Ostracodes Da Formação Quiricó, Cretáceo Inferior, Bacia Do São Francisco, Estado De Minas Gerais, Região Sudeste Do Brasil
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE BRASÍLIA- UnB INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS-IG OSTRACODES DA FORMAÇÃO QUIRICÓ, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO SÃO FRANCISCO, ESTADO DE MINAS GERAIS, REGIÃO SUDESTE DO BRASIL Dissertação de Mestrado N° 397 Amanda Moreira Leite Brasília-DF, junho de 2017 UNIVERSIDADE BRASÍLIA- UnB INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS-IG Amanda Moreira Leite OSTRACODES DA FORMAÇÃO QUIRICÓ, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO SÃO FRANCISCO, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Geologia, Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção de grau de Mestre em Geologia. Área de Concentração: Bioestratigrafia e Paleoecologia Orientador: Prof. Dr. Dermeval Aparecido do Carmo Comissão Examinadora Prof. Dr. Dermeval Aparecido do Carmo (Orientador – IG/UnB) Prof. Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS) – Membro Externo Prof. Dr. Ricardo Lourenço Pinto (IG/UnB) – Membro Interno Brasília-DF, 2017 OSTRACODES DA FORMAÇÃO QUIRICÓ, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO SÃO FRANCISCO, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós Graduação em Geologia, Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção de grau de Mestre em Geologia. Área de Concentração: Bioestratigrafia e Paleoecologia. Orientador: Prof. Dr. Dermeval Aparecido do Carmo. Brasília – DF, BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Dermeval Aparecido do Carmo (Orientador) Universidade de Brasília UnB Prof. Dr. Cristianini Trescastro Bergue – Membro Externo Universidade Federal do Rio Grande do Sul URFGS Prof. Dr. Ricardo Lourenço Pinto – Membro Interno Universidade de Brasília UnB Brasília-DF, 2017 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família, especialmente à Mariza e ao Guilherme. v AGRADECIMENTOS Agradeço à toda a equipe do Laboratório de Micropaleontologia, pela amizade, apoio e ajuda diariamente. Ao Prof. Dr. Ricardo Lourenço Pinto, pelas discussões e considerações construtivas, bem como por me introduzir ao estudo de ostracodes. Ao Doutor Lucas S. Antonietto por ter ensinado a obter imagens MEV no Laboratório de Micropaleontologia. Ao Geólogo Matheus Denezine, Mestre Rodrigo R. Adorno, Profa. Edi Mendes Guimarães e Profa. Lucieth Cruz Vieira, pelas participações especiais nos trabalhos de campo. Ao Laboratório de Microscopia Eletrônica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília pelos serviços de metalização do material ilustrado. Em especial agradeço aos meus pais, familiares e amigos, por todo o apoio. Agradeço a minha Avó Mariza, por estar presente em cada etapa, me incentivando e apoiando, incondicionalmente. Também sou grata ao Guilherme Miranda Caixeta, por todo o carinho e companheirismo em todos os momentos, contribuindo durante os trabalhos de campo, execução e término deste trabalho. À Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FapDF) pela bolsa de mestrado prevista no Edital ProMD/UnB/FAPDF – Bolsas Mestrado e Doutorado 2015/2016, e pelo apoio financeiro, principalmente nos trabalhos de campo, Edital 03/2015 – Demanda Espontânea, projeto “Micropaleontologia da Formação Quiricó, Cretáceo Inferior da bacia do São Francisco, Estado de Minas Gerais”. vi RESUMO Dezesseis espécies de ostracodes foram recuperadas em amostras da Formação Quiricó: Harbinia alta, Harbinia aff. Harbinia angulata, Harbinia aff. Harbinia crepata, Harbinia aff. Harbinia salitrensis, Harbinia symmetrica, Brasacypris fulfaroi, Brasacypris ovum, Cypridea conjugata, Cypridea hystrix, Cypridea infima, Cypridea jequiensis, Neuquenocypris antiqua, Penthesilenula martinsi, Penthesilenula pintoi sp. nov., Alicenula longiformis sp. nov. e Timiriasevia sanfranciscanensis sp. nov. As amostras estudadas são provenientes de três afloramentos no Estado de Minas Gerais: Fazenda Tereza, Município de João Pinheiro; às margens do ribeirão São José e ribeirão Quiricó, Fazenda São José, Município de Presidente Olegário. As associações de ostracodes permitem correlacionar a Formação Quiricó com diversas bacias continentais brasileiras: Grajaú, Araripe, Potiguar, Jatobá, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Cedro, Paraná e Tucano. Adicionalmente, é possível correlacionar esta Formação ao Barremiano das bacias do Gabão e Congo, na África; Albiano, da bacia Austral, e Aptiano, da Formação D-129, da Argentina. As espécies de ostracodes recuperadas são tipicamente límnicas. No afloramento da Fazenda Tereza, há uma maior riqueza de gêneros e espécies de ostracodes, que associadas a oogônios de carófitas e a natureza sedimentar, indica a presença de paleoambiente lacustre com pH elevado e baixa salinidade. No afloramento ás margens do ribeirão São José há uma dominância de espécies do Gênero Harbinia, que associadas a natureza sedimentar encontrada, indica a presença de paleoambiente dominados por lagos com água salobra e hipersalina. No afloramento às margens do ribeirão Quiricó, há uma riqueza de espécies maior, quando comparado com o ribeirão São José, em um único horizonte, bem como a presença de oogônio carófita, que associado a natureza sedimentar, indica a presença de paleoambiente lacustre, com pH elevado e baixa salinidade. De acordo com a análise dos afloramentos estudados, assim como trabalhos anteriores, os sedimentos da Formação Quiricó foram depositados em sistema lacustre, especialmente na localidade do ribeirão São José há uma elevação na salinidade. Palavras-Chave: Cretáceo Inferior, Formação Quiricó, taxonomia, distribuição estratigráfica, paleoecologia. vii ABSTRACT Sixteen species of ostracods were recovered in samples from the Quiricó Formation: Harbinia alta, Harbinia aff. Harbinia angulata, Harbinia aff. Harbinia crepata, Harbinia aff. Harbinia salitrensis, Harbinia symmetrica, Brasacypris fulfaroi, Brasacypris ovum, Cypridea conjugata, Cypridea hystrix, Cypridea infima, Cypridea jequiensis, Neuquenocypris antiqua, Penthesilenula martinsi, Penthesilenula pintoi new species, Alicenula longiformis new species e Timiriasevia sanfranciscanensis new species. The studied samples are from three outcrops from Minas Gerais State: Tereza Farm in João Pinheiro County; by the shores of São José river and Quiricó river, in São José Farm, Presidente Olegário County. The species association allow the correlation between Quiricó Formation with several other continental basins in Brazil: Grajaú, Araripe, Potiguar, Jatobá, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Cedro, Paraná and Tucano. Additionally, it is possible to correlate this Formation with the Berremian of Gabão and Congo basins, in Africa; Albian of Austral basin and Aptian of D-129 Formation, from Argentina. The species of ostracods are typically limnic. In the Tereza Farm outcrop, there is a larger diversity of genera and species of ostracods, which associated with carophyte oogonium and with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, with an elevated pH and low salinity. In the outcrop by the shore of São José river, there is a dominance of species belonging to the Harbinia genus, which associated with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, dominated by saline and hypersaline waters. In the outcrop by the shores of Quiricó river, there is a large diversity of genera and species of ostracods, when compared to the São José river, as well as the presence of carophyte oogonium, which associated with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, with an elevated pH and low salinity. According to the analysis of the studied outcrops, associated with previous works, the sediments from the Quiricó Formation were deposited in continental lacustrine environments, especially in the locality of the São José river, there is an elevation in salinity. Key-words: Lower Cretaceous, Quiricó Formation, taxonomy, stratigraphic distribution, paleoecology. viii SUMÁRIO DEDICATÓRIA......................................................................................................................... -iv - AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... .–v- RESUMO..................................................................................................................................–vi- ABSTRACT..............................................................................................................................-vii- 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1 1.1. LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 2 2. BACIA DO SÃO FRANCISCO .................................................................................................................... 3 2.1. Grupo Areado ....................................................................................................................... 4 2.2. Histórico e evolução do Grupo Areado .................................................................................... 7 3. METODOLOGIA........................................................................................................................................ 10 3.1. Metodologia para microfósseis.......................................................................................................... 10 3.2. Metodologia para macrofósseis ......................................................................................................... 11 3.3. Metodologia para análise de carbono orgânito total ......................................................................