TECNOLOGIAS DO IMAGINÁRIO E CIBERCULTURA Coordenação: Prof

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TECNOLOGIAS DO IMAGINÁRIO E CIBERCULTURA Coordenação: Prof TECNOLOGIAS DO IMAGINÁRIO E CIBERCULTURA Coordenação: Prof. Dr. André Pase ([email protected]) Mesa 1 - TRANSFORMAÇÕES NO JORNALISMO Coordenação: Karen Sica Introdução à rastreabilidade e ao engajamento nos cibermeios Lucas Santiago Arraes Reino1 Resumo: O presente artigo reúne informações a respeito do ciberjornalismo e suas características: interatividade, hipertextualidade, personalização, memória, multimidialidade e instantaneidade. Em seguida inclui a rastreabilidade entre elas e discute como essa capacidade de mensurar a performance pode ser realizada, trazendo o conceito de engajamento e das novas formas de consumo midiático. Palavras-chave: Engajamento, Ciberjornalismo; Rastreabilidade Introdução Desde o começo da existência humana, para viver em comunidade e sobreviver às adversidades era preciso relacionar-se melhor, por isso a comunicação sempre esteve no topo das prioridades humanas. Isso está tão internalizado que se pode ver em cada novo rebento que chega a uma família, depois de dar os primeiros passos, ou mesmo até antes deles, são esperadas e incentivadas as primeiras palavras, até porque só os gestos, choros e sorrisos não permitem aos bebês, conseguirem o que desejam, para serem compreendidos eles precisam ter sua comunicação melhorada. Assim como com os pequenos infantes, a comunicação entre os seres-humanos precisa ser desenvolvida constantemente, se nos primeiros momentos da história ela era feita de forma mais básica e objetivando a sobrevivência, sendo através de rugidos, gestos entre outras formas menos complexas, quase como grandes bebês, ela ganhou palavras e outros recursos, e o desenvolvimento dessa comunicação caminhou junto com a própria evolução humana. Innis (1951) desenvolveu em seu livro O Viés da Comunicação, teoria a respeito da grande influência da comunicação sobre a civilização ocidental, através de pesquisas históricas ele traçou uma linha do tempo das transformações realizadas e suas implicações, como a comunicação desenvolveu-se, as sociedades e podemos hoje analisar com essa linha de raciocínio o jornalismo. Cada período histórico, cada civilização, para Innis (1951), possuía uma comunicação que trabalhava pela construção de seu próprio monopólio conhecimento, ou oligopólio, até que uma perturbação desse equilíbrio surgia. O monopólio acaba sendo uma forma de equilíbrio porque o caminho natural do conhecimento é que os que mais tem, acabam sendo os que mais recebem, e os que menos possuem, acabam não recebendo também. 1 Professor do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da UFMA de Imperatriz (MA) e doutorando em Comunicação pela PUCRS Na separação proposta por Innis (1951), a argila, o estilete e a escrita cuneiforme do começo da civilização na Mesopotâmia é o ponto inicial. É possível ver o prosseguimento do surgimento e adoção dessas tecnologias de comunicação e suas transformações chegando até o rádio a TV e à Internet. A cada nova ferramenta de comunicação novas formas de comunicar surgiam junto, novas formas de relação e outras transformações sociais aconteciam a reboque. Com a chegada da Internet e sua comercialização um novo meio de produzir e consumir notícias surgiu. Nomeado como jornalismo on-line, jornalismo digital, webjornalismo, ciberjornalismo ou outros nomes menos populares, ele rapidamente ganhou a atenção das pessoas, sendo hoje uma das principais fontes de informação dos brasileiros e, provavelmente, de diversos outros povos. Segundo pesquisa da Target Group Index (2014), que teve parceria do Ibobe no Brasil e foi publicada em abril de 2014, 47% dos brasileiros usam a Rede Mundial de Computadores como primeira fonte de informação, sendo a média mundial de 45%. Foram mais de 200 mil pessoas entrevistadas em 70 países por quatro continentes. Entre outros dados sobre os brasileiros, também sabe-se que a média de tempo conectado por dia é de 3h39min, 10 minutos a mais do que se gasta com TV. Atravessando fases iniciais, após a chegada da internet comercialmente no Brasil em 1995, com um primeiro momento de transposição de conteúdo, de um meio para outro, passando por diversas mudanças. Silva Júnior (2005, p.65) classifica o jornalismo na Internet em três fases: a primeira é a transpositiva, quando os jornais transportavam para a Internet o conteúdo impresso, sem alterá-lo; a segunda fase, chamada de perceptiva, quando os veículos de comunicação percebem as novas possibilidades de uso da tecnologia, oferecendo suporte a vídeo, áudio, hiperlinks, conteúdo exclusivo e outros, iniciando a produção de um conteúdo exclusivo para os jornais on-line; e a terceira fase, chamada hipermidiática, que privilegia o desenvolvimento de “conteúdo exclusivo para a Internet, aproveitando-se das novas velocidades de conexão, ferramentas de interação e publicação entre outras inovações que agregaram ao suporte tecnológico da produção para web” (CANAVILHAS, 2001, p.66). O que se pode entender, tentando formar um conceito que diferencie os modelos de ciberjornalismo é que o primeiro está preso à fase transpositiva dos conteúdos, enquanto o terceiro seria uma tendência natural da apropriação do espaço, com um formato exclusivo para a Rede, seria um “produto de uma preocupação jornalística específica para a Internet e suas particularidades” (GALARÇA, 2004, p.67). Atualmente novas discussões sobre as fases do ciberjornalismo surgem, Barbosa (2013), defende que já vivemos uma quinta fase, mas ainda assim as diversas características próprias que fazem desse meio um tipo já amadurecido de jornalismo são vistas como as mesmas, sem novas adições, o que soa estranho se refletirmos o quanto mundo nesses cerca de 20 anos de jornalismo na Internet no Brasil. Apesar dessas mudanças, boa parte do que o ciberjornalismo, termo que será adotado neste artigo pela conexão da palavra e do conceito com o ciberespaço, é hoje já podia ser vislumbrado no começo das pesquisas na área que identificaram as características e estabeleceram o que hoje temos como base do que é o jornalismo feito para o ciberespaço. Características do Ciberjornalismo Schwingel (2008) realizou um extenso levantamento sobre os termos mais adotados e quais pesquisadores preferiam um em contrapartida de outros. Apesar de já haver um tempo já transcorrido de jornalismo na Internet, ainda é possível encontrar todos os termos, e outros como jornalismo hipermidiático ou jornalismo eletrônico, sendo utilizados por autores que são referência na área, portanto é preciso fazer uma definição de qual terminologia usar e sua defesa. On-line refere-se à condição de estar conectado à Internet, representaria a ligação entre o jornalismo e a publicação na internet, apesar de aparentemente correto, o termo é limitado, já que não representa a grandeza do meio, mas trata como apenas um adicional, como uma transposição do jornalismo que é feita ao se conectar. Webjornalismo seria uma junção de jornalismo com o termo World Wide Web, assim como é feito com a televisão, telejornalismo, com o rádio, radiojornalismo. O problema é que a Web é um pedaço do todo que é a realidade do jornalismo nesse meio, ela é uma representação visual através de uma linguagem para navegadores, mas e as outras formas que vem ganhando espaço para o jornalismo, como os aplicativos para celulares, estes ficariam de fora, receberiam outra terminologia ou tornariam o termo incompleto, o que não seria positivo. Jornalismo digital seria uma ampliação da abrangência, mas feita em excesso. Isso porque o digital abarca quase todas as áreas do jornalismo hoje, então o termo serviria para tratar das tecnologias digitais na diagramação, na produção de vídeos ou mesmo na transmissão de rádio, não servindo para o escopo deste trabalho. O digital é o oposto do analógico, tem sua ligação com a tecnologia usada pelo jornalismo, mas é muito mais amplo. Ciberjornalismo é o termo mais adequado para o trabalho porque ele é o resultado da mesma reflexão que criou os termos provenientes de cibernética, como cibernação e, especialmente, ciberespaço. Sendo assim, o ciberjornalismo é o jornalismo produzido, publicado ou consumido no ciberespaço? Ou todas as opções anteriores em conjunto? Se a relação está vinculada à produção então todas formas de jornalismo são ciber atualmente, já que é improvável encontrar redações que não tenham acesso à Internet. Restando a veiculação e o consumo, ficam ambos como condição para ser ciberjornalismo. Se um conteúdo é feito para jornal impresso, mas uma cópia é publicada na Internet, isso não a torna ciberjornalismo, também pode-se dizer de uma notícia é publicada em um site e depois é impressa em papel e lida fora do ambiente digital. Em ambas as situações as possibilidades de uso das características da Internet são excluídas e deixam, portanto, de ser ciberjornalismo. Para ser ciberjornalismo é necessário ser publicado e consumido no ciberespaço, outras opções tornam-se híbridas. No decorrer dos anos de sua existência, diversos autores tentaram identificar as características do ciberjornalismo e discutir como eles são utilizados. O ciberjornalismo possui diferenças em relação às outras mídias. Bardoel e Deuze (2001) são os primeiros a sistematizar as características diferenciadoras do ciberjornalismo, os autores citam a interatividade, hipertextualidade, multimidialidade e personalização de conteúdo como características desse jornalismo. Palacios (2003) adicionou a memória, ou perenidade, e a instantaneidade, ou atualização contínua, assim como Rocha (2000) e Mielniczuk (2001) acompanharam sua interpretação dessas características. Em livro organizado por Canavilhas
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