389 DISCÍPULOS DO CAOS: DO BLACK METAL COMO REPRESENTAÇÃO DA ESTÉTICA PÓS-MODERNA Jonivan Martins de Sá
[email protected] Bacharel em Ciências Sociais – Ciência Política pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) Resumo: O presente trabalho tem como objetivo a construção de uma analítica acerca da estética do Black Metal e de sua relação com as concepções do pensamento pós-moderno. Para tal, reconstruiremos brevemente a história deste estilo musical, recapitulando seus principais personagens, bandas e fatos, dando especial atenção ao Movimento Black Metal Norueguês. Na seqüência, buscaremos intersecções possíveis entre a estética crua e primitivista do Black Metal com o pensamento pós-moderno, retomando o pensamento de Jean-François Lyotard. Palavras-chave: Black Metal, Estética, Pós-Modernidade. INTRODUÇÃO Ainda na primeira metade da década de 1980, emerge no cenário da música mundial o que se pode definir como, no mínimo, um interessante fenômeno estético/musical, hoje mundialmente conhecido como Black Metal . O Black Metal se diferencia das demais representações estéticas/musicais da época, pela sua aparente estranheza, ou seja, quebra com os padrões estéticos disseminados à seu tempo. O seguinte trabalho tem como o objetivo uma analítica acerca de uma provável relação entre a estética Black Metal e o pensamento pós- moderno. Primeiramente, pretendo reconstruir brevemente a história deste estilo tão diferenciado, recuperando quem são seus principais personagens, as bandas pioneiras e os fatos que permeiam a gênese, significação, disseminação e efetivação do Black Metal como estilo musical. Como se poderá perceber, darei uma atenção especial ao que chamo de Movimento Black Metal Norueguês, como uma das principais células disseminadoras e significadoras do estilo 1.