Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/185 Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1255-1259 IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: 0873-948X; e-ISSN: 1647-581X

Do Proterozoico da Serra da Leba (Planalto da Humpata) ao Cretácico da Bacia de (). A geologia de lugares com elevado valor paisagístico

From the Proterozoic of Leba Hill (Humpata Plateau) to the Cretaceous of the Benguela Basin, Angola. The geology of places with high landscape value

L. V. Duarte1,2,*, P. M. Callapez1,3, A. Kalukembe4, A. Gonçalves5, J. C. Segundo6, 7 8 5 9 L. Lapão , M. E. Prata , M. Bandeira , A. T. Cristino Artigo Curto Short Article

© 2014 LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP

Resumo: Angola possui um vasto conjunto de belezas naturais que 5Universidade Katyavala Bwila, Instituto Superior de Ciências da Educação de resultam da sua ampla geodiversidade, revelando um enorme Benguela, Angola. potencial geoturístico. Apesar deste valioso atributo, o conhecimento 6Instituto Superior Politécnico Maravilha, Benguela, Angola. geológico de grande parte desses locais é claramente diminuto. 7Partex Oil & Gas, Portugal. Baseado no recente concurso “7 Maravilhas de Angola” e em 8Direcçâo Provincial da Educação, Ciência e Tecnologia da Província do trabalhos de campo recentemente efetuados na região oeste e Kuanza Sul –, Angola. sudoeste de Angola, caracteriza-se e sistematiza-se a informação 9Magistério Primário de Nambambi, , Angola. geológica associada a quatro dos locais postos a concurso, onde é *Autor correspondente / Corresponding author: [email protected] reconhecido um elevado valor paisagístico e iconográfico. São eles a Serra da Leba, o -Praia, as Grutas da Sassa e a Cachoeira do Binga, lugares que se inserem nas províncias do Namibe-Huíla, 1. Introdução Benguela e Kwanza Sul. Estes geossítios, enquadrados por diferentes contextos geomorfológicos, têm o seu ponto comum no registo A geologia, integrada com outras componentes do espaço sedimentar carbonatado, desde as sucessões dolomíticas do natural, constitui hoje uma vertente consagrada do turismo Proterozoico do Planalto da Humpata às séries cretácicas da Bacia de (geoturismo; e.g. Dowling, 2010). O presente trabalho nasce Benguela. Com estes novos dados pretende-se ampliar e promover o na sequência do recente concurso dedicado à eleição das 7 conhecimento geológico destes locais singulares de Angola. Maravilhas Naturais de Angola (SMNA, 2013), uma Palavras-chave: Património geológico, Registo carbonatado, iniciativa que pretende pôr em relevo lugares de exceção do Planalto da Humpata, Bacia de Benguela, Angola. ponto de vista geoturístico, alguns deles conhecidos além Abstract: Angola shows a large number of natural beauties that fronteiras. Por coincidência, na lista de nomeações figuram result from its wide range geodiversity, revealing a high geotouristic quatro locais que têm sido objeto de novos trabalhos de potential. Despite these important attributes, the geological investigação, todos eles em curso e de forma independente, knowledge of these sites is low. Based on the recent contest “Seven Natural Wonders of Angola” and in field work recently developed in nos domínios da geologia sedimentar, estratigrafia, recursos the west and southwestern Angola, we characterize and summarize geológicos, cartografia e património geológico (e.g. the geological information associated with four locations, where high Kalukembe, 2010). São os casos da Serra da Leba, do Egito- landscape and iconographic values have been recognized. They are Praia, das Grutas da Sassa e da Cachoeira do Binga (Fig. 1; the Leba Mountain, Egito-Praia, Sassa Caves and Binga Waterfalls, ver coordenadas na Tabela 1), lugares onde a geomorfologia localities that are included in the Namibe-Huíla, Benguela and e a geologia são preponderantes na sua individualização Kwanza Sul Provinces. These geosites, framed by different geomorphological features, have their common feature in the como lugares de elevado impacto paisagístico e, por carbonate sedimentary record, from the dolomitic Proterozoic of consequência, de interesse geoturístico. Porque estes locais Humpata Plateau to the Cretaceous deposits of the Benguela Basin. carecem de uma fundamentação científica quanto ao seu With this new information we intend to enhance and promote the valor intrínseco como património geológico (ver questões geological knowledge of these singular sites of Angola. metodológicas in Brilha, 2005), o presente trabalho constitui Keywords: Geological heritage, Carbonate record, Humpata Plateau, uma contribuição para o conhecimento geológico e Benguela Basin, Angola. estratigráfico, à luz de novas observações in situ, de análises laboratoriais (petrográficas, mineralógicas e geoquímicas) e 1 Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Ciências da da leitura crítica do acervo bibliográfico existente. Com este Terra, Portugal. estudo pretende-se atualizar e potenciar o conhecimento 2IMAR-CMA, Universidade de Coimbra, Portugal. 3Centro de Geofísica, Universidade de Coimbra, Portugal. geológico, de modo que esta informação possa sustentar 4Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla, Lubango, Angola programas futuros de valorização destes locais.

1256 L. V. Duarte et al. / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1255-1259

Fig. 1. Aspetos geomorfológicos e estratigráficos dos quatro locais em estudo. A: Parte da sucessão dominantemente siliciclástica do Grupo da Chela na Serra da Leba. B: Sucessão margo-calcária da Fm de Quissonde nas arribas do Egito-Praia; C: Falésias calcárias das formações de Tuenza/ resultantes do encaixe do Rio Cambongo nas imediações das Grutas da Sassa; D: Cachoeira do Binga no Rio Queve, que marca a parte oriental da Bacia de Benguela.

Fig. 1. Geomorphological and stratigraphic aspects of the four studied localities. A: Siliciclastic-dominated succession of the Chela Group at Leba Mountain. B: Marly limestone succession of the Quissonde Fm at Egito-Praia; C: Calcareous cliffs of the Tuenza/Catumbela formations developed in the Cambongo canyon near the Sassa Caves; D: Binga Waterfalls in the Queve river, that marks the eastern part of the Benguela Basin.

2. Os lugares de interesse paisagístico 1981). Esta particularidade morfológica, um elemento preponderante da geologia do setor meridional do Cratão do A área de estudo abrange parte do SO e O de Angola, Congo (Pedreira & Waele, 2008), que se mantém estável envolvendo os lugares da Serra da Leba (Namibe-Huíla), desde idade proterozoica, exibe nas suas franjas várias Egito-Praia (Benguela), as Grutas da Sassa e a Cachoeira do escarpas, de elevado valor cénico e, como tal, de Binga (ambos do Kwanza Sul) (Fig. 1). Estes locais importância geoturística, tais como são os exemplos da compreendem contextos geomorfológicos, litológicos e Tundavala (e.g. Henriques et al., 2013), Bimbe, Cristo-Rei estratigráficos diferenciados, que vão do Arcaico- do Lubango e a Serra da Leba. Deste último local ressalta a Proterozoico ao Cretácico (Tabela 1). Não obstante essas emblemática obra da engenharia portuguesa conhecida diferenças, a seguir descritas, os quatro locais fundem-se como “Estrada da Leba” (Fig. 1A), um registo muito pelo seu elevado valor geoturístico, embora em diferentes particular da ação humana nesta paisagem, considerado um contextos paisagísticos e a diversas escalas de observação dos principais ícones paisagísticos de Angola, entre a Huíla (Fig. 1; Tabela 1). Paralelamente ao valor geomorfológico, e o Namibe. comum aos quatro locais, são igualmente reconhecidas Os restantes três locais, situados já em posição mais outras valências, entre a singularidade do registo geológico, litoral, estão intimamente relacionados com o enchimento a história das populações, ao próprio simbolismo do local na sedimentar da Bacia de Benguela (e.g. Guiraud et al., 2010), sociedade angolana. iniciado no Cretácico Inferior. Os sítios são enquadrados por Entre os quatro geossítios em estudo, a Serra da Leba é geoformas e dinâmicas sedimentares relacionadas com aquele que sobressai pela imponência da paisagem, inserido atividade fluvial atual. Respeitando a ordem administrativa no Planalto da Humpata (Figs 1A; 2A), uma morfologia de Angola, entre as províncias de Benguela e do Kwanza aplanada com altitudes superiores a 2000 metros (Feio, Sul, surge em primeiro lugar o Egito-Praia, com o troço Do Proterozoico da Serra da Leba ao Cretácico da Bacia de Benguela 1257 terminal do Rio , ladeado por palmares, no sedimentar basal da zona de transição entre as bacias do confronto com o mar (Fig. 1B); as Grutas da Sassa e Kuanza e de Benguela (Fig. 1D). As paisagens revelam restantes aspetos cársicos, na sua estreita relação com o Rio características muito próprias dados os contextos Cambongo (Fig. 1C), que tem uma parte do seu escoamento, geológicos, biológicos, históricos e etno-culturais de cada subterrâneo; a Cachoeira do Binga, onde o Rio Queve local. No Egito-Praia ressalta, por exemplo, o Forte de São encontra o Cuvo, aproveitando o contraste morfológico Sebastião, um registo histórico assinalável intimamente entre o Complexo de Base (metamórfico) e o enchimento ligado com a atividade de pombeiros.

Tabela 1. Enquadramento geológico e patrimonial dos locais estudados.

Table 1. Geological and heritage setting of the studied sites.

3. Aspetos geológicos relevantes Fm da Humpata, exercício que tem conduzido a diversos estudos e, historicamente, à atribuição de distintas idades Com exceção de alguns trabalhos de paleontologia, (ver, por exemplo, Vale & Gonçalves, 1973; Pedreira & estratigrafia e de cartografia geológica realizados Waele, 2008; Pereira et al., 2011), a Fm da Leba suscita sobretudo nas décadas de 60 e 70 do século passado, e de enorme interesse dada a natureza ímpar do seu registo um número ainda restrito de trabalhos recentes, mais sedimentar, através de fácies estromatolíticas, dolomíticas específicos e muito parcelares nos domínios da (Fig. 2), frequentemente silicificadas. Para além da estratigrafia e da sedimentologia, são relativamente exuberância das estruturas estromatolíticas e dos diferentes escassas as referências publicadas sobre a geologia de tipos faciológicos (macro e micro; Figs 2C e D), dos seus detalhe dos quatro locais apresentados. Assim, para além aspetos diagenéticos e do seu significado paleoambiental do valor geomorfológico inerente a cada um dos no contexto dos ambientes marinhos proterozoicos, geossítios, são aqui apresentados os principais argumentos permanece dúvida quanto à sua idade, concretamente, com geológicos, que os potenciam a nível científico, a uma uma possível correlação com os registos estromatolíticos escala nacional ou internacional (Tabela 1). conhecidos em grande parte do planeta e datados de Serra da Leba: Observa-se grande parte da sucessão diferentes intervalos do Proterozoico (e.g. Grotzinger, sedimentar que compõe o Grupo da Chela (formações da 1999). Estas questões constituem uma mais-valia científica Tundavala, Humpata, Bruco e Cangalongue; Correia, (também didática) para além do valor cénico deste local. 1976) e da Formação (Fm) da Leba (litostratigrafia no Egito-Praia: Situado no extremo norte da Província de sentido de Correia, 1976). Estas unidades sedimentares Benguela, Município do , o Egito-Praia constitui englobam sedimentos siliciclásticos (algumas com indícios uma referência da geologia sedimentar cretácica da Bacia de algum grau de metamorfismo), vulcanoclásticos e de Benguela. Ressaltam neste local as arribas margo- carbonatados (ver, também, Vale & Gonçalves, 1973; calcárias do Albiano da Fm de Quissonde (Unidade Alb in Pereira et al., 2011), num conjunto datado do 3 Lapão & Pereira, 1971), um corpo estratigráfico que aflora Paleoproterozoico que assenta em inconformidade sobre quase de forma contínua entre Lobito e . rochas granitóides e afins (Pereira et al., 2011). A Serra da Neste local, esta formação apresenta uma sucessão Leba constitui um dos poucos locais do Planalto da estratigráfica muito fossilífera (Fig. 1B), com amonóides, Humpata onde é possível observar a Fm da Leba, unidade equinídeos e icnofósseis de invertebrados marinhos. A de natureza carbonatada, a mais recente de toda a sucessão linha da praia é cortada pela foz do Rio Balombo, cujo proterozóica aflorante na região. Paralelamente à percurso, no seu troço terminal, atravessa as sucessivas importância da datação do Grupo da Chela, em especial da 1258 L. V. Duarte et al. / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1255-1259 unidades do Cretácico Inferior da referida bacia, tendo na de Deus) em estreita ligação com o Rio Cambongo, base a unidade evaporítica admitida como de idade encaixado num vale estreito e profundo. Na parte superior aptiana. Neste conjunto sobressaem as falésias da Fm de da sucessão estratigráfica ocorrem numerosos registos Catumbela (Albiano), compostas quase exclusivamente paleontológicos de invertebrados marinhos. por calcários calciclásticos, maciços, que conferem ao Cachoeira do Binga: As cascatas do Rio Queve/Cuvo geossítio um elevado valor estético. desenvolvem-se no contato litológico entre o Complexo de Grutas da Sassa: Observa-se nesta zona, localizada a Base (Arcaico?) e a unidade siliciclástica e carbonatada do SE da cidade do Sumbe, um dos melhores registos cársicos Barremiano(?)-Aptiano, conhecida como Fm do Cuvo, que de Angola. As grutas da Sassa desenvolvem-se num compõe a base do enchimento da Bacia de Benguela. extenso maciço calcário, composto por calcários e Favorecido por este ressalto morfológico local (Fig. 1D), é dolomitos das formações de Tuenza e Catumbela, unidades possível observar em toda esta porção oriental da bacia a do Albiano médio e superior (Alb2a in Lapão & Simões sucessão litostratigráfica inicialmente definida por 1972). Estas unidades calcárias, por vezes com alguma Brognon & Verrier (1966), retomada (mas não contribuição siliciclástica, e fortemente tectonizadas, formalizada) recentemente por Guiraud et al. (2010). A ilustram igualmente constantes variações laterais de fácies. ocidente da queda de água observa-se toda a sucessão Em alguns pontos destacam-se barras calcárias que sedimentar do Aptiano-Albiano que, paralelamente a formam proeminentes escarpamentos (Fig. 1C), outras unidades do Cretácico Superior, termina na linha de desenvolvendo-se algumas das grutas (incluindo a Caverna costa, entre Sumbe e Porto Amboim.

Fig. 2. Aspetos sedimentares relevantes da Formação da Leba aflorantes no Planalto da Humpata. A: Bloco-diagrama do Planalto da Humpata (visto de ocidente) com localização (seta) do perfil da Leba (segundo Kalukembe, 2010). B: Selo português (1970) alusivo aos estromatólitos da Humpata (coleção privada); C: Cúpulas estromatolíticas decimétricas com elevado grau de preservação (Chivinguiro); D: Laminações microbianas de natureza dolomítica em lâmina delgada.

Fig. 2. Relevant sedimentary aspects of the Leba Formation in the Humpata Plateau. A: Block diagram of the Humpata Plateau (view from West) with location (arrow) of the Leba section (based in Kalukembe, 2010). B: Portuguese stamp (1970) referring to the stromatolites of the Humpata (private colection); C: Well-preserved decimetric dome-shaped stromatolites (Chivinguiro); D: Microbial laminated dolostone observed in thin section. Do Proterozoico da Serra da Leba ao Cretácico da Bacia de Benguela 1259

4. Considerações finais Dowling, R.K., 2010. Geotourism’s global growth. Geoheritage, 3, 1-13. A África Austral, para além do conhecido lado selvagem da Feio, M. 1981. O relevo do Sudoeste de Angola. Estudo de vida animal e botânica, é rica num imenso conjunto de Geomorfologia. Memórias da Junta de Investigações Científicas paisagens, que resultam da sua ampla geodiversidade. É o do Ultramar, Lisboa, 326 p. caso de Angola, um país com enormes recursos Grotzinger, J. P. 1999. Stromatolites in Precambrian carbonate: paisagísticos, entre desertos, montanhas, arribas costeiras, Evolutionary mileposts or environmental dipsticks? Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 27, 313–358. quedas de água e cavernas. Um país emergente em termos Guiraud, M., Buta-Neto, A., Quesne, D., 2010. Segmentation and geoturísticos, tal como é evidenciado pelo recente concurso differential post-rift uplift at the Angola margin as recorded by the “7 Maravilhas Naturais de Angola”, mas onde o transform-rifted Benguela and oblique-to-orthogonal-rifted conhecimento científico, de natureza geológica, ainda carece Kwanza basins. Marine and Petroleum Geology, 27, 1040-1068. de aprofundamentos consideráveis. Considerando a falta de Henriques, M.H., Tavares, A.O., Bala, A.L.M., 2013. The geological informação científica disponível, o presente trabalho heritage of Tundavala (Angola): An integrated approach to its procura sistematizar e ampliar a informação geológica de characterisation. Journal of African Earth Sciences, 88, 62-71. quatro geomorfossítios com elevado valor estético, situados Kalukembe, A.Q., 2010. Caracterização e avaliação espacial das formações carbonatadas do Planalto da Humpata (Huíla), na região oeste e sudoeste de Angola. O intuito principal é o Angola. Tese de mestrado, Departamento de Ciências da Terra da de promover e valorizar os referidos locais, com vista a Universidade de Coimbra (não publicada), 88 p. futuros programas de geoconservação a desenvolver pelas Lapão, L.P., Pereira, E.S., 1971. Notícia explicativa da Folha 206 – instituições competentes. Egito-Praia da Carta Geológica de Angola, à escala 1:100.000. Direcção Provincial dos Serviços de Geologia e Minas, 42 p. Agradecimentos Lapão, L.P., Simões, M.C., 1972. Notícia explicativa da Folha 184 – Novo Redondo da Carta Geológica de Angola, à escala 1:100000. Trabalho realizado no âmbito do Protocolo entre a Direcção Provincial dos Serviços de Geologia e Minas, 58 p. Universidade de Coimbra (Portugal) e o Instituto Superior Pedreira, A.J., De Waele, B., 2008. Contemporaneous evolution of Politécnico da Tundavala (Angola). the Palaeoproterozoic Mesoproterozoic sedimentary basins of the São Francisco – Congo Craton. Geological Society, Special Publications, London, 294, 33-48. Referências Pereira, E., Tassinari, C.C.G., Rodrigues, J.F., Van-Dúnem, M.V., Brilha, J. 2005. Património geológico e geoconservação: a 2011. New data on the deposition age of the volcano-sedimentary conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage Chela Group and its Eburnean basement: implications to post- Editores, Viseu, 190 p. Eburnean crustal evolution of the SW of Angola. Comunicações Brognon, G.P., Verrier, G.R., 1966. Oil and geology in Kwanza Geológicas, 98, 29-40. Basin Angola. AAPG Bulletin, 50, 108-158. SMNA, 2013. http://7maravilhas.ao/#home (consultado em 17 de Correia, H., 1976. O Grupo Chela e Formação Leba como novas Novembro de 2013). unidades litoestratigráficas resultantes da redefinição da Vale, F.S., Gonçalves, F.G., 1973. Notícia explicativa da folha 355 “Formação da Chela” na região do Planalto da Humpata (Sudoeste (Humpata-Cainde), à escala 1:100.000, da Carta Geológica de de Angola). Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, 20, 65- Angola. Serviços de Geologia e Minas, , 45 p. 130