Instituto De Artes Programa De Pós-Graduação Em Música

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Instituto De Artes Programa De Pós-Graduação Em Música UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA PAOLA BARON ANALISI DI UNA SEGRETA SIMMETRIA: CORRESPONDÊNCIAS E MULTIPLICIDADES EM LUCIANO BERIO E FLO MENEZES SÃO PAULO 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA PAOLA BARON ANALISI DI UNA SEGRETA SIMMETRIA: CORRESPONDÊNCIAS E MULTIPLICIDADES EM LUCIANO BERIO E FLO MENEZES Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como exigência parcial para a obtenção do título de Doutora em Música. Orientador: Prof. Dr. Florivaldo Menezes Filho SÃO PAULO 2018 Ficha catalográfica preparada pelo Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Artes da UNESP B265a Baron, Paola, 1980- Analisi di una segreta simmetria : correspondências e multiplicidades em Luciano Berio e Flo Menezes / Paola Baron. - São Paulo, 2018. 265 f. : il. Orientador: Prof. Dr. Florivaldo Menezes Filho. Tese (Doutorado em Música) – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Instituto de Artes. 1. Menezes Filho, Florivaldo - 1962. 2. Berio, Luciano - 1925-2003. 4. Estruturalismo. 5. Musica - Filosofia e estetica. 6. Música - Análise, apreciação. 5. Musica para harpa. I. Menezes Filho, Florivaldo. II. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Artes. III. Título. CDD 787.9 (Mariana Borges Gasparino - CRB 8/7762) Paola Baron Analisi di una segreta simmetria: Correspondências e multiplicidades em Luciano Berio e Flo Menezes Tese aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Música no programa de Pós-Graduação em Música, do Insituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – Unesp Banca Examinadora Presidente e Orientador Prof. Dr. Flo Menezes Filho (UNESP) _______________________________________________ Examinador Prof. Dr. Nahim Marun (UNESP) ___________________________________ Examinadora Profa. Dra. Yara Caznok (UNESP) _____________________________________ Examinador Prof. Dr. Leonardo Martinelli (FASM) _______________________________________ Examinador Prof. Dr. Paulo Zuben (Santa Marcelina Cultura – EMESP) _______________________________________________________ São Paulo, 26 de fevereiro de 2018 Não existe nenhuma lei que possa obrigar o indivíduo a sentir prazer se ele não quiser (seja qual for a razão de sua resistência); nem existe uma lei que possa obrigar a escutar: a liberdade de escuta é tão necessária quanto a liberdade de palavra. Roland Barthes Ao meu pai, Paolo, um livre aquariano (in memoriam) AGRADECIMENTOS Quando cheguei em São Paulo, em agosto de 2007, graças à vaga de harpista conseguida na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), fiquei encantada com a multiplicidade do cenário musical da cidade. Em particular, me dei conta do destacado panorama da música eletroacústica (com a qual até então tinha entretido poucos, mas catalisadores contatos na Europa), quando no final daquela temporada a Osesp realizou a estreia de Crase, magnífica obra de Flo Menezes para grande orquestra e live-electronics. Desde essa época, comecei a maturar a vontade de mergulhar nesse universo atual – e relativamente desconhecido – por meio de um percurso de estudos que permitisse me aprofundar no campo eletroacústico e, ao mesmo tempo, se conjugasse com o meu interesse pessoal pelo compositor Luciano Berio. A motivação inicial deste estudo remonta ao começo dos anos 2000, quando ainda morava na Itália. Na época, praticava o meu instrumento no apartamento de minha avó Lea, uma pessoa de brilhante inteligência e curiosidade, mas com ferramentas culturais limitadas, que do meu repertório de estudo apreciava as obras significativas de música contemporânea, especialmente Sequenza II de Luciano Berio. Essa peça se tornou objeto da minha dissertação de mestrado em harpa na Universade Mozarteum (Salzburgo), em 2006, e também do meu mestrado em Relações Públicas na Itália, em 2004, quando, sob a orientação do professor Panzini, exímio semiólogo, me aproximei do universo conceitual de Berio (começando a estudar os trabalhos de Umberto Eco e Claude Lévi- Strauss, entre outros) e abordei alguns aspectos da relação entre música e linguagem, considerando o caso de Sequenza II e do breve dístico escrito por Edoardo Sanguineti. Porém, sabia que ainda não tinha me aprofundado suficientemente nas vertentes teóricas e que me faltava um sério enfoque analítico sobre a peça, por falta de habilidades, de maturidade e, também, de mentores que me ajudassem a costurar o diálogo entre campos distintos, como é o caso da música, da linguística e da filosofia estética. Observando as preferências da minha avó, comecei a me perguntar como uma pessoa inteligente, mas sem qualquer tipo de erudição, conseguia apreciar criações complexas e multifacetadas (como Sequenza II, mas também obras de Cage ou Donatoni) em lugar de preferir alguma peça de interpretação mais óbvia e simples, que com certeza não falta no repetório de harpa. Essa questão se conjugou com o encantamento por aquela primeira audição de Crase. De imediato, percebi que alguns traços uniam a criação de Menezes com a produção de Berio e resolvi analisar e tentar uma tessitura dessas linhas de conjunção. Nasceu, assim, a hipótese que anima este estudo: a de que o estruturalismo, em sua mais ampla e contemporânea acepção, seria um veiculador de beleza e arrebatamento, mesmo em um nível inconsciente da percepção do ouvinte. Nada teria sido possível sem o amparo do meu orientador, o compositor Flo Menezes. Considero-me extremamente afortunada por ter ele me aceitado como doutoranda e ainda mais por ter sido agraciada com a dedicatória de sua belíssima peça para harpa e live-electronics, …donde solo las plantas suenan…, cuja análise e gravação integram o presente estudo. As aulas e as conversas ao longo desses quatro anos foram sempre intensas, vivificantes, repletas de estímulos e ideias, abrindo espaço para múltiplas direções. É raro encontrar em uma única pessoa a mesma profundidade de especulação, veia criativa e perícia de composição; seu tempo, sua dedicação e seus incentivos foram para mim uma autêntica dádiva. Agradeço a Bruna Sanjar Mazzilli, que com muita paciência realizou a revisão do meu português, às vezes tímido, às vezes labiríntico, captando nas entrelinhas minhas ideias e intenções e contribuindo a desenvolvê-las, indo muito além da simples retificação linguística. A competência de Daniel Avilez, técnico de som do Studio PANaroma, foi de fundamental importância nos dias de gravação de …donde solo las plantas suenan… e Sequenza II. Seu ouvido refinado e seu jeito encorajador foram uma contribuição insubstituível. Agradeço também aos funcionários da secretaria administrativa do Instituto de Artes da Unesp, em particular a Fabio Akio Maeda, pela paciência e prontidão com a qual todos as pendências foram resolvidas. Impossível relembrar todos os amigos que me apoiaram nesse período, com carinho e troca de pensamentos e sugestões. Porém, quero agradecer a Rubén Zúñiga, que com seu quarteto de percussionistas foi a ponte para meu primeiro contato com Flo Menezes; ao professor Leonardo Martinelli, que norteou minhas primeiras leituras e foi uma constante fonte de inspiração; e ao professor e colega Alex Buck, que me ajudou no processo de análise das duas obras deste estudo e propiciou uma primeira execução (em uma espécie de Hausmusik com seus alunos na Emesp) de …donde solo las plantas suenan…. Por fim, não posso deixar de agradecer à minha família: minha mãe, que, mesmo a distância, por meio dos nossos telefonemas cotidianos, acompanhou página por página a formação deste estudo, enconrajando-me e alfinetando-me como apenas ela sabe fazer; e meu marido Fernando, que, além de todas as suas outras qualidades, tem uma paciência (quase) inesgotável com esta teimosa italiana do Norte. RESUMO Nesta tese são analisadas as técnicas compositivas utilizadas por Luciano Berio e Flo Menezes e são comparadas suas respectivas concepções musicais, tentando demonstrar um comum embasamento dessas ideias no pensamento estruturalista. Para tanto, a primeira parte deste trabalho é dedicada a analisar as diversas proposições teóricas do estruturalismo com os argumentos de Claude Lévi-Strauss, Umberto Eco e Vladimir Propp. Seguimos com algumas ponderações de Ferdinand de Saussure, Roman Jakobson e Roland Barthes sobre questões de linguística e, por fim, com conceitos da estética musical, presentes nas reflexões de Enrico Fubini, considerando também algumas das especulações elaboradas por Theodor Adorno, Robert Jauss, Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty. Na segunda parte, as formulações apresentadas são declinadas no universo conceitual de Berio e Menezes, evidenciando as perspectivas teóricas individuais dos dois compositores. Em seguida, são analisadas exaustivamente as duas obras para harpa solo escritas pelos dois autores: Sequenza II, de Berio, e …donde solo las plantas suenan…, de Menezes, com especial atenção ao processo genético e compositivo. Nessa etapa de análise e confronto, procuramos validar a hipótese de que a reelaboração peculiar e a aplicação subjacente de princípios filosóficos e musicais de matriz estruturalista resultam na presença do Belo nas obras dos dois compositores. Palavras-chave: Luciano Berio; Flo Menezes; harpa; estruturalismo; Beleza. ABSTRACT This research analyses the compositional techniques used by Luciano Berio and Flo Menezes, and compares their musical conceptions trying to demonstrate
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