Universidade Federal Da Paraíba Centro De Ciências

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Universidade Federal Da Paraíba Centro De Ciências UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CAMPUS I CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO – CAMPUS IV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA PHELIPE CALDAS PONTES CARVALHO O BELO E SUAS TORCIDAS: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS FORMAS DE PERTENCIMENTO QUE CERCAM O BOTAFOGO DA PARAÍBA JOÃO PESSOA / RIO TINTO 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CAMPUS I CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO – CAMPUS IV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA PHELIPE CALDAS PONTES CARVALHO O BELO E SUAS TORCIDAS: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS FORMAS DE PERTENCIMENTO QUE CERCAM O BOTAFOGO DA PARAÍBA Dissertação submetida pelo mestrando Phelipe Caldas Pontes Carvalho à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Antropologia pelo Programa de Pós- Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba. Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Paz Tella JOÃO PESSOA / RIO TINTO 2019 Catalogação na publicação Seção de Catalogação e Classificação C331b Carvalho, Phelipe Caldas Pontes. O Belo e suas Torcidas: um estudo comparativo sobre as formas de pertencimento que cercam o Botafogo da Paraíba / Phelipe Caldas Pontes Carvalho. - João Pessoa, 2019. 202 f. : il. Orientação: Marco Aurélio Paz Tella. Dissertação (Mestrado) - UFPB/CCHLA. 1. Botafogo-PB. 2. Futebol. 3. Torcidas. 4. Antropologia Urbana. 5. Identidades. I. Tella, Marco Aurélio Paz. II. Título. UFPB/BC PHELIPE CALDAS PONTES CARVALHO O BELO E SUAS TORCIDAS: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE OS MÚLTIPLOS PERTENCIMENTOS QUE CERCAM O BOTAFOGO DA PARAÍBA BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. Dr. Marco Aurélio Paz Tella (Orientador) Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFPB _________________________________________________________ Profª. Drª. Márcia Reis Longhi (Examinadora interna) Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFPB _________________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Henrique de Toledo (Examinador externo) Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFSCar _________________________________________________________ Prof. Dr. Artur Fragoso de Albuquerque Perrusi (Examinador externo) Programa de Pós-Graduação em Sociologia – UFPE Ao meu saudoso pai, minha primeira e maior inspiração acadêmica. Meu técnico, meu capitão, meu goleador, meu mais fiel defensor. Este título é nosso, Chicão. Agradecimentos As grandes jornadas da vida de uma pessoa nunca são frutos de voos solos. Para se tornarem realidade, uma imensidão de pessoas, direta e indiretamente, torna-se corresponsável. Quase coautores de nossos feitos. Com o mestrado, obviamente, isso não foi diferente, de forma que tenho obrigação de listar aqueles que estiveram ao meu lado ao longo de todo esse processo. Para começo de conversa, antes de tudo e de todos, preciso citar Pollyana, a minha Pollyzinha, esposa, companheira, amiga. Parceira de aflições, de noites em claro, de debates e de reflexões. Aquela que primeiro me apoiou, aquela que por último relaxou, apenas quando tudo já era realidade. Obrigado, querida. Este projeto seria impossível sem seu apoio irrestrito. Ademais, preciso agradecer com a maior das intensidades ao professor Marco Aurélio Paz Tella, que bem mais do que um orientador se apresentou como um amigo. Como uma pessoa sempre sorridente, sempre disposta, sempre apta para ajudar, para tirar dúvidas, para tomar umas cervejas com o objetivo de minimizar a ansiedade que me é típica. Conhecer Marco foi uma das gratas surpresas que esta retomada de vida acadêmica me proporcionou, e foi uma convivência tão aprazível que acabou se estendendo também para a querida Renata e para os maravilhosos João e Tomás. Obrigado a eles também. Para além disso, cito minhas irmãs, Camila e Amanda; meu cunhado, Daniel; meu sobrinho, Guilherme; meu sogro, Eudes; minha cunhada e concunhado, Yluska e Kaiser; meus compadres, Jhonathan e Gleysciane, assim como suas filhas, Alice e Bia (essa última a minha afilhada); de diferentes formas, todos me ajudaram. Com diferentes frequências, todos cederam seus respectivos tempos para conversar, para transformar encontros em sessões de terapia, em reflexões coletivas, em incursões na pesquisa que me ajudaram a pensar tudo sobre ângulos outros. De certa forma, também, ajudaram-me a conviver melhor com a saudade, com o vazio proporcionado pela dolorida ausência de meus pais. Pais a quem, aliás, ofereço um tributo póstumo. Afinal, sou legado deles. Carrego seus sobrenomes. Suas histórias. Meus feitos são feitos deles. São ações conjuntas que contam com a participação indireta de ambos. Obrigado, então, painho e mainha, por me forjarem de forma que eu visse o conhecimento, a curiosidade, o estudo, a pesquisa, como algo que constantemente precisava ser buscado e alcançado. Meu pai, a propósito, durante quase 40 anos, foi professor da Universidade Federal da Paraíba. E para mim foi uma honra retornar à mesma instituição para fazer o meu mestrado. Da academia, aliás, tenho muita gente mais a citar. Para começar, gostaria de registrar o carinho pela minha turma, pesquisadoras e pesquisadores como eu, companheiras e companheiros de sala de aula, que durante dois anos dividiram os desafios das leituras, dos artigos, das viagens e congressos. Em nome de Fernanda Brandão, Camila Borges e Ivandielly Menezes, a quem cito nominalmente, homenageio igualmente os demais. Quero fazer menção especial também ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnografias Urbanas, o Guetu, grupo de pesquisas que me acolheu e me apresentou à Antropologia antes de todos os demais. Vindo da graduação em Comunicação Social, eu me senti perdido nos meus primeiros momentos como pretenso antropólogo, e foi o Guetu quem me ajudou a tornar tudo mais familiar. Agradeço, pois, ao próprio Marco (já citado aqui) e à professora Luciana Ribeiro, coordenadores do Guetu; e a mais alguns, a quem em nome deles agradeço aos demais: Yna Martins (Sassá), Deyse Brandão, Claudiovan Ferreira, Ana Carol Paz e Samara Klislane. Todas pessoas queridas que levarei no coração pelas vivências e pelos afetos compartilhados nos corredores da universidade, nos botecos, nas angústias diante dos prazos sempre apertados. Também do meio acadêmico, mas de fora do Guetu e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPB, merecem destaque os professores Edônio Alves, Luiz Fernando Dal Pian, Eurico Cursino dos Santos, Agda Aquino, Laerte Cerqueira, Marcílio Franca Filho e Luiz Antônio Mousinho, que em diferentes momentos colaboraram com suas sapiências e experiências para o sucesso desta empreitada. Gostaria de dedicar espaço especial ainda para agradecer a uma longa lista de amigos jornalistas que colaboraram com esta minha caminhada, como André Resende, Maurício Melo, Taiguara Rangel, Edgley Lemos, Felipe Gesteira, Expedito Madruga, Cógenes Lira, Kako Marques, Hévilla Wanderley, Lidiane Gonçalves, Diego Rolim, Raniery Soares, Pedro Alves, Rammom Monte, Ramon Costa e Cadu Vieira (este último, competente revisor a quem confio todos os meus livros, todos os meus textos, todos os meus rabiscos em pedaços de guardanapo). Agradeço também ao sempre solícito Jackson Luciano, que não é da área, mas que eu só conheci graças ao jornalismo Penso também nos pesquisadores que encontrei Brasil afora e que seria impossível nominar todos. E, não menos importante, nos torcedores botafoguenses dos mais diversos grupos. Sobre esses últimos, um “muito obrigado” especial a todos os que fazem o Loucos pelo Belo, a Torcida Jovem do Botafogo-PB e a Império Alvinegro 1931 – A Resistência, os três grupos pesquisados por mim de forma mais próxima. Agradeço também à Fúria Independente, que acabou virando companheira de viagem num dos momentos mais intensos da pesquisa. Da mesma forma que cumprimento aqui e presto minhas homenagens a todos os demais torcedores que, em algum momento desses últimos dois anos, conversaram comigo, explicaram qualquer detalhe, pularam próximo a mim, choraram ao meu lado. Foi uma honra e um prazer viver essa experiência ao lado de todos vocês. Foi um privilégio escrever sobre essas torcidas e esses torcedores. Seria impossível citar todos, mas seria igualmente injusto não citar alguns que abriram bem mais portas do que outros: Lincon, Guarabira, Cléber, Carlos, André Felipe, Vinícius. Citando esses apaixonados, cito simbolicamente todos os demais botafoguenses. Por fim, agradeço ainda à professora Luciana Ribeiro (já citada aqui) e ao professor Artur Fragoso de Albuquerque Perrusi, integrantes de minha banca de qualificação, pela valorosa colaboração e pelos apontamentos no meio de todo o processo que foram tão importantes para as correções de rumo desta pesquisa. Indistintamente, obrigado a todos vocês. “Times de futebol são extremamente inventivos nas formas que encontram para causar sofrimentos a seus torcedores”. Nick Hornby, em Febre de Bola. Resumo A pesquisa dialogou mais fortemente com três grupos distintos de torcedores do Botafogo da Paraíba com o objetivo de realizar um estudo comparativo sobre eles. O objetivo era mostrar que aquilo que a mídia, certas instituições governamentais, forças policiais, entre outros, chamam genericamente de “torcida de futebol de um mesmo clube” não é nunca uma unidade, não é nunca algo homogêneo, livre de tensões ou rivalidades internas. Mas, ao contrário, as diferentes identidades torcedoras que cercam um mesmo clube vão criar seus próprios territórios, seus próprios lugares antropológicos, suas próprias relações de alianças e de rivalidades, que
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