tuma (PTB) 1. Marco Maciel (DEM) Flexa Ribeiro (PSDB) 2. Arthur Virgílio (PSDB) PDT Jefferson Peres 1. Cristovam Buarque

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): José Alexandre Girão M. da Silva Telefone(s): 3311-3496 Fax: 3311-3546 E-mail: [email protected] 7.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE ACOMPANHAMENTO DO REGIME INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: VAGO (1) VICE-PRESIDENTE: Senador João Ribeiro (PR-TO)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) VAGO (3) 1. Inácio Arruda (PC DO B) João Ribeiro (PR) 2. Augusto Botelho (PT) Maioria ( PMDB ) Mão Santa (PMDB) 1. Valdir Raupp (PMDB) VAGO 2. Leomar Quintanilha (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Romeu Tuma (PTB) 1. Rosalba Ciarlini (DEM) Eduardo Azeredo (PSDB) 2. Papaléo Paes (PSDB) PDT Cristovam Buarque 1. Jefferson Peres

Notas: 1. Senador Fernando Collor, eleito em 01.03.2007, encontra-se licenciado do exercício do mandato a partir de 29.08.2007, pelo prazo de 121 dias (Requerimento nº 968, de 2007). 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Vago, em virtude do afastamento do Senador Euclydes Mello, devido ao retorno do titular, Senador Fernando Collor.

Secretário(a): José Alexandre Girão M. da Silva Telefone(s): 3311-3496 Fax: 3311-3546 E-mail: [email protected] 7.4) SUBCOMISSÃO PERMANENTE PARA MODERNIZAÇÃO E REAPARELHAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Romeu Tuma (PTB-SP) VICE-PRESIDENTE: Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) VAGO (1) 1. Marcelo Crivella (PRB) Maioria ( PMDB ) Paulo Duque (PMDB) 1. Pedro Simon (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Romeu Tuma (PTB) 1. Marco Maciel (DEM) Eduardo Azeredo (PSDB) 2. Flexa Ribeiro (PSDB) PDT Jefferson Peres 1. VAGO

Notas: 1. O Senador Fernando Collor foi substituído na Comissão de Relações Exteriores, conforme Ofício n.º 146/2007 - GLDBAG, lido em 05/09/2007, pelo Senador Euclydes Mello. 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): José Alexandre Girão M. da Silva Telefone(s): 3311-3496 Fax: 3311-3546 E-mail: [email protected] 8) COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA - CI Número de membros: 23 titulares e 23 suplentes PRESIDENTE: Senador Marconi Perillo (PSDB-GO) VICE-PRESIDENTE: Senador Delcídio Amaral (PT-MS)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) Serys Slhessarenko (PT) 1. Flávio Arns (PT) Delcídio Amaral (PT) 2. Fátima Cleide (PT) Ideli Salvatti (PT) 3. Aloizio Mercadante (PT) Francisco Dornelles (PP) 4. João Ribeiro (PR) Inácio Arruda (PC DO B) 5. Augusto Botelho (PT) Expedito Júnior (PR) 6. Renato Casagrande (PSB) Maioria ( PMDB ) Romero Jucá (PMDB) 1. VAGO (3) Valdir Raupp (PMDB) 2. José Maranhão (PMDB) Leomar Quintanilha (PMDB) 3. Gilvam Borges (PMDB) VAGO (4) 4. Neuto De Conto (PMDB) Valter Pereira (PMDB) 5. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 6. Pedro Simon (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Adelmir Santana (DEM) 1. Demóstenes Torres (DEM) Eliseu Resende (DEM) 2. Marco Maciel (DEM) Jayme Campos (DEM) 3. VAGO (5) Heráclito Fortes (DEM) 4. Rosalba Ciarlini (DEM) Raimundo Colombo (DEM) 5. Romeu Tuma (PTB) (1) João Tenório (PSDB) 6. Cícero Lucena (PSDB) Marconi Perillo (PSDB) 7. Eduardo Azeredo (PSDB) Flexa Ribeiro (PSDB) 8. Mário Couto (PSDB) Sérgio Guerra (PSDB) 9. Tasso Jereissati (PSDB) PTB (6) Gim Argello 1. João Vicente Claudino PDT João Durval 1. VAGO Notas: 1. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 15.10.2007) 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 4. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia. 5. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro. 6. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Dulcídia Ramos Calhao Reuniões: TERÇAS-FEIRAS - 14:00 HS - Plenário nº 13 - ALA ALEXANDRE COSTA Telefone(s): 3311-4607 Fax: 3311-3286 E-mail: [email protected] 8.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE - PLANO DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO Finalidade: Subcomissão Permanente Destinada a Acompanhar a Implementação do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Dulcídia Ramos Calhao Telefone(s): 3311-4607 Fax: 3311-3286 E-mail: [email protected]

8.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO URBANO Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes

Secretário(a): Dulcídia Ramos Calhao Telefone(s): 3311-4607 Fax: 3311-3286 E-mail: [email protected] 9) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO - CDR Número de membros: 17 titulares e 17 suplentes PRESIDENTE: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) VICE-PRESIDENTE: VAGO

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (5) Fátima Cleide (PT) 1. Sibá Machado (PT) Patrícia Saboya (PDT) (4) 2. Expedito Júnior (PR) João Pedro (PT) 3. Inácio Arruda (PC DO B) João Vicente Claudino (PTB) 4. Antonio Carlos Valadares (PSB) 5. José Nery (PSOL) (1,2) Maioria ( PMDB ) José Maranhão (PMDB) 1. Leomar Quintanilha (PMDB) Gim Argello (PTB) (3) 2. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) VAGO (6) 3. Pedro Simon (PMDB) Valter Pereira (PMDB) 4. Valdir Raupp (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM) 1. Adelmir Santana (DEM) VAGO (7) 2. Jayme Campos (DEM) Marco Maciel (DEM) 3. Kátia Abreu (DEM) Rosalba Ciarlini (DEM) 4. Maria do Carmo Alves (DEM) Lúcia Vânia (PSDB) 5. Tasso Jereissati (PSDB) Marisa Serrano (PSDB) 6. Flexa Ribeiro (PSDB) Cícero Lucena (PSDB) 7. João Tenório (PSDB) PTB (8) Mozarildo Cavalcanti 1. PDT Jefferson Peres 1. Osmar Dias Notas: 1. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao Governo ao PSOL. 2. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao PSOL. 3. Vaga cedida ao PTB, nos termos do Ofício nº 361/2007 - GLPMDB. 4. Senadora Patrícia Saboya comunicou filiação partidária em 02.10.2007 (DSF 3.10.2007). 5. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 6. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 7. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro. 8. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Ednaldo Magalhães Siqueira Reuniões: QUARTAS-FEIRAS - 14:00HS - 10) COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA - CRA Número de membros: 17 titulares e 17 suplentes PRESIDENTE: Senador Neuto De Conto (PMDB-SC) VICE-PRESIDENTE: Senador Expedito Júnior (PR-RO)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (3) Sibá Machado (PT) 1. Paulo Paim (PT) Delcídio Amaral (PT) 2. Aloizio Mercadante (PT) Antonio Carlos Valadares (PSB) 3. César Borges (PR) Expedito Júnior (PR) 4. Augusto Botelho (PT) João Pedro (PT) 5. José Nery (PSOL) (1) Maioria ( PMDB ) VAGO (4) 1. Valdir Raupp (PMDB) Leomar Quintanilha (PMDB) 2. Romero Jucá (PMDB) Pedro Simon (PMDB) 3. Valter Pereira (PMDB) Neuto De Conto (PMDB) 4. Mão Santa (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Heráclito Fortes (DEM) 1. VAGO (5) VAGO (2) 2. Eliseu Resende (DEM) VAGO (6) 3. Raimundo Colombo (DEM) Kátia Abreu (DEM) 4. Rosalba Ciarlini (DEM) Cícero Lucena (PSDB) 5. Marconi Perillo (PSDB) Flexa Ribeiro (PSDB) 6. João Tenório (PSDB) Marisa Serrano (PSDB) 7. Sérgio Guerra (PSDB) PDT Osmar Dias 1. João Durval Notas: 1. Vaga cedida pelo Bloco de Apoio ao Governo ao PSOL. 2. O Senador César Borges deixou o Partido Democratas (DEM) e filiou-se ao Partido da República (PR), conforme comunicado de 1º/10/2007 (DSF 2.10.2007). 3. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 4. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF). 5. O Senador Edison Lobão encontra-se afastado do exercício do mandato desde 21/01/2008, para exercer o cargo de Ministro de Minas e Energia. 6. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

Secretário(a): Marcello Varella Reuniões: QUINTAS-FEIRAS - 12:00HS - Telefone(s): 3311-3506 E-mail: [email protected] 10.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS Número de membros: 7 titulares e 7 suplentes PRESIDENTE: Senador João Tenório (PSDB-AL) VICE-PRESIDENTE: Senador Sibá Machado (PT-AC)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Sibá Machado (PT) 1. Paulo Paim (PT) Antonio Carlos Valadares (PSB) 2. João Ribeiro (PR) Maioria ( PMDB ) Valter Pereira (PMDB) 1. Valdir Raupp (PMDB) Neuto De Conto (PMDB) 2. Mão Santa (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) VAGO (2) 1. Raimundo Colombo (DEM) 2. Rosalba Ciarlini (DEM) João Tenório (PSDB) 3. Cícero Lucena (PSDB) Marisa Serrano (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 2. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

Secretário(a): Marcello Varella Telefone(s): 3311-3506 E-mail: [email protected] 11) COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA - CCT Número de membros: 17 titulares e 17 suplentes PRESIDENTE: Senador Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) VICE-PRESIDENTE: Senador Marcelo Crivella (PRB-RJ)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) Marcelo Crivella (PRB) 1. Expedito Júnior (PR) Augusto Botelho (PT) 2. Flávio Arns (PT) Renato Casagrande (PSB) 3. João Ribeiro (PR) Ideli Salvatti (PT) 4. Francisco Dornelles (PP) 5. Fátima Cleide (PT) Maioria ( PMDB ) Valdir Raupp (PMDB) 1. Romero Jucá (PMDB) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB) 2. Gerson Camata (PMDB) Gilvam Borges (PMDB) 3. Mão Santa (PMDB) Valter Pereira (PMDB) 4. Leomar Quintanilha (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM) 1. Eliseu Resende (DEM) Romeu Tuma (PTB) (1) 2. Heráclito Fortes (DEM) Maria do Carmo Alves (DEM) 3. Marco Maciel (DEM) Antonio Carlos Júnior (DEM) 4. Rosalba Ciarlini (DEM) João Tenório (PSDB) 5. Flexa Ribeiro (PSDB) Eduardo Azeredo (PSDB) 6. Marconi Perillo (PSDB) Cícero Lucena (PSDB) 7. Papaléo Paes (PSDB) PTB (3) Sérgio Zambiasi 1. PDT Cristovam Buarque 1. VAGO Notas: 1. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 15.10.2007) 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Nos termos da decisão do Presidente do Senado, publicada no DSF de 14.02.2008.

Secretário(a): Égli Lucena Heusi Moreira Reuniões: QUARTAS-FEIRAS - 08:45HS - Telefone(s): 3311-1120 Fax: 3311-2025 E-mail: [email protected] 11.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes PRESIDENTE: Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) VICE-PRESIDENTE: Senador Renato Casagrande (PSB-ES)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (1) Flávio Arns (PT) 1. Sérgio Zambiasi (PTB) Renato Casagrande (PSB) 2. Expedito Júnior (PR) Maioria ( PMDB ) Valter Pereira (PMDB) 1. Gilvam Borges (PMDB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM) 1. Heráclito Fortes (DEM) Eduardo Azeredo (PSDB) 2. Cícero Lucena (PSDB)

Notas: 1. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07).

Secretário(a): Égli Lucena Heusi Moreira Telefone(s): 3311-1120 Fax: 3311-2025 E-mail: [email protected] 11.2) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA - PÓLOS TECNOLÓGICOS Finalidade: Estudo, acompanhamento e apoio ao desenvolvimento dos Pólos Tecnológicos Número de membros: 5 titulares e 5 suplentes

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) (2) Marcelo Crivella (PRB) 1. Francisco Dornelles (PP) Augusto Botelho (PT) 2. Fátima Cleide (PT) Maioria ( PMDB ) Mão Santa (PMDB) 1. VAGO (3) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Romeu Tuma (PTB) (1) 1. Rosalba Ciarlini (DEM) Cícero Lucena (PSDB) 2. Eduardo Azeredo (PSDB)

Notas: 1. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 12.10.2007) 2. O PTB deixou de integrar o Bloco de Apoio ao Governo, a partir de 22 de novembro de 2007, conforme OF. N. 192/2007/GLPTB/SF (DSF de 28/11/07). 3. Senador Garibaldi Alves Filho foi eleito Presidente do Senado em 12.12.2007 (art. 77, § 1º, RISF).

Secretário(a): Égli Lucena Heusi Moreira Telefone(s): 3311-1120 Fax: 3311-2025 E-mail: [email protected] COMPOSIÇÃO CORREGEDORIA PARLAMENTAR (Resolução nº 17, de 1993)

SENADORES CARGO Senador Romeu Tuma (PTB-SP) (1) CORREGEDOR VAGO 1º CORREGEDOR SUBSTITUTO VAGO 2º CORREGEDOR SUBSTITUTO VAGO 3º CORREGEDOR SUBSTITUTO Atualização: 17/10/2007

Notas:

1. Eleito na Reunião Preparatória da 1ª Sessão Legislativa da 53ª Legislatura, realizada em 1º.2.2007, nos termos da Resolução nº 17, de 17.3.93. O Senador Romeu Tuma, comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 12.10.2007)

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Endereço:Senado Federal - Anexo II - Térreo Telefone(s):3311-5255 Fax:3311-5260 E-mail:[email protected] COMPOSIÇÃO PROCURADORIA PARLAMENTAR (Resolução do Senado Federal nº 40/95)

SENADOR BLOCO / PARTIDO VAGO VAGO VAGO VAGO VAGO Atualização: 23/11/2007

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Endereço:Senado Federal - Anexo II - Térreo Telefone(s):3311-5255 Fax:3311-5260 E-mail:[email protected] COMPOSIÇÃO CONSELHOS e ÓRGÃOS

1) CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Número de membros: 15 titulares e 15 suplentes PRESIDENTE: Senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) (5) VICE-PRESIDENTE: Senador Adelmir Santana (DEM-DF) (3) 1ª Eleição Geral: 19/04/1995 4ª Eleição Geral: 13/03/2003 2ª Eleição Geral: 30/06/1999 5ª Eleição Geral: 23/11/2005 3ª Eleição Geral: 27/06/2001 6ª Eleição Geral: 06/03/2007

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo ( PT, PR, PSB, PC DO B, PRB, PP ) Augusto Botelho (PT-RR) 1. VAGO João Pedro (PT-AM) (6) 2. Fátima Cleide (PT-RO) (4) Renato Casagrande (PSB-ES) 3. Ideli Salvatti (PT-SC) (2) João Vicente Claudino (PTB-PI) (1) 4. VAGO Eduardo Suplicy (PT-SP) 5. VAGO Maioria ( PMDB ) Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) 1. Valdir Raupp (PMDB-RO) Almeida Lima (PMDB-SE) (7) 2. Gerson Camata (PMDB-ES) Gilvam Borges (PMDB-AP) 3. Romero Jucá (PMDB-RR) Leomar Quintanilha (PMDB-TO) 4. José Maranhão (PMDB-PB) Bloco Parlamentar da Minoria ( DEM, PSDB ) Demóstenes Torres (DEM-GO) 1. VAGO (9) Heráclito Fortes (DEM-PI) 2. César Borges (PR-BA) Adelmir Santana (DEM-DF) 3. Maria do Carmo Alves (DEM-SE) Marconi Perillo (PSDB-GO) 4. Arthur Virgílio (PSDB-AM) Marisa Serrano (PSDB-MS) 5. Sérgio Guerra (PSDB-PE) PDT Jefferson Peres (AM) 1. VAGO Corregedor do Senado (Membro nato - art. 25 da Resolução nº 20/93) Romeu Tuma (PTB/SP) (8) Atualização: 17/10/2007 Notas: 1. Eleito na Sessão de 29.5.2007 para a vaga anteriormente ocupada pela Senadora Serys Slhessarenko (PT/MT), que renunciou ao mandato de titular de acordo com o Ofício GSSS nº 346, lido nessa mesma Sessão, Senador Epitácio Cafeteira renunciou ao mandato de titular, conforme Ofício 106/2007-GSECAF, lido na sessão do Senado de 26.09.2007. Senador João Vicente Claudino foi eleito em 16.10.2007 (Ofício nº 158/2007 - GLDBAG) (DSF 18.10.2007). 2. Eleitos na Sessão de 29.5.2007 3. Eleito em 30.5.2007, na 1ª Reunião de 2007 do CEDP 4. Eleita na Sessão de 27.6.2007 5. Eleito em 27.06.2007, na 5ª Reunião de 2007 do CEDP 6. Eleito na Sessão de 16.08.2007. 7. Eleito na sessão de 27.06.2007, em vaga anteriormente ocupada pelo Senador Valter Pereira, que renunciou em 25.6.2007 8. Senador Romeu Tuma comunicou, em 11.10.2007, filiação ao PTB (DSF 15.10.2007) 9. Em virtude do falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Endereço:Senado Federal - Anexo II - Térreo Telefone(s):3311-5255 Fax:3311-5260 E-mail:[email protected] 2) CONSELHO DO DIPLOMA MULHER-CIDADÃ BERTHA LUTZ Número de membros: 12 titulares PRESIDENTE: Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) (1) VICE-PRESIDENTE: Senador Inácio Arruda (PC DO B-CE) (1) 1ª Designação: 03/12/2001 2ª Designação: 26/02/2003 3ª Designação: 03/04/2007

MEMBROS PMDB Roseana Sarney (MA) DEM Maria do Carmo Alves (SE) PSDB Lúcia Vânia (GO) PT Serys Slhessarenko (MT) PTB Sérgio Zambiasi (RS) PR VAGO PDT Cristovam Buarque (DF) PSB Patrícia Saboya (PDT-CE) PC DO B Inácio Arruda (CE) PRB Marcelo Crivella (RJ) PP VAGO PSOL VAGO Atualização: 02/10/2007 Notas: 1. Eleitos em 21.06.2007 SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Endereço:Senado Federal - Anexo II - Térreo

Telefone(s):3311-5255 Fax:3311-5260 E-mail:[email protected] CONSELHO DA ORDEM DO CONGRESSO NACIONAL (Criado pelo Decreto Legislativo nº 70, de 23.11.1972) (Regimento Interno baixado pelo Ato nº 1, de 1973-CN)

COMPOSIÇÃO

Grão-Mestre: Presidente do Senado Federal Chanceler: Presidente da Câmara dos Deputados

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MESA DO SENADO FEDERAL

PRESIDENTE PRESIDENTE Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) 1º VICE-PRESIDENTE 1º VICE-PRESIDENTE Deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG) Senador Tião Viana (PT-AC) 2º VICE-PRESIDENTE 2º VICE-PRESIDENTE Deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) 1º SECRETÁRIO 1º SECRETÁRIO Deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) Senador Efraim Morais (DEM-PB) 2º SECRETÁRIO 2º SECRETÁRIO Deputado Ciro Nogueira (PP-PI) Senador Gerson Camata (PMDB-ES) 3º SECRETÁRIO 3º SECRETÁRIO Deputado Waldemir Moca (PMDB-MS) Senador César Borges (DEM-BA) 4º SECRETÁRIO 4º SECRETÁRIO Deputado José Carlos Machado (DEM-SE) Senador Magno Malta (PR-ES) LÍDER DA MAIORIA LÍDER DA MAIORIA Deputado (PMDB-RN) Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) LÍDER DA MINORIA LÍDER DO BLOCO PARLAMENTAR DA MINORIA Deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) Senador Demóstenes Torres (DEM-GO) PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONSTITUI- PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONSTITUI- ÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA Deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) Senador Marco Maciel (DEM-PE) PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL EXTERIORES E DEFESA NACIONAL Deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) Senador Heráclito Fortes (DEM-PI) (Atualizada em 12.12.2007)

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Ala Senador Dinarte Mariz, sala nº 6 Telefones: 3311-4561 e 3311-5258 [email protected]

CONGRESSO NACIONAL CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (13 titulares e 13 suplentes)

(Criado pela Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1991) (Regimento Interno aprovado nos termos do Ato da Mesa nº 1, de 2004) Presidente: Arnaldo Niskier Vice-Presidente: João Monteiro de Barros Filho1

LEI Nº 8.389/91, ART. 4º TITULARES SUPLENTES

Representante das empresas de rádio PAULO MACHADO DE CARVALHO EMANUEL SOARES CARNEIRO2 (inciso I) NETO2

Representante das empresas de televisão ANTÔNIO DE PÁDUA TELES DE GILBERTO CARLOS LEIFERT (inciso II) CARVALHO2

Representante de empresas da imprensa PAULO R. TONET CAMARGO SIDNEI BASILE2 escrita (inciso III)

Engenheiro com notórios conhecimentos na FERNANDO BITTENCOURT2 ROBERTO DIAS LIMA FRANCO área de comunicação social (inciso IV)

Representante da categoria profissional CELSO AUGUSTO SCHRÖDER3 (VAGO) dos jornalistas (inciso V)

Representante da categoria profissional EURÍPEDES CORRÊA CONCEIÇÃO MÁRCIO LEAL dos radialistas (inciso VI)

Representante da categoria profissional BERENICE ISABEL MENDES BEZERRA2 STEPAN NERCESSIAN2 dos artistas (inciso VII)

Representante das categorias profissionais GERALDO PEREIRA DOS SANTOS2 ANTÔNIO FERREIRA DE SOUSA FILHO2 de cinema e vídeo (inciso VIII)

Representante da sociedade civil (inciso DOM ORANI JOÃO TEMPESTA SEGISNANDO FERREIRA ALENCAR IX)

Representante da sociedade civil (inciso ARNALDO NISKIER GABRIEL PRIOLLI NETO IX)

Representante da sociedade civil (inciso IX) LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO PHELIPPE DAOU

Representante da sociedade civil (inciso IX) ROBERTO WAGNER MONTEIRO2 FLÁVIO DE CASTRO MARTINEZ2

Representante da sociedade civil (inciso IX) JOÃO MONTEIRO DE BARROS FILHO PAULO MARINHO

1ª Eleição Geral: Sessão do Congresso Nacional de 5.6.2002 2ª Eleição Geral: Sessão do Congresso Nacional de 22.12.2004

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Telefones: (61) 3311-4561 e 3311-5258 [email protected] - www.senado.gov.br/ccs

1 Eleito na 2ª Reunião de 2006 do CCS, em 3.4.2006, em substituição ao Conselheiro Luiz Flávio Borges D’Urso. 2 Reeleitos na sessão do Congresso Nacional de 22.12.2004. 3 Eleito como suplente na Sessão do Congresso Nacional de 22.12.2004. Foi convocado como titular na 6ª Reunião de 2006 do CCS, realizada em 7.8.2006, em função do falecimento, em 30.5.2006, do Conselheiro Daniel Koslowsky Herz. CONGRESSO NACIONAL CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (Criado pela Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1991) (Regimento Interno aprovado nos termos do Ato da Mesa nº 1, de 2004) COMISSÕES DE TRABALHO

01 – COMISSÃO DE REGIONALIZAÇÃO E QUALIDADE DA PROGRAMAÇÃO E DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA4 § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Gilberto Carlos Leifert (Representante das empresas de televisão) § Paulo R. Tonet Camargo (Representante das empresas da imprensa escrita) § Fernando Bittencourt (Engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social) § Celso Augusto Schröder (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Eurípedes Corrêa Conceição (Representante da categoria profissional dos radialistas) § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da categoria profissional dos artistas) § Geraldo Pereira dos Santos (Representante das categorias profissionais de cinema e vídeo) § Dom Orani João Tempesta (Representante da sociedade civil) § Roberto Wagner Monteiro (Representante da sociedade civil) § João Monteiro de Barros Filho (Representante da sociedade civil)

02 – COMISSÃO DE TECNOLOGIA DIGITAL § Fernando Bittencourt (Eng. com notórios conhec. na área de comunicação social) - Coordenador § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Paulo R. Tonet Camargo (Representante de empresas da imprensa escrita) § Celso Augusto Schröder (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Eurípedes Corrêa Conceição (Representante da categoria profissional dos radialistas) § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da categoria profissional dos artistas) § Geraldo Pereira dos Santos (Representante das categorias profissionais de cinema e vídeo) § Luiz Flávio Borges D’Urso (Representante da sociedade civil) § Roberto Wagner Monteiro (Representante da sociedade civil)

03 – COMISSÃO DE TV POR ASSINATURA § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da cat. profissional dos artistas) - Coordenadora § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Gilberto Carlos Leifert (Representante das empresas de televisão) § Paulo R. Tonet Camargo (Representante de empresas da imprensa escrita) § Celso Augusto Schröder (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Roberto Wagner Monteiro (Representante da sociedade civil) § João Monteiro de Barros Filho (Representante da sociedade civil)

04 – COMISSÃO DE MARCO REGULATÓRIO § Roberto Wagner Monteiro (Representante da sociedade civil) – Coordenador § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Paulo R. Tonet Camargo (Representante de empresas da imprensa escrita) § Fernando Bittencourt (Engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social) § Celso Augusto Schröder (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Eurípedes Corrêa Conceição (Representante da categoria profissional dos radialistas) § Gilberto Carlos Leifert (Representante das empresas de televisão) 5

05 – COMISSÃO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO § Gilberto Carlos Leifert (Representante das empresas de televisão) – Coordenador § Paulo Machado de Carvalho (Representante das empresas de rádio) § Paulo R. Tonet Camargo (Representante de empresas da imprensa escrita) § Celso Augusto Schröder (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Geraldo Pereira dos Santos (Representante das categorias profissionais de cinema e vídeo) § Dom Orani João Tempesta (Representante da sociedade civil) § Roberto Wagner Monteiro (Representante da sociedade civil)

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Telefones: (61) 3311-4561 e 3311-5258

4 Constituída na 11ª Reunião do CCS, de 5.12.2005, como união da Comissão de Regionalização e Qualidade da Programação com a Comissão de Radiodifusão Comunitária. Todos os membros de cada uma das duas comissões originais foram considerados membros da nova comissão. Aguardando escolha do coordenador (art. 31, § 5º, do Regimento Interno do CCS). 5 Passou a fazer parte desta Comissão na Reunião Plenária de 5.6.2006. REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO PARLAMENTO DO MERCOSUL

COMPOSIÇÃO

18 Titulares (9 Senadores e 9 Deputados) e 18 Suplentes (9 Senadores e 9 Deputados)

Designação: 27/04/2007

Presidente: Senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC)² Vice-Presidente: Deputado George Hilton (PP-MG)² Vice-Presidente: Deputado Claudio Diaz (PSDB-RS)² SENADORES TITULARES SUPLENTES Maioria (PMDB) PEDRO SIMON (PMDB/RS) 1. NEUTO DE CONTO (PMDB/SC) GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB/AC) 2. VALDIR RAUPP (PMDB/RO) DEM EFRAIM MORAIS (DEM/PB) 1. ADELMIR SANTANA (DEM/DF) ROMEU TUMA (DEM/SP) 2. RAIMUNDO COLOMBO (DEM/SC) PSDB MARISA SERRANO (PSDB/MS) 1. EDUARDO AZEREDO (PSDB/MG) PT ALOIZIO MERCADANTE (PT/SP) 1. FLÁVIO ARNS (PT/PR) PTB SÉRGIO ZAMBIASI (PTB/RS) 1. FERNANDO COLLOR³ (PTB/AL) PDT CRISTOVAM BUARQUE (PDT/DF) 1. JEFFERSON PÉRES (PDT/AM) PCdoB INÁCIO ARRUDA (PCdoB/CE) 1. DEPUTADOS TITULARES SUPLENTES PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB CEZAR SCHIRMER (PMDB/RS) 1. ÍRIS DE ARAÚJO (PMDB/GO) DR. ROSINHA (PT/PR) 2. NILSON MOURÃO (PT/AC) GEORGE HILTON (PP/MG) 3. RENATO MOLLING (PP/RS) MAX ROSENMANN (PMDB/PR) 4. VALDIR COLATTO (PMDB/SC) PSDB/DEM/PPS CLAUDIO DIAZ (PSDB/RS) 1. FERNANDO CORUJA (PPS/SC) GERALDO RESENDE (PPS/MS) 2. MATTEO CHIARELLI4 (DEM/RS) GERMANO BONOW (DEM/RS) 3. (vago)i PSB/PDT/PCdoB/PMN/PAN BETO ALBUQUERQUE (PSB/RS) 1. VIEIRA DA CUNHA (PDT/RS) PV JOSÉ PAULO TÓFFANO (PV/SP) 1. DR. NECHAR (PV/SP) (Atualizada em 2.10.2007)

Secretaria: Câmara dos Deputados - Anexo II - Sala T/28 – 70160-900 Brasília – DF / Brasil Fones: (55) 61 3216-6871 / 6878 Fax: (55) 61 3216-6880 e-mail: [email protected] www.camara.gov.br/mercosul

1 Vago em virtude do falecimento do Deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), ocorrido em 17.07.2007. ² Eleito em 14.8.2007, para o biênio 2007/2008. ³ Encontra-se licenciado do exercício do mandato a partir de 29 de agosto, pelo prazo de 121 dias conforme Requerimento nº 968, de 2007, publicado no DSF de 29.8.2007. 4 Em substituição ao Deputado Gervásio Silva, conforme Ofício nº 331-L-DEM/07, de 2.10.2007, do Líder do Democratas, Deputado Onyx Lorenzoni. À publicação em 2.10.2007. CONGRESSO NACIONAL COMISSÃO MISTA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA (Art. 6º da Lei nº 9.883, de 1999)

COMPOSIÇÃO

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

LÍDER DA MAIORIA LÍDER DA MAIORIA

HENRIQUE EDUARDO ALVES VALDIR RAUPP PMDB-RN PMDB-RO

LÍDER DA MINORIA LÍDER DO BLOCO PARLAMENTAR DA MINORIA

ZENALDO COUTINHO DEMOSTENES TORRES PSDB-PA DEM-GO

PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL EXTERIORES E DEFESA NACIONAL VIEIRA DA CUNHA HERÁCLITO FORTES PDT-RS PFL-PI (Atualizada em 1º.10.2007)

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Ala Senador Dinarte Mariz, sala nº 6 Telefones: 3311-4561 e 3311- 5258 [email protected] www.senado.gov.br/ccai PODER LEGISLATIVO SENADO FEDERAL SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL PREÇO DE ASSINATURA

SEMESTRAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 58,00 Porte do Correio R$ 488,40 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 546,40

ANUAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 116,00 Porte do Correio R$ 976,80 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 1.092,80

NÚMEROS AVULSOS

Valor do Número Avulso R$ 0,50 Porte Avulso R$ 3,70

ORDEM BANCÁRIA

UG – 020055 GESTÃO – 00001

Os pedidos deverão ser acompanhados de Nota de empenho, a favor do FUNSEEP ou fotocópia da Guia de Recolhimento da União-GRU, que poderá ser retirada no SITE: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru–simples.asp Código de Recolhimento apropriado e o número de referência: 20815-9 e 00002 e o código da Unidade Favorecida – UG/GESTÃO: 020055/00001 preenchida e quitada no valor correspondente à quantidade de assinaturas pretendidas e enviar a esta Secretaria.

OBS: NÃO SERÁ ACEITO CHEQUE VIA CARTA PARA EFETIVAR ASSINATURA DOS DCN’S.

Maiores informações pelo telefone (0XX–61) 3311-3803, FAX: 3311-1053, Serviço de Administração Econômica Financeira/Controle de Assinaturas, falar com, Mourão ou Solange. Contato internet: 3311-4107

SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES PRAÇA DOS TRÊS PODERES, AV. N/2, S/Nº – BRASÍLIA–DF CNPJ: 00.530.279/0005–49 CEP 70 165–900 SENADO FEDERAL Secretaria Especial de Editoração e Publicações Subsecretaria de Edições Técnicas

Código de Proteção e Defesa do Consumidor

Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e legislação correlata. Contém índice temáti- co remissivo.

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