REPÚBLICAFEDERATIVADOBRASIL

DIÁRIODOSENADOFEDERAL

ANO LIX – Nº 024 – SEXTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2004 – BRASÍLIA - DF MESA Presidente 3º Secretário José Sarney – PMDB – AP Heráclito Fortes – PFL – PI 1º Vice-Presidente 4º Secretário Paulo Paim – BLOCO – PT – RS Sérgio Zambiasi – BLOCO – PTB – RS 2º Vice-Presidente Eduardo Siqueira Campos – PSDB – TO Suplentes de Secretário 1º Secretário 1º João Alberto Souza – PMDB – MA Romeu Tuma – PFL – SP 2º Serys Slhessarenko – BLOCO – PT – MT 2º Secretário 3º Geraldo Mesquita Júnior– BLOCO – PSB – AC Alberto Silva – PMDB – PI 4º – BLOCO – PL – RJ

LIDERANÇAS LIDERANÇA DO BLOCO DE APOIO AO Vice-Líderes Vice-Líderes GOVERNO E DA MINORIA - 22 Hélio Costa Antero Paes de Barros (PT -13, PSB - 3, PTB – 3, PL 3) Sérgio Cabral Lúcia Vânia Luiz Otávio Leonel Pavan LÍDER Ney Suassuna Álvaro Dias Ideli Salvatti - PT Garibaldi Alves Filho Romero Jucá LIDERANÇA DO PDT - 5 Vice-Líderes Papaléo Paes LÍDER

Roberto Saturnino PT LIDERANÇA DO BLOCO Jefferson Péres PDT Ana Júlia Carepa PT PARLAMENTAR DA MINORIA – 28 Flávio Arns PT PFL 17, PSDB - 11 Vice-Líder Almeida Lima LÍDER - PL - 3 LÍDER Magno Malta Efraim Morais PFL LIDERANÇA DO PPS – 2

Vice-Líder Vice-Líderes LÍDER Tasso Jereissati PSDB Mozarildo Cavalcanti PPS Aelton Freitas César Borges – PFL Eduardo Azeredo – PSDB LIDERANÇA DO GOVERNO LÍDER PSB - 3 Rodolfo Tourinho – PFL

João Capiberibe LÍDER - PFL LÍDER José Agripino Vice-Líder PSB –PT Geraldo Mesquita Junior Vice-Líderes Vice-Líderes Paulo Octávio LÍDER PTB - 3 Demóstenes Torres Fernando Bezerra – PTB Fernando Bezera César Borges Patrícia Sabóya Gomes – PPS Rodolpho Tourinho Hélio Costa – PMDB José Borges Marcelo Crivella – PL LIDERANÇA DO PMDB - 23 João Ribeiro Ney Suassuna – PMDB Ideli Salvati - PT LÍDER LíDER - PSDB Arthur Virgílio PSDB-AM EXPEDIENTE Agaciel da Silva Maia Raimundo Carreiro Silva Diretor-Geral do Senado Federal Secretário-Geral da Mesa do Senado Federal Júlio Werner Pedrosa Ronald Cavalcante Gonçalves Diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações Diretor da Subsecretaria de Ata José Farias Maranhão Denise Ortega de Baere Diretor da Subsecretaria Industrial Diretora da Subsecretaria de Taquigrafia

Impresso sob a responsabilidade da Presidência do Senado Federal. (Art. 48, nº 31, RISF) Atualizado em 17 02.2004 ELABORADO PELA SUBSECRETARIA DE ATA DO SENADO FEDERAL

SENADO FEDERAL

SUMÁRIO

1 – ATA DA 4ª SESSÃO NÃO mento nº 1.558, de 2003, do Senador Arthur Vir- DELIBERATIVA, EM 19 DE FEVEREIRO DE gílio...... 04865 2004 1.2.4 – Comunicações da Presidência 1.1 – ABERTURA Término do prazo, ontem, sem apresenta- 1.2 – EXPEDIENTE ção de recurso, no sentido da apreciação pelo 1.2.1 – Informação do Ministério das Re- Plenário do Projeto de Lei do Senado nº 236, de lações Exteriores 2002, de autoria do Senador Benício Sampaio, Fac Símile nº 807/2004, de 13 do corrente, que considera despesas operacionais os gastos comunicando acordo firmado com o Senador realizados por empresas em ações de prevenção Marcelo Crivella, autor do Requerimento nº de doenças cardiovasculares, rejeitado pela Co- 1.153, de 2003, sobre prorrogação do prazo de missão de Assuntos Econômicos. Ao Arquivo...... 04865 entrega da resposta para a segunda quinzena de Término do prazo, ontem, sem apresenta- março próximo...... 04865 ção de recurso, no sentido da apreciação pelo 1.2.2 – Avisos do Ministro de Estado da Plenário do Projeto de Lei do Senado nº 371, de Justiça 2003, de autoria do Senador Aelton Freitas, que denomina “Chico Xavier” o trecho da rodovia Nº 554/2004, de 12 do corrente, encami- BR-050, entre a divisa dos Estados de São Paulo nhando as informações em resposta ao Requeri- e Minas Gerais e a divisa dos municípios de mento nº 1.084, de 2003, dos Senadores Arthur Uberaba com Uberlândia, em Minas Gerais, Virgílio, Gilberto Mestrinho e Jefferson Péres...... 04865 aprovado pela Comissão de Educação. À Câma- Nº 555/2004, de 12 do corrente, encami- ra dos Deputados...... 04865 nhando as informações em resposta ao Requeri- Recebimento do Recurso nº 3, de 2004, in- mento nº 1.163, de 2003, do Senador Arthur Vir- terposto no prazo regimental no sentido de que gílio...... 04865 seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei do Nº 556/2004, de 12 do corrente, encami- Senado nº 74, de 2003, de autoria do Senador nhando as informações em resposta ao Requeri- Paulo Octávio, que dispõe sobre a instalação de mento nº 1.576, de 2003, do Senador Augusto presídios federais de segurança máxima, nas Botelho...... 04865 condições em que especifica...... 04866 Nº 558/2004, de 13 do corrente, encami- Abertura do prazo de cinco dias úteis para nhando informações parciais em resposta ao Re- recebimento de emendas ao Projeto de Lei do querimento nº 1.094, de 2003, do Senador Arthur Senado nº 74, de 2003, cujo recurso foi recebido Virgílio...... 04865 anteriormente...... 04866 1.2.3 – Ofícios do Ministro de Estado do 1.2.5 – Projetos recebidos da Câmara Planejamento, Orçamento e Gestão dos Deputados Nº 23/2004, de 12 do corrente, encami- Projeto de Decreto Legislativo nº 319, de nhando as informações em resposta ao Requeri- 2004 (nº 2.780/2002, na Câmara dos Deputados), mento nº 1.097, de 2003, do Senador Arthur Vir- que aprova o ato que autoriza a Fundação Ma- gílio...... 04865 ternidade Antenor Freitas Abreu a executar servi- Nº 24/2004, de 13 do corrente, encami- ço de radiodifusão comunitária na cidade de Pal- nhando as informações em resposta ao Requeri- meirândia, Estado do Maranhão...... 04866 mento nº 932, de 2003, do Senador Arthur Virgí- Projeto de Decreto Legislativo nº 320, de lio...... 04865 2004 (nº 2.785/2002, na Câmara dos Deputados), Nº 25/2004, de 13 do corrente, encami- que aprova o ato que autoriza a Associação dos nhando as informações em resposta ao Requeri- Amigos Comunicadores de Ourém a executar 04862 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Projeto de Decreto Legislativo nº 329, de Ourém, Estado do Pará...... 04869 2004 (nº 2.956/2003, na Câmara dos Deputados), Projeto de Decreto Legislativo nº 321, de que aprova o ato que outorga permissão à 2004 (nº 2.803/2002, na Câmara dos Deputados), Empresa de Radiodifusão FM Tuiuiu Ltda. para que aprova o ato que autoriza a Fundação Jorna- explorar serviço de radiodifusão sonora em fre- lista Rivanildo Oliveira Mangueira – FJROM a qüência modulada na cidade de Dois Irmãos do executar serviço de radiodifusão comunitária na Buriti, Estado de Mato Grosso do Sul...... 04902 cidade de Santana de Mangueira, Estado da Pa- Projeto de Decreto Legislativo nº 330, de raíba...... 04873 2004 (nº 2.958/2003, na Câmara dos Deputados), que aprova o ato que renova a concessão da TV Projeto de Decreto Legislativo nº 322, de Serra Dourada Ltda. para explorar serviço de ra- 2004 (nº 2.817/2002, na Câmara dos Deputados), diodifusão de sons e imagens na cidade de Goiâ- que aprova o ato que autoriza a Associação dos nia, Estado de Goiás...... 04909 Moradores de Santa Maria do Cambucá a execu- tar serviço de radiodifusão comunitária na cidade Projeto de Decreto Legislativo nº 331, de de Santa Maria do Cambucá, Estado de Pernam- 2004 (nº 2.962/2003, na Câmara dos Deputados), buco...... 04876 que aprova o ato que renova a concessão da Rá- dio Club de Nova Aurora Ltda. para explorar ser- Projeto de Decreto Legislativo nº 323, de viço de radiodifusão sonora em onda média na 2004 (nº 2.818/2002, na Câmara dos Deputados), cidade de Nova Aurora, Estado do Paraná...... 04915 que aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária de Mogeiro – ARCM a Projeto de Decreto Legislativo nº 332, de executar serviço de radiodifusão comunitária na 2004 (nº 3.028/2003, na Câmara dos Deputados), cidade de Mogeiro, Estado da Paraíba...... 04879 que aprova o ato que autoriza a Associação Be- neficente Centro de Cultura, Esporte e Assistên- Projeto de Decreto Legislativo nº 324, de cia Social – ABCC a executar serviço de radiodi- 2004 (nº 121/2003, na Câmara dos Deputados), fusão comunitária na cidade de Belo Horizonte, que aprova o ato que outorga concessão à Fun- Estado de Minas Gerais...... 04924 dação Cesumar para executar serviço de radiodi- Projeto de Decreto Legislativo nº 333, de fusão de sons e imagens na cidade de Maringá, 2004 (nº 3.032/2003, na Câmara dos Deputados), Estado do Paraná...... 04883 que aprova o ato que autoriza a Associação Cul- Projeto de Decreto Legislativo nº 325, de tural Comunitária Franciscana de Codó – Mara- 2004 (nº 225/2003, na Câmara dos Deputados), nhão a executar serviço de radiodifusão comuni- que aprova o ato que autoriza a Associação Co- tária na cidade de Codó, Estado do Maranhão. .... 04927 munitária Cultural e Educacional Mandacaru – Projeto de Decreto Legislativo nº 334, de ACCEM a executar serviço de radiodifusão co- 2004 (nº 3.034/2003, na Câmara dos Deputados), munitária na cidade de Maringá, Estado do Para- que aprova o ato que autoriza a Associação de ná...... 04885 Moradores do Bairro Centro de Acorizal a execu- Projeto de Decreto Legislativo nº 326, de tar serviço de radiodifusão comunitária na cidade 2004 (nº 626/2003, na Câmara dos Deputados), de Acorizal, Estado de Mato Grosso...... 04931 que aprova o ato que outorga concessão à Fun- Projeto de Decreto Legislativo nº 335, de dação Guilherme Müller para executar serviço de 2004 (nº 3.041/2003, na Câmara dos Deputados), radiodifusão de sons e imagens na cidade de Ba- que aprova o ato que autoriza a Associação Co- rueri, Estado de São Paulo...... 04889 munitária de Tarabai a executar serviço de radio- Projeto de Decreto Legislativo nº 327, de difusão comunitária na cidade de Tarabai, Esta- 2004 (nº 2.913/2003, na Câmara dos Deputados), do de São Paulo...... 04935 que aprova o ato que outorga concessão à Rádio Projeto de Decreto Legislativo nº 336, de Felicidade FM Ltda. para explorar serviço de ra- 2004 (nº 3.045/2003, na Câmara dos Deputados), diodifusão sonora em onda média na cidade de que aprova o ato que autoriza a Associação de Cabrobó, Estado de Pernambuco...... 04891 Assistência Comunitária de Coração de Jesus a Projeto de Decreto Legislativo nº 328, de executar serviço de radiodifusão comunitária na 2004 (nº 2.946/2003, na Câmara dos Deputados), cidade de Coração de Jesus, Estado de Minas que aprova o ato que autoriza a Associação Co- Gerais...... 04938 munitária de Desenvolvimento Ecológico e Cultu- Projeto de Decreto Legislativo nº 337, de ral de Dois Vizinhos – PR a executar serviço de 2004 (nº 3.046/2003, na Câmara dos Deputados), radiodifusão comunitária na cidade de Dois Vizi- que aprova o ato que autoriza a Associação de nhos, Estado do Paraná...... 04898 Comunicação, Cultura e Desporto do Município Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04863 de Dom Expedito Lopes do Piauí (ACCDDEL) a lamenta sobre a pequena poupança interna bra- executar serviço de radiodifusão comunitária na sileira...... 04952 cidade de Dom Expedito Lopes, Estado do Piauí. 04941 SENADOR PAULO PAIM – Valorização do 1.2.6 – Comunicações da Presidência salário mínimo. Importância da VARIG para o Fixação do prazo de quarenta e cinco dias Brasil. Instalação da Comissão Especial para dis- para tramitação dos Projetos de Decreto Legisla- cussão da “PEC paralela” à reforma da Previdên- tivo nºs 319 a 337, de 2004, lidos anteriormente, cia, na Câmara dos Deputados...... 04955 e abertura do prazo de cinco dias úteis para re- SENADOR ALVARO DIAS – Reflexão so- cebimento de emendas, perante a Comissão de bre os fatos envolvendo o ex-Subchefe de Educação, que apreciará as matérias em caráter Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presi- terminativo...... 04945 dência da República, Sr. Waldomiro Diniz...... 04958 Recebimento do Aviso nº 349/2004, do Tri- SENADOR EFRAIM MORAIS, como Líder bunal de Contas da União, encaminhando ao – Encaminha requerimento de voto de louvor ao Congresso Nacional Relatório das Atividades da- jornal Folha de S.Paulo. Analisa artigos jorna- quele Tribunal, referente ao 4º trimestre do exer- lísticos sobre o caso Waldomiro Diniz, defen- cício de 2003...... 04945 dendo a instalação de uma CPI para investigar 1.2.7 – Ofícios o caso...... 04962 Nº 127/2004, de 13 de fevereiro de 2004, 1.2.9 – Leitura de requerimento da Liderança do PP na Câmara dos Deputados, Nº 183, de 2004, de autoria dos Senadores de substituição de membros na Comissão Mista Efraim Morais e Arthur Virgílio, solicitando voto destinada a apreciar a Medida Provisória nº 165, de louvor pelo transcurso do 83º aniversário de de 2004...... 04945 fundação do jornal Folha de S.Paulo...... 04995 Nº 37/2004, de 18 de fevereiro de 2004, da 1.2.10 – Discursos do Expediente (conti- Liderança do PMDB no Senado Federal, de nuação) substituição de membros na Comissão Mista destinada a apreciar a Medida Provisória nº 165, SENADOR EDUARDO SUPLICY – Relata de 2004...... 04945 reunião ocorrida ontem na Comissão de Rela- ções Exteriores, oportunidade em que os embai- 1.2.8 – Discursos do Expediente xadores responsáveis pelas negociações junto à SENADOR VALDIR RAUPP – Posiciona- Alca explanaram sobre a política empreendida mento contrário ao aumento da carga tributária pelo governo federal junto àquela entidade de li- para as tarifas públicas. Precariedade das rodo- vre comércio. Defesa do Ministro José Dirceu no vias que ligam o Estado de Rondônia com outras caso “Waldomiro Diniz”...... 04995 regiões do Brasil...... 04946 SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO, como Lí- SENADOR HERÁCLITO FORTES – Críti- der – Necessidade de apuração do caso Waldo- cas à postura do governador do Piauí, Sr. Wel- miro Dizin, por meio da realização de uma CPI. ... 04996 lington Dias, no episódio da demissão do presi- SENADOR MÃO SANTA – Necessidade de dente da Codevasf, Francisco Guedes...... 04948 políticas para o fomento de empregos no país. .... 05003 SENADOR MARCO MACIEL – Saudações 1.2.11 – Ofício do Primeiro-Secretário da à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – Câmara dos Deputados CNBB, pela Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é “Água como Fonte da Vida”...... 04949 Nº 285/2004, de 17 do corrente, encami- nhando Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei SENADOR EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS do Senado nº 115, de 2002 (nº 7.134/2002, na- – Sugestões sobre a criação de um fundo prove- quela Casa), que institui o Sistema Nacional de niente do aumento de alíquota sobre lucros dos Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; pres- bancos e sobre a taxação de produtos de padrão creve medidas para prevenção do uso indevido, de consumo mais elevado, como cigarros, bebi- atenção e reinserção social de usuários e depen- das, importados e viagens ao exterior...... 04949 dentes de drogas; estabelece normas para re- SENADOR JOSÉ JORGE, como Líder – pressão à produção não autorizada e ao tráfico Protestos contra a manutenção da taxa de juros ilícito de drogas; define crimes e dá outras provi- pelo Conselho de Política Monetária – Copom. .... 04951 dências. Tendo em vista que a mencionada Co- SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO – missão foi extinta após haver concluído seus tra- Comentários sobre o artigo de autoria do econo- balhos, a Presidência despacha a proposição às mista Edward Amadeo, ex-ministro do Trabalho Comissões de Assuntos Sociais e de Constitui- no governo de Fernando Henrique Cardoso, que ção, Justiça e Cidadania...... 05005 04864 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 1.2.12 – Discursos encaminhados à pu- 1.3 – ENCERRAMENTO blicação SENADO FEDERAL SENADOR MOZARILDO CAVALCANTE – Encaminhamento de projeto de lei propondo que 2 – COMPOSIÇÃO DO SENADO as demarcações de terras indígenas pela Funai FEDERAL – 52ª LEGISLATURA passe pelo crivo do Conselho de Defesa Nacional. 05037 3 – COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES SENADOR ROMERO JUCÁ – Louva a atu- PERMANENTES ação do Ministério da Saúde no primeiro ano de 4 – CONSELHO DE ÉTICA E DECORO governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva... 05038 PARLAMENTAR SENADOR VALMIR AMARAL – Comemo- 5 – CORREGEDORIA PARLAMENTAR ração, hoje, do Dia do Esportista...... 05039 6 – PROCURADORIA PARLAMENTAR SENADOR EDUARDO AZEREDO –Re- 7 – CONSELHO DO DIPLOMA gistro dos artigos “O governo do PT foge da CPI” e “Queimando pela borda”, dos jornalistas Vil- MULHER-CIDADÃ BERTHA LUTZ las-Bôas Corrêa e Milton Temer, respectivamente. 05040 CONGRESSO NACIONAL SENADOR LEONEL PAVAN – Comentári- 8 – CONSELHO DA ORDEM DO os a matérias veiculadas na imprensa, no último CONGRESSO NACIONAL fim de semana, envolvendo um ex-assessor dire- to do Planalto em caso de corrupção para finan- 9 – CONSELHO DE COMUNICAÇÃO ciamento de campanhas eleitorais...... 05043 SOCIAL SENADOR EDISON LOBÃO – Críticas à 10 – COMISSÃO PARLAMENTAR política de comércio exterior dos Estados Unidos. 05058 CONJUNTA DO MERCOSUL (Representação SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO – Críticas Brasileira) à política do governo federal no tocante à regula- 11 – COMISSÃO MISTA DE CONTROLE mentação dos bingos...... 05059 DAS ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA (CCAI) Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04865 Ata da 4ª Sessão Não Deliberativa, em 19 de fevereiro de 2004

2ª Sessão Legislativa Ordinária da 52ª Legislatura

Presidência dos Srs. Paulo Paim, Mão Santa e Luiz Otávio

(Inicia-se a sessão às 14 horas e 30 OFÍCIOS minutos.) Do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Havendo Nº 23/2004, de 12 do corrente, encaminhando número regimental, declaro aberta a sessão. as informações em resposta ao Requerimento nº Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos 1.097, de 2003, do Senador Arthur Virgílio. trabalhos. Nº 24/2004, de 13 do corrente, encaminhando Sobre a mesa, expedientes que serão lidos pela as informações em resposta ao Requerimento nº 932, Srª 1ª Secretária em exercício, Senadora Serys de 2003, do Senador Arthur Virgílio. Slhessarenko. Nº 25/2004, de 13 do corrente, encaminhando São lidos os seguintes: as informações em resposta ao Requerimento nº 1.558, de 2003, do Senador Arthur Virgílio. EXPEDIENTES O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – As infor- INFORMAÇÃO mações foram encaminhadas em cópia aos reque- Do Ministério das Relações Exteriores rentes. Fac Símile nº 807/2004, de 13 do corrente, Os Requerimentos de nºs 1.094 e 1.153, de comunicando acordo firmado com o Senador Mar- 2003, ficarão na Secretaria-Geral da Mesa aguardan- celo Crivella, autor do Requerimento nº 1.153, de do as informações complementares. 2003, sobre prorrogação do prazo de entrega da Os demais requerimentos vão ao Arquivo resposta para a segunda quinzena de março próxi- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – A Presi- mo. dência comunica ao Plenário que se esgotou ontem o prazo previsto no art. 91, § 3º, do Regimento Inter- AVISOS no, sem que tenha sido interposto recurso, no senti- Do Ministro de Estado da Justiça do da apreciação, pelo Plenário, das seguintes ma- Nº 554/2004, de 12 do corrente, encaminhando térias: as informações em resposta ao Requerimento nº – Projeto de Lei do Senado nº 236, de 2002, 1.084, de 2003, dos Senadores Arthur Virgílio, Gilber- de autoria do Senador Benício Sampaio, que consi- to Mestrinho e Jefferson Péres. dera despesas operacionais os gastos realizados por empresas em ações de prevenção de doenças cardi- Nº 555/2004, de 12 do corrente, encaminhando ovasculares; e as informações em resposta ao Requerimento nº – Projeto de Lei do Senado nº 371, de 2003, 1.163, de 2003, do Senador Arthur Virgílio. de autoria do Senador Aelton Freitas, que denomina Nº 556/2004, de 12 do corrente, encaminhando “Chico Xavier” o trecho da rodovia BR-050, entre a di- as informações em resposta ao Requerimento nº visa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais e a di- 1.576, de 2003, do Senador Augusto Botelho. visa dos Municípios de Uberaba com Uberlândia, em Nº 558/2004, de 13 do corrente, encaminhando Minas Gerais. informações parciais em resposta ao Requerimento Tendo sido apreciados terminativamente pelas nº 1.094, de 2003, do Senador Arthur Virgílio. Comissões de Assuntos Econômicos e de Educação, 04866 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 respectivamente, o Projeto de Lei nº 236, de 2002, re- MENSAGEM Nº 417, DE 2002 jeitado, vai ao Arquivo; e o de nº 371, de 2003, apro- Senhores Membros do Congresso Nacional, vado, vai à Câmara dos Deputados. Nos termos do art. 49. inciso XII, combinado O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – A Presi- com o § 3º do art. 223. da Constituição Federal, sub- dência comunica ao Plenário que recebeu o Recurso meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- nº 3, de 2004, interposto no prazo regimental no sen- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro tido de que seja submetido ao Plenário o Projeto de de Estado das Comunicações, autorizações para Lei do Senado nº 74, de 2003, de autoria do Senador executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Paulo Octávio, que dispõe sobre a instalação de pre- clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, sídios federais de segurança máxima, nas condições conforme os seguintes atos e entidades: em que especifica. 1 – Portaria nº 788, de 14 de dezembro de 2001 A matéria ficará perante a Mesa durante cinco – Associação de Moradores do Bairro Pacu, na cida- dias úteis para recebimento de emendas, de acordo de de Tiradentes – MG; com o disposto no art. 235, II, c, do Regimento Interno. 2 – Portaria nº 17, de 11 de janeiro de 2002 – Associação em Serviço, Sócio-Cultural de Comunica- É o seguinte o recurso recebido: ção e de Desenvolvimento Comunitário de Marizópo- lis, na cidade de Marizópolis – PB; RECURSO Nº 3, DE 2004 3 – Portaria nº 47, de 17 de janeiro de 2002 – Nos termos do art. 91, do Regimento Interno, Fundação Maternidade Antenor Freitas Abreu, na ci- solicitamos que o PLS nº 74, de 2003 seja submetido dade de Palmeirândia – MA ao Plenário do Senado Federal. 4 – Portaria nº 57, de 17 de janeiro de 2002 – Sala das Sessões, de outubro de 2003. – Paulo Associação da Rádio Comunitária de Sertanópolis, Octávio – José Jorge – Tasso Jereissati – Rodolp- na cidade de Sertanópolis – PR; ho Tourinho – Almeida Lima – Leonel Pavan – Au- 5 – Portaria nº 112, de 31 de janeiro de 2002 – gusto Botelho – Arthur Virgílio – José Agripino. Associação Comunitária Cultural Amigos de São Luiz Gonzaga, na cidade de São Luiz Gonzaga – RS; O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Sobre a 6 – Portaria nº 153, de 19 de fevereiro de 2002 mesa, projetos recebidos da Câmara dos Deputados Associação Comunitária Arco-Íris, na cidade de Ibira- que serão lidos pela Srª 1ª Secretária em exercício, ci – MG; Senadora Serys Slhessarenko. 7 – Portaria nº 208, de 25 de fevereiro de 2002 – Associação Beneficente de Desenvolvimento Cultural São lidos os seguintes: em Coaraci, na cidade de Coaraci – BA e PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 8 – Portaria nº 229, de 25 de fevereiro de 2002 – Nº 319, DE 2004 Movimento Teatral “Ziriguidum Art Circus”, na cidade (nº 2.780/2002, na Câmara dos Deputados) de Pesqueira – PE. Brasília, 28 de maio de 2002. – Fernando Hen- Aprova o ato que autoriza a Funda- rique Cardoso, Presidente. ção Maternidade Antenor Freitas Abreu a MC nº 211 EM executar serviço de radiodifusão comuni- tária na cidade de Palmeirândia, Estado Brasília, 28 de fevereiro de 2002 do Maranhão. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, O Congresso Nacional decreta: Encaminho a Vossa Excelência Portaria de outor- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- ga de autorização respectiva documentação para que a taria nº 47, de 17 de janeiro de 2002, que autoriza a entidade Fundação Maternidade Antenor Freitas Abreu, Fundação Maternidade Antenor Freitas Abreu a exe- “na cidade de Palmeirândia; Estado do Maranhão, ex- cutar, por dez anos, sem direito de exclusividade, ser- plore o serviço de radiodifusão comunitária, em confor- viço de radiodifusão comunitária na cidade de Palme- midade com o caput do art. 223. da ConstituiçãoeaLei irândia, Estado do Maranhão. nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor 2. Referida entidade requereu ao Ministério das na data de sua publicação. Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04867 cuja documentação inclui manifestação de apoio da co- ses a contar da data de publicação do ato de delibera- munidade, numa demonstração de receptividade da fi- ção. losofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação sua publicação. da cultura geral das localidades postulantes. Pimenta da Veiga, Ministro de Estado das Co- 3. Como se depreende da importância da inicia- municações. tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações RELATÓRIO Nº 13/2002-DOSR/SSR/MC permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Referência: Processo nº 53.720.000.266/99, de educacional, social e cultural mas, também, servem 5-4-99. de elo à integração de informações benéficas em to- Objeto: Requerimento de outorga de autorização dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- cionais. munitária. 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Interessado: Fundação Maternidade Antenor Frei- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, tas Abreu, localidade de Palmeirândia, Estado do o que se conclui da documentação de origem, con- Maranhão. substanciada nos autos do Processo Administrativo I – Introdução nº 53720.000266/99, que ora faço acompanhar, com 1. Fundação Maternidade Antenor Freitas a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. Abreu, inscrita no CGC sob o número 5. Em conformidade com os preceitos educacio- 12.100.707/0001-59, no Estado do Maranhão, com nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- sede na Rua Eurico Gaspar Dutra, s/nº, Cidade de sente processo, passará a produzir efeitos legais so- Palmeirândia, MA, dirigiu-se ao Senhor Ministro de mente após deliberação do Congresso Nacional, a Estado das Comunicações, por meio de requerimento teor do § 3º, do art. 223. da Constituição Federal. datado de 25 de janeiro de 1999, subscrito por repre- Respeitosamente, – Pimenta da Veiga, Minis- sentante legal, demonstrando interesse na explora- tro de Estado das Comunicações. ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária, na loca- lidade que indica. PORTARIA Nº 47, DE 17 DE JANEIRO DE 2002 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada O Ministro de Estado das Comunicações, no como requerente, baseou o seu pleito nos termos do uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 9 de setembro de 1999, Seção 3, que contempla o lo- 1998, e tendo em vista o que consta do Processo gradouro onde pretende instalar o seu transmissor, Administrativo nº 53720.000266/99, resolve: assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. Art. 1º Autorizar a Fundação Maternidade Ante- 3. A requerente, por final, solicita “a designação rior Freitas Abreu, com sede na Rua Eurico Gaspar de canal para a prestação do serviço, nos termos do Dutra, s/n – Centro, na cidade de Palmeirândia, Esta- art. 12. do Regulamento do Serviço de Radiodifusão do do Maranhão, a executar serviço de radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a docu- exclusividade. mentação constante dos presentes autos. Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº II – Relatório 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, seus regulamentos e normas complementares. • atos constitutivos da entidade/documentos Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o acessórios sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- 4. O Departamento de Outorga de Serviços de gráficas com latitude em 2°38’38”S e longitude em Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- 44°53’36”W, utilizando a freqüência de 106,3 MHz. rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais do pleito formulado pela requerente, consubstancia- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos do na Petição de folha 1, bem como a documenta- do § 3º do art. 223. da Constituição, devendo a entida- ção apresentada, relatando toda a instrução do pre- de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- sente processo administrativo, em conformidade 04868 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 com a legislação, especialmente a lei nº 9.612, de 2°39’00”S de latitude e 44°55’00”W de longitude, 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifu- consoante aos dados constantes do Aviso publicado são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, no DOU, de 9-9-1999, Seção 3. de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra 5. A requerente, como mencionado na introdu- que, as coordenadas geográficas indicadas devem ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o ser mantidas, pelo que se depreende da memória do serviço, faz indicação da localidade onde pretende documento de folhas 83 a 86, denominado de “Rotei- instalar seus equipamentos transmissores, comple- ro de Análise Técnica de RadCom”. Posteriormente a mentando com o endereço da respectiva estação e requerente indicou as reais coordenadas que foram coordenadas geográficas, além de pedir a designa- aceitas e analisadas por Engenheiro responsável. ção de canal para a prestação do serviço, atendendo 11. O mesmo documento trata de outros dados, os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº conforme se segue: 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- – informações sobre geração de coor- ma 2/98), está contida nos autos,correspondendo ao denadas geográficas, instruções sobre coor- seguinte: denadas coincidentes com os levantamen- tos do IBGE; – Estatuto Social; – compatibilização de distanciamento – ata de constituição e eleição de diri- do canal; gentes; – situação da estação em faixa de – declarações e comprovantes relati- fronteira, endereço proposto para instalação vos a responsabilidades e obrigações de di- da antena; rigentes, enquanto vinculados à entidade, – planta de arruamento, endereços da face aos ditames legais pertinentes; sede e do sistema irradiante; – manifestações de apoio da comuni- – outros dados e conclusão. dade; – plantas de arruamento, com indica- 12. Seguiram-se diligências para alteração es- ção do local de instalação do sistema irradi- tatutária e apresentação elencada no subitem 6.7, ante, e respectivas coordenadas geográfi- incisos I, IIeXdaNorma 2/98. Diante do não cum- cas; primento destas exigências o processo foi arquiva- – informações complementares de diri- do, no entanto, face ao pedido de reconsideração gentes da entidade, como declaração de re- da decisão e, considerando que esta é a única inte- sidência e declaração de fiel cumprimento ressada na localidade, o mesmo foi acatado. Segui- às normas, recolhimento da taxa de cadas- ram-se diligências para apresentação do subitem tro e cópias de documentos pessoais. 6,7 inciso I, II e VIII bem como do subitem 6.11, (Projeto Técnico), da Norma 2/98. (fls. 94 a 173) 7. Toda a documentação mencionada está 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o contida no intervalo de folhas 1 a 191 dos autos. “Formulário de Informações Técnicas”, fls. 169 e 170, 8. Analisados os documentos apresentados ini- firmado pelo engenheiro responsável, onde estão re- cialmente e após o cumprimento de exigências, este sumidas as seguintes informações: Departamento constatou conformidade legal e nor- mativa, pelo que passa a examinar as informações – identificação da entidade; técnicas de relevância. – os endereços da sede administrativa III – Relatório e de localização do transmissor, sistema ir- radiante e estúdio; • informações técnicas – características técnicas dos equipa- 9. Preliminarmente, a requerente indicou em mentos (transmissor) e acessórios (antena e sua petição que os equipamentos seriam instalados cabo coaxial), com indicação da potência em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, efetiva irradiada e intensidade de campo no com centro localizado na Av. Padre José Vaglia, limite da área de serviço; s/nº, Centro, Cidade de Palmeirândia, Estado do – diagramas de irradiação do sistema Maranhão, de coordenadas geográficas em irradiante e características elétricas. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04869 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de De acordo. Instalação da Estação, constatando-se conformida- A consideração do Senhor Diretor do Departa- de com a Norma 2/98, em especial as exigências mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. inscritas em seu item 6.11, folhas 175 e 176. Brasília, 9 de janeiro de 2002. – Hamilton de 15. É o relatório. Magalhães Mesquita, Coordenador Geral. De acordo. IV – Conclusão/Opinamento A consideração do Senhor Secretário de Servi- 16. O Departamento de Outorga de Serviços de ços de Radiodifusão. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos Brasília, 9 de janeiro de 2002. – Antonio Carlos de habilitação de interessados na exploração do ser- Tardeli, Diretor do Departamento de Outorga de Ser- viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução viços de Radiodifusão. dos presentes autos, após detido exame do rol de do- cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- (À Comissão de Educação – decisão ção atinente. terminativa.) 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO atende os requisitos legais e normativos ao seu pleito, Nº 320, DE 2004 seguindo-se informações básicas sobre a entidade: (Nº 2.785/2002, na Câmara dos Deputados) – nome Fundação Maternidade Antenor Freitas Abreu Aprova o ato que autoriza a Associ- – quadro diretivo ação Dos Amigos Comunicadores de Ou- rém a executar serviço de radiodifusão Presidente: Maria do Perpétuo Socorro Trinta Abreu comunitária na cidade de Ourém, Estado Vice-Presidente: Manoel de Jesus Botelho do Pará. 1º Secretária: Maria Cristina Ribeiro de Sousa 2º Secretário: Marinaldo Costa O Congresso Nacional decreta: Tesoureiro: Sônia Luzia Pinheiro Trinta Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- – localização do transmissor, sistema irradiante taria nº 569, de 16 de abril de 2002, que autoriza a e estúdio Associação dos Amigos Comunicadores de Ourém a Av. Pedro José Vaglia, s/nº, Centro, (Rua Eurico executar, por dez anos, sem direito de exclusividade, Gaspar Dutra, s/nº), Cidade de Palmeirândia, Estado serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ou- do Maranhão. rém, Estado do Pará. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor – coordenadas geográficas na data de sua publicação. 2°38’38”S de latitude e 44°53’36”W de longitude, correspondentes aos cálculos efetuados no “Formulá- MENSAGEM Nº 455, DE 2002 rio de Informações Técnicas”, fls. 169 e 170, que se re- Senhores Membros do Congresso Nacional, fere à localização da estação e “Roteiro de Análise de Instalação da Estação de RADCOM”, fls. 175 e 176; Nos termos do art. 49. inciso XII, combinado com o § 3º do art. 223. da Constituição Federal, sub- 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- mento do pedido formulado pela Fundação Materni- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro dade Antenor Freitas Abreu, no sentido de conce- de Estado das Comunicações, autorizações para der-lhe a Outorga de Autorização para a exploração executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- do serviço de radiodifusão comunitária, na localida- clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, de pretendida, dentro das condições circunscritas conforme os seguintes atos e entidades: no Processo Administrativo nº 53.720.000.266/99, 1 – Portaria nº 559, de 16 de abril de 2002 – Fun- de 5 de abril de 1999. dação da Integração Cultural Vianense, na cidade de Brasília, 9 de janeiro de 2002. – Érica Alves Viana – MA; Dias, Relator da conclusão Jurídica. 2 – Portaria nº 561, de 16 de abril de 2002 – Neide Aparecida da Silva, Relator da conclu- Associação Comunitária de Esporte e Lazer dos Mo- são Técnica. radores de Caatiba, na cidade de Caatiba – BA; 04870 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 3 – Portaria nº 564, de 16 de abril de 2002 – da comunidade, numa demonstração de receptivida- Associação O Bom Pastor de Amparo Social, na cida- de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- de de Presidente Bernardes – SP; são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a 4 – Portaria nº 569, de 16 de abril de 2002 – sedimentação da cultura geral das localidades postu- Associação dos Amigos Comunicadores de Ourém, lantes. na cidade de Ourém – PA; 3. Como se depreende da importância da inicia- 5 – Portaria n° 572, de 16 de abril de 2002 – tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Associação Comunitária Pocranense de Radiodifu- permitem que as entidades trabalhem em conjunto são, na cidade de Pocrane – MG; com a comunidade, auxiliando não só no processo 6 – Portaria nº 574, de 16 de abril de 2002 – educacional, social e cultural mas, também, servem Associação Cultural Comunitária Grupo Amigos, na de elo à integração de informações benéficas em to- cidade de Salto – SP; dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- 7 – Portaria nº 576, de 16 de abril de 2002 – cionais. Associação Comunitária Dourado, na cidade de Dou- 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises rado – SP; técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- 8 – Portaria nº 578, de 16 de abril de 2002 – do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, Associação Médica Educacional de Lavras da Man- o que se conclui da documentação de origem, con- gabeira – AMEL, na cidade de Lavras da Mangabeira substanciada nos autos do Processo Administrativo – CE; nº 53720.000605/99, que ora faço acompanhar, com 9 – Portaria nº 599, de 16 de abril de 2002 – a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. Associação e Movimento Comunitário Rádio Macha- 5. Em conformidade com os preceitos educacio- dos FM, na cidade de Machados – PE; nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- 10 – Portaria nº 600, de 22 de abril de 2002 – sente processo, passará a produzir efeitos Legais so- Associação Comunitária de Itapecerica da Serra – mente após deliberação do Congresso Nacional, a ACIS, na cidade de Itapecerica da Serra – SP; teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. 11 – Portaria nº 602, de 22 de abril de 2002 – Associação Rádio Comunitária Estância Velha – Respeitosamente, – Juarez Quadros Do Nas- AERCOM FM, na cidade de Estância Velha – RS; cimento, Ministro de Estado das Comunicações. 12 – Portaria nº 603, de 22 de abril de 2002 – PORTARIA Nº 569, DE 16 DE ABRIL DE 2002 Centro Pró-Melhoramentos do Morro do Castro, na ci- dade de São Gonçalo – RJ; e O Ministro de Estado das Comunicações, no 13 – Portaria nº 604, de 22 de abril de 2002 – uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Centro de Desenvolvimento Comunitário de Mungu- artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de ba, na cidade de Almeirim – PA; 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Brasília, 11 de junho de 2002. – Fernando Hen- Administrativo nº 53720.000605/99, resolve: rique Cardoso, Presidente. Art. 1º Autorizar a Associação dos Amigos Co- municadores de Ourém, com sede na Rua Hermene- MC nº 660 EM gildo Alves, s/nº, na cidade de Ourém, Estado do Pará, a executar serviço de radiodifusão comunitária, Brasília, 29 de abril de 2002 pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, torga de autorização e respectiva documentação seus regulamentos e normas complementares. para que a entidade Associação dos Amigos Comuni- Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o cadores de Ourém cidade de Ourém Estado do Pará, sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- explore o serviço de radiodifusão comunitária, em gráficas com latitude em 1º32’36”S e longitude em conformidade com o caput do art. 223, da Constitui- 47º7’2”W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. ção e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais 2. A referida entidade requereu ao Ministério após deliberação do Congresso Nacional, nos termos das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entida- ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04871 ses a contar da data de publicação do ato de delibera- 5. A requerente, como mencionado na introdu- ção. ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o Art. 5º Esta portaria entra em vigor na data de serviço, faz indicação da localidade onde pretende sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. instalar seus equipamentos transmissores, comple- mentando com o endereço da respectiva estação e RELATÓRIO Nº /2002-DOSR/SSR/MC coordenadas geográficas, além de pedir a designa- Referência: Processo nº 53.720.000.605/99 de 10 ção de canal para a prestação do serviço, atendendo de setembro de 1999. os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº Objeto: Requerimento de outorga de autorização 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- munitária. ma nº 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao seguinte: Interessado: Associação dos Amigos Comunicado- res de Ourém, na localidade de Ourém – PA. – Estatuto Social; I – Introdução – ata de constituição e eleição de diri- 1. Associação dos Amigos Comunicadores de gentes; Ourém, inscrito no CNPJ sob o número declarações e comprovantes relativos 03.376.129/0001-97, no Estado do Pará, com sede na a responsabilidades e obrigações de diri- Rua Hermenegildo Alves, s/nº, Centro, Cidade de Ou- gentes, enquanto vinculados à entidade, rém, PA, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das face aos ditames legais pertinentes; Comunicações, por meio de requerimento datado de 4 – manifestações de apoio da comuni- de julho de 1999, subscrito por representante legal, de- dade; monstrando interesse na exploração do Serviço de – plantas de arruamento, com indica- Radiodifusão Comunitária, na localidade que indica. ção do local de instalação do sistema irradi- 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada ante, e respectivas coordenadas geográficas; como requerente, baseou o seu pleito nos termos do – informações complementares de diri- Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de gentes da entidade, como declaração de re- 9 de abril de 2001, Seção 3, que contempla Logra- sidência e declaração de fiel cumprimento douro onda pretende instalar o seu transmissor, as- às normas, recolhimento da taxa de cadas- sim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. tro e cópias de documentos pessoais. 3. A requerente, por final, solicita “a designação de canal para a prestação do serviço, nos termos do 7. Toda a documentação mencionada está artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- contida no intervalo de folhas 1 a 242, dos autos. são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 8. Analisados os documentos apresentados ini- 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a cialmente e após o cumprimento de exigências, este documentação constante dos presentes autos. Departamento constatou conformidade legal e nor- II – Relatório mativa, pelo que passa a examinar as informações técnicas de relevância. • atos constitutivos da entidade/documentos acessórios III – Relatório 4. O Departamento de Outorga de Serviços de • informações técnicas Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame 9. Preliminarmente, a requerente indicou em do pleito formulado pela requerente, consubstancia- sua petição que os equipamentos seriam instalados do na Petição de folha 1, bem como a documenta- em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, ção apresentada, relatando toda a instrução do pre- com centro localizado na Travessa 7 de Setembro, sente processo administrativo, em conformidade 100, Morro da Capelinha, Cidade de Ourém, Estado com a legislação, especialmente a Lei nº 9.612, de do Pará, de coordenadas geográficas em 1º32’ 36” S 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifu- de latitude e 47° 7’ 2” W de longitude, consoante os são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, dados constantes no aviso no DOU de 9-4-2001, Se- de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. ção 03. 04872 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- que, as coordenadas geográficas indicadas devem ção atinente. ser mantidas, pelo que se depreenda da memória do 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu documento de folhas 160, denominado de “Roteiro de Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, Análise Técnica de RadCom”. atende os requisitos legais e normativos ao seu pleito, 11. O mesmo documento trata de outros dados, seguindo-se informações básicas sobre a entidade: conforme se segue: – nome – Informações sobre geração de coor- Associação dos Amigos Comunicadores de Ou- denadas geográficas,instruções sobre le- rém vantamentos do IBGE; – quadro diretivo – compatibilização de distanciamento Presidente: Arlindo de Jesus da Silva Matos do canal; Vice-Presidente: Paulo Roberto de Oliveira Silva – situação da estação em faixa de 1º Secretário: Celso Luiz Pereira Lima fronteira, endereço proposto para instalação 2º Secretário: Wilva Maria do Perpétuo S. da C. Sousa da antena; 1º Tesoureiro: João Batista Damasceno Santos – planta de arruamento, endereços da 2º Tesoureiro: Esther Maria da Cunha Freitas sede e do sistema irradiante; – localização do transmissor, sistema irradiante – outros dados e conclusão. e estúdio 12. Seguiram-se diligências para alteração e Travessa 7 de Setembro, 100, Morro da Capeli- apresentação do subitem 6,7,I e II, subitem 6.11, nha, Cidade de Ourém, Estado do Pará. (Projeto Técnico), da Norma 2/98, (fls. 163 e 222). – coordenadas geográficas 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o 1º 32’ 36” S de latitude e 47º 7’ 2” W de longitude, “Formulário de Informações Técnicas”, fls. 170, firma- correspondentes aos dados constantes no “Formulário do pelo engenheiro responsável, onde estão resumi- de Informações Técnicas”, fls. 170, e “Roteiro de Análi- das as seguintes informações: se de Instalação da Estação de RADCOM”, fls. 219 e 220, que se refere à localização da estação. – identificação da entidade; – os endereços da sede administrativa 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- e de localização do transmissor, sistema ir- mento do pedido formulado pela Associação dos radiante e estúdio; Amigos Comunicadores de Ourém, no sentido de – características técnicas dos equipa- conceder-lhe a Outorga de Autorização para a ex- mentos (transmissor) e acessórios (antena e ploração do serviço de radiodifusão comunitária, na cabo coaxial), com indicação da potência localidade pretendida, dentro das condições circuns- efetiva irradiada e intensidade de campo no critas no Processo Administrativo nº limite da área de serviço; 53.720.000.605/99, de 10 de setembro de 1999. – diagramas de irradiação do sistema Brasília, 19 de março de 2002. – Érica Alves irradiante e características elétricas. Dias, Relator da conclusão Jurídica. – Neide Apare- cida da Silva, Relator da conclusão Técnica. 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de De acordo. Instalação da Estação, constatando-se conformida- de com a Norma 2/98, em especial as exigências À consideração do Senhor Diretor do Departa- inscritas em seu tem 6.11, folhas 219 e 220. mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. 15. É o relatório. Brasilia, de de 2002. – Nilton Geraldo Lemes de Lemos, Coordenador Geral. IV – Conclusão/Opinamento De acordo. 16. O Departamento de Outorga de Serviços de À consideração do Senhor Secretário de Servi- Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos ços de Radiodifusão. de habilitação de interessados na exploração do ser- Brasília, 21de Maio de 2002. – Hamilton de Ma- viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução galhães Mesquita, Diretor do Departamento de ou- dos presentes autos, após detido exame do rol de do- torga de Serviços de Radiodifusão. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04873 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Oliveira Mangueira – FJROM, na cidade de Santana Nº 321, DE 2004 de Mangueira, Estado da Paraíba, explore o serviço (Nº 2.803/2002, na Câmara dos Deputados) de radiodifusão comunitária, em conformidade com o caput do art. 223 da Constituição e a Lei nº 9.612, de Aprova o ato que autoriza a Funda- 19 de fevereiro de 1998. ção Jornalista Rivanildo Oliveira Man- 2. A referida entidade requereu ao Ministério gueira – FJROM, a executar serviço de das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- radiodifusão comunitária na cidade de ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio Santana de Mangueira, Estado da Paraí- da comunidade, numa demonstração de receptivida- ba. de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- O Congresso Nacional decreta: são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- sedimentação da cultura geral das localidades postu- lantes. taria nº 851, de 24 de maio de 2002, que autoriza a Fundação Jornalista Rivanildo Oliveira Mangueira – 3. Como se depreende da importância da inicia- FJROM, a executar, por dez anos, sem direito de ex- tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações permitem que as entidades trabalhem em conjunto clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na com a comunidade, auxiliando não só no processo cidade de Santana de Mangueira, Estado da Paraíba. educacional, social e cultural mas, também, servem Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor de elo à integração de informações benéficas em to- na data de sua publicação. dos os segmentos e a todos esses núcleos populacio- MENSAGEM Nº 642, DE 2002 nais. 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Senhores Membros do Congresso Nacional, técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, como§3ºdoart. 223 da Constituição Federal, sub- o que se conclui da documentação de origem, con- meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- substanciada nos autos do Processo Administrativo nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro nº 53730.000364/99, que ora faço acompanhar, com de Estado das Comunicações, autorizações para a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- 5. Em conformidade com os preceitos educacio- clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- conforme os seguintes atos e entidades: sente processo, passará a produzir efeitos legais so- 1 – Portaria n° 835, de 24 de maio de 2002 – mente após deliberação do Congresso Nacional, a Associação Cultural Comunitária Kobu – FM, na cida- teor do § 3º do art. 223 da Constituição Federal. de de Gouveia – MG; Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- 2 – Portaria n° 851, de 24 de maio de 2002 – cimento. Fundação Jornalista Rivanildo Oliveira Mangueira – FJROM, na cidade de Santana de Mangueira – PB; e PORTARIA Nº 851, DE 24 DE MAIO DE 2002 3 – Portaria n° 852, de 24 de maio de 2002 – O Ministro de Estado das Comunicações, no Associação de Comunicação Comunitária do Jardim uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Cristina – Campinas – ACCJC, na cidade de Campi- artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de nas – SP. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Brasília, 18 de julho de 2002. – Fernando Hen- Administrativo nº 53730.000364/99, resolve: rique Cardoso. Art. 1º Autorizar a Fundação Jornalista Rivanil- do Oliveira Mangueira – FJROM, com sede na Rua MC nº 856 EM José Quintino de Magalhães, s/nº – Centro, na cidade Brasília, 20 de junho de 2002 de Santana de Mangueira, Estado da Paraíba, a exe- cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo Excelentíssimo Senhor Presidente da República, de três anos, sem direito de exclusividade. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº torga de autorização e respectiva documentação 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, para que a entidade Fundação Jornalista Rivanildo seus regulamentos e normas complementares. 04874 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- pleito formulado pela requerente, consubstanciado gráficas com latitude em 07º32’18” S e longitude em na Petição de folha 01, bem como a documentação 38º19’56” W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. apresentada, relatando toda a instrução do presente Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais processo administrativo, em conformidade com a le- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, 3-3-1998 e a contar da data de publicação do ato de deliberação. Norma nº 2/98, de 6-8-1998. Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de 5. A requerente, como mencionado na introdu- sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. ção (item 1) ao demonstrar interesse em explorar o serviço, faz indicação da localidade onde pretende RELATÓRIO Nº 281/2002-DOSR/SSR/MC instalar seus equipamentos transmissores, comple- Referência: Processo nº 53730000364/99, de mentando com o endereço da respectiva estação e 31-8-99. coordenadas geográficas, além de pedir a designa- ção de canal para a prestação do serviço, atendendo Objeto: Requerimento de outorga de autorização os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. munitária 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- Interessado: Fundação Jornalista Rivanildo Oliveira ma nº 2/98), está contida nos autos, correspondendo Mangueira – FJROM, localidade de Santana de ao seguinte: Mangueira, Estado da Paraíba. – Estatuto Social; I – Introdução – ata de constituição e eleição de diri- 1. A Fundação Jornalista Rivanildo Oliveira gentes; Mangueira – FJROM, inscrita no CGC/MF ou CNPJ – declarações e comprovantes relati- sob o número 03.355.277/0001-25, no Estado da Pa- vos a responsabilidades e obrigações de di- raíba, com sede na Rua José Quintino de Magalhães rigentes, enquanto vinculados à entidade, s/nº, Centro, cidade de Santana de Mangueira, diri- em face dos ditames legais pertinentes; giu-se ao Senhor Ministro de Estado das Comunica- – manifestações de apoio da comuni- ções, por meio de requerimento datado de 26 de dade; agosto de 1999, subscrito por representante legal, – plantas de arruamento, com indicação demonstrando interesse na exploração do Serviço de do local de instalação do sistema irradiante, e Radiodifusão Comunitária, na localidade que indica. respectivas coordenadas geográficas; 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada – informações complementares de diri- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do gentes da entidade, como declaração de re- Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU, de sidência e declaração de fiel cumprimento 9 de setembro de 1999, Seção 3, que contempla loca- às normas, recolhimento da taxa de cadas- lidade onde pretende instalar o seu transmissor, as- tro e cópias de documentos pessoais. sim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. 3. A requerente, por final, solicita “a designação 7. Toda a documentação mencionada está de canal para a prestação do serviço, nos termos do contida no intervalo de folhas 5 a 236, dos autos. artigo 12 do Regulamento do Serviço de Radiodifu- 8. Analisados os documentos apresentados ini- são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de cialmente e após o cumprimento de exigências, este 3 de junho de 1998”, apresentando ao Ministério a do- Departamento constatou conformidade legal e nor- cumentação constante dos presentes autos. mativa, pelo que passa a examinar as informações técnicas de relevância. II – Relatório III – Relatório • atos constitutivos da entidade/documentos acessórios • informações técnicas 4. O Departamento de Outorga de Serviços de 9. Preliminarmente, a requerente indicou em Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- sua petição que os equipamentos seriam instalados Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04875 em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com a Norma nº 2/98, em especial as exigências com centro localizado na Rua José Quintino de Maga- inscritas em seu item 6.11. Folhas 237 e 238. lhães s/nº, na cidade de Santana de Mangueira, Esta- 15. É o relatório. do da Paraíba, de coordenadas geográficas em 7º32’18”S de latitude e 38º19’56”W de longitude, con- IV – Conclusão/Opinamento soante aos dados constantes do Aviso publicado no 16. O Departamento de Outorga de Serviços de DOU, de 9-9-1999, Seção 3. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra de habilitação de interessados na exploração do ser- que as coordenadas geográficas indicadas deveriam viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução ser mantidas, pelo que se depreende da memória do dos presentes autos, após detido exame do rol de do- documento de folhas 210, denominado de “Roteiro de cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- Análise Técnica de RadCom”. ção atinente. 11. O mesmo documento trata de outros dados, 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu conforme se segue: Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- – informações sobre geração de coor- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- denadas geográficas, instruções sobre coor- de: denadas coincidentes com os levantamen- tos do IBGE; – nome – compatibilização de distanciamento Fundação Jornalista Rivanildo Oliveira Manguei- do canal; ra – FJROM; – situação da estação em faixa de – quadro diretivo fronteira, endereço proposto para instalação Presidente: Espedito de Oliveira Mangueira da antena; Vice-Presidente: Antonio Barbosa de Souza – planta de arruamento, endereços da Secretária: Marivalda Ferreira Lima sede e do sistema irradiante; 2º Secretário: Antonio Alves Mangueira – outros dados e conclusão. Tesoureiro: José Aureni Mangueira 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- 2º Tesoureiro: Antonio Xavier da Silva ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- Dir. de Patrimônio: Marquecion Ferreira Lima so II da Norma nº 2/98, encaminhamento do cartão Dir. de Com. Social: Francisco Umberto Pereira do CNPJ e declaração do endereço da sede. Enca- Vice Dir. Com. Social: Roberto R. F. de Sousa minhamento do Projeto Técnico com posterior ade- Dir. de Operações: José Laurentino Neto quação do mesmo à Norma nº 2/98. (fls. 213 a 236). Vice Dir. de Operações: Damião Valencio Gouveia 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o Dir. Cultural: Marcos Fabiano O Mangueira “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 235, fir- Vice-Dir. Cultural: Maria da Penha P. Mangueira mado pelo engenheiro responsável, onde estão resu- midas as seguintes informações: – localização do transmissor, sistema irradiante e estúdio – identificação da entidade; Rua José Quintino de Magalhães s/nº – Centro, – os endereços da sede administrativa cidade de Santana de Mangueira, Estado da Paraíba; e de localização,do transmissor, sistema ir- – coordenadas geográficas radiante e estúdio; 7º32’18” de latitude e 38º19’56” de longitude, – características técnicas dos equipa- correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de mentos (transmissor) e acessórios (antena e Análise de Instalação da Estação” – fls. 237 e 238, cabo coaxial), com indicação da potência bem como “Formulário de Informações Técnicas” – efetiva irradiada e intensidade de campo no fls. 235 e que se referem à localização da estação. limite da área de serviço; – diagramas de irradiação do sistema 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- irradiante e características elétricas. mento do pedido formulado pela Fundação Jornalis- ta Rivanildo Oliveira Mangueira – FJROM, no senti- 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- do de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a lação da estação, constatando-se conformidade exploração do serviço de radiodifusão comunitária, 04876 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 na localidade pretendida, dentro das condições cir- 2 – Portaria nº 1.167, de 3 de julho de 2002 – cunscritas no Processo Administrativo nº Associação do Bairro Santo Antônio, na cidade de 53730000364/99, de 31 de agosto de 1999. Santa Cruz da Vitória – BA; Brasília, 6 de maio de 2002. 3 – Portaria nº 1.170, de 3 de julho de 2002 – Alexandra Luciana Costa, Relator da Conclu- Associação Comunitária de Comunicação de Parana- são Jurídica, Chefe de Divisãõ/SSR. iguara, na cidade de Paranaiguara – GO; Ana Maria das Dores e Silva, Relator da Con- 4 – Portaria nº 1.171, de 3 de julho de 2002 – clusãoTécnica, Chefe de Serviço/SSR. Associação Cultural de Armazém, na cidade de De acordo. Armazém – SC; À consideração do Senhor Diretor do Departa- 5 – Portaria nº 1.172, de 3 de julho de 2002 – mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. Fundação Padre Antônio Ferraris, na cidade de Aldei- as Altas – MA; Brasília, de de 2002. – Nilton Geraldo Lemes 6 – Portaria nº 1.173, de 3 de julho de 2002 – de Lemos,Coordenador-Geral. Associação Comunitária Joaquim Mariano da Costa, na cidade de Toritama – PE; (À Comissão de Educação – Decisão 7 – Portaria nº 1.175, de 3 de julho de 2002 – Terminativa.) Associação Comunitária de Comunicação e Cultura Aliança, na cidade de São Gonçalo – RJ; PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 8 – Portaria nº 1.178, de 3 de julho de 2002 – Nº 322, DE 2004 Associação Comunitária de Jardim de São José, na (Nº 2.817/2002, na Câmara dos Deputados) cidade de Russas – CE; 9 – Portaria nº 1.179, de 3 de julho de 2002 – Aprova o ato que autoriza a Associa- Associação Rádio Comunitária Voz do Povo – ção dos Moradores de Santa Maria do ARCVP, na cidade de João Alfredo – PE; Cambucá a executar serviço de radiodifu- 10 – Portaria nº 1.180, de 3 de julho de 2002 – são comunitária na cidade de Santa Maria Associação Rádio União Comunitária Rurópolis, na do Cambucá, Estado de Pernambuco. cidade de Rurópolis – PA; 11 – Portaria nº 1.181, de 3 de julho de 2002 – O Congresso Nacional decreta: Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Crisólita, na cidade de Crisólita – MG; Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- taria nº 1.183, de 3 de julho de 2002, que autoriza a 12 – Portaria nº 1.182, de 3 de julho de 2002 – Associação de Radiodifusão Comunitária de Mogeiro Associação dos Moradores de Santa Maria do Cambu- – ARCM, na cidade de Mogeiro – PB; cá a executar, por dez anos, sem direito de exclusivi- 13 – Portaria nº 1.183, de 3 de julho de 2002 – dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade Associação dos Moradores de Santa Maria do Cam- de Santa Maria do Cambucá, Estado de Pernambuco. bucá, na cidade de Santa Maria do Cambucá – PE; Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor 14 – Portaria nº 1.185, de 3 de julho de 2002 – na data de sua publicação. Associação Comunitária de Difusão Cultural Beto Abacaxi, na cidade de Barrinha – SP; e MENSAGEM Nº 739, DE 2002 15 – Portaria nº 1.206, de 5 de julho de 2002 – Senhores Membros do Congresso Nacional, Associação Amigos de Passagem Franca, na cidade Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado de Passagem Franca – MA. como§3ºdoart. 223 da Constituição Federal, sub- Brasília, 22 de agosto de 2002. – Fernando meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- Henrique Cardoso. nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro MC nº 1.045 EM de Estado das Comunicações, autorizações para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Brasília, 1º de agosto de 2002 clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, conforme os seguintes atos e entidades: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 1 – Portaria nº 1.166, de 3 de julho de 2002 – Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Associação Comunitária de Rádio e Difusão de Novo torga de autorização e respectiva documentação Aripuanã – ACORDINA, na cidade de Novo Aripuanã para que a entidade Associação dos Moradores de – AM; Santa Maria do Cambucá, na cidade de Santa Maria Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04877 do Cambucá, Estado de Pernambuco, explore o ser- gráficas com latitude em 07º49’48”S e longitude em viço de radiodifusão comunitária, em conformidade 35º53’00”W, utilizando a freqüência de 104,9MHz. com o caput do art. 223 da Constituição e a Lei nº Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. após deliberação do Congresso Nacional, nos termos 2. A referida entidade requereu ao Ministério das do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a cuja documentação inclui manifestação de apoio da contar da data de publicação do ato de deliberação. comunidade, numa demonstração de receptividade da Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedimen- RELATÓRIO Nº 337/2002–DOSR/SSR/MC tação da cultura geral das localidades postulantes. 3. Como se depreende da importância da iniciati- Referencia: Processo nº 53103000542/99, de va comandada por Vossa Excelência, essas ações 14-10-99 permitem que as entidades trabalhem em conjunto Objeto: Requerimento de outorga de autorização com a comunidade, auxiliando não só no processo para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- educacional, social e cultural mas, também, servem de munitária. elo à integração de informações benéficas em todos os Interessado: Associação dos Moradores de Santa segmentos e a todos esses núcleos populacionais. Maria do Cambucá, localidade de Santa Maria do 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Cambucá, Estado de Pernambuco. técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, I – Introdução o que se conclui da documentação de origem, con- 1. A Associação dos Moradores de Santa Maria substanciada nos autos do Processo Administrativo do Cambucá, inscrita no CGC/MF ou CNPJ sob o nú- nº 53103.000542/99, que ora faço acompanhar, com mero 00.647.20710001-52, no Estado de Pernambu- a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. co, com sede na Rua Capitão Manoel Almeida 57 – 5. Em conformidade com os preceitos educacio- Centro , cidade de Santa Maria do Cambucá, diri- nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- giu-se ao Senhor Ministro de Estado das Comunica- sente processo, passará a produzir efeitos legais so- ções, por meio de requerimento datado de 2 de outu- mente após deliberação do Congresso Nacional, a bro de 1999, subscrito por representante legal, de- teor do § 3º do art. 223 da Constituição Federal. monstrando interesse na exploração do Serviço de Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- Radiodifusão Comunitária, na localidade que indica. cimento, Ministro de Estado das Comunicações. 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada como requerente, baseou o seu pleito nos termos do PORTARIA Nº 1.183, DE 3 DE JULHO DE 2002 Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de 9 de setembro de 1999, Seção 3, que contempla loca- O Ministro de Estado das Comunicações, no lidade onde pretende instalar o seu transmissor, as- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos sim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 3. A requerente, por final, solícita “a designação 1998, e tendo em vista o que consta do Processo de canal para a prestação do serviço, nos termos do Administrativo nº 53103.000542/99, resolve: artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- Art. 1º Autorizar a Associação dos Moradores são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de de Santa Maria do Cambucá, com sede na Rua Capi- 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a tão Manoel Almeida, 57, Centro, na cidade de Santa documentação constante dos presentes autos. Maria do Cambucá, Estado de Pernambuco, a execu- tar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de II – Relatório três anos, sem direito de exclusividade. · atos constitutivos da entidade/documentos Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº acessórios 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, 4. O Departamento de Outorga de Serviços de seus regulamentos e normas complementares. Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- pleito formulado pela requerente, consubstanciado 04878 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 na Petição de folha 1, bem como a documentação s/nº – Centro, na cidade de Santa Maria do Cambucá, apresentada, relatando toda a instrução do presente Estado de Pernambuco, de coordenadas geográficas processo administrativo, em conformidade com a le- em 07º49’48”S de latitude e 35º53’00”W de longitude, gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, consoante aos dados constantes do Aviso publicado o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- no DOU de 9-9-99, Seção 3. tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e 10. A análise técnica desenvolvida demonstra Norma nº 2/98, de 6-8-1998. que as coordenadas geográficas indicadas deveriam ser mantidas, pelo que se depreende da memória do 5. A requerente, como mencionado na introdu- documento de folhas 158, denominado de “Roteiro de ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o Análise Técnica de RadCom”. serviço, faz indicação da localidade onde pretende 11. O mesmo documento trata de outros dados, instalar seus equipamentos transmissores, comple- conforme se segue: mentando com o endereço da respectiva estação e coordenadas geográficas, além de pedir a designa- – informações sobre geração de coor- ção de canal para a prestação do serviço, atendendo denadas geográficas, instruções sobre coor- os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº denadas coincidentes com os levantamen- 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. tos do IBGE; 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- – compatibilização de distanciamento ma nº 2/98) está contida nos autos, correspondendo do canal; ao seguinte: – situação da estação em faixa de fronteira, endereço proposto para instalação – Estatuto Social; da antena; – ata de constituição e eleição de diri- – planta de arruamento, endereços da gentes; sede e do sistema irradiante; – declarações e comprovantes relati- – outros dados e conclusão. vos a responsabilidades e obrigações de di- rigentes, enquanto vinculados à entidade, 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- em face dos ditames legais pertinentes; ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- – manifestações de apoio da comuni- sosIVeXdaNorma nº 2/98, comprovação de ne- dade; cessária alteração estatutária, encaminhamento do – plantas de arruamento, com indica- cartão do CNPJ, declaração do endereço da sede e ção do local de instalação do sistema irradi- encaminhamento do Projeto Técnico (fls. 161 a 190). ante, e respectivas coordenadas geográficas; 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o – informações complementares de diri- “Formulário de Informações Técnicas” – fls 188, fir- gentes da entidade, como declaração de re- mado pelo engenheiro responsável, onde estão resu- sidência e declaração de fiel cumprimento midas as seguintes informações: às normas, recolhimento da taxa de cadas- – identificação da entidade; tro e cópias de documentos pessoais. – os endereços da sede administrativa e de localização do transmissor, sistema ir- 7. Toda a documentação mencionada está radiante e estúdio; contida no intervalo de folhas 02 a 190 dos autos. – características técnicas dos equipa- 8. Analisados os documentos apresentados ini- mentos (transmissor) e acessórios (antena e cialmente e após o cumprimento de exigências, este cabo coaxial), com indicação da potência Departamento constatou conformidade legal e nor- efetiva irradiada e intensidade de campo no mativa, pelo que passa a examinar as informações limite da área de serviço; técnicas de relevância. – diagramas de irradiação do sistema III – Relatório irradiante e características elétricas. • informações técnicas 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- 9. Preliminarmente, a requerente indicou em lação da estação, constatando-se conformidade sua petição que os equipamentos seriam instalados com a Norma 02/98, em especial as exigências ins- em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, critas em seu item 6.11. Folhas 191 e 192. com centro localizado na Rua Capitão José Alvino 15. É o relatório. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04879 IV – Conclusão/Opinamento De acordo. 16. O Departamento de Outorga de Serviços de À consideração do Senhor Diretor do Departa- Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. de habilitação de interessados na exploração do ser- Brasília, 6 de junho de 2002. viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução Nilton Geraldo Lemes de Lemos, Coordena- dos presentes autos, após detido exame do rol de do- dor Geral. cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- ção atinente. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Nº 323, DE 2004 Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, (Nº 2.818/2002, na Câmara dos Deputados) atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- Aprova o ato que autoriza a Associa- de: ção de Radiodifusão Comunitária de Mo- geiro – ARCM, a executar serviço de radi- – nome odifusão comunitária na cidade de Moge- Associação dos Moradores de Santa Maria do iro, Estado da Paraíba. Cambucá; – quadro diretivo O Congresso Nacional decreta: Presidente: José Bezerra Neto Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- Vice-presidente: Daniella Bezerra da Silva taria nº 1.182, de 3 de julho de 2002, que autoriza a Secretário: Josefa Sales de Oliveira Associação de Radiodifusão Comunitária de Mogeiro Tesoureiro: Ana Lourdes de Lima Poroca – ARCM, a executar, por dez anos, sem direito de ex- Dir. de Patrimônio: Aldrin de Lucena Bezerra clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na Dir. Cultural: Alessandro Araújo de Assunção cidade de Mogeiro, Estado da Paraíba. – localização do transmissor, sistema irradiante Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor e estúdio na data de sua publicação. Rua Capitão José Alvino s/nº – Centro, cidade MENSAGEM Nº 739, DE 2002 de Santa Maria do Cambucá, Estado de Pernambu- co; Senhores Membros do Congresso Nacional, Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado – coordenadas geográficas como§3ºdoart. 223 da Constituição Federal, sub- 07º49’48” de latitude e 35º53’00” de longitude, meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro de Análise de Instalação da Estação” – fls. 191 e de Estado das Comunicações, autorizações para 192, bem como “Formulário de Informações Técni- executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- cas” – fls 188 e que se referem à localização da es- tação. clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, conforme os seguintes atos e entidades: 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- 1 – Portaria nº 1.166, de 3 de julho de 2002 – mento do pedido formulado pela Associação dos Associação Comunitária de Rádio e Difusão de Novo Moradores de Santa Maria do Cambucá, no sentido Aripuanã – ACORDINA, na cidade de Novo Aripuanã de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a – AM; exploração do serviço de radiodifusão comunitária, 2 – Portaria nº 1.167, de 3 de julho de 2002 – na localidade pretendida, dentro das condições cir- Associação do Bairro Santo Antônio, na cidade de cunscritas no Processo Administrativo nº Santa Cruz da Vitória – BA; 53103000542/99, de 14 de outubro de 1999. 3 – Portaria nº 1.170 de 3 de julho de 2002 – Brasília,03 de junho de 2002. Associação Comunitária de Comunicação de Parana- Alexandra Luciana Costa, Chefe de Divisão / iguara, na cidade de Paranaiguara – GO; SSR, Relator da conclusão Jurídica. 4 – Portaria nº 1.171, de 3 de julho de 2002 – Neide Aparecida da Silva, Chefe de Divisão / Associação Cultural de Armazém, na cidade de SSR, Relator da conclusão Técnica. Armazém – SC; 04880 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 5 – Portaria nº 1.172, de 3 de julho de 2002 – da comunidade, numa demonstração de receptivida- Fundação Padre Antônio Ferraris, na cidade de Aldei- de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- as Altas – MA; são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a 6 – Portaria nº 1.173, de 3 de julho de 2002 – sedimentação da cultura geral das localidades postu- Associação Comunitária Joaquim Mariano da Costa, lantes. na cidade de Toritama – PE; 3. Como se depreende da importância da inicia- 7 – Portaria nº 1.175, de 3 de julho de 2002 – tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Associação Comunitária de Comunicação e Cultura permitem que as entidades trabalhem em conjunto Aliança, na cidade de São Gonçalo – RJ; com a comunidade, auxiliando não só no processo 8 – Portaria nº 1.178, de 3 de julho de 2002 – educacional, social e cultural mas, também, servem Associação Comunitária de Jardim de São José, na de elo à integração de informações benéficas em to- cidade de Russas – CE; dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- 9 – Portaria nº 1.179, de 3 de julho de 2002 – cionais. Associação Rádio Comunitária Voz do Povo – 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises ARCVP, na cidade de João Alfredo – PE; técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- 10 – Portaria nº 1.180, de 3 de julho de 2002 – do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, Associação Rádio União Comunitária Rurópolis, na o que se conclui da documentação de origem, con- cidade de Rurópolis – PA substanciada nos autos do Processo Administrativo 11 – Portaria nº 1.181, de 3 de julho de 2002 – nº 53103.000479/01, que ora faço acompanhar, com Associação Comunitária de Comunicação e Cultura a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. de Crisólita, na cidade de Crisólita – MG; 5. Em conformidade com os preceitos educacio- 12 – Portaria nº 1.182, de 3 de julho de 2002 – nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- Associação de Radiodifusão Comunitária de Mogeiro sente processo, passará a produzir efeitos legais so- – ARCM, na cidade de Mogeiro – PB; mente após deliberação do Congresso Nacional, a 13 – Portaria nº 1.183, de 3 de julho de 2002 – teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. Associação dos Moradores de Santa Maria do Cam- Respeitosamente, Juarez Quadros do Nasci- bucá, na cidade de Santa Maria do Cambucá – PE; mento, Ministro de Estado das Comunicações. 14 – Portaria nº 1.185, de 3 de julho de 2002 – Associação Comunitária de Difusão Cultural Beto PORTARIA Nº 1.182, DE 3 DE JULHO DE 2002 Abacaxi, na cidade de Barrinha – SP; e O Ministro de Estado das Comunicações, no 15 – Portaria nº 1.206, de 5 de julho de 2002 – uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Associação Amigos de Passagem Franca, na cidade artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de de Passagem Franca – MA. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Brasília, 22 de agosto de 2002. – Fernando Administrativo nº 53103.000479/01, resolve: Henrique Cardoso. Art. 1º Autorizar a Associação de Radiodifusão MC nº 1.051 EM Comunitária de Mogeiro – ARCM, com sede na Rua Presidente João Pessoa, s/nº – Centro, na cidade de Brasília, 1º de agosto de 2002 Mogeiro, Estado da Paraíba, a executar serviço de ra- diodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem Excelentíssimo Senhor Presidente da República, direito de exclusividade. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº torga de autorização e respectiva documentação 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, para que a entidade Associação de Radiodifusão Co- seus regulamentos e normas complementares. munitária de Mogeiro – ARCM, na cidade de Mogeiro, Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o Estado da Paraíba,explore o serviço de radiodifusão sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- comunitária, em conformidade com o caput do art. gráficas com latitude em 07º17’58”S e longitude em 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de fevere- 35º28’46”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. iro de 1998. Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais 2. A referida entidade requereu ao Ministério após deliberação do Congresso Nacional, nos termos das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entida- ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04881 ses a contar da data de publicação do ato de delibera- com a legislação, especialmente a Lei nº 9.612, de ção. 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifu- Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. 5. A requerente, como mencionado na introdu- RELATÓRIO Nº 355 /2002-DOSR/SSR/MC ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o Referência: Processo nº 53103000479/01, de serviço, faz indicação da localidade onde pretende 12-12-01. instalar seus equipamentos transmissores, comple- mentando com o endereço da respectiva estação e Objeto: Requerimento de outorga de autorização coordenadas geográficas, além de pedir a designa- para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- ção de canal para a prestação do serviço, atenden- munitária. do os requisitos do item 6.4 da Norma Complemen- Interessado: Associação de Radiodifusão Comuni- tar nº 2/98 e, ainda, juntando a documentação ne- tária de Mogeiro – ARCM, localidade de Mogeiro cessária. Estado da Paraíba. 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- I – Introdução ma 2/98, está contida nos autos, correspondendo ao seguinte: 1. A Associação de Radiodifusão Comunitária de Mogeiro ARCM, inscrita no CGC/MF ou CNPJ sob – Estatuto Social; o número 04.785.5940001-44, no Estado da Paraíba, – ata de constituição e eleição de diri- com sede na Rua Presidente João Pessoa s/nº – gentes; Centro, cidade de Mogeiro, dirigiu-se ao Senhor Mi- – declarações e comprovantes relati- nistro de Estado das Comunicações, por meio de re- vos a responsabilidades e obrigações de di- querimento datado de 10 de dezembro de 2001, rigentes, enquanto vinculados à entidade, subscrito por representante legal, demonstrando inte- em face aos ditames legais pertinentes; resse na exploração do Serviço de Radiodifusão Co- – manifestações de apoio da comuni- munitária, na localidade que indica. dade; – plantas de arruamento, com indica- 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- ção do local de instalação do sistema irradi- da como requerente, baseou o seu pleito nos termos ante, e respectivas coordenadas geográfi- do Aviso publicado no Diário Oficial da União – cas; DOU, de 11 de dezembro de 2001, Seção 3, que – informações complementares de diri- contempla localidade onde pretende instalar o seu gentes da entidade, como declaração de re- transmissor, assim como o sistema irradiante e res- sidência e declaração de fiel cumprimento pectivo estúdio. às normas, recolhimento da taxa de cadas- 3. A requerente, por final, solicita “a designação tro e cópias de documentos pessoais. de canal para a prestação do serviço, nos termos do artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- 7. Toda a documentação mencionada está são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de contida no intervalo de folhas 02 a 109 dos autos. 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a 8. Analisados os documentos apresentados ini- documentação constante dos presentes autos. cialmente e após o cumprimento de exigências, este Departamento constatou conformidade legal e nor- II – Relatório mativa, pelo que passa a examinar as informações • atos constitutivos da entidade/documentos técnicas de relevância. acessórios III – Relatório 4. O Departamento de Outorga de Serviços de Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- • informações técnicas rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame 9. Preliminarmente, a requerente indicou em do pleito formulado pela requerente, consubstancia- sua petição que os equipamentos seriam instalados do na Petição de folha 1, bem como a documenta- em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, ção apresentada, relatando toda a instrução do pre- com centro localizado na Rua Presidente João Pes- sente processo administrativo, em conformidade soa s nº – Centro, na cidade de Mogeiro, Estado da 04882 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Paraíba, de coordenadas geográficas em IV – Conclusão/Opinamento 07º17’58”S de latitude e 35º28’46”W de longitude, 16. O Departamento de Outorga de Serviços de consoante aos dados constantes do Aviso publicado Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos no DOU, de 11-12-01, Seção 3. de habilitação de interessados na exploração do ser- 10. A análise técnica desenvolvida demonstra viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução que as coordenadas geográficas indicadas deveriam dos presentes autos, após detido exame do rol de do- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- documento de folhas 92, denominado de “Roteiro de ção atinente. Análise Técnica de RadCom”. 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu 11. O mesmo documento trata de outros dados, Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, conforme se segue: atende os requisitos legais e normativos ao seu pleito, seguindo-se informações básicas sobre a entidade: – informações sobre geração de coor- denadas geográficas, instruções sobre coor- – nome denadas coincidentes com os levantamen- Associação de Radiodifusão Comunitária de tos do IBGE; Mogeiro – ARCM; – compatibilização de distanciamento – quadro diretivo do canal; Presidente: Walfrido de M. Silveira Neto – situação da estação em faixa de Vice-Presidente: Gilvandira de Sousa da Silva fronteira, endereço proposto para instalação Secretário: Maria José de Luna Régis da antena; Tesoureiro: Maria das Graças Andrade – planta de arruamento, endereços da Membro Efetivo: Lígia Simonne Gomes sede e do sistema irradiante; – outros dados e conclusão. – localização do transmissor, sistema irradiante e estúdio 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- Rua Presidente João Pessoa s/nº – Centro, ci- ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- dade de Mogeiro, Estado da Paraíba; so II, da Norma nº 2/98, encaminhamento do cartão – coordenadas geográficas do CNPJ, declaração do endereço da sede e enca- 07º17’58” de latitude e 35º28’46” de longitude, minhamento do Projeto Técnico (fls. 95 a 109). correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o Análise de Instalação da Estação” – fls. 110 e 111, “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 98, firma- bem como “Formulário de Informações Técnicas” – fls do pelo engenheiro responsável, onde estão resumi- 98 e que se referem à localização da estação. das as seguintes informações: 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- mento do pedido formulado pela Associação de Radi- – identificação da entidade; odifusão Comunitária de Mogeiro – ARCM, no sentido – os endereços da sede administrativa de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a ex- e da localização do transmissor, sistema ir- ploração do serviço de radiodifusão comunitária, na radiante e estúdio; localidade pretendida, dentro das condições circuns- – características técnicas dos equipa- critas no Processo Administrativo nº mentos (transmissor) e acessórios (antena e 53103000479/01, de 12 de dezembro de 2001. cabo coaxial), com indicação da potência Brasília, 12 de junho de 2002. –Alexandra Lu- efetiva irradiada e intensidade de campo no ciana Costa, Relatora da Conclusão Jurídica – Neide limite da área de serviço; Aparecida da Silva, Relatora da Conclusão Técnica. – diagramas de irradiação do sistema De acordo. irradiante e características elétricas. À consideração do Senhor Diretor do Departa- mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- Brasília, 12 de junho de 2002. – Nilton Geraldo lação da estação, constatando-se conformidade Lemes de Lemos, Coordenador Geral. com a Norma nº 2/98, em especial as exigências inscritas em seu item 6.11, folhas 110 e 111. (À Comissão de Educação – decisão 15. É o relatório. terminativa.) Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04883 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO MC nº 1.489 EM Nº 324, DE 2004 Brasília, 28 de novembro de 2002 (Nº 121/2003, na Câmara dos Deputados) Excelentíssimo Senhor Presidente da República. Aprova o ato que outorga conces- Submeto à consideração de Vossa Excelência o são à Fundacao Cesumar para executar incluso projeto de decreto que trata da outorga de serviço de radiodifusão de sons e ima- concessão às entidades abaixo relacionadas, para gens na cidade de Maringá, Estado do executar serviço de radiodifusão de sons e imagens, Paraná. com fins exclusivamente educativos, nas localidades e Unidades da Federação indicadas: O Congresso Nacional decreta: · Fundação Educacional e Cultural de Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- Ipanema, na cidade de Ipanema, Estado de creto s/nº de 20 de dezembro de 2002, que outorga Minas Gerais (Processo nº 53710.000765/01); concessão à Fundação Cesumar para executar, por · Fundação Cesumar, na cidade de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de Maringá, Estado do Paraná (Processo nº radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusiva- 53516.0001 97/00) mente educativos, na cidade de Maringá, Estado do · Fundação Universidade de Caxias Paraná. do Sul, na cidade de Caxias do Sul, Estado Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na do Rio Grande do Sul (Processo nº data de sua publicação. 53790.000561/01); · Fundação Angelo Redivo, na cidade MENSAGEM Nº 1.161,DE 2002 de Araranguá, Estado de Santa Catarina Senhores Membros do Congresso Nacional, (Processo nº 53740.000600/01); · Fundação Educar-Sul Brasil, na cida- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado de de Florianópolis, Estado de Santa Catari- com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- na (Processo nº 53000.003001/02); meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- · Fundação Cultural e Educativa de nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro Radio e Televisão Lanhoso de Lima, na ci- de Estado das Comunicações, o ato constante do De- dade de Botucatu, Estado de São Paulo creto de 20 de dezembro de 2002, que “Outorga con- (Processo nº 53830.000775/01). cessão às entidades que menciona, para executar serviço de radiodifusão, com fins exclusivamente 2. De acordo com o artigo 14, § 2º, do Decre- to-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, e como§1º educativos, e dá outras providências”. As entidades do artigo 13 do Regulamento de Serviços de Radiodifu- mencionadas são as seguintes: são, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outu- 1 – Fundação Educacional e Cultural de Ipane- bro de 1963, com a redação que lhe foi dada pelo De- ma, na cidade de Ipanema – MG; creto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996, não de- 2 – Fundação Cesumar, na cidade de Maringá – penderá de edital a outorga para execução de serviço PR; de radiodifusão com fins exclusivamente educativos. 3 – Fundação Universidade de Caxias do Sul, 3. Cumpre ressaltar que os pedidos se encon- na cidade de Caxias do Sul – RS; tram devidamente instruídos. de acordo com a legisla- 4 – Fundação Angelo Redivo, na cidade de Ara- ção aplicável, demonstrando possuírem as entidades ranguá – SC; as qualificações exigidas para a execução do serviço. 5 – Fundação Educar-Sul Brasil, na cidade de 4. Esclareço que, nos termos do § 3º do artigo Florianópolis-SC; e 223 da Constituição Federal, o ato de outorga somen- te produzirá efeitos legais após deliberação do Con- 6 – Fundação Cultural e Educativa de Radio e gresso Nacional, para onde solicito seja encaminha- Televisão Lanhoso de Lima, na cidade de Botucatu – do o referido ato. acompanhado dos processos cor- SP. respondentes. Brasília, 20 de dezembro de 2002. – Fernando Respeitosamente. – Juarez Quadros do Nas- Henrique Cardoso. cimento, Ministro de Estado das Comunicações. 04884 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 DECRETO DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002 Brasília. 20 de dezembro de 2002: 181º da Inde- pendência e 114º da República. – Juarez Quadros Outorga concessão às entidades do Nascimento. que menciona, para executar serviço de radiodifusão, com fins exclusivamente PARECER Nº 286/2002-DORS educativos e dá outras providências. Referencia: Processo nº 53516.000197/00 O Presidente da República, no uso das atribui- Interessada: Fundação Cesumar ções que lhe conferem os arts. 84. inciso IV e 223. ca- put. da Constituição. e 34. § 1º. da Lei nº 4.117. de 27 Assunto: Outorga de serviço de radiodifusão. de agosto de 1962. e tendo em vista o disposto no art. Ementa: Independe de edital a outorga para serviço 14, § 2º. do Decreto-Lei nº 236. de 28 de fevereiro de de radiodifusão com fins exclusivamente educativos. 1962. e no 1º do art. 13 do Regulamento de Serviços – Atendimento das exigências estabelecidas no Re- de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795. gulamento dos Serviços de Radiodifusão e na Por- de 31 de outubro de 1963. taria Inter ministerial nº 651/99. Decreta: Art. 1º Fica outorgada concessão às entidades Conclusão: Pelo deferimento abaixo mencionadas, pura executar, pelo prazo de I – Os Fatos quinze anos. sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusiva- A Fundação Cesumar, com sede na cidade de mente educativos: Maringá, Estado do Paraná, requer lhe seja outorga- I – Fundação Educacional e Cultural de Ipane- da concessão para executar o serviço de radiodifusão ma, na cidade de Ipanema. Estado de Minas Gerais de sons e imagens, com fins exclusivamente educati- (Processo nº 53710.000765/01); vos, naquela cidade, mediante a utilização do canal II – Fundação Cesumar, na cidade de Maringá, 28+E, previsto no Plano Básico de Distribuição de Estado do Paraná (Processo nº 53516.000197/00); Canais do referido serviço. III – Fundação Universidade de Caxias do Sul, 2. Trata-se de fundação de direito privado, sem na cidade de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do fins lucrativos, com autonomia patrimonial, adminis- Sul (Processo nº 53790.000561/01); trativa e financeira, tendo como um de seus objetivos IV – Fundação Angelo Redivo, na cidade de promover, mediante concessão ou permissão, pro- Araranguá, Estado de Santa Catarina (Processo nº gramas informativos, culturais e recreativos por tele- 53740.00600/01); visão, rádio e outros meios de comunicação. V – Fundação Educar-Sul Brasil, na cidade de 3. Para atender aos requisitos estabelecidos Florianópolis. Estado de Santa Catarina (Processo nº pela legislação de radiodifusão, a entidade apresen- 53000.003001/02); tou toda a documentação pertinente. VI – Fundação Cultural e Educativa de Rádio e 4. A escritura pública com o estatuto social da Televisão Lanhoso de Lima, na cidade de Botucatu. entidade encontra-se devidamente matriculada no Estado de São Paulo (Processo nº 53830.000775/01). Registro Civil de Pessoas Jurídicas, atendendo a to- Parágrafo único. As concessões ora outorgadas dos os requisitos dispostos no Código Civil Brasileiro reger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica- e na legislação específica de radiodifusão. ções. leis subseqüentes. regulamentos e obrigações 5. O cargo de Diretor Presidente da Fundação, assumidas pelas outorgadas. está ocupado pelo Sr. Wilson de Matos Silva, caben- Art 2º Este ato somente produzirá efeitos legais do a ele a representação ativa e passiva da entidade, após deliberação do Congresso Nacional, nos termos nos atos de sua administração. do § 3º do art. 223 da Constituição. 6. Estão previstos também, os cargos de Diretor Art. 3º Os contratos decorrentes destas conces- Secretário, ocupado pelo Sr. Cláudio Ferdinandi e de sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias Diretor Tesoureiro, ocupado pela Sra. Rosemary de a contar da data da publicação da deliberação de que Oliveira Kendrick Silva. trata o art 2º sob pena de tornarem-se nulos, de pleno os atos de outorga. II – Do Mérito Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de 7. A outorga de permissão, concessão e autori- sua publicação. zação para executar serviços de radiodifusão sonora Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04885 e de sons e imagens está admitida na Constituição De acordo. À consideração do Sr. Diretor do De- Federal (art. 21, inciso XII, alínea “a”). partamento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. 8. É também a Carta Magna, em seu art. 223, Brasília, 21 de novembro de 2002. – Napoleão que atribui ao Poder Executivo competência para ou- Valadares, Coordenador-Geral de Outorga. torgar concessão, permissão e autorização para o re- À Consideração do Sr. Secretário de Serviços ferido serviço, ao tempo em que condiciona a eficácia de Radiodifusão. do correspondente ato à deliberação do Congresso Brasília, 21 de novembro de 2002. – Hamilton Nacional. de Magalhães Mesquita, Diretor do Departamento 9. O Regulamento dos Serviços de Radiodifu- de Outorga de Serviços de Radiodifusão. são, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outu- Encaminhem-se os autos à douta Consultoria bro de 1963, em seu art. 13, com a redação que lhe foi Jurídica, para prosseguimento. dada pelo Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de Brasília, 22 de novembro de 2002. – Antonio 1996, publicado no DOU de 26 subseqüente, dispen- Carlos Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifu- sa a publicação de edital para a outorga de serviço de são. radiodifusão com fins exclusivamente educativos.

“Art. 13...... (À Comissão de Educação – decisão terminativa.) (..) § 1º É dispensável a licitação para ou- torga para execução de Serviços de Radiodi- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO fusão com fins exclusivamente educativos “. Nº 325, DE 2004 (Nº 225/2003 , na Câmara dos Deputados) 10. A documentação instrutoria concernente à entidade e aos seus diretores está Aprova o ato que autoriza a Associ- em ordem. A entidade encaminhou a declara- ação Comunitaria Cultural e Educacional ção prevista na Portaria Interministerial nº 651, Mandacaru – ACCEX a executar serviço de 15 de abril de 1999, publicada no DOU de 19 de radiodifusão comunitária na cidade de de abril de 1999. Maringá, Estado do Paraná. 11. O deferimento da outorga pretendida não implicará descumprimento dos limites fixados pelo O Congresso Nacional decreta: Decreto-Lei nº 236/67, quanto aos diretores, confor- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- me declarações firmadas por eles e juntadas às fls. taria nº 1.885, de 18 de setembro de 2002, que autori- 116, 121 e 127, dos presentes autos. za a Associação Comunitária Cultural e Educacional Mandacaru – ACCEM a executar, sem direito de ex- III – Conclusão clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na Estando o processo devidamente instruído, em cidade de Maringá, Estado do Paraná, retificando-se conformidade com os dispositivos legais que regem o prazo de autorização para dez anos, tendo em vista os serviços de radiodifusão, concluo pelo deferimento o disposto na Lei nº 10.597, de 11 de dezembro de do pedido, sugerindo que os autos sejam encaminha- 2002. dos ao Diretor do Departamento de Outorga de Servi- Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor ços de Radiodifusão para prosseguimento. na data de sua publicação. O ato de outorga dar-se-á por decreto presiden- cial, em razão de se tratar do serviço de radiodifusão MENSAGEM Nº 877, DE 2002 de sons e imagens, conforme dispõe a legislação es- Senhores Membros do Congresso Nacional, pecifica. Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado Posteriormente à decisão da outorga, o proces- com o § 3º do art. 223. da Constituição Federal, sub- so deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional, meto â apreciação de Vossas Excelências, acompa- onde o ato de outorga será apreciado, conforme dis- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro põe a Constituição Federal (art. 223). de Estado das Comunicações, autorizações para É o parecer “sub-censura”. executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Brasília, 21 de novembro de 2002. – Fernando clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Sampaio Netto, Assessor Jurídico. conforme os seguintes atos e entidades: 04886 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 1 – Portaria nº 863, de 31 de maio de 2002 – 16 – Portaria nº 1.890, de 18 de setembro de Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultu- 2002 – Associação Comunitária Nossa Senhora de ral de Jampruca, na cidade de Jampruca – MG; Fátima, na cidade de Tenório – PB; e 2 – Portaria nº 1.205, de 5 de julho de 2002 – 17 – Portaria nº 1.891, de 18 de setembro de Associação Palmeirense de Defesa da Comunidade 2002 – Associação Cultural do Município de Central (Apadecom), na cidade de Palmeira dos Índios – AL; do Maranhão, na cidade de Central do Maranhão – 3 – Portaria nº 1.796, de 10 de setembro de MA. 2002 – Associação Comunitária de Radiodifusão para Brasilia, 16 de outubro de 2002. – Fernando o Desenvolvimento Artístico e Cultural, Rádio Anchie- Henrique Cardoso, Presidente. ta, na cidade de Pouso Alto – MG; MC nº 1.316 EM 4 – Portaria nº 1.878, de 18 de setembro de 2002 – Sociedade dos Amigos do Parque de Itaúnas Brasília,1º de outubro de 2002 – SAPI, na cidade de Conceição da Barra – ES; 5 – Portaria nº 1.879, de 18 de setembro de Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 2002 – Associação de Comunicação Comunitária Encaminho a Vossa Excelência portaria de ou- Cultural do Jardim das Palmeiras – Sumaré, na cida- torga de autorização e respectiva, documentação de de Sumaré – SP; para que a entidade Associação Comunitária Cultural 6 – Portaria nº 1.880, de 18 de setembro de e Educacional Mandacaru – ACCEM, na cidade de 2002 – Associação Comunitária de Rádio-Difusão de Maringá, Estado do Paraná, explore o serviço de radi- Canhotinho, na cidade de Canhotinho – PE; odifusão comunitária em conformidade com o caput 7 – Portaria nº 1.881, de 18 de setembro de do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. 2002 – Sociedade de Arte, Cultura e Desenvolvimen- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das to Comunitário de Paraty – RJ, na cidade de Paraty – Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, RJ; cuja documentação inclui manifestação de apoio da co- 8 – Portaria nº 1.882, de 19 de setembro de munidade, numa demonstração de receptividade da fi- 2002 – Associação Cultural e Comunitária do Bairro losofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- do Zumbi – PE, na cidade de Recife – PE; neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação 9 – Portaria nº 1.883, de 18 de setembro de da cultura geral das localidades postulantes. 2002 – Associação dos Moradores e Amigos do Nova 3. Como se depreende da importância da inicia- Florida, na cidade de Alexânia – GO; tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações 10 – Portaria nº 1.884, de 18 de setembro de permitem que as entidades trabalhem em conjunto 2002 – Associação Beneficente e Cultural Comunitá- com a comunidade, auxiliando não só no processo ria de Tiros (ABCCT), na cidade de Tiros – MG; educacional, social e cultural mais, também, servem 11 – Portaria nº 1.885, de 18 de setembro de de elo à integração de informações benéficas em to- 2002 – Associação Comunitária Cultural e Educacio- dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- nal Mandacaru – ACCEM, na cidade de Maringá – cionais. PR; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises 12 – Portaria nº 1.886, de 18 de setembro de técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, 2002 – Associação Comunitária Joaimense Cultural o que se conclui da documentação de origem, con- de Rádio, na cidade de Joaíma – MG; substanciada nos autos do Processo Administrativo 13 – Portaria nº 1.887, de 18 de setembro de nº 53740.001019/1998, que ora faço acompanhar, 2002 – Fundação Jozias Francisco Diniz, na cidade com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. de Santa Helena – PB; 5. Em conformidade com os preceitos educacio- 14 – Portaria nº 1.888, de 18 de setembro de nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- 2002 – Associação Comunitária Jiparanaense – sente processo, passará a produzir efeitos legais so- ASCOJIPA, na cidade de Ji-Paranâ – RO; mente após deliberação do Congresso Nacional, a 15 – Portaria nº 1.889, de 18 de setembro de teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. 2002 – Associação Beneficente, Cultural e Comunitá- Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- ria Tupinanibá, na cidade de Itapanca – BA; cimento, Ministro de Estado das Comunicações. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04887 PORTARIA Nº 1.885, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002 Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de O Ministro de Estado das Comunicações, no 18 de março de 1999, Seção 3, que contempla locali- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos dade onde pretende instalar o seu transmissor, assim arts. 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de como o sistema irradiante e respectivo estúdio. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo 3. A requerente, por final, solicita “a designação Administrativo nº 53740.001019/1998, resolve: de canal para a prestação do serviço, nos termos do Art. 1º Autorizar a entidade Associação Comuni- art. 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifusão tária Cultural e Educacional Mandacaru – ACCEM, Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de com sede na Rua do Seminário nº 27, 1º andar, Jar- junho de 1998”, apresentando ao Ministério a docu- dim Mandacaru, na cidade de Maringá, Estado do Pa- mentação constante dos presentes autos. raná, a executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade. II – Relatório Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei Nº • atos constitutivos da entidade/documentos 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, acessórios seus regulamentos e normas complementares. Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o 4. O Departamento de Outorga de Serviços de sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- gráficas com latitude em 23º24’55”S e longitude em rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame 51º57’35”W, utilizando a freqüência de 105,9 MHz. do pleito formulado pela requerente, consubstancia- Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais do na Petição de folha 1, bem como a documenta- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos ção apresentada, relatando toda a instrução do pre- do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade sente processo administrativo, em conformidade iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a com a legislação, especialmente a Lei nº 9.612, de contar da data de publicação do ato de deliberação. 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifu- são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, Art. 5º Esta portaria entra em vigor na data de de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. 5. A requerente, como mencionado na introdu- RELATÓRIO Nº 480/2002–DOSR/SSR/MC ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o serviço, faz indicação da localidade onde pretende Referência: Processo nº 53740001019/98, de instalar seus equipamentos transmissores, comple- 4-9-98. mentando com o endereço da respectiva estação e Objeto: Requerimento de outorga de autorização coordenadas geográficas, além de pedir a designa- para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- ção de canal para a prestação do serviço, atendendo munitária. os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº Interessado: Associação Comunitária Cultural e 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. Educacional Mandacaru – ACCEM, localidade de 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- Maringá, Estado do Paraná. ma nº 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao seguinte: I – Introdução – Estatuto Social; 1. A Associação Comunitária Cultural e Educa- – ata de constituição e eleição de diri- cional Mandacaru – ACCEM, inscrita no CNPJ sob o gentes; número 02.447.788/0001-50, no Estado do Paraná, – declarações e comprovantes relati- com sede na Rua do Seminário nº 27 – Jardim Man- vos a responsabilidades e obrigações de di- dacaru, cidade de Maringá dirigiu-se ao Senhor Mi- rigentes, enquanto vinculados à entidade, nistro de Estado das Comunicações, por meio de re- face aos ditames legais pertinentes; querimento datado de 27 de agosto de 1998, subscri- – manifestações de apoio da comuni- to por representante legal, demonstrando interesse dade; na exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitá- – plantas de arruamento, com indica- ria, na localidade que indica. ção do local de instalação do sistema irradi- 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada ante , e respectivas coordenadas geográfi- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do cas; 04888 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 – informações complementares de diri- reço da sede, cópia do cartão do CNPJ e encami- gentes da entidade, como declaração de re- nhamento do Projeto Técnico (fls. 264 a 336). sidência e declaração de fiel cumprimento 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o às normas, recolhimento da taxa de cadas- “Formulário de Informações Técnicas” – fls 276, fir- tro e cópias de documentos pessoais. mado pelo engenheiro responsável, onde estão resu- midas as seguintes informações: 7. Toda a documentação mencionada está contida no intervalo de folhas 4 à 336, dos autos. – identificação da entidade; 8. Analisados os documentos apresentados ini- – os endereços da sede administrativa cialmente e após o cumprimento de exigências, este e de localização do transmissor, sistema ir- Departamento constatou conformidade legal e nor- radiante e estúdio; mativa, pelo que passa a examinar as informações técnicas de relevância. – características técnicas dos equipa- mentos (transmissor) e acessórios (antena e III – Relatório cabo coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada e intensidade de campo no • informações técnicas limite da área de serviço; 9. Preliminarmente, a requerente indicou em – diagramas de irradiação do sistema sua petição que os equipamentos seriam instalados irradiante e características elétricas. em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com centro localizado na Rua do seminário nº 27 – Jardim Mandacarú, na cidade de Maringá, Estado do 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- Paraná, de coordenadas geográficas em 24º51’27”S lação da estação, constatando-se conformidade de latitude e 51º57’35”W de longitude, as quais foram com a Norma nº 2/98, em especial as exigências retificadas aos 4-9-98 e 29-3-99, mediante solicitação inscritas em seu item 6.11, Folhas 337 e 338. apresentada, passando a estar em 23º24’55”S de lati- 15. É o relatório. tude e 51º57’35”W de longitude, consoante aos da- dos constantes do Aviso publicado no DOU,de IV – Conclusão/Opinamento 18-3-.99, Seção 3. 16. O Departamento de Outorga de Serviços de 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos que as coordenadas geográficas indicadas deveriam de habilitação de interessados na exploração do ser- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução documento de folha 261, denominado de “Roteiro de dos presentes autos, após detido exame do rol de do- Análise Técnica de RadCom”. cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- 11. O mesmo documento trata de outros dados, ção atinente. conforme se segue: 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu – informações sobre geração de coor- Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, denadas geográficas, instruções sobre coor- atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- denadas coincidentes com os levantamen- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- tos do IBGE; de: – compatibilização de distanciamento – nome do canal; Associação Comunitária Cultural e Educacional – situação da estação em faixa de Mandacaru – ACCEM; fronteira, endereço proposto para instalação – quadro diretivo da antena; Presidente: César Ribeiro de Castro – planta de arruamento, endereços da sede e do sistema Irradiante; Vice-presidente: Cleber Tadeu Yamada – outros dados e conclusão. 1º Secretário: Adriana Glória de Lima 2º Secretário: Ione L. C. Yamada 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- Tesoureiro: Mário S. Marques ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- 2º Tesoureiro: Agostinho dos Santo Araújo sos II, IV e VIII, da Norma 2/98, declaração do ende- Diretor de Patrimônio: Antônio Macedo de Andrade Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04889 – localização do transmissor, sistema irradiante MENSAGEM Nº 959, DE 2002 e estúdio Senhores Membros do Congresso Nacional, Rua do Seminário nº 27, 1º andar – Jardim Man- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado dacarú, cidade de Maringá, Estado do Paraná; com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- – coordenadas geográficas meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- 23º24’55” de latitude e 51º57’35” de longitude, nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de de Estado das Comunicações, o ato constante do De- Análise de Instalação da Estação” – fls. 337 e 338, creto de 28 de outubro de 2002, que “Outorga con- bem como “Formulário de Informações Técnicas” – fls cessão às entidades que menciona, para executar ser- 276 e que se referem à localização da estação. viço de radiodifusão de sons e imagens, com fins ex- clusivamente educativos, e dá outras providências”. 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- As entidades mencionadas são as seguintes: mento do pedido formulado pela Associação Comu- 1 – Fundação Vicente Campello, na cidade de nitária Cultural e Educacional Mandacaru – ACCEM, Recife – PE; e no sentido de conceder-lhe a Outorga de Autoriza- 2 – Fundação Guilherme Müller, na cidade de ção para a exploração do serviço de radiodifusão Barueri – SP. comunitária, na localidade pretendida, dentro das Brasília, 5 de novembro de 2002. – Fernando condições circunscritas no Processo Administrativo Henrique Cardoso. nº 53740001019/98, de 4 de setembro de 1998. Brasília, 28 de agosto de 2002. – Alexandra Lu- MC nº 1.355 EM ciana Costa, Relatora da conclusão Jurídica; Ana Brasília, 17 de outubro de 2002 Maria das Dores e Silva, Relatora da conclusão Téc- nica. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, De acordo. Submeto à consideração de Vossa Excelência o A consideração do Senhor Diretor do Departa- incluso projeto de decreto que trata da outorga de mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. concessão às entidades abaixo relacionadas, para Brasília, 29 de agosto de 2002. – Nilton Geral- executar serviço de radiodifusão de sons e imagens, do Lemes de Lemos, Coordenador Geral. com fins exclusivamente educativos, nas localidades e Unidades da Federação indicadas: (À Comissão de Educação – decisão terminativa.) – Fundação Vicente Campello, na ci- dade de Recife, Estado de Pernambuco PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO (Processo nº 53103.000286/02); Nº 326, DE 2004 – Fundação Guilherme Müller, na cida- (Nº 626/2003, na Câmara dos Deputados) de de Barueri, Estado de São Paulo (Pro- cesso nº 53000.005285/00). Aprova o ato que outorga conces- são à Fundação Guilherme Muller para 2. De acordo com o artigo 14, § 2º, do Decre- executar serviço de radiodifusão de sons to-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, e com o § e imagens na cidade de Barueri, Estado 1º do art. 13 do Regulamento de Serviços de Radio- de São Paulo. difusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação que lhe foi dada O Congresso Nacional decreta: pelo Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996, Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- não dependerá de edital a outorga para execução creto s/nº de 28 de outubro de 2002, que outorga con- de serviço de radiodifusão com fins exclusivamente cessão à Fundação Guilherme Muller para executar, educativos. por quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço 3. Cumpre ressaltar que os pedidos se encon- de radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusi- tram devidamente instruídos, de acordo com a legisla- vamente educativos, na cidade de Barueri, Estado de ção aplicável, demonstrando possuírem as entidades São Paulo. as qualificações exigidas para a execução do serviço. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor 4. Esclareço que nos termos do § 3º do art. 223 na data de sua publicação. da Constituição Federal, o ato de outorga somente 04890 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 produzirá efeitos legais após deliberação do Con- PARECER Nº 208/2002 gresso Nacional, para onde solicito seja encaminha- Referência: Processo nº 53000.005285/00 do o referido ato, acompanhado dos processos cor- respondentes. Interessada: Fundação Guilherme Müller Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- Assunto: Outorga de serviço de radiodifusão. cimento, Ministro de Estado das Comunicações. Ementa: Independe de edital a outorga para serviço DECRETO DE 28 DE OUTUBRO DE 2002 de radiodifusão com fins exclusivamente educativos. – Atendimento das exigências estabelecidas no Re- Outorga concessão às entidades que menciona, para executar serviço de gulamento dos Serviços de Radiodifusão e na Por- radiodifusão de sons e imagens com fins taria Interministerial nº 651/99. exclusivamente educativos, e dá outras Conclusão: Pelo deferimento providências. I – Os Fatos O Presidente da República, no uso das atribui- A Fundação Guilherme Müller, com sede na cida- ções que lhe conferem os arts. 84 inciso IV, e 223, ca- de de São Paulo, Estado de São Paulo, requer lhe seja put, da Constituição, e 34, § 1º, da Lei nº 4.117, de 27 outorgada concessão para executar o serviço de radi- de agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art. odifusão de sons e imagens, com fins exclusivamente 14, § 2º, do Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de educativos, na cidade de Barueri, São Paulo, mediante 1967, e no § 1º do art. 13 do Regulamento dos Servi- a utilização do canal 56+E, previsto no Plano Básico ços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº de Distribuição de Canais do referido serviço. 52.795, de 31 de outubro de 1963, 2. Trata-se de fundação de direito privado, sem Decreta: fins lucrativos, com autonomia patrimonial, adminis- Art. 1º Fica outorgada concessão às entidades trativa e financeira, cujo objetivo principal é promover, abaixo mencionadas, para executar, pelo prazo de mediante concessão ou permissão, programas infor- quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens com fins exclusiva- mativos, culturais e recreativos pela televisão, rádio e mente educativos: outros meios de comunicação. I – Fundação Vicente Campello, na cidade de 3. Para atender aos requisitos estabelecidos Recife, Estado de Pernambuco, (Processo nº pela legislação radiodifusão, a entidade apresentou 53103.000286/02); toda a documentação pertinente. II – Fundação Guilherme Müller, na cidade de 4. A escritura pública com o estatuto social da Barueri, Estado de São Paulo (Processo nº entidade encontra-se devidamente matriculada no 53000.005285/00); Registro Civil de Pessoas Jurídicas, na cidade de São Parágrafo único. As concessões ora outorgadas Paulo, São Paulo, atendendo a todos os requisitos reger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica- dispostos no Código Civil Brasileiro e na legislação ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações específica de radiodifusão. assumidas pelas outorgadas. 5. O cargo de Diretor Presidente, está ocupado Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais pelo Sr. Ricardo Augusto Linhares Rossi, cabendo a após deliberação do Congresso Nacional, nos termos ele a representação ativa e passiva da Fundação, nos do § 3º do art. 223 da Constituição. atos de sua administração. Art. 3º Os contratos decorrentes destas conces- 6. Estão previstos também, os cargos de Diretor sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias, Secretário, ocupado pelo Sr. Carlos Eduardo Linha- a contar da data da publicação da deliberação de que res Rossi e de Diretor Financeiro, ocupado pelo Sr. trata o art. 2º, sob pena de tornarem-se nulos, de ple- Elbert Wilson Linhares Rossi. no direito, os atos de outorga. II – Do Mérito Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 7. A outorga de permissão, concessão e autori- Brasília, 28 de outubro de 2002; 181º da Inde- zação para executar serviços de radiodifusão sonora pendência e 114º da República. – Fernando Henri- e de sons e imagens está admitida na Constituição que Cardoso. Federal (art. 21. inciso XII, alínea a). Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04891 8. É também a Carta Magna, em seu art. 223. Brasília, 18 de julho de 2002. – Napoleão Vala- que atribui ao Poder Executivo competência para ou- dares, Coordenador-Geral de Outorga. torgar concessão, permissão e autorização para o re- À Consideração do Sr. Secretário de Serviços ferido serviço, ao tempo em que condiciona a eficácia de Radiodifusão. do correspondente ato à deliberação do Congresso Brasília, 18 de julho de 2002. – Hamilton de Nacional. Magalhães Mesquita, Diretor do Departamento de 9. O Regulamento dos Serviços de Radiodifu- Outorga de Serviços de Radiodifusão. são, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outu- Encaminhem-se os autos à douta Consultoria bro de 1963, em seu art. 13. com a redação que lhe foi Jurídica, para prosseguimento. dada pelo Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de Brasília, 8 de agosto de 2002. – Antonio Carlos 1996, publicado no DOU, de 26 subseqüente, dispen- Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. sa a publicação de edital para a outorga de serviço de radiodifusão com fins exclusivamente educativos. (À Comissão de Educação – decisão terminativa.) “Art. 13...... ( ... ) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 327, DE 2004 § 1º É dispensável a licitação para ou- (Nº 2.913/2003, na Câmara dos Deputados) torga para execução de Serviços de Radiodi- fusão com fins exclusivamente educativos”. Aprova o ato que outorga conces- são à Radio Felicidade FM Ltda., para ex- 10. A documentação instrutória concernente à plorar serviço de radiodifusão sonora em entidade e aos seus diretores está em ordem. A en- onda média na cidade de Cabrobó, Esta- tidade encaminhou a declaração prevista na Porta- do de Pernambuco. ria Interministerial nº 651, de 15 de abril de 1999, publicada no DOU de 19 de abril de 1999. O Congresso Nacional decreta: 11. O deferimento da outorga pretendida não Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- implicará descumprimento dos limites fixados pelo creto s/nº de 15 de janeiro de 2002, que outorga con- Decreto-lei nº 236/67, quanto aos diretores, conforme cessão à Rádio Felicidade FM Ltda., para explorar, declarações firmadas por eles e juntadas às fls. por dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de 124,127 e 129, dos presentes autos. radiodifusão sonora em onda média na cidade de Ca- brobó, Estado de Pernambuco. III – Conclusão Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor Estando o processo devidamente instruído, em na data de sua publicação. conformidade com os dispositivos legais que regem MENSAGEM Nº 30, DE 2002 os serviços de radiodifusão, concluo pelo deferimento do pedido, sugerindo que os autos sejam encaminha- Senhores Membros do Congresso Nacional, dos ao Diretor do Departamento de Outorga de Servi- Nos termos do art. 49. inciso XII, combinado ços de Radiodifusão para prosseguimento. com o § 3º do art. 223. da Constituição Federal, sub- O ato de outorga dar-se-á por decreto presiden- meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- cial, em razão de se tratar do serviço de radiodifusão nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de sons e imagens, conforme dispõe a legislação es- de Estado das Comunicações, o ato constante do De- creto de 15 de janeiro de 2002, que “Outorga conces- pecífica. são às entidades que menciona, para explorar servi- Posteriormente à decisão da outorga, o proces- ços de radiodifusão, e dá outras providências”. As en- so deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional, tidades mencionadas são as seguintes: onde o ato de outorga será apreciado conforme dis- 1 – Radiodifusão Rainha do Céu Ltda., na cida- põe a Constituição Federal (art. 223.). de de Bezerros – PE (onda média); É o parecer “sub-censura”. 2 – Rádio Felicidade FM Ltda., na cidade de Pe- Brasília, 18 de julho de 2002. – Fernando Sam- trolândia – PE (onda média); paio Netto, Assessor Jurídico. 3 – EBC – Empresa Bauruense de Comunica- De acordo. À consideração do Sr. Diretor do De- ção Ltda., na cidade de Ribeirão Preto – SP (onda partamento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. média); 04892 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 4 – Líder Comunicações Ltda., na cidade de Fei- Rádio Felicidade FM Ltda., serviço de radiodifu- jó – AC (onda média); são sonora em onda média na cidade de Petrolândia, 5 – Líder Comunicações Ltda., na cidade de Rio Estado de Pernambuco (Processo nº Branco – AC (onda média); 53103.000340/97 e Concorrência nº 97/97-SFO/MC); 6 – Rádio Portal de Caxias Ltda., na cidade de EBC – Empresa Bauruense de Comunicação João Lisboa – MA (onda média); Ltda., serviço de radiodifusão sonora em onda média 7 – Rádio e Televisão Libertas Ltda., na cidade na cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo de Uberlândia – MG (onda média); (Processo nº 53830.001345/97 e Concorrência nº 103/97-SFO/MC); 8 – Rádio Felicidade FM Ltda., na cidade de Ca- brobó – PE (onda média); Líder Comunicações Ltda., serviço de radiodifu- são sonora em onda média na cidade de Feijó, Esta- 9 – Rádio AM Banda Ltda., na cidade de Sarandi do do Acre (Processo nº 53600.000011/98 e Concor- – PR (onda média); rência nº 117/97-SSR/MC); 10 – Sesal – Comunicação e Informática Ltda., Líder Comunicações Ltda., serviço de radiodifu- na cidade de Telêmaco Borba – PR são sonora em onda média na cidade de Rio Branco, 11 – Rede Brasileira de Rádio e Televisão Ltda., Estado do Acre (Processo nº 53600.000011/98 e na cidade de Igarapé-Miri – PA (onda média) Concorrência nº 117/97-SSR/MC); 12 – Rádio Cajazeiras FM Ltda., na cidade de Rádio Portal de Caxias Ltda., serviço de radiodifu- Campina Grande – PB (onda média); são sonora em onda média na cidade de João Lisboa, 13 – Rádio Cidade Luis Eduardo Magalhães Estado do Maranhão (Processo nº 53680.000099/98 e S/C, na cidade de Barreiras – BA (onda média) Concorrência nº 134/97-SSR/MC); 14 – TV Vale do Aço Ltda., na cidade de Coronel Rádio e Televisão Libertas Ltda., serviço de radio- Fabriciano – MG (sons e imagens). difusão sonora em onda média na cidade de Uberlân- Brasília, 21 de janeiro de 2002. – Fernando dia, Estado de Minas Gerais (Processo nº Henrique Cardoso, Presidente. 53710.000251/98 e Concorrência nº 136/97–SSR/MC); Rádio Felicidade FM Ltda., serviço de radiodifusão MC nº 779 EM sonora em onda média na cidade de Cabrobó, Estado de Pernambuco (Processo nº 53.103.000142/98 e Concor- Brasilia, 10 de dezembro de 2001 rência nº 146/97-SSR/MC); Rádio AM Banda 1 Ltda., serviço de radiodifu- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, são sonora em onda média na cidade de Sarandi, Em conformidade com as atribuições legais e re- Estado do Paraná (Processo nº 53740.000230/98 e gulamentares cometidas a este Ministério, determi- Concorrência nº 150/97-SSR/MC); nou-se a instauração de procedimento licitatório, na Sesal – Comunicação e Informática Ltda., serviço modalidade Concorrência, com vistas à outorga de con- de radiodifusão sonora em onda média na cidade de cessão para explorar serviço de radiodifusão, nas locali- Telêmaco Borba, Estado do Paraná (Processo nº dades e Unidades da Federação abaixo indicadas. 53740.000233/98 e Concorrência nº 150/97-SSR/MC); 2. A Comissão Especial de Ambito Nacional, cri- Rede Brasileira de Rádio e Televisão Ltda., ser- ada pela Portaria nº 63, de 5 de fevereiro de 1997, al- viço de radiodifusão sonora em onda média na cidade terada pela Portaria nº 795, de 17 de dezembro de de Igarapé-Miri, Estado do Pará (Processo nº 1997, após analisar a documentação de habilitação e 53720.000163/98 e Concorrência nº 18/98-SSR/MC); as propostas técnica e de preço das entidades propo- Rádio Cajazeiras FM Ltda., serviço de radiodifu- nentes, com observância da Lei nº 8.666, de 21 de ju- são sonora em onda média na cidade de Campina nho de 1993, e da legislação específica de radiodifu- Grande, Estado da Paraíba (Processo nº são, concluiu que obtiveram a maior pontuação do 53730.000206/98 e Concorrência nº 21/98-SSR/MC); valor ponderado, nos termos estabelecidos pelos res- Rádio Cidade Luís Eduardo Magalhães S/C, serviço pectivos Editais, tomando-se assim vencedoras das de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Bar- Concorrências, conforme atos da mesma Comissão, reiras, Estado da Bahia (Processo nº 53640.000280/2000 que homologuei, as seguintes entidades: e Concorrência nº 4/2000-SSR/MC); Radiodifusão Rainha do Céu Ltda., serviço de TV Vale do Aço Ltda., serviço de radiodifusão de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Be- sons e imagens na cidade de Coronel Fabriciano, Esta- zerros, Estado de Pernambuco (Processo nº do de Minas Gerais (Processo nº 53710.000254/98 e 53103.000338/97 e Concorrência nº 97/97-SFO/MC); Concorrência nº 136/97-SSRJ/MC); Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04893 2. Nessa conformidade, e em observância ao VI – Rádio Portal de Caxias Ltda., na cidade de que dispõe o art. 29 do Regulamento dos Serviços de João Lisboa, Estado do Maranhão (Processo nº Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 53680.000099/98 e Concorrência nº 134/97-SSR/MC); 31 de outubro de 1963, com a redação que lhe foi VII – Rádio e Televisão Libertas Ltda., na cidade dada pelo Decreto nº 1.720, de 28 de novembro de de Uberlândia, Estado de Minas Gerais (Processo nº 1995, submeto à elevada consideração de Vossa 53710.000251/98 e Concorrência nº 136/97-SSR/MC); Excelência projeto de decreto que trata da outorga de VIII – Rádio Felicidade FM Ltda., na cidade de Ca- concessão às referidas entidades para explorar os brobó, Estado de Pernambuco (Processo nº serviços de radiodifusão mencionados. 53103.000142/98 e Concorrência nº l46/97-SSR/MC); 3. Esclareço que, nos termos do § 3º do art. 223 IX – Rádio AM Banda 1 Ltda., na cidade de Saran- da Constituição, os atos de outorga somente produzi- di, Estado do Paraná (Processo nº 53740.000230/98 e rão efeitos legais após deliberação do Congresso Na- Concorrência nº 150/97-SSR/MC); cional, para onde solicito sejam encaminhados os re- X – Sesal – Comunicação e Informática Ltda., na feridos atos. cidade de Telêmaco Borba, Estado do Paraná (Proces- Respeitosamente, – Pimenta da Veiga, Minis- so nº 53740.000233/98 e Concorrência nº tro de Estado das Comunicações. 150/97-SSR/MC); XI – Rede Brasileira de Rádio e Televisão Ltda., DECRETO DE 15 DE JANEIRO DE 2002 na cidade de Igarapé-Mirim, Estado do Pará (Processo nº 53720.000163/98 e Concorrência nº Outorga concessão às entidades 18/98-SSR/MC); que menciona, para explorar serviços de XII – Rádio Cajazeiras FM Ltda., na cidade de radiodifusão, e dá outras providências. Campina Grande, Estado da Paraíba (Processo nº 53730.000206/98 e Concorrência nº 21/98-SSR/MC); O Vice-Presidente da República, no exercício XIII – Rádio Cidade Luís Eduardo Magalhães do cargo de Presidente da República, usando das S/C, na cidade de Barreiras, Estado da Bahia (Pro- atribuições que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e cesso nº 53640.000280/2000 e Concorrência nº 223, caput, da Constituição, e 34, § 1º, da Lei nº 004/2000-SSR/MC). 4.117, de 27 de agosto de 1962, e tendo em vista o Art. 2º Fica outorgada concessão à TV Vale do disposto no art. 29 do Regulamento dos Serviços de Aço Ltda., na cidade de Coronel Fabriciano, Estado de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de Minas Gerais, para explorar, pelo prazo de quinze anos, 31 de outubro de 1963, decreta: sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de Art. 1º Fica outorgada concessão às entidades sons e imagens (Processo nº 53710.000254/98 e Con- abaixo mencionadas para explorar, pelo prazo de dez corrência nº 136/97-SSR/MC). anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio- difusão sonora em onda média: Art. 3º As concessões ora outorgadas re- I – Radiodifusão Rainha do Céu Ltda., na cidade ger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica- de Bezerros, Estado de Pernambuco (Processo nº ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações 53103.000338/97 e Concorrência nº 97/97-SFO/MC); assumidas pelas outorgadas. II – Rádio Felicidade FM Ltda., na cidade de Pe- Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos Lega- trolândia, Estado de Pernambuco (Processo nº is após deliberação do Congresso Nacional, nos ter- 53103.000340/98 Concorrência nº 097/97-SFO/MC) mos do § 3º do art. 223 da Constituição. III – EBC – Empresa Bauruense de Comunica- Art 5º Os contratos decorrentes destas conces- ção Ltda., na cidade de Ribeirão Preto, Estado de sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias, São Paulo (Processo nº 53830.001345/97 e Concor- a contar da data de publicação da deliberação de que rência nº 103/97-SFO/MC); trata o art. 4º, sob pena de tornar-se nula, de pleno di- IV – Líder Comunicações Ltda., na cidade de reito, a outorga concedida. Feijó, Estado do Acre (Processo nº 53600.000011/98 Concorrência nº 117/97-SSR/MC); Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de V – Líder Comunicações Ltda., na cidade de Rio sua publicação. Branco, Estado do Acre (Processo nº 53600.000011/98 Brasília, 15 de janeiro de 2002; 181º da Inde- e Concorrência nº 117/97-SSR/MC); pendência e 114º da República. – Marco Maciel. 04894 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04895 04896 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04897 04898 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO O Congresso Nacional decreta: Nº 328, DE 2004 Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- (Nº 2.946/2003, na Câmara do Deputados) taria nº 165, de 19 de fevereiro de 2002, que autoriza a Associação Comunitária de Desenvolvimento Eco- Aprova o ato que autoriza a Associa- lógico e Cultural de Dois Vizinhos – PR a executar, ção Comunitária de Desenvolvimento por dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de Ecológico e Cultural de Dois Vizinhos – radiodifusão comunitária na cidade de Dois Vizinhos, PR a executar serviço de radiodifusão co- Estado do Paraná. munitária na cidade de Dois Vizinhos, Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor Estado do Paraná. na data de sua publicação.

MENSAGEM Nº 299, DE 2002 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04899 04900 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004

RELATÓRIO Nº 33 /2002–DOSR/SSR/MC 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada como requerente, baseou o seu pleito nos termos do Referência: Processo nº 53.740.000.895/99, de Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de 8-12-1999. 7 de dezembro de 1999, Seção 3, que contempla o lo- Objeto: Requerimento de outorga de autorização gradouro onde pretende instalar o seu transmissor, para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. munitária. 3. A requerente, por final, solicita “a designação Interessado: Associação Comunitária de Desenvol- de canal para a prestação do serviço, nos termos do vimento Ecológico e Cultural, localidade de Dois Vi- art. 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifusão zinhos, Estado do Paraná. Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998”, apresentando ao Ministério a docu- I – Introdução mentação constante dos presentes autos.

1. Associação Comunitária de Desenvolvimento II – Relatório Ecológico e Cultural, inscrito no CNPJ sob o número 03.539.676/0001-46, no Estado do Paraná, com sede • atos constitutivos da entidade/ documentos na Rua México, 911, Centro, Cidade de Dois Vizi- acessórios nhos, PR, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das 4. O Departamento de Outorga de Serviços de Comunicações, por meio de requerimento datado de Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- 7 de dezembro de 1999, subscrito por representante rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do legal, demonstrando interesse na exploração do Ser- pleito formulado pela requerente, consubstanciado viço de Radiodifusão Comunitária, na localidade que na Petição de folha 1, bem como a documentação indica. apresentada, relatando toda a instrução do presente Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04901 processo administrativo, em conformidade com a le- denadas geográficas em 25º45’20”S de latitude e gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, 52º3’37”W de longitude, consoante aos dados cons- o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- tantes do Aviso publicado no DOU, de 17-12-1999, tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e Seção 3. Norma nº 2/98, de 6-8-1998. 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra 5. A requerente, como mencionado na introdu- que, as coordenadas geográficas indicadas deveriam ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o ser confirmadas, pelo que se depreende da memória serviço, faz indicação da localidade onde pretende do documento de folhas 124, denominado de “Roteiro instalar seus equipamentos transmissores, comple- de Análise Técnica de RadCom”. Posteriormente fo- mentando com o endereço da respectiva estação e ram indicadas as reais coordenadas, que foram acei- coordenadas geográficas, além de pedir a designa- tas e analisadas por Engenheiro responsável. ção de canal para a prestação do serviço, atendendo 11. O mesmo documento trata de outros dados, os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº conforme se segue: 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- – informações sobre geração de coor- ma nº 2/98), está contida nos autos, correspondendo denadas geográficas, instruções sobre coor- ao seguinte: denadas coincidentes com os levantamen- tos do IBGE; – Estatuto Social; – compatibilização de distanciamento – ata de constituição e eleição de diri- do canal; gentes; – situação da estação em faixa de – declarações e comprovantes relati- fronteira, endereço proposto para instalação vos a responsabilidades e obrigações de di- da antena; rigentes, enquanto vinculados à entidade, – planta de arruamento, endereços da face aos ditames legais pertinentes; sede e do sistema irradiante; – manifestações de apoio da comuni- – outros dados e conclusão. dade; 12. Seguiram-se diligências para alteração es- – plantas de arruamento, com indica- tatutária e apresentação dos subitem 6.7 I e II, e ção do local de instalação do sistema irradi- posteriormente o subitem 6.11, (Projeto Técnico) da ante, e respectivas coordenadas geográfi- Norma nº 2/98, (fls. 127 e 189). cas; 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o – informações complementares de diri- “Formulário de Informações Técnicas”, fls. 161, firma- gentes da entidade, como declaração de re- do pelo engenheiro responsável, onde estão resumi- sidência e declaração de fiel cumprimento das as seguintes informações: às normas, recolhimento da taxa de cadas- tro e cópias de documentos pessoais. – identificação da entidade; – os endereços da sede administrativa 7. Toda a documentação mencionada está e de localização do transmissor, sistema ir- contida no intervalo de folhas 1 a 197, dos autos. radiante e estúdio; 8. Analisados os documentos apresentados ini- – características técnicas dos equipa- cialmente e após o cumprimento de exigências, este mentos (transmissor) e acessórios (antena e Departamento constatou conformidade legal e nor- cabo coaxial), com indicação da potência mativa, pelo que passa a examinar as informações efetiva irradiada e intensidade de campo no técnicas de relevância. limite da área de serviço; III – Relatório – diagramas de irradiação do sistema irradiante e características elétricas. • informações técnicas 9. Preliminarmente, a requerente indicou em 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de sua petição que os equipamentos seriam instalados Instalação da Estação, constatando-se conformida- em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, de com a Norma 2/98, em especial as exigências com centro localizado na Rua México, 911, Centro, inscritas em seu item 6.11, folhas 186 e 187. Cidade de Dois Vizinhos, Estado do Paraná, de coor- É o relatório. 04902 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 IV – Conclusão/Opinamento De acordo. À consideração do Senhor Diretor do Departa- 16. O Departamento de Outorga de Serviços de mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos Brasília, 17 de janeiro de 2002. – Hamilton de de habilitação de interessados na exploração do ser- Magalhães Mesquita – Coordenador-Geral. viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução dos presentes autos, depois de detido exame do rol (À Comissão de Educação – Decisão de documentos, os quais estão compatíveis com a le- terminativa.) gislação atinente. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Nº 329 DE 2004 Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, (Nº 2.956/2003, na Câmara dos Deputados) atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- Aprova o ato que outorga permis- de: são à Empresa de Radiodifusão FM Tuiu- iu Ltda., para explorar serviço de radiodi- – nome: fusão sonora em freqüência modulada na Associação Comunitária de Desenvolvimento cidade de Dois Irmãos do Buriti, Estado Ecológico e Cultural de Mato Grosso do Sul. – quadro diretivo: O Congresso Nacional decreta: Presidente: Gerber Cézar Minte Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- Vice-Presidente: Janecir Favero taria nº 367, de 19 de março de 2002, que outorga 1º Secretário: Genir Favero Galvan permissão à Empresa de Radiodifusão FM Tuiuiu 2º Secretário: Luciano André Santin Ltda., para explorar, por dez anos, sem direito de ex- Tesoureiro: Lauri Helfenstein clusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre- – localização do transmissor, sistema irradiante qüência modulada na cidade de Dois Irmãos do Buriti, e estúdio Estado de Mato Grosso do Sul. Rua México, 911, Centro, Cidade de Dois Vizi- Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na nhos, Estado do Paraná data de sua publicação. – coordenadas geográficas MENSAGEM Nº 325, DE 2002 25º 45’ 28 “S de latitude e 52º 03’ 36” W de longi- Senhores Membros do Congresso Nacional, tude, correspondentes aos dados constantes no “For- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado mulário de Informações Técnicas”, fls. 161, e no “Ro- com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- teiro de Análise de Instalação da Estação de meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- RADCOM”, fls. 186 e 187, que se refere à localização nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro da estação. de Estado das Comunicações, permissões para ex- plorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusi- 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- vidade, serviços de radiodifl.isão, conforme os se- mento do pedido formulado pela Associação Comu- guintes atos e entidades: nitária de Desenvolvimento Ecológico e Cultural, no 1 – Portaria nº 275, de 19 de março de 2002 – sentido de conceder-lhe a outorga de autorização Prisma Engenharia em Telecomunicações Ltda., na para a exploração do serviço de radiodifusão comu- cidade de Caracol – MS; nitária, na localidade pretendida, dentro das condi- 2 – Portaria nº 302, de 19 de março de 2002 – ções circunscritas no Processo Administrativo nº Rádio Viradouro AM Ltda., na cidade de Viradouro – SP; 53.740.000.895/99, de 08 de dezembro de 1999. 3 – Portaria nº 341, de 19 de março de 2002 – Brasília, 17 de janeiro de 2002. Cachoeira Alta Telecomunicações Ltda., na cidade Relatora da conclusão Jurídica: Érica Alves de Prados – MG; Dias 4 – Portaria nº 343, de 19 de março de 2002 – Relatora da Conclusão Técnica: Neide Apare- FM Primavera Limitada, na cidade de Alcinópolis – cida da Silva MS; Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04903 5 – Portaria nº 346, de 19 de março de 2002 – sonora em freqüência modulada, na cidade de Dois Rádio e Televisão Libertas Ltda., na cidade de Jaboti- Irmãos do Buriti, Estado de Mato Grosso do Sul. catubas – MG; 2. A Comissão Especial de Âmbito Nacional, cri- 6 – Portaria nº 347, de 19 de março de 2002 – ada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997, al- Sociedade Centro Minas de Rádio Ltda., na cidade de terada pela Portaria n° 765, de 17 de dezembro de Bom Despacho – MG; 1997, depois de analisar a documentação de habilita- 7 – Portaria nº 348, de 19 de março de 2002 – ção e as propostas técnica e de preço pela outorga Mello e Bruno Comunicação e Participações Ltda., na das entidades proponentes, com observância da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e da legislação es- cidade de Barão de Cocais – MG; pecífica de radiodifusão, concluiu que a Empresa de 8 – Portaria nº 352, de 19 de março de 2002 – Radiodifusão FM Tuiuiú Ltda., obteve a maior pontua- Cachoeira Alta Telecomunicações Ltda., na cidade ção do valor ponderado, nos termos estabelecidos de Paraopeba – MG; pelo Edital, tomando-se assim a vencedora da Con- 9 – Portaria nº 353, de 19 de março de 2002 – corrência, conforme ato da mesma Comissão, que Cachoeira Alta Telecomunicações Ltda., na cidade homologuei, havendo por bem outorgar a permissão, de Pedra do Indaiá – MG; na forma da Portaria inclusa. Fl. Da Mensagem nº 325, de 6-5-2002 3. Esclareço que, de acordo como§3ºdoart. l0 – Portaria nº 354, de 19 de março de 2002 – 223 da Constituição, o ato de outorga somente produ- Fundação Santa Cruz de Jequitinhonha, na cidade de zirá efeitos legais após deliberação do Congresso Jequitinhonha – MG; Nacional, para onde solicito seja encaminhado o refe- 11 – Portaria nº 366, de 19 de março de 2002 – rido ato. Ibiapina Radiodifusão Ltda., na cidade de Mutum – Respeitosamente, – Pimenta da Veiga, Minis- MG; tro de Estado das Comunicações. 12 – Portaria nº 367, de 19 de março de 2002 – PORTARIA Nº 367, DE 19 DE MARÇO DE 2002 Empresa de Radiodifusão FM Tuiuiu Ltda., na cidade de Dois Irmãos do Buriti – MS; O Ministro de Estado das Comunicações, no 13 – Portaria nº 368, de 19 de março de 2002 – uso de suas atribuições, em conformidade com o art. Sistema Alfa de Comunicação Ltda., na cidade de 32 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, Nova Era – MG; aprovado pelo Decreto n° 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto 14 – Portaria nº 372, de 19 de março de 2002 – n° 1.720, de 28 de novembro de 1995, e tendo em vis- Emissoras Integradas MF Ltda., na cidade de Deodá- ta o que consta do Processo nº 53670.001352/2000, polis – MS; Concorrência nº 75/2000-SSR/MC, resolve: 15 – Portaria nº 374, de 19 de março de 2002 – Art. 1º Outorgar permissão à Empresa de Radi- Go’el Ltda., na cidade de Muzambinho – MG; odifusão FM Tuiuiú Ltda., para explorar, pelo prazo 16 – Portaria nº 376, de 19 de março de 2002 – de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de Cachoeira Alta Telecomunicações Ltda., na cidade radiodifusão sonora em freqüência modulada, na ci- de Padre Paraiso – MG; e dade de Dois Irmãos do Buriti, Estado de Mato Gros- 17 – Portaria nº 377, de 19 de março de 2002 – so do Sul. Cachoeira Alta Telecomunicações Ltda., na cidade Parágrafo único. A permissão ora outorgada re- de Piedade dos Gerais – MG. ger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- Brasília, 6 de maio de 2002. Fernando Henri- ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações que Cardoso. assumidas pela outorgada em suas propostas. MC nº 431 EM Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, nos termos do artigo 223, § 3º, da Constituição. Brasília, 27 de março de 2002 Art. 3º O contrato de adesão decorrente desta permissão deverá ser assinado dentro de sessenta Excelentíssimo Senhor Presidente da República, dias, a contar da data de publicação da deliberação De conformidade com as atribuições legais e regu- de que trata o artigo anterior, sob pena de tomar-se lamentares cometidas a este ministério, determinou-se a nulo, de pleno direito, o ato de outorga. publicação da Concorrência nº 75/2000-SSR/MC, com Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de vistas à implantação de uma estação de radiodifusão sua publicação. – Pimenta da Veiga. 04904 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04905 04906 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04907 04908 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04909 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO de de Vacaria, Estado do Rio Grande do Sul (Proces- Nº 330, DE 2004 so n° 53790.000160/94); (Nº 2.958/2003, na Câmara dos Deputados) • Rádio Miriam Ltda., concessionária do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Aprova o ato que renova a conces- Torres, Estado do Rio Grande do Sul (Processo n° são da TV Serra Dourada Ltda. para ex- 53790.000212/94); plorar serviço de radiodifusão de sons e • TV Serra Dourada Ltda.,concessionária do imagens na cidade de Goiânia, Estado de serviço de radiodifusão de sons e imagens, na cidade Goiás. de Goiânia, Estado de Goiás (Processo n° 53670.000265/00). O Congresso Nacional decreta: 2. Observo que a renovação do prazo de vigên- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- cia das outorgas para explorar serviços de radiodifu- creto s/nº de 30 de abril de 2002, que renova, a partir são é regida pelas disposições contidas na Lei n° de 15 de março de 2000, a concessão da TV Serra 5.785, de 23 de junho de 1972, e no Decreto n° 88.066, Dourada Ltda. para explorar, por quinze anos, sem di- de 26 de janeiro de 1983, que a regulamentou. reito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens na cidade de Goiânia, Estado de Goiás. 3. Cumpre ressaltar que os pedidos foram anali- sados pelos órgãos técnicos deste Ministério e consi- Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor derados de acordo com os dispositivos legais aplicá- na data de sua publicação. veis, demonstrando possuir as entidades as qualifica- MENSAGEM Nº 339, DE 2002 ções necessárias à renovação da concessão. 4. Nessa conformidade, e em observância ao Senhores Membros do Congresso Nacional, que dispõem a Lei n° 5.785, de 1972, e seu Regula- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado mento, Decreto n° 88.066, de 1983, submeto o as- com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- sunto à superior consideração de Vossa Excelência meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- para decisão e submissão da matéria ao Congresso nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro Nacional, em cumprimento ao § 3º do art. 223 da de Estado das Comunicações, o ato constante do De- Constituição. creto de 30 de abril de 2002, que “Renova concessão Respeitosamente, – Juarez Quadros Do Nas- das entidades que menciona, para explorar serviços cimento, Ministro de Estado das Comunicações. de radiodifusão, e dá outras providências”. As entida- des mencionadas são as seguintes: DECRETO DE 30 DE ABRIL DE 2002 1 – Rádio Esmeralda Ltda., na cidade de Vaca- ria – RS (onda média); Renova concessão das entidades 2 – Rádio Miriam Ltda., na cidade de Torres – que menciona, para explorar serviços de RS (onda média); e radiodifusão, e dá outras providências. 3 – TV Serra Dourada Ltda., originariamente Radiodifusão e Comunicações ABC Ltda., na cidade O Presidente da República, no uso das atribui- de Goiânia – GO (sons e imagens). ções que lhe conferem os arts. 84,inciso IV, e 223, ca- Brasília , 7 de maio de 2002. – Fernando Henri- put, da Constituição, 33, § 3º, da Lei nº 4.117, de 27 que Cardoso. de agosto de 1962, e 6º da Lei n° 5.785, de 23 de ju- MC nº 531 EM nho de 1972, e tendo em vista o disposto no art. 62, inciso I, do Decreto n° 88.066, de 26 de janeiro de Brasília, 10 de março de 2002 1983, Decreta: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Art. 1º Ficam renovadas as concessões das en- Submeto à consideração de Vossa Excelência o tidades abaixo mencionadas para explorar, sem direi- incluso projeto de decreto que trata da renovação de to de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço concessões, outorgadas às entidades abaixo relacio- de radiodifusão sonora em onda média: nadas, para explorar serviço de radiodifusão, nas lo- I – Rádio Esmeralda Ltda., a partir de 12 de calidades e Unidades da Federação indicadas: maio de 1994, na cidade de Vacaria, Estado do Rio • Rádio Esmeralda Ltda., concessionária do ser- Grande do Sul, outorgada pela Portaria MVOP n° viço de radiodifusão sonora em onda média, na cida- 485, de 11 de outubro de 1960, e renovada pelo De- 04910 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 creto n° 90.422, de 8 de novembro de 1984 (Processo social para a atual, conforme Portaria n° 047, de 5 de nº 53790.000160/94); e agosto de 1993 (Processo n° 53670.000265/00). II – Rádio Miriam Ltda., a partir de 12 de maio de Art. 3º A exploração do serviço de radiodifusão, 1994, na cidade de Torres, Estado do Rio Grande do cujas concessões são renovadas por este Decreto, Sul, outorgada pela Portaria MVOP n° 187, de 11 de reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- abril de 1957, e renovada pelo Decreto n° 89.547, de ções, leis subseqüentes e seus regulamentos. 11 de abril de 1984 (Processo n° 53790.000212/94). , Art. 4º A renovação da concessão somente produ- Art. 2º – Fica renovada, por quinze anos, a partir zirá efeitos legais após deliberação do Congresso Naci- de 15 de março de 2000, a concessão para explorar, onal, nos termos do § 3º do art. 223 da Constituição. sem direito de exclusividade, o serviço de radiodifu- são de sons e imagens, na cidade de Goiânia, Esta- Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de do de Goiás, outorgada à TV Serra Dourada Ltda., sua publicação. originariamente Radiodifusão e Comunicações Brasília, 30 de abril de 2002; 181º da Indepen- ABC Ltda., pelo Decreto nº 91.087, de 12 de março dência e 114º da República. – Fernando Henrique de 1985, e autorizada a mudar a sua denominação Cardoso. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04911 04912 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04913 04914 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004

(À Comissão de Educação - de- cisão terminativa.) Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04915 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 10 – Rádio Planalto De Maracanaú Ltda., na ci- Nº 331, DE 2004 dade de MaracanaúCE; (onda média) (Nº 2.962/2003, na Câmara dos Deputados) 11 – Rádio Pioneira de Forquilha Ltda., na cida- Aprova o ato que renova a conces- de de Forquilha-CE; (onda média) são da Rádio Club de Nova Aurora LtdA. 12 – Rádio Tabajara de São Benedito Ltda., na para explorar serviço de rádiodifusão so- cidade de São Benedito-CE; (onda média) nora em onda média na cidade de Nova Aurora, Estado do Paraná. MENSAGEM Nº 340, DE 7-5-2002 13 – Rádio Vale do Coreaú Ltda, na cidade de O Congresso Nacional decreta: Granja – CE; (onda média) Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- 14 – Emissora Sul Goiana de Quirinópolis Ltda., creto s/nº de 24 de abril de 2002, que renova, a partir na cidade de Quirinópolis – GO; (onda média) de 14 de maio de 1996, a concessão da Rádio Club de Nova Aurora Ltda. para explorar, por dez anos, 15 – Fundação Dom Juvenal Roriz, originaria- sem direito de exclusividade, serviço de Rádiodifusão mente Rádio Serra Azul Ltda., na cidade de Caíapô- sonora em onda média na cidade de Nova Aurora, nia – GO; (onda média) Estado do Paraná. 16 – Rádio Difusora São Patrício Ltda., na cida- Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor de de Ceres – GO; (onda média) na data de sua publicação. 17 – Rádio Pérola do Turi Ltda., na cidade de MENSAGEM Nº 340, DE 2002 Santa Helena – MA; (onda média) Senhores Membros do Congresso Nacional, 18 – Rede Sul Matogrossense de Emissoras Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado Ltda., na cidade de Aparecida do Taboado – MS; com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- (onda média) meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- 19 – Rádio Educadora de Arcos Ltda., na cidade nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Arcos – MG; (onda média) de Estado das Comunicações, o ato constante do De- 20 – Fundação Educacional Mater Ecclesiae, creto de 24 de abril de 2002, que “Renova concessão originariamente Rádio Educadora Rural de Jacarezi- das entidades que menciona, para explorar serviços nho Ltda., na cidade de Jacarezinho – PR (onda mé- dia) de Rádiodifusão, e dá outras providências”. As enti- dades mencionadas são as seguintes: 21 – Fundação Nossa Senhora de Belém, origi- 1 – Rádio Clube Ltda., na cidade Santo Antônio nariamente Rádio Cultura Nossa Senhora de Belém de Jesus-BA (onda média) Ltda., na cidade de Guarapuava – PP; (onda média) 2 – Rádio Campo Maior de Quixeramobim Ltda., 22 – Rádio Club de Nova Aurora Ltda., na cida- na cidade de Quixeramobim-CE; (onda média) de de Nova Aurora – PR; (onda média) 3 – Rádio Cultura de Aracati Ltda., na cidade de 23 – Rádio Cultura de Ipora Ltda., na cidade de Aracati-CE; (onda media) Iporã – PR; (onda média) 4 – Rádio Cultura de Varzea Alegre Ltda., na ci- 24 – Rádio Educadora Ltda., na cidade de São dade de Várzea Alegre-CE; (onda média) João do Ivai – PR; (onda média) 5 – Rádio Cultura dos Inhamuns Ltda., na cida- 25 – Fundação Cultural Planalto de Passo Fun- de de Tauá-CE; (onda média) do, na cidade de Passo Fundo – RS; (onda média) 6 – Rádio Guaraciaba Ltda., na cidade de (3ua- 26 – Rádio Garibaldi Ltda., na cidade de Laguna raciaba do Norte-CE; (onda média) – SC; (onda média) 7 – Rádio Jornal de Canindé LtdA., na cidade de 27 – Rádio Difusora de Fernandópolis Ltda., na Canindé-CE; (onda media) cidade de Fernandópolis – SP; (onda média) 8 – Rádio Monólitos de Quixadá Ltda., origínari- amente Rádio Uirapuru de Quixadá Ltda., na cidade 28 – Rádio Nova Bebedouro Ltda., na cidade de de Quixadá-CE; (onda média) Bebedouro – SP; (onda média) 9 – Rádio Macambira Ltda., na cidade de Ipuei- 29 – Rádio Cultura Miracema do Norte Ltda., na ras-CE; (onda média) cidade de Miracema do Tocantins – TO; (onda média) 04916 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 MENSAGEM Nº 340, DE 7 DE MAIO DE 2002 dia, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará (Proces- 30 – Fundação Cultural Divino Espiríto Santo de so nº 53650.001082/97); Jata, originariamente Rádio Difusora de Jataí Ltda., FL2, MC 00304 EM, de 19 de março de 2002 na cidade de Jatai – GO; (onda tropical) e • Rádio Macambira Ltda., concessionária do 31 – Televisão Sul Bahia de Teixeira de Freitas serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- Ltda., na cidade de Teixeira de Freitas – BA (sons e dade de Ipueiras, Estado do Ceará (Processo nº imagens). 53650.001543/98); Brasilia, 7 de maio de 2002. Fernando Henri- • Rádio Planalto de Maracanaú Ltda., concessi- que Cardoso. onária do serviço de radiodifusão sonora em onda MC nº 304 EM média, na cidade de Maracanaú, Estado do Ceará (Processo nº 53650.000027/98); Brasília, 19 de março de 2002 • Rádio Pioneira De Forquilha Ltda., concessio- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- Submeto à consideração de Vossa Excelência o dia, na cidade de Forquilha, Estado do Ceará (Pro- incluso projeto de decreto que trata da renovação de cesso nº 53650.001632/97); concessões, outorgadas às entidades abaixo relacio- • Rádio Tabajara de São Benedito Ltda., con- nadas, para explorar serviço de radiodifusão, nas lo- cessionária do serviço de radiodifusão sonora em calidades e Unidades da Federação indicadas: onda média, na cidade de São Benedito, Estado do • Rádio Clube Ltda., concessionária do serviço Ceará (Processo nº 53650.000074/97); de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de • Rádio Vale do Coreaú Ltda., concessionária do Santo Antônio de Jesus, Estado da Bahia (Processo serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- nº 53640.000343/00); dade de Granja, Estado do Ceará (Processo nº • Rádio Campo Maior de Quixeramobim Ltda., 53650.001555/98); concessionária do serviço de radiodifusão sonora em • Emissora Sul Goiana De Quirinópolis Ltda., onda média, na cidade de Quixeramobim, Estado do concessionária do serviço de radiodifusão sonora em Ceará (Processo nº 53650.000670/97); onda média, na cidade de Quirinópolis, Estado de • Rádio Cultura de Aracati Ltda., concessionária Goiás (Processo nº 53670.000318/97); do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na • Fundação Dom Juvenal Roriz, concessionária cidade de Aracati, Estado do Ceará (Processo nº do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na 53650.001470/97); cidade de Caiapônia, Estado de Goiás (Processo nº • Rádio Cultura de Várzea Alegre Ltda., conces- 53670.000457/96); sionária do serviço de radiodifusão sonora em onda • Rádio Difusora São Patrício Ltda., concessio- média, na cidade de Várzea Alegre, Estado do Ceará nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- (Processo nº 53650.000513/97); dia, na cidade de Ceres, Estado de Goiás (Processo • Rádio Cultura dos Inhamuns Ltda., concessio- nº 53670.000113/96); nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- • Rádio Pérola do Turi Ltda., concessionária do dia, na cidade de Tauá, Estado do Ceará (Processo serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- nº 53650.000931/99); dade de Santa Helena, Estado do Maranhão (Proces- • Rádio Guaraciaba Ltda., concessionária do so nº 53680.000154/98); serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- • Rede Sul Matogrossense de Emissoras Ltda., dade de Guaraciaba do Norte, Estado do Ceará (Pro- concessionária do serviço de radiodifusão sonora em cesso nº 53650.002926/98); onda média, na cidade de Aparecida do Taboado, • Rádio Jornal de Canindé Ltda., concessionária Estado de Mato Grosso do Sul (Processo nº do serviço de Radiodifusão sonora em onda média, 53700.000051/98); na cidade de Canindé, Estado do Ceará (Processo nº • Rádio Educadora de Arcos Ltda., concessio- 53650.000181/97); nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- • Rádio Monólitos de Quixadá Ltda., concessio- dia, na cidade de Arcos, Estado de Minas Gerais nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- (Processo nº 53710.000023/97); Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04917 • Fundação Educacional Mater Ecclesiae, con- sons e imagens, na cidade de Texeira de Freitas, cessionária do serviço de radiodifusão sonora em Estado da Bahia (Processo nº 53640. 000055/01). onda média, na cidade de Jacarezinho, Estado do 2. Observo que a renovação do prazo de vigên- Paraná (Processo nº 53740. 000854/97); cia das outorgas para explorar serviços de radiodifu- • Fundação Nossa Senhora de Belém, conces- são é regida pelas disposições contidas na Lei nº sionária do serviço de radiodifusão sonora em onda 5.785, de 23 de junho de 1972, e no Decreto nº média, na cidade de Guarapuava, Estado do Paraná 88.066, de 26 de janeiro de 1983, que a regulamen- (Processo nº 53740. 000800/97); tou. • Rádio Club de Nova Aurora Ltda., concessio- 3. Cumpre ressaltar que os pedidos foram anali- nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- sados pelos órgãos técnicos deste Ministério e consi- dia, na cidade de Nova Aurora, Estado do Paraná derados de acordo com os dispositivos legais aplicá- (Processo nº 53740.000100/96); veis, demonstrando possuir as entidades as qualifica- • Rádio Cultura de Iporã Ltda., concessionária ções necessárias à renovação da concessão. do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na 4. Nessa conformidade, e em observância ao que cidade de Iporã, Estado do Paraná (Processo nº dispõem a Lei nº 5.785, de 1972, e seu Regulamento, 53740. 000362/97); Decreto nº 88.066, de 1983, submeto o assunto à supe- rior consideração de Vossa Excelência para decisão e • Rádio Educadora Ltda, concessionária do ser- submissão da matéria ao Congresso Nacional, em viço de radiodifusão sonora em onda média, na cida- cumprimento ao § 3º do art. 223 da Constituição. de de São João do Ivaí, Estado do Paraná (Processo nº 53740.000282/97); Respeitosamente, – Pimenta da Veiga, Minis- tro de Estado das Comunicações. • Fundaçao Cultural Planalto de Passo Fundo, concessionária do serviço de radiodifusão sonora em DECRETO DE 24 DE ABRIL DE 2002 onda média, na cidade de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul (Processo nº 53790.001056/95); Renova concessão das entidades que menciona, para explorar serviços de • Rádio Garibaldi Ltda., concessionária do servi- radiodifusão, e dá outras providências. ço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Laguna, Estado de Santa Catarina (Processo nº O Presidente da República, no uso das atribui- 50820.000081/94); ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, • Rádio Difusora de Fernandópolis Ltda., con- caput, da Constituição, 33, § 3º, da Lei nº 4.117, de cessionária do serviço de radiodifusão sonora em 27 de agosto de 1962, e 62 da Lei nº 5.785, de 23 de onda média, na cidade de Fernandópolis, Estado de junho de 1972, e tendo em vista o disposto no art. 6º, São Paulo (Processo nº 53 830.002548/97); inciso I, do Decreto nº 88.066, de 26 de janeiro de • Rádio Nova Bebedouro Ltda., concessionária 1983, do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Decreta: cidade de Bebedouro, Estado de São Paulo (Proces- Art. 1º Ficam renovadas as concessões das en- so nº 53830.001492/94); tidades abaixo mencionadas para explorar, sem direi- • Rádio Cultura Miracema do Norte Ltda., con- to de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço cessionária do serviço de radiodifusão sonora em de radiodifusão sonora em onda média: onda média, na cidade de Miracema do Tocantins, I – Rádio Clube Ltda., a partir de 22 de agosto de Estado do Tocantins (Processo Nº 29670. 1998, na cidade de Santo Antônio de Jesus, Estado 000186/92); da Bahia, outorgada pelo Decreto nº 82.043, de 26 de • Fundação Cultural Divino Espírito Santo de Ja- julho de 1978 (Processo nº 53640.000343/00); tai, concessionária do serviço de radiodifusão sonora II – Rádio Campo Maior de Quixeramobim Ltda., em onda tropical, na cidade de Jataí, Estado de Goiás a partir de 21 de agosto de 1997, na cidade de Quixe- (Processo nº 53670. 000221/97); ramobim, Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto • Televisão Sul Bahia de Teixeira de Freitas nº 94.696, de 28 de julho de 1987 (Processo nº Ltda., concessionária do serviço de radiodifusão de 53650.000670/97); 04918 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 III – Rádio Cultura de Aracati Ltda., a partir de 23 X – Rádio Planalto de Maracanau Ltda., a partir de dezembro de 1997, na cidade de Aracati, Estado de 6 de abril de 1998, na cidade de Maracanaú, Esta- do Ceará, outorgada pelo Decreto nº 80.744, de 14 de do do Ceará, outorgado pelo Decreto nº 95.668, de 26 novembro de 1977, e renovada pelo Decreto nº de janeiro de 1988 (Processo nº 53650.000027/98); 96.219, de 24 de junho de 1988 (Processo n] XI – Rádio Pioneira de Forquilha Ltda., a partir 53650.001470/97) de 8 de outubro de 1997, na cidade de Forquilha, IV – Rádio Cultura de Várzea Alegre Ltda., a Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto nº 94.951, partir de 21 de junho de 1997, na cidade de Várzea de 24 de setembro de 1987 (Processo nº Alegre, Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto nº 53650.001632/97); 79.605, de 28 de abril de 1977, e renovada pelo De- XII – Rádio Tabajara de São Benedito Ltda., a creto nº 98.029, de 8 de agosto de 1989, aprovado partir de 1º de abril de 1997, na cidade de São Bene- pelo Decreto Legislativo nº 02, de 1991, publicado no dito, Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto nº Diário Oficial da União em 25 de fevereiro de 1991 93.965, de 22 de janeiro de 1987 (Processo nº (Processo nº 53650.000513/97); 53650.000074/97); V – Rádio Cultura dos Inhamuns Ltda., a partir XIII – Rádio Vale do Coreaú Ltda., a partir de 5 de 5 de outubro de 1999, na cidade de Tauá, Estado de outubro de 1998, na cidade de Granja, Estado do do Ceará, outorgada pelo Decreto nº 83.813, de 7 de Ceará, outorgada pelo Decreto nº 96.716, de 19 de agosto de 1979, e renovada pelo Decreto de 29 de ju- setembro de 1988 (Processo nº 53650.001555/98); lho de 1992, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 42, XIV – Emissora Sul Goiana de Quirinópolis de 1996, publicado no Diário Oficial da União em 19 Ltda., a partir de 13 de dezembro de 1997, na cidade de abril de 1996 (Processo nº 53650.000931/99); de Quirinópolis, Estado de Goiás, outorgada pelo De- creto nº 80.582, de 19 de outubro de 1977, e renova- VI – Rádio Guaraciaba Ltda., a partir de 5 de ou- da pelo Decreto de 30 de julho de 1992 (Processo nº tubro de 1998, na cidade de Guaraciaba do Norte, 53670.000318/97); - Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto nº 96.636, de 2 de setembro de 1988 (Processo nº XV – Fundação Dom Juvenal Roriz, a partir de 53650.002926/98); 18 de maio de 1997, na cidade de Caiapônia, Estado de Goiás, outorgada originariamente à Rádio Serra VII – Rádio Jornal de Canindé Ltda., a partir de Azul Ltda., conforme Decreto nº 94.247, de 22 de abril 19 de maio 1997, na cidade de Canindé, Estado do de 1987, e transferida pelo Decreto de 25 de setem- Ceará, outorgada pelo Decreto nº 79.370, de 10 de bro de 2000, para a concessionária de que trata este março de 1977, e renovada pelo Decreto de 29 de ju- inciso (Processo nº 53670.000457/96); lho de 1992, aprovado pelo Decreto Legislativo nº XVI – Rádio Difusora São Patrício Ltda., a partir 149, de 1999, publicado no Diário Oficial da União de 5 de julho de 1996, na cidade de Ceres, Estado de em 1º de dezembro de 1999 (Processo nº Goiás, outorgada pela Portaria nº 384, de 14 de junho 53650.000181/97); de 1966, e renovada pelo Decreto de 29 de julho de VIII – Rádio Monólitos de Quixadá Ltda., a partir 1992, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 189, de de 18 de agosto de 1997, na cidade de Quixadá, 2000, publicado no Diário Oficial da União em 20 de Estado do Ceará, outorgada à Rádio Uirapuru de Qui- outubro de 2000 (Processo nº 53670.000113/96); xadá Ltda., pelo Decreto nº 79.889, de 28 de junho de XVII – Rádio Pérola do Turi Ltda., a partir de 19 1977, e renovada pelo Decreto nº 98.485, de 7 de de- de julho de 1998, na cidade de Santa Helena, Estado zembro de 1989, aprovado pelo Decreto Legislativo do Maranhão, outorgada pelo Decreto nº 96.213, de nº 181, de 1991, publicado no Diário Oficial da União 23 de junho de 1988 (Processo nº 53680.000154/98); em 6 de setembro de 1991 (Processo nº XVIII – Rede Sul Matogrossense de Emissoras 53650.001082/97); Ltda., a partir de 20 de junho de 1998, na cidade de IX – Rádio Macambjra Ltda., a partir de 5 de ou- Aparecida do Taboado, Estado de Mato Grosso do Sul, tubro de 1998, na cidade de Ipueiras, Estado do Cea- outorgada pelo Decreto nº 81.657, de 15 de maio de rá, outorgada pelo Decreto nº 96.821, de 28 de se- 1978, e renovada pelo Decreto nº 98.140, de 14 de se- tembro de 1988 (Processo nº 53650.001543/98); tembro de 1989, aprovado pelo Decreto Legislativo nº Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04919 202, de 1991, publicado no Diário Oficial da União em 89.487, de 28 de março de 1984 (Processo nº 3 de outubro de 1991 (Processo nº 53700.000051/98); 50820.000081/94); XIX – Rádio Educadora de Arcos Ltda., a partir XXVII – Rádio Difusora De Fernandópolis Ltda., de 16 de março de 1997, na cidade de Arcos, Estado a partir de 8 de abril de 1998, na cidade de Fernandó- de Minas Gerais, outorgada pelo Decreto nº 93.966, polis, Estado de São Paulo, outorgada pela Portaria de 22 de janeiro de 1987 (Processo nº 537 nº 101, de 21 de março de 1968, e renovada pelo De- creto nº 96.847, de 28 de setembro de 1988 (Proces 10.000023/97); - so 11253830.002548/97):. XX – Fundação Educacional Mater Ecclesiae, a partir de 11 de dezembro de 1997, na cidade de Jaca- XXVIII – Rádio Nova Bebedouro Ltda., a partir rezinho, Estado do Paraná, outorgada originariamen- de 15 de março de 1995, na cidade de Bebedouro, te à Rádio Educadora Rural de Jacarezinho Ltda., Estado de São Paulo, outorgada pelo Decreto nº pela Portaria nº 751, de 20 de novembro de 1988, e 91.085, de 12 de março de 1985 (Processo nº transferida pelo Decreto. de 5 de maio de 2000, para 53830.001492/94); a concessionária de que trata este inciso (Processo XXIX – Rádio Cultura Miracema do Norte Ltda., nº 53740.000854/97); a partir de 30 de o novembro de 1992, na cidade de XXI – Fundação Nossa Senhora de Belém, a Miracema do Tocantins, Estado do Tocantins, outor- partir de 10 de novembro de 1997, na cidade de Gua- gada pelo Decreto nº 87.617, de 21 de setembro de rapuava, Estado do Paraná, outorgada originaria- 1982 (Processo nº 29670.000186/92); mente à Radio Cultura Nossa Senhora de Belém Art. 2º Fica renovada, por dez anos, a partir de Ltda., conforme Portaria nº 658, de 17 de outubro de 23 de novembro de 1997, a concessão para explorar, 1967, transferida pela Portaria nº 202, de 17 de feve- sem direito de exclusividade, o serviço de radiodifu- reiro de 1978, para a concessionária de que trata este são sonora em onda tropical, na cidade de o Jataí, inciso, e renovada pelo Decreto nº 94.957, de 24 de Estado de Goiás, outorgada originariamente à Rádio setembro de 1987 (Processo nº 53740.000800/97); Difusora de Jataí Ltda, conforme Decreto nº 80.381, de 21 de setembro de 1977, renovada pelo Decreto nº XXII – Rádio Club de Nova Aurora Ltda., a partir 96.007, de 3 de maio de 1988, e transferida pelo De- de 14 de maio de 1996, na cidade de Nova Aurora, creto nº 97.495, de 8 de fevereiro de 1989, para a Estado do Paraná, outorgada pelo Decreto nº 2.516, Fundação Cultural Divino Espírito Santo De Jataí de 4 de abril de 1986 (Processo nº 53740.000100/96); (Processo nº 53670.000221/97). XXIII – Rádio Cultura de Iporã Ltda., a partir de 1º Art. 3º Fica renovada, por quinze anos, a partir de setembro de 1997, na cidade de Iporã, Estado do de 16 de maio de 2001, a concessão para explorar, Paraná, outorgada pelo Decreto nº 79.932, de 12 de ju- sem direito de exclusividade, o serviço de radiodifu- lho de 1977, e renovada pelo Decreto nº 95.168, de 9 de são de sons e imagens, na cidade de Teixeira de Frei- novembro de 1987 (Processo nº 53740.000362/97); tas, Estado da Bahia, outorgada à Televisão Sul Ba- hia De Teixeira De Freitas Ltda., pelo Decreto nº XXIV – Rádio Educadora Ltda., a partir de 27 de 92.612, de 2 de maio de 1986 (Processo nº julho de 1997, na cidade de São João do Ivaí, Estado 53640.000055/01). do Paraná, outorgada pela Portaria nº 701, de 20 de Art. 4º A exploração do serviço de radiodifusão, julho de 1977, e renovada pelo Decreto nº 96.003, de cujas concessões são renovadas por este Decreto, 3 de maio de 1988 (Processo nº 53740.000282/97); reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- XXV – Fundação Cultural Planalto de Passo ções, leis subseqüentes e seus regulamentos. Fundo., a partir de 3 de setembro de 1995, na cidade Art. 5º A renovação da concessão somente pro- de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul, outor- duzirá efeitos legais após deliberação do Congresso gada pelo Decreto nº o 56.289, de 17 de março de Nacional, nos termos do § 3º do art. 223 da Constitui- 1965, e renovada pelo Decreto nº 94.414, de 10 de ju- ção. nho de 1987 (Processo nº 53790.001056/95); Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de XXVI – Rádio Garibaldi Ltda., a partir de 1º de sua publicação. maio de 1994, na cidade de Laguna, Estado de Santa Brasília, 24 de abril de 2002; 181º da Indepen- Catarina, outorgada pela Portaria MJNI nº 264-B, de dência e 114º da República. – Fernando Henrique 27 de setembro de 1961, e renovada pelo Decreto nº Cardoso. 04920 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04921 04922 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04923

(À Comissão de Educação – decisão terminativa.) 04924 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 7 – Portaria nº 566, de 16 de abril de 2002 – Nº 332, DE 2004. Associação Comunitária do Centro Rural de Tarumã (Nº 3.028/2003, Na Câmara dos Deputados) – ACRUTA, na cidade de Tarumã – SP; 8 – Portaria nº 567, de 16 de abril de 2002 – Associação Cultural “O Caminho”, na cidade de Bra- Aprova o ato que autoriza a Associ- gança Paulista – SP; açao Beneficente Centro de Cultura, 9 – Portaria nº 568, de 16 de abril de 2002 – Esporte e Assistência Social – ABCC a Associação Comunitária Rádio Educativa de Tapauá, executar serviço de radiodifusão comuni- na cidade de Tapauá – AM; tária na cidade de Belo Horizonte, Estado 10 – Portaria nº 570, de 16 de abril de 2002 – de Minas Gerais. Associação dos Moradores de São Mamede – PB (AMSAM), na cidade de São Mamede – PB; O Congresso Nacional decreta: 11 – Portaria nº 571, de 16 de abril de 2002 – So- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- ciedade Amiga Pró Deficientes Carentes, na cidade taria nº 577, de 16 de abril de 2002, que autoriza a de Ribeirão Preto – SP; Associação Beneficente Centro de Cultura, Esporte e 12 – Portaria nº 575, de 16 de abril de 2002 – Assistência Social – ABCC a executar, por dez anos, Associação a Serviço da Vida e da Verdade, na cida- sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de de Taciba – SP; e comunitária na cidade de Belo Horizonte, Estado de 13 – Portaria nº 577, de 16 de abril de 2002 – Minas Gerais. Associação Beneficente Centro de Cultura, Esporte e Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor Assistência Social – ABCC, na cidade de Belo Hori- na data de sua publicação. zonte – MG. Brasília, 11 de junho de 2002. – Fernando Hen- MENSAGEM Nº 456, DE 2002 rique Cardoso. Senhores Membros do Congresso Nacional, MC nº 648 EM Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- Brasília, 29 de abril de 2002 meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro Excelentíssimo Senhor Presidente da República, de Estado das Comunicações, autorizações para Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- torga de autorização e respectiva documentação clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, para que a entidade Associação Beneficente Centro conforme os seguintes atos e entidades: de Cultura, Esporte e Assistência Social – ABCC, na 1 – Portaria nº 557, de 16 de abril de 2002 – cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Associação Comunitária de Comunicação Popular de explore o serviço de radiodifusão comunitária, em Xinguara, na cidade de Xinguara – PA; conformidade com o caput do art. 223, da Constitui- 2 – Portaria nº 558, de 16 de abril de 2002 – ção e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Centro de Desenvolvimento Comunitário de Angicos, 2. A referida entidade requereu ao Ministério na cidade de Angicos – RN; das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- 3 – Portaria nº 560, de 16 de abril de 2002 – ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio Associação Comunitária de Comunicação e Cultura da comunidade, numa demonstração de receptivida- de Paulínia, na cidade de Paulínia – SP; de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- 4 – Portaria nº 562, de 16 de abril de 2002 – são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a Associação Comunitária de Radiodifusão Alternativa sedimentação da cultura geral das localidades postu- de Miguel Alves, na cidade de Miguel Alves – PI; lantes. 5 – Portaria nº 563, de 16 de abril de 2002 – Asso- 3. Como se depreende da importância da inicia- ciação Comunitária Verdes Matas – ACOVERMA, na tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações cidade de São Miguel do Guaporé – RO; permitem que as entidades trabalhem em conjunto 6 – Portaria nº 565, de 16 de abril de 2002 – com a comunidade, auxiliando não só no processo Associação Cultural Comunitária de Itapagipe, na ci- educacional, social e cultural mas, também, servem dade de Itapagipe -MG; de elo à integração de informações benéficas em to- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04925 dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- Interessado: Associação Beneficente Centro de cionais. Cultura, Esporte e Assistência Social, localidade, de 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, I – Introdução o que se conclui da documentação de origem, con- 1. Associação Beneficente Centro de Cultura, substanciada nos autos do Processo Administrativo Esporte e Assistência Social, inscrito no CGC sob o nº 53710.001574/98, que ora faço acompanhar, com número 42.776.708/0001-89, no Estado de Minas a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. Gerais, com sede na Rua Oscar Corrêa, 66, Bairro 5. Em conformidade com os preceitos educacio- Floramar, Cidade de Belo Horizonte, MG, dirigiu-se nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, por sente processo, passará a produzir efeitos legais so- meio de requerimento datado de 1º de dezembro de mente após deliberação do Congresso Nacional, a 1998, subscrito por representante legal, demonstran- teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. do interesse na exploração do Serviço de Radiodifu- Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- são Comunitária, na localidade que indica. cimento, Ministro de Estado das Comunicações. 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada PORTARIA Nº 577, DE 16 DE ABRIL DE 2002 como requerente, baseou o seu pleito nos termos do Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU., O Ministro de Estado das Comunicações, no de 27 de março de 2000, Seção 3, que contempla o uso de suas atribuições, considerando o disposto nos logradouro onde pretende instalar o seu transmissor, arts. 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo 3. A requerente, por final, solicita “a designação Administrativo nº 53710.001574/98, resolve: de canal para a prestação do serviço, nos termos do Art. 1º Autorizar a Associação Beneficente Cen- artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- tro de Cultura, Esporte e Assistência Social – ABCC, são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de com sede na Rua Oscar Corrêa, nº 66, Bairro Flora- 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a mar, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas documentação constante dos presentes autos. Gerais, a executar serviço de radiodifusão comunitá- ria, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusivi- II – Relatório dade. • atos constitutivos da entidade/documentos Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, acessórios seus regulamentos e normas complementares. 4. O Departamento de Outorga de Serviços de Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do gráficas com latitude em 19°55’00”S e longitude em pleito formulado pela requerente, consubstanciado 43°51’00”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. na Petição de folha 1, bem como a documentação Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais apresentada, relatando toda a instrução do presente após deliberação do Congresso Nacional, nos termos processo administrativo, em conformidade com a le- do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- contar da data de publicação do ato de deliberação. tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. 5. A requerente, como mencionado na introdu- ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o RELATÓRIO Nº 190/2002– DOSR/SSR/MC serviço, faz indicação da localidade onde pretende instalar seus equipamentos transmissores, comple- Referência: Processo nº 53.710.00l.574198, de mentando com o endereço da respectiva estação e 1º-12-98. coordenadas geográficas, além de pedir a designa- Objeto: Requerimento de outorga de autorização ção de canal para a prestação do serviço, atendendo para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº munitária. 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. 04926 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- – compatibilização de distanciamento ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao do canal; seguinte: – situação da estação em faixa de fronteira, endereço proposto para instalação – Estatuto Social; da antena; – ata de constituição e eleição de diri- – planta de arruamento, endereços da gentes; sede e do sistema irradiante; – declarações e comprovantes relati- – outros dados e conclusão. vos a responsabilidades e obrigações de di- rigentes, enquanto vinculados à entidade, 12. Foi dado o parecer pelo Indeferimento da face aos ditames legais pertinentes; Entidade, fls. 64, no entanto, houve o recurso às fls. – manifestações de apoio da comuni- 65, que foi provido as fls. 75. Seguiram-se diligênci- dade; as para alteração estatutária e apresentação do su- – plantas de arruamento, com indica- bitem 6.7, II, III, IV, V, VI e VIII bem como o subitem ção do local de instalação do sistema irradi- 6.11, (Projeto Técnico), da Norma 2/98, (fls. 99 e ante, e respectivas coordenadas geográfi- 132). cas; 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o – informações complementares de diri- “Formulário de Informações Técnicas”, fls. 135, firma- gentes da entidade, como declaração de re- do pelo engenheiro responsável, onde estão resumi- sidência e declaração de fiel cumprimento das as seguintes informações: às normas, recolhimento da taxa de cadas- tro e cópias de documentos pessoais. – identificação da entidade; – os endereços da sede administrativa 7. Toda a documentação mencionada está e de localização do transmissor, sistema ir- contida no intervalo de folhas 1 a 170, dos autos. radiante e estúdio; 8. Analisados os documentos apresentados ini- – características técnicas dos equipa- cialmente e após o cumprimento de exigências, este mentos. (transmissor) e acessórios (antena Departamento constatou conformidade legal e nor- e cabo coaxial), com indicação da potência mativa, pelo que passa a examinar as informações efetiva irradiada e intensidade de campo no técnicas de relevância. limite da área de serviço; III – Relatório – diagramas de irradiação do sistema irradiante e características elétricas. • informações técnicas 9. Preliminarmente, a requerente indicou em 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de sua petição que os equipamentos seriam instalados Instalação da Estação, constatando-se conformida- em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, de com a Norma 2/98, em especial as exigências com centro localizado na Rua Ponte Nova, 615, Flo- inscritas em seu item 6.11, folhas 168 e 169. resta, Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas 15. E o relatório. Gerais, de coordenadas geográficas em 19°55’00’S de latitude e 43°51’00”W de longitude, consoante aos IV – Conclusão/Opinamento dados constantes do Aviso publicado no DOU,de 16. O Departamento de Outorga de Serviços de 27-3-00, Seção 3. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra de habilitação de interessados na exploração do ser- que, as coordenadas geográficas indicadas deveriam viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução ser mantidas, pelo que se depreende da memória do dos presentes autos, após detido exame do rol de do- documento de folhas 59, denominado de “Roteiro de cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- Análise Técnica de RadCom”. ção atinente. 11. O mesmo documento trata de outros dados, 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu conforme se segue: Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, 11. informações sobre geração de coordenadas atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- geográficas, instruções sobre coordenadas coinci- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- dentes com os levantamentos do IBGE; de: Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04927 – nome PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Associação Beneficente Centro de Cultura, Nº 333, DE 2004 Esporte e Assistência Social (Nº 3.032/2003, na Câmara dos Deputados) – quadro diretivo Presidente: Caroline Martins da Silva Aprova o ato que autoriza a Associa- Tesoureira: Leonor Nogueira F. Figueiredo ção Cultural Comunitária Franciscana de – localização do transmissor, sistema irradiante Codó – Maranhão a executar serviço de e estúdio radiodifusão comunitária na cidade de Rua Ponte Nova, 615, Floresta, Cidade de Belo Codó, Estado do Maranhão. Horizonte, Estado de Minas Gerais O Congresso Nacional decreta: – coordenadas geográficas Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- 19°55’00”S de latitude e 43°51’00”W de longitu- taria nº 642, de 26 de abril de 2002, que autoriza a de, correspondentes aos dados constantes no “For- Associação Cultural Comunitária Franciscana de mulário de Informações Técnicas”, fls. 135 e no “Ro- Codó – Maranhão a executar, por dez anos, sem dire- teiro de Análise de Instalação da Estação de Rad- ito de exclusividade, serviço de radiodifusão comuni- Com”, fls. 168 e 169, que se refere à localização da tária na cidade de Codó, Estado do Maranhão. estação. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- mento do pedido formulado pela Associação Benefi- MENSAGEM Nº 469, DE 2002 cente Centro de Cultura, Esporte e Assistência Soci- Senhores Membros do Congresso Nacional, al, no sentido de conceder-lhe a Outorga de Autori- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado zação para a exploração do serviço de radiodifusão com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- comunitária, na localidade pretendida, dentro das meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- condições circunscritas no Processo Administrativo nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro nº 53.710.001.574/98, de 1º de dezembro de 1998. de Estado das Comunicações, autorizações para Brasília, 20 de março 2002. – Érica Alves Dias, executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Relatora da conclusão Jurídica – Neide Aparecida clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, da Silva, Relatora da conclusão Técnica. conforme os seguintes atos e entidades: De acordo. 1 – Portaria nº 512, de 2 de abril de 2002 – Asso- À consideração do Senhor Diretor do Departa- ciação Comunitária Pedra Pintada – ACP, na cidade mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. de Itacoatiara – AM; Brasília, 20 de março de 2002. – Nilton Geraldo 2 – Portaria nº 642, de 26 de abril de 2002 – Lemes de Lemos, Coordenador Geral. Associação Cultural Comunitária Franciscana de De acordo. Codó Maranhão, na cidade de Codó – MA; À consideração do Senhor Secretário de Servi- 3 – Portaria nº 643, de 26 de abril de 2002 – Fun- ços de Radiodifusão. dação Mário Moacyr Porto para o Desenvolvimento Brasília, 21 de março de 2002. – Hamilton de Comunitário de Cruz do Espírito Santo – FMMP, na Magalhães Mesquita, Diretor do Departamento de cidade de Cruz do Espírito Santo – PB; Outorga de Serviços de Radiodifusão. 4 – Portaria nº 646, de 26 de abril de 2002 – Aprovo o Relatório nº Associação Comunitária de Comunicação do Jardim 190/2002/DOSR/SSR/MC. Amarante – RN, na cidade de São Gonçalo do Ama- Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para exa- rante – RN; me e parecer. 5 – Portaria nº 647, de 26 de abril de 2002 – Brasília, 25 de março de 2002. – Antonio Car- Associação dos Amigos do Portal do Alvora- los Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. da/Juru/PB, na cidade de Juru – PB; 6 – Portaria nº 648, de 26 de abril de 2002 – (À Comissão de Educação – decisão Associação Sobralense Beneficente e Cultural Co- terminativa.) munitária (ASBCC), na cidade de Sobral – CE; 04928 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 7 – Portaria nº 649, de 26 de abril de 2002 – Gló- dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- ria Radiodifusão Cultural e Educacional – GRACE, na cionais. cidade de Glória de Dourados – MS; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises 8 – Portaria nº 650, de 26 de abril de 2002 – técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Associação Cultural e Beneficiente Cristovam Chiara- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, dia, na cidade de Senador Cortes – MG; o que se conclui da documentação de origem, con- 9 – Portaria nº 651, de 26 de abril de 2002 – substanciada nos autos do Processo Administrativo Associação Comunitária de Radiodifusão “Nossa Se- nº 53680.000835/98, que ora faço acompanhar, com nhora da Glória”, na cidade de Passa Tempo – MG; a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. 10 – Portaria nº 652, de 26 de abril de 2002 – 5. Em conformidade com os preceitos educacio- Associação Comunitária dos Moradores de Bairros nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- do Município de Areial, na cidade de Areial – PB; sente processo, passará a produzir efeitos Legais so- 11 – Portaria nº 653, de 26 de abril de 2002 – mente após deliberação do Congresso Nacional, a Associação Comunitária “Nova Pequeri”, na cidade teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. de Pequeri – MG; Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- 12 – Portaria nº 654, de 26 de abril de 2002 – cimento, Ministro de Estado das Comunicações. Rádio Comunitária de Santo Antônio do Descoberto PORTARIA Nº 642, DE 26 DE ABRIL DE 2002 FM, na cidade de Santo Antônio do Descoberto – GO; e O Ministro de Estado das Comunicações, no 13 – Portaria nº 655, de 26 de abril de 2002 – uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Associação dos Moradores do Bairro Centro de Acori- artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de zal, na cidade de Acorizal – MT. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Brasília, 12 de junho de 2002. – Fernando Hen- Administrativo nº 53680.000835/98, resolve: rique Cardoso. Art. 1º Autorizar a Associação Cultural Comuni- tária Franciscana de Codó Maranhão, com sede na MC nº 716 EM Avenida Santos Dumont nº 3228, bairro São Sebas- tião, na cidade de Codó, Estado do Maranhão, a exe- Brasília, 10 de maio de 2002 cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade. Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli- Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº ca, encaminho a Vossa Excelência Portaria de outor- 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, ga de autorização e respectiva documentação para seus regulamentos e normas complementares. que a entidade Associação Cultural Comunitária Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o Franciscana de Codó Maranhão, na cidade de Codó, sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- Estado do Maranhão, explore o serviço de radiodifu- gráficas com latitude em 04º30’50”S e longitude em são comunitária, em conformidade com o caput do 43º53’20”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de fe- Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais vereiro de 1998. após deliberação do Congresso Nacional, nos termos 2. A referida entidade requereu ao Ministério do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio contar da data de publicação do ato de deliberação. da comunidade, numa demonstração de receptivida- Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- sua publicação. são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a Juarez Quadros do Nascimento. sedimentação da cultura geral das localidades postu- lantes. RELATÓRIO Nº 243/2002-DOSR/SSR/MC 3. Como se depreende da importância da inicia- Referência: Processo nº 5368000083598, de tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações 20-11-98. permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Objeto: Requerimento de outorga de autorização educacional, social e cultural mais, também, servem para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- de elo à integração de informações benéficas em to- munitária. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04929 Interessado: Associação Cultural Comunitária Fran- 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- ciscana, localidade de Codó, Estado do Maranhão. ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao seguinte: I – Introdução – Estatuto Social; 1. A Associação Cultural Comunitária Francis- cana, inscrita no CGC/MF ou CNPJ sob o número – ata de constituição e eleição de diri- gentes; 02.351.542/0001-60, no Estado do Maranhão, com sede na Av. Santos Dumont, nº 3228, cidade de – declarações e comprovantes relati- vos a responsabilidades e obrigações de di- Codó, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das rigentes, enquanto vinculados à entidade, Comunicações, por meio de requerimento datado de face aos ditames legais pertinentes; 18 de novembro de 1998, subscrito por representante – manifestações de apoio da comuni- legal, demonstrando interesse na exploração do Ser- dade; viço de Radiodifusão Comunitária, na localidade que – plantas de arruamento, com indica- indica. ção do local de instalação do sistema irradi- 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada ante, e respectivas coordenadas geográfi- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do cas; Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de – informações complementares de diri- 18 de março de 1999, Seção 3, que contempla locali- gentes da entidade, como declaração de re- dade onde pretende instalar o seu transmissor, assim sidência e declaração de fiel cumprimento como o sistema irradiante e respectivo estúdio. às normas, recolhimento da taxa de cadas- 3. A requerente, por final, solicita “a designação tro e cópias de documentos pessoais. de canal para a prestação do serviço, nos termos do art. 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifusão 7. Toda a documentação mencionada está Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de contida no intervalo de folhas 5 a 157, dos autos. junho de 1998”, apresentando ao Ministério a docu- 8. Analisados os documentos apresentados ini- mentação constante dos presentes autos. cialmente e após o cumprimento de exigências, este Departamento constatou conformidade legal e nor- II – Relatório mativa, pelo que passa a examinar as informações • atos constitutivos da entidade/documentos técnicas de relevância. acessórios III – Relatório 4. O Departamento de Outorga de Serviços de Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- • informações técnicas rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do 9. Preliminarmente, a requerente indicou em pleito formulado pela requerente, consubstanciado sua petição que os equipamentos seriam instalados na Petição de folha 01, bem como a documentação em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, apresentada, relatando toda a instrução do presente com centro localizado na Av. São Sebastião nº 3228 – São Sebastião, na cidade de Codó, Estado do Mara- processo administrativo, em conformidade com a le- nhão, de coordenadas geográficas em 4º27’53”S de gislação, especialmente a lei nº 9.612, de 19-2-98, o latitude e 43º53’22”W de longitude, consoante aos Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitá- dados constantes do Aviso publicado no DOU,de ria, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-98 e Nor- 18-3-1999, Seção 3. Ocorre que tais coordenadas le- ma nº 2/98, de 6-8-98. varam ao arquivamento do processo, visto que a enti- 5. A requerente, como mencionado na introdu- dade encontrava-se a uma distância que impossibili- ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o tava a convivência com outra emissora de entidade serviço, faz indicação da localidade onde pretende autorizada anteriormente. Desta forma e consideran- instalar seus equipamentos transmissores, comple- do que, diante de um pedido de reconsideração, as mentando com o endereço da respectiva estação e coordenadas foram alteradas, mediante solicitação coordenadas geográficas, além de pedir a designa- às fls. 72, desta forma as coordenadas referentes ao ção de canal para a prestação do serviço, atendendo sistema irradiante proposto passaram a ser em os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº 4º30’50”S de latitude e 43º53’20”W de longitude, com 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. endereço na Av. Santos Dumont nº 6030. 04930 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 10. Considerando a nova análise técnica desen- IV – Conclusão/Opinamento volvida, demonstrou-se que as coordenadas geográ - 16. O Departamento de Outorga de Serviços de ficas indicadas deveriam ser mantidas, pelo que se Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos depreende da memória do documento de folhas 132, de habilitação de interessados na exploração do ser- denominado de “Roteiro de Análise Técnica de Rad - viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução Com.” dos presentes autos, após detido exame do rol de do- 11. O mesmo documento trata de outros dados, cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- conforme se segue: ção atinente. 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu – informações sobre geração de coor- Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, denadas geográficas instruções sobre coor- atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- denadas coincidentes com os levantamen- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- tos do IBGE; de: – compatibilização de distanciamento do canal; – nome – situação da estação em faixa de Associação Cultural Comunitária Franciscana; fronteira, endereço proposto para instalação – quadro diretivo da antena; Presidente: Maria de Jesus Medeiros Silva – planta de arruamento, endereços da Vice-presidente: Elis Augusto Araújo Lima sede e do sistema irradiante; Secretário: Francisco Carlos de Oliveira – outros dados e conclusão. 2ª Secretária: Maria José Campos dos Santos 12. Diante da reconsideração do arquivamento Tesoureiro: José Rolim Filho e apresentação do Projeto Técnico, seguiram-se dili- 2º Tesoureiro: Cícero de Sousa Campos gências para a apresentação da documentação Dir. de Patrimônio: Marlene dos Santos Luz elencada no subitem 6.7 incisos I, II e III, da Norma – localização do transmissor, sistema irradiante 2/98, comprovação de necessária alteração estatu- e estúdio tária, bem como comprovante de válida existência Av. Santos Dumont nº 6030, cidade de Codó, das entidades que manifestaram apoio à iniciativa, Estado do Maranhão; (fls. 135 a 157) 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o – coordenadas geográficas “Formulário de Informações Técnicas” – fls 119, fir- 04º30’50”S de latitude e 43º53’20”W de longitu- mado pelo engenheiro responsável, onde estão resu- de, correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro midas as seguintes informações: de Análise de Instalação da Estação” – fls. 133 e 134, bem como “Formulário de Informações Técnicas” – fls – identificação da entidade; 119 e que se referem à localização da estação. – os endereços da sede administrativa 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- e de localização do transmissor, sistema ir- mento do pedido formulado pela Associação Cultural radiante e estúdio; Comunitária Franciscana, no sentido de conceder-lhe – características técnicas dos equipa- a Outorga de Autorização para a exploração do servi- mentos (transmissor) e acessórios (antena e ço de radiodifusão comunitária, na localidade preten- cabo coaxial), com indicação da potência dida, dentro das condições circunscritas no Processo efetiva irradiada e intensidade de campo no Administrativo nº 53680.000835/98, de 20 de novem- limite da área de serviço; bro de 1998. – Brasília, 15 de abril de 2002. – Alexan- – diagramas de irradiação do sistema dra Luciana Costa, Relatora da conclusão Jurídica – irradiante e características elétricas. Neide Aparecida da Silva, Relatora da conclusão Técnica. 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- De acordo. lação da estação, constatando-se conformidade À consideração do Senhor Diretor do Departa- com a Norma 2/98, em especial as exigências inscri- mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. tas em seu item 6.11. Folhas 133 e 134. Brasília, 17 de abril de 2002. – Nilton Geraldo 15. É o relatório. Lemes de Lemos, Coordenador Geral. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04931 De acordo. 2 – Portaria nº 642, de 26 de abril de 2002 – À consideração do Senhor Secretário de Servi- Associação Cultural Comunitária Franciscana de ços de Radiodifusão. Codó Maranhão, na cidade de Codó – MA; Brasília, 17 de abril de 2002. – Hamilton de Ma- 3 – Portaria nº 643, de 26 de abril de 2002 – Fun- galhães Mesquita, Diretor do Departamento de Ou- dação Mário Moacyr Porto para o Desenvolvimento torga de Serviços de Radiodifusão. Comunitário de Cruz do Espírito Santo – FMMP, na Aprovo o Relatório nº cidade de Cruz do Espírito Santo – PB; 243/2002/DOSR/SSR/MC. Encaminhe-se à Consul- 4 – Portaria nº 646, de 26 de abril de 2002 – toria Jurídica para exame e parecer. Associação Comunitária de Comunicação do Jardim Brasília, 17 de abril de 2002. – Antonio Carlos Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. Amarante – RN, na cidade de São Gonçalo do Ama- rante – RN; (À Comissão de Educação – decisão 5 – Portaria nº 647, de 26 de abril de 2002 – terminativa.) Associação dos Amigos do Portal do Alvorada/Juru – PB, na cidade de Juru – PB; 6 – Portaria nº 648, de 26 de abril de 2002 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Associação Sobralense Beneficente e Cultural Co- Nº 334, DE 2004 munitária (ASBCC), na cidade de Sobral – CE; (Nº 3.034/2003 na Câmara dos Deputados) 7 – Portaria nº 649, de 26 de abril de 2002 – Gló- ria Radiodifusão Cultural e Educacional – GRACE, na Aprova o ato que autoriza a Associ- cidade de Glória de Dourados – MS; ação de Moradores do Bairro Centro de 8 – Portaria nº 650, de 26 de abril de 2002 – Acorizal a executar serviço de radiodifu- Associação Cultural e Beneficiente Cristovam Chiara- são comunitária na cidade de Acorizal, dia, na cidade de Senador Cortes – MG; Estado de Mato Grosso. 9 – Portaria nº 651, de 26 de abril de 2002 – Associação Comunitária de Radiodifusão “Nossa Se- O Congresso Nacional decreta: nhora da Glória”, na cidade de Passa Tempo – MG; Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- 10 – Portaria nº 652, de 26 de abril de 2002 – taria nº 655, de 26 de abril de 2002, que autoriza a Associação Comunitária dos Moradores de Bairros Associação de Moradores do Bairro Centro de Acori- do Município de Areial, na cidade de Areial – PB; zal a executar, por dez anos, sem direito de exclusivi- 11 – Portaria nº 653, de 26 de abril de 2002 – dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade Associação Comunitária “Nova Pequeri”, na cidade de Acorizal, Estado de Mato Grosso. de Pequeri – MG; Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na 12 – Portaria nº 654, de 26 de abril de 2002 – data de sua publicação. Rádio Comunitária de Santo Antônio do Descoberto MENSAGEM Nº 469, DE 2004 FM, na cidade de Santo Antônio do Descoberto – GO; e Senhores Membros do Congresso Nacional, 13 – Portaria nº 655, de 26 de abril de 2002 – Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado Associação dos Moradores do Bairro Centro de Acori- com o § 3º do axt. 223, da Constituição Federal, sub- zal, na cidade de Acorizal – MT. meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- Brasília, 12 de junho de 2002. – Fernando Hen- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro rique Cardoso. de Estado das Comunicações, autorizações para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- MC nº 718 EM clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Brasília, 10 de maio de 2002 conforme os seguintes atos e entidades: 1 – Portaria nº 512, de 2 de abril de 2002 – Asso- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, ciação Comunitária Pedra Pintada – ACP, na cidade Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- de Itacoatiara – AM; torga de autorização e respectiva documentação 04932 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 para que a entidade Associação de Moradores do Ba- de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, irro Centro de Acorizal, na cidade de Acorizal, Estado sem direito de exclusividade. de Mato Grosso, explore o serviço de radiodifusão co- Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº munitária, em conformidade com o caput do art. 223, 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de seus regulamentos e normas complementares. 1998. Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o 2. A referida entidade requereu ao Ministério sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- gráficas com latitude em 15º11’14”S e longitude em ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio 56º22’10”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. da comunidade, numa demonstração de receptivida- Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entida- sedimentação da cultura geral das localidades postu- de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- lantes. ses a contar da data de publicação do ato de delibera- 3. Como se depreende da importância da inicia- ção. tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de permitem que as entidades trabalhem em conjunto sua publicação. com a comunidade, auxiliando não só no processo Juarez Quadros do Nascimento. educacional, social e cultural mais, também, servem de elo á integração de informações benéficas em to- RELATÓRIO Nº 227/2002-DOSR/SSR/MC dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- Referência: Processo nº 53690000426/99, de cionais. 18-6-99. 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Objeto: Requerimento de outorga de autoriza- técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- ção para a exploração do Serviço de Radiodifusão do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, Comunitária. o que se conclui da documentação de origem, con- substanciada nos autos do Processo Administrativo Interessado: Associação de Moradores do Ba- nº 53690.000426/99, que ora faço acompanhar, com irro Centro de Acorizal – AMCA, localidade de Acori- a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. zal, Estado do Mato Grosso. 5. Em conformidade com os preceitos educacio- I – Introdução nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- sente processo, passará a produzir efeitos legais so- 1. A Associação de Moradores do Bairro Centro mente após deliberação do Congresso Nacional, a de Acorizal – AMCA, inscrita no CGC/MF ou CNPJ teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. sob o número 03.197.815/0001-09, no Estado do Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- Mato Grosso, com sede na Av. Honorato Pedroso de cimento, Ministro de Estado das Comunicações. Barros, s/nº – Centro, cidade de Acorizal, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, por PORTARIA Nº 655, DE 26 DE ABRIL DE 2002 meio de requerimento datado de 18 de junho de 1999, O Ministro de Estado das Comunicações, no subscrito por representante legal, demonstrando inte- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos resse na exploração do Serviço de Radiodifusão Co- artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de munitária, na localidade que indica. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- Administrativo nº 53690.000426/99, resolve: da como requerente, baseou o seu pleito nos termos Art. 1º Autorizar a Associação de Moradores do do Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU, Bairro Centro de Acorizal, com sede na Avenida Ho- de 9 de abril de 2001, Seção 3, que contempla locali- norato Pedroso de Barros s/nº, Centro, na cidade de dade onde pretende instalar o seu transmissor, assim Acorizal, Estado de Mato Grosso, a executar serviço como o sistema irradiante e respectivo estúdio. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04933 3. A requerente, por final, solicita “a designação – informações complementares de diri- de canal para a prestação do serviço, nos termos do gentes da entidade, como declaração de re- artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- sidência e declaração de fiel cumprimento são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de às normas, recolhimento da taxa de cadas- 3 de junho de 1998”, apresentando ao Ministério a do- tro e cópias de documentos pessoais. cumentação constante dos presentes autos. 7. Toda a documentação mencionada está II – Relatório contida no intervalo de folhas 5 a 98, dos autos. atos constitutivos da entidade/documentos 8. Analisados os documentos apresentados ini- acessórios cialmente e após o cumprimento de exigências, este Departamento constatou conformidade legal e nor- 4. O Departamento de Outorga de Serviços de mativa, pelo que passa a examinar as informações Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- técnicas de relevância. rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do pleito formulado pela requerente, consubstanciado III – Relatório na Petição de folha 1, bem como a documentação • informações técnicas apresentada, relatando toda a instrução do presente 9. Preliminarmente, a requerente indicou em processo administrativo, em conformidade com a le- sua petição que os equipamentos seriam instalados gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- com centro localizado na Rua Honorato Pedroso de tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e Barros s/nº – Centro, na cidade de Oriximiná, Estado Norma nº 2/98, de 6-8-1998. do Pará, de coordenadas geográficas em 15º11’52”S 5. A requerente, como mencionado na introdu- de latitude e 56º22’08”W de longitude, consoante aos ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o dados constantes do Aviso publicado no DOU,de serviço, faz indicação da localidade onde pretende 9-4-01, Seção 3. instalar seus equipamentos transmissores, comple- 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra mentando com o endereço da respectiva estação e que as coordenadas geográficas indicadas deveriam coordenadas geográficas, além de pedir a designa- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do ção de canal para a prestação do serviço, atenden- documento de folhas 33, denominado de “Roteiro de do os requisitos do item 6.4 da Norma Complemen- Análise Técnica Processo nº 53690000426/99 de tar nº 2/98 e, ainda, juntando a documentação ne- RadCom”. Posteriormente, a requerente indicou no- cessária. vas coordenadas, que foram aceitas e analisadas por 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- Engenheiro responsável. ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao 11. O mesmo documento trata de outros dados, seguinte: conforme se segue: – Estatuto Social; – informações sobre geração de coordenadas geográficas, instruções sobre coordenadas coinci- – ata de constituição e eleição de diri- dentes com os levantamentos do IBGE; gentes; – compatibilização de distanciamento do canal; – declarações e comprovantes relati- – situação da estação em faixa de fronteira, en- vos a responsabilidades e obrigações de di- dereço proposto para instalação da antena; rigentes, enquanto vinculados à entidade, – planta de arruamento, endereços da sede e do face aos ditames legais pertinentes; sistema irradiante; – manifestações de apoio da comuni- – outros dados e conclusão. dade; 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- – plantas de arruamento, com indica- ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- ção do local de instalação do sistema irradi- sos I,III, V, VIII e X da Norma 2/98, comprovação de ante, e respectivas coordenadas geográficas; necessária alteração estatutária, bem como compro- 04934 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 vante de válida existência das entidades que mani- Secretária: Marcia Ferreira da Silva festaram apoio à iniciativa, encaminhamento do car- 2º Secretário: Wagner Luiz da Silva tão do CNPJ, declaração do endereço da sede e de- Tesoureira: Vera Luzia Moreira nominação Fantasia e confiramação das coordena- 2º Tesoureiro: Xisto Nonato da Silva das geográficas indicadas para o sistema irradiante proposto. Encaminhamento do Projeto (fls. 36 a 98). – localização do transmissor, sistema irradiante 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o e estúdio “Formulário de Informações Técnicas” – fls 91, firma- Rua Honorato Pedroso de Barros s/nº – Centro, do pelo engenheiro responsável, onde estão resumi- cidade de Acorizal, Estado do Mato Grosso; das as seguintes informações: – coordenadas geográficas – identificação da entidade; 15º11’14” de latitude e 56º22’10” de longitude, – os endereços da sede administrativa correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de e de localização do transmissor, sistema ir- Análise de Instalação da Estação” – fls. 99 e 100, bem radiante e estúdio; como “Formulário de Informações Técnicas” – fls 91 e – características técnicas dos equipa- que se referem à localização da estação. mentos (transmissor) e acessórios (antena e 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- cabo coaxíal), com indicação da potência mento do pedido formulado pela Associação de Mo- efetiva irradiada e intensidade de campo no radores do Bairro Centro de Acorizal – AMCA, no sen- limite da área de serviço; tido de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a – diagramas de irradiação do sistema exploração do serviço de radiodifusão comunitária, irradiante e características elétricas. na localidade pretendida, dentro das condições cir- cunscritas no Processo Administrativo nº 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- 53690.000426/99, de 18 de junho de 1999. lação da estação, constatando-se conformidade Brasília, 9 de abril de 2002. – Alexandra Lucia- com a Norma 02/98, em especial as exigências ins- na Costa, Relatora da conclusão Jurídica – Regina critas em seu item 6.11. Folhas 99 e 100. Aparecida Monteiro, Relatora da conclusão Técni- 15. É o relatório. ca. IV – Conclusão/Opinamento De acordo. À consideração do Senhor Diretor do Departa- 16. O Departamento de Outorga de Serviços de mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos Brasília, 10 de abril de 2002. – Nilton Geraldo de habilitação de interessados na exploração do ser- Lemes de Lemos, Coordenador Geral. viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução De acordo. dos presentes autos, após detido exame do rol de do- cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- À consideração do Senhor Secretário de Servi- ção atinente. ços de Radiodifusão. 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Brasília, 10 de abril de 2002. – Hamilton de Ma- Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, galhães Mesquita, Diretor do Departamento de Ou- atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- torga de Serviços de Radiodifusão de serviços de Ra- to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- diodifusão de: Aprovo o Relatório nº 227/2002/DOSR/SSR/MC. Encaminhe-se à Consul- – nome toria Jurídica para exame e parecer. Associação de Moradores do Bairro Centro de Brasília, 11 de abril de 2002. – Antonio Carlos Acorizal – AMCA; Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. – quadro diretivo Presidente: Vanderleia Nonato da silva (À Comissão de Educação – decisão Vice-Presidente: Claudemiro Gomes do Nascimento terminativa.) Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04935 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 8 – Portaria nº 759, de 13 de maio de 2002 – Nº 335, DE 2004 Associação Comunitária de Tarabai, na cidade de Ta- (Nº 3.041/2003, na Câmara dos Deputados) rabai-SP.; 9 – Portaria nº 760, de 13 de maio de 2002 – Aprova o ato que autoriza a Associ- Associação Comunitária São Francisco, na cidade de ação Comunitária de Tapabai a executar Cristópolis-BA.; serviço de radiodifusão comunitária na 10 – Portaria nº 761, de 13 de maio de 2002 – cidade de Tarabai, Estado de São Paulo. Fundação Antônia Izelda Cunha Braga, na cidade de Santa Quitéria-CE.; e O Congresso Nacional decreta: 11 – Portaria nº 762, de 13 de maio de 2002 – Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- Sempre Viva-Movimento Ecológico e Ambiental de taria nº 759, de 13 de maio de 2002, que autoriza a Igaraçu do Tietê, na cidade de Igaraçu do Tietê-SP. Associação Comunitária de Tarabai a executar, por Brasília, 25 de junho de 2002. – Fernando Hen- dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra- rique Cardoso. diodifusão comunitária na cidade de Tarabai, Estado de São Paulo. MC nº 774 EM Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor Brasília, 23 de maio de 2002 na data de sua publicação. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, MENSAGEM Nº 518, DE 2002 Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Senhores Membros do Congresso Nacional, torga de autorização e respectiva documentação Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado para que a entidade Associação Comunitária de Ta- com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- rabaí, na cidade de Tarabaí, Estado de São Paulo, meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- explore o serviço de radiodifusão comunitária, em nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro conformidade com o caput do art. 223, da Constitui- de Estado das Comunicações, autorizações para ção e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- 2. A referida entidade requereu ao Ministério clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- conforme os seguintes atos e entidades: ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio 1 – Portaria nº 744, de 10 de maio de 2002 – da comunidade, numa demonstração de receptivida- Associação Comunitária de Radiodifusão e Cultura de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- de Anaurilândia-MS., na cidade de Anaurilândia-MS.; são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a 2 – Portaria nº 745, de 10 de maio de 2002 – sedimentação da cultura geral das localidades postu- Associação Comunitária Filhos de Boninal, na cidade lantes. de Boninal-BA.; 3. Como se depreende da importância da inicia- 3 – Portaria nº 746, de 10 de maio de 2002 – tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Associação Pró-Cidadania Avareense, na cidade de permitem que as entidades trabalhem em conjunto Avaré-SP.; com a comunidade, auxiliando não só no processo 4 – Portaria nº 747, de 10 de maio de 2002 educacional, social e cultural mas, também, servem Associação Comunitária Renascer de Guaimbê, na de elo à integração de informações benéficas em to- cidade de Guaimbê-SP.; dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- cionais. 5 – Portaria nº 748, de 10 de maio de 2002 – 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Associação Comunitária do Bairro São técnica e jurídica da petição apresentada. constatan- José-ASCOBSJ, na cidade de São José da Lagoa do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito. Tapada-PB.; o que se conclui da documentação de origem, con- 6 – Portaria nº 749, de 10 de maio de 2002 – substanciada nos autos do Processo Administrativo Associação de Desenvolvimento Comunitário de Cai- nº 55830.001154 99, que ora faço acompanhar, com çara-ADECOC, na cidade de Caiçara-PB.; a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. 7 – Portaria nº 758, de 13 de maio de 2002 – 5. Em conformidade com os preceitos educacio- Associação Comunitária Janaubense Amigos da Cul- nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- tura-ACOJAC, na cidade de Janaúba-MG.; sente processo, passará a produzir efeitos legais so- 04936 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 mente após deliberação do Congresso Nacional, a 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. como requerente baseou o seu pleito nos termos do Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de cimento, Ministro de Estado das Comunicações. 9-4-2001, Seção 3, que contempla a localidade onde pretende instalar o seu transmissor, assim como o PORTARIA Nº 759, DE 13 DE MAIO DE 2002 sistema irradiante e respectivo estúdio. O Ministro de Estado das Comunicações, no 3. A requerente, por final, solicita “a designação uso de suas atribuições, considerando o disposto nos de canal para a prestação do serviço, nos termos do artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- 1998, e tendo em vista o que consta do Processo são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de Administrativo nº 53830.001154/99, resolve: 3 de junho de 1998”, apresentando ao Ministério a do- Art. 1º – Autorizar a Associação Comunitária de cumentação constante dos presentes autos. Tarabaí, com sede na Rua Tiradentes, s/nº, Praça da Matriz, cidade de Tarabaí, Estado de São Paulo, a II – Relatório executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo – atos constitutivos da entidade/documentos prazo de três anos, sem direito de exclusividade. acessórios Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº 4. O Departamento de Outorga de Serviços de 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- seus regulamentos e normas complementares. rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do Art. 3º – A entidade fica autorizada a operar com pleito formulado pela requerente, consubstanciado o sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- na Petição de folha 1, bem como a documentação gráficas com latitude em 22º18’12”S e longitude em apresentada, relatando toda a instrução do presente 51º33’42”W, utilizando a freqüência de 104,9 MIHz. processo administrativo, em conformidade com a le- Art. 4º – Este ato somente produzirá efeitos le- gislação, especialmente a lei nº 9.612, de 19-2-1998, gais após deliberação do Congresso Nacional, nos o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- termos do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e entidade iniciar a execução do serviço no prazo de Norma nº 2/98, de 6-8-1998. seis meses a contar da data de publicação do ato de 5. A requerente, como mencionado na introdu- deliberação. ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o Art. 5º–Esta Portaria entra em vigor na data de serviço, faz indicação da localidade onde pretende sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. instalar seus equipamentos transmissores, comple- RELATÓRIO Nº 274/2002-DOSR/SSR/MC mentando com o endereço da respectiva estação e coordenadas geográficas, além de pedir a designa- Referência: Processo nº 53.830.001.154/99 de ção de canal para a prestação do serviço, atendendo 21-7-1999. os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº Objeto: Requerimento de outorga de autorização 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- munitária. ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao seguinte: Interessado: Associação Comunitária de Tarabai, localidade de Tarabai, Estado de São Paulo. – Estatuto Social; I – Introdução – ata de constituição e eleição de diri- 1. A Associação Comunitária de Tarabai, inscri- gentes; ta no CNPJ sob o número 03.270.796/0001-90, Esta- – declarações e comprovantes relati- do de São Paulo, com sede na Rua Tiradentes, s/nº, vos a responsabilidades e obrigações de di- Praça da Matriz, Cidade de Tarabai, dirigiu-se ao Se- rigentes, enquanto vinculados à entidade, nhor Ministro de Estado das Comunicações, por meio face aos ditames legais pertinentes; de requerimento datado de 14-7-1999, subscrito por – manifestações de apoio da comuni- representante legal, demonstrando interesse na ex- dade; ploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária, na – plantas de arruamento, com indica- localidade que indica. ção do local de instalação do sistema irradi- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04937 ante, e respectivas coordenadas geográfi- iniciativa da requerente, declaração do endereço da cas; sede da Entidade, planta de arruamento, declaração – informações complementares de diri- de acordo com o subitem 14.2.7.1 ou 14.2.7.1.1 da gentes da entidade, como declaração de re- Norma 2/98, bem como do subitem 6.11 (Projeto sidência e declaração de fiel cumprimento Técnico) e adequação do mesmo à Norma 2/98 ( fls. às normas, recolhimento da taxa de cadas- 59 a 106). tro e cópias de documentos pessoais. 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o “Formulário de Informações Técnicas”, fl. 99, firmado 7. Toda a documentação mencionada está pelo engenheiro responsável, onde estão resumidas contida no intervalo de folhas 11 a 106 dos autos. as seguintes informações: 8. Analisados os documentos apresentados ini- cialmente e após o cumprimento de exigências, este – identificação da entidade; Departamento constatou conformidade legal e nor- – os endereços da sede administrativa mativa, pelo que passa a examinar as informações e de localização do transmissor, sistema ir- técnicas de relevância. radiante e estúdio; III – Relatório – características técnicas dos equipa- mentos (transmissor) e acessórios (antena e – informações técnicas cabo coaxial), com indicação da potência 9. Preliminarmente, a requerente indicou em efetiva irradiada e intensidade de campo no sua petição que os equipamentos seriam instalados limite da área de serviço; em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, – diagramas de irradiação do sistema com centro localizado na Praça da Matriz, s/nº, Cida- irradiante e características elétricas. de de Tarabai, Estado de São Paulo, de coordenadas geográficas em 22º 18’ 12” S de latitude e 510 33’ 42” 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de W de longitude, consoantes aos dados constantes no Instalação da Estação, constatando-se conformida- aviso no DOU de 9-4-2001, Seção 3. de com a Norma nº 2/98, em especial as exigências 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra inscritas em seu item 6.11, folhas 101 e 102. que, as coordenadas geográficas indicadas deveriam 15. É o relatório. ser mantidas, pelo que se depreende da memória do documento de folha 56, denominado de “Roteiro de IV – Conclusão/Opinamento Análise Técnica de RadCom”. 11. O mesmo documento trata de outros dados, 16. O Departamento de Outorga de Serviços de conforme se segue: Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação de interessados na exploração do ser- – informações sobre geração de coor- viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução denadas geográficas, dos presentes autos, após detido exame do rol de do- – instruções sobre coordenadas coinci- cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- dentes com os levantamentos do IBGE; ção atinente. – compatibilização de distanciamento 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu do canal; Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, – situação da estação em faixa de atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- fronteira, endereço proposto para instalação to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- da antena; de. – planta de arruamento, endereços da – nome sede e do sistema irradiante; Associação Comunitária de Tarabai, – outros dados e conclusão. – quadro diretivo 12. Seguiram-se diligências para apresentação Presidente: Antônia Gabriel de Souza da documentação elencada no subitem 6.7 incisos Dir. Patrimônio: Emilia Setsuko Yamada II, IV e VIII da Norma 2/98, alteração estatutária, có- Dir. Tesoureiro: Júlio César Moreira pia do CNPJ da Entidade, comprovação de válida Dir Cultural: Celso Ribeiro dos Santos existência das Entidades que manifestaram apoio à Dir. Secretário: Vilarinho Aristides de Oliveira 04938 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 – localização do transmissor, sistema irradiante O Congresso Nacional decreta: e estúdio Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- Praça da Matriz, s/nº, Centro, Cidade de Tara- taria nº 792, de 15 de maio de 2002, que autoriza a bai, Estado de São Paulo; Associação de Assistência Comunitária de Coração – coordenadas geográficas de Jesus a executar, por dez anos, sem direito de ex- clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na 22°18’12”S de latitude e 51°33’42”W de longitu- de, correspondentes aos dados constantes no “For- cidade de Coração de Jesus, Estado de Minas Gera- mulário de Informações Técnicas”, fl. 99 e “Roteiro de is. Análise de Instalação da Estação de RADCOM”, fls. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor 101 e 102, que se refere à localização da estação. na data de sua publicação.

18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- MENSAGEM Nº 519, DE 2002 mento do pedido formulado pela Associação Comu- Senhores Membros do Congresso Nacional, nitária de Tarabai, no sentido de conceder-lhe a Ou- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado torga de Autorização para a exploração do serviço com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- de radiodifusão comunitária, na localidade pretendi- da, dentro das condições circunscritas no Processo meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- Administrativo nº 53.830.001.154/99, de 21-7-99. nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro Brasília, 24 de abril de 2002. – Adriana Guima- de Estado das Comunicações, autorizações para rães Costa, Relatora da Conclusão Jurídica, Adriana executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Resende Avelar Rabelo, Relatora da Conclusão clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Técnica. conforme os seguintes atos e entidades: De acordo. 1 – Portaria nº 472, de 22 de março de 2002 – À consideração do Senhor Diretor do Departa- Associação de Comunicação Comunitária de Rolân- mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. dia, na cidade de Rolândia-PR; Brasília, 26 de abril de 2002. – Nilton Geraldo 2 – Portaria nº 519, de 2 de abril de 2002 – Asso- Lemes de Lemos, Coordenador-Geral. ciação Comunitária Aiuruocana de Radiodifusão, na De acordo. cidade de Aiuruoca-MG; À consideração do Senhor Secretário de Servi- 3 – Portaria nº 573, de 16 de abril de 2002 – ços de Radiodifusão. Associação Comunitária Cultural, Artística, Desporti- Brasília, 26 de abril de 2002. – Hamilton de Ma- va e de Comunicação Social Nova Campina, na cida- galhães Mesquita, Diretor do Departamento de Ou- de de Nova Campina-SP; torga de Serviços de Radiodifusão. 4 – Portaria nº 791, de 15 de maio de 2002 – Aprovo o Relatório nº Associação Comunitária Rádio FM Cláudia – ACR – 274/2002/DOSR/SSR/MC. FM – Cláudia, na cidade de Cláudia-MT; Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para exa- 5 – Portaria nº 792, de 15 de maio de 2002 – me e parecer. Associação de Assistência Comunitária de Coração Brasília, 29 de abril de 2002. – Antonio Carlos de Jesus, na cidade de Coração de Jesus-MG; Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. 6 – Portaria nº 795, de 20 de maio de 2002 – Associação de Comunicação, Cultura e Desporto do (À Comissão de Educação – decisão Município de Dom Expedito Lopes do Piauí terminativa.) (ACCDDEL), na cidade de Dom Expedito Lopes-PI; 7 – Portaria nº 796, de 20 de maio de 2002 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, Instituto de Radiodifusão de Desenvolvimento Comu- Nº 336, DE 2004 nitário de Mucanibob – IRCM, na cidade de Mucam- (Nº 3.045/2003, na Câmara dos Deputados) bo-CE; e Aprova o ato que autoriza a Associ- 8 – Portaria nº 797, de 20 de maio de 2002 – ação de Assistência Comunitária de Co- Associação de Difusão Comunitária Palmeiras de Go- ração de Jesus a executar serviço de ra- iás, na cidade de Palmeiras de Goiás-GO. diodifusão comunitária na cidade de Co- Brasília, 25 de junhode 2002. – Fernando Hen- ração de Jesus, Estado de Minas Gerais. rique Cardoso. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04939 MC nº 765 EM Professor Quirino de Albuquerque nº 600, ap. 201, Centro, na cidade de Coração de Jesus, Estado de Brasília, 21 de maio de 2002 Minas Gerais, a executar serviço de radiodifusão co- munitária, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, clusividade. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de outorga Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº de autorização e respectiva documentação para que 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, a entidade Associação de Assistência Comunitária seus regulamentos e normas complementares. de Coração de Jesus, na cidade de Coração de Je- Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o sus, Estado de Minas Gerais, explore o serviço de sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- radiodifusão comunitária, em conformidade com o caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, gráficas com latitude em 16º41’30”S e longitude em de 19 de fevereiro de 1998. 44º21’26”W, utilizando a freqüência de 87,9MHz. 2. A referida entidade requereu ao Ministério Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entida- da comunidade, numa demonstração de receptivida- de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- ses a contar da data de publicação do ato de delibera- são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a ção. sedimentação da cultura geral das localidades postu- Art. 5º Revogar a Portaria nº 108 de 31 de janei- lantes. ro de 2002, publicada no Diário Oficial da União de 3. Como se depreende da importância da inicia- 20 de fevereiro de 2002. tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de permitem que as entidades trabalhem em conjunto sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. com a comunidade, auxiliando não só no processo educacional, social e cultural mas, também, servem RELATÓRIO Nº 89/2001 – DOSR/SSR/MC de elo à integração de informações benéficas em to- Referência: Processo nº 53710000249/99, de dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- 5-3-99. cionais. Objeto: Requerimento de outorga de autorização 4. Sobre o caso em espécie. determinei análises para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- munitária. do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, Interessado: Associação de Assistência Comunitá- o que se conclui da documentação de origem, con- ria de Coração de Jesus, localidade de Coração de substanciada nos autos do Processo Administrativo Jesus, Estado de Minas Gerais. nº 53710.000249/99, que ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. I – Introdução 5. Em conformidade com os preceitos educacio- 1. A Associação de Assistência Comunitária de nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- Coração de Jesus, inscrita no CGC/MF ou CNPJ sob sente processo, passará a produzir efeitos legais so- mente após deliberação do Congresso Nacional, a o número 01.619.015/0001-03, no Estado de Minas teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. Gerais, com sede na Rua Professor Quirino de Albu- Respeitosamente, Juarez Quadros do Nasci- querque 600 – aptº 201 – Centro , cidade de Coração mento, Ministro de Estado das Comunicações. de Jesus – MG, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Esta- do das Comunicações, por meio de requerimento da- PORTARIA Nº 792, DE 15 DE MAIO DE 2002 tado de 4 de março de 1999, subscrito por represen- O Ministro de Estado das Comunicações, no tante legal, demonstrando interesse na exploração do uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Serviço de Radiodifusão Comunitária, na localidade artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de que indica. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada Administrativo nº 53710.000249/99, resolve: como requerente, baseou o seu pleito nos termos do Art. 1º Autorizar a Associação de Assistência Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU,de Comunitária de Coração de Jesus, com sede na Rua 9 de setembro de 1999, Seção 3, que contempla a lo- 04940 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 calidade onde pretende instalar o seu transmissor, às normas, recolhimento da taxa de cadas- assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. tro e cópias de documentos pessoais. 3. A requerente, por final, solicita “a designação 7. Toda a documentação mencionada está de canal para a prestação do serviço, nos termos do contida no intervalo de folhas 7 à 184, dos autos. artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 8. Analisados os documentos apresentados ini- 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a cialmente e após o cumprimento de exigências, este documentação constante dos presentes autos. Departamento constatou conformidade legal e nor- mativa, pelo que passa a examinar as informações II – Relatório técnicas de relevância. atos constitutivos da entidade documentos III – Relatório acessórios • informações técnicas 4. O Departamento de Outorga de Serviços de 9. Preliminarmente, a requerente indicou em Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- sua petição que os equipamentos seriam instalados rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, pleito formulado pela requerente, consubstanciado com centro localizado na Rua Álvaro Augusto de Lélis na Petição de folha 1, bem como a documentação 311 – Bairro Renovação, na cidade de Coração de Je- apresentada, relatando toda a instrução do presente sus, Estado de Minas Gerais, de coordenadas geo- processo administrativo, em conformidade com a le- gráficas em 16º41’86”S de latitude e 44º20’80”W de gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, longitude. Ocorre que o endereço e as coordenadas o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- foram alteradas, mediante soliçitação datada de 14 tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e de setembro de 1998, desta forma as coordenadas Norma nº 2/98, de 6-8-1998. referentes ao sistema irradiante proposto, bem como 5. A requerente, como mencionado na introdu- o endereço, passaram a ser: Rua Professor Quirino ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o de Albuquerque 600 aptº 201 – Centro, em serviço, faz indicação da localidade onde pretende 16º41’30”S de latitude e 44º21’56”W de longitude, instalar seus equipamentos transmissores, comple- consoante aos dados constantes do Aviso publicado mentando com o endereço da respectiva estação e no DOU, de 9-9-1999, Seção 3. coordenadas geográficas, além de pedir a designa- 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra ção de canal para a prestação do serviço, atendendo que as coordenadas geográficas indicadas deveriam os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº ser mantidas, pelo que se depreende da memória do 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. documento de folhas 130, denominado de “Roteiro de 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- Análise Técnica de RadCom”. ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao 11. O mesmo documento trata de outros dados, seguinte: conforme, se segue: – Estatuto Social; – informações sobre geração de coor- – ata de constituição e eleição de diri- denadas geográficas, instruções sobre coor- gentes; denadas coincidentes com os levantamen- – declarações e comprovantes relati- tos do IBGE; vos a responsabilidades e obrigações de di- – compatibilização de distanciamento rigentes, enquanto vinculados à entidade, do canal; face aos ditames legais pertinentes; – situação da estação em faixa de – manifestações de apoio da comuni- fronteira, endereço proposto para instalação dade; da antena; – plantas de arruamento, com indica- – planta de arruamento, endereços da ção do local de instalação do sistema irradi- sede e do sistema irradiante; ante, e respectivas coordenadas geográfi- – outros dados e conclusão. cas; – informações complementares de diri- 12. Seguiram-se diligências para a apresenta- gentes da entidade, como declaração de re- ção da documentação elencada no subitem 6.7 inci- sidência e declaração de fiel cumprimento sos II da Norma nº2/98, comprovação de necessária Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04941 alteração estatutária, bem como comprovante de vá- – localização do transmissor, sistema irradiante lida existência das entidades que manifestaram apo- e estúdio io à iniciativa e encaminhamento do Projeto Técnico, Rua Professor Quirino de Albuquerque, 600 – (fls. 134 à 184). aptº 201 – Centro, cidade de Coração de Jesus, Esta- 13. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o do de Minas Gerais; “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 182, fir- – coordenadas geográficas mado pelo engenheiro responsável, onde estão resu- 16º41’30”S de latitude e 44º21’56”W de longitu- midas as seguintes informações: de, correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de Análise de Instalação da Estação” – fls. 185 e 186, – identificação da entidade; bem como “Formulário de Informações Técnicas” – fl. – os endereços da sede administrativa 182 e que se referem à localização da estação. e de localização do transmissor, sistema ir- 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- radiante e estúdio; mento do pedido formulado pela Associação de – características técnicas dos equipa- Assistência Comunitária de Coração de Jesus, no mentos (transmissor) e acessórios (antena e sentido de conceder-lhe a Outorga de Autorização cabo coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada e intensidade de campo no para a exploração do serviço de radiodifusão comuni- limite da área de serviço; tária, na localidade pretendida, dentro das condições – diagramas de irradiação do sistema circunscritas no Processo Administrativo nº irradiante e características elétricas. 53710000249/99, de 5 de março de 1999. Brasília, 19 de fevereiro de 2001. – Hamilton 14. Segue-se o roteiro de verificação de insta- Magalhães Mesquita, Diretor do Departamento de lação da estação, constatando-se conformidade Outorga de Serviços de Radiodifusão. com a Norma 2/98, em especial as exigências inscri- De acordo. tas em seu item 6.11, folhas 185 e 186. À consideração do Senhor Diretor do Departa- 15. É o relatório. mento de Outorga e Serviços de Radiodifusão. IV – Conclusão/Opinamento Brasília, 20 de fevereiro de 2001. – Hamilton de Magalhães Mesquita, Coordenador Geral. 16. O Departamento de Outorga de Serviços de De acordo. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação de interessados na exploração do ser- À consideração do Senhor Secretário de Servi- viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução ços de Radiodifusão. dos presentes autos, após detido exame do rol de do- Brasília, 20 de fevereiro de 2001. – Antonio cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- Carlos Tardeli, Diretor do Departamento de Outorga ção atinente. de Serviços de Radiodifusão. 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Aprovo o Relatório nº /2001/DOSR/SSR/MC. Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para exame e atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- parecer. to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- Brasília, 20 de fevereiro de 2001. – Paulo Meni- de: cucci, Secretário de Serviços de Radiodifusão. – nome (À Comissão de Educação – decisão Associação de Assistência Comunitária de Co- terminativa.) ração de Jesus; PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO – quadro diretivo Nº 337, DE 2004 Presidente: Rosilene Oliveira Guimarães (Nº 3.046/2003, na Câmara dos Deputados) Vice-presidente: Sandro Leal Macedo 1º Secretário: Isley Gonçalves Rabelo Aprova o ato que autoriza a Associ- 2º Secretário: Wagner Leal Macedo ação de Comunicação, Cultura e Despor- 1º Tesoureiro: José Maria Lafetá Prates to do Município de Dom Expedito Lopes 2º Tesoureiro: Angelo Pedro Neto do Piauí (ACCDDEL) a executar serviço 04942 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 de radiodifusão comunitária na cidade de Brasília, 25 de junho de 2002. – Fernando Hen- Dom Expedito Lopes, Estado do Piauí. rique Cardoso.

O Congresso Nacional decreta: MC nº 793 EM Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Porta- Brasília, 28 de maio de 2002 ria nº 795, de 20 de maio de 2002, que autoriza a Asso- ciação de Comunicação, Cultura e Desporto do Municí- pio de Dom Expedito Lopes do Piauí (ACCDDEL) a Excelentíssimo Senhor Presidente da República, executar, por dez anos, sem direito de exclusividade, Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- serviço de radiodifusão comunitária na cidade de torga de autorização e respectiva documentação Dom Expedito Lopes, Estado do Piauí. para que a entidade Associação de Comunicação, Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na Cultura e Desporto do Município de Dom Expedito Lo- data de sua publicação. pes do Piauí (ACCDDEL), na cidade de Dom Expedi- to Lopes, Estado do Piauí, explore o serviço de radio- MENSAGEM Nº 519, DE 2002 difusão comunitária, em conformidade com o caput Senhores Membros do Congresso Nacional, do art. 223 da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado fevereiro de 1998. com o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, sub- 2. A referida entidade requereu ao Ministério meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio de Estado das Comunicações, autorizações para da comunidade, numa demonstração de receptivida- executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a conforme os seguintes atos e entidades: sedimentação da cultura geral das localidades postu- 1 – Portaria nº 472, de 22 de março de 2002 – lantes. Associação de Comunicação Comunitária de Rolân- 3. Como se depreende da importância da inicia- dia, na cidade de Rolândia – PR; tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações 2 – Portaria nº 519, de 2 de abril de 2002 – Asso- permitem que as entidades trabalhem em conjunto ciação Comunitária Aiuruocana de Radiodifusão, na com a comunidade, auxiliando não só no processo cidade de Aiuruoca – MG, educacional, social e cultural mais, também, servem 3 – Portaria nº 573, de 16 de abril de 2002 – de elo à integração de informações benéficas em to- Associação Comunitária Cultural, Artística, Desporti- dos os seguimentos, e a todos esses núcleos popula- va e de Comunicação Social Nova Campina, na cida- cionais. de de Nova Campina – SP; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises 4 – Portaria nº 791, de 15 de maio de 2002 – técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Associação Comunitária Rádio FM Cláu- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, dia-ACR-FM-Cláudia, na cidade de Ciáudia – MT; o que se conclui da documentação de origem, con- 5 – Portaria nº 792, de 15 de maio de 2002 – substanciada nos autos do Processo Administrativo Associação de Assistência Comunitária de Coração nº 53760.000164/99, que ora faço acompanhar, com de Jesus, na cidade de Coração de Jesus – MG, a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. 6 – Portaria nº 795, de 20 de maio de 2002 – 5. Em conformidade com os preceitos educacio- Associação de Comunicação, Cultura e Desporto do nais e legais, a outorga de autorização, objeto do pre- Município de Dom Expedito Lopes do Piauí sente processo, passará a produzir efeitos legais so- (ACCDDEL), na cidade de Dom Expedito Lopes – PI; mente após deliberação do Congresso Nacional, a teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. 7 – Portaria nº 796, de 20 de maio de 2002 – Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nas- Instituto de Radiodifusão de Desenvolvimento Comu- cimento, Ministro de Estado das Comunicações. nitário de Mucambo – IRCM, na cidade de Mucambo – CE; e PORTARIA Nº 795, DE 20 DE MAIO DE 2002 8 – Portaria nº 797, de 20 de maio de 2002 – O Ministro de Estado das Comunicações, no Associação de Difusão Comunitária Palmeiras de Go- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos iás, na cidade de Palmeiras de Goiás – GO. arts. 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04943 1998, e tendo em vista o que consta do Processo onde pretende instalar o seu transmissor, assim Administrativo nº 53760.000164/99, resolve: como o sistema irradiante e respectivo estúdio. Art. 1º Autorizar a Associação de Comunicação, 3. A requerente, por final, solicita “a designação Cultura e Desporto do Município de Dom Expedito Lo- de canal para a prestação do serviço, nos termos do pes do Piauí (ACCDDEL), com sede na Rua São artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- João s/nº, Centro, na cidade de Dom Expedito Lopes, são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de Estado do Piauí, a executar serviço de radiodifusão 3 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito de documentação constante dos presentes autos. exclusividade. Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº II – Relatório 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, • atos constitutivos da entidade/documentos seus regulamentos e normas complementares. acessórios Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com o 4. O Departamento de Outorga de Serviços de sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- gráficas com latitude em 06º57’28”S e longitude em rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do 41º38’59”W, utilizando a freqüência de 105,9 MHz. pleito formulado pela requerente, consubstanciado Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais na Petição de folha 1, bem como a documentação após deliberação do Congresso Nacional, nos termos apresentada, relatando toda a instrução do presente do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade processo administrativo, em conformidade com a le- iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-98, o contar da data de publicação do ato de deliberação. Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitá- Art. 5º Esta portaria entra em vigor na data de ria, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-98 e Nor- sua publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. ma nº 2/98, de 6-8-98. RELATÓRIO Nº 269/2002-DOSR/SSR/MC 5. A requerente, como mencionado na introdu- ção (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o Referência: Processo nº 53.760.000.164/99 de serviço, faz indicação da localidade onde pretende 14-6-99. instalar seus equipamentos transmissores, comple- Objeto: Requerimento de outorga de autorização mentando com o endereço da respectiva estação e para a exploração do Serviço de Radiodifusão Co- coordenadas geográficas, além de pedir a designa- munitária. ção de canal para a prestação do serviço, atendendo os requisitos do item 6.4 da Norma Complementar nº Interessado: Associação de Comunicação, Cultura 2/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. e Desporto do Município de Dom Expedito Lopes do 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- Piauí (ACCDDEL), localidade de Dom Expedito Lo- ma 2/98), está contida nos autos, correspondendo ao pes, Estado do Piauí. seguinte: I – Introdução 1. A Associação de Comunicação, Cultura e – Estatuto Social; Desporto do Município de Dom Expedito Lopes do Pi- – ata de constituição e eleição de diri- auí (ACCDDEL), inscrita no CNPJ sob o número gentes; 03.170.596/0001-66, Estado do Piauí, com sede na – declarações e comprovantes relati- Rua São João, s/nº, Centro, Cidade de Dom Expedito vos a responsabilidades e obrigações de di- Lopes, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das rigentes, enquanto vinculados à entidade, Comunicações, por meio de requerimento datado de face aos ditames legais pertinentes; 9-6-99, subscrito por representante legal, demons- – manifestações de apoio da comuni- trando interesse na exploração do Serviço de Radio- dade; difusão Comunitária, na localidade que indica. – plantas de arruamento, com indica- 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada ção do local de instalação do sistema irradi- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do ante, e respectivas coordenadas geográficas; Aviso publicado no Diário baseou o seu pleito nos ter- – informações complementares de diri- mos do Aviso publicado no Diário Oficial da União – gentes da entidade, como declaração de re- DOU, de 9-4-01, Seção 3, que contempla a localidade sidência e declaração de fiel cumprimento 04944 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 às normas, recolhimento da taxa de cadas- pelo engenheiro responsável, onde estão resumidas tro e cópias de documentos pessoais. as seguintes informações:

7. Toda a documentação mencionada está – identificação da entidade; contida no intervalo de folhas 4 a 77 dos autos. – os endereços da sede administrativa 8. Analisados os documentos apresentados ini- e de localização do transmissor, sistema ir- cialmente e após o cumprimento de exigências, este radiante e estúdio; Departamento constatou conformidade legal e nor- – características técnicas dos equipa- mativa, pelo que passa a examinar as informações mentos (transmissor) e acessórios (antena e técnicas de relevância. cabo coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada e intensidade de campo no III – Relatório limite da área de serviço; • informações técnicas – diagramas de irradiação do sistema 9. Preliminarmente, a requerente indicou em irradiante e características elétricas. sua petição que os equipamentos seriam instalados 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de em área abrangida pelo circulo de raio igual a 1km, Instalação da Estação, constatando-se conformida- com centro localizado na Rua São João, s/nº, Cen- de com a Norma 2/98, em especial as exigências tro, Cidade de Dom Expedito Lopes, Estado do Pia- inscritas em seu item 6.11, folhas 62 e 63. uí, de coordenadas geográficas em 6º 57’ 28” S de latitude e 41º 38’ 59” W de longitude, consoantes aos 15. É o relatório. dados constantes no aviso no DOU de 9-4-2001, Se- IV – Conclusão/Opinamento ção 3. 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra 16. O Departamento de Outorga de Serviços de que as coordenadas geográficas indicadas deveriam Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos ser mantidas, pelo que se depreende da memória do de habilitação de interessados na exploração do ser- documento de folha 37, denominado de “Roteiro de viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução Análise Técnica de RadCom”. dos presentes autos, após detido exame do rol de do- cumentos, os quais estão compatíveis com a legisla- 11. O mesmo documento trata de outros dados, ção atinente. conforme se segue: 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, – informações sobre instruções sobre atende os requisitos legais e normativos ao seu plei- levantamentos do IBGE; to, seguindo-se informações básicas sobre a entida- – compatibilização de distanciamento de: do canal; – situação da estação em faixa de – nome fronteira, endereço proposto para instalação Associação de Comunicação, Cultura e Despor- da antena; to do Município de Dom Expedito Lopes do Piauí – planta de arruamento, endereços da (ACCDDEL) sede e do sistema irradiante; – quadro diretivo – outros dados e conclusão. Dir. Presidente: João Simão Rodrigues Neto 12. Seguiram-se diligências para apresentação Dir. Administrativo: Pedro de Moura Luz da documentação elencada no subitem 6.7 incisos I e Dir. Financeira: Rosa Nunes Rodrigues II da Norma nº 2/98, alteração estatutária, cópia do – localização do transmissor, sistema irradiante CNPJ da Entidade, comprovação de válida existência e estúdio das Entidades que manifestaram apoio à iniciativa da Rua São João, s/nº, Cidade de Dom Expedito requerente, declaração do endereço da sede da Enti- Lopes, Estado do Piauí; dade, bem como do subitem 6.11 (Projeto Técnico) da – coordenadas geográficas Norma nº 2/98 ( fls. 40 a 77). 6º 57’ 28” S de latitude e 41º 38’ 59” W de longi- 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o tude, correspondentes aos dados constantes no “For- “Formulário de Informações Técnicas”, fl. 52, firmado mulário de Informações Técnicas”, fl. 52 e “Roteiro de Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04945 Análise de Instalação da Estação de RADCOM”, fls. Nacional Relatório das Atividades daquele Tribunal, 62 e 63, que se refere à localização da estação. referente ao 4º trimestre d– Xo exercício de 2003. O expediente lido vai à Comissão Mista de Pla- 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- nos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. mento do pedido formulado pela Associação de Co- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Sobre a municação, Cultura e Desporto do Município de mesa, ofícios que serão lidos pela Srª 1ª Secretária Dom Expedito Lopes do Piauí (ACCDDEL), no senti- em exercício, Senadora Serys Slhessarenko. do de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a exploração do serviço de radiodifusão comunitária, São lidos os seguintes na localidade pretendida, dentro das condições cir- cunscritas no Processo Administrativo nº Of. Lid. PP nº 127 53.760.000.164/99 de 14.06.1999. Brasília, 13 de fevereiro de 2004 Brasília, 23 de abril de 2002. – Relator da con- clusão Jurídica, Adriana Guimarães Costa, Chefe Senhor Presidente de Divisão/SSR – Adriana Resende Avelar Rabelo, Cumprimentando Vossa Excelência, tenho a Relator da Conclusão Técnica. honra de indicar os Deputados Francisco Garcia, do De acordo. PP/AM, como Titular e Dr. Heleno, do PP/RJ, como À consideração do Senhor Diretor do Departa- Suplente para a Comissão Mista destinada a exami- mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. nar e emitir parecer sobre a Medida Provisória nº 165, Brasília, 26 de abril de 2002. – Nilton Geraldo de 11-2-04 (DOU de 12-2-04), que dispõe sobre o Lemes de Lemos, Coordenador Geral. contrato de gestão entre a Agência Nacional de Águas e as entidades delegatárias das funções de De acordo. Agência de Águas, nos termos do art. 51 da Lei nº À consideração do Senhor Secretário de Servi- 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providên- ços de Radiodifusão. cias, em substituição, respectivamente, aos Deputa- Brasília, 26 de abril de 2002 – Hamilton Maga- dos Pedro Henry, do PP/MT e Celso Russomanno, do lhães Mesquita, Diretor do Departamento de Outor- PP/SP. ga de Serviços de Radiodifusão. Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência Aprovo o Relatório nº 269/2002/DOSR/SSR/MC meus protestos de estima e consideração. – Deputa- Encaminhe-se à Consultotria Jurídica para exa- do Pedro Henry, Líder do PP. mes e parecer Brasília, 29 de abril de 2002. – Antonio Carlos OF. GLPMDB nº 37/2004 Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. Brasília, 18 de fevereiro de 2004 (À Comissão de Educação – decisão Senhor Presidente, terminativa.) Nos termos regimentais, comunico a Vossa Exce- lência a indicação dos membros do PMDB, em substitu- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Os Proje- ição aos anteriormente indicados, que integrarão a Co- tos de Decreto Legislativo nºs 319 a 337, de 2004, missão Mista incumbida de examinar e emitir parecer à que acabam de ser lidos, tramitarão com prazo deter- Medida Provisória nº 165, de 11-2-2004 que “dispõe so- minado de quarenta e cinco dias, de acordo com o art. bre o contrato de gestão entre a Agência Nacional de 223, § 1º, da Constituição Federal. Águas e as entidades delegatórias das funções de A Presidência comunica ao Plenário que, nos Agência de Água, nos termos do art. 51 da Lei nº 9.433, termos do Parecer nº 34, de 2003, da Comissão de de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providências”, fi- Constituição, Justiça e Cidadania, aprovado pelo Ple- cando a mesma assim constituída: nário em 25 de março último, os Projetos lidos serão Titulares Suplentes apreciados terminativamente pela Comissão de Edu- Senador Maguito Vilela Senador João Batista Motta cação, onde poderão receber emendas pelo prazo de Senador José Maranhão Senador Gerson Camata cinco dias úteis, nos termos do art. 122, II, “b”, combi- Senador Leomar Quintanilha Senador Valmir Amaral nado com o art. 375, I, ambos do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – A Presi- Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência dência comunica ao Plenário que recebeu o Aviso nº votos de apreço e consideração. – Senador Renan 349-GP-TCU/2004, que encaminha ao Congresso Calheiros, Líder do PMDB. 04946 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Serão fei- A despeito do Governo Federal ser detentor de tas as substituições solicitadas. parte dessa malfadada carga de tributos sobre as tari- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Há orado- fas públicas, podemos dizer que o grande vilão desse res inscritos. triste enredo, sem dúvida nenhuma, é o Imposto So- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. bre Circulação de Mercadorias e Serviços cobrado Presidente, peço a palavra pela ordem. pelos Estados. O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Concedo a Nas tarifas de energia, verifica-se que o impacto palavra a V. Exª. do ICMS, em média, chega a 26,5%. Contudo, na prá- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela tica, o consumidor/contribuinte paga mais do que ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, soli- esse valor, pois as concessionárias calculam o im- cito de V. Exª a inscrição para comunicações inadiá- posto com base em uma fórmula em que o tributo in- veis. tegra a própria base de cálculo, chegando à casa dos O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – V. Exª, 33%. como primeiro inscrito, e este Senador como segundo E qual não foi a minha surpresa e até tristeza, inscrito, com o mesmo objetivo, intercalando com os junto com o povo do meu Estado, ao constatar que oradores inscritos. Rondônia lidera a taxação sobre os serviços de tele- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Passamos fonia no País, cobrando a maior alíquota de ICMS do aos oradores inscritos. País em relação a este serviço, cerca de 35%! Com a palavra o nobre Senador Valdir Raupp Ora, já não bastassem as dificuldades inerentes por permuta com o Senador Marco Maciel. Este, por a um Estado Amazônico em desenvolvimento, com sua vez, havia permutado com o Senador Maguito Vi- precária infra-estrutura de transportes, ativos ambi- lela. entais em risco e indicadores sociais sofríveis, o povo V. Exª dispõe de até 20 minutos. de Rondônia ainda tem de arcar com os mais altos im- O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO. Pronun- postos da Nação. E isso já vem de longe, não é culpa cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. do Governo atual. O Governo passado, no afã de au- Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribu- mentar, dobrar, triplicar a arrecadação do meu Esta- na manifestar-me de forma veemente contra a acinto- do, Sr. Presidente, taxou esses serviços com cargas sa e vertiginosa escalada da carga tributária que tes- insuportáveis. temunhamos em nosso País, notadamente as que in- E não sofremos só com a alta conta dos telefo- cidem sobre as tarifas públicas. Ao onerá-las demasi- nes. Os combustíveis em Rondônia, já agravados adamente, acabamos por restringir a utilização de pela distância dos centros refinadores, também so- serviços essenciais por parte da população, a exem- frem a incidência de pesada alíquota de ICMS, com plo de telefonia ou energia elétrica. efeitos multiplicadores nos preços dos fretes e das Como conseguiremos crescer de forma segura mercadorias em geral. e sustentada se nossa economia se encontra cada Chega-se a pagar R$2,30 por litro de gasolina vez mais asfixiada por impostos e taxas dos mais di- nos postos de Porto Velho, sendo o ICMS total res- versos tipos? Criados por vezes em situação de emergência, inúmeros encargos e tributos acabam se ponsável por cerca de 25% deste valor, já integrante eternizando sob nossas custas. de sua própria base de cálculo. Não é por outra medi- Pasmem, Srªs e Srs. Senadores, o nosso País é da que as vendas no comércio varejista registraram o número um na lista dos países que mais taxam ser- uma queda em torno de 4% em 2003. viços básicos, como telefone. Enquanto nações tais Recentemente, o governo estadual diminuiu a como os Estados Unidos da América, o Japão e ou- alíquota do combustível, porque o governo passado tras tributam entre 3 e 5% tal serviço, chegamos à ina- estabeleceu o valor de pauta do litro de gasolina a creditável marca de 40%, carga equivalente à de pro- R$3,00. Com isso, o ICMS chegava a, aproximada- dutos altamente tributados como armas de fogo, bebi- mente, 35% da carga tributária. das alcoólicas e cigarros. De forma que louvo a atitude do atual governo Em relação às tarifas de energia, a agravação de diminuir a pauta do preço do combustível, com tributária chegará, com o aumento da alíquota da Co- isso reduzindo a carga de ICMS. Mas faço um apelo fins e das propostas da Reforma Tributária, a cerca para que não abaixe apenas o ICMS do combustível, de 50%. mas também o de outros produtos. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04947 Srªs e Srs. Senadores, a despeito da pesada Estado, lamentavelmente foi de péssima qualidade. carga de impostos que lhe é cobrada, a população Recém chegaram as chuvas, o asfalto já se esfarelou, rondoniense ainda carece de serviços essenciais abriram-se novamente os buracos recuperados e, básicos, como o saneamento. Temos a menor co- mais uma vez, a nossa BR está esburacada. bertura da Região Norte, com cerca de 70% dos do- Mais uma vez, apelo ao Ministério dos Trans- micílios sem água encanada, 80% sem sistema de portes, ao DNIT nacional e ao DNIT de Rondônia, esgotamento e 40% sem acesso à coleta de lixo. Vi- que, pelo amor de Deus, trabalhem com mais aten- vemos, portanto, na explicitação do que o econo- ção, fiscalizem mais tanto as obras do 5º BEC quanto mista Edmar Bacha chamou de “Belíndia” na déca- as contratadas com empresas da iniciativa privada, da de 70, com impostos de padrão belga e serviços as chamadas empreiteiras. Dessa forma, essas rodo- em nível indiano. vias não necessitarão, por um longo tempo, de serem Precisamos reverter esse quadro. E creio, Sr. recuperadas e, quando o forem, ficarão conservadas Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que o governo por, pelo menos, seis meses. Lula está perseguindo esse objetivo, para diminuir as Não falo somente da BR-364. Falo da nossa desigualdades sociais em nosso País. BR-425, que liga Abunã a Nova Mamoré e Guaja- Caros Colegas, é chegada a hora de diminuir- rá-Mírim; falo da BR-421, que liga Ariquemes a Monte mos efetivamente a voracidade do apetite tributário Negro, Campo Novo e Buritis; falo da BR-429, que é a em nosso País, sob pena de condenarmos perpetua- segunda maior BR em extensão, com quase 400 qui- mente a nossa já cambaleante economia à completa lômetros do nosso Estado, que liga Presidente Médi- estagnação. Estados pequenos, como a minha queri- ci, Alvorada, São Miguel, Seringueiro, São Francisco da Rondônia, necessitam urgentemente de amplas e Costa Marques, na divisa da Bolívia, estrada essa políticas de redução de impostos, no sentido de atrair que, hoje, está intrafegável. É necessário que o Mi- investimentos e aumentar o poder de compra do nos- nistério dos Transportes, que o DNIT assuma de uma so trabalhador. vez a construção, o asfaltamento, a pavimentação dessa BR tão importante para a economia do nosso Ao referir-me à redução de impostos ou em ta- Estado. xação elevada nas tarifas públicas e nos nossos pro- dutos, lembro da criação de taxas como a CIDE – Ouço o aparte do Senador Mão Santa. Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômi- O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Valdir co, que teria o objetivo de resolver o problema da nos- Raupp, fico muito feliz ao ver sua decisão de partici- sa malha viária e da CPMF, criada em governos ante- par do nosso PMDB das liberdades, que tem compro- riores e que resolveria, nobre colega Mão Santa, o misso com o povo e não com o Governo. Entendemos problema da saúde. Lamentavelmente, constatamos que o Senado não é um Poder, mas um instrumento que esses impostos não têm resolvido o problema de elaboração de leis, assim como o Judiciário é um porque acabam tomando outros rumos, tendo outros instrumento de fazer justiça e o Executivo de adminis- trar. Poder quem tem é o povo, que paga imposto. fins. Nos anos 60, quando comecei a trabalhar como médi- Quanto às BRs em Rondônia, no ano passado, co, Senador Paulo Paim, eu era advertido pelos cole- falei desta tribuna que eu estava perdendo a paciên- gas no sentido de que trabalhávamos um mês no ano cia, apesar de ser uma pessoa calma, pacata... para o governo, para pagarmos o imposto de renda; O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Permite-me V. agora, o governo, a cada ano, nos toma quatro meses Exª um aparte? de trabalho. Quero dar um dado para V. Exª: o bravo O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Em se- povo de Rondônia, que V. Exª representa com gran- guida, nobre Senador Mão Santa. deza – vi sua luta como prefeito e como governador – Mas eu estava perdendo a paciência em relação é um povo trabalhador. O Brasil se orgulha do seu à conservação e restauração das BRs em Rondônia. Estado. Aprendi com o povo a frase “cada macaco em Houve até o empenho do Ministério dos Transportes, seu galho”, e o nosso Ministro da Fazenda não está do DNIT federal e da UNIT de Rondônia para iniciar o no galho dele. Ele é médico, como eu, portanto, tem trabalho de recuperação e restauração das nossas poucos conhecimentos de matemática em sua forma- BRs. ção. Rondônia tem 1.379.787 habitantes. Imagine, Admiro muito o 5º BEC, responsável pela cons- Senador Valdir Raupp, todo o povo de Rondônia teria trução de boas obras, mas o serviço executado no de trabalhar por quinze anos para pagar os juros de ano passado, na BR-364, espinha dorsal do nosso US$145 milhões da dívida. Não é preciso afastar o Sr. 04948 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 José Dirceu; é preciso trocar o núcleo duro pelo nú- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Concedo cleo puro e inteligente, que tenha coragem de romper a palavra ao Senador Heráclito Fortes, por cinco mi- com o FMI como Juscelino Kubitschek rompeu. nutos. O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Sena- Em seguida terá a palavra o Senador Garibal- dor Mão Santa, com relação aos juros da dívida, há di Alves Filho, por permuta com o Senador Marco muito tempo venho dizendo que só existe uma saída Maciel. para a crise dos países em desenvolvimento, como o O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Para Brasil e a Argentina: um acordo, um pacto, uma pror- uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) rogação da dívida, uma carência de, no mínimo, dez – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não é movi- anos para que esses países possam se desenvolver. do por nenhum motivo de alegria ou de satisfação que A Argentina ameaçou paralisar o pagamento ocupo, na tarde de hoje, a tribuna do Senado Federal. dos juros e já sofre retaliação. Não é esse o caminho. Muito pelo contrário, é entristecido e envergonhado que trato do assunto que me traz aqui. Não é culpa do Governo “A” nem do Governo “B”, são questões de décadas de negociações, de dívidas, de Um dos jornais mais lidos do meu Estado traz, na primeira página, a seguinte manchete: “Francisco empréstimos e de juros, como no caso do Brasil. Guedes é demitido da Codevasf”. Francisco Guedes Não acredito na saída econômica, no desenvol- é aquele mesmo cuja nomeação só foi feita cinco me- vimento desses países em desenvolvimento sem ses após a posse do Presidente Lula. E eu cobrei uma rolagem da dívida, sem uma prorrogação do pa- aqui, por diversas vezes, uma solução para o caso. gamento dos juros de uma dívida exorbitante como a Era a única indicação do Governador do Estado do do Brasil. Piauí na cota de prestígio político que, hipoteticamen- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não esta- te, lhe caberia no Governo Federal, já que S. Exª, o mos na tribuna apenas para fazer críticas. Quero fa- Governador do meu Estado, é o único do Partido do zer um elogio e um agradecimento ao Governo Fede- Governo no Nordeste brasileiro. ral. Na última segunda-feira estivemos na cidade de Francisco Guedes é demitido no momento em Cacoal, no meu Estado de Rondônia, inaugurando que estamos vivendo esse furação de denúncias e uma obra de quase R$ 4 milhões, executada pela acusações sem que se apresente uma justificativa Centrais Elétricas de Rondônia – Ceron, hoje federali- para tal fato. Por que o Sr. Guedes foi demitido? Por zada, agregada à Eletrobras. corrupção? Por incompetência? Por corrupção, não Essa obra objetiva reforçar uma subestação de acredito. Os recursos da Codevasf não eram repas- energia elétrica de 69 kw para 138 kw, duplicando a sados. E, quando se dava o repasse, o Sr. Guedes capacidade de geração de energia elétrica naquela não tinha a menor ingerência sobre como, quando e região. Essa subestação atenderá não somente à ci- para quem liberar. Competência também não dá para dade de Cacoal, com aumento de 30 megawatts, ser testada porque ele assumiu um cargo completa- como também às cidades de Pimenta Bueno, Espi- mente manietado, sem poder colocar em prática os gão d’Oeste, Ministro Andreazza, Primavera e outras seus conhecimentos. pequenas localidades. Sem dúvida, essa obra tem O que me entristece, Sr. Presidente, é o com- grande importância para as nossas indústrias, para o portamento do Governador do Estado. O Sr. Welling- ton Dias já devia ter tomado uma atitude mais séria, nosso comércio, para os nossos agricultores, enfim, mais enérgica, uma atitude de homem, porque vem para toda a população daquela região. constantemente sendo desmoralizado pelo Governo Outras obras no setor elétrico estão para se- Federal. E, hoje, S. Exª diz, nos jornais da minha ter- rem executadas em Rondônia, como as usinas do ra, que sai ganhando no episódio, porque o Sr. Gue- rio Madeira, Santo Antônio e Girau, o gasoduto e des vai assumir uma função no Ministério do Meio obras de interligação de Ji-Paraná/Vilhena, Vilhe- Ambiente e ele vai tentar indicar o substituto da Code- na/Jauru, interligando o sistema nacional de ener- vasf. Mas sobre a primeira tentativa que fez, indican- gia elétrica. A Ceron está tratando, juntamente do um ex-Superintendente do Banco do Nordeste em com a Eletronorte e a Eletrobras, da interligação Teresina, o Sr. Luiz Carlos Barros, a imprensa já dis- das pequenas localidades. se que o Ministro Ciro Gomes vetou. Agradeço o empenho do Governo Federal e de Não quero entrar na questão, na briga, na que- todas as entidades ligadas ao setor elétrico. da-de-braço entre o Governador e o Ministro Ciro Go- Muito obrigado. mes. Não é da minha competência. Mas o Presidente Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04949 da República devia respeitar o Piauí. Não é possível Vice-Presidente desta Casa, por cinco minutos, para que o Governador se submeta a esse tipo de vexame, uma comunicação inadiável. envergonhe o Piauí por falta de autoridade, por falta O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PSDB de altivez. Demite-se um piauiense sem nenhuma – TO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão justificativa, apenas porque não combina com o tem- do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, peramento do Ministro! O que é isso? Onde está o em primeiro lugar, agradeço a gentileza do Senador companheirismo, o respeito ao único Governador do José Jorge que me permitiu ocupar a tribuna, uma Nordeste eleito pelo Partido dos Trabalhadores? vez que é prerrogativa do Líder fazê-lo sempre que Sr. Presidente, a única vez que se olhou para o desejar, a qualquer momento da sessão. Piauí no atual Governo foi para tentar levar para mi- Sr. Presidente, mais uma vez insisto no debate nha cidade o Sr. Fernandinho Beira-Mar. Agora, vol- sobre a questão da educação. tam as notícias com a mesma novela. E, como me Hoje, os jornais anunciam que nunca, em toda a contava o Líder Efraim Morais, hoje, o Macaco Simão, história deste País, os bancos lucraram tanto. São em sua coluna, diz: “Beira-Mar não é besta, quer pas- mais de R$13 bilhões de lucro, concentrado nas sar o Carnaval no Rio de Janeiro.” Ficam brincando mãos de alguns bancos. com coisa séria. A Codevasf é um órgão da maior im- Achei bastante interessante a proposta do con- portância para o desenvolvimento do Nordeste e, por- terrâneo de V. Exª que, preocupado em aumentar as tanto, para o Estado do Piauí. Se coube ao Governa- vagas para o ensino público e gratuito, pretende se dor a indicação do seu titular, cabe ao Governo Fede- utilizar da rede privada para tanto. ral tratar essa questão com respeito, e não com esse Reiteradas vezes, desta tribuna, tenho falado a deboche. respeito do Fies, que nada mais é do que um sistema Sr. Governador, lamento, tenho pena da sua fra- de financiamento para o estudante, a longo prazo, queza em atitudes como essa, porque o Piauí não mas que, mesmo assim, tem que pagar por aquilo merece isso. Espero que V. Exª bata na mesa e tome que poderia ser público e gratuito. uma atitude de altivez, aliás altivez que é uma das ca- Nesse sentido, quero refletir sobre os projetos racterísticas do povo do Piauí. que apresentei no sentido de aperfeiçoar o Fies e au- Muito obrigado, Sr. Presidente. mentar a possibilidade de financiamento; e agora O SR. PRESIDENTE(Paulo Paim) – Concedo a penso em aumentar também a oferta do ensino públi- palavra ao Senador Marco Maciel. S. Exª dispõe de co e gratuito. As universidades federais – o Senador vinte minutos para o seu pronunciamento. Efraim Moraes já discorreu sobre isso desta tribuna – Em seguida, intercalando os inscritos, falará o estão sem recurso até para pagar a energia utilizada Senador Eduardo Siqueira Campos e, depois, o Se- em suas dependências. nador Garibaldi Alves Filho. Então, Sr. Presidente, não seria viável – e isso será tema de um outro projeto de lei que vou apresen- PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR tar – termos nos itens bebida, importados supérfluos, MARCO MACIEL QUE, RETIRADO PARA viagens para o exterior e lucro dos bancos uma fonte REVISÃO PELO ORADOR, SERÁ extraordinária, se cobrarmos uma taxa a ser destina- PUBLICADO OPORTUNAMENTE. da ao ensino público e gratuito? Gostaria de deixar (Art. 201, §2º, do Regimento Interno.) claro para a opinião pública que não se trata de mais uma CPMF. Estamos com necessidade na área da O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE. Pela ordem.) saúde e criamos mais um imposto, pago, no fundo, – Sr. Presidente, peço a palavra, como Líder do pelo cidadão que deposita e saca; portanto, é a socie- PFL. dade que arca com mais um imposto sem a certeza O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Neste mo- de que o dinheiro será utilizado para a finalidade pro- mento? posta. Normalmente não o é. O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – Se possível, Por isso, eu queria fazer diferente; eu queria neste momento, Sr. Presidente. No entanto, se o Se- que dos R$13 bilhões de lucro dos bancos, que da nador Eduardo Siqueira Campos falar por cinco minu- bebida, que do cigarro, que dos importados e das via- tos, falarei após S. Exª. gens para o exterior, esses, que bebem por opção, O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Concedo a que fumam por opção, pagassem uma taxa de 0,1% palavra ao Senador Eduardo Siqueira Campos, 2º para um fundo extraordinário para financiar o ensino 04950 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 de 3º Grau. A realidade é dramática. Temos 3,5 mi- ram nem no primeiro, nem no segundo turno, no Pre- lhões de universitários. No entanto, apenas um mi- sidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trabalhei para o lhão, proveniente das classes mais abastadas, está candidato José Serra, porque era um entendimento matriculado no sistema público e gratuito. Todos sa- meu, e que até o presente momento mantenho. Mas bem que não passa no vestibular da UnB o jovem da não posso perder a esperança, como muitos brasile- periferia de Brasília ou de qualquer outra capital. iros, principalmente ao ver que a maioria dos meus Eu encomendei à Consultoria Legislativa do Se- irmãos tocantinenses optaram pelo Lula, e este Go- nado um estudo nesse sentido. Tenho certeza de que verno tem que dar certo, então não me cabe vir aqui os Conselhos de Administração e a própria Febraban, dizer que há uma contradição entre o discurso ante- convocada pelo Ministro Tarso Genro, há de encon- rior e este, quero que dê certo. Mas é preciso, Sr. trar, no meio de um lucro que seguramente não coa- Presidente, que, num momento como este, alguém duna com a presença do Partido dos Trabalhadores bata a mão na mesa. Pergunto: com quem o Presi- no Governo Federal, uma forma de destinar alguma dente Luiz Inácio Lula da Silva pode contar neste coisa para um fundo. Essa coincidência não pode momento de crise? Quais são os Ministros que têm permanecer – se é que é uma coincidência –, não há experiência? Quem se lembra do nome dos quaren- no País quem entenda, exatamente depois de 24 ta Ministros? Eu diria que o Ministro Palocci, o Minis- anos de discursos, de posições públicas e claras, in- tro Márcio Thomaz Bastos, o Ministro José Dirceu, clusive no período eleitoral, que os bancos tenham estes são homens públicos experimentados e que nesse período a maior lucratividade de toda sua his- têm uma grande contribuição a dar. Mas a crise, Sr. tória. Alguma coisa está errada. Presidente, dificulta o trabalho. Ontem, fiz uma su- Vamos, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, va- gestão e quero registrá-la publicamente desta tribu- mos, Ministro Tarso Genro, em quem acreditamos fir- na. Eu sugeri ao Líder Aloizio Mercadante que colo- memente, vamos encontrar naqueles que podem e casse a Bancada da base aliada de castigo, de joe- optam pela bebida, pelo cigarro, pelos importados su- lhos no caroço de milho, durante o período do Car- pérfluos, pelas viagens ao exterior – e aí poderão di- naval, para que eles não sejam os principais agentes zer que as passagens ao exterior vão ficar mais ca- de desestabilização do Governo, que o povo tanto ras, que fiquem mais caras! Hoje ainda é mais barato demorou a eleger. Porque, fundamentalmente, Sr. viajar para Buenos Aires do que para o Nordeste; é Presidente, nós, que construímos uma oposição res- mais barato viajar para Cancún do que para paraísos ponsável dentro deste plenário, estamos vendo que como Canoa Quebrada, Pipa, do que para o Jalapão, todas essas sucessivas crises estão sendo criadas, lá no Tocantins, que têm interesse internacional, mas, diariamente, pela própria base aliada. inacreditavelmente, é mais caro o turismo interno. Va- Portanto, Sr. Presidente, de forma respeitosa, mos aumentar em 0,1% daquilo que é opcional. Que ponha-os de castigo, de joelho no milho, durante o seja 1% ou qualquer outra alíquota. Vamos estudar a alíquota ideal e adequada, Sr. Presidente, para a período de carnaval. Diga a eles que o compromisso constituição desse fundo de financiamento para o en- com a estabilidade e com a governabilidade está em sino público e gratuito para que as nossas universida- primeiro lugar entre os Parlamentares da base aliada, des públicas não tenham a luz e a água cortadas por e que não usem como desculpa a falta de experiên- falta de recursos. E as que estão funcionando, e bem, cia, porque, afinal de contas, a militância em sindica- vivem em greve. Greve de professores da UnB, greve tos, em movimentos sociais, não é diferente da mili- do bandejão, greve dos alunos, e isso prejudica pro- tância político-partidária em mandatos eletivos. fundamente. E olha que tenho o mais profundo respe- Tenho construído uma oposição responsável ito pela instituição UnB, mas constato que, lamenta- neste plenário. Por isso, está na hora, Sr. Presidente, velmente, 90% dos que estudam são provenientes de não se deixar esvair todo o esforço nacional que das classes mais abastadas, aqueles que ganham se fez para a constituição de um governo que tem ori- um carro zero quando passam no vestibular. E de ôni- gem nas bases populares. bus continuam indo para as universidades privadas Sr. Presidente, ao deixar esta contribuição, aqueles que querem estudar e não podem pagar. Te- acredito que o Ministro Tarso Genro há de encontrar mos que encontrar uma saída. nela, nesta modesta sugestão, uma forma de consti- Constato que não há nenhuma presença da tuir um grande fundo para fortalecer o ensino público base aliada hoje aqui em Plenário. Mas, Sr. Presi- e gratuito neste País. Quem sabe no anunciado exor- dente, eu me encontro dentre aqueles que não vota- bitante lucro dos bancos não possamos encontrar Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04951 uma saída para financiar o ensino público e gratuito Gostaria, em segundo lugar, de dizer que o de- neste País? semprego também aumentou no ano passado. O lu- Muito obrigado, Sr. Presidente. cro dos bancos, por outro lado, Srªs e Srs. Senado- O SR. MARCO MACIEL (PFL – PE.) – Sr. Pre- res, foi o maior de toda a história. Vimos ontem que sidente, gostaria de solicitar a V. Exª que fizesse não foram só os bancos privados que tiveram lucro, constar do meu discurso notas da CNBB sobre a mas também os bancos estatais – Caixa Econômica Campanha da Fraternidade deste ano, que farei che- Federal, Banco do Brasil e inclusive a Nossa Caixa, gar à Mesa, se V. Exª deferir meu pedido, para que que é o banco estatal do Estado de São Paulo. Todos os bancos ganharam: bancos bem administrados e sejam incluídas entre os documentos citados em meu bancos mal administrados, todos tiveram o maior lu- discurso. cro de sua história. Na realidade, a promessa do Go- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – A Mesa re- verno era oposta, era a de que haveria melhora da cebe o pedido de V. Exª, e dará o tratamento regimen- renda, melhora do emprego, que os bancos teriam tal, com a devida publicação. seus lucros controlados e o FMI não mandaria mais O SR. MARCO MACIEL (PFL – PE) – Agradeço no Brasil. a V. Exª. No entanto, o Governo, para agradar o FMI, au- O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Senador mentou o superávit primário. Inclusive, o Senador Ro- José Jorge, V. Exª dispõe da palavra, por cinco minu- berto Saturnino, que é da base do Governo, que é do tos, pela Liderança do PFL. PT, não queria diminuir o superávit primário. Ele que- O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE. Como Líder. ria que houvesse uma faixa, entre 4,25% e 3,75%, se Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador não me engano. Só por isso ele foi destituído da rela- Paulo Paim, em primeiro lugar, quero fazer um elogio toria do projeto. Na realidade, trata-se de um Governo a V. Exª, por ser o único Senador do PT e da base ali- que atende o FMI muito melhor do que todos os go- ada do Governo presente neste momento. Nós, que vernos que por aí estão. somos da Oposição, lamentamos muito, Senador O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – V. Mão Santa, que não estejam aqui os principais Líde- Exª me permite um aparte, Senador José Jorge? res do Governo, para que ouçam o nosso discurso e o O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – Só disponho nosso protesto. Espero que V. Exª possa, como Pre- de cinco minutos, Senador, mas registrarei a presen- sidente, colocar para os demais Senadores do PT e ça de V. Exª. Na hora em que eu falei, V. Exª não esta- dos outros partidos da base aliada que hoje ainda é va, mas chegou agora. quinta-feira. Ainda haverá sessão amanhã, sexta-fei- O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Infor- ra. Certamente, uns devem estar trabalhando nos Mi- mo a V. Exª que o estava ouvindo. No momento em nistérios, mas deve haver muitos que já estão brin- que V. Exª enalteceu o nosso querido Presidente, Se- cando o carnaval com uma antecedência grande, nador Paulo Paim, dizendo que gostaria que aqui es- algo que nem nós, pernambucanos, estamos fazen- tivessem mais Senadores do PT, vim de imediato. do, visto que, geralmente, essa festa lá começa muito O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – Muito obrigado. cedo. O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Con- Mas aproveito esta oportunidade para trazer o cordo com a posição de V. Exª sobre a taxa de juros. É muito importante que o Banco Central analise que, protesto contra a manutenção da taxa Selic, ontem, se de um lado é importante a estabilidade de preços, pelo Banco Central, pois essa taxa tem dado prejuízo a manutenção da taxa de juros elevada contribui para ao País. Desde que esse Governo assumiu, tem-se retrair a demanda por bens e serviços, assim como a feito um grande esforço para diminuir a taxa de juros oferta de bens e serviços. Para conter a inflação e básica, a Selic, e até agora ainda não chegamos manter a estabilidade de preços, é preciso que se le- àquele ponto em que estava, no mês de junho, antes vem em conta os procedimentos para estimular a da provável eleição de Lula, o que fez com que a taxa economia. Quando há elevada taxa de desemprego e Selic aumentasse. capacidade ociosa, existe margem para estimular a O que vimos no ano passado foi que o País não economia mediante taxa baixa de juros, se pudermos cresceu, que o crescimento foi próximo de zero. Di- ter a estabilidade de preços também combinada com zem que o crescimento será de 0,03, o que equivale a o crescimento do emprego e da produção. Tenho su- zero – só professores sabem a diferença entre 0,03 e gerido, e conversei com o Presidente do Banco Cen- zero. tral, Henrique Meirelles, que, na análise do Copom, 04952 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 haja melhor informação sobre o estado do desempre- mito-me ler trechos de um artigo publicado hoje, no go no País e da capacidade ociosa. Avalio que as Jornal do Brasil, do economista Edward Amadeo, ponderações de V. Exª são importantes. ex-Ministro do Trabalho no Governo de Fernando O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – Muito obrigado. Henrique Cardoso. Na verdade, nesse artigo, o arti- Em primeiro lugar, agradeço a presença de V. culista procura mostrar que nos períodos em que o Exª. O mesmo elogio que fiz ao Presidente Paulo País experimenta um crescimento econômico signifi- Paim, faço a V. Exª, que, durante todo o período em cativo, não tem havido desenvolvimento social. que estou aqui, sempre foi um dos Senadores mais No Brasil, os períodos de bonança re- presentes na Casa. centes têm sido desperdiçados. Entre 1994 O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Muito e 1997, por exemplo, a taxa de poupança obrigado. doméstica caiu, o que significa que parte do O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – Quero dizer aumento da dívida externa serviu para fi- que só os títulos da dívida, com o juro alto, no mês de nanciar o aumento do consumo, e não a ex- janeiro, cresceram R$6 bilhões. Em um único mês, pansão da capacidade produtiva. Isso é o passaram de R$787 bilhões para R$813 bilhões. que impede o boom de ser auto-sustentá- Sr. Presidente, este é um momento muito grave vel. Uma nova retomada rapidamente exau- para o nosso País, em que há desemprego, econo- re a capacidade de reserva e o crescimento mia paralisada, juros altos, altas taxas de impostos, passa a depender da poupança externa. aumento de carga tributária. E, neste momento, há Nos anos de vacas magras, é difícil uma crise ética no Governo. aumentar a taxa de poupança doméstica. O Subchefe da Casa Civil está envolvido direta- No setor privado, com renda estagnada ou mente na cobrança de propinas a bicheiros, para serem declinante, não há por que esperar que as entregues a candidatos do PT. Isso atinge diretamente famílias aumentem a poupança como pro- o Chefe da Casa Civil, José Dirceu, que o nomeou. porção da renda, muito pelo contrário. O O Ministro Maurício Corrêa, o ex-Senador Ro- mesmo argumento vale para o setor público, berto Freire, todos estão dizendo que há desejo da cujos gastos com políticas sociais tendem a população, para que a crise não atinja o Presidente ser anticíclicos. Lula – ninguém quer que isso ocorra –, de que o Mi- Nos anos de vacas gordas, quando há nistro José Dirceu se afaste do Governo, que S. Exª mais folga nos orçamentos das famílias e do deixe que sejam feitas as investigações, volte para a governo, é mais fácil aumentar as taxas de Câmara, onde é Deputado. poupança. O fato de ser mais fácil não signi- Senador Paulo Paim, a carreira política é como fica que os incentivos estejam presentes. uma caminhada em uma estrada. Se vou daqui para Em certo sentido, o sentimento é o contrá- Recife, com 2,5 mil quilômetros de estrada dupla – o rio: as coisas estão bem, há menos motivos que, infelizmente, não há –, vou andando e vou che- para precaução, nada como aproveitar para gar tranqüilo. Se houver 100 metros de atoleiro, não um pouco de luxúria. Para os governos, o vou chegar em Recife. incentivo a aumentar gastos é enorme, prin- O que aconteceu com o Ministro José Dirceu? cipalmente quando o país sai de um período Ele se meteu em um atoleiro. Então, S. Exª, que era de ajuste. um dos principais – se não o principal – colaborado- Tudo indica que o Brasil, embalado res do Governo, de agora em diante, atrapalhará o pela economia internacional e o bom início Governo. Para poder o Governo voltar a cuidar da do governo Lula, entra em fase de expan- economia, da área social, algo em que ainda não con- são. A demanda mundial puxa as exporta- seguiu se engajar, é necessário o afastamento, o ções, o fluxo de dólares é farto e, assim, o mais rápido possível, do Ministro José Dirceu. balanço de pagamentos não coloca pressão sobre as taxas de câmbio e juros, muito O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim) – Concedo pelo contrário. São boas as condições para a palavra ao nobre Senador Garibaldi Alves Filho. crescimento sem pressões inflacionárias. V. Exª dispõe de até 20 minutos, Senador. Mais um período de bonança se avizinha. O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do É evidente que a visão de Edward Amadeo é orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, per- bastante otimista. Hoje mesmo estamos diante da Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04953 decisão do Copom, do Banco Central, de não permi- Pernambuco e foi Vice-Presidente da República, o tir a diminuição da taxa de juros, o que contraria, Senador Efraim Morais, que poderá ser Governador. certamente, esse cenário de crescimento econômico Sei que o cobertor sempre é muito curto do pon- que se espera para o País. to de vista de quem está no Governo, para se fazerem Ele indaga: investimentos. É aquela história muito prosaica, mas conhecida de todos. Nosso Governador Valdir Raupp Será desta vez que o período de bo- também sabe disso, no Estado de Rondônia; só faltou nança servirá para melhorar as condições o Senador Eduardo Suplicy, mas S. Exª poderá che- do crescimento auto-sustentado? Para que gar também ao Governo. O certo é que temos... seja, aumentar a taxa de poupança é essen- O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – O cial. É difícil esperar que as famílias façam Presidente Paulo Paim também poderá chegar ao esse serviço, dado que houve enorme con- Governo. tração da renda e a oportunidade para au- O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – mentar o consumo via expansão do crédito RN) – Também. Agora, há uma disputa. será muito convidativa. O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Ago- Caberá ao setor público essa tarefa, ra, ficou completo. através da política fiscal. Com a retomada O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – da economia, o Tesouro e o INSS terão um RN) – É que o Plenário hoje está realmente represen- aumento de arrecadação. A questão é saber tativo no que toca à experiência de ex-Governadores. se esses recursos serão utilizados ou não O que eu diria, Srªs e Srs. Senadores, é que o para aumentar a poupança do setor público. cobertor, sempre curto, faz com que tenhamos dificul- dade. Se se cobre a cabeça, descobrem-se os pés; Não quero cansar os Srs. Senadores com a le- se se cobrem os pés, descobre-se a cabeça. Se se in- itura deste artigo, que é um pouco longo, embora consistente. Não resta dúvida de que Edward Ama- veste em saneamento, é preciso investir também em deo é um economista que tem argumentos convin- turismo. A princípio, as pessoas podem até criticar um centes. investimento no setor turístico, mas ele é altamente No final, ele dirige seu trabalho para o seguinte essencial, numa região como a nossa, para promover dilema: deve o Governo investir em saneamento bási- justamente esse crescimento auto-sustentado de que co ou no aumento do salário mínimo? fala o ex-Ministro Edward Amadeo. A minha crítica é apenas a de que o País precisa Essa comparação entre gastos com se libertar desse dilema, dessa camisa-de-força que aumento do salário mínimo e com o sanea- nos põe aqui o Economista dizendo: ou se investe no mento básico tem duas dimensões impor- aumento do poder de compra do salário mínimo, ou tantes. A primeira diz respeito aos efeitos se investe no saneamento. É uma verdadeira escolha distributivos. Os gastos com saneamento de Sofia, aquela mãe que se viu diante da situação atendem às famílias pobres de forma indis- em que tinha que sacrificar uma das suas duas filhas. criminada; enquanto o aumento do salário Não podemos mais caminhar no sentido de que mínimo beneficia preferencialmente os mais um País pobre como o nosso se veja privado de con- idosos. ceder benefícios às pessoas de todas as idades. Mas Ocorre que a incidência de pobres en- isso não se faz do dia para a noite. Isso não é milagre. tre as crianças é muito maior que entre os Governante nenhum sabe fazer milagre. idosos. Desse modo, os gastos com sanea- mento básico têm maior efeito distributivo. Como disse aqui hoje o Senador Valdir Raupp, talvez seja o caso de se deixar de pagar tantos juros Ora, Sr. Presidente, eu, que não sou econo- da dívida externa. É preciso chegar a um equaciona- mista, se pudesse, faria uma crítica a esse trabalho mento, que não seja uma moratória, de tudo isso. Do do ponto de vista da sensibilidade do homem públi- contrário, o País se verá diante do seguinte dilema: co, como inúmeros outros Senadores – e vejo aqui investir no poder de compra do salário mínimo ou in- o Senador Mão Santa, que foi Governador do Piauí, vestir em saneamento. O Senador Paulo Paim conhe- o Senador Álvaro Dias, que já foi Governador do ce bastante esse problema, já se viu diante dele. Fo- Paraná, o Senador Marco Maciel, que governou ram inúmeras as campanhas do Senador Paulo Paim 04954 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 no sentido de aumentar o poder real de compra do sa- cidadania, para ser instituída gradualmente ao longo lário mínimo. dos anos, a partir de 2005. Isso também não poderá Concedo o aparte ao Senador Eduardo Suplicy ser obtido de uma hora para outra; há que se fazer por e, em seguida, com muita honra, eu o concederei ao etapas. Cumprimento V. Exª pela análise feita. Senador Mão Santa. O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se- RN) – Senador Eduardo Suplicy, agradeço a V. Exª o nador Garibaldi Alves, V. Exª aborda um tema de aparte. V. Exª apresenta mais uma alternativa, no grande relevância, trazendo aqui a contribuição do sentido de que possa haver justamente esse cresci- economista Edward Amadeo, ex-Ministro do Traba- mento sustentado com o desenvolvimento social. lho, que expõe este dilema: será melhor o País gastar Para isso, é preciso fazer com que a renda chegue a mais em saneamento básico, especialmente no mo- todos. mento em que há perspectiva de maior crescimento? Em seu trabalho, Edward Amadeo faz justa- Ele observa, em seu artigo, que agora poderia haver mente a crítica de que o salário mínimo só beneficia um período de maior bonança, que seria melhor, ao as pessoas mais idosas. E não fala no sentido da ve- invés de aumentar o salário mínimo – o que traria efei- lhice propriamente. Ele fala de pessoas mais idosas tos na economia como um todo, gerando, inclusive, do que o saneamento, que já beneficia um conjunto maiores gastos da previdência –, reservar mais recur- de pessoas muito maior, na opinião dele. Mas me pro- sos para os investimentos em saneamento, o que sig- ponho a convidar o economista Edward Amadeo, nificaria, de certa forma, um aumento da poupança da para ir à Comissão de Assuntos Econômicos, para economia brasileira, e que, com isso, seria propiciado que possamos sustentar um debate dessa natureza. um maior crescimento. Nem sempre as coisas são Concedo o aparte ao Senador Mão Santa. assim. É preciso que a dose de aumento do salário mínimo leve em conta a preservação e o aumento do O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Gari- poder aquisitivo. Normalmente, seria razoável até au- baldi Alves, quero dar o testemunho da sua grandeza mentar o poder aquisitivo do salário mínimo pelo me- de homem público – extraordinário Prefeito e não me- nos em consonância com os ganhos de produtividade nos extraordinário Governador do Rio Grande do Nor- ou do produto per capita ano a ano da economia bra- te–edagrandeza daquele Estado, que tem petróleo, sileira. Sabemos que, em verdade, nas últimas déca- sal, bacia leiteira, que V. Exª ajudou muito a consoli- das, nem sempre o salário mínimo aumentou de acor- dar no seu programa do leite, e um turismo excepcio- do com os ganhos em produtividade. Mas é preciso nal. Mas, enquanto não endurecermos o pagamento também se verificar que, em muitas ocasiões, o não dessa dívida externa, não haverá solução. O seu aumento da remuneração do trabalho acabou resul- Estado tem 2.776.782 habitantes. Que povo trabalha- tando em diminuição do estímulo da atividade econô- dor! Como trabalham aqueles homens e mulheres! V. mica e até dos investimentos. É bem verdade que um Exª sabe que é verdadeira a minha afirmação. Tro- aumento abrupto do salário mínimo, feito de uma quei idéias com uma equipe de governo do Piauí e hora para outra, poderia até causar conseqüências aprendi com sua experiência. Senador Garibaldi inadequadas, como o aumento do desemprego. Há Alves Filho, o que foi pago este ano de juros, R$145 que se considerar que, quando uma empresa contra- bilhões, significa o valor do PIB, o trabalho de todos ta trabalhadores, ela o faz até o limite que o valor adi- do seu Estado, homens e mulheres, por dez anos. cionado por esses trabalhadores seja pelo menos Então, isso falta. E V. Exª parece ter recebido o espíri- igual ao salário pago. Então, aumentando-se demasi- to de Abraham Lincoln, que disse: “Não criarás a adamente o salário mínimo, a conseqüência poderia prosperidade se desestimulares a poupança”. E mais ser o desemprego. Daí por que, ao se considerarem ainda: não poderás criar estabilidade permanente ba- as diversas fórmulas de aumentar o rendimento da população – inclusive, daqueles que estão emprega- seado em dinheiro emprestado. dos e daqueles que não estão necessariamente em- O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – pregados ou de toda a população –, pensa-se no ou- RN) – Obrigado, Senador Mão Santa. V. Exª foi muito tro instrumento: a garantia de uma renda para todos. generoso e, como sempre, traz a sua experiência de E o desenho da garantia de uma renda para todos governante e, agora, de um Parlamentar que tem de- pode ser o mais racional possível. Felizmente, o Con- batido todas as questões com muita segurança. gresso Nacional aprovou recentemente – e foi sancio- Peço licença ao Presidente para conceder um nada pelo Presidente – a fórmula da renda básica da aparte ao Senador Marco Maciel. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04955 O Sr. Marco Maciel (PFL – PE. Com revisão do do os trabalhos e, se estivesse no plenário, natural- orador.) – Senador Garibaldi Alves Filho, serei breve mente, faria um aparte ao Senador Garibaldi Alves Fi- em minha intervenção. V. Exª traz à consideração da lho sobre o artigo que ora traz à reflexão, de autoria Casa, nesta tarde, a questão social e, sobretudo, a do ex-Ministro Edward Amadeo. De fato, de minha questão voltada à geração de emprego. E mencionou parte, há uma grande discordância. Se a moda pega, a intenção de convidar para comparecer ao Senado o para que haja investimento em saneamento básico, ex-Ministro do Trabalho, Professor Edward Amadeo, vamos ter que diminuir, então, o valor do salário míni- grande especialista nas questões de emprego e ren- mo! Por isso, sua provocação é positiva, e quero assi- da em nosso País. Realmente, vivemos um momento nar embaixo. Devemos chamar o ex-Ministro Edward em que o desemprego está extremamente elevado, Amadeo para que venha dialogar conosco, aqui, mercê do baixo crescimento econômico que o País numa Comissão. apresentou no ano de 2003. Naturalmente, isso faz No momento em que ouço, no plenário, todos com que tenhamos de pensar em medidas que ve- dizerem que os bancos no Brasil tiveram o maior lucro nham ser adotadas pelo Governo, sem prejuízo da de todos os tempos, o ex-Ministro lança ao debate a estabilidade econômica, para garantir o aumento da sugestão de que não se deve aumentar o nosso salá- oferta de emprego e, por esse caminho também, me- rio mínimo, que é um dos piores do mundo. Vejam a lhorar a renda do povo brasileiro. Por isso, considero contradição: os banqueiros deste País têm o maior lu- oportuno o debate que V. Exª propicia nesta sessão cro de todos os tempos, o salário mínimo é um dos vespertina, no qual o Senado deve centrar as suas menores de todos os tempos, e, para investir em sa- atenções. Pela longa experiência que tem como neamento básico, não podemos aumentar o salário ex-Senador e ex-Governador, V. Exª pode trazer uma mínimo. Para haver investimento em saneamento bá- contribuição muito importante nesse campo. sico, seria necessário diminuir o valor do salário míni- O SR. GARILBALDI ALVES FILHO (PMDB – mo ora proposto. Considero isso totalmente irracional RN) – Obrigado, nobre Senador Marco Maciel. Espe- e um despropósito enorme. ro que o economista e ex-Ministro do Trabalho possa Diz-se que o salário mínimo só ajuda os idosos. nos dar maiores esclarecimentos. Entendo que essa Que me desculpe o Ministro do Trabalho! Eu gostaria questão precisa ser aprofundada, como disse V. Exª. que S. Exª viesse de fato, como propôs o Senador É um assunto que não se pode restringir a um artigo Garibaldi Alves Filho, a um debate aqui na Casa. O no jornal, a um debate feito durante um discurso no salário mínimo neste País, de forma direta ou indireta, Senado. Faz-se necessário um debate verdadeiro por atinge nada mais nada menos do que cem milhões de uma comissão técnica, em que possamos aprofundar pessoas. Cem milhões de pessoas neste País depen- todos os aspectos da questão. dem do salário mínimo. Os idosos não chegam ao nú- Agradeço a V. Exª, que, com a experiência que mero de 20 milhões. detém, sabe muito bem que realmente precisamos de Não estou condenando o ex-Ministro, haja vista debates como esse para buscar as verdadeiras op- tratar-se apenas de um artigo, mas concordo com a ções e procurar fugir dos falsos dilemas. Talvez, seja proposta do Senador Garibaldi Alves Filho de que S. verdadeiro o dilema proposto por ele, mas não se Exª venha aqui debater conosco. pode vincular saneamento básico a salário mínimo. Entendo que o salário mínimo deveria estar, Temos de criar novas opções. pelo menos, em torno de R$350,00. O projeto que Obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância. apresentei na Casa, aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, eleva o salário mínimo para cerca Durante o diuscurso do Sr. Garibaldi de R$312,00. A posição do Senado mostra a nossa Alves Filho, o Sr. Paulo Paim, 1ª Vice-Presi- visão do salário mínimo, que deveria, pelo menos, ul- dente, deixa a cadeira da presidência, que é trapassar os US$100,00. ocupada pelo Sr. Mão Santa. Pretendo amanhã aprofundar mais o debate so- O SR. PRESIDENTE (Mão Santa) – Concedo a bre a importância da valorização do salário mínimo. palavra ao Senador Paulo Paim, Vice-Presidente Sr. Presidente, tratarei, ainda hoje, de dois as- desta Casa, que representa o Partido dos Trabalha- suntos. O primeiro deles é a importância da Varig dores do grandioso Estado do Rio Grande do Sul. para o nosso País. Entendo que o Congresso Nacio- O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT – RS. Para uma nal e o Governo Federal, neste momento, reúnem as comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. condições para fortalecer a Varig, companhia que or- Presidente, Senador Mão Santa, eu estava presidin- gulha todos nós. 04956 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Durante o último ano, o Senado Federal foi pal- para que o Brasil possa constituir, de fato, um Siste- co de inúmeros debates e discussões sobre a crise ma Nacional de Transporte Aéreo bem estruturado e que assola esse setor. Estimulamos e criamos opor- eficiente. tunidades para que esse debate ocorresse, com a Sr. Presidente, a aviação tem todas as caracte- participação dos trabalhadores, de dirigentes das em- rísticas necessárias e um enorme potencial para, alia- presas, de parlamentares e de representantes do Go- da ao turismo, ser um dos carros-chefes da nossa verno. economia e uma grande fonte geradora de empregos Dessas reuniões ficou a certeza de que solu- qualificados. ções para problemas complexos e importantes exi- As graves conseqüências que vivenciamos com gem a mais profunda reflexão e um tempo razoável a crise da Parmalat nos levam a pensar que temos para que alcancem a maturação necessária e se tor- obrigação de atuar de forma pró-ativa e antecipada- nem técnica e politicamente viáveis. mente em determinados momentos. Apesar de serem O Governo vem avançando no processo de ga- instituições privadas, certas empresas adquirem, rantir maior estabilidade para o setor de aviação. Emi- pela sua importância para o País, um caráter público. tiu dezoito resoluções ainda no ano passado. As em- No tocante ao transporte aéreo, que é uma con- presas aéreas aprimoraram seus processos na busca cessão, haveria ainda uma maior fundamentação às de resultados positivos. medidas governamentais e legislativas no intuito de Aliás, os trabalhadores vêm atuando junto ao preservá-las. Governo Federal, ao Congresso e em diversos Esta- A nova Lei de Falências é um passo importante dos da Federação, para que a proposta por eles apre- nesse sentido. Mas essa nova lei tem que assegurar sentada, de recuperação para a Varig e para a estru- que os créditos dos trabalhadores, em todos os senti- tura do setor, seja efetivamente implementada. dos, terão que ser pagos em primeiro lugar. Com satisfação, participei de uma reunião do Nos últimos tempos, o setor de transporte aéreo bloco de apoio ao Governo nesta semana. Por unani- da Varig mereceu uma atuação toda especial. Como midade, decidimos convidar o Embaixador José Vie- já mencionei anteriormente, problemas complexos gas e o Presidente do BNDES, Carlos Lessa, para exigem tempo de maturação para se chegar a um comparecerem a uma audiência pública no Senado a bom encaminhamento. Após quase dois anos de de- fim de debatermos importante assunto. bates, já é hora de avançarmos em direção a uma so- Pretendemos, com essa audiência, tomar co- lução. nhecimento da análise já realizada sobre essa pro- É preciso preservar uma empresa que é rentá- posta, tanto pelo Ministro José Viegas como também vel, responsável por 25 mil empregos diretos. A Varig, pelo Presidente do BNDES, para que possamos per- ao longo da sua história, tem sido fundamental para a ceber qual a visão do Governo sobre a situação da integração nacional, para a nossa economia e o nos- Varig. so desenvolvimento, garantindo mais de US$1,2 bi- Mas ainda há muito por fazer, Sr. Presidente. lhão em divisas ao ano. Estruturar o Sistema Nacional de Transporte Aéreo O Brasil não se pode dar ao luxo de jogar fora não é tarefa fácil e, muito menos, rápida. Sabemos, um patrimônio dessa magnitude. Um País tão ca- ainda, que a melhora nos resultados das empresas rente de recursos como o nosso não terá como se deve basicamente ao recuo do dólar e à diminui- construir uma empresa com essas características ção no preço do combustível da aviação, ou seja, é se não entender a importância da Varig nesse mo- conjuntural. mento histórico. As empresas aéreas devem implementar proje- Portanto, Sr. Presidente, temos a oportunidade tos que lhes garantam um forte e consistente equilí- de transformar esse caso em um exemplo positivo de brio financeiro e operacional. O transporte aéreo pre- como o Brasil sabe preservar e construir valores e o cisa ser concebido como um sistema, o que é muito seu futuro, ao contrário do que aconteceu com a Par- maior do que apenas a sua regulação e sua agência malat, na Itália, com conseqüências desastrosas aqui reguladora. no Brasil. A infra-estrutura aeroportuária, a indústria aero- Em segundo lugar, Sr. Presidente, aproveitando náutica, o controle e a proteção ao vôo, as empresas o meu tempo, quero dizer que, felizmente, no dia de aéreas, a segurança e o usuário, estes e muitos ou- ontem, a Câmara dos Deputados, sob a Presidência tros temas devem ser discutidos na Casa à exaustão do Deputado João Paulo e sob a Presidência, na Co- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04957 missão, do Deputado Arnaldo Faria de Sá, instalou a aprovar em dois turnos a PEC paralela, atendendo Comissão Especial que vai discutir a PEC nº 77, a assim a uma expectativa do conjunto dos trabalhado- PEC paralela. res deste País, tanto da área pública como aqueles O Presidente da Comissão ora instalada será o da área privada. Deputado Roberto Brant, do PFL de Minas Gerais, O evento de ontem foi coordenado pela Confe- que também presidiu a PEC nº 67; e o Relator será o deração Brasileira de Aposentados e Pensionistas – Deputado José Pimentel; Como vice-Presidente tere- Cobap, estava lá o Presidente João Lima; pelo Movi- mos o Deputado Onyx Lorenzoni, do PFL do rio Gran- mento dos Servidores Aposentados e Pensionistas – de do Sul, que tem demonstrado claramente o com- osap, estava lá o companheiro Edson; e pela Asso - promisso com a aprovação da PEC paralela. ciação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Falava ontem com o Líder Arlindo Chinaglia, do Social – Anfip. Em todos os depoimentos ficou muito Partido dos Trabalhadores na Câmara e também com claro a importância desse momento e o quanto eles o Deputado José Pimentel, e ambos me disseram que estão torcendo para que o acordo firmado entre o Se- a PEC paralela será aprovada, sim. Há apenas uma nado da República e o Governo seja efetivamente pequena correção que eles pretendem fazer na ques- cumprido. tão do teto, a fim de não abrir espaço aos salários dos E gostaria ainda de dizer, Sr. Presidente, que de marajás, o que não tenho nada a me opor. Se tiver todos os presentes, não houve um companheiro na- que haver alguma correção para não permitir espaço quele plenário que desse um depoimento contra a para os salários dos marajás, é claro que o Senado PEC paralela. Claro que não concordavam com a não será contra; pelo contrário, seremos totalmente a PEC nº 67, mas deixaram claro que entenderam que favor. a PEC nº 77 é uma expectativa positiva, que atenua a Saúdo, então, a Mesa Diretora e a Relatoria que situação dos servidores públicos e aponta para o futu- irão se debruçar sobre a PEC paralela pela sua im- ro da previdência pública, porque ali estamos tratan- portância. do também da aposentadoria da dona de casa e do Ontem, Sr. Presidente, participei de um evento desempregado. na Câmara dos Deputados, no Auditório Nereu Ra- O Sr. Efraim Morais (PFL – PB) – Permite-me mos, com cerca de mil dirigentes de trabalhadores da V. Exª um aparte? área pública e privada e, por unanimidade, todos eles O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT – RS) – Senador defenderam a aprovação rápida da PEC paralela, Efraim Morais, concedo o aparte a V. Exª com enor- porque entendem eles que a PEC paralela aponta o me satisfação, porque sei da sua posição muito firme, futuro da previdência pública, pois, com a aprovação polarizando e exigindo, no seu discurso, a aprovação dela, é que estará assegurada a paridade, a transi- da PEC paralela. Concordo com a sua firmeza, con- ção, os inativos, os deficientes com doenças chama- victo de que essa ainda é a melhor forma de fazer das incapacitantes e aqueles aposentados por invali- com que os servidores públicos tenham garantida a dez, que pagarão um percentual, depois de aposen- sua previdência. tados, somente acima dos R$4,8 mil, se o teto for O Sr. Efraim Morais (PFL – PB) – Senador Pa- R$2,4 mil, por exemplo, o que atenua e muito a contri- ulo Paim, agradeço a V. Exª pelo aparte que me con- buição dos inativos. Tudo isso, enfim, a aprovação da cede, ao tempo em que parabenizo V. Exª, que conti- PEC nº 77, a PEC paralela, foi resultado de um traba- nua defendendo o que defendeu aqui neste Plenário lho árduo do Senado da República. durante todo o processo da reforma da previdência. É Também quero dizer que a PEC paralela foi claro que vamos continuar insistindo na votação da considerada, naquele plenário, um avanço em rela- PEC nº 77. Lamento, sinceramente, por não ter sido ção à PEC nº 67. Fiz questão de dizer que a PEC nº instalada a Comissão Especial a partir da qual se con- 77 foi aprovada aqui, por unanimidade, até mesmo tariam quarenta reuniões para votarmos a PEC para- por aqueles Senadores que entenderam que não era lela. Senador Paulo Paim, tivemos esta semana e te- o melhor caminho, mas, para não obstruir o processo, remos a próxima semana. Isso significa que teremos entendendo que ela melhora bastante a situação dos aproximadamente o mesmo tempo – uma semana a servidores. Por esse motivo, portanto, é que houve 70 menos – do que o período em que o Congresso este- votos a favor. ve convocado, num compromisso do Governo de que Quero também dizer, Sr. Presidente, que todos votaria a PEC defendida por mim, por V. Exª e pelos estamos convictos de que essa Comissão poderá Senadores Alvaro Dias, Mão Santa, Eduardo Suplicy agora, no mais tardar até o fim do mês de março, e Garibaldi Alves Filho, este último um dos mais vee- 04958 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 mentes. Continuo com pouca esperança – não a per- as últimas conseqüências, pela Polícia Federal e pelo di totalmente – de que a Câmara vote essa matéria. Ministério Público. Essa é a minha posição. Pode ser que o Governo precise recuperar-se, pois Mediante esses fatos, se ficar comprovado o en- não está bem, está envolvido em escândalo no Palá- volvimento de homens públicos – quer sejam do Exe- cio do Planalto, na Casa Civil e agora tem que tomar cutivo, do Legislativo ou do Judiciário –, a minha posi- algumas medidas populares para tentar se recuperar. ção passaria a ser a favor da CPI proposta pelo Sena- Espero que o Governo melhore um pouco seu perfil dor Antero Paes de Barros. Essa foi a minha posição, perante o funcionalismo público, votando a PEC, o e eu entendia que o assunto terminaria ali. que para nós, para o funcionário público e para a soci- Disse mais na reunião. Todos temos em torno edade brasileira seria ótimo. Farei uma corrente na de trinta assessores. Digamos que um assessor nos- qual, tenho certeza, terei a ajuda do Senador Mão so faça uma bobagem qualquer no seu Estado. Não Santa. Queremos duas providências do Governo, cabe a nós respondermos, se não ficar efetivamente que terá sua imagem melhorada, já que está acuado comprovado que um de nós tenha alguma ligação e com vergonha: a redução da taxa de juros em mar- ço, já que não foi reduzida em fevereiro, e a votação com o ato por ele cometido. Essa foi a minha posição da PEC nº 77. A Oposição começa a fazer esse traba- na reunião da Bancada do Partido dos Trabalhado- lho a partir de agora. Senador Paulo Paim, estamos res. Não assinei nenhum outro pedido de CPI, porque juntos na luta pela aprovação da PEC e continuare- quero que seja exaurida a investigação da Polícia Fe- mos assim até o fim. Mais uma vez, quero dar o teste- deral e do Ministério Público. munho da luta de V. Exª neste plenário, conversando Mas, sem sombra de dúvida, o caso Waldomiro com todos os Parlamentares, adotando até a posição Diniz trouxe um desgaste para o Governo, que está de Senador da Oposição, como tão responsavelmen- ciente disso e está fazendo as averiguações neces- te o fez como Deputado Federal. A Oposição neste sárias. Mas a averiguação mesmo tem que ser feita Governo estaria muito fortalecida, se V. Exª estivesse pela Polícia Federal, como está fazendo, apreenden- do nosso lado. Mas é bom que tenhamos alguém do do na casa do assessor Waldomiro Diniz computado- outro lado para ajudar a minoria. Temos duas bandei- res e documentos. Tenho certeza absoluta de que es- ras para depois do carnaval: a redução dos juros e a sas informações chegarão com muita clareza à nossa votação da PEC, para que os índices de opinião públi- Casa. ca não caiam tanto. Concluo, Senador Efraim Moraes, dizendo que O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT – RS) – Senador tive orgulho de fazer oposição ao Governo anterior. V. Efraim Morais, sem sombra de dúvida, há dois pontos Exª era da base do Governo, mas sempre travamos com os quais concordo na íntegra e assino embaixo: um debate do mais alto nível e de muito respeito. Por a citação de todos os Senadores aqui presentes que essa razão, muitos estranham a nossa posição de trabalharam para aprovação da PEC nº 77 e a apro- tranqüilidade e até de solidariedade, um com o outro. vação em tempo recorde do Estatuto do Idoso – prati- Hoje, sou da base do Governo, mas me dou o direito camente dois meses, enquanto a matéria tramitou em de questionar certos pontos, como V. Exª também torno de sete anos na Câmara dos Deputados. questionava. Lembro-me de que V. Exª sempre votou Concordo em que é importante a redução da comigo nas questões de salário mínimo e da Previ- taxa de juros. Não há dúvidas quanto a isso, todos dência. Portanto, o depoimento de V. Exª faz com que concordamos. Concordamos em que a PEC paralela nos aproximemos do debate num momento como mostrará à sociedade a posição do Governo no senti- este. do de que a previdência continue pública e atenda aos interesses dos trabalhadores das áreas pública e Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente. privada. O SR. PRESIDENTE (Mão Santa) – Concedo a Quanto ao desgaste do Governo em relação ao palavra ao nobre Senador do Paraná, Alvaro Dias, caso Waldomiro Diniz, não há dúvida de que V. Exª por cessão do Senador César Borges. tem razão. Ninguém discorda de que esse caso trou- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR. Pronuncia o xe certo desgaste para o Governo. A minha posição, seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- na reunião da Bancada do Partido dos Trabalhado- sidente, Srªs e Srs. Senadores, neste momento de res, foi somente uma: Waldomiro Diniz, assessor do perplexidade para os palacianos do Planalto, im- Palácio do Planalto, cometeu um delito há dois anos, põe-se reflexão responsável. Pretendemos, com que deverá ser investigado – doa a quem doer –, até tranqüilidade, refletir sobre os últimos acontecimen- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04959 tos que abalam a imagem do Governo Federal no mentos, como foi o caso da Gtech, em que sua pre- Brasil e no exterior. sença se destacou. O que se esconde por detrás do escândalo Portanto, não se trata de investigar apenas a ar- anunciado? Qual a dimensão do escândalo que não recadação para a campanha eleitoral apenas, mas de se anuncia? Por que o medo da CPI? Por que o Go- investigar as ações do Sr. Waldomiro Diniz durante a verno se empenha tanto em elaborar estratégias de gestão Lula, fato presente. O próprio Líder do Gover- quem se encontra perdido, para impedir a instalação no, Senador Aloizio Mercadante, reconheceu traba- de uma CPI que teria por objetivo conferir transparên- lhar com a hipótese de irregularidades, na gestão de cia às investigações já iniciadas? Há autoridade in- Lula, praticadas pelo Sr. Waldomiro Diniz. Então, a Li- vestigando, sim, mas isso basta? E a exigência de derança do Governo nesta Casa já reconhece a exis- transparência, que é justificada num regime democrá- tência de supostas irregularidades na ação desenvol- tico, sobretudo quando quem governa é exatamente vida pelo Sr. Waldomiro Diniz como articulador políti- quem, durante tantos anos, lançou postulados que co da Casa Civil e da Presidência da República. agora acaba sepultando? Estamos nos aproximando não apenas do Mi- A bandeira da ética foi empalmada pelo PT du- nistro-Chefe da Casa Civil, mas do próprio Presidente rante muitos anos; está arreada. A bandeira da trans- da República. parência foi pregação constante do PT; hoje, é igno- Essa conexão já ocorreu antes, não é a primei- rada. ra; conexão idêntica se verificou no caso de Santo Não é grave o momento em que estamos viven- André, em que os recursos oriundos da corrupção lá do? Esse fato não tem a maior importância para o Go- instalada – que levou ao assassinato do Prefeito Cel- verno do Presidente Lula? Não se trata apenas de um so Daniel – destinavam-se a abastecer os cofres do operador do Partido dos Trabalhadores. Não se trata Partido dos Trabalhadores. E esta não é uma denún- apenas de um arrecadador de recursos para as cam- cia da Oposição, Senador Efraim Morais, mas da fa- panhas eleitorais do PT ou para o caixa do Partido, mília da vítima, que acusa peremptoriamente o PT de que se tornou, em um ano, o mais rico deste País. fazer vista grossa, de se omitir em relação ao crime Não! O Sr. Waldomiro Diniz é muito mais do que isso. praticado contra um dos seus mais brilhantes militan- É muito mais importante para este Governo do que a tes, o saudoso Prefeito Celso Daniel. Ambos os fatos figura do arrecadador. Se não fosse tão importante, o são gravíssimos e marcam, de forma indelével e defi- Ministro não teria convocado a imprensa nitiva, a imagem do Governo do PT. para anunciar o substituto do Sr. Waldomiro Diniz. A história reserva, para aqueles que militaram Por que o Ministro Aldo Rebelo fez publicidade desse de boa-fé, com idealismo e vocação política, este ato, anunciando, com destaque, o substituto desse amargo momento de contradições, este triste e me- assessor do PT? Certamente por reconhecer a impor- lancólico momento de afronta à ética, que foi uma das tância da função, da qual o Sr. Waldomiro se afastou principais bandeiras do PT durante tantos anos. por livre e espontânea vontade. É preciso, sim, investigar. Há uma manobra em É preciso esclarecer, mais uma vez, que o Sr. curso. Inúmeras CPIs estão sendo propostas no Con- Waldomiro Diniz foi exonerado a pedido. Fica implíci- gresso Nacional. Quantos requerimentos assinamos, to, portanto, que, a qualquer momento, ele pode re- nestes dias, para instalação de CPIs no Senado? Por tornar a exercer as funções que até então exercia. que a estratégia da pulverização? Por que a estraté- E qual é essa importância, destacada até pelo gia da banalização desse instrumento precioso de fis- Ministro Aldo Rebelo, ao anunciar, de certa forma calização do Poder Executivo que tem a sociedade pomposa, o substituto do Sr. Waldomiro Diniz? A im- brasileira? Por que a CPI dos bingos, até então des- portância reside no fato de ser ele articulador do Go- prezada? Por quê? É parte da estratégia. verno para a política do jogo no País. É o elo entre o Sr. Presidente Mão Santa, o requerimento que Governo com o Congresso; entre a Casa Civil e a Cai- assinei ontem não indica um fato determinado. Por- xa Econômica Federal em assuntos de loteria; entre o tanto, a Mesa do Senado Federal não precisa sequer Governo e os empresários do jogo no País. É o articu- acolher esse requerimento, por ser anti-regimental, já lador de projetos do Executivo, organizando o jogo no que não indica fato determinado. O fato determinado Brasil, desde a legalização de bingos, a instalação de que exige e autoriza instalação de CPI nesta Casa do cassinos, até assuntos referentes aos jogos eletrôni- Congresso Nacional se chama Waldomiro Diniz. E é cos, à loteria, por meio da contratação de empresa de desse fato que querem fugir o PT e o Governo. Mas prestação de serviços ou de fornecimento de equipa- não acredito que conseguirão. 04960 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 O Ministro José Dirceu está prestigiado e não se portanto, o Governo dos banqueiros. O Partido que afasta do cargo, não obstante apelos oriundos até governa este País não é mais o Partido dos Trabalha- mesmo da base aliada. É prudente essa atitude, já dores. Certamente, se pudessem, os trabalhadores ti- que estamos em um momento de reflexão responsá- rariam esse nome do Partido. Os trabalhadores exigi- vel? Creio que a atitude mais correta de qualquer go- riam a mudança do “T” pelo “B”. Em vez de Partido verno sério, quando há suspeição, com indícios visí- dos Trabalhadores, o nome passaria a ser Partido veis que implicam credibilidade – o que, no caso, dos Banqueiros. existe –, o melhor caminho é o afastamento dos en- O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Permi- volvidos dos cargos que ocupam até a conclusão das te-me V. Exª um aparte, nobre Senador Alvaro Dias? investigações para responsabilização dos culpados. O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Concedo Semelhante situação ocorreu, como lembrou o o aparte a V. Exª, Senador Arthur Virgílio. Ministro Maurício Corrêa, no Governo Itamar Franco, O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – O oportu- quando Henrique Hargreaves foi afastado e retornou, no e corajoso discurso de V. Exª não faz outra coisa a com todas as honras, depois que se comprovou a li- não ser retratar, de maneira política, um quadro que, sura do seu comportamento à frente da função que se fosse visto pelo viés técnico, estaria muito clara- exercia no governo. mente exposto aos olhos de todos. O lucro desmedi- Poderíamos citar inúmeros outros casos, diver- do do setor financeiro significa, no caso brasileiro, ne- sos precedentes que recomendaram prudência do cessariamente, a estagnação da economia por meio governante. Assim também procedi, modestamente, de lucros pífios ou de prejuízos dos setores comercial como Governador, em vários episódios. Quando ha- e industrial. Ou seja, a dívida aumentou. Por teimosia, via qualquer suspeição, o envolvido era afastado até não a reduziram durante dois meses, eles que demo- a conclusão das investigações e retornava se nada raram muito a baixar a taxa de juros no ano passado e constasse que comprometesse a sua imagem e a sua não o fizeram na intensidade possível – e não prego conduta. nada irresponsável, prego o possível. Desta vez, no- É evidente que nossa intenção não é orientar o vamente claudicaram. Por dois meses e por teimosia, Governo, porque somos da Oposição e não pretende- fingindo ver um recrudescimento, que não havia, na mos ser conselheiros do Governo, que certamente te- inflação, atrasaram o crescimento econômico de ria conselheiros mais autorizados a ouvir, como os 2004 – é o que temo. Agora, as notícias são, infeliz- Senadores Pedro Simon, Eduardo Suplicy, figuras experientes, importantes e probas, que enriquecem mente, Senador Alvaro Dias, difíceis, porque os in- esta Casa do Congresso Nacional. Nossa pretensão vestidores se acautelam e as bolsas se agitam com o não é essa. Nossa pretensão é refletir e fazer com escândalo do Sr. Waldomiro Diniz, com seus respin- que reflitam sobre os episódios que, lamentavelmen- gos no Governo, com a indecisão e com as trapalha- te, não apenas maculam a imagem do Governo, das políticas do Governo. Tudo isso virou um novo como causam impacto na economia do País, com re- risco. Estão criando agora o risco pela incompetên- flexos negativos, com prejuízo para a população bra- cia, pela fisiologia. Volto a dizer: temo que esse Go- sileira. verno possa arrastar-se pelas paredes da sua indeci- Exige-se investigação, transparência e decisão. são por três anos. Por um ano, o Governo se arrasta; Não se podem admitir omissão, conivência, compla- por três anos, não sei. Temo que esse Governo, para cência, estratégia do medo e fuga à responsabilida- se ver livre de investigações mais profundas, caia nas de, porque este País vai mal. Este País vai muito mal! teias da mais deslavada fisiologia, termine cedendo Este é um País muito bom para os bancos e para os postos chaves para setores que vão aprisioná-lo. Em banqueiros. É o paraíso do sistema financeiro, em outras palavras, não estou feliz com o que estou ven- que pese a estagnação da nossa economia, que afe- do, porque vejo, no campo econômico, a dificuldade tou os interesses nacionais e abalou o País, aprofun- de enfrentar com realismo a crise; no campo político, dando de forma dramática a crise que aflige milhões. vejo um Governo beirando o caos. Era o que tinha a Mas a estagnação da economia não veio em dizer, Senador. Parabéns pelo seu discurso. prejuízo dos banqueiros, Senador Arthur Virgílio. Ela O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Muito significou, para os banqueiros, R$14 bilhões de lucro obrigado, Senador Arthur Virgílio. É o caos da incom- no último ano, significou um crescimento de 17,3% petência, da ineficácia administrativa, promovido pelo nos resultados bilionários do setor bancário no nosso deslumbramento, pelo apego à mordomia, ao fisiolo- País. Este é, portanto, o Governo dos bancos. Este é, gismo, ao nepotismo, lamentavelmente, pelo apego a Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04961 um projeto de poder, em vez de se celebrar um pacto bilidade que ocupava a subchefia da Casa Civil para em favor de um projeto de nação. Assuntos Parlamentares, mas que cometeu um ato O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Per- grave, não enquanto estava nessa posição, e sim em mite-me V. Exª um aparte? 2002. Isso está sendo objeto de averiguação comple- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Concedo, ta. Nessas duas semanas, poderão a Polícia Federal com satisfação, o aparte, se o Senador Mão Santa e o Ministério Público avançar muito na apuração dos permitir, primeiramente, ao Senador Eduardo Su- fatos. Eu próprio transmiti ao Ministro José Dirceu que plicy, até numa alternância entre Governo e Oposi- será importante S. Exª ter a disposição de, no mo- ção. Depois, concederei o aparte ao Senador Mão mento em que avaliar oportuno e adequado, tendo to- Santa, com prazer. das as informações, vir ao Congresso Nacional e ex- O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se- plicar cabalmente toda e qualquer possível ação de nador Alvaro Dias, V. Exª exerce sua responsabilida- Waldomiro Diniz, como servidor que estava sob a sua de como Senador da Oposição com muita assertivi- responsabilidade. S. Exª fará os esclarecimentos de dade. Mas, sobre os diversos pontos que levantou, uma maneira tal que, se V. Exª tiver qualquer dúvida, eu gostaria de tecer considerações. Relativamente tenho a convicção de que S. Exª saberá esclarecê-las ao episódio do seqüestro e assassinato do Prefeito cabalmente. Quanto aos resultados significativos dos de Santo André, Celso Daniel, um dos mais próxi- lucros dos bancos, há poucos dias, na Comissão de mos amigos do Presidente Lula e também meu ami- Assuntos Econômicos, o Presidente da Febraban in- go, V. Exª pode ter certeza de que estamos acompa- formou que outros setores tiveram lucros bem mais nhando com tranqüilidade, isenção e com espírito de altos e que os bancos não estavam lucrando tanto as- cooperação a investigação que está sendo realizada sim. Entretanto, esses resultados denotam com clare- hoje pelas autoridades da Segurança Pública do za que, na reunião do Copom, devem, sim, seus res- Estado de São Paulo, portanto, sob o comando do ponsáveis verificar melhor como estimular mais rapi- Governador Geraldo Alckmin, e do Ministério Públi- damente a produção e as oportunidades de emprego. co. Tenho dialogado com os Promotores de Santo Agradeço a V. Exª. André – José Reynaldo, Amaro e Roberto –, que, in- O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Agradeço clusive, me pediram que me reunisse com eles há a V. Exª, que, sem dúvida, é um dos poucos da base cerca de duas ou três semanas. Eu os ouvi por qua- de sustentação do Governo que se expõe para defen- tro horas, quando me procuraram para demonstrar der o que consideramos, neste momento, indefensá- que o trabalho que estavam fazendo era isento, im- vel, como, por exemplo, que “o lucro dos bancos não parcial. Disseram das razões por que chegaram à é tanto assim”. O Itaú teve um aumento de 32,6% no convicção, por exemplo, de que o Sr. Sérgio Gomes lucro, já gigantesco no ano anterior, o maior lucro da da Silva poderia estar implicado, como mandante. Ouvi as razões e estou aguardando o desenvolvi- história do sistema financeiro no nosso País. mento daquilo que já se encontra no âmbito da Justi- Quanto à proximidade do episódio de Santo ça. V. Exª tem acompanhado. André com o de Waldomiro Diniz, este só chega até o (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) calcanhar do Presidente da República, não além, O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – O juiz mas isso é o suficiente para derrubá-lo, se não houver de Itapecerica da Serra tem ouvido o Sr. Sérgio Go- responsabilidade nas apurações e seriedade no en- mes da Silva e diversas testemunhas. Há aqui que se frentamento de uma situação complexa, que coloca ter uma atitude de isenção e de aguardo, acompa- em xeque o Governo, sobretudo naquilo que tinha nhando o trabalho, que acredito deva ser o mais sé- como sua bandeira maior: a questão ética. Transpa- rio, das autoridades que estão estudando o caso. Não rência, por meio da CPI, é o que se exige. Não há há qualquer temor de nossa parte sobre o resultado. como perdoar o PT por fugir à responsabilidade de Doa a quem doer, o Presidente Lula tem o maior inte- apurar. Não há como o eleitor do Brasil esquecer resse que se desvende inteiramente tudo o que se re- essa fuga covarde, quando, antes, o PT amava, idola- fere ao assassinato e seqüestro do querido Prefeito trava e aplaudia as CPIs. Agora, o PT foge delas Celso Daniel. Com respeito ao episódio também triste como o diabo foge da cruz. Isso não pode ser admiti- e trágico de Waldomiro Diniz, avalio, prezado Sena- do. O eleitor brasileiro não admitirá esse tipo de com- dor Alvaro Dias, que será importante termos nesta portamento. Casa um ambiente de serenidade e de muita serieda- Sr. Presidente, peço a condescendência de V. de, porque se tratava de alguém de grande responsa- Exª, pois já havia concedido um aparte ao Senador 04962 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Mão Santa. Quero ser honrado com a participação de que honestidade é como virgindade. Não há meia S. Exª no meu modesto pronunciamento. virgindade: ou se é virgem ou não. Da mesma forma, O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Senador ou se é honesto ou não. Essa é a nossa situação. Mão Santa, peço a V. Exª que seja breve, tendo em O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Obrigado, vista que o tempo do orador, Senador Osmar Dias, já Senador Mão Santa. foi excedido em mais de cinco minutos e que ainda há Concluo, Sr. Presidente, agradecendo a boa outros inscritos. vontade de permitir que ouvíssemos esses apartes O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR) – Só neste tão importantes para o nosso discurso e dizendo que caso o tempo não é o senhor da razão. o Governo vive um momento crucial da sua história: Ouço o Senador Mão Santa. ou assume a sua responsabilidade de forma transpa- O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Alva- rente, investiga, assume seus erros e permite a puni- ro Dias, eu estava ouvindo atentamente o importante ção exemplar dos responsáveis pelas irregularidades pronunciamento de V. Exª. O homem mais importan- ou antecipa o seu término. Não será Governo, será te da história do Senado, Rui Barbosa, alcançou sua desgoverno. Não será esperança, será frustração. A glória na oposição ao desacerto, ao desmando. Dis- esperança venceu o medo no palanque eleitoral. A se ele que a única salvação é a lei, é agir dentro da esperança perde para o medo nos primeiros meses lei. Há pouco tempo, governei o Estado do Piauí. do Governo Lula. Nosso desejo é que o Governo se Apesar de não haver brecha na lei, na Constituição, recupere, para que a Nação volte a acreditar. Maquia- o País, de repente, transformou-se numa jogatina, vel já ensinou: é preciso fazer-se acreditar para go- que é sustentáculo do crime organizado e do tráfico vernar. de drogas. Em todos os Estados e também no Piauí, estão essas maquinazinhas – e lembro o passado do Durante o discurso do Sr. Alvaro Dias, PT no Rio Grande do Sul –, que se alastraram como o Sr. Mão Santa deixa a cadeira da presi- uma epidemia. Reconhecendo a necessidade de al- dência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Otávio. guém participar do debate qualificado, justifico a pre- sença aqui do nosso professor Cristovam Buarque. O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Seguindo Quando da destruição do servidor público pela PEC a lista de oradores inscritos, concedo a palavra o Se- nº 67, vi o Líder do Governo buscar o alemão Max nador Efraim Morais, do PFL, Líder da Minoria, do Weber, que diz que há duas éticas: a da convicção Estado da Paraíba. do idealistaeadaresponsabilidade do poder. Eu O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB. Como Lí- perguntaria: que ética é essa da desonestidade? der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Que ética é essa? A da ignorância audaciosa. Só Srs. Senadores, inicialmente, registro que encami- ouvi uma verdade, e esta tinha que vir de uma mu- nhei requerimento à Mesa em que, de acordo com o lher, a mãe do Palocci, que deu cinco de nota ao Go- nosso Regimento Interno, no seu art. 222, estamos verno. Se uma mãe dá nota cinco é porque esse Go- solicitando ao Senado Federal a consignação de um verno não merece mais de dois, já que quis mudar os voto de louvor pelo transcurso do 83º aniversário de dizeres da Bandeira para “desordem e regresso”. Aí fundação do jornal Folha de S.Paulo no dia de hoje. estão os dados. Ali está o desrespeito. Rui Barbosa Um dos órgãos mais destacados de nossa im- gritou, ensinou e disse: ensinei pela doutrina e pelo prensa diária, a Folha de S.Paulo tem toda uma his- exemplo; a primazia é o trabalho, é o trabalhador, tória de defesa da liberdade de opinião e dos valores aquele que vem antes, que gera riqueza, capital. democráticos, sobretudo nos tempos em que a vida Mas não há trabalho! Não é PT, mas PD: “partido de- do País atravessou períodos de regime autoritário, semprego”. São 14 milhões de desempregados. A durante os quais liberdade e democracia foram redu- verdade, os números, os fatos falam mais alto. Só zidas ou suprimidas. quem ganhou dinheiro mesmo foram os capitalistas, Pelas páginas da Folha de S.Paulo passaram e os banqueiros. Ainda é tempo de aprender. O indica- ainda escrevem jornalistas e colunistas dos mais ilus- do de Richelieu – esse professor poderia dar aulinha tres do País. para o PT – teria de passar pelo seu crivo, deveria ter No meu entendimento, o compromisso com es- algumas qualidades: competência – e como tem ses valores é motivo mais do que suficiente para sau- gente incompetente nesse PT! –, coragem, lealdade darmos o 83º aniversário da Folha de S.Paulo. e honestidade. Senador Efraim Morais, termino o Eu já encaminhei o requerimento à Mesa, que, meu aparte como médico, ginecologista, dizendo tenho certeza, tomará as providências cabíveis. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04963 O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – A Mesa en- Foram palavras proferidas pelo Ministro José caminhará à publicação o Requerimento nº 183, de Dirceu no dia 29 de julho de 2000, por meio de carta 2004, de autoria de V. Exª. escrita à Folha de S.Paulo. O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Agrade- E continua a jornalista Eliane Cantanhêde: ço, Sr. Presidente. Inicio meu pronunciamento de hoje referin- Defenda-se ou não uma CPI, há que do-me a um artigo da jornalista Eliane Cantanhêde, reconhecer: se a advertência de Dirceu valia publicado na Folha de S.Paulo, sob o título: “O afas- para FHC e para o governo tucano, deveria tamento de Dirceu” valer para Lula e para o Governo do PT. Ou Diz a jornalista: pimenta nos olhos dos outros é refresco? A diferença é que, numa versão atuali- Pode parecer cena ou blefe, mas o zada, o sujeito da frase é “chefe da Casa Ci- melhor mesmo que José Dirceu tem a fazer vil”. Mas, dependendo do andar da carrua- é se afastar da Casa Civil durante as inves- gem, logo, logo, pode voltar a ser como ori- tigações do “caso Waldomiro”. A coisa pe- ginal de Dirceu: “presidente da República”. gou, está feia e chega a Lula via Dirceu. Há dúvidas cruciais: 1) se Waldomiro Parabenizo, Senador Mão Santa, a jornalista Diniz continuava “agindo” já na condição de Eliane Cantanhêde pelo artigo escrito na Folha de assessor de Dirceu, com gabinete dentro do S. Paulo e peço que seja transcrito, na íntegra, nos Planalto; 2) se, neste caso, agia por contra Anais desta Casa. Aproveito a oportunidade para própria ou operava para o chefe. parabenizar também a Folha de S.Paulo, que hoje está completando 83 anos. Enquanto as dúvidas não são esclarecidas, Há também uma charge, publicada na Folha de Dirceu deveria cumprir o que anunciou a Lula e aos S.Paulo de hoje, mostrando José Genoíno, José Dir- principais líderes do Congresso, afastando-se do ceu e o nosso colega Senador Aloizio Mercadante. cargo temporariamente. Hoje, o objetivo do PT é cri- Sobre a CPI da privatização das teles, José Ge- ar um cinturão de isolamento para proteger o chefe noíno diz: “Se estão querendo abafar, é porque existe da Casa Civil. Amanhã, pode ter que estender esse algo a esconder.” Foi o que disse o Presidente do PT, cinturão para isolar o próprio presidente. defendendo a CPI. E é o próprio Presidente do PT que, hoje, não quer a CPI. Então, S. Exª está abafan- O PT, portanto, precisa agir rápido e, do. Se esta abafando, tem algo a esconder. mais do que isso, corretamente. Até aqui, só Logo em seguida, diz o Deputado José Dirceu, tem feito besteiras. Começou mirando no hoje Ministro: “Contra fatos, não há argumentos, nun- PSDB e em José Serra para desqualificar a ca uma CPI foi tão importante e necessária. Os argu- denúncia e acabou atirando para todo lado, mentos contrários do governo são irrelevantes, quais tentando repartir o prejuízo de uma eventual sejam, que a CPI é contra o Brasil, golpista e eleitorei- CPI. Até falar no “caso Lunus-Roseana” e ra”. José Dirceu fez tal afirmação quando se tratava atingir um precioso aliado: Sarney, presi- do caso Eduardo Jorge, que tinha um gabinete igual dente do Senado. ao do Chefe da Casa Civil, lá no quarto andar do Palá- Não dá para entender o PT perdendo a compos- cio do Planalto. tura, deixando em segundo plano a denúncia em si e Então, hoje, S. Exª está dizendo de que nós, da partindo para um jogo político pesado, de alto custo e Oposição, e outros Parlamentares independentes de resultado incerto. Contra fatos, não há argumento. desta Casa estamos assinando a CPI, porque ela é É apurar, punir, tocar pra frente. golpista, eleitoreira e contra o Brasil. Não! Quem está cobrando essa CPI é exatamente a sociedade brasi- Em 29 de julho de 2000, em pleno leira. É o povo brasileiro que quer saber se há ou não caso Eduardo Jorge, Dirceu escreveu para uma aproximação maior do Ministro José Dirceu com a Folha: “Melhor é fazer a CPI, caso contrá- Waldomiro Diniz. Espero que, pelo Brasil, não tenha. rio, fica patente para todo o país: o presi- Ainda prestigiarei a Folha de S.Paulo, que está dente da República não quer a CPI porque aniversariando hoje, repito, citando matéria publicada esconde a verdade e teme a Justiça, ou por este jornal, referindo-se ao que diziam esses Lí- seja, esconde e teme sua própria culpa”. deres no Governo e na Oposição. Eu começarei men- 04964 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 cionando o que disseram eles quando estavam na Vejam bem, um aliado de 20 anos. E o Dr. Wal- Oposição. domiro Diniz convive com os companheiros do PT Em 1996, o Presidente Lula dizia: “É urgente a desde o início da década de 90. Completaria 20 anos, CPI, e o presidente deveria incentivá-la em vez de ser com certeza, se não fosse o trabalho da revista Épo- contra a sua instalação”. ca e o da Oposição nesta Casa. Como o tempo muda, Srªs e Srs. Senadores! Eu Senador Eduardo Suplicy, neste momento, lem- repetirei. Disse, em 1996, o presidente de honra do brarei o que disse a ex-Deputada , hoje PT, Lula: “É urgente a CPI, e o presidente deveria in- Prefeita de São Paulo – na época, era candidata à centivá-la em vez de ser contra a sua instalação”. Prefeitura do Estado –, sobre a recusa de vereadores Lula proferiu esta frase referindo-se à instalação da em votar o impeachment do então prefeito Celso Pit- CPI do Banco Nacional. ta: Em 1997, disse ainda Lula: “O presidente da Os bandidos são os que não querem apuração, República, em vez de ficar atacando a oposição, de- não querem CPI e sempre acabam sendo convenci- veria incentivar o seu partido a colocar os nomes dos dos pelo prefeito Pitta a não votar seu impeachment. deputados na lista que está pedindo a CPI”. Lula dis- Nessa ocasião, o PT era Oposição, e não havia se isso sobre o pedido de instalação da CPI da Reele- ninguém do Partido no Governo. Em 2001, o Presi- ição. O caso ocorreu em 1997 e se referia à reeleição dente Lula, próximo às eleições, referiu-se à CPI para que estava sendo defendida no Congresso Nacional. investigar a origem do Dossiê Cayman da seguinte Ainda em 1997, disse o Presidente do PT, então forma: Deputado Federal, José Genoíno sobre a CPI da ree- Acho que o presidente da República leição: [FHC] precisa dar uma resposta à socieda- de. Não basta dizer que a moralidade está Se o Governo barrar a CPI, ficará mar- dentro dele. Não basta parecer. Tem que cado pelo medo de uma investigação mais ser. profunda. Esse governo que tem medo de CPI vai à reeleição, e essa marca ficará ca- É o que a sociedade brasileira está esperando rimbada. do PT e do Presidente Lula. Ainda em 2001, disse o Presidente Lula sobre o José Genoíno, homem de visão! Está aí o PT mesmo dossiê: dele hoje carimbado na testa: PT tem medo de CPI. Porque José Dirceu, o homem forte do Governo, é Parece que o presidente teve um apa- contra a CPI; o Presidente Lula é contra a CPI; o Pre- gão de memória e esqueceu o tempo em sidente do Partido, José Genoíno, é contra a CPI. que fazia política com ética. Então é preciso dizer que todo o PT é contra a CPI. Sua Excelência disse tudo isso quando fazia Pois bem, vamos adiante. Em 2000, disse Lula parte da Oposição. Vejamos o que diz agora que é sobre a criação da CPI que investigaria Eduardo Jor- Governo. ge: Em 2001, a Prefeita Marta Suplicy, já eleita, re- ferindo-se a tucanos que pediam a instalação da CPI Eu diria que o Presidente está toman- do Lixo para apurar irregularidades em sua adminis- do uma posição de covarde; quem não deve tração, disse: não teme. Acho que o PSDB está encalacrado José Dirceu, em 2000, também sobre o caso com a corrupção no país. E, para que isso Eduardo Jorge: não fique tão visível, eles [os tucanos] ficam tentando enfiar o PT em todas as confusões Aos poucos, o país, escandalizado, foi e toda sorte de CPIs. descobrindo que o presidente tinha ao seu Sobre o caso Waldomiro, ocorrido na segun- lado, durante 20 anos, um auxiliar acusado da-feira, disse a Prefeita: de tráfico de influência, prática de advocacia administrativa, lobby, favorecimento pessoal Eu acredito que, se, a partir desse en- e familiar em diversos episódios, além do caminhamento, a partir das investigações, caso TRT. for necessária uma ampliação, eu acho que Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04965 a gente não deve ser contra [a CPI]. Mas maior proximidade, assim como São Francisco está acho que seria precipitado hoje, neste mo- para Cristo, quem mais simboliza o PMDB é o Sena- mento, instalar uma CPI. dor Pedro Simon, que assinou o pedido de CPI! É cla- ro que S. Exª é o símbolo maior e manifestou o pensa- Minha Nossa Senhora, como a memória desse mento do PMDB à busca de esclarecer a verdade que povo é curta! Como se esquecem com facilidade o o País quer saber. que fizeram no passado! Mas devem considerar o O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Parabe- que estão dizendo agora à sociedade. Por isso a cre- nizo V. Exª, Senador Mão Santa, pelo aparte, que dibilidade deste Governo está diminuindo. O Governo agradeço e incorporo ao meu pronunciamento. está acuado, incomodado e sem coragem de ir à rua. Não vemos mais o sorriso aberto do núcleo duro do Nós que fazemos oposição nesta Casa ao Go- Palácio. Pelo contrário, estão com medo do povo. verno e não ao País nos sentimos orgulhosos de con- tar com a assinatura de V. Exª e a do Senador Pedro O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – V. Exª me per- mite um aparte? Simon no requerimento para instalação dessa CPI. O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Daqui a Sr. Presidente, serei rápido, não farei comentá- pouco concederei o aparte ao Senador Mão Santa; rios. Quero apenas mostrar a V. Exª o quanto a situa- antes quero concluir essas frases históricas. ção é preocupante. Na última segunda-feira, disse o Presidente Consegui rapidamente retirar algumas manche- José Genoíno: “Vou defender na reunião que a Ban- tes dos jornais. cada, mais do que não assinar, combata a CPI que é Diz O Globo: “PT cochila e oposição obtém as- uma tentativa política de atingir o Governo”. Como di- sinatura para a CPI dos bingos”. Ainda no jornal O zem, se lermos de trás para frente, veremos que dará Globo: “Na Câmara, PT fica contra a CPI” – não é só certinho. aqui, mas também na Câmara dos Deputados. O tão Lembro-me que o nosso Líder Aloizio Merca- combativo PT, que tinha como remédio para tudo dante disse aqui bem mansinho: CPI, também é contra a CPI na Câmara dos Deputa- dos. Faço um apelo. Pedimos um voto de Esta é uma piada, e V. Exª terá de relaxar mais confiança para a Polícia Federal investigar o um tempinho: “Governo vai liberar FGTS para vítimas caso, para o Ministério Público fiscalizar. da chuva”. Está tentando agradar de todo jeito. A Polícia Federal e o Ministério Público não pre- Eu disse aqui, mas parece que o Presidente es- cisam de voto de confiança, porque a sociedade con- queceu, que as casas levadas pelas águas foram de fia nessas instituições. O que há nesse pedido de desempregados, de pessoas carentes, sem condi- confiança é medo de que se crie uma CPI e de que ções de sobreviver. Esses companheiros de todo o possam descobrir os fatos verdadeiros. Brasil que perderam as suas casas não têm FGTS. Senador Mão Santa, com muito prazer, ouço V. Para eles não adianta liberar esse dinheiro, porque, Exª. Pedirei um pouco de paciência ao meu Presiden- para ter FGTS, é preciso ter emprego, é preciso ter te apenas para ler as manchetes. carteira assinada. O Governo está atrás de manchete para tentar melhorar sua situação perante a opinião O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Efraim pública. Morais, tenho aqui o Jornal do Senado. Há pouco estava aqui – e é bom que já não esteja, porque irei Vou mostrar a V. Exªs as manchetes de todos elogiá-lo – o Senador Pedro Simon, símbolo maior do os jornais do Brasil, tratando de vários assuntos. PMDB, Partido que se formou a partir do MDB, que Diz a Folha de S.Paulo: “Banco Central man- acabou com a ditadura e que tem como um dos seus tém juros e não dá explicação”. Ora, o Governo, como símbolos aquele homem encantado no fundo do mar, disseram, há pouco, vários Senadores, está mais pre- Ulysses Guimarães, que disse: “Escutem a voz rouca ocupado em agradar o FMI e conseguiu, no seu pri- das ruas”. Esse Partido teve em suas fileiras, na ca- meiro ano, bater o recorde. Nos últimos vinte ou trinta deira de Goiás, Juscelino Kubitscheck, aquele otimis- anos de nossa história, foi no Governo do PT, no Go- ta que foi cassado aqui, mas que fez isto tudo; teve verno do Presidente Lula que os bancos tiveram mais Teotônio Vilela, que saiu com câncer, com coragem, lucro. “Dirceu deixa o governo Lula apenas em situa- sensibilizando o País para a luta pela liberdade de- ção extrema”. Aí é caso de morte, pelo jeito. mocrática; teve Tancredo Neves, que se imolou. Esse E ainda na Folha de S.Paulo: “Corrêa sugere era o MDB, e quem mais se assemelha, quem tem a que Ministro se afaste”; “Governo já admite ação de 04966 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Waldomiro durante gestão Lula”. Há mais ainda na guém tem dúvidas: um dos primeiros a ser ouvido Folha de S.Paulo: “O País mantém topo em juros re- será o Sr. Waldomiro Diniz, queira ou não o Governo. ais”. O país que tem o maior juro real do mundo é o Ainda no mesmo jornal: “Polícia Federal investiga Brasil, graças também à participação do Governo bens de Waldomiro no Entorno”; “Mercadante admite Lula! tráfico de influência no Planalto”, “Bicheiro tem negó- Agora vamos às manchetes do Jornal do Bra- cio em três Estados e na Coréia”. O Cachoeirinha é sil. Dora Kramer escreve: “Máfia do jogo na ante-sala globalizado. “Bicheiro globalizado”. Ele age não é só do poder”. Imaginem se eu tivesse tempo para co- nos Estados brasileiros; é no mundo. mentar tudo isso! Vou pular algumas notícias. “Suspeita de liga- E o que está acontecendo? O que mais diz o ção com a máfia italiana”. O bicheiro e, conseqüente- Jornal do Brasil? “Governo joga com o carnaval”. O mente,... Governo está querendo agora, Senador Mão Santa, O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se- aproveitar o Carnaval. Esta semana, ninguém votou nador Efraim Morais, por favor. matéria alguma nem no Senado nem na Câmara, por O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Pois não, conta do clima que se desenhou. Quando terminarem Senador. esta semana e a próxima, e chegarmos aqui na ter- O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se- ça-feira, terá decorrido um período mais ou menos nador Efraim Morais, eu gostaria muito de aparteá-lo, igual ao da convocação. O Governo dá um mergulho. mas, como o tempo de V. Exª já está esgotado e o da No frevo não cai e, com certeza, não vão brincar car- sessão está-se esgotando... naval; não, vão fazer retiro. Em vez de carnaval, vão O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Ainda te- fazer retiro, porque, ao carnaval, já não dá para ir com mos uma hora e cinco minutos e tenho confiança – máscara, porque a máscara está caindo. É um perigo conheço bem o Presidente – de que, se necessário, na quarta-feira de cinzas. Este é o clima do PT hoje: S. Exª prorrogará a sessão até o final da noite. Esta- antes de começar o carnaval, já se encontra em clima mos aqui para discutir essa situação, e, se o Presi- de quarta-feira de cinzas. dente permitir, terei o maior prazer de dar o aparte a E aqui está o caso do Rio de Janeiro, que não V. Exª. vamos ler agora. O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Vou “Gil troca crise por carnaval”. Foi tocar o carna- preferir... val na Bahia, e muitos de seus companheiros foram O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Expor demitidos. seu pensamento quando V. Exª usar da palavra? Vou sair agora do Rio de Janeiro para ler as O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Sim, manchetes do jornal O Estado de S.Paulo: “Planalto quando eu usar da palavra. briga por Dirceu e cria comissão para apurar a corrup- O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Estarei ção”. aqui para ouvi-lo com o maior prazer. Senador Luiz Otávio, que, com paciência, con- O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Da- cede-me esse tempo, veja bem: quem vai apurar cor- rei o aparte desde que V. Exª me permita o tempo su- rupção dentro do Palácio do Planalto? Uma comissão ficiente, porque posso ficar apenas mais cinco minu- interna, escolhida certamente pelo chefe – e o chefe é tos no plenário, por uma razão emergência. José Dirceu. O Brasil não vai engolir isso não. A soci- O SR. EFRAIM MORAIS (PFL – PB) – Ficarei edade brasileira não é burra. Ela sabe que isso é brin- bem caladinho, ouvindo V. Exª. Se precisar, utilizarei cadeira. E sabe V. Exª que prazo estabeleceram para o tempo da Liderança, a que ainda tenho direito, para a apuração? Trinta dias! Paciência! Não façamos o responder a V. Exª. povo brasileiro de besta. Ainda em O Estado de Outras manchetes do Correio Braziliense: “Bi- S.Paulo: “Lula defende Dirceu e manda investigar cheiro globalizado”; “Duro de engolir”; “Além do caso Waldomiro”. Mantém José Dirceu dentro de um cintu- Diniz, Governo se vê diante da não menos escanda- rão e investiga Waldomiro Diniz. O Governo bate em losa constatação de que o primeiro ano da gestão pe- Waldomiro para ver se as pessoas se convencem de tista foi aquele em que os bancos amealharam o mai- que não tem nada que ver com isso. or lucro da história do país”. Tudo isso está no Corre- Passemos às manchetes do Correio Brazilien- io Braziliense. se agora; chegamos à Capital: “CPI dos bingos é o Vamos para o sul. Vejamos o que diz o jornal novo problema do Governo”. Sabem por quê? Nin- Zero Hora, de Porto Alegre: “Senado usará CPI dos Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04967 Bingos para convocar Diniz”. Foi o que acabei dizer paz de gerar credibilidade. Esse gesto é único: autori- há pouco. Esse é o jornal da terra de V. Exª, Senador zar sua Bancada a assinar a CPI do corrupto, do en- Paulo Paim, o Rio Grande do Sul. volvimento do bicheiro, do funcionário do Governo Vamos ao nordeste, Jornal do Commercio: que estava no 4º andar, Waldomiro Diniz, para que “Planalto descarta a saída de Dirceu”. esta Casa, com apoio da Polícia Federal, com apoio Vamos ao Rio de Janeiro novamente. Vejamos do Ministério Público, da sociedade e da imprensa o que diz o jornal O DIA: “Suspeita de tráfico e lava- brasileira possa realmente apurar os fatos e chegar à gem de dinheiro no caso Waldomiro”. verdade. E, como diria o Senador Mão Santa, “doa Vamos a Minas Gerais, terra onde há realmente em quem doer”. Temos é que apurar a verdade. os grandes políticos. Eis o que publica o jornal Esta- do de Minas: “Cresce pressão pela saída de José Dirceu”. DOCUMENTOS A QUE SE REFERE Sr. Presidente, concluo agradecendo a V. Exª O SR. SENADOR EFRAIM MORAIS EM pela tolerância e aos companheiros pela atenção. SEU PRONUNCIAMENTO. Digo que a sociedade brasileira não pode admitir re- (Inserido nos termos do art. 210, inciso trocesso. Ela aguarda um gesto governamental ca- I e § 2º, do Regimento Interno.) 04968 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04969 04970 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04971 04972 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04973 04974 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04975 04976 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04977 04978 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04979 04980 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04981 04982 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04983 04984 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04985 04986 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04987 04988 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04989 04990 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04991 04992 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04993 04994 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04995 O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Sobre a como – ambos explicaram – a respeito da preparação mesa, requerimento que passo a ler. da delegação brasileira para a próxima reunião de Puebla, em março. É lido o seguinte Ressalto aqui a importância de o Ministro de Re- lações Exteriores, , fazer questão de in- REQUERIMENTO Nº 183, DE 2004 formar o Senado Federal sobre todas as negociações Requeiro, nos termos do art. 222 do Regimento bilaterais e multilaterais. Inclusive o próprio Ministro e Interno do Senado Federal (RISF), a consignação de o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto fize- um Voto de Louvor, pelo transcurso do 83º aniversá- ram questão de que os ouvíssemos antes da próxima rio de fundação do jornal Folha de S.Paulo.. reunião. A reunião de ontem foi aberta e para a qual Um dos órgãos mais destacados de nossa im- foram convidados os Deputados e membros da Co- prensa diária, a Folha de S.Paulo, tem toda uma his- missão do Mercosul, bem como da Comissão de Re- tória de defesa da liberdade de opinião e dos valores lações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara democráticos, sobretudo nos tempos em que a vida dos Deputados. do País atravessou períodos de regime autoritário, Sr. Presidente, os negociadores brasileiros es- durante os quais liberdade e democracia foram redu- zidas ou suprimidas. tão assertivamente elevando o interesse nacional e se contrapondo, às vezes, às opiniões do Governo Pelas páginas da Folha de S.Paulo, passaram e ainda escrevem jornalistas e colunistas dos mais dos Estados Unidos, já que a concepção de qual a ilustres do País. melhor integração do hemisfério, seja da América do No meu entendimento, o compromisso com es- Norte, seja da América Central, com a América do ses valores é motivo mais que suficiente para saudar- Sul, tendo em conta as disparidades de desenvolvi- mos o 83º aniversário da Folha de S.Paulo. mento das regiões, nem sempre leva em conta pon- Sala das Sessões, 19 de fevereiro de 2004. – tos de vista semelhantes. É importante que o Brasil Efraim Morais – Arthur Virgílio. defenda o interesse nacional, bem como as possibili- dades de desenvolvimento da agricultura, da indús- O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – A Presi- tria, dos serviços e dos mais diversos setores da eco- dência encaminhará o voto de louvor solicitado. nomia. Concedo a palavra ao Senador Eduardo Su- Sr. Presidente, com respeito às observações do plicy, por permuta com o Senador Mão Santa. Logo Senador Efraim Morais, eu gostaria de ressaltar a mi- após, falará o Senador Arthur Virgílio, pela Liderança nha confiança de que esclareceremos inteiramente o do PSDB. episódio grave do Sr. Waldomiro Diniz. Quero exter- O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. nar a minha confiança de que o Ministro–Chefe da Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do ora- Casa Civil, José Dirceu, estará, no momento adequa- dor.) – Sr. Presidente, Senador Luiz Otávio, agradeço do, com a disposição de expor e explicar cabalmente a gentileza do Senador Mão Santa em possibilitar que todo e qualquer problema de procedimento que por- eu use da palavra antes dele. Farei considerações ventura tenha ocorrido durante o período em que foi breves. Primeiro, sobre a presença ontem, na Comis- Subsecretário de Assuntos Parlamentares o Sr. Wal- são de Relações Exteriores, dos Embaixadores Luiz domiro Diniz, perante o Congresso Nacional, na Co- Felipe Macedo Soares e Ademar Bahadian, que pre- missão que houver – e poderá ser a Comissão de Fis- sidem as negociações da Alca pelo Governo brasilei- calização e Controle. ro e que estiveram, por mais de 3 horas, realizando um depoimento em nossa Comissão. O Presidente Lula, inclusive no vigésimo quarto aniversário do Partido dos Trabalhadores, reiterou o Sr. Presidente, solicito que seja anexado, como parte de meu pronunciamento, a exposição por escri- quanto a questão da ética na política é fundamental to do Embaixador Ademar Bahadian com o Presiden- para nós do Partido dos Trabalhadores. Iremos ter, te brasileiro sobre as negociações da Alca, que pri- quero assegurar, um comportamento condizente com meiro se referiu a todo o processo da Alca, até a reu- o que sempre têm o Presidente Lula e o Ministro José nião ministerial de Miami. Depois, historiou a reação Dirceu defendido. do Brasil e do Mercosul diante das mudanças ocorri- Muito obrigado. das em Miami, para finalmente explicar o que aconte- O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Concedo a ceu na reunião de Puebla, de janeiro último, bem palavra ao Senador Arthur Virgílio, Líder do PSDB. 04996 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Como bandidos são os que não querem apuração, não que- Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs rem CPI e sempre acabam sendo convencidos a não e Srs. Senadores, o caso Waldomiro Diniz vai ga- adotá-la.” nhando, de fato, muita força e até uma dinâmica pró- Continuo ainda o meu discurso, Sr. Presidente: pria, do ponto de vista do que acompanha a socieda- “Acho que o Presidente precisa dar uma respos- de. ta à sociedade. Não basta dizer que a moralidade O Globo de hoje diz: “MP: investigação sobre está dentro dele. O Governo é a própria corrupção. tráfico de drogas pode chegar a Waldomiro.” E, pela No acordo, o Governo assumiu que é corrupto.” segunda vez, o jornal reclama que as procuradoras Acho que o PT está encalacrado com a corrup- cobram o atraso em operação, ou seja, a ordem de ção no País. E para que isso não fique tão visível, fi- busca só foi executada quando faltavam apenas duas cam tentando enfiar adversários em toda sorte de ou três horas para escoar o prazo de 48 horas dado. confusões. Sobre isso, fiz um requerimento de informações Aos poucos, o País, escandalizado, foi desco- e aguardo resposta. Se é para se levar a sério essa brindo que o Presidente tinha ao seu lado, durante investigação – e eu respeito a Polícia Federal, o Mi- muitos anos, um auxiliar acusado – substituo o Presi- nistro da Justiça, o Ministério Público –, é fundamen- dente por Governo – de tráfico de influência. Se estão tal que não aconteçam falhas como essas, porque em querendo abafar, é porque existe algo a esconder. 48 horas documentos podem sumir e provas podem Vejo alguns colegas talvez espantados com o ser desmontadas. tom violento das minhas palavras. Queria tranqüilizar Da mesma forma, aqui está algo grave. Este V. Exªs porque nenhuma dessas frases são minhas, Governo fez contrato com a empresa Gtech – preocu- Senador Paulo Paim. São todas da lavra de petistas pação do meu mandato desde junho, julho do ano ilustres, Senador Cristovam Buarque: a primeira – é passado, da revista IstoÉ, e do mandato do Senador urgente a CPI, o Presidente deveria incentivá-la em Demóstenes, denunciando que o Brasil perdia dinhei- vez de ser contra a sua instalação – é do Presidente ro a partir da forma como o Governo Lula lidava com Lula, proferida ao longo do primeiro Governo Fernan- as empresas Gtech. Pois muito bem. Na transição, o do Henrique Cardoso; a segunda – o Governo foi Governo passado recomenda uma coisa e depois da comprometendo parte de seu capital político ao tentar transição o Governo faz outra. A Caixa Econômica di- abafar o escândalo – é do meu querido amigo Aloizio zia–eaequipe de transição devia saber disso – que Mercadante; a terceira – o Presidente da República, em oito meses ela não precisaria mais da Gtech, tal- em vez de ficar atacando a Oposição, deveria incenti- vez, para nada, porque estava desenvolvendo uma var o seu Partido a colocar os nomes dos Deputados tecnologia que, talvez, dispensasse a empresa nesse na lista que está pedindo a CPI – é do Presidente ramo das loterias. O contrato foi feito por 25 anos. Lula, pedindo CPI à época da reeleição. Não é minha Isso não é fato de antes, é fato de depois, é fato de a frase, ou seja, até as mais duras, as mais rudes, as agora, do Governo Lula, deste momento. mais grosseiras, felizmente, não são minhas. Eu es- Sr. Presidente, faço questão de expor ao Con- tava aqui plagiando, e para não parecer que sou pla- gresso algumas frases: giário, estou agora dando o nome dos verdadeiros e “É urgente a CPI, e o Presidente deveria incenti- brilhantes autores da obra. vá-la em vez de ser contra a sua instalação.” “Se o Governo barrar a CPI, ficará marcado pelo “O Governo foi comprometendo parte do seu ca- medo de uma investigação mais profunda. Esse Go- pital político ao tentar abafar o escândalo.” verno que tem medo de CPI vai à reeleição e essa “O Presidente da República, em vez de ficar ata- marca ficará carimbada”. Essa frase também não é cando a Oposição, deveria incentivar o seu Partido a minha, é do ex-Deputado José Genoíno, Presidente colocar os nomes dos deputados na lista que está pe- do PT. dindo a CPI.” “Eu diria que o Presidente está tomando uma “Se o Governo barrar a CPI, ficará marcado pelo posição de covarde. Quem não deve não teme”. Essa medo de uma investigação mais profunda. Este Go- frase tão viril, tão dura, tão corajosa não é minha tam- verno, que tem medo de CPI, ficará por essa marca pouco. Não estou chamando o Presidente Lula de co- carimbado.” varde. Sua Excelência chamou o Presidente Fernan- “Eu diria que o Presidente está tomando uma do Henrique Cardoso de covarde em algum momento posição de covarde. Quem não deve não teme. Os em que queria de qualquer maneira instalar uma CPI. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04997 “Os bandidos são os que não querem apura- te para ter um pouco mais de tempo – mas não chega ção”. Aqui, mexi na frase, peço desculpas à Prefeita a oito ou dez minutos de jeito algum. Marta Suplicy. “Os bandidos são os que não querem “Aos poucos o País, escandalizado, foi desco- apuração, não querem CPI, e sempre acabam sendo brindo que o Presidente tinha ao seu lado, durante 20 convencidos pelo Prefeito Pitta a não votar o seu im- anos, um auxiliar acusado de tráfico de influência; peachment”. A Prefeita, que já teve seus momentos pratica de advocacia administrativa; lobby; favoreci- de pedir CPIs, está contra esta agora. mento pessoal e familiar em diversos episódios, além “Acho que o Presidente precisa dar uma respos- do caso TRT”. ta à sociedade, não basta dizer que a moralidade está Eduardo Jorge não perdeu uma ação na Justi- dentro dele”. Também não sou eu pedindo ao Presi- ça. Eduardo Jorge acuou o Procurador que o acusou. dente Lula que dê essa resposta, embora eu ache Mas seu nome foi jogado à lama pelo Ministro José que ele deva uma resposta à Nação. Sua Excelência Dirceu em 2000, sobre o Caso Eduardo Jorge. Eu falava tanto, falava pelos cotovelos, agora parece que aqui apenas substitui 20 anos por 12 anos e podia di- engoliu a língua, não fala mais, não diz mais nada. De zer – não quis citar – que a amizade era do próprio Mi- repente pára de falar na hora da crise? O Presidente nistro com o Sr. Waldomiro. E fiz apenas uma ade- é jogador de futebol – já que Sua Excelência gosta quação da irresponsabilidade de antes com a omis- tanto das parábolas futebolísticas – que só joga bem são de hoje do Governo e do PT. quando o time está ganhando; na hora da adversida- de não consegue encontrar têmpera para colocar or- A outra frase: “Se eles estão querendo abafar é dem na casa e fazer resistência aos movimentos ad- porque têm algo a esconder”. José Genoino, em 99, versos ao seu Governo? A frase é dele. sobre a CPI de Privatização das Teles, que aliás está “O Governo é a própria corrupção”. Escondi na Câmara, e o PT não instala porque não quer. Tem uma frase também aqui, ainda há pouco, peço des- número para instalar e não o faz porque não quer. culpas: “No acordo entre o Governo e os Senadores Assim também poderia instalar aqui a CPI do SUS, Antonio Carlos Magalhães e , o Go- que investigaria a gestão do Ministro Serra, e não ins- verno assumiu que é corrupto”. José Dirceu, dizendo tala literalmente porque não quer, porque número e que o Governo agiu contra a CPI porque temia que assinaturas para isso tem. Ou seja, o PT parece que esta chegasse ao Planalto. agora não quer investigar dois tipos de coisas: o Go- Sempre acusações pesadas: chegar ao Planal- verno passado e o atual. Não quer investigar coisa al- to?! O que chegou ao Planalto mesmo foi o Senador guma. Perdeu aquele ímpeto. Deixou de ser um pit- Waldomiro Diniz. E sempre aquele linguajar desres- bull para virar um poodle. Essa é a impressão que eu peitoso do passado, leviano, conforme os tempos estou sentindo e tendo. mostraram. Agora, vamos para a fala de hoje, a fala de ago- Eu digo mais: acho que troquei PSDB por PT. ra, que é mais assim de gentleman. Agora estão ele- Eu nunca diria que o PT está encalacrado em corrup- gantes, todos com terno bem cortado. Está muito bo- ção, porque tenho pelo PT respeito, mas aqui diz a nito agora. Prefeita Marta Suplicy: “Acho que o PSDB está enca- “Vou defender na reunião que a Bancada: mais lacrado com a corrupção no País”. Foi ela quem dis- do que não assinar, combata uma CPI que é uma ten- se, não fui eu. “E para que isso não fique tão visível, tativa política de atingir o nosso Governo”. José Ge- eles, os tucanos, ficam querendo enfiar o PT em to- noíno, Presidente Nacional do PT, falando sobre o das as confusões e em toda sorte de CPIs”. Ela já es- Caso Waldomiro. É de se perguntar onde estava o tava, a essa altura, Presidente Luiz Otávio, querendo Genoíno que dizia aquelas coisas, com tanta certeza impedir CPIs contra o Governo dela. Então, ela dizia e agressividade, às vezes beirando a forma rude de que o PSDB estaria encalacrado em corrupção e, por se dirigir às pessoas? Aí dizia: e as pessoas todas? isso, estaria dizendo que o Governo dela estaria en- Tenho visto, enfim, que uma coisa é o que fazi- calacrado em corrupção. Nesse momento ela está am nos seus tempos de Oposição irresponsável ao completamente coerente com a idéia de evitar CPI País. Se fôssemos nós do PT e o Caso Waldomiro ti- em São Paulo, porque ela também evita CPIs no País vesse explodido contra um governo que estivésse- por intermédio de sua Bancada. mos combatendo, estariam hoje com marcha sobre o E vou para o de hoje e já concluo. Eu não me Parlamento, agitações e mais agitações, sem se pre- inscrevi, Sr. Presidente. Peço tolerância, porque eu ocupar com Bolsa de Valores, sem se preocupar com poderia inscrever-me e não me inscrevi, precisamen- crise econômica, sem se preocupar com indicador so- 04998 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 cial nenhum, sem se preocupar com nenhum dado da Henrique; o povo esperava mais do que aquilo; o estabilidade política. povo esperava mais do que a honradez de Itamar Nós aqui estamos trabalhando com todo cuida- Franco. O povo espera mais do que isso–eoPresi- do isso e apenas exigindo que quem deva tenha que dente Itamar Franco é um homem inatacável tam- pagar, que as pessoas que porventura devam, nesse bém! O povo esperava uma revolução de costumes episódio, paguem; os inocentes sejam proclamados; políticos com o Lula. O povo esperava – e até nós dá e nós façamos, portanto, não a patacoada meio mafi- Oposição também – uma absoluta mudança de cos- osa de uma CPI do tipo: se eu o investigar, você me tumes políticos, indo-se a fundo nas investigações. O investiga. Aí eu leio: se eu não o investigar, então que não me surpreenderia a essa altura é se o Presi- você não me investiga. Eu poderia propor uma outra dente Lula tivesse ido para a tribuna, para o briefing coisa, se entrássemos por esse caminho – por isso do Palácio do Planalto, e Sua Excelência tivesse dito: não aceito – e se faz um pacto aqui: ninguém investi- eu, Lula, vou fazer a CPI. Não me surpreenderia! Era ga ninguém nunca. E poderíamos praticar toda sorte o que estava no meu script, estava nas minhas con- de desonestidade, se fosse esse o nosso apetite. tas, estava no meu projeto. Eu imaginava que ele fos- Então, não podemos nunca permitir que este se fazer isso. De repente age como sempre agiu a Congresso resvale para o linguajar da máfia siciliana, maioria dos Governos ao longo de toda a História re- essa coisa da Omerta: Vi, mas não digo que vi! Vi, mas publicana brasileira: se tem alguma coisa que porven- não testemunho! Vi, mas não declaro! Vi, mas não vou tura cheira mal, atinge fulano, atinge beltrano, vale a me comprometer! Vi, mas não me envolvo! Não pode- política do compadrio, a política do não mexe comigo mos nunca aceitar esse padrão, que não corresponde que eu não mexo contigo. É uma política de fato meio à vontade por ética do povo brasileiro lá fora. mafiosa essa nossa, do jeito que ela tem sido posta; então, se empurra para trás do tapete. Portanto, chamamos a atenção para o fato de Vim aqui – e esta é a minha frase final – para re- que, de maneira serena, Líder Senador Efraim Mora- petir pela terceira vez: fomos ameaçados de que iam is, tudo o que a Oposição quer é a instalação da CPI levantar coisa do Ministro do Governo passado – e eu para investigar o caso Waldomiro – vou usar a lingua- fui Líder e Ministro do Governo passado. Volto a dizer: gem do Planalto –, atinja quem atingir. Não estou acu- se quiserem investigar a Dona Ruth Cardoso, que é sando ninguém. Mas não dizem eles que a apuração uma das figuras mais respeitáveis deste País, assino a deles é para atingir quem vai ser atingido. A nossa CPI; se quiserem investigar cartão do SUS para inves- também é para atingir quem tem que ser atingido. tigar o Ministro José Serra, assino–ejáassinei, aliás – Isso deve ser feito para nós, de fato, não deixarmos a CPI. Cobro que comecem a fazer o funcionamento essa mancha empurrada para baixo do tapete, de dessa CPI. Se querem investigar o sistema Telebrás, e tantas omissões que têm sido praticadas secularmen- já tem número na CPI pedida por eles, coloquem para te na triste República brasileira. funcionar a CPI do sistema Telebrás; se querem inves- Talvez a explicação pelo nosso atraso, pela tigar financiamento de campanha, assinem, por favor, nossa miséria, pela fome de tantos brasileiros esteja a CPI do Senador Antero Paes de Barros e uma outra na capacidade que as elites têm de sempre dar um je- que pedem para investigar gastos de campanha. E se ito de não ver os seus Pares punidos. Isso talvez ex- eles têm alguma curiosidade sobre o gasto do Serra ou plique o atraso e, se é assim, é hora de nós, de fato, o gasto do Fernando Henrique, eu tenho muita sobre começarmos a mostrar a capacidade de um País fa- os gastos da campanha milionária do Presidente Lula zer as investigações, sim, e, ao mesmo tempo, conti- nessa eleição vitoriosa para ele. nuar trabalhando, votando. Portanto, o fato de dizerem “vou fazer isso con- Não fomos nós que adiamos votação aqui. So- tra vocês” não nos intimida, até porque não estamos mos contra o projeto das Elétricas, Senador Mão San- aqui com nada pessoal, não queremos nada contra o ta. Mas votaríamos, sim, marcando nossa posição, País. Queremos apenas saber até que ponto o Sr. porque não queremos atrapalhar o País. Não fomos Waldomiro Diniz agia, com a carteirinha de funcioná- nós que pedimos para deixar sessão esvaziada, sem rio privilegiado com assento no quarto andar do Palá- deliberação até dois de março. Não fomos nós que fi- cio do Planalto, fazendo tráfico de influência, porque zemos isso. Estamos aqui para votar, para trabalhar. senão as pessoas são tentadas a acreditar em uma CPI tem horário para se reunir. Na hora em que coisa absurda, Senador Cristovam Buarque, que o começa a votação, acaba a CPI e se vem para cá vo- Sr. Waldomiro é uma pessoa muito honesta, do seu tar. Não vamos dar essa desculpa, porque temos é nascimento até 2002. Em 2002, apareceu uma fada que, na verdade, começar a mostrar que não foi em perversa que jogou pó de Pirlimpimpim nele e ele fi- vão a esperança do povo brasileiro no Governo Lula. cou desonesto em 2002. Mas, assim que acabou o O povo esperava mais do que a honradez – que é ano de 2002, ele voltou a ficar honesto; ele voltou a fi- uma honradez inatacável do Presidente Fernando car honesto em 2003, e continuará honesto até o res- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 04999 to da vida. Se é assim, então, não demitam o homem Portanto, que venha a CPI para investigar com e tragam-no de volta para o Governo. Se ele ficou de- toda a serenidade. Que culpados sejam apontados e sonesto somente em 2002, tragam-no de volta, por- inocentes sejam proclamados, pois não se quer a in- que é injustiça. Houve um milagre e tem de pedir a ca- quisição. O que o povo brasileiro quer, e a Oposição nonização de quem fez esse milagre com ele, seja procura interpretar a sua voz, é apenas justiça, doa a uma santa qualquer ou inventem um novo santo. quem doer; dê no que der; custe o que custar e haja o Quem sabe foi São Waldomiro! que houver. Agora, suspeito que ele tenha sido desonesto antes de 2002; suspeito que ele tenha sido muito DOCUMENTOS A QUE SE REFERE mais desonesto em 2002; suspeito, lamentavelmen- O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM te, que ele tenha continuado a ser desonesto em SEU PRONUNCIAMENTO. 2003, em 2004, e que vá morrer assim por uma ques- (Inseridos nos termos do art. 210, inci- tão de índole. so I e § 2º do Regimento Interno.) 05000 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05001 05002 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05003 O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Ainda se- sem tomar muito tempo do discurso de V. Exª. Foi no- guindo a lista de oradores inscritos, com a palavra o meado agora para o lugar do Sr. Waldomiro um ho- Senador Mão Santa, do PMDB do Piauí. V. Exª, Se- mem de bem: o Sr. Alon Feuerwerker, que, entre ou- nador Mão Santa, dispõe de até 20 minutos para o tras funções, foi assessor de confiança do Ministro seu pronunciamento. José Serra, a quem, no começo das desculpas e das O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pronuncia o evasivas petistas, queriam imputar a responsabilida- seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- de por essa gravação, como se o importante fosse a sidente Senador Luiz Otávio, do PMDB do Pará, Srªs. gravação em si e não o fato escabroso revelado. A cu- Senadoras, Srs. Senadores, brasileiros e brasileiras riosidade, Senador Mão Santa, e V. Exª é um homem aqui presentes e que assistem a esta sessão de quin- de cultura bastante ampla, é que “feuerwerker”, em ta-feira de 19 de fevereiro de 2004. alemão, significa bombeiro. Talvez o Governo, num O Professor Cristovam Buarque estava ali e eu ato falho, tenha visto que seus incendiários não dão queria inspirar-me nele. Senador Efraim Morais, lem- conta do recado. Por isso nomeou um bombeiro para bro-me de que há muitos anos, quando Deputado curar seus males políticos – os males morais só serão Estadual no Piauí, uma professora me buscava para curados com a apuração efetiva do fato, como V. Exª orientá-la a um emprego – isso foi há muito tempo. e eu temos solicitado desta tribuna. Muito obrigado. Perguntei o que ela ensinava e ela disse: qualquer co- O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Sras e Srs. isa. Acredito que o PT está nessa situação. Senadores, a Assessoria da Mesa recebeu a seguin- Eu, Senador Luiz Otávio, vejo no povo a sabe- te informação da CEB – Centrais Elétricas de Brasília: doria; vejo no povo o poder. Governei o Piauí, Sena- por um defeito técnico, várias instalações do Con- dor Efraim Morais e cantava como reza: o povo é o gresso Nacional estão sem energia elétrica. Por esse motivo, houve uma alteração no sistema de transmis- poder. Entendo que não existe Poder Legislativo, são, inclusive com a mudança de câmeras para o sis- nem Executivo, nem Judiciário; são instrumentos da tema no break. Não me perguntem detalhes sobre democracia. O poder é o povo; é o povo que paga a esse sistema, porque não sou especialista no assun- conta. to. Estou apenas transmitindo a informação que me Senador Arthur Virgílio, foi o povo quem pagou foi dada. essa convocação. Então é o povo que é o poder; nós A sessão está sendo gravada. A TV Senado somos os instrumentos da democracia. está no ar no momento – apenas o Canal 20 está com Desde o começo, com o Dr. Palocci no Ministé- problemas – e toda a programação será retransmitida rio da Fazenda, eu antevi que isso não daria certo. nos horários estabelecidos pela TV Senado. Sou médico, como ele. Aprendi com o povo. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presi- Senador Luiz Otávio, V. Exª é evangélico e sabe dente, agradeço a informação. Um quadro vale por que uma das partes mais interessantes da Bíblia são dez mil palavras. Senador Luiz Otávio, V. Exª acabou os Provérbios, sabedoria do povo. Senador Efraim de dizer que não pode dar explicações técnicas por- Morais, o povo diz: “Cada macaco em seu galho.” que não tem essa formação. Era isto o que queria di- O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Senador zer: o meu colega médico Antônio Palocci está con- Mão Santa, permite-me V. Exª um aparte? trariando a sabedoria popular que diz “cada macaco O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Ouço V. Exª no seu galho”. Olha, nós somos médicos e tenho dito com prazer. e repetido que não somos afeitos a números e à ma- O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Senador temática. Os números são poucos: o da pressão, 12 Mão Santa, estou sendo informado de que a TV Se- por 8, o do coração, 70 que, se disparar, morre, o da nado está saindo do ar em virtude de algum defeito glicose que, se chegar a 200, está em coma, mas ouvi técnico. Peço encarecidamente que esse problema hoje aquele que simboliza o nosso PMDB dos vivos, seja reparado, senão as pessoas podem não ter ouvi- que é o Senador Pedro Simon. do o meu modesto discurso e nem o discurso brilhan- Fizeram uma entrevista sobre o Presidente do te e contundente de V. Exª, que faz jus à sua coerên- Banco Central que disse claramente sobre os bancos cia política. Peço encarecidamente que se verifique “o homem levou trinta anos no Banco de Boston, esse fato, porque, justamente em um momento de cri- mostrou competência em ganhar dinheiro, ele sabe se como esse, a TV Senado precisa funcionar para ganhar dinheiro”. Então, os bancos estão ganhando que a Nação saiba como está pulsando o coração do dinheiro, mas o Governo não é para isso. O Governo Congresso. Citarei um dado, Senador Mão Santa, tem que ter uma luz. 05004 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Entendo, Senador Luiz Otávio, que Deus deu tudo tranqüilo. O homem não pagou o que o FMI exi- essa luz. “Comerás o pão com o suor do teu rosto”, giu, como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas. Por essa é uma mensagem clara para o governante. Tem que essa subserviência? que criar e buscar trabalho. Com o trabalho, vem Eu diria que tenho dificuldade, mas o Palocci casa, vem comida, vem escola, vem saúde, vem fa- deve ter mais, porque foi prefeitinho, o que também mília, vem felicidade. fui, mas fui Governador duas vezes. Então, está mais Senador Arthur Virgílio, peço permissão ao Se- tonto do que eu para entender esses números. nador Efraim Morais para que a homenagem que fez Senador Efraim Morais e Senador Arthur Virgí- à Folha de S.Paulo seja toda nossa. lio, vamos relembrar geografia! O dinheiro que se pa- Para resumir, ficamos com a manchete da Fo- gou de juros da dívida, R$145 bilhões, corresponde a lha de S.Paulo: “Resultado medíocre”. Senador toda a produção de um ano dos Estados de Rondô- Arthur Virgílio, um quadro vale por dez mil palavras. nia, do Acre, do Amazonas, de Roraima, do Pará, do São 83 anos buscando a verdade, e o jornal vale pela Amapá, do Tocantins, do Maranhão do Presidente verdade que diz. E prossegue com a análise. Sarney, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Ala- Resultado espetacular. Lula não mentiu. Sena- goas, de Sergipe e do Piauí, contando o trabalho de dor Arthur Virgílio, Sua Excelência disse que o espe- homens, mulheres e até de menores. táculo vinha, e aí está o espetáculo de desenvolvi- Atentai, Senador Arthur Virgílio, que não há nin- mento e de riqueza para os banqueiros. Está claro! guém aqui! Cadê o debate qualificado? O único pro- Essa história de herança maldita não existe. fessor que lhes podia ensinar se retirou. Queremos Quem tem bastante luz não precisa diminuir nem apa- mudar o “núcleo duro” para um núcleo puro e inteli- gar a luz dos outros para brilhar. gente. O PIB desses 13 Estados, R$145 bilhões, para Dizer que os outros Presidentes não tiveram a os americanos, para os banqueiros, para os ricos e sua coragem? Jamais, Senador Luiz Otávio, critiquei poderosos! um Prefeito da minha cidade. Fui Governador do É um desrespeito a Rui Barbosa, que ensinou Estado do Piauí. Pois o Presidente chegou ao meu não só pela doutrina, mas pelo exemplo. O trabalha- Estado e disse que era culpa dos Governos anterio- dor e o trabalho vêm antes, depois é que vem o capi- res. Não, trabalhamos muito, todos os Governadores. tal e a riqueza. Portanto, a primazia, o respeito, o apo- O Senador Alberto Silva, que é engenheiro, fez um di- io é ao trabalho e ao trabalhador. Este Governo de ca- que. Foram construídos três bairros na capital para beça dura apóia e coroa o capital, os ricos e os pode- abrigar os pobres que tirei das regiões ribeirinhas de rosos. risco: o Parque Wall Ferraz, que o povo batizou de Chamo a atenção dos Senadores, onde estive- Mão Santa, e o outro, Padre Cícero. rem, para outro raciocínio. Possuo as mesmas dificul- Falando em herança maldita, Senador Efraim dades de , creio que até menos, por- Morais, não vamos ser corrupiões, não! O fim da infla- que tenho mais experiência, pois fui Governador por ção é mérito de Itamar Franco e de Fernando Henri- duas vezes, e o povo, agradecido, me colocou nesta que. Que façam o exame de DNA para saber se a pa- Casa. Senador Efraim Morais, atentai bem: Rondô- ternidade é de Fernando Henrique ou de Itamar Fran- nia, que possui um milhão trezentos e setenta e nove co, mas de Palocci não é. mil habitantes – digo isso ao Senador Valdir Raupp, à A economia já estava estável no início deste Go- Senadora Fátima Cleide e ao Senador Paulo Elifas, verno. O controle da economia e dos gastos públicos médico que aqui chegou – precisaria trabalhar 15 foi coisa do Governo anterior. Não sou do PSDB, não, anos para saldar os juros pagos este ano. Imaginem Senador Efraim Morais. E faço uma homenagem a como está pesado. Alagoas, do nosso João Tenório, da nossa Heloísa O Acre, com 557 mil habitantes, precisaria tra- Helena e do Líder do nosso Partido, pois foi Gracilia- balhar – os netos e os bisnetos de Tião Viana – 50 no Ramos que começou isso quando Prefeito. E a Lei anos – homens, mulheres e crianças – para pagar o de Responsabilidade Fiscal que o Congresso apro- que o Palocci deu, de mão beijada, sem uma negocia- vou trouxe garantias. ção, sem ter a coragem de Juscelino, sem ter a cora- Senador Arthur Virgílio, herança maldita houve gem de Getúlio, sem ter a coragem do argentino. na Argentina. Ali houve confusão. Havia muita insta- Em homenagem ao Presidente, Senador Luiz bilidade econômica. E eu, Senador Efraim Morais, Otávio, O Pará – com tanta riqueza que a Ana Júlia atravessei os Lagos e fui para Bariloche. Vi que está Carepa e o Senador Duciomar Costa cantam –, com Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05005 seus seis milhões e cento e noventa e dois mil habi- abriu os portos comerciais. Itamar Franco e Fernando tantes, precisaria trabalhar quatro anos e meio para Henrique combateram a inflação. pagar o que foi pago. Portanto, falo agora de igual para igual para o O Maranhão todo, com o que produz de PIB, ne- Palocci: nós, médicos, costumamos buscar a causa, cessitaria de 10 anos; o Rio Grande do Norte, de 10 a que chegamos por meio de exames, fazendo um di- anos; Alagoas, de 12; o Piauí, de 14 anos. agnóstico. O exame do Brasil é feito, e o diagnóstico, É isso que quero esclarecer. concluído por meio das pesquisas: qualquer pesquisa Temos, então, que rever esse conceito, senão feita neste País diz que a maior doença, a maior des- vamos festar esse espetáculo do crescimento: os ricos graça, o nosso câncer é o desemprego. Esta deve ser cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. a meta do Presidente da República: o mutirão do em- Esse dinheiro é o que falta para as obras sociais. prego e do trabalho. Aí acabará a fome, e virão a casa, a educação, a saúde, a felicidade. Mas a tristeza disso tudo é a clareza dos dados. Eu citaria apenas que o Banco Itaú, que ganhou É essa a contribuição do PMDB, do PMDB de luta, do PMDB de Ulysses, que tinha o objetivo das R$3,152 bilhões, cresceu 36%; o Banco do Brasil, conquistas, da liberdade, do PMDB de Teotonio Vile- que lucrou R$2,381 bilhões, cresceu 7,4%. O lucro la, do PMDB de Juscelino Kubitschek, aqui cassado, dos sete maiores bancos cresceu 6,7%. O número de representando Goiás. No PMDB, aqui estamos, para postos de trabalho encolheu. Não restou nem a pro- garantir a governabilidade, mas trazendo nossa expe- messa dos 10 milhões de empregos, porque hoje já riência, nossa competência. É assim que aceitamos a são mais de 14 milhões de desempregados. Essa é a nossa coligação: por meio da experiência desse gran- realidade. Esse é o resultado que cantamos nesta tri- dioso Partido, e de Líderes, com milhares de prefeitu- buna, Senador Efraim Morais. Aprendi com o povo ras pelo Brasil afora, dezenas de Governadores com que é mais fácil tapar o sol com uma peneira do que experiência. Assim, o PMDB poderá ser a luz que tra- esconder a verdade. Essa é a situação. rá ao País, por meio da conquista do trabalho, a extin- ção da fome, da miséria, da violência, franqueando a Quero dizer que o Presidente Lula, neste mo- riqueza e a felicidade aos brasileiros. mento, deve fazer uma reflexão sobre a humildade. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Agrade- Sair daquela grandeza de estadista e ser o operário, ço a generosidade de V. Exª, já que extrapolei meu como prometeu. Seja então a sua ação dentro da hu- tempo. mildade e da limitação humana. Assim fizeram todos O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – Sobre a os que governaram este País, todos com uma mis- mesa, ofício do 1º Secretário da Câmara dos Deputa- são: D. João VI, que por aqui passou, trouxe a cultura dos que passo a ler. da Europa. D. Pedro I tornou este País independente. D. Pedro II, o grande estadista do Império, em 49 É lido o seguinte anos, consolidou a grandeza e a unidade da Pátria. Os primeiros republicanos, Deodoro da Fonseca, Flo- PS-GSE nº 285 riano Peixoto e outros, com o auxílio do grande Líder, Brasília, 17 de fevereiro de 2004 consolidaram o regime republicano, o governo do povo, pelo povo e para o povo. Getúlio Vargas, com Senhor Secretário, seu carisma, trouxe uma esperança ao consolidar os Encaminho a Vossa Excelência, a fim de ser direitos do trabalhador, tornando-se o pai do trabalha- submetido à apreciação do Senado Federal, nos ter- dor por meio das leis da Previdência, da Justiça elei- mos do Art. 134 do Regimento Comum, o incluso Pro- toral, do voto secreto; além disso, criou a , a jeto de Lei nº 7.134, de 2002 (PLS nº 115/02, na Casa Eletrobrás. Na seqüência, vem Juscelino Kubitschek, de origem), que “Institui o Sistema Nacional de Políti- que fez a integração deste País por meio do binômio cas Públicas sobre Drogas – SISNAD; prescreve me- energia e transporte, dando 50 anos de desenvolvi- didas para prevenção do uso indevido, atenção e re- mento em 5 anos de governo democrático. Outros inserção social de usuários e dependentes de drogas; que o sucederam marcaram seu governo pela auste- estabelece normas para repressão à produção não ridade, como Itamar Franco e sobretudo José Sarney, autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes que, depois da ditadura militar período em que disse- e dá outras providências.”, de acordo com o caput do ram que tinham a missão de afastar o comunismo da art. 65 da Constituição Federal. Pátria , teve o papel de consolidar a democracia em Atenciosamente, – Deputado Geddel Vieira que vivemos. Até o Presidente Collor teve seu papel: Lima, Primeiro-Secretário. 05006 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 SUBSTITUTIVO DA CÂMARA AO previstos nos §§ 1º e 2º deste artigo é objeto de legis- PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 115, DE 2002 lações específicas. (Da Comissão Mista de Segurança Pública) Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território naci- (Nº 7.134/2002, naquela Casa) onal, as drogas, bm como o plantio, a cultura, a colhe- ita e a exploração de vegetais e substratos dos quais Substitutivo da Câmara dos Deputa- possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressal- dos ao Projeto de Lei nº 7.134-A, de 2002, vada a hipótese de autorização legal ou regulamen- do Senado Federal (PLS nº 115/02 na tar, bem como o que estabelece a Convenção de Vie- Casa de origem), que dispõe sobre o Sis- na, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotró- tema Nacional Antidrogas; sobre a pre- picas, de 1971, a respeito de plantas de uso estrita- venção, a repressão e o tratamento; defi- mente ritualístico-religioso. ne crimes, regula o procedimento nos Parágrafo único. Pode a União autorizar o plan- crimes que define e dá outras providênci- as. tio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no ca- put deste artigo, exclusivamente para fins medicinais Dê-se ao projeto a seguinte redação: ou científicos, em local e prazo predeterminados, me- diante fiscalização, respeitadas as ressalvas supra- Institui o Sistema Nacional de Políti- mencionadas. cas Públicas sobre Drogas – SISNAD; TÍTULO II prescreve medidas para prevenção do Do Sistema Nacional uso indevido, atenção e reinserção social de Políticas Públicas Sobre Drogas do usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à pro- Art. 3º o SISNAD tem a finalidade de articular, dução não autorizada e ao tráfico ilícito integrar, organizar e coordenar as atividades relacio- de drogas; define crimes o dá outras pro- nadas com: vidências. I – a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de dro- O Congresso Nacional decreta: gas; II – a repressão da produção não autorizada e TÍTULO I do tráfico ilícito de drogas. Disposições Preliminares Art. 1º Esta lei institui o Sistema Nacional de Po- CAPÍTULO I líticas Públicas sobre Drogas – SISNAD; prescreve Dos Princípios e dos Objetivos do Sistema medidas para prevenção do uso indevido, atenção e Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas reinserção social de usuários e dependentes de dro- Art. 4º São princípios do SISNAD: gas; estabelece normas para repressão à produção I – o respeito aos direitos fundamentais da pes- não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define soa humana, especialmente quanto à sua autonomia crimes. e à sua liberdade; § 1º Para fins desta Lei, consideram-se como II – o respeito à diversidade e às especificidades drogas as substâncias ou os produtos capazes de ca- populacionais existentes; usar dependência, assim especificados em lei ou re- lacionados em listas atualizadas periodicamente peio III – a promoção dos valores éticos, culturais e Poder Executivo da União. de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os § 2º A regulamentação do controle e restrição da como fatores de proteção para o uso indevido de dro- venda e da propaganda de bebidas alcoólicas, bem gas e outros comportamentos correlacionados; como outras medidas de política pública que diminu- IV – a promoção de consensos nacionais, de am o consumo e promovam a redução dos danos so- ampla participação social, para o estabelecimento ciais e à saúde causados pelo uso prejudicial de álco- dos fundamentos e estratégias do SISNAD; ol, especialmente em grupos vulneráveis, como crian- V – a promoção da responsabilidade comparti- ças e adolescentes, será objeto de lei especifica. lhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a im- § 3º A regulação da oferta das substâncias ou portância da participação social nas atividades do dos produtos capazes de causar dependência não SISNAD; Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05007 VI – o reconhecimento da intersetorialidade dos Federal, dos Estados e Municípios que exercem as fatores correlacionados com o uso indevido de dro- atividades de que tratam os incisos I e II do art. 3º des- gas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfi- ta Lei. co ilícito; Art. 7º A organização do SISNAD assegura a VII – a integração das estratégias nacionais e in- orientação central e a execução descentralizada das ternacionais de prevenção do uso indevido, atenção e atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas fe- reinserção social de usuários e dependentes de dro- deral, distrital, estadual e municipal e se constitui ma- gas e de repressão à sua produção não autorizada e téria definida no regulamento desta Lei. ao seu tráfico ilícito; Art. 8º Compete ao CONAD exercer a atribuição VIII – a articulação com os órgãos do Ministério de órgão superior do SISNAD. Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visan- § 1º O CONAD é composto por órgãos da Admi- do à cooperação mútua nas atividades do SISNAD; nistração Pública Federal, representações da socie- IX – a adoção de abordagem multidisciplinar dade civil e pela Secretaria Nacional Antidrogas – que reconheça a interdependência e a natureza com- SENAD, na qualidade de sua secretaria executiva, plementar das atividades de prevenção do uso indevi- nos termos da legislação vigente. do, atenção e reinserção social de usuários e depen- § 2º A composição e o funcionamento do dentes de drogas, repressão da produção não autori- CONAD são regulamentados pelo Poder Executivo. zada e do tráfico ilícito de drogas; X – a observância do equilíbrio entre as ativida- CAPÍTULO III des de prevenção do uso indevido, atenção e reinser- Das Atribuições Específicas dos Órgãos ção social de usuários e dependentes de drogas e de que Compõem o SISNAD repressão à sua produção não autorizada e ao seu Art. 9º No que se refere ao cumprimento desta tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o Lei, são atribuições específicas do Ministério da Saú- bem-estar social; de e de suas entidades vinculadas, na forma da legis- XI – a observância às orientações e normas lação vigente: emanadas do Conselho Nacional Antidrogas – I – publicar listas atualizadas periodicaniente CONAD. das substâncias ou produtos de que trata o § 1º do Art. 5º o SISNAD tem os seguintes objetivos: art. 1º desta lei; I – contribuir para a inclusão social do cidadão, II – baixar instruções de caráter geral ou especí- visando a torná-lo menos vulnerável a assumir com- fico sobre limitação, fiscalização e controle da produ- portamentos de risco para o uso indevido de drogas, ção, do comércio e do uso das drogas referidas nesta seu tráfico ilícito e outros comportamentos correlacio- lei; nados; III – adotar as providências estabelecidas no pa- II – promover a construção e a socialização do rágrafo único do art. 2º desta lei; conhecimento sobre drogas no País; IV – assegurar a emissão de licença prévia pre- III – promover a integração entre as políticas de vista no art. 30 desta lei pela autoridade sanitária prevenção do uso indevido, atenção e reinserção so- competente; cial de usuários e dependentes de drogas e de re- V – regulamentar a política de atenção aos pressão à sua produção não autorizada e ao tráfico usuários e dependentes de drogas, bem como aos ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do seus familiares, junto à rede do Sistema Único de Sa- Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e úde – SUS; Municípios; VI – regulamentar as atividades que visem à re- IV – assegurar as condições para a coordena- dução de danos e riscos sociais e à saúde, ouvido o ção, a integração e a articulação das atividades de CONAD, nos termos desta lei; que trata o art. 3º desta Lei. VII – regulamentar serviços públicos e privados que desenvolvem ações de atenção às pessoas que CAPÍTULO II fazem uso ou são dependentes de drogas e seus fa- Da Composição e da Organização do Sistema miliares; Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas VIII – gerir, em articulação com a SENAD, o Art. 6º Integram o SISNAD o conjunto de órgãos banco de dados das instituições de atenção à saúde e e entidades do Poder Executivo da União, do Distrito de assistência social que atendam usuários ou de- 05008 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 pendentes de drogas de que trata o parágrafo único SISNAD, previstos no art. 6º desta Lei, atentarão do art. 15 desta lei. para: Art. 10. No que se refere ao cumprimento desta I – o alinhamento das suas respectivas política. Lei, são atribuições específicas do Ministério da Edu- públicas setoriais ao disposto nos arts. 4º e 5º desta lei; cação e de suas entidades vinculadas, na forma da II – as orientações e normas emanadas do legislação vigente: CONAD; I – propor e implementar, em articulação com o III – a colaboração nas atividades de prevenção Ministério da Saúde, a Secretaria Especial dos Direitos do uso indevido, atenção e reinserção social de usuá- Humanos da Presidência da República e a SENAD, rios e dependentes de drogas; repressão da produ- políticas de formação continuada para os profissionais ção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas, ob- de educação nos 3 (três) níveis de ensino que abor- servado o disposto nesta lei. dem a prevenção ao uso indevido de drogas; CAPÍTULO IV II – apoiar os dirigentes das instituições de ensi- Da Coleta, Análise e Disseminação no público e privado na elaboração de projetos peda- de Informações Sobre Drogas gógicos alinhados às Diretrizes Curriculares Naciona- Art. 15. O SISNAD disporá de Observatório Bra- is e aos princípios de prevenção do uso indevido de sileiro de Informações sobre Drogas – OBID gerido drogas, de atenção e reinserção social de usuários e pela secretaria executiva de seu órgão superior, que dependentes, bem como seus familiares, contidos reúna e centralize informações e conhecimentos atua- nesta Lei. lizados sobre drogas, incluindo dados de estudos, pes- Art. 11. No que se refere ao cumprimento desta quisas e levantamentos nacionais, produzindo e divul- Lei, são atribuições específicas do Ministério da Justi- gando informações, fundamentadas cientificamente, ça e de suas entidades vinculadas, na forma da legis- que contribuam para o desenvolvimento de novos co- lação vigente: nhecimentos aplicados às atividades de prevenção do I – exercer a coordenação das atividades previs- uso indevido, de atenção e de reinserção social de tas no inciso II do art. 3º desta lei; usuários e dependentes de drogas e para a criação de II – instituir e gerenciar o sistema nacional de modelos de intervenção baseados nas necessidades dados estatísticos de repressão ao tráfico ilícito de específicas das diferentes populações-alvo, respeitan- drogas de que trata o art. 17 desta lei; do suas características socioculturais. III – manter a SENAD informada acerca dos da- Parágrafo único. Respeitado o caráter sigiloso, dos relativos a bens móveis e imóveis, valores apre- fará parte do banco de dados central de que trata o endidos e direitos constritos em decorrência dos cri- caput deste artigo base de dados atualizada das ins- mes capitulados nesta Lei, visando à implementação tituições de atenção à saúde ou de assistência social do disposto nos arts. 59 a 63 desta lei. que atendam usuários ou dependentes de drogas, Art. 12. No que se refere ao cumprimento desta bem como das de ensino e pesquisa. Lei, são atribuições especificas do Gabinete de Segu- Art. 16. As instituições com atuação nas áreas rança Institucional e de suas entidades vinculadas, na da atenção à saúde e da assistência social que aten- forma da legislação vigente: dam usuários ou dependentes de drogas devem co- municar ao órgão competente do respectivo sistema I – exercer a coordenação das atividades previs- municipal de saúde os casos atendidos e os. óbitos tas no inciso I do art. 3º desta lei; ocorridos, preservando a identidade das pessoas, II – gerir o Fundo Nacional Antidrogas – conforme orientações emanadas da União. FUNAD. Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de re- Art. 13. No que se refere ao cumprimento desta pressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão sistema Lei, são atribuições dos Órgãos formuladores de polí- de informações do Poder Executivo. ticas sociais e de suas entidades vinculadas, na for- ma da legislação vigente, identificar e regulamentar TÍTULO III rede nacional das instituições da sociedade civil, sem Das Atividades de Prevenção do Uso Indevido, fins lucrativos, que atendam usuários ou dependen- Atenção e Reinserção Social de Usuários tes de drogas e respectivos familiares. e Dependentes De Drogas Art. 14. No âmbito de suas competências, os ór- Art. 18. Constituem atividades de prevenção do gãos e entidades do Poder Executivo que integram o uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05009 direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabi- zes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos rela- lidade e risco e para a promoção e o fortalecimento cionados a drogas; dos fatores de proteção. XII – a observância das orientações e normas Art. 19. As atividades de prevenção do uso inde- emanadas do CONAD; vido de drogas devem observar os seguintes princípi- XIII – o alinhamento às diretrizes dos órgãos de os e diretrizes: controle social de políticas setoriais específicas. I – o reconhecimento do uso indevido de drogas Parágrafo único. As atividades de prevenção do como fator de interferência na qualidade de vida do uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao ado- individuo e na sua relação com a comunidade à qual lescente deverão estar em consonância com as dire- pertence; trizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos II – a adoção de conceitos objetivos e de funda- da Criança e do Adolescente – CONANDA. mentação científica como forma de orientar as ações CAPÍTULO II dos serviços públicos comunitários e privados e de Das Atividades de Atenção e de Reinserção evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e Social de Usuários ou Dependentes de Drogas dos serviços que as atendem; III – o fortalecimento da autonomia e da respon- Art. 20. Constituem atividades de atenção ao sabilidade individual em relação ao uso indevido de usuário e dependente de drogas e respectivos famili- drogas; ares, para efeito desta Lei, aquelas que visem à me- lhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e IV – o compartilhamento de responsabilidades e dos danos associados ao uso de drogas. a colaboração mútua com as instituições do setor pri- vado e com os diversos segmentos sociais, incluindo Art. 21. Constituem atividades de reinserção so- cial do usuário ou do dependente de drogas e respec- usuários e dependentes de drogas e respectivos fa- tivos familiares, para efeito desta lei, aquelas direcio- miliares, por meio do estabelecimento de parcerias; nadas para sua integração ou reintegração em redes V – a adoção de estratégias preventivas diferen- sociais. ciadas e adequadas às especificidades socioculturais Art. 22. As atividades de atenção e as de rein- das diversas populações, bem como das diferentes serção social do usuário e do dependente de drogas e drogas utilizadas; respectivos familiares devem observar os seguintes VI – o reconhecimento do “não-uso”, do “retar- princípios e diretrizes: damento do uso” e da redução de riscos como resul- I – respeito ao usuário e ao dependente de dro- tados desejáveis das atividades de natureza preventi- gas, independentemente de quaisquer condições, va, quando da definição dos objetivos a serem alcan- observados os direitos fundamentais da pessoa hu- çados; mana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de VII – tratamento especial dirigido às parcelas Saúde e da Política Nacional de Assistência Social; mais vulneráveis da população, levando em conside- II – a adoção de estratégias diferenciadas de ração as suas necessidades especificas; atenção e reinserção social do usuário e do depen- VIII – a articulação entre os serviços e organiza- dente de drogas e respectivos familiares que conside- ções que atuam em atividades de prevenção do uso rem as suas peculiaridades socioculturais; indevido de drogas e a rede de atenção a usuários e III – definição de projeto terapêutico individuali- dependentes de drogas e respectivos familiares; zado, orientado para a inclusão social e para a redu- IX – o investimento em alternativas esportivas, ção de riscos e de danos sociais e à saúde; culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como IV – atenção ao usuário ou dependente de dro- forma de inclusão social e de melhoria da qualidade gas e aos respectivos familiares, sempre que possí- de vida; vel, de forma multidisciplinar e por equipes multipro- X – o estabelecimento de políticas de formação fissionais; continuada na área da prevenção do uso indevido de V – observância das orientações e normas ema- drogas para profissionais de educação nos 3 (três) ní- nadas do CONAD; veis de ensino; VI – o alinhamento às diretrizes dos órgãos de XI – a implantação de projetos pedagógicos de controle social de políticas setoriais especificas. prevenção do uso indevido de drogas, nas institui- Art. 23. As redes dos serviços de saúde da ções de ensino público e privado, alinhados às Diretri- União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípi- 05010 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 os desenvolverão programas de atenção ao usuário e tembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Espe- ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes ciais Criminais, ou na sentença, encaminhar o agente do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no para tratamento, com base em avaliação que ateste a art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária necessidade, em função de risco à integridade física adequada. e emocional da própria pessoa, de sua família ou da Parágrafo único. Os serviços da rede de apoio comunidade, realizada por profissional de saúde com social ao usuário ou dependente e respectivos famili- competência específica na forma da lei. ares que não forem de natureza sanitária, executados § 3º Para determinar se a droga destinava–se a por comunidades terapêuticas e similares, deverão consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à se alinhar aos princípios dispostos no art. 22 desta Lei quantidade da substância apreendida, ao local e às e às diretrizes específicas a serem regulamentadas. condições em que se desenvolveu a ação, às circuns- Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e tâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e os Municípios poderão conceder benefícios às institu- aos antecedentes do agente. ições privadas que desenvolverem programas de re- § 4º As penas previstas nos incisos II e III do ca- inserção no mercado de trabalho, do usuário e do de- put deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo pendente de drogas encaminhados por órgão oficial. de 5 (cinco) meses. Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem § 5º Em caso de reincidência, as penas previs- fins lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à tas nos incisos II e III do caput deste artigo serão apli- saúde e da assistência social, que atendam usuários cadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. ou dependentes de drogas poderão receber recursos § 6º A prestação de serviços à comunidade será do FUNAD, condicionados à sua disponibilidade or- cumprida em programas comunitários, entidades çamentária e financeira. educacionais ou assistenciais, hospitais, estabeleci- Art. 26. O usuário e o dependente de drogas mentos congêneres, públicos ou privados sem fins lu- que, em razão da prática de infração penal, estiverem crativos, que se ocupem, preferencialmente, da pre- cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos venção do consumo ou da recuperação de usuários e à medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo dependentes de drogas. sistema penitenciário. § 7º Na hipótese de desatendimento, pelo agen- te, das condições relativas às penas a que se referem CAPÍTULO III os incisos II e III do caput deste artigo, poderá o juiz, Dos crimes e das penas ouvidos o Ministério Público, o defensor e, se enten- Art. 27. As penas previstas neste Capítulo pode- der necessário, profissional de saúde, submetê–lo a rão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem penas restritivas de direitos especificadas no art. 43 como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Minis- do Decreto-Lei nº 2.846, de 7 de dezembro de 1940 – tério Público e o defensor. Código Penal – não previstas no caput deste artigo, Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósi- que não ultrapassem 3 (três) meses. to, transportar ou trouxer consigo, para consumo pes- § 8º O juiz deixará de aplicar as penas restritivas soal, drogas sem autorização ou em desacordo com de direitos previstas no § 7º deste artigo caso o con- determinação legal ou regulamentar será submetido denado submeta–se à pena anteriormente imposta. às seguintes penas: § 9º o benefício previsto no § 8º deste artigo so- I – advertência sobre os efeitos das drogas; mente poderá ser concedido 1 (uma) única vez. II – prestação de serviços à comunidade; § 10. O descumprimento das medidas impostas III – medida educativa de comparecimento a com fundamento no § 7º deste artigo sujeitará o agen- programa ou curso educativo. te às penas previstas no art. 330 do Decreto-Lei nº § 1º Incorre nas mesmas penas quem, para seu 2.648, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal. consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas § 11. O juiz determinará ao Poder Público que destinadas à preparação de drogas, sem autorização coloque à disposição do infrator, gratuitamente, esta- ou em desacordo com determinação legal ou regula- belecimento de saúde, preferencialmente ambulatori- mentar. al, para tratamento especializado. § 2º O juiz poderá, na homologação da transa- Art. 29. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposi- ção penal a que se refere a Lei nº 9.099, de 26 de se- ção e a execução das penas, observado, no tocante à Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05011 interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e se- ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem au- guintes do Código Penal. torização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: TÍTULO IV Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos Da Repressão à Produção não Autorizada e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e qui- e ao Tráfico Ilícito de Drogas nhentos) dias-multa. CAPÍTULO I § 1º Nas mesmas penas incorre quem: Disposições Gerais I – importa, exporta, remete, produz, fabrica, ad- Art. 30. É indispensável a licença prévia da au- quire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem toridade competente para produzir, extrair, fabricar, em deposito, transporta, traz consigo ou guarda, ain- transformar, preparar, possuir, manter em depósito, da que gratuitamente, sem autorização ou em desa- importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, cordo com determinação legal ou regulamentar, ma- expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou ad- téria-prima, insumo ou produto químico destinado à quirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima preparação de drogas; destinada à sua preparação, observadas as demais II – semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autori- exigências legais. zação ou em desacordo com determinação legal ou Art. 31. As plantações ilícitas serão imediata- regulamentar, de plantas que se constituam em maté- mente destruídas pelas autoridades de polícia judiciá- ria-prima para a preparação de drogas; ria, que recolherão quantidade suficiente para exame III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das que tem a propriedade, posse, administração, guarda condições encontradas, com a delimitação do local, ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, asseguradas as medidas necessárias para a preser- ainda que gratuitamente, sem autorização ou em de- vação da prova. sacordo com determinação legal ou regulamentar, § 1º A destruição de drogas far-se-á por incine- ração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, guardan- para o tráfico ilícito de drogas. do-se as amostras necessárias à preservação da pro- § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso va. indevido de droga: § 2º A incineração prevista no § 1º deste artigo, Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e será precedida de autorização judicial, ouvido o Mi- multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. nistério Público, e executada pela autoridade de polí- § 3º Nos delitos definidos no caput eno§1º cia judiciária competente, na presença de represen- deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 tante do Ministério Público e da autoridade sanitária (um sexto) a 2/3 (dois terços), vedada a conversão competente, mediante auto circunstanciado e após a em penas restritivas de direitos, desde que o agente perícia realizada no local da incineração. seja primário, de bons antecedentes, não se dedique § 3º Em caso de ser utilizada a queimada para às atividades criminosas nem integre organização cri- destruir a plantação, observar-se-á, além das caute- minosa. las necessárias à proteção ao meio ambiente, o dis- Art. 33. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, posto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, que couber, dispensada a autorização prévia do ór- possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamen- gão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente – te, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer ob- SISNAMA. jeto destinado à fabricação, preparação, produção ou § 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas transformação de drogas, sem autorização ou em de- serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição, de acordo com a legislação em vigor. sacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e CAPÍTULO II pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois Dos Crimes mil) dias-multa. Art. 32. Importar, exportar, remeter, preparar, Art. 34. Associarem-se duas ou mais pessoas produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qual- oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, quer dos crimes previstos nos arts. 32, caput e § 1º, e guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo 33 desta Lei: 05012 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e II – o agente praticar o crime prevalecendo-se pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzen- de função pública ou no desempenho de missão de tos) dias-multa. educação, poder familiar, guarda ou vigilância; Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput III – a infração tiver sido cometida nas depen- deste artigo incorre quem se associa para a prática dências ou imediações de estabelecimentos prisiona- reiterada do crime definido no art. 35 desta Lei. is, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades Art. 35. Financiar ou custear a prática de qual- estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, quer dos crimes previstos nos arts. 32, caput e § 1º, e ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de re- 33 desta Lei: cintos onde se realizem espetáculos ou diversões de Pena – reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e qualquer natureza, de serviços de tratamento de de- pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (qua- pendentes de drogas ou de reinserção social, de uni- tro mil) dias-multa. dades militares ou policiais ou em transportes públi- Art. 36. Colaborar, como informante, com grupo, cos; organização ou associação destinados à prática de IV – o crime tiver sido praticado com violência, qualquer dos crimes previstos nos arts. 32, caput e§ grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qual- 1º, e 33 desta Lei: quer processo de intimidação difusa ou coletiva; Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e V – caracterizado o tráfico entre Estados da Fe- pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) deração ou entre estes e o Distrito Federal; dias-multa. VI – sua prática envolver ou visar a atingir crian- ça ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer mo- Art. 37. Prescrever ou ministrar, culposamente, tivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendi- drogas, sem que delas necessite o paciente, ou mento e determinação; fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com VII – o agente financiar ou custear a prática do determinação legal ou regulamentar: crime. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) Art. 40. O indiciado ou acusado que colaborar anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzen- voluntariamente com a investigação policial e o pro- tos) dias-multa. cesso criminal na identificação dos demais co-auto- Parágrafo único. O juiz comunicará a condena- res ou partícipes do crime e na recuperação total ou ção ao Conselho Federal da categoria profissional a parcial do produto do crime, no caso de condenação, que pertença o agente. terá pena reduzida do 1/3 (um terço) a 2/3 (dois ter- Art. 38. Conduzir embarcação ou aeronave ços). após o consumo de drogas, expondo a dano potenci- Art. 41. O juiz, na fixação das penas, considera- al a incolumidade de outrem: rá, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) Código Penal, a natureza e a quantidade da substân- anos, além da apreensão do veículo, cassação da ha- cia ou do produto, a personalidade e a conduta social bilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mes- do agente. mo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e Art. 42. Na fixação da multa a que se referem os pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) arts. 32 a 38 desta lei, o juiz, atendendo ao que dispõe dias-multa. o art. 41 desta lei, determinará o número de dias-mul- Parágrafo único. As penas de prisão e multa, ta, atribuindo a cada um, segundo as condições eco- aplicadas cumulativamente com as demais, serão de nômicas dos acusados, valor não inferior a 1/30 (um 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a trinta avos) nem superior a 5 (cinco) vezes o maior sa- 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no lário-mínimo. caput deste artigo for de transporte coletivo de pas- Parágrafo único. As multas, que em caso de sageiros. concurso de crimes serão impostas sempre cumulati- Art. 39. As penas previstas nos arts. 32 a 36 vamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, desta lei são aumentadas de 1/6 (um sexto) a 2/3 em virtude da situação econômica do acusado, consi- (dois terços), se: derá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no má- I – a natureza, a procedência da substância ou ximo. do produto apreendido e as circunstâncias do fato Art. 43. Os. crimes previstos nos arts. 32, caput evidenciarem a transnacionalidade do delito; e § 1º, e 33 a 36 desta lei são inafiançáveis e insusce- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05013 tiveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade cunstanciado e providenciando-se as requisições dos provisória, vedada a conversão de suas penas em exames e perícias necessários. restritivas de direitos. § 3º Se ausente a autoridade judicial, as provi- Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput dências previstas no § 2º deste artigo serão tomadas deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o de imediato pela autoridade policial, no local em que cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena, vedada se encontrar, vedada a detenção do agente. sua concessão ao reincidente específico. § 4º Concluídos os procedimentos de que trata o Art. 44. É isento de pena o agente que, em ra- § 2º deste artigo, o agente será submetido a exame zão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo de polícia judiciária entender conveniente, e em se- da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a in- guida liberado. fração penal praticada, inteiramente incapaz de en- § 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº tender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre acordo com esse entendimento. os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público Parágrafo único. Quando absolver o agente, re- poderá propor a aplicação imediata de pena prevista conhecendo, por força pericial, que este apresentava, no art. 28 desta lei, a ser especificada na proposta. à época do fato previsto neste artigo, as condições re- Art. 48. Tratando-se de condutas tipificadas nos feridas no caput deste artigo, poderá determinar o arts. 32, caput e § 1º, e 33 a 36 desta lei, o juiz, sem- juiz, na sentença, o seu encaminhamento para trata- pre que as circunstâncias o recomendem, empregará mento médico adequado. os instrumentos protetivos de colaboradores e teste- Art. 45. As penas podem ser reduzidas de 1/3 munhas previstos na Lei nº 9.807, de 13 de julho de (um terço) a 2/3 (dois terços) se, por força das cir- 1999. cunstâncias previstas no art. 44 desta lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a ple- SEÇÃO I na capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou Da Investigação de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 49. Ocorrendo prisão em flagrante, a autori- Art. 46. Na sentença condenatória, o juiz, com dade de polícia judiciária fará, imediatamente, comu- base em avaliação que ateste a necessidade de en- nicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do caminhamento do agente para tratamento, realizada auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Mi- por profissional de saúde com competência específi- nistério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. ca na forma da lei, determinará que a tal se proceda, § 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão observado o disposto no art. 26 desta lei. em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da nature- CAPÍTULO III za e quantidade da droga, firmado por perito oficial Do Procedimento Penal ou, na falta deste, por pessoa idônea. Art. 47. O procedimento relativo aos processos § 2º O perito que subscrever o laudo a que se re- por crimes definidos neste Título rege-se pelo dispos- fere o § 1º deste artigo não ficará impedido de partici- to neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as par da elaboração do laudo definitivo. disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Art. 50. O inquérito policial será concluído no Execução Penal. prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, § 1º o agente de qualquer das condutas previs- e de 90 (noventa) dias, quando solto. tas no art. 28 desta lei, salvo se houver concurso com Parágrafo único. Os prazos a que se refere este os crimes previstos nos arts. 32 a 36 desta lei, será artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Minis- processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguin- tério Público, mediante pedido justificado da autorida- tes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que de de polícia judiciária. dispõe sobre os Juizados Especais Criminais. Art. 51. Findos os prazos a que se refere o art. § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 50 desta lei, a autoridade de polícia judiciária, reme- desta lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo tendo os autos do inquérito ao juízo: o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao ju- I – relatará sumariamente as circunstâncias do ízo competente ou, na falta deste, assumir o compro- fato, justificando as razões que a levaram à classifica- misso de a ele comparecer, lavrando-se termo cir- ção do delito, indicando a quantidade e natureza da 05014 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 substância ou do produto apreendido, o local e as Art. 54. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a condições em que se desenvolveu a ação criminosa, notificação do acusado para oferecer defesa prévia, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. e os antecedentes do agente; ou § 1º Na resposta, consistente em defesa prelimi- II – requererá sua devolução para a realização nar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares de diligências necessárias. e invocar todas as razões de defesa, oferecer docu- Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á mentos e justificações, especificar as provas que pre- sem prejuízo de diligências complementares: tende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar I – necessárias ou úteis à plena elucidação do testemunhas; fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo § 2º As exceções serão processadas em aparta- competente até 3 (três) dias antes da audiência de do, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº instrução e julgamento; 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo II – necessárias ou úteis à indicação dos bens, Penal. direitos e valores de que seja titular o agente, ou que § 3º Se a resposta não for apresentada no pra- figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser en- zo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 caminhado ao juízo competente até 3 (três) dias an- (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de tes da audiência de instrução e julgamento. nomeação. Art. 52. Em qualquer fase da persecução crimi- § 4º apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 nal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permi- (cinco) dias. tidos, além dos previstos em lei, mediante autoriza- § 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo ção judicial e ouvido o Ministério Público, os seguin- máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresenta- tes procedimentos investigatórios: ção do preso, realização de diligências, exames e pe- rícias. I – a infiltração por agentes de polícia, em tare- Art. 55. Recebida a denúncia, o juiz designará fas de investigação, constituída pelos órgãos especi- dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, alizados pertinentea; ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação II – a não-atuação policial sobre os portadores do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e de drogas, seus precursores químicos ou outros pro- requisitará os laudos periciais. dutos utilizados em sua produção, que se encontrem § 1º Tratando-se de condutas tipificadas como no território brasileiro, com a finalidade de identificar o infração do disposto nos arts. 32, caput e§1º,e33a responsabilizar maior número de integrantes de ope- 36 desta lei, o juiz, ao receber denúncia, poderá de- rações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação cretar o afastamento cautelar do denunciado de suas penal cabível. atividades, se for funcionário público, comunicando o Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste órgão respectivo. artigo, a autorização será concedida desde que se- § 2º A audiência a que se refere o caput deste jam conhecidos o itinerário provável e a identificação artigo será realizada dentro dou 30 (trinta) dias se- dos agentes do delito ou de colaboradores. guintes ao recebimento da denúncia, salvo se deter- SEÇÃO II minada a realização de avaliação para atestar depen- Da Instrução Criminal dência de drogas, quando se realizará em 90 (noven- ta) dias. Art. 53. Recebidos em juízo os autos do inquéri- Art. 56. Na audiência de instrução e julgamento, to policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou após o interrogatório do acusado e a inquirição das peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Pú- testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, blico para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das ao representante do Ministério Público, e ao defensor seguintes providências: do acusado, para. sustentação oral, pelo prazo de 20 I – requerer o arquivamento; (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 II – requisitar as diligências que entender neces- (dez), a critério do juiz. sárias; Parágrafo único. Após proceder ao interrogató- III – oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) tes- rio, o juiz indagará das partes se restou algum fato temunhas e requerer as demais provas que entender para ser esclarecido, formulando as perguntas cor- pertinentes. respondentes se o entender pertinente e relevante. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05015 Art. 57. Encerrados os debates, proferirá o juiz Art. 60. Não havendo prejuízo para a produção sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, or- da prova dos fatos e comprovado o interesse público denando que os autos para isso lhe sejam conclusos. ou social, ressalvado o disposto no art. 61 desta lei, § 1º Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havi- mediante autorização do juízo competente, ouvido o do controvérsia, no curso do processo, sobre a natu- Ministério Público e cientificada a Senad, os bens reza ou quantidade da substância ou do produto, ou apreendidos poderão ser utilizados pelos órgãos ou sobre a regularidade do respectivo laudo, determina- pelas entidades que atuam na prevenção do uso in- rá que se proceda na forma do art. 31, § 1º, desta lei, devido, na atenção e reinserção social de usuários e preservando-se, para eventual contraprova, a fração dependentes de drogas e na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusi- que fixar. vamente no interesse dessas atividades. § 2º Igual procedimento poderá adotar o juiz, em Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre decisão motivada e, ouvido o Ministério Público, veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará quando a quantidade ou valor da substância ou do à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de produto o indicar, precedendo a medida a elaboração registro e controle a expedição de certificado provisó- e juntada aos autos do laudo toxicológico. rio de registro e licenciamento, em favor da instituição Art. 58. Nos crimes previstos nos arts. 32, caput à qual tenha deferido o uso, ficando esta livre do pa- e § 1º, e 33 a 36 desta lei, o réu não poderá apelar gamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de até o trânsito em julgado da decisão que decretar o bons antecedentes, assim reconhecido na sentença seu perdimento em favor da União. condenatória. Art. 61. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os maquinári- CAPÍTULO IV os, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer na- Da Apreensão, Arrecadação e Destinação tureza, utilizados para a prática dos crimes definidos de Bens do Acusado nesta lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob Art. 59. O juiz, de ofício, a requerimento do Mi- custódia da autoridade de polícia judiciária, excetua- nistério Público ou mediante representação da autori- das as armas, que serão recolhidas na forma de legis- dade de policia judiciária, ouvido o Ministério Público, lação específica. havendo indícios suficientes, poderá decretar, no cur- § 1º Comprovado o interesse público na utiliza- so do inquérito ou da ação penal, a apreensão e ou- ção de qualquer dos bens mencionados neste artigo, tras medidas assecuratórias relacionadas aos bens a autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer móveis e imóveis ou valores consistentes em produ- uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de tos dos crimes previstos nesta lei, ou que constituam sua conservação, mediante autorização judicial, ouvi- proveito auferido com sua prática, procedendo-se na do o Ministério Público. forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei nº 3.689, de § 2º Feita a apreensão a que se refere o caput 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal. deste artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou che- § 1º Decretadas quaisquer das medidas previs- ques emitidos como ordem de pagamento, a autori- dade de polícia judiciária que presidir o inquérito de- tas neste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no verá, de imediato, requerer ao juízo competente a inti- prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a pro- mação do Ministério Público. dução de provas acerca da origem lícita do produto, § 3º Intimado, o Ministério Público deverá re- bem ou valor objeto da decisão. querer ao juízo, em caráter cautelar, a conversão do § 2º Provada a origem lícita do produto, bem ou numerário apreendido em moeda nacional, se for o valor, o juiz decidirá pela sua liberação. caso, a compensação dos cheques emitidos após a § 3º Nenhum pedido de restituição será conhe- instrução do inquérito, com cópias autênticas dos res- cido sem o comparecimento pessoal do acusado, po- pectivos títulos, e o depósito das correspondentes dendo o juiz determinar a prática de atos necessários quantias em conta judicial, juntando-se aos autos o à conservação de bens, direitos ou valores. recibo. § 4º A ordem de apreensão ou seqüestro de § 4º Após a instauração da competente ação pe- bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo nal, o Ministério Público, mediante petição autônoma, juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execu- requererá ao juízo competente que, em caráter caute- ção imediata possa comprometer as investigações. lar, proceda à alienação dos bens apreendidos, exce- 05016 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 tuados aqueles que a União, por intermédio da Senad, § 1º Os valores apreendidos em decorrência indicar para serem colocados sob uso e custódia da dos crimes tipificados nesta Lei e que não foram obje- autoridade de polícia judiciária, de órgãos de inteligên- to de tutela cautelar, após decretado o seu perdimen- cia ou militares, envolvidos nas ações de prevenção ao to em favor da União, serão revertidos diretamente ao uso indevido de drogas e operações de repressão à Funad. produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, § 2º Compete à Senad a alienação dos bens exclusivamente no interesse dessas atividades. apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo § 5º Excluídos os bens que se houver indicado perdimento já tenha sido decretado em favor da para os fins previstos no § 4º deste artigo, o requerimen- União. to de alienação deverá conter a relação de todos os de- § 3º A Senad poderá firmar convênios de coope- mais bens apreendidos, com a descrição e a especifica- ração, a fim de dar imediato cumprimento ao estabe- ção de cada um deles, e informações sobre quem os lecido no § 2º deste artigo. tem sob custódia e o local onde se encontram. § 4º Transitada em julgado a sentença condena- § 6º Requerida a alienação dos bens, a respecti- tória, o juiz do processo, de oficio ou a requerimento va petição será autuada em apartado, cujos autos te- do Ministério Público, remeterá à Senad relação dos rão tramitação autônoma em relação aos da ação pe- bens, direitos e valores declarados perdidos em favor nal principal. da União, indicando, quanto aos bens, o local em que § 7º Autuado o requerimento de alienação, os se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder autos serão conclusos ao juiz, que, verificada a pre- estejam, para os fins de sua destinação nos termos sença de nexo de instrumentalidade entre o delito e da legislação vigente. os objetos utilizados para a sua prática e risco de per- Art. 63. A União, por intermédio da Senad, pode- da de valor econômico pelo decurso do tempo, deter- rá firmar convênio com os Estados, com o Distrito Fe- minará a avaliação dos bens relacionados, cientifica- deral e com organismos orientados para a prevenção rá a Senad e intimará a União, o Ministério Público e o do uso indevido de drogas, a atenção e a reinserção interessado, este, se for o caso, por edital com prazo social de usuários ou dependentes e a atuação na re- de 5 (cinco) dias. pressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito § 8º Feita a avaliação e dirimidas eventuais di- de drogas, com vistas na liberação de equipamentos vergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por sen- e de recursos por ela arrecadados, para a implanta- tença, homologará o valor atribuído aos bens e deter- ção e execução de programas relacionados à ques- minará sejam alienados em leilão. tão das drogas. § 9º Realizado o leilão, permanecerá deposita- da em conta judicial a quantia apurada, até o final da TÍTULO V ação penal respectiva, quando será transferida ao Da Cooperação Intepnacional Funad, juntamente com os valores de que trata o § 3º Art. 64. De conformidade com os princípios da deste artigo. não-intervenção em assuntos internos, da igualdade § 10. Terão apenas efeito devolutivo os recur- jurídica e do respeito à integridade territorial dos Esta- sos interpostos contra as decisões preferidas no cur- dos e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, so do procedimento previsto neste artigo. e observado o espírito das Convenções das Nações § 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4º Unidas e outros instrumentos jurídicos internacionais deste artigo, recaindo a autorização sobre veículos, relacionados à questão das drogas, de que o Brasil é embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autori- parte, o governo brasileiro prestará, quando solicita- dade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e do, cooperação a outros países e organismos interna- controle a expedição de certificado provisório de regis- cionais e, quando necessário, deles solicitará a cola- tro e licenciamento, em favor da autoridade de polícia boração, nas áreas de: judiciária ou órgão aos quais tenha deferido o uso, fi- I – intercâmbio de infamações sobre legisla- cando estes livres do pagamento de multas, encargos ções, experiências, projetos e programas voltados e tributos anteriores, ate o trânsito em julgado da deci- para atividades de prevenção do uso indevido, de são que decretar o seu perdimento em favor da União. atenção e de reinserção social de usuários e depen- Art. 62. Ao preferir a sentença de mérito, o juiz dentes de drogas; decidirá sobre o perdimento do produto, bem ou valor II – intercâmbio de inteligência policial sobre apreendido, seqüestrado ou declarado indisponível. produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05017 especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o de pesquisa científica que comprovem a destinação desvio de precursores químicos; lícita a ser dada ao produto a ser arrematado. III – intercâmbio de informações policiais e judi- § 2º Ressalvada a hipótese de que tratao§3º ciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus deste artigo, o produto não arrematado será, ato con- precursores químicos. tínuo à hasta pública, destruído pela autoridade sani- Parágrafo único. As atividades de cooperação tária, na presença dos Conselhos Estaduais sobre internacional dou órgãos governamentais brasileiros Drogas e do Ministério Público. nos planos bilateral e multilateral serão coordenadas § 3º Figurando entre o praceado e não arrema- pelo Ministério das Relações Exteriores. tadas especialidades farmacêuticas em condições de emprego terapêutico, ficarão elas depositadas sob a TÍTULO VI guarda do Ministério da Saúde, que as destinará à Disposições Finais e Transitórias rede pública de saúde. Art. 65. Para fins do disposto no § 1º do art. 1º Art. 69. O processo e o julgamento dos crimes desta lei, até que seja atualizada a terminologia da lis- previstos nos arts. 32 a 36 desta lei, se caracterizado ta mencionada no preceito, denominam-se drogas ilícito transnacional, são da competência da Justiça substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precurso- Federal. ras e outras sob controle especial, da Portaria Parágrafo único. Os crimes praticados nos Mu- SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998. nicípios que não sejam sede de vara federal serão Art. 66. A liberação dos recursos previstos na processados e julgados na vara federal da circunscri- Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de ção respectiva. Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua ade- Art. 70. Nas comarcas em que haja vara especi- são e respeito às diretrizes básicas contidas nos con- alizada para julgamento de crimes que envolvam dro- vênios firmados e do fornecimento de dados neces- gas, esta acumulará as atribuições de juizado especi- sários à atualização do sistema previsto no art. 17 al criminal sobre drogas, para efeitos desta lei. desta lei, pelas respectivas polícias judiciárias. Art. 71. Sempre que conveniente ou necessário, Art. 67. A União, ou Estados, o Distrito Federal o juiz, de ofício, mediante representação da autorida- os Municípios poderão criar estímulos fiscais e ou- de de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministé- tros, destinados às pessoas físicas e jurídicas que co- rio Público, determinará que se proceda, nos limites laborem na prevenção do uso indevido de drogas, de sua jurisdição e na forma prevista no § 1º do art. 31 atenção e reinserção social de usuários e dependen- desta lei, à destruição de drogas em processos já en- tes e na repressão da produção não autorizada e do cerrados. tráfico ilícita de drogas. Art. 72. A União poderá celebrar convênios Art. 68. No caso de falência ou liquidação ex- com os Estados visando à prevenção e repressão tra-judicial de empresas ou estabelecimentos hospi- do tráfico ilícito de do uso indevido de substância talares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, as- entorpecente ou que determine dependência física sim como nos serviços de saúde que produzirem, ou psíquica. venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem Art. 73. Esta lei entra em vigor 45 (quarenta e ou fornecerem drogas ou de qualquer outro em que cinco) dias após a sua publicação. existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao Art. 74. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de ou- juízo perante o qual tramite o feito: tubro de 1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de I – determinar, imediatamente à ciência da falên- 2002. cia ou liquidação, sejam lacradas suas instalações; II – ordenar à autoridade uanitária competente a PROJETO DE LEI APROVADO PELO urgente adoção das medidas necessárias ao recebi- SENADO FEDERAL E ENCAMINHADO À mento e guarda, em depósito, das drogas arrecadadas; CÂMARA DOS DEPUTADOS PARA REVISÃO III – dar ciência ao órgão do Ministério Público, para acompanhar o feito. Dispõe sobre o Sistema Nacional § 1º Da licitação para alienação de substâncias Antidrogas; sobre a prevenção, a repres- ou produtos não proscritos referidos no inciso II do são e o tratamento; define crimes, regula caput deste artigo, só podem participar pessoas jurí- o procedimento nos crimes que define e dicas regulamente habilitadas na área de saúde ou dá outras providências. 05018 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 O Congresso Nacional decreta: controle globais de atividades, e sobre os mecanis- mos de coordenação e controle incluídos especifica- CAPÍTULO I mente nas áreas de atuação dos governos federal, Disposições Gerais estaduais e municipais. Art. 1º Esta lei regula as atividades, as ações e § 2º Fica instituído ainda, no âmbito e sob a co- operações relacionadas ao controle, à prevenção e ordenação do Departamento de Polícia Federal, o repressão ao tráfico ilícito, ao uso indevido, e à produ- Banco de Dados Estatísticos de Repressão a Entor- ção não autorizada de substâncias ou produtos que pecentes, sistema informatizado e integrado em rede causem dependência física ou psíquica, bem como nacional. as medidas de tratamento, recuperação e reinserção Art. 4º É facultado à União celebrar convênios social do usuário e dependente. com os Estados, com o Distrito Federal e com os Mu- Parágrafo único. Consideram-se capazes de nicípios, e com entidades públicas e privadas, além causar dependência física ou psíquica, para os fins de organismos estrangeiros, visando à prevenção, ao desta Lei, aquelas substâncias ou produtos que as- tratamento, à fiscalização, ao controle, à repressão sim forem especificados em lei ou relacionados, em ao tráfico e ao uso indevido de substâncias ou produ- listas atualizadas periodicamente, pelo órgão compe- tos capazes de causar dependência física ou psíqui- tente do Ministério da Saúde. ca, observado, quanto aos recursos financeiros e or- Art. 2º É dever de todas as pessoas, físicas ou çamentários, o disposto no art. 47. jurídicas, nacionais ou estrangeiras com domicílio ou § 1º Entre as medidas de prevenção inclui-se a sede no País, colaborar na prevenção da produção, orientação escolar nos três níveis de ensino, abran- do tráfico ou uso indevidos de substâncias ou produ- gendo-se professores e pais. tos que causem dependência física ou psíquica. § 2º A liberação dos recursos previstos na Lei nº § 1º A pessoa jurídica que, injustificadamente, 7.560, de 19 dezembro de 1986, em favor de Estados negar-se a colaborar com os preceitos desta lei terá e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e res- imediatamente suspensos ou indeferidos auxílios ou peito às diretrizes básicas dos convênios e do forneci- subvenções, ou autorização de funcionamento, pela mento, pelas respectivas polícias judiciárias, de da- União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos dos necessários à atualização do sistema previsto no Municípios, e suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, sob § 2º do art. 3º pena de responsabilidade da autoridade concedente. Art. 5º As autoridades sanitárias, judiciárias, po- § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os liciais e alfandegárias organizarão e manterão esta- Municípios criarão estímulos fiscais e outros, destina- tísticas, registros e demais informes das respectivas dos às pessoas físicas e jurídicas que colaborarem na atividades relacionadas com a prevenção, a fiscaliza- prevenção da produção, do tráfico e do uso de subs- ção, o controle e a repressão de que trata esta Lei, e tâncias ou produtos que causem dependência física remetê-los-ão, mensalmente, à Secretaria Nacional ou psíquica. Antidrogas (SENAD), que os consolidará, difundin- Art. 3º Fica instituído o Sistema Nacional Anti- do-os entre os órgãos do Sisnad. drogas (SISNAD), constituído pelo conjunto de ór- Parágrafo único. Cabe ao Conselho Nacional gãos que exercem, nos âmbitos federal, estadual, Antidrogas (CONAD) aprovar os relatórios globais e distrital e municipal, atividades relacionadas com: anuais e remetê-los ao órgão internacional de contro- I – a prevenção do uso indevido, o tratamento, a le de entorpecentes. recuperação e a reinserção social de dependentes de Art. 6º É facultado à Senad, ao Ministério Públi- substâncias ou produtos que causem dependência fí- co, aos órgãos de defesa do consumidor e às autori- sica ou psíquica; dades policiais requisitar às autoridades sanitárias a II – a repressão ao uso indevido, a prevenção e realização de inspeção em empresas industriais e co- a repressão do tráfico ilícito e da produção não autori- merciais, estabelecimentos hospitalares, de pesqui- zada de substâncias ou produtos que causem depen- sa, de ensino, ou congêneres, assim como nos servi- dência física ou psíquica. ços médicos e farmacêuticos que produzirem, vende- § 1º O sistema de que trata este artigo é formal- rem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou for- mente estruturado por decreto do Poder Executivo, necerem substâncias ou produtos que causem de- que dispõe sobre os mecanismos de coordenação e pendência física ou psíquica. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05019 Parágrafo único. A autoridade requisitante pode do uso das substâncias ou produtos referidos nesta designar técnicos especializados para assistir à ins- Lei. peção, bem como comparecer pessoalmente à sua § 2º Exclusivamente para fins medicinais ou ci- realização. entíficos, pode o Ministério da Saúde autorizar o plan- Art. 7º No caso de falência ou liquidação extra- tio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no ca- judicial de empresas ou estabelecimentos referidos put, em local e prazo predeterminados, mediante fis- no art. 60, ou de qualquer outro em que existam subs- calização, sujeitando-se o ato a cassação, a qualquer tâncias ou produtos que causem dependência física tempo, pelo mesmo órgão daquele Ministério, ou por ou psíquica, incumbe ao juízo perante o qual tramite o outro de maior hierarquia. feito: § 3º As plantações ilícitas serão destruídas pe- I – determinar, imediatamente à ciência da fa- las autoridades policiais, que recolherão quantidade lência ou liquidação, sejam lacradas suas instala- suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto ções; circunstanciado de incineração, asseguradas as me- II – ordenar à autoridade sanitária designada em didas necessárias para a preservação da prova. lei a urgente adoção das medidas necessárias ao re- § 4º A destruição de substâncias ou produtos cebimento e guarda, em depósito, das substâncias ou que causem dependência física ou psíquica far-se-á dos produtos capazes de causar dependência física por incineração, será precedida de autorização judici- ou psíquica arrecadados; al e executada pelo delegado de polícia, na presença III – dar ciência ao órgão do Ministério Público, do representante do Ministério Público e da autorida- para acompanhar o feito. de sanitária, mediante auto circunstanciado. § 1º Da licitação para alienação de substâncias § 5º Em caso de ser utilizada a queimada para ou produtos não proscritos referidos no inciso II, só destruir a plantação, observar-se-ão, além das caute- podem participar pessoas jurídicas regularmente ha- las necessárias àproteção ao meio ambiente, o dis- bilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica posto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no que comprovem a destinação lícita a ser dada ao pro- que couber, dispensada a autorização prévia do ór- duto a ser arrematado. gão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente § 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º, o (SISNAMA). produto não arrematado será, ato contínuo à hasta § 6º As glebas cultivadas com plantações ilícitas pública, destruído pela autoridade sanitária, na pre- serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 sença dos Conselhos Estaduais de Entorpecentes e da Constituição, de acordo com a legislação em vigor. do Ministério Público. Art. 9º É indispensável a licença prévia da auto- § 3º Figurando entre o praceado e não arrema- ridade sanitária para produzir, extrair, fabricar, trans- tadas especialidades farmacêuticas em condições de formar, preparar, possuir, manter em depósito, impor- emprego terapêutico ficarão elas depositadas sob a tar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, guarda do Ministério da Saúde, que as destinará à oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, rede pública de saúde. para qualquer fim, substâncias ou produtos que cau- CAPÍTULO II sem dependência física ou psíquica, ou matéria-pri- Da Prevenção, da Erradicação e do Tratamento ma destinada à sua preparação, observadas as de- mais exigências legais. SEÇÃO I Parágrafo único. É dispensada a exigência pre- Da Prevenção e da Erradicação vista neste artigo para a aquisição de medicamentos, Art. 8º São proibidos em todo o território nacio- mediante prescrição médica, de acordo com os pre- nal as substâncias ou os produtos que causem de- ceitos legais e regulamentares. pendência física ou psíquica, bem como o plantio, a Art. 10. Os dirigentes de estabelecimentos ou cultura, a colheita e a exploração de vegetais e subs- entidades das áreas de ensino, saúde, justiça, militar, tratos que as contenham, ressalvada a hipótese de prisional e policial, ou de entidade social, religiosa, autorização legal ou regulamentar. cultural, recreativa, desportiva, beneficente, de abrigo § 1º Compete ao Ministério da Saúde, além do de crianças e adolescentes, representativas da mídia, prevista no parágrafo único do art. 1º, baixar instru- das comunidades terapêuticas, dos serviços nacionais ções de caráter geral ou específico sobre limitação, profissionalizantes, das associações assistenciais, fiscalização e controle da fabricação, do comércio e das instituições financeiras, dos clubes de serviço, e 05020 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 dos movimentos comunitárias organizados adotarão, a serem criados pela União, pelos Estados, pelo Dis- no âmbito de suas responsabilidades, todas as medi- trito Federal e pelos Municípios. das necessárias à prevenção ao tráfico, e ao uso de § 4º Os estabelecimentos de saúde ou qualquer substâncias ou produtos que causem dependência fí- instituição habilitada que recebam dependentes ou sica ou psíquica. usuários para tratamento encaminharão ao Ministério § 1º As pessoas jurídicas e as instituições e enti- da Saúde, até o dia dez de cada mês, mapa estatísti- dades, públicas ou privadas, implementarão progra- co de óbitos e dos casos atendidos no mês anterior, mas que assegurem a prevenção ao tráfico e uso de com a indicação do código internacional da doença, substâncias ou produtos que causem dependência fí- vedada a menção ao nome do paciente. sica ou psíquica em seus respectivos locais de traba- § 5º Os estabelecimentos e as instituições a que lho, incluindo campanhas e ações preventivas dirigi- se refere o § 4º receberão recursos do Funad e do das a funcionários e seus familiares. SUS, para o que, sendo privados, deverão cadas- § 2º São medidas de prevenção referidas no ca- trar-se e sofrer a fiscalização do Conselho Estadual put as que visem, entre outros objetivos, aos seguin- de Entorpecentes de sua área de atuação. tes: § 6º No caso de internação ou de tratamento I – incentivar atividades esportivas, artísticas e ambulatorial do dependente por ordem judicial, será culturais; feita comunicação mensal do estado de saúde e da II – promover debates de questões ligadas à sa- recuperação do paciente ao juízo competente, se úde, cidadania e ética; esse o determinar. III – manter, nos estabelecimentos de ensino, Art. 13. O dependente ou usuário de substância serviços de apoio, orientação e supervisão de profes- ou produto que, em razão da prática de qualquer in- sores e alunos; fração penal, encontrar-se cumprindo pena privativa IV – manter, nos hospitais, atividades de recu- de liberdade ou medida de segurança deverá ser sub- peração de dependentes e de orientação de seus fa- metido a tratamento em ambulatório interno do siste- miliares. ma penitenciário respectivo.

SEÇÃO II CAPÍTULO III Do Tratamento Dos Crimes e Das Penas Art. 11. O dependente ou o usuário de substân- Art. 14. Importar, exportar, remeter, preparar, cias ou produtos que causem dependências físicas produzir, fabricar, adquirir, vender, expor a venda, ou psíquicas, relacionadas pelo Ministério da Saúde, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, fica sujeito às medidas previstas neste Capítulo e Se- guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ção. ou fornecer, ainda que gratuitamente, sem autoriza- Art. 12. As redes dos serviços de saúde da ção ou em desacordo com determinação legal ou re- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- gulamentar, substância ou produto capaz de causar pios desenvolverão programas de tratamento do dependência física ou psíquica: usuário de substâncias ou produtos que causem de- Pena – prisão, de três a quinze anos, e paga- pendências físicas ou psíquicas, obrigatória a previ- mento de setecentos a um mil e quinhentos dias-mul- são orçamentária adequada. ta. § 1º O tratamento do dependente ou do usuário § 1º Nas mesmas penas incorre quem: será feito, sempre que possível, de forma multiprofis- I – importa, exporta, remete, produz, fabrica, ad- sional e com a assistência de sua família. quire, vende, expõe a venda, oferece, fornece, tem § 2º Cabe ao Ministério da Saúde regulamentar em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ain- as ações que visem à redução dos danos sociais e à da que gratuitamente, sem autorização ou em desa- saúde. cordo com determinação legal ou regulamentar, ma- § 3º As empresas privadas que desenvolverem téria-prima, insumo ou produto químico destinado à programas de reinserção no mercado de trabalho do preparação de substância ou produto capaz de cau- dependente ou usuário de substâncias ou produtos sar dependência física ou psíquica; que causem dependência física ou psíquica, encami- II – semeia, cultiva ou faz a colheita de plantas nhados por órgão oficial, poderão receber benefícios que se constituam em matéria-prima para a prepara- Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05021 ção de substância ou produto capaz de causar de- substância ou produto capaz de causar dependência pendência física ou psíquica; física ou psíquica: III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de Pena – prisão, de três a dez anos, e pagamento que tem a propriedade, posse, administração, guarda de setecentos a um mil e duzentos dias-multa. ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, Art. 16. Associarem-se duas ou mais pessoas ainda que gratuitamente, para o tráfico ilícito de subs- para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qual- tância ou produto capaz de causar dependência física quer dos crimes previstos nos arts. 14, caput e§1º, ou psíquica; ou 15 desta lei: IV – de qualquer forma, salvo as previstas nos Pena – prisão, de três a dez anos, e pagamento parágrafos seguintes, contribui para a prática dos cri- de setecentos a um mil e duzentos dias-multa. mes descritos no caput e neste parágrafo. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre § 2º Induzir ou instigar eventualmente alguém quem, nas condições do caput, associa–se para a ao uso indevido de substância ou produto capaz de prática reiterada de crimes definidos nos arts. 17 ou causar dependência física ou psíquica, ou consentir 19 desta lei. que com tal fim utilize, gratuitamente, local ou bem de Art. 17. Financiar a prática de qualquer dos cri- qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, mes previstos rios arts. 14, caput e § 1º, ou 15 desta administração, guarda ou vigilância. lei: Pena – prisão, de um a três anos e pagamento Pena – prisão, de oito a vinte anos, e pagamen- de duzentos a quatrocentos dias-multa, se não se to de mil e quinhentos a quatro mil dias-multa. consuma o uso; ou prisão, de três a cinco anos e pa- Art. 18. Colaborar, como informante, com grupo, gamento de quatrocentos a setecentos dias-multa, se organização ou associação destinadas à prática de resulta prática de conduta descrita no art. 24. qualquer dos crimes previstos nos arts. 14, caput e§ § 3º Oferecer, eventualmente e sem objetivo de 1º, 15 ou 19 desta lei: lucro, a pessoa de seu relacionamento, substância ou Pena – prisão, de dois a seis anos, e pagamento produto capaz de causar dependência física ou psí- de trezentos a setecentos dias-multa. quica, para juntos a consumirem: Art. 19. Ocultar ou dissimular a natureza, ori- Pena – prisão, de seis meses a um ano, e paga- mento de setecentos a mil e quinhentos dias-multa, gem, localização, disposição, movimentação ou pro- sem prejuízo das medidas educativas previstas no priedade de bem, direito ou valor proveniente, direta art. 22. ou indiretamente, da prática de qualquer dos crimes § 4º Tratando-se de infração do disposto no ca- previstos nos arts. 14, caput e § 1º, ou 15 desta lei: put deste artigo, ou no seu § 2º, poderá o juiz reduzir Pena – prisão, de três a dez anos, e pagamento as penas de um sexto a um terço, vedada a cumula- de setecentos a um mil e duzentos dias-multa. ção com o benefício a que se refere o art. 25 e sua Art. 20. Prescrever ou ministrar, culposamente, conversão em penas restritivas de direitos, desde que o médico, dentista, farmacêutico ou outro profissional concorram todas as seguintes circunstâncias: da área de saúde, substância ou produto capaz de I – exiba o agente primariedade, bons antece- causar dependência física ou psíquica, desnecessari- dentes, conduta social adequada e personalidade amente, ou em dose evidentemente superior à neces- não inclinada à delinqüência; sária, ou em desacordo com determinação legal ou II – reduzido potencial ofensivo da conduta, ex- regulamentar: presso na ausência de habitualidade, caráter não pro- Pena – medidas restritivas de direito e, na rein- fissional, pequena quantidade, baixa nocividade da cidência, prisão, de seis meses a dois anos, e paga- substância ou produto; mento de oitenta a duzentos dias-multa. III – inocorrência de qualquer das hipóteses a Parágrafo único. O juiz comunicará a condena- que se referem os arts. 24 e 26; ção ao Conselho Federal da categoria profissional a IV – seja o agente dependente. que pertença o agente. Art. 15. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, Art. 21. Conduzir embarcação ou aeronave oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, após o consumo ou produto capaz de causar transtor- possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamen- no de substância consciência. te, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer ob- Pena – prisão, de dois a quatro anos, além da jeto destinado à produção ou à fabricação indevida de apreensão do veículo, cassação da habilitação res- 05022 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 pectiva e pagamento de duzentos a quatrocentos compulsório, inclusive com a internação em estabele- dias-multa. cimento apropriado. Parágrafo único. As penas de prisão e multa, Art. 23. Na imposição da medida educativa a aplicadas cumulativamerite com as demais, serão de que se refere o inciso II do § 5º do art. 22, o juiz, aten- quatro a seis anos e de quatrocentos a seiscentos dendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número dias-multa, se o veículo referido no caput for de de dias-multa, em quantidade nunca inferior a qua- transporte coletivo de passageiros. renta nem superior a cem, atribuindo depois a cada Art. 22. Adquirir, guardar, ter em depósito, trans- um, segundo a capacidade econômica do agente, o portar ou trazer consigo para consumo pessoal, em valor de um trinta avos até três vezes o valor do maior pequena quantidade, substância ou produto capaz de salário mínimo. causar dependência física ou psíquica, sem autoriza- Parágrafo único. Os valores decorrentes da im- ção ou em desacordo com determinação legal ou re- posição da multa a que se refere o § 5º do art. 22 se- gulamentar: rão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas. Medidas de caráter educativo: Art. 24. As penas previstas nos arts. 14, 15, 16, I – prestação de serviços à comunidade; 17, 18 e 19 são aumentadas de um sexto a dois ter- II – comparecimento a programa ou curso edu- ços, se: cativo; I – a natureza, a procedência da substância ou III – proibição de freqüência a determinados lo- do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; cais; II – o agente praticar o crime prevalecendo-se IV – submissão a tratamento. de função pública ou no desempenho de missão de § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, educação, pátrio poder, guarda ou vigilância; para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe III – a infração tiver sido cometida nas depen- plantas destinadas à preparação de pequena quanti- dências ou imediações de estabelecimentos prisiona- dade de substância ou produto capaz de causar de- is, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades pendência física ou psíquica. estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, § 2º As medidas previstas nos incisos I, II, III e IV ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de re- do caput serão aplicadas pelo prazo máximo de um cintos onde se realizem espetáculos ou diversões de ano, tratando-se, porém, de infração do art. 14, § 4º, qualquer natureza, de serviços de tratamento de de- poderá a medida referida no inciso IV ter a duração da pendentes de drogas ou de reinserção social, de uni- pena privativa de liberdade fixada. dades militares ou policiais ou em transportes públi- § 3º As medidas previstas nos incisos I a IV, que cos; não serão consideradas para efeito de reincidência, IV – o crime tiver sido praticado com violência, poderão ser cumuladas entre si. grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qual- § 4º A prestação de serviços à comunidade será quer processo de intimidação difusa ou coletiva; cumprida, preferencialmente, em programas comuni- V – caracterizado o tráfico interestadual; tários, entidades educacionais ou assistenciais, hos- VI – se o objeto da ação for constituído de mais pitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou pri- de uma espécie de substância ou produto. vados sem fins lucrativos, que se ocupem, todos eles, Parágrafo único. Nas hipóteses previstas no in- da prevenção do consumo ou da recuperação de ciso IV, serão as sanções referentes à violência, gra- usuários dependentes de substância ou produto ca- ve ameaça ou emprego de arma aplicadas cumulati- paz de causar dependência física ou psíquica. vamente com as dos crimes referidos no caput sem- § 5º Para garantia do cumprimento das medidas pre que da aplicação do aumento devam resultar pe- educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e nas menores. III, a que injustificadamente se recuse o agente, po- Art. 25. Aos crimes definidos nos arts. 14, 15, derá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 16, 17, 18 e 19 aplicam-se os benefícios da colabora- I – admoestação verbal; ção premiada nos termos, condições e limites a que II – multa. se refere a lei de organizações criminosas. § 6º Na hipótese de desatendimento, pelo agen- Art. 26. As penas previstas nos arts. 14 a 19 se- te, das condições relativas à medida a que se refere o rão aplicadas em dobro se sua prática envolver ou vi- inciso IV, poderá o juiz determinar o seu cumprimento sar a atingir menor de dezoito anos ou a quem tenha, Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05023 por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capa- submetido a tratamento, determinará que a tal se pro- cidade de entendimento e determinação. ceda, na forma prevista no art. 13. Art. 27. O juiz, na fixação das penas, considera- Art. 32. Prescrevem em dois anos a imposição e rá, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do a execução das medidas educativas, observado, no Código Penal, a natureza e a quantidade da substân- tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. cia ou do produto, a personalidade e a conduta social 107 e seguintes do Código Penal. do agente. CAPÍTULO IV Art. 28. Na fixação da multa a que se referem os Do Procedimento Penal arts. 14 a 21, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 27, determinará o número de dias-multa, atribuindo a SEÇÃO ÚNICA cada um, segundo as condições econômicas dos Do Procedimento Comum acusados, valor não inferior a um trinta avos nem su- Art. 33. O procedimento relativo aos processos perior a cinco vezes o maior salário mínimo. por crimes definidos nesta Lei rege-se pelo disposto Parágrafo único. As multas, que em caso de neste Capítulo, aplicando-se subsidiariamente, as concurso de crimes serão impostas sempre cumulati- disposições do Código Penal, do Código de Processo vamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, Penal e da Lei de Execução Penal. em virtude da situação econômica do acusado, consi- Parágrafo único. Tratando-se de infração do derá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no má- disposto nos arts. 14, caput e § 1º, 15, 16, 17, 18 e ximo. 19, o juiz, sempre que as circunstâncias o recomen- Art. 29. Os crimes previstos nos arts. 14, caput dem, empregará os instrumentos protetivos de cola- e § 1º, 15, 16, 17, 18 e 19 desta Lei são inafiançáveis boradores e testemunhas previstos na lei de organi- e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia, fian- zações criminosas. ça e liberdade provisória, cumprindo-se suas penas Art. 34. Ocorrendo prisão em flagrante, o dele- em regime integralmente fechado, vedada sua con- gado de polícia fará, imediatamente, comunicação ao versão em penas restritivas de direitos. juiz competente e ao órgão do Ministério Público, re- Parágrafo único. Nos crimes previstos no ca- metendo-lhes cópia do auto lavrado. put, dar-se-á o livramento condicional após o cumpri- § 1º Tratando-se de infração do disposto no art. mento de dois terços da pena, vedada sua concessão 23, será o indiciado, imediatamente após a lavratura ao reincidente específico. do auto, posto em liberdade, salvo se estiver no gozo Art. 30. É isento de pena o agente que, em ra- de medida educativa, quando então, cumpridas as zão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de providências do caput, será colocado à disposição do caso fortuito ou força maior, de substâncias ou produ- juiz que as tenha imposto, para os fins do art. 50. tos que causem dependência física ou psíquica, era, § 2º Para efeito da lavratura do auto de prisão ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha em flagrante e estabelecimento da materialidade do sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz delito, é suficiente o laudo de constatação da nature- de entender o caráter ilícito do fato ou de determi- za e quantidade da substância ou do produto que ca- nar-se de acordo com esse entendimento. use dependência física ou psíquica, firmado por peri- Parágrafo único. Quando absolver o agente, re- to oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. conhecendo, por força de perícia oficial, que este § 3º O perito que subscrever o laudo a que se re- apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as fereo§1ºnãoficará impedido de participar da elabo- condições referidas no caput, determinará o juiz, na ração do laudo definitivo. sentença, o seu encaminhamento para tratamento Art. 35. O inquérito policial será concluído no médico adequado. prazo de quinze dias, se o indiciado estiver preso, e Art. 31. As penas podem ser reduzidas de um de trinta dias, quando solto. terço a dois terços se, por força das circunstâncias Parágrafo único. Os prazos a que se refere este previstas no art. 30, o agente não possuía, ao tempo artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Minis- da ação ou da omissão, a plena capacidade de enten- tério Público, mediante pedido justificado do delega- der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de do de polícia. acordo com esse entendimento. Art. 36. Findos os prazos a que se refere o art. Parágrafo único. Na sentença condenatória, o 35, o delegado de polícia, remetendo os autos do in- juiz, reconhecendo a necessidade de ser o agente quérito ao juízo: 05024 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 I – relatará sumariamente as circunstâncias do I – a requisição, pelo Ministério Público, de da- fato, justificando as razões que o levaram à classifica- dos cadastrais, registros, documentos e informações ção do delito, indicando a quantidade e natureza da fiscais, bancárias, telefônicas, telemáticas, eleitorais, substância ou do produto apreendido, o local e as comerciais, patrimoníais e financeiras, salvo garanti- condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as constitucionais; as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação II – a decretação, pelo juiz, mediante represen- e os antecedentes do agente; ou tação do delegado de polícia ou requerimento do Mi- II – requererá sua devolução para a realização nistério Público: de diligências necessárias. Parágrafo único. A remessa dos autos, na hipó- a) da quebra do sigilo bancário, propi- tese prevista no inciso I, far-se-á sem prejuízo das di- ciando a vigilância, por período determina- ligências: do, de contas bancárias, assim como forne- I – necessárias ou úteis à plena elucidação do cimento de extratos e registros de movimen- fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo tação; competente até quinze dias antes da audiência de b) do acesso, por período determina- instrução e julgamento; do, aos sistemas informatizados das institui- II – necessárias à indicação dos bens, direitos e ções financeiras; valores de que seja titular o agente, ou que figurem c) da interceptação e gravação das co- em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminha- municações telefônicas, por período deter- do ao juízo competente até quinze dias antes da au- minado, observado o disposto na legislação diência de instrução e julgamento. pertinente; Art. 37. Em qualquer fase da persecução crimi- d) da prisão temporária, para os cri- nal relativa aos crimes previstos nesta lei, são permiti- mes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17, 18 e dos, além dos previstos em lei, mediante autorização 19; judicial, e ouvido o Ministério Público, os seguintes e) da decretação da prisão preventiva; procedimentos investigatórios: f) da decretação imediata da indisponi- I – a infiltração, de conformidade com o disposto bilidade de bens, direitos e valores, havendo na lei de organizações criminosas; indícios de que pertençam ao indiciado ou II – a não-atuação policial sobre os portadores acusado. de substâncias, precursores químicos ou outros pro- dutos, que entrem no território brasileiro, dele saiam § 1º A medida a que se refere a alínea d do in- ou nele transitem, com a finalidade de, em colabora- ciso II terá prazo de trinta dias, prorrogável por igual ção ou não com outros países, identificar e responsa- período em caso de extrema e comprovada necessi- bilizar maior número de integrantes de operações de dade. tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal ca- § 2º A medida a que se refere a alínea e do inci- bível. so II poderá ser decretada de ofício. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II, a au- § 3º Revogar-se-á a medida referida na alínea f torização será concedida, desde que: do inciso II se, no prazo de cento e vinte dias, não I – sejam conhecidos o itinerário provável e a ocorrer oferecimento da denúncia. identificação dos agentes do delito ou de colaborado- CAPÍTULO V res; Da Instrução Criminal II – as autoridades competentes dos países de origem, de trânsito ou destino ofereçam, por meio do Art. 39. Recebidos em juízo os autos do inquéri- órgão competente do Ministério da Justiça, garantia to policial, do procedimento investigatório ou peças de atuação contra a fuga dos suspeitos e extravio das de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público substâncias ou dos produtos transportados. para, no prazo de dez dias, adotar uma das seguintes Art. 38. Para a persecução criminal e a adoção providências: dos procedimentos investigatórios previstos no art. I – requerer o arquivamento; 37, admitir-se-á, sem prejuízo de outros instrumentos II – requisitar as diligências que entender neces- previstos em lei: sárias; Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05025 III – oferecer denúncia, arrolar até cinco teste- na persecução penal, o rito que melhor assegure a munhas e requerer as demais provas que entender ampla defesa. pertinentes. Art. 41. Recebida a denúncia, o juiz designará § 1º Tratando-se de infração do disposto no art. dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, 23, o Ministério Público, logo ao receber cópia do auto ordenará a citação do acusado, a intimação do Minis- de prisão em flagrante, ou em até dez dias: tério Público, do assistente, se for o caso, e requisita- I – oferecerá denúncia, propondo na oportunida- rá os laudos periciais. de a adoção das medidas educativas pertinentes; § 1º Tratando-se de infração do disposto nos II – requisitará, quando entender tratar-se de in- arts. 14, caput e § 1º, 15, 16, 17, 18 e 19, importará o fração de outro tipo penal, a realização de diligências recebimento da denúncia: complementares; I – na prisão preventiva do denunciado e indis- III – requererá o arquivamento. ponibilidade dos bens, direitos e valores, hipótese em § 2º Requerido o arquivamento, a autoridade ju- que se procederá nos termos do art. 46 e seus pará- diciária, se discordar das razões apresentadas, reme- grafos; terá os autos ao Procurador-Geral, que oferecerá de- II – no afastamento cautelar e automático do de- núncia, designará outro membro do Ministério Público nunciado de suas atividades, se for funcionário públi- para apresentá-la ou insistirá no arquivamento, caso co, para o que fará o juiz ao órgão respectivo a neces- em que não o poderá recusar aquela. sária comunicação. Art. 40. Oferecida a denúncia, o juiz, em vinte e § 2º Frustradas as tentativas de citação do acu- quatro horas, ordenará a notificação do acusado para sado, suspenderá o juiz o processo, interromperá o oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de dez prazo prescricional e, tratando-se de infrações diver- dias, contado da data da juntada do mandado aos au- sas das mencionadas no § 1º, decretará sua prisão tos ou da primeira publicação de edital. preventiva. § 1º Na resposta, consistente de defesa prelimi- § 3º A audiência a que se refere o caput será re- nar e exceções, o acusado poderá: alizada dentro dos trinta dias seguintes ao recebi- I – argüir preliminares e invocar todas as razões mento da denúncia, salvo se determinada a realiza- de defesa, oferecer documentos e justificações, es- ção de exame de dependência, quando se realizará pecificar as provas que pretende produzir e, até o nú- em sessenta dias. mero de cinco, arrolar testemunhas; Art. 42. Na audiência de instrução e julgamento, II – aceitar, nas hipóteses do § 1º do art. 39, a após o interrogatório do acusado e a inquirição das proposta de aplicação imediata de medidas educati- testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, vas. ao representante do Ministério Público e ao defensor § 2º Se a resposta não for apresentada no pra- do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de vin- zo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em dez te minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nome- critério do juiz. ação. Art. 43. Encerrados os debates, proferirá o juiz § 3º Apresentada a defesa, o juiz concederá o sentença de imediato, ou o fará em dez dias, orde- prazo de cinco dias para manifestar-se o represen- nando que os autos para isso lhe sejam conclusos. tante do Ministério Público e em igual prazo proferirá § 1º Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havi- decisão. do controvérsia, no curso do processo, sobre a natu- § 4º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo reza ou quantidade da substância ou do produto, ou máximo de dez dias, determinará a realização de dili- sobre a regularidade do respectivo laudo, determina- gências, exames, inclusive de dependência, e períci- rá que se proceda na forma do art. 8º, § 4º, preservan- as. do-se, para eventual contraprova, a fração que fixar. § 5º Nos casos em que houver continência, o § 2º Igual procedimento poderá adotar o juiz, em juiz, ao receber as defesas preliminares, promoverá, decisão motivada e ouvido o Ministério Público, quan- se, de modo diverso houver receio de que não sejam do a quantidade ou valor da substância ou do produto observados os prazos procedimentais previstos, a se- o indicar, precedendo a medida a elaboração e junta- paração das acusações. da aos autos do laudo toxicológico. § 6º Nos casos em que houver conexão entre Art. 44. O juiz, quando se reúnam prova de fato crimes previstos nesta Lei e em outra, imporá o juiz, descrito nos arts. 14, caput e § 1º, 15, 16, 17, 18 ou 05026 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 19, e indícios da autoria, ouvido o Ministério Público, trega ao acusado ou interessado, em caso de restitui- decretará, em vinte e quatro horas, durante o inquéri- ção, ou perda em favor da União. to ou no curso do processo, a prisão preventiva de § 2º Havendo absolvição, será o acusado res- seus autores, decorrendo da decisão respectiva a in- sarcido pelo prejuízo que sofrer em decorrência da disponibilidade cautelar e automática dos bens, direi- alienação referida no caput. tos e valores que lhes pertençam, que figurem em seu nome, e dos que constituam instrumento ou vanta- CAPÍTULO VI gem obtida com o ilícito. Dos Efeitos da Sentença § 1º Quando, nas hipóteses previstas no caput, Art. 46. A sentença condenatória, por crimes deixar de decretar as medidas previstas, o juiz deverá previstos nos arts. 14, caput e § 1º, 15, 16, 17, 18 ou fundamentar sua decisão. 19, negará ao acusado o direito de recorrer em liber- § 2º Ocorrida qualquer das hipóteses previstas dade e importará, ao trânsito em julgado, na perda, no caput ou no § 1º, determinará o juiz a apreensão, em favor do Fundo Nacional Antidrogas: a avaliação e o depósito dos bens móveis, valores em I – dos veículos, das embarcações, das aerona- espécie e títulos, o bloqueio de contas bancárias e a ves e de quaisquer outros meios de transporte, ma- inscrição das constrições nos cartórios e outros servi- quinário, utensílios, instrumentos e objetos de qual- ços de registro pertinentes. quer natureza empregados, reiteradamente ou não, § 3º Incumbe aos acusados, durante o curso do em sua prática, ainda que pertencentes ao terceiro, processo, em incidente específico e até a data da au- ressalvada nesse caso a comprovação, no curso do diência de instrução e julgamento, a comprovação da processo, de boa fé; origem lícita dos bens, direitos e valores sobre os II – dos bens, valores e direitos a que se refere o quais tenha recaído a constrição. art. 44, sempre que sua origem e propriedade lícitas § 4º Levantar-se-ão as constrições determina- não sejam nela reconhecidas; das: III – dos valores a que se refere o § lº do art. 45, I – quando for prolatada sentença absolutória; se não demonstradas a origem e a propriedade lícitas II – quando, por terceiro, forem comprovadas a dos bens e direitos de que tenham se originado. propriedade e a origem lícita do bem, direito ou valor; § 1º Havendo possibilidade, necessidade e inte- III – quando demonstrada pelo acusado a pro- priedade e origem lícita do bem; resse na utilização de qualquer dos bens menciona- dos no inciso I deste artigo, poderão estes, mediante IV – quando transite em julgado a decisão que não aceite ou rejeite a denúncia. autorização do juízo competente, ser utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção e Art. 45. No curso do processo, poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público, para assegurar repressão ao tráfico ilícito e ao uso indevido das subs- os efeitos patrimoniais decorrentes do provimento de- tâncias ou dos produtos que causem dependência fí- finitivo: sica ou psíquica, exclusivamente no interesse dessas I – determinar a alienação dos bens que perten- atividades. çam ou figurem em nome do acusado de quem se te- § 2º Recaindo a autorização sobre veículos, em- nha decretado a revelia e que não os tenha pessoal- barcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade mente reclamado em noventa dias contados da de- de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e con- cretação de sua prisão preventiva; trole a expedição de certificado provisório de registro II – determinar a alienação dos bens que, não se e licenciamento, em favor da instituição à qual tenha achando entre os referidos no § 1º do art. 46, sejam deferido o uso, ficando esta livre do pagamento de de conservação ou depósito especialmente onero- multas e encargos anteriores, bem como da incidên- sos, ou sujeitos a rápida depreciação; cia de tributos, enquanto durar a utilização. III – determinar a alienação dos bens que, não § 3º Transitada em julgado a sentença condena- se achando entre os mencionados nos incisos anteri- tória, o juiz do processo, de ofício ou a requerimento ores, sejam fungíveis. do Ministério Público, remeterá à Senad relação dos § 1º O produto da alienação a que aludem os in- bens, direitos e valores referidos nos incisos I, II e III, cisos I, II e III, que se dará em hasta pública precedida indicando, quanto aos primeiros, o local em que se de avaliação, permanecerá em conta judicial, até o encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder es- trânsito em julgado da decisão que determine sua en- tejam. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05027 Art. 47. A União, por intermédio da Senad, pode- as ou produtos capazes de causar dependência física rá firmar convênio com os Estados, com o Distrito Fe- ou psíquica e dependentes químicos. deral e com organismos orientados para a prevenção, Parágrafo único. As atividades de cooperação a repressão e o tratamento de usuários ou dependen- internacional dos órgãos governamentais brasileiros tes, com vistas na liberação de equipamentos e de re- nos planos bilateral e multilateral serão coordenadas cursos por ela arrecadados, para a implantação e pelo Ministério das Relações Exteriores, dando-se execução de programas de combate ao tráfico ilícito e prioridade à formação de comissões mistas. prevenção ao tráfico e uso indevidos de substâncias ou produtos que causem dependência física ou psí- CAPÍTULO VIII quica. Disposições Finais e Transitórias § 1º Compete à Senad a alienação dos bens Art. 50. As medidas educativas aplicadas pode- apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo rão ser revistas judicialmente, a qualquer tempo, me- perdimento tenha sido irrecorrivelmente decretado diante pedido expresso do agente, do seu defensor em favor da União. ou do Ministério Público. § 2º A Senad poderá firmar convênios de coope- Art. 51. O processo e o julgamento dos crimes ração, a fim de dar imediato cumprimento ao estabe- previstos nos arts. 14, 15, 16, 17, 18 e 19, se caracte- lecido no § 1º. rizado ilícito transnacional, são da competência da Art. 48. É passível de expulsão, na forma da le- Justiça Federal. gislação específica, o estrangeiro que comete qual- Parágrafo único. Os crimes praticados nos mu- quer dos crimes definidos nos arts. 14, 15, 16, 17, 18 nicípios que não sejam sede de Vara federal serão ou 19, tão logo cumprida a condenação imposta. processados e julgados na Vara federal da circunscri- ção respectiva. CAPÍTULO VII Art. 52. Os tribunais de justiça dos estados insti- Da Cooperação Internacional tuirão juizados especializados para o processo e jul- Art. 49. De conformidade com os princípios da gamento dos crimes definidos nesta Lei, vedada a não-intervenção em assuntos internos, da igualdade atribuição da competência aos juizados especiais cri- jurídica e do respeito à integridade territorial dos minais. Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em Art. 53. Sempre que conveniente ou necessário, vigor, e observado o espírito das Convenções das o juiz, de ofício, mediante representação do delegado Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos inter- de polícia, ou a requerimento do Ministério Público, nacionais sobre o combate ao problema mundial das determinará que se proceda, nos limites de sua juris- drogas, de que o Brasil é parte, o Governo brasileiro dição e na forma prevista no § 4º do art. 8º, à destrui- prestará, quando solicitado, cooperação a outros pa- ção de substâncias ou produtos capazes de causar íses e organismos internacionais e, quando neces- dependência física ou psíquica apreendidos em pro- sário, dos mesmos solicitará a colaboração, nas áre- cessos já encerrados. as de: Art. 54. Até que o Poder Público instale, nas I – intercâmbio de inteligência policial sobre pro- localidades com mais de cem mil habitantes, os dução e tráfico de substâncias ou produtos capazes serviços de recuperação de usuários e dependen- de causar dependência física ou psíquica e delitos tes que observem as regras previstas na RDC nº conexos, em especial o tráfico de armas, a lavagem 101, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de dinheiro e o desvio de precursores químicos; (ANVISA), fica suspensa a exigibilidade de cum- II – intercâmbio de informações policiais e judici- primento, pelas comunidades terapêuticas, das ais sobre produtores e traficantes de substâncias ou condições nela inseridas. produtos capazes de causar dependência física ou Art. 55. Esta lei entra em vigor quarenta e cinco psíquica e seus precursores químicos; dias após a sua publicação. III – intercâmbio de informações sobre legisla- Art. 56. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de ou- ções, experiências, projetos e programas voltados tubro de 1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de para a eliminação da demanda de drogas ilícitas, por 2002. meio de atividades de prevenção, tratamento, recu- Senado Federal, 20 de agosto de 2002. – Sena- peração e reinserção social de usuários de substânci- dor , Presidente do Senado Federal. 05028 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA II – perda de bens e valores; (Inciso acrescenta- SECRETARIA-GERAL DA MESA do pela Lei nº 9.714, de 25-11-98) III – (VETADO) (Inciso acrescentado pela Lei nº CONSTITUIÇÃO DA 9.714, de 25-11-98) REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL IV – prestação de serviço à comunidade ou a ...... entidades públicas; (Inciso I acrescentado pela Lei nº Art. 243. As glebas de qualquer região do País 7.209, de 11-7-84, renumerado e alterado pela Lei nº onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psi- 9.714, de 25-11-98) cotrópicas serão imediatamente expropriadas e es- V – interdição temporária de direitos; (Inciso II pecificamente destinadas ao assentamento de colo- acrescentado pela Lei nº 7.209, de 11-7-84 e renume- nos, para o cultivo de produtos alimentícios e medica- rado pela Lei nº 9.714, de 25-11-98) mentosos, sem qualquer indenização ao proprietário VI – limitação de fim de semana. (Inciso III e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. acrescentado pela Lei nº 7.209, de 11-7-84 e renume- Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor rado pela Lei nº 9.714, de 25-11-98) econômico apreendido em decorrência do tráfico ilíci- ...... to de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal espe- SEÇÃO III cializados no tratamento e recuperação de viciados e Da Pena de Multa no aparelhamento e custeio de atividades de fiscali- zação, controle, prevenção e repressão do crime de ...... tráfico dessas substâncias. CAPÍTULO III ...... Da Aplicação da Pena DECRETO Nº 2.661, DE 8 DE JULHO DE 1998. Fixação da pena Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos Regulamenta o parágrafo único do antecedentes, à conduta social, à personalidade do art. 27 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüên- de 1965 (Código Florestal), mediante o cias do crime, bem como ao comportamento da víti- estabelecimento de normas de precau- ma, estabelecerá, conforme seja necessário e sufici- ção relativas ao emprego do fogo em ente para reprovação e prevenção do crime: (Reda- práticas agropastoris e florestais, e dá ção dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-84) outras providências. I – as penas aplicáveis dentre as cominadas; ...... (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-84) II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos DECRETO-LEI Nº 2.848, limites previstos; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 11-7-84) III – o regime inicial de cumprimento da pena pri- Código Penal. vativa de liberdade; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-84) ...... IV – a substituição da pena privativa da liberda- TÍTULO V de aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Das Penas (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-84) ...... SEÇÃO II TÍTULO VIII Das Penas Restritivas de Direitos Da Extinção da Punibilidade Penas restritivas de direitos Extinção da punibilidade Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Re- Art. 107. Extingue-se a punibilidade: (Redação dação dada pela Lei nº 9.714, de 25-11-98) dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-84) I – prestação pecuniária; (Inciso acrescentado I – pela morte do agente; pela Lei nº 9.714, de 25-11-98) II – pela anistia, graça ou indulto; Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05029 III – pela retroatividade de lei que não mais con- privativas de liberdade. (Redação dada pela Lei nº sidera o fato como criminoso; 7.209, de 11-7-1984) IV – pela prescrição, decadência ou perempção; Prescrição depois de transitar em julgado sen- V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo tença final condenatória perdão aceito, nos crimes de ação privada; Art. 110. A prescrição depois de transitar em jul- VI – pela retratação do agente, nos casos em gado a sentença condenatória regula-se pela pena que a lei a admite; aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo an- VII – pelo casamento do agente com a vítima, terior, os quais se aumentam de um terço, se o conde- nos crimes contra os costumes, definidos nos Capítu- nado é reincidente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, los I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código; de 11-7-1984) VIII – pelo casamento da vítima com terceiro, § 1º A prescrição, depois da sentença condena- nos crimes referidos no inciso anterior, se cometidos tória com trânsito em julgado para a acusação, ou de- sem violência real ou grave ameaça e desde que a pois de improvido seu recurso, regula-se pela pena ofendida não requeira o prosseguimento do inquérito aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de policial ou da ação penal no prazo de 60 (sessenta) 11-7-1984) dias a contar da celebração; § 2º A prescrição, de que trata o parágrafo ante- IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos rior, pode ter por termo inicial data anterior à do rece- em lei. bimento da denúncia ou da queixa. (Redação dada Art. 108. A extinção da punibilidade de crime pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) que é pressuposto, elemento constitutivo ou circuns- Termo inicial da prescrição antes de transitarem tância agravante de outro não se estende a este. Nos julgado a sentença final crimes conexos, a extinção da punibilidade de um de- les não impede, quanto aos outros, a agravação da Art. 111. A prescrição, antes de transitar em jul- pena resultante da conexão. (Redação dada pela Lei gado a sentença final, começa a correr: (Redação nº 7.209, de 11-7-84) dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) I – do dia em que o crime se consumou; (Reda- Prescrição antes de transitar em julgado a sen- ção dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) tença II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a Art. 109. A prescrição, antes de transitar em jul- atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº gado a sentença final, salvo o disposto nos §§ lº e 2º 7.209, de 11-7-1984) do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da III – nos crimes permanentes, do dia em que pena privativa de liberdade cominada ao crime, verifi- cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº cando-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 7.209, de 11-7-1984) 11-7-84) IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alte- I – em 20 (vinte) anos, se o máximo da pena é ração de assentamento do registro civil, da data em superior a 12 (doze); que o fato se tornou conhecido. (Redação dada pela II – em 16 (dezesseis) anos, se o máximo da Lei nº 7.209, de 11-7-1984) pena é superior a 8 (oito) anos e não excede a 12 (doze); Termo inicial da prescrição após a sentença con- III – em 12 (doze) anos, se o máximo da pena é denatória irrecorrível superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito); Art. 112. No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: (Redação dada pela Lei IV – em 8 (oito) anos, se o máximo da pena é su- nº 7.209, de 11-7-1984) perior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); I – do dia em que transita em julgado a sentença V – em 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é condenatória, para a acusação, ou a que revoga a igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 suspensão condicional da pena ou o livramento con- (dois); dicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de VI – em 2 (dois) anos, se o máximo da pena é in- 11-7-1984) ferior a 1 (um) ano. II – do dia em que se interrompe a execução, Prescrição das penas restritivas de direito salvo quando o tempo da interrupção deva compu- Parágrafo único. Aplicam-se às penas restriti- tar-se na pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de vas de direito os mesmos prazos previstos para as 11-7-1984) 05030 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Prescrição no caso de evasão do condenado ou IV – pela sentença condenatória recorrível; (Re- de revogação do livramento condicional dação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) Art. 113. No caso de evadir-se o condenado ou V – pelo início ou continuação do cumprimento de revogar-se o livramento condicional, a prescrição da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de é regulada pelo tempo que resta da pena. (Redação 1º-4-1996) dada pela Lei nº 7.209, de 11/07/1984) VI – pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º-4-1996) Prescrição da multa § 1º Excetuados os casos dos incisosVeVIdes- Art. 114. A prescrição da pena de multa ocorre- te artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos re- rá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º-4-1996) lativamente a todos os autores do crime. Nos crimes I – em 2 (dois) anos, quando a multa for a única conexos, que sejam objeto do mesmo processo, es- cominada ou aplicada; (Inciso acrescentado pela Lei tende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer nº 9.268, de 1º-4-1996) deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) II – no mesmo prazo estabelecido para prescri- § 2º Interrompida a prescrição, salvo a hipótese ção da pena privativa de liberdade, quando a multa do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a cor- for alternativa ou cumulativamente cominada ou cu- rer, novamente, do dia da interrupção. (Redação mulativamente aplicada. (Inciso acrescentado pela dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) Lei nº 9.268, de 1º-4-1996) Art. 118. As penas mais leves prescrevem com as mais graves. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Redução dos prazos de prescrição 11-7-1984) Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de Art. 119. No caso de concurso de crimes, a ex- prescrição quando o criminoso era, ao tempo do cri- tinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada me, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da um, isoladamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada de 11-7-1984) pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) Perdão judicial Causas impeditivas da prescrição Art. 120. A sentença que conceder perdão judi- Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença cial não será considerada para efeitos de reincidên- final, a prescrição não corre: (Redação dada pela Lei cia. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) nº 7.209, de 11-7-1984) ...... I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da exis- TÍTULO XI tência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Dos crimes contra a Administração Pública 11-7-1984) ...... II – enquanto o agente cumpre pena no estran- geiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de CAPÍTULO II Dos Crimes Praticados Por 11-7-1984) Particular contra a Administração em geral Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre du- ...... rante o tempo em que o condenado está preso por Desobediência outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcio- nário público: Causas interruptivas da prescrição Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: meses, e multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) ...... I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) DECRETO-LEI Nº 3.689, II – pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 7.209, de 11-7-1984) Código de Processo Penal. III – pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11-7-1984) ...... Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05031 TÍTULO VI Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a Das questões e processos incidentes procedência da argüição, poderá ser sustado, a seu requerimento, o processo principal, até que se julgue ...... o incidente da suspeição. CAPÍTULO II Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o juiz que se julgar suspeito Das Exceções deverá declará-lo nos autos e, se for revisor, passar o Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: feito ao seu substituto na ordem da precedência, ou, I – suspeição; se for relator, apresentar os autos em mesa para nova II – incompetência de juízo; distribuição. III – litispendência; § 1º Se não for relator nem revisor, o juiz que IV – ilegitimidade de parte; houver de dar-se por suspeito, deverá fazê-lo verbal- V – coisa julgada. mente, na sessão de julgamento, registrando-se na Art. 96. A argüição de suspeição precederá a ata a declaração. qualquer outra, salvo quando fundada em motivo su- § 2º Se o presidente do tribunal se der por sus- perveniente. peito, competirá ao seu substituto designar dia para o Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar julgamento e presidi-lo. suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando o § 3º Observar-se-á, quanto à argüição de sus- motivo legal, e remeterá imediatamente o processo peição pela parte, o disposto nos arts. 98 a 101, no ao seu substituto, intimadas as partes. que lhe for aplicável, atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este artigo. Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por § 4º A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, funcionando como relator ela própria ou por procurador com poderes especiais, o presidente. aduzindo as suas razões acompanhadas de prova § 5º Se o recusado for o presidente do tribunal, o documental ou do rol de testemunhas. relator será o vice-presidente. Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz susta- Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do rá a marcha do processo, mandará juntar aos autos a Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, petição do recusante com os documentos que a ins- sem recurso, podendo antes admitir a produção de truam, e por despacho se declarará suspeito, orde- provas no prazo de 3 (três) dias. nando a remessa dos autos ao substituto. Art. 105. As partes poderão também argüir de Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz man- suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários dará autuar em apartado a petição, dará sua resposta ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e dentro em 3 (três) dias, podendo instruí-la e oferecer sem recurso, à vista da matéria alegada e prova ime- testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os diata. autos da exceção remetidos, dentro em 24 (vinte e Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser ar- quatro) horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o güida oralmente, decidindo de plano do presidente do julgamento. Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recu- § 1º Reconhecida, preliminarmente, a relevân- sado, não for imediatamente comprovada, o que tudo cia da argüição, o juiz ou tribunal, com citação das constará da ata. partes, marcará dia e hora para a inquirição das teste- Art. 107. Não se poderá opor suspeição às auto- munhas, seguindo-se o julgamento, independente- ridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão mente de mais alegações. elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo le- § 2º Se a suspeição for de manifesta improce- gal. dência, o juiz ou relator a rejeitará liminarmente. Art. 108. A exceção de incompetência do juízo Art. 101. Julgada procedente a suspeição, fica- poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito, no rão nulos os atos do processo principal, pagando o prazo de defesa. juiz as custas, no caso de erro inescusável; rejeitada, § 1º Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será declinatória, o feito será remetido ao juízo competen- imposta a multa de duzentos mil-réis a dois contos de te, onde, ratificados os atos anteriores, o processo réis. prosseguirá. 05032 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 § 2º Recusada a incompetência, o juiz continua- qüestro, em qualquer fase do processo ou ainda an- rá no feito, fazendo tomar por termo a declinatória, se tes de oferecida a denúncia ou queixa. formulada verbalmente. Art. 128. Realizado o seqüestro, o juiz ordenará Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz a sua inscrição no Registro de Imóveis. reconhecer motivo que o torne incompetente, decla- Art. 129. O seqüestro autuar-se-á em apartado rá-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, e admitirá embargos de terceiro. prosseguindo-se na forma do artigo anterior. Art. 130. O seqüestro poderá ainda ser embar- Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegiti- gado: midade de parte e coisa julgada, será observado, no I – pelo acusado, sob o fundamento de não te- que lhes for aplicável, o disposto sobre a exceção de rem os bens sido adquiridos com os proventos da in- incompetência do juízo. fração; § 1º Se a parte houver de opor mais de uma des- II – pelo terceiro, a quem houverem os bens sido sas exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou arti- transferidos a título oneroso, sob o fundamento de culado. tê-los adquirido de boa-fé. § 2º A exceção de coisa julgada somente poderá Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada ser oposta em relação ao fato principal, que tiver sido decisão nesses embargos antes de passar em julga- objeto da sentença. do a sentença condenatória. Art. 111. As exceções serão processadas em Art. 131. O seqüestro será levantado: autos apartados e não suspenderão, em regra, o an- I – se a ação penal não for intentada no prazo de damento da ação penal. 60 (sessenta) dias, contado da data em que ficar con- cluída a diligência; CAPÍTULO III II – se o terceiro, a quem tiverem sido transferi- Das Incompatibilidades e Impedimentos dos os bens, prestar caução que assegure a aplica- Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os ção do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Có- serventuários ou funcionários de justiça e os peritos digo Penal; ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, III – se for julgada extinta a punibilidade ou ab- quando houver incompatibilidade ou impedimento le- solvido o réu, por sentença transitada em julgado. gal, que declararão nos autos. Se não se der a abs- Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens tenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá móveis se, verificadas as condições previstas no art. ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo es- 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo XI tabelecido para a exceção de suspeição. do Título VII deste Livro. CAPÍTULO IV Art. 133. Transitada em julgado a sentença con- Do Conflito de Jurisdição denatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do inte- ressado, determinará a avaliação e a venda dos bens Art. 113. As questões atinentes à competência em leilão público. resolver-se-ão não só pela exceção própria, como Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será re- também pelo conflito positivo ou negativo de jurisdi- colhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao le- ção. sado ou a terceiro de boa-fé...... Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do in- diciado poderá ser requerida pelo ofendido em qual- CAPÍTULO VI quer fase do processo, desde que haja certeza da in- Das Medidas Assecuratórias fração e indícios suficientes da autoria. Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, Art. 135. Pedida a especialização mediante re- adquiridos pelo indiciado com os proventos da infra- querimento, em que a parte estimará o valor da res- ção, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro. ponsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bas- ou imóveis que terão de ficar especialmente hipoteca- tará a existência de indícios veementes da proveniên- dos, o juiz mandará logo proceder ao arbitramento do cia ilícita dos bens. valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel ou Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Mi- imóveis. nistério Público ou do ofendido, ou mediante repre- § 1º A petição será instruída com as provas ou sentação da autoridade policial, poderá ordenar o se- indicação das provas em que se fundar a estimação Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05033 da responsabilidade, com a relação dos imóveis que Art. 141. O seqüestro será levantado ou cance- o responsável possuir, se outros tiver, além dos indi- lada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu for cados no requerimento, e com os documentos com- absolvido ou julgada extinta a punibilidade. probatórios do domínio. Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover § 2º O arbitramento do valor da responsabilida- as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se de e a avaliação dos imóveis designados far-se-ão houver interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendi- por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avalia- do for pobre e o requerer. dor judicial, sendo-lhe facultada a consulta dos autos Art. 143. Passando em julgado a sentença con- do processo respectivo. denatória, serão os autos de hipoteca ou seqüestro remetidos ao juiz do cível (art. 63). § 3º O juiz, ouvidas as partes no prazo de 2 Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. (dois) dias, que correrá em cartório, poderá corrigir o 142, o Ministério Público poderão requerer no juízo cí- arbitramento do valor da responsabilidade, se lhe pa- vel, contra o responsável civil, as medidas previstas recer excessivo ou deficiente. nos arts. 134, 136 e 137. § 4º O juiz autorizará somente a inscrição da hi- ...... poteca do imóvel ou imóveis necessários à garantia da responsabilidade. LEI Nº 6.368, DE 21 DE OUTUBRO DE 1976 § 5º O valor da responsabilidade será liquidado Dispõe sobre medidas de prevenção definitivamente após a condenação, podendo ser re- e repressão ao tráfico ilícito e uso indevi- querido novo arbitramento se qualquer das partes do de substâncias entorpecentes ou que não se conformar com o arbitramento anterior à sen- determinem dependência física ou psí- tença condenatória. quica, e dá outras providências. § 6º Se o réu oferecer caução suficiente, em di- ...... nheiro ou em títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de man- LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 dar proceder à inscrição da hipoteca legal. Institui a Lei de Execução Penal. Art. 136. O seqüestro do imóvel poderá ser de- cretado de início, revogando-se, porém, se no prazo ...... de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de LEI Nº 7.560, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986 inscrição da hipoteca legal. Art. 137. Se o responsável não possuir bens Cria o Fundo de Prevenção, Recu- imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão peração e de Combate às Drogas de Abu- ser seqüestrados bens móveis suscetíveis de penho- so, dispõe sobre os bens apreendidos e ra, nos termos em que é facultada a hipoteca legal adquiridos com produtos de tráfico ilícito dos móveis. de drogas ou atividades correlatas, e dá § 1º Se esses bens forem coisas fungíveis e fa- outras providências. cilmente deterioráveis, proceder-se-á na forma do § ...... 5º do art. 120. § 2º Das rendas dos bens móveis poderão ser LEI Nº 9.807, DE 13 DE JULHO DE 1999 fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manu- Estabelece normas para a organiza- tenção do indiciado e de sua família. ção e a manutenção de programas espe- Art. 138. O processo de especialização da hipo- ciais de proteção a vítimas e a testemu- teca legal e do seqüestro correrão em auto apartado. nhas ameaçadas, institui o Programa Fe- Art. 139. O depósito e a administração dos bens deral de Assistência a Vítimas e a Teste- seqüestrados ficarão sujeitos ao regime do processo munhas Ameaçadas e dispõe sobre a civil. proteção de acusados ou condenados Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação polici- alcançarão também as despesas processuais e as al e ao processo criminal. penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao ofendido...... 05034 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995 tes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. Dispõe sobre os Juizados Especiais Art. 67. A intimação far-se-á por correspondên- Cíveis e Criminais e dá outras providên- cias. cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tratan- do-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante ...... entrega ao encarregado da recepção, que será obri- gatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por CAPÍTULO III Dos Juizados Especiais Criminais oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo Disposições Gerais de comunicação. Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por Parágrafo único. Dos atos praticados em au- Juízes togados ou togados e leigos, tem competência diência considerar-se-ão desde logo cientes as par- para a conciliação, o julgamento e a execução das in- tes, os interessados e defensores. frações penais de menor potencial ofensivo. Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do Art. 61. Consideram-se infrações penais de me- mandado de citação do acusado, constará a necessi- nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as dade de seu comparecimento acompanhado de ad- contravenções penais e os crimes a que a lei comine vogado, com a advertência de que, na sua falta, pena máxima não superior a um ano, excetuados os ser-lhe-á designado defensor público. casos em que a lei preveja procedimento especial. Art. 62. O processo perante o Juizado Especial SEÇÃO II orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalida- Da Fase Preliminar de, economia processual e celeridade, objetivando, Art. 69. A autoridade policial que tomar conheci- sempre que possível, a reparação dos danos sofridos mento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e pela vítima e a aplicação de pena não privativa de li- o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o au- berdade. tor do fato e a vítima, providenciando-se as requisi- SEÇÃO I ções dos exames periciais necessários. Da Competência e dos Atos Processuais Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a la- vratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Art. 63. A competência do Juizado será determi- juizado ou assumir o compromisso de a ele compare- nada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. cer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigi- Art. 64. Os atos processuais serão públicos e rá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz po- poderão realizar-se em horário noturno e em qual- derá determinar, como medida de cautela, seu afas- quer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. tamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. (Redação dada nela Lei nº 10.455, de Art. 65. Os atos processuais serão válidos sem- pre que preencherem as finalidades para as quais fo- 13-5-02) ram realizados, atendidos os critérios indicados no Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a víti- art. 62 desta lei. ma, e não sendo possível a realização imediata da § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem audiência preliminar, será designada data próxima, que tenha havido prejuízo. da qual ambos sairão cientes. § 2º A prática de atos processuais em outras co- Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer marcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua inti- de comunicação. mação e, se for o caso, a do responsável civil, na for- § 3º Serão objeto de registro escrito exclusiva- ma dos arts. 67 e 68 desta lei. mente os atos havidos por essenciais. Os atos reali- Art. 72. Na audiência preliminar, presente o re- zados em audiência de instrução e julgamento pode- presentante do Ministério Público, o autor do fato e a rão ser gravados em fita magnética ou equivalente. vítima e, se possível, o responsável civil, acompanha- Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no pró- dos por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a prio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. possibilidade da composição dos danos e da aceita- Parágrafo único. Não encontrado o acusado ção da proposta de aplicação imediata de pena não para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existen- privativa de liberdade. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05035 Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior ou por conciliador sob sua orientação. caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferen- deste artigo não constará de certidão de anteceden- temente entre bacharéis em Direito, excluídos os que tes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo exerçam funções na administração da Justiça Crimi- dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos inte- nal. ressados propor ação cabível no juízo cível. Art. 74. A composição dos danos civis será re- SEÇÃO III duzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante Do Procedimento Sumaríssimo sentença irrecorrível, terá eficácia de titulo a ser exe- cutado no juízo civil competente. Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de quando não houver aplicação de pena, pela ausência iniciativa privada ou de ação penal pública condicio- do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese nada à representação, o acordo homologado acarre- prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público ofe- ta a renúncia ao direito de queixa ou representação. recerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não Art. 75. Não obtida a composição dos danos ci- houver necessidade de diligências imprescindíveis. vis, será dada imediatamente ao ofendido a oportuni- § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será dade de exercer o direito de representação verbal, elaborada com base no termo de ocorrência referido que será reduzida a termo. no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito polici- Parágrafo único. O não oferecimento da repre- al, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quan- do a materialidade do crime estiver aferida por bole- sentação na audiência preliminar não implica deca- tim médico ou prova equivalente. dência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Mi- Art. 76. Havendo representação ou tratando-se nistério Público poderá requerer ao Juiz o encami- de crime de ação penal pública incondicionada, não nhamento das peças existentes, na forma do pará- sendo caso de arquivamento, o Ministério Público po- grafo único do art. 66 desta lei. derá propor a aplicação imediata de pena restritiva de § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido po- direitos ou multas, a ser especificada na proposta. derá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verifi- § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a úni- car se a complexidade e as circunstâncias do caso ca aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. determinam a adoção das providências previstas no § 2º Não se admitirá a proposta se ficar compro- parágrafo único do art. 66 desta lei. vado: Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será re- I – ter sido o autor da infração condenado, pela duzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que prática de crime, à pena privativa de liberdade, por com ela ficará citado e imediatamente cientificado da sentença definitiva; designação de dia e hora para a audiência de instru- II – ter sido o agente beneficiado anteriormente, ção e julgamento, da qual também tomarão ciência o no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restri- Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e tiva ou multa, nos termos deste artigo; seus advogados. III – não indicarem os antecedentes, a conduta § 1º Se o acusado não estiver presente, será ci- social e a personalidade do agente, bem como os mo- tado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientifica- tivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a do da data da audiência de instrução e julgamento, adoção da medida. devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e requerimento para intimação, no mínimo cinco dias seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. antes de sua realização. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público § 2º Não estando presentes o ofendido e o res- aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena ponsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 restritiva de direitos ou multa, que não importará em desta Lei para comparecerem à audiência de instru- reincidência, sendo registrada apenas para impedir ção e julgamento. novamente o mesmo benefício no prazo de cinco § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas anos. na forma prevista no art. 67 desta lei. 05036 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Art. 79. No dia e hora designados para a audiên- § 2º Quando opostos contra sentença, os em- cia de instrução e julgamento, se na fase preliminar bargos de declaração suspenderão o prazo para o re- não tiver havido possibilidade de tentativa de concilia- curso. ção e de oferecimento de proposta pelo Ministério Pú- § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de blico, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e ofício. 75 desta lei. Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando SEÇÃO IV o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva Da Execução de quem deva comparecer. Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra seu cumprimento far-se-á mediante pagamento na ao defensor para responder à acusação, após o que o Secretaria do Juizado. Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; haven- Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz do recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemu- declarará extinta a punibilidade, determinando que a nhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir condenação não fique constando dos registros crimi- o acusado, se presente, passando-se imediatamente nais, exceto para fins de requisição judicial. aos debates orais e à prolação da sentença. Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, § 1º Todas as provas serão produzidas na au- será feita a conversão em pena privativa da liberda- diência de instrução e julgamento, podendo o Juiz li- de, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em mitar ou excluir as que considerar excessivas, imper- lei. tinentes ou protelatórias. Art. 86. A execução das penas privativas de li- § 2º De todo o ocorrido na audiência será lavra- berdade e restritivas de direitos, ou de multa cumula- do termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo da com estas, será processada perante o órgão com- breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em au- petente, nos termos da lei. diência e a sentença. § 3º A sentença, dispensado o relatório, mencio- SEÇÃO V nará os elementos de convicção do Juiz. Das Despesas Processuais Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou Art. 87. Nos casos de homologação do acordo queixa e da sentença caberá apelação, que poderá civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou multa ser julgada por turma composta de três Juizes em (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas processuais serão exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na reduzidas, conforme dispuser lei estadual. sede do Juizado. § 1º A apelação será interposta no prazo de dez SEÇÃO VI dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Disposições Finais Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. da legislação especial, dependerá de representação § 2º O recorrido será intimado para oferecer res- a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais posta escrita no prazo de dez dias. leves e lesões culposas. § 3º As partes poderão requerer a transcrição da Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima comi- gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. nada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não 65 desta lei. por esta lei, o Ministério Público, ao oferecer a denún- § 4º As partes serão intimadas da data da ses- cia, poderá propor a suspensão do processo, por dois são de julgamento pela imprensa. a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo § 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios processado ou não tenha sido condenado por outro fundamentos, a súmula do julgamento servirá de crime, presentes os demais requisitos que autorizari- acórdão. am a suspensão condicional da pena (art. 77 do Códi- Art. 83. Caberão embargos de declaração quan- go Penal). do, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu de- contradição, omissão ou dúvida. fensor, na presença do Juiz, este, recebendo a de- § 1º Os embargos de declaração serão opostos núncia, poderá suspender o processo, submetendo o por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, con- acusado a período de prova, sob as seguintes condi- tados da ciência da decisão. ções: Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05037 I – reparação do dano, salvo impossibilidade de Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses- fazê-lo; senta dias após a sua publicação. II – proibição de freqüentar determinados luga- Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de res; abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro de III – proibição de ausentar-se da comarca onde 1984. reside, sem autorização do Juiz; ...... IV – comparecimento pessoal e obrigatório a juí- LEI Nº 10.409, DE 11 DE JANEIRO DE 2002 zo, mensalmente, para informar e justificar suas ativi- dades. Mensagem de veto § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que ade- Dispõe sobre a prevenção, o trata- quadas ao fato e à situação pessoal do acusado. mento, a fiscalização, o controle e a re- pressão à produção, ao uso e ao tráfico § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro ilícitos de produtos, substâncias ou dro- crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a repa- gas ilícitas que causem dependência físi- ração do dano. ca ou psíquica, assim elencados pelo Mi- § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acu- nistério da Saúde, e dá outras providên- sado vier a ser processado, no curso do prazo, por cias. contravenção, ou descumprir qualquer outra condi- ção imposta...... § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz de- (Às Comissões de Assuntos Sociais e clarará extinta a punibilidade. de Constituição, Justiça e Cidadania.) § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) – O Substitu- § 7º Se o acusado não aceitar a proposta previs- tivo da Câmara dos Deputados que acaba de ser lido ta neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulte- é originário do Projeto de Lei do Senado nº 115, de riores termos. 2002, de iniciativa da Comissão Mista de Segurança Pública. Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos processos penais cuja instrução já estiver inicia- Tendo em vista que a mencionada Comissão foi da. Art. 90-A. As disposições desta Lei não se apli- extinta após haver concluído seus trabalhos, a Presi- cam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela dência despacha a proposição às comissões mais Lei nº 9.839. de 27-9-99) pertinentes para o assunto, ou seja, as Comissões de Assuntos Sociais e de Constituição, Justiça e Cidada- Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exi- nia. gir representação para a propositura da ação penal O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) Não há pública, o ofendido ou seu representante legal será mais oradores inscritos. intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. Os Srs. Senadores Mozarildo Cavalcanti, Ro- mero Jucá, Valmir Amaral, Eduardo Azeredo, Leonel Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi- Pavan, Edison Lobão e Arthur Virgílio enviaram dis- ções dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que cursos à Mesa para serem publicados na forma do não forem incompatíveis com esta Lei. disposto no art. 203, combinado com o art. 210, inciso CAPÍTULO IV I e o § 2º, Regimento Interno. Disposições Finais Comuns S. Exªs serão atendidos. Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de O SR MOZARILDO CAVALCANTI (PPS – RR. Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organiza- Sem apanhamento taquigráfico.) – Sr Presidente, ção, composição e competência. Srªs e Srs Senadores, os conflitos em torno da de- Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser marcação de áreas reservadas a indígenas que re- prestados, e as audiências realizadas fora da sede da centemente eclodiram nos Estados de Roraima e de Comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes, Mato Grosso do Sul chamaram a atenção do Con- ocupando instalações de prédios públicos, de acordo gresso para uma questão importante, em cujo âmbito com audiências previamente anunciadas. vem reinando, há muito tempo, uma inaceitável ca- Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territóri- rência de boa ordem institucional e legal. os criarão e instalarão os Juizados Especiais no pra- Tanto o Senado como a Câmara têm toda a ra- zo de seis meses, a contar da vigência desta Lei. zão ao mobilizarem ações de investigação desses 05038 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 conflitos, pela alta relevância que representam diante posta de Emenda à Constituição conhecida como dos interesses dos Estados e da União. Contudo, não PEC nº 38, de 1999, que dá ao Senado a competên- basta investigar e ouvir as partes em audiências. É cia para aprovar a demarcação de terras indígenas. preciso que o Congresso legisle sobre a questão de Esse arranjo institucional seria o que melhor serviria demarcação das terras indígenas, pois o que temos aos interesses do País. hoje em matéria de legislação sobre esse assunto é Considerando o desenrolar dessa questão, es- altamente deficiente: vai desde a debilidade e a insu- tou apresentando, nestes dias, um novo projeto, des- ficiência dos atuais diplomas legais até o intolerável ta vez de lei ordinária, segundo o qual toda demarca- vazio institucional, devido ao qual um órgão de tercei- ção de terras indígenas deve passar pelo crivo do ro nível, como a FUNAI, passa a decidir sobre os des- Conselho de Defesa Nacional. Como estabelece o ar- tinos do território brasileiro. tigo 91 da Constituição, esse Conselho é formado Nesse ambiente legal e institucionalmente con- pelo Vice-Presidente da República, pelos Presiden- fuso, prosperam ações particularistas e ideologias tes da Câmara e do Senado, pelos Ministros da Justi- fundamentalistas, em detrimento do interesse nacio- ça, da Defesa, das Relações Exteriores e do Planeja- nal e contrariando os anseios da sociedade brasileira mento, bem como pelos Comandantes da Marinha, em ver a questão indígena tratada com bom senso e do Exército e da Aeronáutica. em obediência à Constituição. No caso de Roraima, Creio, Sr. Presidente, que, enquanto não se mo- os radicais ideológicos vêm frustrando os interesses difica a Constituição para dar ao Senado a competên- dos próprios índios. cia para aprovar as demarcações propostas pela Se, por um lado, o artigo 231 da Constituição as- FUNAI, deve-se, ao menos, ter a segurança de que o segura a demarcação de reservas nas áreas tradicio- retalhamento do território brasileiro passe pelo exame nalmente habitadas por índios, temos, por outro lado, daquele alto Conselho republicano. É do interesse da o artigo 91, que, no inciso III do seu § 1º, avoca ao sociedade brasileira. É do interesse dos Estados e da Conselho de Defesa Nacional questões atinentes ao União que assim, de maneira elevada, seja tratada a uso do território nacional, com especial ênfase às que complexa questão da demarcação de terras indíge- envolvem recursos naturais e faixa de fronteira. nas. E é do interesse do Brasil. Já o artigo 20 da Constituição, em seu § 2º, Muito obrigado. manda regular por lei a utilização da faixa de fronteira, O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Sem apa- considerada fundamental para a defesa do território nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. nacional. Quando existia o antigo Conselho de Segu- Senadores, ocupo a tribuna para louvar a atuação do rança Nacional, lei não mais em vigência fazia passar Ministério da Saúde no ano de 2003, primeiro entre os por aquele Conselho tudo que se referisse à faixa de quatro do mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da fronteira. Seu sucessor, o Conselho de Defesa Nacio- Silva. Ao folhear a publicação que presta contas so- nal, tem se omitido em relação a essa questão. O bre a atuação do Ministério no ano passado, pude País está a exigir lei que organize esses assuntos. averiguar o esforço que vem sendo feito pelo compe- A competência quase terminativa da FUNAI tente Ministro Humberto Sérgio Costa Lima, bem para decidir sobre o destino dos territórios dos Esta- como por toda a sua equipe, para bem atender a po- dos e da União constitui um arranjo deformado e per- pulação brasileira em uma das áreas mais sensíveis e verso. Ela resulta de uma interpretação do artigo 19 mais importantes para o bem-estar social. do Estatuto do Índio de 1973, Lei 6.001/73. Os proce- Gostaria de passar a enumeração de algumas dimentos de demarcação são, atualmente, regidos das mais importantes ações que foram realizadas pelo Decreto nº 1.775, de 1996. Nas demarcações pelo Ministério na área da saúde. tem tido influência decisiva o estudo antropológico Em primeiro lugar, para bem realizar sua mis- patrocinado pela FUNAI. Ora, em muitas situações, são, com eficiência, economia de recursos e de esfor- outros fatores, além do laudo antropológico, têm que ços, houve uma reestruturação administrativa no Mi- ser levados em consideração, o que não se vem dan- nistério. Quatro secretarias foram remodeladas, de do, devido a estar a FUNAI, para fins práticos, nas modo a conferir importância a algumas funções pri- mãos dos interesses particularistas de ideólogos radi- mordiais que se encontravam dispersas e desarticu- cais e de “ongueiros”, pretensamente defensores das ladas na estrutura administrativa anterior. Assim, à comunidades indígenas. Secretaria-Executiva somaram-se a Secretaria de Essa situação é exacerbada, quando sabemos Atenção à Saúde; a Secretaria de Vigilância em Saú- que os laudos antropológicos podem distorcer a reali- de; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos dade e a verdade, e freqüentemente o fazem. Estratégicos; a Secretaria de Gestão do Trabalho e Por todas essas razões, eu e vários colegas Se- da Educação na Saúde; e a Secretaria de Gestão nadores apresentamos ao Senado, em 1999, a Pro- Participativa. Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05039 Com estrutura mais eficiente, foi possível cum- e das práticas desportivas no progresso das socieda- prir melhor as atividades-fim do Ministério. des humanas. Foram aumentadas as verbas para execução A percepção do valor das atividades esportivas das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) e da para a formação do caráter dos jovens e para a manu- assistência prestada pelo sistema. Isso ocorreu des- tenção da saúde física e mental é antiqüíssima, re- de as ações mais básicas e preventivas, como as do montando aos primórdios das civilizações. A milenar Programa de Saúde da Família, até os atendimentos medicina ayurvédica, da Índia, prescreve enfatica- mais complexos, como os realizados nas unidades de mente a prática da ioga, com suas posturas – os cha- terapia intensiva. mados ássanas – de múltiplos benefícios para os di- Também foram reajustados os valores de con- versos órgãos, funções e sistemas do organismo. A sultas e procedimentos médicos no âmbito do SUS. arte marcial chinesa conhecida como kung fu ou wu Em vários Municípios, foram criadas redes de shu vem sendo transmitida de geração em geração, serviço de resgate móvel emergencial, dentro de uma aperfeiçoada e desenvolvida há nada menos do que política de atenção às urgências. 5 mil anos, e é diariamente praticada por milhões de Foram ampliados os recursos disponíveis para hineses de todas as idades. Aliás, é muito interes - Estados e Municípios, mediante convênio, para pre- sante observar nessas formas de cultura física orien- venção e controle de doenças endêmicas, como den- tais o seu simultâneo caráter de técnicas de desen- gue, malária e hanseníase. volvimento espiritual. Na área farmacêutica, o Ministério vem esten- Nas antigas civilizações do Ocidente, o enfoque dendo parcerias com laboratórios oficiais, para au- não era diferente. Na Europa, como se sabe, o primei- mentar a oferta de medicamentos mais baratos e de ro povo a atingir um elevado grau civilizatório foi o qualidade à população, abastecendo a rede de far- grego, e uma das inúmeras heranças deixadas pelos mácias do SUS. Da mesma forma, está-se intensifi- helenos para o mundo moderno foi a Educação Físi- cando a fiscalização dos medicamentos existentes no ca. Entre espartanos e atenienses, o esportista ocu- mercado e combatendo sua falsificação. pava lugar de destaque. O valor dos exercícios físicos Quanto à AIDS, doença cuja política de preven- era de tal forma reconhecido por Aristóteles e Hipó- ção e de assistência vem distinguindo o Brasil já faz crates, que eles chegavam mesmo a afirmar que a alguns anos, ampliou-se o acesso da população a educação do corpo devia anteceder à do intelecto. preservativos, por meio de um programa pioneiro de Um dos maiores luminares da Grécia clássica, o filó- distribuição em escolas. sofo Sócrates, afirmou: “Que desgraça é para o ho- Programas específicos também foram criados mem envelhecer sem nunca ter visto a beleza nem no caso do atendimento à mulher e aos doentes men- conhecido a força que seu corpo é capaz de produ- tais. As campanhas contra o consumo do tabaco e do zir.” Já os latinos formularam o celebérrimo brocardo álcool estiveram presentes na mídia durante o ano in- mens sana in corpore sano. teiro e nos rótulos dos cigarros. Vale menção, igualmente, à realização do Fó- Na verdade, é lícito supor que, depois da ali- rum Nacional de Saúde Suplementar, que discutiu as mentação, a mais remota ação do homem sobre a regras do setor de planos de saúde, da I Conferência face da Terra tenha sido aquilo que hoje conhecemos Nacional de Assistência Farmacêutica, e da XII Con- como esporte. Afinal, o homem faz uso de seu corpo ferência Nacional de Saúde. para a conquista desde tempos pré-históricos, na me- Por todas essas realizações e pela disposição dida em que, quando fugia de animais ferozes ou luta- de trabalhar com criatividade para bem servir ao povo va por áreas e domínios, estava, de certa forma, com- brasileiro, gostaria de me congratular com os funcio- petindo. nários do Ministério da Saúde, desejando-lhes um Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, do ponto ano de 2004 melhor ainda em termos de novas con- de vista social, da formulação das políticas públicas, o quistas. esporte deve merecer especial atenção, haja vista o Era o que tinha a dizer. papel que pode desempenhar na melhoria da saúde, O SR. VALMIR AMARAL (PMDB – DF. Sem no incremento da auto-estima, na aquisição de disci- apanhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e plina, na educação para as relações sociais. Com efe- Srs. Senadores, a comemoração, neste dia 19 de fe- ito, as práticas esportivas devem ser encaradas como vereiro, de mais um Dia do Esportista enseja oportu- um dos métodos mais eficazes de que dispomos para nidade não apenas de nos congratularmos com todos bem encaminhar nossa juventude, na certeza de que aqueles que se dedicam à atividade esportiva compe- estaremos formando cidadãos mais saudáveis, côns- titiva, mas também de refletirmos sobre a grande rele- cios, solidários e bem integrados à vida em comuni- vância da atividade física na vida do cidadão comum dade. Ao mesmo tempo em que aprimora a forma físi- 05040 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 ca, o esporte desenvolve a mente, veiculando aos jo- Mundo, as chances do Brasil são consideráveis, haja vens importantes lições de convivência social. vista ser o único candidato e considerando-se o reve- No âmbito da educação escolar, observa-se zamento entre os continentes instituído pela FIFA que os esportes vêm assumindo papel cada vez mais (Fédération Internationale de Football Association). destacado nas instituições educacionais brasileiras. Os atletas brasileiros já mostraram que podem A preocupação das direções pedagógicas com o obter excelentes colocações nas disputas, mas a tema tem crescido, a partir da percepção de que a concretização desse potencial exige investimento ex- busca do desenvolvimento nos esportes constitui efi- pressivo e continuado. É preciso definir modalidades caz instrumento de incentivo aos alunos. A prática es- prioritárias e começar logo o trabalho de formação de portiva como instrumento educacional visa ao desen- novos atletas. É bom lembrar que cada conquista ex- volvimento integral das crianças, jovens e adolescen- pressiva de um esportista brasileiro numa competição tes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, internacional representa notável estímulo para que desejos e expectativas, bem como com as necessida- milhões de crianças e jovens se iniciem ou se apro- des, expectativas e desejos dos outros, de forma que fundem nas diversas modalidades esportivas. ele possa desenvolver as competências técnicas, so- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para ciais e comunicativas essenciais para o seu processo além do culto ao corpo, da vaidade que faz lotarem as de desenvolvimento individual e social. academias, o esporte tem, como pudemos explanar Deve-se ressaltar que o esporte, como instru- ao longo desta fala, um significado muito mais amplo mento pedagógico, precisa integrar-se às finalidades e muito mais profundo. Esporte é saúde física e men- gerais da educação, de desenvolvimento das indivi- tal; é disciplina; é formação do caráter; é aprendizado dualidades, de formação para a cidadania e de orien- de paciência e de estratégia; é caminho para o incre- tação para a prática social. Além de ampliar o campo mento da auto-estima; é instrumento para dar vazão experimental do indivíduo, a prática esportiva cria às pressões internas, assegurando o equilíbrio emo- obrigações, estimula a personalidade intelectual e fí- cional; é laboratório vivo de interação social, de soli- sica e oferece oportunidades reais de integração so- dariedade, de submissão às regras; pode, inclusive, cial. ser senda de desenvolvimento espiritual. Para um Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de fato, atleta, um esportista, é também jornada de realização investir na área esportiva significa desenvolver me- pessoal e profissional. lhor a população. Para isso, contudo, não basta con- O trabalho cotidiano do esportista é o de dar o centrar recursos em uma única modalidade ou em ati- melhor emprego a sua força, sua habilidade, sua inte- vidades de base, por exemplo. Todos os setores do ligência para superar os próprios limites. O resultado esporte devem ser contemplados. correlato é atingir índices elevados, alcançar a glória e os aplausos do público. Quando o esportista cruza a Para desenvolver suas ações, o Ministério do linha de chegada, ou o árbitro da disputa determina Esporte conta com a colaboração das universidades seu encerramento, estamos presenciando o clímax brasileiras, entendendo que elas são foros privilegia- de uma labuta hercúlea para atingir o ápice do condi- dos para a criação de novas tecnologias educaciona- cionamento corporal e mental, visando à vitória. O is que aliem o esporte e a escola. Essa ampliação da exaustivo trabalho do esportista encerra em si o dese- oferta de práticas esportivas nos estabelecimentos jo de perfeição, a idéia de totalidade. Esse é o ideal escolares, especialmente os das redes públicas, é que o atleta perseguirá ao longo de toda a sua vida fundamental para assegurar a consecução de um dos dedicada ao esporte. principais objetivos da política governamental para o setor, qual seja a democratização do acesso à prática Por isso, Srªs e Srs. Senadores, aproveito o en- esportiva, principalmente no que diz respeito às po- sejo do 19 de fevereiro para cumprimentar todos os pulações de baixa renda. O Governo aposta nos es- esportistas brasileiros, de todas as modalidades, os portes como eficaz instrumento para alcançar melhor quais, nos mais diversos esportes, labutam diaria- desenvolvimento humano, para ajudar a corrigir as mente, dando o melhor de si nos clubes, nas escolas, desigualdades e, também, para formar plenamente a nas entidades, nas agremiações. Fazendo do esporte juventude. um motivo de engrandecimento pessoal, de supera- ção de metas, eles têm contribuído, inúmeras vezes, Um outro aspecto que está a requerer a atenção para elevar o nome do Brasil ao seu merecido lugar. do Governo, do Poder Legislativo e do conjunto da Parabéns a vocês, esportistas do Brasil! sociedade brasileira é a necessidade de o Brasil pas- se a investir mais na formação de atletas de competi- Era o que eu tinha a dizer. ção. Afinal, o País será a sede dos Jogos Pan-ameri- Muito obrigado. canos em 2007 e pleiteia sediar as Olimpíadas de O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB – MG. 2012 e a Copa do Mundo de 2014. Para a Copa do Sem apanhamento taquigráfico.) – Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05041 HISTÓRIA MAL CONTADA Sr. Presidente, requeiro que os artigos intitula- dos “O governo do PT foge da CPI” e “Queimando Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a pela borda”, de autoria dos jornalistas acima citados, tribuna neste momento para registrar dois artigos pu- sejam dados como lidos e considerados como parte blicados no Jornal do Brasil, de 18 de fevereiro do integrante deste pronunciamento. corrente, que tratam do escândalo que contamina o Os textos são os seguintes: governo Lula nesse momento. Os artigos, de autoria dos jornalistas Vil- DOCUMENTOS A QUE SE REFERE las-Bôas Corrêa e Milton Temer, mostram que não se O SR. SENADOR EDUARDO AZEREDO sabe muito bem ainda o que se esconde por trás des- EM SEU PRONUNCIAMENTO. sas denúncias. A CPI, com uma presença atuante da (Inseridos nos termos do art. 210, inci- oposição, seria um bom lugar para apurar os fatos. so I e § 2º do Regimento Interno.) 05042 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05043

O SR. LEONEL PAVAN (PSDB – SC. Sem apa- Sr. Presidente, não havia outro assunto no final nhamento taquigráfico.). de semana. Citado como “articulador de Lula”, “Ho- mem de Dirceu no Congresso”, “Amigo do Minis- ESCÂNDALO NO PLANALTO tro-Chefe”, “Homem de confiança”, as matérias mos- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tram que o ex-Subchefe de Assuntos Parlamentares tribuna neste momento para comentar o assunto que da Presidência da República, Waldomiro Diniz, é pes- dominou o noticiário nesse último fim de semana. Di- soa que sempre teve “livre trânsito” no PT e circulava versas matérias veiculadas na televisão, em revistas com desenvoltura no Congresso Nacional. e jornais de todo o País trouxeram à tona um escân- dalo que envolve um ex-assessor direto do Planalto O governo poderia ter evitado essa crise se ti- em caso de corrupção para financiamento de campa- vesse apurado, de imediato, todas as denúncias que nhas eleitorais. envolvem o ex-assessor há bastante tempo. 05044 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Para que conste dos Anais do Senado, requeiro, DOCUMENTOS A QUE SE REFERE Sr. Presidente, que os artigos que encaminho em O SR. SENADOR LEONEL PAVAN EM anexo sejam considerados como parte deste pronun- SEU PRONUNCIAMENTO. ciamento. (Inseridos nos termos do art. 210, inci- so I e § 2º do Regimento Interno.) Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05045 05046 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05047 05048 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05049 05050 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05051 05052 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05053 05054 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05055 05056 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05057 05058 Sexta-feira 20 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Fevereiro de 2004 O SR. EDSON LOBÃO (PFL – MA. Sem apa- Em trechos desse referido editorial, registra o nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. The New York Times: Senadores. é dever dos governos apoiar e estimular os que produzem, criando as condições para o de- (...) a agricultura permanece como senvolvimento e o sucesso dos empreendimentos uma mancha hipócrita em nosso fervoroso que resultem em bem-estar das nações. Afogada em credo no mercado livre... tarifas exorbitantes, enredada em processos burocrá- ticos ou asfixiada pela impossibilidade de crédito fácil O jornal nova-iorquino elogiou a iniciativa de a juros razoáveis, não há iniciativa que suporte a mão Brasil, China e Índia em formar o G-20, para forçar a pesada do Estado. discussão do protecionismo agrícola dos ricos, e criti- Creio que não mereceu a devida repercussão o cou a postura dos EUA nessas negociações, dizendo grave editorial do The New York Times –umdos que a Casa Branca perdeu uma boa oportunidade de principais jornais americanos –, publicado a 31 de de- superar interesses mesquinhos dos agricultores ame- zembro passado, no qual são renovadas acerbas crí- ricanos e avançar na abertura comercial. ticas à política de comércio exterior do seu país. Tal A propósito, a coluna de Clóvis Rossi na Folha matéria jornalística foi elaborada após visitas, durante de S.Paulo, de 3 deste mês, narra que a embaixada seis meses, de seus especialistas às mais diversas do Brasil em Washington há anos faz um levantamen- áreas agrícolas do mundo. to completo de todas as barreiras que os Estados Uni- O jornal enfatiza aquilo que nós, brasileiros, já dos impõem aos produtos brasileiros. O diplomata sabemos e sofremos na carne: os incríveis subsídios Régis Arslanian – hoje um dos principais negociado- à agricultura doados não só pelo governo norte-ame- res brasileiros na Alca – passou quatro anos na em- ricano, como igualmente pelos governos do Japão e baixada em Washington, envolvido na elaboração os europeus, que estimulam os seus produtores à for- dessa lista. E informa esse diplomata que, nesses mação de estoques que, por sua vez, forçam para ba- quatro anos, os americanos concederam tirar da lista ixo os preços das commodities. apenas o mamão papaia... Registra o editorial: Srªs e Srs. Senadores, é o caso de se indagar: e aí, como devem ficar nossas relações econômicas e O mais embaraçoso para um america- diplomáticas com os nossos próprios algozes?... no é dar-se conta de que a cultura por trás A atuação do Presidente Lula da Silva, em rela- das políticas agrícolas do nosso país, com ção ao governo norte-americano, tem sido interpreta- suas barreiras comerciais e os bilhões de da como bastante audaciosa, e às vezes até batizada dólares em subsídios, contribui poderosa- de ‘provocadora’, como se irresponsavelmente esti- mente para o atraso e as dificuldades vivi- vesse pegando pelo rabo o furioso leão... das pelos produtores rurais dos países po- No entanto, o nosso Presidente está dando ape- bres e em desenvolvimento... nas ênfase, com a sua formação de agressivo líder sindicalista, à indignação dos brasileiros que têm Segundo o The New York Times, os países ri- consciência do quanto estamos sendo explorados cos aplicam por dia cerca de UM BILHÃO DE por governos de alto desenvolvimento, que se dizem DÓLARES em subsídios aos seus produtores. Em “nossos amigos”. função disso, recentemente os fazendeiros america- E vê-se que o nosso Presidente tem conquista- nos conseguiram derrubar os preços do algodão, tri- do o apoio de formadores de opinião como o The go, arroz e milho, entre outros produtos dos países New York Times – e, por conseqüência, de grande em desenvolvimento, porque os preços baixos não parcela da opinião pública norte-americana –, que pa- cobrem sequer os custos da produção. Isto, ainda se- rece estimulá-lo a continuar pegando o leão pelo gundo o jornal, está provocando não apenas um au- rabo... mento da pobreza mundial, mas gerando um justo Na verdade, a grande nação do Norte está dia a ressentimento em relação aos países ricos. dia comprometendo, por pressão de alguns dos seus É o próprio Banco Mundial que convalida o es- setores agrícolas, o antigo fervor do seu povo pelo cândalo dos subsídios que distorcem o comércio, ao mercado livre. Os EUA não podem exigir dos países concluir que o fim dessas doações ampliaria a riqueza em desenvolvimento a adoção de um ideal liberal que global em US$ 500 bilhões e tiraria 150 milhões de eles próprios só professam em tese, mas deixam de pessoas da pobreza até 2015. praticá-lo nos instantes em que parcelas dos seus Fevereiro de 2004 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 20 05059 produtores mostram-se incompetentes para enfrentar te um esporte não-social?Ouumesporte anti-social? os pobres numa concorrência global em pé de igual- Ele diz apenas que uma nova loto, que ele chama de dade. Timemania vai render R$80 milhões anualmente para Esses detalhes de política internacional, Sr. os clubes de futebol e para o Ministério dos Esportes. Presidente, são conhecidos, mas precisam ser repi- O Presidente não está nem um pouco preocu- sados exaustivamente. Justificam, por outro lado, as pado com os efeitos nocivos da jogatina. E pelo jeito atitudes com que nosso governo tem enfrentado os que vai caminhando a charola, daqui um pouco mais interesses definidos como ‘mesquinhos’ por grande o governo petista inventa uma Loto-Saúde – ou, parcela da sua própria população mais bem informa- quem sabe, uma SUSmania, para custear os hospitais da. Atitudes de reação, estas, que merecem o apoio públicos. da representação popular brasileira, independente da Não sei de que forma o Governo pretende a le- inclinação partidária ou ideológica dos que a com- galização dos bingos, mas imagino que a sociedade põem. brasileira se colocará contra, como já acontece com Era o que tinha a dizer. algumas reações, a exemplo da que externa o Secre- Obrigado. tário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Sem Leio em O Globo as declarações do Secretário, apanhamento taquigráfico.) para quem “o caso Waldomiro é justificativa suficiente para não se aprovar a legalização dos bingos. Após esse exemplo caseiro de criminalidade, batendo à O GOVERNO LULA VAI ACABAR porta do Palácio do Planalto, fica amplamente com- TRANSFORMANDO O BRASIL NUM IMENSO provado que a medida não vai ter êxito.” CASSINO. VÊM AÍ BINGOS. E MAIS JOGATINA. Delazari completa, a propósito: “O Governo Fer- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como se nando Henrique pôs o bingo na ilegalidade. E Lula já não fossem suficientes as lotos, senas, megas e lo- quer legalizar. É duro de compreender.” terias de todo tipo, bafejadas pela Caixa Econômica Aí está, em duas ou três palavras, que o Presi- Federal; como se nada tivesse acontecido na Casa dente Lula deveria levar em conta: O povo não com- Civil com o escândalo Waldomiro, o Governo petista preende! do Presidente Lula avança firme no seu propósito de Era o que tinha a dizer. aumentar ainda mais a jogatina desenfreada no País. O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) Nada mais O mais incrível é que tudo isso é feito sem a me- havendo a tratar, a Presidência vai encerrar os traba- nor cerimônia, sem pejo, sem acanhamento, sem ti- lhos. midez e sem vergonha na cara. Está lá no texto da O SR. PRESIDENTE (Luiz Otávio) Está encer- Mensagem do Presidente ao Congresso, lida na rada a sessão. abertura do ano legislativo. É só ler na página 177. Nessa tentativa de transformar o País numa es- (Levanta-se a sessão às 18 horas e 19 pécie de Cassino S.A., Lula diz que a regulamenta- minutos.) ção dos bingos vai organizar o setor e assegurar re- cursos para o esporte social. Eu queria saber o que o Presidente entende por esporte social. Será que exis- (O.S 11129/04)

COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL (52ª LEGISLATURA)

BAHIA PFL Heráclito Fortes PFL Rodolpho Tourinho PMDB Mão Santa PFL Antonio Carlos Magalhães RIO GRANDE DO NORTE PFL César Borges PTB Fernando Bezerra RIO DE JANEIRO PMDB Garibaldi Alves Filho PT Roberto Saturnino PFL José Agripino PL Marcelo Crivella SANTA CATARINA PMDB Sérgio Cabral PFL Jorge Bornhausen MARANHÃO PT Ideli Salvatti PMDB João Alberto Souza PSDB Leonel Pavan PFL Edison Lobão ALAGOAS PFL Roseana Sarney Heloísa Helena PARÁ PMDB Renan Calheiros PMDB Luiz Otávio PSDB Teotônio Vilela Filho PT Ana Júlia Carepa SERGIPE PTB Duciomar Costa PFL Maria do Carmo Alves PERNAMBUCO PDT Almeida Lima PFL José Jorge PSB Antonio Carlos Valadares PFL Marco Maciel AMAZONAS PSDB Sérgio Guerra PMDB Gilberto Mestrinho SÃO PAULO PSDB Arthur Virgílio PT Eduardo Suplicy PDT Jefferson Peres PT Aloizio Mercadante PARANÁ PFL Romeu Tuma PSDB Alvaro Dias MINAS GERAIS PT Flávio Arns PL Aelton Freitas PDT Osmar Dias PSDB Eduardo Azeredo ACRE PMDB Hélio Costa PT Tião Viana GOIÁS PSB Geraldo Mesquita Júnior PMDB Maguito Vilela PT Sibá Machado PFL Demóstenes Torres MATO GROSSO DO SUL PSDB Lúcia Vânia PDT Juvêncio da Fonseca MATO GROSSO PT Delcídio Amaral PSDB Antero Paes de Barros PMDB Ramez Tebet PFL Jonas Pinheiro DISTRITO FEDERAL PT Serys Slhessarenko PMDB Valmir Amaral RIO GRANDE DO SUL PT Cristovam Buarque PMDB Pedro Simon PFL Paulo Octávio PT Paulo Paim TOCANTINS PTB Sérgio Zambiasi PSDB Eduardo Siqueira Campos CEARÁ PFL João Ribeiro PSDB Reginaldo Duarte PFL Leomar Quintanilha PPS Patrícia Saboya Gomes AMAPÁ PSDB Tasso Jereissati PMDB José Sarney PARAÍBA PSB João Capiberibe PMDB Ney Suassuna PMDB Papaléo Paes PFL Efraim Morais RONDÔNIA PMDB José Maranhão PMDB - Paulo Elifas ESPÍRITO SANTO PT - Fátima Cleide PPS João Batista Motta PMDB - Valdir Raupp PMDB Gerson Camata RORAIMA PL Magno Malta PPS - Mozarildo Cavalcanti PIAUÍ PDT - Augusto Botelho PMDB Alberto Silva PMDB - Romero Jucá

COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES

1) COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS (27 titulares e 27 suplentes)

Presidente: Senador Ramez Tebet (PMDB-MS) Vice-Presidente: Senador Paulo Octavio (PFL-DF)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Aloizio Mercadante 1. Ideli Salvatti Ana Júlia Carepa 2. Flávio Arns Eduardo Suplicy 3. Serys Slhessarenko Delcídio Amaral 4. Duciomar Costa Roberto Saturnino 5. Magno Malta Antonio Carlos Valadares 6. Aelton Freitas Geraldo Mesquita Júnior 7. (vago) Fernando Bezerra 8. (vago) PMDB Ramez Tebet 1. Hélio Costa Mão Santa 2. Luiz Otávio Garibaldi Alves Filho 3. Valmir Amaral Romero Jucá 4. Gerson Camata* João Alberto Souza 5. Sérgio Cabral Pedro Simon 6. Ney Suassuna Valdir Raupp 7. Maguito Vilela PFL César Borges 1. Antonio Carlos Magalhães Efraim Morais 2. Demóstenes Torres Jonas Pinheiro 3. João Ribeiro Jorge Bornhausen 4. José Agripino Paulo Octavio 5. José Jorge Rodolpho Tourinho 6. Marco Maciel PSDB Antero Paes de Barros 1. Arthur Virgílio Sérgio Guerra 2. Álvaro Dias Eduardo Azeredo 3. Lúcia Vânia Tasso Jereissati 4. Leonel Pavan PDT Almeida Lima 1. Osmar Dias PPS Patrícia Saboya Gomes 1. Mozarildo Cavalcanti *Desfiliou-se do PMDB, em 15.09.2003. Atualizada em 30.10.2003

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças-Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 19 - Ala Alexandre Costa. Telefones: 3114605 e 3113516 Fax: 3114344 E-Mail: [email protected]

1.1) SUBCOMISSÃO DE TURISMO

TEMPORÁRIA (07 titulares e 07 suplentes)

Presidente: Senador Paulo Octávio (PFL -DF) Vice-Presidente: Senador Leonel Pavan (PSDB - SC)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Aelton Freitas 1. Antonio Carlos Valadares Serys Slhessarenko 2. Ideli Salvatti PMDB Garibaldi Alves Filho 1. Mão Santa Valdir Raupp 2. Luiz Otávio PFL Paulo Octavio 1. João Ribeiro 2. César Borges PSDB Leonel Pavan 1. Eduardo Azeredo *Vaga cedida ao PPS. Atualizada em 30.10.2003

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças-Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 19 - Ala Alexandre Costa. Telefones: 3114605 e 3113516 Fax: 3114344 E-Mail: [email protected]

1.2) SUBCOMISSÃO DE MINERAÇÃO

TEMPORÁRIA (07 titulares e 07 suplentes)

Presidente: Senadora Ana Júlia Carepa (PT - PA) Vice-Presidente: Senador Rodolpho Tourinho (PFL - BA)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Ana Julia Carepa 1. Delcídio Amaral. Aelton Freitas 2. Magno Malta PMDB Luiz Otávio 1. Hélio Costa Sérgio Cabral 2. Gerson Camata** PFL Rodolpho Tourinho 1. Efraim Morais João Ribeiro 2. Almeida Lima (PDT)* PSDB Sérgio Guerra 1.Eduardo Azeredo *Vaga cedida pelo PFL **Desfiliou-se do PMDB, em 15.09.2003. Atualizada em 15.08.2003.

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças-Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 19 - Ala Alexandre Costa. Telefones: 3114605 e 3113516 Fax: 3114344 E-Mail: [email protected] 1.3) SUBCOMISSÃO DESTINADA A ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ESTADOS TEMPORÁRIA (09 titulares e 09 suplentes)

Presidente: Senador César Borges (PFL - BA) Vice-Presidente: Senador Fernando Bezerra (PTB - RN) Relator: Senador Ney Suassuna

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Roberto Saturnino 1. Eduardo Suplicy. Fernando Bezerra 2. Aelton Freitas Delcídio Amaral 3. Antonio Carlos Valadares PMDB Ney Suassuna 1. Valdir Raupp Pedro Simon 2. Gerson Camata* PFL César Borges 1. Jonas Pinheiro Paulo Octávio 2. José Jorge PSDB Sérgio Guerra 1.Lúcia Vânia PDT - PPS (vago) (vago) *Desfiliou-se do PMDB, em 15.09.2003. Atualizada em 30.10.2003

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças-Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 19 - Ala Alexandre Costa. Telefones: 3114605 e 3113516 Fax: 3114344 E-Mail: [email protected] 1.4) SUBCOMISSÃO FOME ZERO TEMPORÁRIA (07 titulares e 07 suplentes)

Presidente: Rodolpho Tourinho (PFL - BA) Vice-Presidente: Senador Eduardo Suplicy (PT - SP) Relator: Senador Romero Jucá (PMDB - RR)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Eduardo Suplicy 1. Delcídio Amaral. Fernando Bezerra 2. Serys Slhessarenko PMDB Ney Suassuna 1. Garibaldi Alves Filho Romero Jucá 2. Luiz Otávio PFL Jonas Pinheiro 1. Demóstenes Torres Rodolpho Tourinho 2. Paulo Octávio PSDB Lúcia Vânia 1.Leonel Pavan

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças-Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 19 - Ala Alexandre Costa. Telefones: 3114605 e 3113516 Fax: 3114344 E-Mail: [email protected] 2) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (29 titulares e 29 suplentes)

Presidente: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) Vice-Presidente: Senador Papaléo Paes* (PMDB-AP)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Ana Júlia Carepa 1. Delcídio Amaral Eurípedes Camargo 2. Fernando Bezerra Fátima Cleide 3. Tião Viana Flávio Arns 4. Antonio Carlos Valadares Sibá Machado 5. Duciomar Costa (vago) 6. (vago) Aelton Freitas 7. Serys Slhessarenko Geraldo Mesquita Júnior 8. (vago) PMDB Mão Santa 1. Garibaldi Alves Filho Leomar Quintanilha 2. Hélio Costa Maguito Vilela 3. Ramez Tebet Sérgio Cabral 4. José Maranhão Ney Suassuna 5. Pedro Simon Amir Lando 6. Romero Jucá Papaléo Paes* 7. Gerson Camata** PFL Edison Lobão 1. Antonio Carlos Magalhães Jonas Pinheiro 2. César Borges José Agripino 3. Demóstenes Torres Paulo Octávio 4. Efraim Morais Maria do Carmo Alves 5. Jorge Bornhausen Roseana Sarney 6. João Ribeiro PSDB Eduardo Azeredo 1. Arthur Virgílio Lúcia Vânia 2. Tasso Jereissati João Tenório 3. Leonel Pavan Antero Paes de Barros 4. Sérgio Guerra Reginaldo Duarte 5. (vago) PDT Augusto Botelho 1. Osmar Dias Juvêncio da Fonseca 2. (vago) PPS Patrícia Saboya Gomes 1. Mozarildo Cavalcanti *Desfiliou-se do PTB, passando a integrar a bancada do PMDB em 07.05.2003. ** Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 25.11.2003

Secretário: José Roberto Assumpção Cruz Reuniões: Quintas - Feiras às 10:00 horas - Plenário nº 09 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113515 Fax: 3113652 E - Mail: [email protected]

2.1) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DA CRIANÇA DO ADOLESCENTE E DA JUVENTUDE (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) Vice-Presidente: Senadora Roseana Sarney (PFL-MA) Relatora: Senadora Patrícia Saboya Gomes (PPS-CE)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Ana Júlia Carepa 1.(vago) Fátima Cleide 2. (vago) PMDB Amir Lando 1. (vago) Juvêncio da Fonseca* 2. (vago) PFL Roseana Sarney 1. (vago) PSDB Lúcia Vânia 1. (vago) PPS Patrícia Saboya Gomes 1. (vago) *Desfiliou-se do PMDB, passando a integrar a bancada do PDT em 10.09.2003. Atualizada em 10.09.2003

Secretário: José Roberto Assumpção Cruz Plenário nº 09 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113515 Fax: 3113652 E - Mail: [email protected]

2.2) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DO IDOSO (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) Vice-Presidente: (vago) Relator: Senador Leomar Quintanilha (PFL -TO)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Sibá Machado 1. (vago) Aelton Freitas 2. (vago) PMDB Sérgio Cabral 1. (vago) (vago) 2. (vago) PFL Leomar Quintanilha* 1. (vago) PSDB Antero Paes de Barros 1. (vago) PDT (vago) 1. (vago) * Desfiliou-se do PFL, passando a integrar a bancada do PMDB em 08.10.2003 Atualizada em 08.10.2003

Secretário: José Roberto Assumpção Cruz Plenário nº 09 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113515 Fax: 3113652 E - Mail: [email protected]

2.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DAS PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Senador Flávio Arns (PT-PR) Vice-Presidente: Senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) Relator: Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Flávio Arns 1. (vago) Eurípedes Camargo 2. (vago) PMDB Ney Suassuna 1. (vago) Garibaldi Alves Filho 2. (vago) PFL Jonas Pinheiro 1. (vago) PSDB Eduardo Azeredo 1. (vago) PPS Mozarildo Cavalcanti 1. (vago)

Secretário: José Roberto Assumpção Cruz Plenário nº 09 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113515 Fax: 3113652 E - Mail: [email protected]

2.4) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DE SAÚDE (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Senador Papaléo Paes*(PMDB-AP) Vice-Presidente: Senador Augusto Botelho (PDT-RR) Relator: Senador Mão Santa (PMDB-PI)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Serys Slhessarenko 1. (vago) Eurípedes Camargo 2. (vago) PMDB Mão Santa 1. (vago) Papaléo Paes* 2. (vago) PFL Maria do Carmo Alves 1. (vago) PSDB Reginaldo Duarte 1. (vago) PDT Augusto Botelho 1. (vago) *Desfiliou-se do PTB, passando a integrar a bancada do PMDB em 07.05.2003. Atualizada em 17.09.2003

Secretário: José Roberto Assumpção Cruz Plenário nº 09 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113515 Fax: 3113652 E - Mail: [email protected] 3) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA (23 titulares e 23 suplentes)

Presidente: Senador Edison Lobão (PFL-MA) Vice-Presidente: Senador José Maranhão (PMDB-PB)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Serys Slhessarenko 1. Eduardo Suplicy Aloizio Mercadante 2. Ana Júlia Carepa Tião Viana 3. Sibá Machado Antonio Carlos Valadares 4. Duciomar Costa Magno Malta 5. Geraldo Mesquita Júnior Fernando Bezerra 6. João Capiberibe Marcelo Crivella 7. Aelton Freitas PMDB Amir Lando 1. Ney Suassuna Garibaldi Alves Filho 2. Luiz Otávio José Maranhão 3. Ramez Tebet Renan Calheiros 4. João Alberto Souza Romero Jucá 5. Maguito Vilela Pedro Simon 6. Sérgio Cabral PFL Antonio Carlos Magalhães 1. Paulo Octávio César Borges 2. João Ribeiro Demóstenes Torres 3. Jorge Bornhausen Edison Lobão 4. Efraim Morais José Jorge 5. Rodolpho Tourinho

PSDB Álvaro Dias 1. Antero Paes de Barros Tasso Jereissati 2. Eduardo Azeredo Arthur Virgílio 3. Leonel Pavan PDT Jefferson Péres 1. Almeida Lima PPS Mozarildo Cavalcanti 1. Patrícia Saboya Gomes Atualizada em 10.12.2003

Secretária: Gildete Leite de Melo Reuniões: Quartas - Feiras às 10:00 horas. - Plenário nº 3 - Ala Alexandre Costa Telefone: 3113972 Fax: 3114315 E - Mail: [email protected] 3.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DESTINADA A ACOMPANHAR E FISCALIZAR AS “INDICAÇÕES APONTADAS” NO RELATÓRIO FINAL DA “CPI DO JUDICIÁRIO” E RECEBER NOVAS DENÚNCIAS E INFORMAÇÕES RELACIONADAS COM O OBJETIVO DA INVESTIGAÇÃO (7 titulares e 7suplentes) (AGUARDANDO INSTALAÇÃO)

Criada através do Requerimento nº 12-CCJ, de 1999, aprovado em 15/12/1999.

3.2) SUBCOMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA (7 titulares e 7suplentes)

Presidente: Senador Tasso Jereissati Vice-Presidente: Pedro Simon Relator Geral: Senador Demóstenes Torres

TITULARES SUPLENTES PMDB Pedro Simon 1. João Alberto Souza Garibaldi Alves Filho 2. Papaléo Paes PFL Demóstenes Torres 1. Efraim Morais César Borges 2. João Ribeiro PT Serys Slhessarenko 1. Sibá Machado PSDB Tasso Jereissati 1. Leonel Pavan OUTROS PARTIDOS (PDT, PTB, PSB, PPS e PL) Magno Malta 1. Fernando Bezerra Atualizada em 02.09.03

Secretária: Gildete Leite de Melo Plenário nº 3 - Ala Alexandre Costa Telefone: 3113972 Fax: 3114315 E - Mail: [email protected] 4) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO (27 titulares e 27 suplentes)

Presidente: Senador Osmar Dias (PDT-PR) Vice-Presidente: Senador Hélio Costa (PMDB-MG)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Fátima Cleide 1. Tião Viana Flávio Arns 2. Roberto Saturnino Ideli Salvatti 3. Eurípedes Camargo João Capiberibe 4. (vago) Duciomar Costa 5. (vago) Aelton Freitas 6. (vago) (vaga cedida ao PMDB) 7. (vago) Heloísa Helena 8. (vago) PMDB Hélio Costa 1. Mão Santa Maguito Vilela 2. Garibaldi Alves Filho Valdir Raupp 3. Papaléo Paes Gerson Camata* 4. Luiz Otávio Sérgio Cabral 5. Romero Jucá José Maranhão 6. Amir Lando Valmir Amaral (por cessão do Bloco de Apoio ao Governo) PFL Demóstenes Torres 1. Edison Lobão Jorge Bornhausen 2. Jonas Pinheiro José Jorge 3. José Agripino Efraim Morais 4. Marco Maciel Maria do Carmo Alves 5. Paulo Octavio Roseana Sarney 6. João Ribeiro PSDB Sérgio Guerra 1. Arthur Virgílio Leonel Pavan 2. Eduardo Azeredo Reginaldo Duarte 3. João Tenório Antero Paes de Barros 4. Lúcia Vânia PDT Osmar Dias 1. Jefferson Péres Almeida Lima 2. Juvêncio da Fonseca PPS Mozarildo Cavalcanti 1. Patrícia Saboya Gomes * Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 25.11.2003

Secretário: Júlio Ricardo Borges Linhares Reuniões: Terças - Feiras às 11:30 horas - Plenário nº 15 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113498 Fax: 3113121 E - Mail: [email protected]

4.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE CINEMA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA (12 (doze) titulares e 12 (doze) suplentes)

Presidente: Senador Roberto Saturnino (PT-RJ) Vice-Presidente: (vago)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Roberto Saturnino 1. (vago) Fátima Cleide 2. Eurípedes Camargo João Capiberibe 3. Papaléo Paes* PMDB Hélio Costa 1. Gerson Camata*** Sérgio Cabral 2. Juvêncio da Fonseca** (vago) 3. Luiz Otávio PFL Roseana Sarney 1 Paulo Octavio Demóstenes Torres 2. José Agripino Edison Lobão 3. (vago) PSDB Eduardo Azeredo 1. Arthur Virgílio Leonel Pavan 2. Reginaldo Duarte PDT Almeida Lima 2. (vago) * Desfiliou-se do PTB, passando a integrar a bancada do PMDB em 07.05.2003. **Desfiliou-se do PMDB, passando a integrar a bancada do PDT em 10.09.2003. *** Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 15.09.2003

Secretário: Júlio Ricardo Borges Linhares Plenário nº 15 - Ala Alexandre Costa. Telefone: 3113498 Fax: 3113121 E - Mail: [email protected]

4.2) SUBCOMISSÃO DE RÁDIO E TV PERMANENTE 9 (nove) titulares 9 (nove) suplentes (AGUARDANDO INSTALAÇÃO)

4.3) SUBCOMISSÃO DO LIVRO PERMANENTE 7 (sete) titulares 7 (sete) suplentes (AGUARDANDO INSTALAÇÃO)

4.4) SUBCOMISSÃO DO ESPORTE PERMANENTE 7 (sete) titulares 7 (sete) suplentes (AGUARDANDO INSTALAÇÃO)

5) - COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE (17 titulares e 9 suplentes)

Presidente: Senador Ney Suassuna (PMDB-PB) Vice-Presidente: Senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) (vago) 1. Ana Júlia Carepa Heloísa Helena 2. Delcídio Amaral Antonio Carlos Valadares 3. Geraldo Mesquita Júnior Aelton Freitas Duciomar Costa PMDB Ney Suassuna 1. Valmir Amaral Luiz Otávio 2. Romero Jucá Gerson Camata* João Alberto Souza PFL César Borges 1. Jorge Bornhausen Efraim Morais 2. Paulo Octavio João Ribeiro Antonio Carlos Magalhães PSDB Arthur Virgílio 1. Leonel Pavan Antero Paes de Barros PDT Osmar Dias 1. Almeida Lima PPS Mozarildo Cavalcanti * Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 30.10.2003

Secretário: José Francisco B. de Carvalho Reuniões: Quartas - Feiras às 11:00 horas - Plenário nº 6 - Ala Nilo Coelho. Telefone: 3113935 Fax: 3111060 E - Mail: [email protected] 5.1) SUBCOMISSÃO DESTINADA A FISCALIZAR AS AGÊNCIAS REGULADORAS PERMANENTE (05 titulares e 05 suplentes)

Presidente: Senadora Ana Júlia Carepa (PT -PA) Vice-Presidente: Senador Valmir Amaral (PMDB - DF)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Ana Júlia Carepa 1.Aelton Freitas Delcídio Amaral 2.Duciomar Costa PMDB Valmir Amaral 1. Romero Jucá PFL Leomar Quintanilha* 1. César Borges PSDB Leonel Pavan 1. Antero Paes de Barros * Desfiliou-se do PFL, passando a integrar a bancada do PMDB em 08.10.2003 Atualizada em 08.10.2003

Secretário: José Francisco B. de Carvalho Reuniões: Quartas - Feiras às 11:00 horas - Plenário nº 6 - Ala Nilo Coelho Telefone: 3113935 Fax: 3111060 E - Mail: [email protected]

5.2) SUBCOMISSÃO DE OBRAS INACABADAS PERMANENTE (05 titulares e 05 suplentes)

Presidente: Senador Efraim Morais (PFL -PB) Vice-Presidente: Senador Leonel Pavan (PSDB - SC)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Aelton Freitas 1. Ana Júlia Carepa Delcídio Amaral 2.Geraldo Mesquita Júnior PMDB Gerson Camata* 1. Luiz Otávio PFL Efraim Morais 1. César Borges PSDB Leonel Pavan 1. Arthur Virgílio * Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 15.09.2003

Secretário: José Francisco B. de Carvalho Reuniões: Quartas - Feiras às 11:00 horas - Plenário nº 6 - Ala Nilo Coelho. Telefone: 3113935 Fax: 3111060 E - Mail: [email protected]

6) - COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA (19 titulares e 19 suplentes)

Presidente: Senador Magno Malta (PL-ES) Vice-Presidente: Senador Leomar Quintanilha

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Sibá Machado 1. Serys Slhessarenko Eurípedes Camargo 2. (vago) Magno Malta 3. (vago) Aelton Freitas 4. (vago) (vago) 5. (vago) PMDB Leomar Quintanilha 1. Renan Calheiros Ney Suassuna 2. Amir Lando José Maranhão 3. Gilberto Mestrinho Sérgio Cabral 4. Romero Jucá Garibaldi Alves Filho 5. (vago) PFL Edison Lobão 1. Demóstenes Torres Efraim Morais 2. Jonas Pinheiro Maria do Carmo Alves 3. (vago) Rodolpho Tourinho 4. Roseana Sarney PSDB (vago) 1. Lúcia Vânia (vago) 2. (vago) Reginaldo Duarte 3. Antero Paes de Barros PDT Jefferson Péres 1. Almeida Lima PPS Mozarildo Cavalcanti 1. Patrícia Saboya Gomes Atualizada em 05.11.2003

Secretária: Maria Dulce V. de Queirós Campos Telefone 3111856 Fax: 3114646 E - Mail: [email protected] 7) - COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL (19 titulares e 19 suplentes)

Presidente: Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) Vice-Presidente: Senador Marcelo Crivella (PL-RJ)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Eduardo Suplicy 1. Flávio Arns Heloísa Helena 2. Fátima Cleide João Capiberibe 3. Aloizio Mercadante Marcelo Crivella 4. Duciomar Costa Fernando Bezerra 5. Aelton Freitas Tião Viana (por cessão do PMDB) Sibá Machado (por cessão do PMDB) PMDB Gilberto Mestrinho 1. Pedro Simon João Alberto Souza 2. Ramez Tebet Luiz Otávio 3. Valdir Raupp Hélio Costa 4. (vago) (vaga cedida ao Bloco de Apoio ao Governo) 5. (vaga cedida ao Bloco de Apoio ao Governo) PFL Antonio Carlos Magalhães 1. Edison Lobão João Ribeiro 2. Maria do Carmo Alves José Agripino 3. Rodolpho Tourinho Marco Maciel 4. Roseana Sarney PSDB Arthur Virgílio 1. Antero Paes de Barros Eduardo Azeredo 2. Tasso Jereissati Lúcia Vânia 3. Sérgio Guerra PDT Jefferson Péres 1. Juvêncio da Fonseca PPS Mozarildo Cavalcanti 1. Patrícia Saboya Gomes Atualizada em 23.10.03

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3113496 Fax: 3113546 - Plenário nº 7 - Ala Alexandre Costa Reuniões: Quintas-feiras às 10:00 horas E - Mail: [email protected]

7.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROTEÇÃO DOS CIDADÃOS BRASILEIROS NO EXTERIOR 7 (sete) titulares 7 (sete) suplentes

Presidente: Senador Marcelo Crivella Vice-Presidente: Senador João Capiberibe Relator: Senador Rodolpho Tourinho

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Marcelo Crivella 1. Duciomar Costa João Capiberibe 2. Aelton Freitas PMDB Hélio Costa 1. Ramez Tebet Luiz Otávio 2. Juvêncio da Fonseca* PFL Marco Maciel 1. Roseana Sarney Rodolpho Tourinho 2. Maria do Carmo Alves PSDB Eduardo Azeredo 1. Antero Paes de Barros *Desfiliou-se do PMDB, passando a integrar a bancada do PDT em 10.09.2003. Atualizada em 18.09.2003

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3113496 Fax: 3113546 - Plenário nº 7 - Ala Alexandre Costa Reuniões: Quintas-feiras às 10:00 horas. E - Mail: [email protected]

7.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA 7 (sete) titulares 7 (sete) suplentes

Presidente: Senador Jefferson Péres Vice-Presidente: Senador Mozarildo Cavalcanti

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) João Capiberibe 1. Sibá Machado Fátima Cleide 2. (vago) PMDB Valdir Raupp 1. Gilberto Mestrinho PFL Marco Maciel 1. João Ribeiro PSDB Arthur Virgílio 1. Lúcia Vânia PDT Jefferson Péres 1. (vago) PPS Mozarildo Cavalcanti 1. Patrícia Saboya Gomes

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3113496 Fax: 3113546 - Plenário nº 7 - Ala Alexandre Costa Reuniões: Quintas-feiras às 10:00 horas E - Mail: [email protected] 8) - COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA (23 titulares e 23 suplentes)

Presidente: Senador José Jorge (PFL-PE) Vice-Presidente: Senador João Batista Motta (PPS-ES)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PSB, PTB e PL) Delcídio Amaral 1. Roberto Saturnino Eurípedes Camargo 2. Antonio Carlos Valadares Serys Slhessarenko 3. Heloísa Helena Sibá Machado 4. Ana Júlia Carepa Fátima Cleide 5. Duciomar Costa Duciomar Costa 6. Fernando Bezerra Magno Malta 7. Marcelo Crivella PMDB Gerson Camata* 1. Mão Santa Amir Lando 2. Luiz Otávio Valdir Raupp 3. Pedro Simon Valmir Amaral 4. Renan Calheiros Gilberto Mestrinho 5. Ney Suassuna José Maranhão 6. Romero Jucá PFL João Ribeiro 1. César Borges José Jorge 2. Jonas Pinheiro Marco Maciel 3. Efraim Morais Paulo Octavio 4. Maria do Carmo Alves Rodolpho Tourinho 5. Roseana Sarney PSDB Leonel Pavan 1. (vago) Sérgio Guerra 2. Arthur Virgílio João Tenório 3. Reginaldo Duarte PDT Augusto Botelho 1. Osmar Dias PPS Patrícia Saboya Gomes 1. Mozarildo Cavalcanti * Desfiliou-se do PMDB em 15.09.2003. Atualizada em 25.11.2003

Secretário: Celso Parente Reuniões: Terças - Feiras às 14:00 horas. - Plenário nº 13 - Ala Alexandre Costa Telefone: 3114607 Fax: 3113286

CORREGEDORIA PARLAMENTAR (Resolução nº 17, de 1993)

COMPOSIÇÃO 1

Senador Romeu Tuma (PFL-SP) Corregedor Senador Hélio Costa (PMDB-MG) 1º Corregedor Substituto Senador Delcídio Amaral (PT-MS) 2º Corregedor Substituto Senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) 2 3º Corregedor Substituto Composição atualizada em 19.01.2004

Notas: 1 Eleitos na Sessão Ordinária de 25.03.2003, nos termos da Resolução nº 17, de 17.3.93. 2 Afastou-se do exercício do mandato em 18.11.2003, para tratar de interesses particulares, por 125 dias - RQS 1.168/2003 (DSF de 19.11.2003, página 37785)

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefones: 311-4561 e 311-5259 [email protected] PROCURADORIA PARLAMENTAR (Resolução do Senado Federal nº 40/95)

1ª Designação: 16.11.1995 2ª Designação: 30.06.1999 3ª Designação: 27.06.2001 4ª Designação 25.09.2003

COMPOSIÇÃO

SENADORES PARTIDO ESTADO RAMAL Eurípedes Camargo 1 Bloco/PT DF 2285 Demóstenes Torres 1 Bloco/PFL GO 2091 (aguardando indicação) (aguardando indicação) (aguardando indicação)

Notas: 1 Designados na Sessão do SF do dia 25.09.2003.

SECRETARIA-GERAL DA MESA Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefones: 311-4561 e 311-5259 [email protected] CONSELHO DO DIPLOMA MULHER-CIDADÃ BERTHA LUTZ Constituído pela Resolução nº 2, de 2001, oriunda do Projeto de Resolução nº 25, de 1998, aprovado na Sessão Deliberativa Ordinária do Senado Federal do dia 15.3.2001

COMPOSIÇÃO

1ª Designação Geral : 03.12.2001 2ª Designação Geral: 26.02.2003

Presidente: Senadora Serys Slhessarenko 4 Vice-Presidente: Senador Geraldo Mesquita Júnior 4 PMDB Senador Papaléo Paes 8 PFL 6 Senadora Roseana Sarney (MA) 1 PT 5 Senadora Serys Slhessarenko (MT) 1 PSDB 6 Senadora Lúcia Vânia (GO) 1 PDT Senador Augusto Botelho (RR) 3 PTB 5 Senador Sérgio Zambiasi (RS) 7-9 PSB 5 Senador Geraldo Mesquita Júnior (AC) 2 PL 5 Senador Magno Malta (ES) 1 PPS Senadora Patrícia Saboya Gomes (CE) 1 Atualizada em 19.01.2004 Notas: 1 Designados na Sessão do SF de 26.2.2003 2 Designado na Sessão do SF de 7.3.2003 3 Designado na Sessão do SF de 11.3.2003 4 Eleitos, por aclamação, em 12.3.2003, na 1ª Reunião do Conselho. 5 Partido pertencente ao Bloco de Apoio ao Governo (PT/PTB/PSB/PL), constituído na Sessão do SF de 1.2.2003. 6 Partido pertencente à Liderança Parlamentar da Minoria (PFL/PSDB), constituída na Sessão do SF de 29.4.2003. 7 Vaga ocupada no período de 26.2.2003 a 10.10.2003 pelo Senador Papaléo Paes, que na Sessão do SF de 7.5.2003 comunicou seu desligamento do PTB e filiação ao PMDB. 8 Designado na Sessão do SF de 14.10.2003, conforme indicação da Liderança do PMDB lida na Sessão da mesma data. A vaga do PMDB foi ocupada no período de 26.2.2003 a 1º.08.2003 pela Senadora Íris de Araújo, cujo exercício do mandato encerrou-se em virtude do retorno do titular, Senador Maguito Vilela. 9 Designado na Sessão do SF de 10.10.2003, em substituição ao Senador Papaléo Paes.

SECRETARIA-GERAL DA MESA Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefones: 311-4561 e 311-5259 [email protected] CONSELHO DA ORDEM DO CONGRESSO NACIONAL (Criado pelo Decreto Legislativo nº 70, de 23.11.1972) (Regimento Interno baixado pelo Ato nº 1, de 1973-CN)

COMPOSIÇÃO

Presidente nato 1: Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL PRESIDENTE PRESIDENTE Deputado João Paulo Cunha (PT-SP) Senador José Sarney (PMDB-AP) 1º VICE-PRESIDENTE 1º VICE-PRESIDENTE Deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE) Senador Paulo Paim (BLOCO/PT-RS) 2º VICE-PRESIDENTE 2º VICE-PRESIDENTE Deputado Luiz Piauhylino (PSDB-PE) Senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) 1º SECRETÁRIO 1º SECRETÁRIO Deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) Senador Romeu Tuma (PFL-SP) 2º SECRETÁRIO 2º SECRETÁRIO Deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE) Senador Alberto Silva (PMDB-PI) 3º SECRETÁRIO 3º SECRETÁRIO Deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) Senador Heráclito Fortes (PFL-PI) 4º SECRETÁRIO 4º SECRETÁRIO Deputado Ciro Nogueira (PFL-PI) Senador Sérgio Zambiasi (BLOCO/PTB-RS) LÍDER DA MAIORIA LÍDER DA MAIORIA Deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) Senador Tião Viana (PT/AC) LÍDER DA MINORIA LÍDER DA MINORIA Deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) Senador Efraim Morais (PFL-PB) PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA Deputado Luiz Eduardo Grenhalgh (PT-SP) Senador Edison Lobão (PFL-MA) PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL EXTERIORES E DEFESA NACIONAL Deputado Zulaiê Cobra (PSDB-SP) Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) Atualizado em 07.11.2003 Nota: 1 De acordo com o art. 5º do Ato nº 1/73-CN.

CONGRESSO NACIONAL CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (Criado pela Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1991) (Regimento Interno aprovado nos termos do Ato da Mesa nº 2, de 2002)

· 1ª Eleição Geral: Sessão do Congresso Nacional de 5.6.2002 · Mandato estendido até 5/6/2004, conforme Decreto Legislativo nº 77/2002-CN

Presidente: JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO1 Vice-Presidente: JAYME SIROTSKY

LEI Nº 8.389/91, ART. 4º TITULARES SUPLENTES Representante das empresas de rádio PAULO MACHADO DE CARVALHO EMANUEL SORAES CARNEIRO (inciso I) NETO Representante das empresas de televisão ROBERTO WAGNER MONTEIRO FLÁVIO DE CASTRO MARTINEZ (inciso II) Representante de empresas da imprensa 3 (VAGO) (VAGO) ² escrita (inciso III) Engenheiro com notório conhecimento na FERNANDO BITTENCOURT MIGUEL CIPOLLA JR. área de comunicação social (inciso IV) Representante da categoria profissional dos DANIEL KOSLOWSKY HERZ FREDERICO BARBOSA GHEDINI jornalistas (inciso V) Representante da categoria profissional dos FRANCISCO PEREIRA DA SILVA ORLANDO JOSÉ FERREIRA GUILHON radialistas (inciso VI) Representante da categoria profissional dos BERENICE ISABEL MENDES BEZERRA STEPAN NERCESSIAN artistas (inciso VII) Representante das categorias profissionais GERALDO PEREIRA DOS SANTOS ANTÔNIO FERREIRA DE SOUSA FILHO de cinema e vídeo (inciso VIII) Representante da sociedade civil (inciso JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO MANUEL ALCEU AFFONSO FERREIRA IX) ANTÔNIO DE PÁDUA TELES DE Representante da sociedade civil (inciso IX) ALBERTO DINES CARVALHO Representante da sociedade civil (inciso IX) JAYME SIROTSKY JORGE DA CUNHA LIMA Representante da sociedade civil (inciso IX) CARLOS CHAGAS REGINA DALVA FESTA ASSUMPÇÃO HERNANDES MORAES DE Representante da sociedade civil (inciso IX) RICARDO MORETZSOHN ANDRADE Composição atualizada em dezembro de 2003 Notas: ¹ Presidente e Vice-Presidente eleitos na 1ª Reunião do Conselho, realizada em 25.6.2002. ² Vaga ocupada, até 04.08.2003, por CARLOS ROBERTO BERLINCK, que renunciou ao mandato, conforme comunicação lida na Sessão do Senado Federal desse dia. 3 Vaga ocupada, até 23.12.2003, por PAULO CABRAL DE ARAÚJO, que renunciou ao mandato, conforme comunicação lida na Sessão do Senado Federal desse dia. SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefone: (61) 311-4561 [email protected] www.senado.gov.br/ccs CONGRESSO NACIONAL CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1991) (Regimento Interno aprovado nos termos do Ato da Mesa nº 2, de 2002)

COMISSÕES DE TRABALHO

01 - Comissão de Regionalização da Programação (constituída na Reunião de 26/06/2002) § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Roberto Wagner Monteiro (Representante das empresas de televisão) § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da categoria profissional dos artistas) § Francisco Pereira da Silva (Representante da categoria profissional dos radialistas)

02 - Comissão de Tecnologia Digital (constituída na Reunião de 26/06/2002, para atender à Consulta nº 1, de 2002-CCS, formulada pela Presidência do Senado Federal ao Conselho de Comunicação Social) § Daniel Koslowsky Herz (Representante da categoria profissional dos jornalistas) – Coordenador § Fernando Bittencourt (Engenheiro com notório conhecimento na área de comunicação social) § Geraldo Pereira dos Santos (Representante das categorias profissionais de cinema e vídeo) § Roberto Wagner Monteiro (Representante das empresas de televisão) – desde 14/10/2002 § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) – desde 14/10/2002 § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da categoria profissional dos artistas) – desde 14/10/2002

03 - Comissão de Radiodifusão Comunitária (constituída na Reunião de 02/09/2002) § Regina Dalva Festa (Representante da sociedade civil) – Coordenadora § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Roberto Wagner Monteiro (Representante das empresas de televisão) § Francisco Pereira da Silva (Representante da categoria profissional dos radialistas) § Daniel Koslowsky Herz (Representante da categoria profissional dos jornalistas) § Fernando Bittencourt (Engenheiro com notório conhecimento na área de comunicação social)

04 - Comissão de TV a Cabo (constituída na Reunião de 17/03/2003, para emissão de parecer sobre o Projeto de Lei do Senado nº 175/2001, e mantida para atender à proposta do Parecer nº 2/2003-CCS, aprovado na Reunião de 07/04/2003, no sentido da realização de análise da situação da TV a Cabo no Brasil e apresentação de medidas e iniciativas com vista à solução dos problemas enfrentados pelo setor) § Daniel Koslowsky Herz (Representante da categoria profissional dos jornalistas) – Coordenador § Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) § Roberto Wagner Monteiro (Representante das empresas de televisão) § Berenice Isabel Mendes Bezerra (Representante da categoria profissional dos artistas) § Carlos Chagas (Representante da sociedade civil)

05 - Comissão de Concentração na Mídia (constituída na Reunião de 07/04/2003, para análise da concentração e controle cumulativo nas empresas de comunicação social em pequenas e médias cidades brasileiras) · Carlos Chagas (Representante da sociedade civil) – Coordenador · Paulo Machado de Carvalho Neto (Representante das empresas de rádio) · Roberto Wagner Monteiro (Representante das empresas de televisão) · Geraldo Pereira dos Santos (Representante das categorias profissionais de cinema e vídeo) · Alberto Dines (Representante da sociedade civil) · Ricardo Moretzsohn (Representante da sociedade civil)

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefone: (61) 311-4561 [email protected] www.senado.gov.br/ccs COMISSÃO PARLAMENTAR CONJUNTA DO MERCOSUL Representação Brasileira

COMPOSIÇÃO 16 Titulares (8 Senadores e 8 Deputados) e 16 Suplentes (8 Senadores e 8 Deputados) Mesa Diretora eleita em 28.05.2003 Presidente: Deputado DR. ROSINHA Vice-Presidente: Senador PEDRO SIMON Secretário-Geral: Secretário-Geral Adjunto: Senador RODOLPHO TOURINHO Deputado ROBERTO JEFFERSON

MEMBROS NATOS (1) Senador EDUARDO SUPLICY Deputada ZULAIÊ COBRA Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal Defesa Nacional da Câmara dos Deputados SENADORES TITULARES SUPLENTES BLOCO DE APOIO AO GOVERNO (PT - PTB - PSB - PL) (2) IDELI SALVATTI (PT/SC) 1. FLÁVIO ARNS (PT/PR) (6) SÉRGIO ZAMBIASI (PTB/RS) 2. ANTONIO CARLOS VALADARES (PSB/SE) PMDB PEDRO SIMON (PMDB/RS) 1. LUIZ OTÁVIO (PMDB/PA) ROMERO JUCÁ (PMDB/RR) 2. SÉRGIO CABRAL (PMDB/RJ) PFL (3) JORGE BORNHAUSEN (PFL/SC) 1. JOSÉ JORGE (PFL/PE) RODOLPHO TOURINHO (PFL/BA) 2. ROMEU TUMA (PFL/SP) PSDB (3) EDUARDO AZEREDO (PSDB/MG) 1. LEONEL PAVAN (PSDB/SC) PDT JEFFERSON PÉRES (PDT/AM) (7) Vago (8) PPS (4) MOZARILDO CAVALCANTI (PPS/RR) 1. PATRÍCIA SABOYA GOMES (PPS/CE)(11) DEPUTADOS TITULARES SUPLENTES PT DR. ROSINHA (PT/PR) 1. PAULO DELGADO (PT/MG) PFL GERVÁSIO SILVA (PFL/SC) 1. PAULO BAUER (PFL/SC) PMDB OSMAR SERRAGLIO (PMDB/PR) 1. EDISON ANDRINO (PMDB/SC) PSDB EDUARDO PAES (PSDB/RJ) (5) 1. JULIO REDECKER (PSDB/RS) PPB LEODEGAR TISCOSKI (PPB/SC) 1. CELSO RUSSOMANO (PPB/SP) PTB ROBERTO JEFFERSON (PTB/RJ) 1. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB/SP) PL OLIVEIRA FILHO (PL/PR) (10) 1. WELINTON FAGUNDES (PL/MT) (10) PSB INÁCIO ARRUDA (PCdoB/CE) 1. JAMIL MURAD (PCdoB/SP) (9) PPS (4) JOÃO HERRMANN NETO (PPS/SP) 1. CLÁUDIO MAGRÃO (PPS/SP) Notas: (1) Membros natos, nos termos do parágrafo único do art. 1º da Resolução 1/1996-CN. (2) O Bloco de Apoio ao Governo foi constituído, no Senado Federal, em 01.02.2003 (DSF de 02.02.2003, pg. 00338). (3) Partido pertencente à Liderança Parlamentar da Minoria (PFL/PSDB), no Senado Federal, constituído em 29.04.2003 (DSF de 30.04.2003, pg. 09125). (4) Vaga decorrente da aplicação da Resolução nº 2, de 2000-CN. (5) Vaga ocupada pelo Deputado Feu Rosa até 25.06.2003, conforme comunicação lida na Sessão do Senado da mesma data. (6) Vaga ocupada pelo Senador Marcelo Crivella até 11.08.2003, conforme comunicação lida na Sessão do Senado da mesma data. (7) Vaga ocupada pelo Senador Osmar Dias até 26.08.2003, conforme comunicação lida na Sessão do Senado da mesma data. (8) Vaga ocupada pelo Senador Jefferson Péres até 26.08.2003, quando passou a ocupar a vaga de titular deixada pelo Senador Osmar Dias. (9) Vaga ocupada pelo Deputado Edson Ezequiel até 08.09.2003, conforme indicação da Liderança do PSB lida na Sessão do Senado da mesma data. (10) Vagas ocupadas pelos Deputados Welinton Fagundes (titular) e Neucimar Fraga (Suplente) até 30.09.2003, conforme indicação da Liderança do Bloco PL/PSL lida na Sessão do Senado da mesma data. (11) Vaga ocupada pelo Senador João Batista Motta, que desligou-se do PPS e passou a integrar a bancada do PMDB a partir de 02.10.2003.

Secretaria: Câmara dos Deputados - Anexo II - Sala T/28 - 70160-900 Brasília - DF / Brasil Telefone: (55) (61) 318-8232 Fax: (55) (61) 318-2154 [email protected] www.camara.gov.br/mercosul CONGRESSO NACIONAL COMISSÃO MISTA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA (CCAI) (Art. 6º da Lei nº 9.883, de 1999)

COMPOSIÇÃO

Presidente: Senador EDUARDO SUPLICY 1

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

LÍDER DA MAIORIA LÍDER DA MAIORIA Deputado ARLINDO CHINAGLIA Senador TIÃO VIANA (PT-SP) (PT 2 - AC) 4

LÍDER DA MINORIA LÍDER DA MINORIA Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA Senador EFRAIM MORAIS (PFL-BA) (PFL-PB) 3

PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL EXTERIORES E DEFESA NACIONAL Deputada ZULAIÊ COBRA Senador EDUARDO SUPLICY 2 (PSDB-SP) (PT -SP) Atualizado em 04.02.2004

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Subsecretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SSCOP) Telefones: 311-4561 e 311-4552 [email protected] www.senado.gov.br/ccai Notas: 1 Conforme alternância estabelecida na 1ª Reunião da Comissão, realizada em 15.8.2001 (Ata publicada no DSF de 22.08.2001, pg. 17595). 2 Partido pertencente ao Bloco de Apoio ao Governo (PT/PTB/PSB/PL), no Senado Federal, constituído em 01.02.2003 (DSF de 02.02.2003, pg. 00338). 3 Partido pertencente à Liderança Parlamentar da Minoria (PFL/PSDB), no Senado Federal, constituída em 29.04.2003 (DSF de 30.04.2003, pg. 09125). 4 Maioria definida pela Mesa em sua 10ª reunião, realizada em 06.11.2003 (Ata publicada no DSF de 12.11.2003, pg. 36262) e comunica- da na Sessão do SF de 07.11.2003 (DSF de 8.11.2003, pgs.35936/35937). EDIÇÃO DE HOJE: 232 PÁGINAS