Estratégias Dos Limites De Fronteira Do Brasil
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UFSM Dissertação de Mestrado ESTABELECIMENTO DE ESTÂNCIAS: ESTRATÉGIA IMPOSTA PELA COROA LUSO- BRASILEIRA NA FIXAÇÃO DOS LIMITES DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL Juliana Rossato Santi MILA Santa Maria, RS, Brasil 2004 ESTABELECIMENTO DE ESTÂNCIAS: ESTRATÉGIA IMPOSTA PELA COROA LUSO- BRASILEIRA NA FIXAÇÃO DOS LIMITES DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL por Juliana Rossato Santi Dissertação apresentada ao Mestrado de Integração Latino Americana, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial de obtenção do grau de Mestre em Integração Latino Americana MILA Santa Maria, RS, Brasil 2004 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Mestrado em Integração Latino Americana A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado ESTABELECIMENTO DE ESTÂNCIAS: ESTRATÉGIA IMPOSTA PELA COROA LUSO-BRASILEIRA NA FIXAÇÃO DOS LIMITES DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL elaborada por Juliana Rossato Santi como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Integração Latino Americana COMISSÃO EXAMINADORA: ________________________________________________ Dr. Saul Eduardo Seiguer Milder – UFSM (Presidente/Orientador) ___________________________________________________ Dr. Júlio Quevedo– UFSM ___________________________________________________ Dr. André Átila Fertig– UFSM Santa Maria, 03 de Setembro 2004. 4 No nos engañemos: la imagen que tenemos de otros pueblos, y hasta de nosotros mismos está asociada a la Historia tal como se nos contó cuando éramos niños. Ella deja su huella en nosotros para toda la existencia. Sobre esta imagen, que para cada quien es un descubrimiento del mundo y del pasado de las sociedades, se incorporan de inmediato ideas fugitivas o duraderas, como un amor..., al tiempo que permanecen, indelebles, las huellas de nuestras primeras curiosidades y de nuestras primeras emociones. (Marc Ferro) iv AGRADECIMENTOS Ao Professor Saul Eduardo Seiguer Milder pela segura orientação e ensinamentos, pela confiança em minha capacidade e ajuda em meu crescimento profissional. Agradeço principalmente pelas suas palavras “toscas”, mas amigáveis, que fizeram com que a persistência fosse meu guia no decorrer do trabalho. A minha família, Alan e Júlia, cujos agradecimentos sempre serão poucos. Duas pessoas imprescindíveis em todos os bons momentos que a vida me proporcionou. Agradeço a Júlia pela sua existência, carinho e amor. Ao Alan por disponibilizar os estímulos necessários para a continuidade desta caminhada, e principalmente pelo seu amor. Aos meus pais Olavo e Maria símbolos de que a vida é uma guerra interminável, mas cujas batalhas são vencidas com calma, carinho e compreensão com “um dia após o outro”. A José Luis e Teresinha, sólidas razões para se acreditar que o amor é uma chama, que deve ser acesa todos os dias. Também pelo carinho e confiança depositada em mim. Aos amigos do Laboratório de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (LEPA) (Neli, Lúcio, Guto, Daniel em especial) pelos cafezinhos, pelas conversas e principalmente pela ajuda nos momentos de desânimo durante a construção deste trabalho. Á Neli Machado e Cynthia Haigert pela amizade e incentivos constantes. Ao Professor Danilo Assumpção dos Santos pela sua disponibilidade e atenção em fornecer documentos de pesquisa. Á Universidade Federal de Santa Maria pelo seu acolhimento durante quase oito anos de estudos desde a Graduação, em especial aos funcionários e professores do Programa de Mestrado em Integração Latino Americana. v SUMÁRIO LISTA DE TABELAS __________________________________________ VII LISTA DE FIGURAS ___________________________________________VIII RESUMO ______________________________________________________ IX ABSTRACT____________________________________________________ XI RESUMEN____________________________________________________XIII INTRODUÇÃO__________________________________________________ 1 1. CAPÍTULO I – DEFINIÇÕES NO CONTEXTO FRONTEIRIÇO ____ 10 1.1 LIMITES E FRONTEIRAS________________________________________ 10 1.2 LEIS E ORDENAÇÕES __________________________________________ 15 1.3 MUNICÍPIOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL COM O URUGUAI _____________________________________________________________ 16 1.4 SESMARIAS E ESTÂNCIAS ______________________________________ 20 1.5 ATORES SOCIAIS QUE COMPÕE UMA ESTÂNCIA NO SÉCULO XIX_________ 28 2. CAPÍTULO II – ESTABELECIMENTO DE ESTÂNCIAS: ESTRATÉGIA NA IMPOSIÇÃO DOS LIMITES BRASILEIROS NA FRONTEIRA OESTE DO RS/URUGUAY NO SÉCULO XIX__________ 31 2.1 A QUESTÃO DA DEMARCAÇÃO DOS LIMITES ________________________ 31 2.2 A QUESTÃO DA APROPRIAÇÃO E POSSE DA TERRA ___________________ 49 2.3 A QUESTÃO DA FRONTEIRA BRASIL/URUGUAY E SUAS ESTÂNCIAS COMO FATOR CONSOLIDADOR DOS LIMITES NACIONAIS._______________________ 61 2.4 RELAÇÃO ENTRE OS PROPRIETÁRIOS DE TERRAS E A ORGANIZAÇÃO DE SUAS ESTÂNCIAS COM A CONFIGURAÇÃO DA FRONTEIRA OESTE ________________ 78 vi 3. CAPÍTULO III – FORMATAÇÃO DA ESTRUTURA ESTANCIEIRA E SEUS ATORES SOCIAIS A PARTIR DA ANALOGIA ENTRE A VISÃO DOS VIAJANTES NO SÉCULO XIX E DA ARQUEOLOGIA ATUAL__ 98 3.1 O CONTEXTO _______________________________________________ 98 3.2 ESTÂNCIAS: VISUALIZAÇÃO MATERIAL __________________________ 102 3.3 ESTÂNCIAS: VISUALIZAÇÃO COMO CENTRO PRODUTIVO______________ 109 3.4 ESTÂNCIAS: VISUALIZAÇÃO DO COTIDIANO GUERREIRO______________ 111 3.5 ESTÂNCIAS: VISUALIZAÇÃO DOS ATORES SOCIAIS __________________ 114 CONCLUSÃO _________________________________________________ 121 BIBLIOGRAFIA_______________________________________________ 125 ANEXO 1 _____________________________________________________ 135 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Medidas usadas para dimensionar a terra no século XIX. ________ 26 Tabela 2 – Registros Paroquiais de Alegrete (Transcrição - CEPA). Livro de Batismo 01. _____________________________________________________ 71 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Povoamentos ao longo da linha divisória entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai.________________________________________________________ 12 Figura 2 – Retrata a primeira divisão administrativa municipal no Rio Grande do Sul em 1809. ____________________________________________________ 18 Figura 3 – Municípios que se formaram na primeira metade do século XIX. __ 19 Figura 4 – Definição da fronteira do Rio Grande do Sul/Uruguai em 1810 e 1820. _______________________________________________________________ 23 Figura 5 – Frentes de ocupação do Rio Grande do Sul. ___________________ 33 Figura 6 – Distribuição das sesmarias no Rio Grande do Sul durante o século XVIII. _________________________________________________________ 34 Figura 7 – América do Sul e o Tratado de Tordesilhas de 1494. ____________ 37 Figura 8 – Tratado de Madrid e de Santo Ildefonso.______________________ 46 ix RESUMO Dissertação de Mestrado Mestrado de Integração Latino Americana Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil ESTABELECIMENTO DE ESTÂNCIAS: ESTRATÉGIA IMPOSTA PELA COROA LUSO-BRASILEIRA NA FIXAÇÃO DOS LIMITES DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL Autora: Juliana Rossato Santi Orientador: Saul Eduardo Seiguer Milder Local e data: Santa Maria, 03 de Setembro de 2004. O presente estudo se projeta a uma tentativa de demonstrar a consolidação dos limites do Estado Nacional Brasileiro, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul com o Uruguay na primeira metade do século XIX (1801 – 1850), partindo da apropriação e posse das terras devolutas permitidas pela Coroa Portuguesa através do regime de doações de sesmarias, incentivando assim a fixação de estâncias para a realização de seu interesse em fixar esses limites. Assim, demonstra-se à relação dos proprietários das estâncias com a configuração da Fronteira Oeste na primeira metade do já citado século. Para a realização deste estudo utiliza-se além da bibliografia pré-existente, relatos de viajantes e da arqueologia que trazem consigo a realidade da época, bem como, a retratação do cotidiano e das relações materiais e sociais dentro do universo estancieiro; e ainda, engloba-se aqui o recurso da documentação que corrobora com a metodologia citada. Constata-se que a fixação de pessoas à terra neste universo rural e longínquo torna-se necessária devido às sucessivas tentativas de domínio espanhol pela fronteira. A Fronteira Oeste vai ser definida pelas suas limitações territoriais estancieiras e configurada culturalmente dentro destes padrões. Percebe-se ainda que a partir da instalação da Lei de Terras de 1850, nesta região, ou seja, com a passagem da posse para a propriedade particular, a Coroa praticamente forçou uma definição fronteiriça. Neste contexto, perpetua-se a instituição latifundiária: as antigas x sesmarias ficam com os grandes senhores, as terras devolutas apossadas e não registradas foram devolvidas a Coroa e o resultado disso é que temos hoje imensos espaços sub aproveitados como se fossem fronteiras internas em que nossa noção não penetra. xi ABSTRACT Dissertation of Master Master of American Latin Integration Federal University of Santa Maria, RS, Brazil ESTABLISHMENT OF STAYS: STRATEGY IMPOSED BY THE LUSO- BRAZILIAN CROWN IN THE FIXAÇÃO DOS LIMITES OF THE FRONTEIRA OESTE OF THE BIG RIVER OF THE SOUTH Author: Juliana Rossato Santi Advisor: Saul Eduardo Seiguer Milder Site and date: Santa Maria, 03 Setember 2004. The present study if it projects her/it an attempt of demonstrating the consolidation of the limits of the Brazilian National State, in the Fronteira Oeste of Rio Grande do Sul with Uruguay in the first half of the century XIX (1801 - 1850), leaving