Direito Ao Esporte E Lazer E a Mercantilização Do Futebol: Copa Para Quem?
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - ICH DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL - SER PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA SOCIAL – PPPGPS O (NÃO) DIREITO AO ESPORTE E LAZER E A MERCANTILIZAÇÃO DO FUTEBOL: COPA PARA QUEM? PEDRO OSMAR FLORES DE NORONHA FIGUEIREDO BRASÍLIA 2017 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - ICH DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL - SER PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA SOCIAL – PPPGPS PEDRO OSMAR FLORES DE NORONHA FIGUEIREDO O (NÃO) DIREITO AO ESPORTE E LAZER E A MERCANTILIZAÇÃO DO FUTEBOL: COPA PARA QUEM? Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de doutor em política social. Orientadora: Profª Drª Ivanete Salete Boschetti BRASÍLIA 2017 Ficha catalográfica elaborada automaticamente, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Figueiredo, Pedro Osmar Flores de Noronha FF475( O (não) direito ao esporte e lazer e a mercantilização do futebol: Copa para quem? / Pedro Osmar Flores de Noronha Figueiredo; orientador Ivanete Salete Boschetti. -- Brasília, 2017. 325 p. Tese (Doutorado - Doutorado em Política Social) -- Universidade de Brasília, 2017. 1. Direito. 2. Marcadoria. 3. Futebol. 4. Copa. 5. Esporte e lazer. I. Boschetti, Ivanete Salete, orient. II. Título. PEDRO OSMAR FLORES DE NORONHA FIGUEIREDO O (Não) Direito ao Esporte e Lazer e a Mercantilização do Futebol: Copa para Quem? Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Política Social do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília. Banca Examinadora ________________________________________________ Professora Drª Ivanete Salete Boschetti (PPGPS/UnB) (Presidente) ________________________________________________ Professor Dr. Evilasio da Silva Salvador (PPGPS/UnB) (Membro Interno) ______________________________________________ Profª. Drª. Elaine Rossetti Behring (PPGSS/UERJ) (Membro Externo) ________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Mascarenhas (PPGEF/UnB) (Membro Interno) ________________________________________________ Prof. Dr. Lino Castellani Filho (PPGEF/UnB) (Membro Externo) Dedicatória Quando ingressei no doutorado, em abril de 2013, eu não imaginava o que os anos me aguardavam. O primeiro ano foi maravilhoso, consegui afastamento remunerado da SEDF e pude aproveitar, ao máximo, a experiência única de estudar com exclusividade. No entanto, logo em outubro desse mesmo ano, descobrimos que minha amada mãe, Vania Flores, estava com câncer. Iniciamos a luta contra a doença, e bastou dois meses para eu perceber que aquela experiência iria mudar a minha vida definitivamente. Em 2014, vivi na ponte aérea Brasília – São Paulo, para acompanhar o tratamento da minha mãe e para ficar juntinho a ela e conseguir cumprir os compromissos com o doutorado. Conclui com louvor todas as disciplinas. Após mais de 10 anos de ter saído do “ninho”, voltei para a colocar a mãe-coruja sob minhas asas. Foi um ano de muita luta e parecia que íamos vencer. Acreditávamos nisso, minha mãe mais do que todos nós. Assistimos à Copa do Mundo juntos. Ficamos estarrecidos com a derrota da Seleção Brasileira, por 7 a 1, contra a Alemanha. Conseguimos, enfim, passar alguns meses em Brasília. Foi quando me apaixonei e comecei a namorar Aninha. Após pequeno tempo de mar tranquilo, veio a tempestade e o oceano se revoltou. Minha mãe foi internada com Síndrome de Guillan Barret. Ficou paralisada na UTI. Meu pai, Procópio, também foi internado por mais de um mês e teve que fazer algumas safenas e mamárias para garantir que o coração conseguisse continuar batendo. Gratidão eterna a Dani e a Rafa por tudo que fazem e fizeram para o meu pai! Natal de 2014, meu pai e minha mãe na UTI. Pedi Ana Paula Cruz Penante Nunes em casamento. Ficamos noivos. Era meu farol, meu anjo! No Ano-novo, outro baque, minha sogra Illa descobriu que as dores na vesícula era um câncer devastador no pâncreas. Agora, quem me dera apoio e força precisou de meus cuidados também. No total, foram mais de 40 dias no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Quarto. Noites infindáveis sem dormir, confortando e cuidando de minha mãe. Muita fisioterapia, e, em 4 meses, estava andando e dançando novamente. O câncer já tinha dado metástase, as chances de cura já eram mínimas, mas minha mãe ainda acreditava. Em 26 de julho de 2015, casei-me. Uma festa linda, cercada das melhores pessoas, meu pai e meu sogro Guairacá estavam bem. Minha mãe e minha sogra, guerreiras, dançaram e se divertiram a festa inteira. No semestre em que se seguiu, eu continuava na ponte área para cuidar de minha mãe e de minha nova família. Em outubro, meu sogro contraiu uma meningite e ficou hospitalizado até fins de dezembro. Ainda podia passar algumas semanas com a esposa, que faleceria em janeiro de 2016. Nesta altura, os dois moravam comigo, minha esposa e meu cunhado, Gian. Meu sogro se recuperou fantasticamente, mais algumas sequelas e cuidados de saúde fez com que ele continuasse com gente. Esse foi o período mais duro, a doença avançava na minha mãe e a gente sentia que estava perdendo a luta. O que mais me conforta dessa época é a aproximação e ligação que tive com a minha mãe, os bons e alegres momentos que tive com essa figura tão especial. Em agosto de 2016, ela se foi! Mas seu amor ainda está presente em todas as coisas que faço, inclusive nesta tese. Peço desculpas se esta dedicatória é inadequada para adentrar à tese. Mas não sei ser diferente. Pois,... “[...] Metade de Mim é amor.... E a outra metade também1” Dedico esta tese para minha mãe, Vania Flores (in memoriam). A mulher mais corajosa que já conheci! Também dedico ao meu pai, Dr. Procópio Sobrinho. Pode se orgulhar, seu filho também é “doutor”! Aos meus sogros Illa Maria (in memoriam) e Guairacá. Por terem, principalmente, dado vida a... Ana Paula Cruz Penante Nunes, coautora do resto de minha vida! A quem, além de minha tese, dedico meus versos! 1 Música de Oswaldo Montenegro. Agradecimentos Primeiramente, Fora Temer. Não poderia deixar de escrever essas palavras, bem como, a intenção que materializa o desejo e a luta de milhões de trabalhadoras e trabalhadores desse país. Em tempos de retirada de direitos e contrarreformas, pode parecer ingenuidade querer estudar e buscar subsídios para entender a realidade do direito ao esporte e lazer no Brasil. No entanto, estamos convencidos do potencial do esporte e lazer, em contribuir para a organização da classe trabalhadora e para preencher de sentidos a vida humana. Falo isso, porque a conquista de um tempo disponível das obrigações e necessidades, nestes últimos quatro anos e meio, para que eu pudesse usufruir de uma prática de esporte e lazer, foram raras. O peso da construção de uma tese, em um tempo delimitado, tem como desdobramento um nível elevado de estresse no nosso dia a dia. Não pela tese em si, porque a pesquisa foi fascinante: as leituras, as descobertas, os debates, os filmes, as aulas, os grupos de estudos, as viagens, os congressos, são a parte boa que deixarão saudades. Mas os sacríficos, conjugados por situações imprevisíveis da vida e de responsabilidades adquiridas, assim como, as situações de grande impacto emocional cravaram um tempo de estudo materializado em lágrimas, dor, suor e estresse. Invariavelmente, também jorrava em mim, vindo de tantas pessoas, muito amor, carinho, generosidade, solidariedade, amizade e compreensão. A todas essas pessoas, devo minha profunda gratidão, algumas nomearei aqui, mas todas estarão gravadas em meu coração. A menção mais especial vai para a minha esposa, Ana Paula, que ressignificou a minha vida. Companheira dos melhores e piores momentos que já vivenciei. Sempre ao meu lado, no amor e na luta, juntinhos. Nossa história de amor é a mais bonita que existe. Amor da minha vida, se não fosse por você, este trabalho não teria sido concluído. Obrigado por tudo! Só sei te amar! Agradeço, em seguida, à minha orientadora, Prof.ª Ivanete Boschetti, pela coragem e confiança em aceitar me orientar, mas principalmente pela generosidade e compreensão que ultrapassam a questão acadêmica. Você possui todo meu respeito e admiração! Espero ter correspondido às suas expectativas. Agradeço aos membros da banca, professores e professoras, que muito admiro. Professora Elaine Behring, obrigado por ter me recebido na UERJ, por alguns meses, e ter contribuído para o enriquecimento da minha formação e com a escrita desta tese. Estendo meus agradecimentos aos membros do GOPPS (Grupo de Estudos em Orçamento Público e Políticas Sociais), pelo acolhimento e aprendizado coletivo. A UERJ resiste! Agradeço ao Professor Evilásio Salvador, pelas conversas e questionamentos acerca da tese, e por ter propiciado meu Doutorado Sanduíche na UERJ, por meio do PROCAD. Em nome dele, estendo também minha gratidão aos membros do GESST (Grupo de Estudo em Seguridade Social e Trabalho) da UnB. Aproveito para agradecer, especialmente, ao Matheus Magalhães, que literalmente me salvou de várias “ciladas” que me meti, quando me aventurei a estudar o financiamento e fundo público. Aos professores Fernando Mascarenhas e Lino Castellani, que me ajudaram na intermediação da Política Social com a nossa área: Educação Física, esporte e lazer. Tão combalida, tão entregue às ilusões mercadológicas desses tempos sombrios. Seguimos na trincheira. Obrigado pelo exemplo de luta e amizade! Ao Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade de Brasília (PPGPS/UnB), que me acolheu por pouco mais de 4 anos e me encheu de orgulho e felicidade por fazer parte de tudo isso. Agradeço à Domingas, doutora honoris causa, e alma do curso, por todo apoio dispensado. À Jucileide, Marta, Maísa, Laura e Luís Hermida, Dani, Damásio, Vivi, Carla Beatriz, Aline, Ana Paula, Priscila, Talita, Cecília, Marco Antônio, Paulinha, Júlio César, Anderson, Hannah e tantos outros que tive o privilégio de compartilhar estudos e reflexões. Saudades define! Ao AVANTE (Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer), e aos grandes amigos Pedro Athayde, Juarez Sampaio, Roberto Liáo, Marcelo Húngaro, Daniel Cantanhede, Samir Santos, Nadson, Mariângela, Victor Húngaro, Mariana Lopes, Carol Moniz e Rebeca Saminez.