Excelentíssimo Presidente Do Supremo Tribunal Federal
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EXCELENTÍSSIMO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Nunca houve um Super-homem. Tenho visto a nu todos os homens, o maior e o menor. Parecem-se ainda demais uns com os outros: até o maior era demasiado humano.1 LUÍS CARLOS CREMA, cidadão brasileiro, advogado inscrito junto à OAB-DF sob o nº 20.287, inscrito no CPF/MF sob o nº 693.603.169-20, com endereço profissional no Setor Comercial Sul, Quadra 09, Bloco C, Edifício Parque Cidade Corporate, Torre C, 10º andar, Sala 1002, CEP 70308-200, na cidade de Brasília, Distrito Federal, endereço físico onde recebem as comunicações dos atos processuais, endereço eletrônico [email protected], no exercício de seus direitos conferidos pela Constituição da República Federativa do Brasil2, vêm perante Vossa Excelência, com base nos elementos apensados e dos demais relacionados, com fundamento no inciso LIX do art. 5º da Constituição da República, no art. 29 do Código de Processo Penal e no art. 100, § 3º, do Código Penal, oferecer QUEIXA-CRIME para a instauração da ação penal privada subsidiária da pública em face de 1 NIETZCHE. Friedrich. Assim falou Zaratustra. trad. Alex Marins, 4. ed. São Paulo: Martin Claret, p. 88-89. 2 Anexo 1. Documentos de identificação dos Querelante. www.luiscarloscrema.com GILMAR FERREIRA MENDES, brasileiro, funcionário público no exercício das funções de ministro do Supremo Tribunal Federal, portador da CI/RG nº 388.410, SSP/DF, inscrito no CPF/MF sob o nº 150.259.691-15, nascido em 30.12.1955, natural de Diamantino, Estado de Mato Grosso, filho de Francisco Ferreira Mendes e de Nilde Alves Mendes, residente e domiciliado no SHIS QL 14, Conjunto 10, Casa 06, Lago Sul, Brasília-DF, CEP 71600-000, com endereço profissional na Praça dos Três Poderes, pela prática dos fatos delituosos a seguir expostos. I. SÍNTESE DAS IMPUTAÇÕES O Querelante oferece queixa-crime para a instauração da ação penal privada subsidiária da pública em face de GILMAR FERREIRA MENDES pelas práticas dos delitos: 1.1. item 5.1., criação da UNED, com mais 3 sócios, com o objetivo ilícito para eleger o irmão e obter vantagem indevida na venda da empresa para o estado de Mato Grosso na gestão do criminoso e delator confesso Silval da Cunha Barbosa: a) associação criminosa, previsto no art. 288 do Código Penal; e b) corrupção passiva, previsto no art. 317, caput e §1º do Código Penal. 1.2. item 5.2., corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal, no esquema criminoso nas campanhas eleitorais municipais. Participação pessoal e direta de Gilmar mendes nas eleições de 2000, 2004 e 2008. Doação da CBF e os recursos da União; 1.3. item 5.3., na instalação do frigorífico do Grupo Bertin em Diamantino- MT, para satisfazer sentimento e interesse privados, conduta delitiva provada com a assinatura do protocolo de intenções, momento que se encontrava presidente do Supremo Tribunal Federal: a) corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal; e b) associação criminosa, previsto no art. 288 do Código Penal; www.luiscarloscrema.com 2 de 89 1.4. item 5.4., nas decisões judiciais em que se comprometeu em interferir junto ao ministro José Antonio Dias Toffoli para libertar Éder de Moraes Dias, o operador do esquema de corrupção de Silval da Cunha Barbosa e Blairo Maggi: a) prevaricação, por 2 vezes, previsto no art. 319 do Código Penal; b) advocacia administrativa, por 2 vezes, previsto no art. 321 do Código Penal; c) fraude processual, por 2 vezes, previsto no art. 347 do Código Penal; d) favorecimento pessoal, por 2 vezes, previsto no art. 348 do Código Penal; e) exploração de prestígio, por 2 vezes, previsto no art. 357 do Código Penal; f) abuso de autoridade, por 2 vezes, previsto na letra “h” do art. 4º da Lei nº 4.898/1965. 1.5. item 5.5., nas decisões judiciais em favor de José Geraldo Riva: a) prevaricação, por 3 vezes, previsto no art. 319 do Código Penal; b) advocacia administrativa, por 3 vezes, previsto no art. 321 do Código Penal; c) fraude processual, por 3 vezes, previsto no art. 347 do Código Penal; d) favorecimento pessoal, por 3 vezes, previsto no art. 348 do Código Penal; e) exploração de prestígio, por 3 vezes, previsto no art. 357 do Código Penal; e f) abuso de autoridade, por 3 vezes, previsto na letra “h” do art. 4º da Lei nº 4.898/1965. 1.6. item 5.6., na empresa Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP Ltda.: www.luiscarloscrema.com 3 de 89 a) crimes contra o sistema financeiro nacional, previsto nos art. 19, 20 e 21, parágrafo único, da Lei nº 7.492/1986; e b) inexistência de licitação, previsto no art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993. 1.7. item 5.7., patrocínio de tese em favor de Luiz Inácio Lula da Silva: a) prevaricação, previsto no art. 319 do Código Penal; b) advocacia administrativa, previsto no art. 321 do Código Penal; c) fraude processual, previsto no art. 347 do Código Penal; d) favorecimento pessoal, previsto no art. 348 do Código Penal; e) exploração de prestígio, previsto no art. 357 do Código Penal; f) abuso de autoridade, previsto na letra “h” do art. 4º da Lei nº 4.898/1965. 1.8. item 5.8., decisões em processos de clientes do escritório da esposa Guiomar Mendes: a) corrupção passiva, por 3 vezes, previsto no art. 317 do Código Penal; b) prevaricação, por 3 vezes, previsto no art. 319 do Código Penal; c) advocacia administrativa, por 3 vezes, previsto no art. 321 do Código Penal; d) fraude processual, por 3 vezes, previsto no art. 347 do Código Penal; e) favorecimento pessoal, por 3 vezes, previsto no art. 348 do Código Penal; e f) abuso de autoridade, por 3 vezes, previsto na letra “h” do art. 4º da Lei nº 4.898/1965. www.luiscarloscrema.com 4 de 89 II. CONSIDERAÇÕES INICIAIS É fato notório e público que as condutas de Gilmar Ferreira Mendes (GILMAR MENDES), funcionário público, no exercício das funções de ministro do Supremo Tribunal Federal, além de incompatíveis com a moralidade exigida, extrapolaram o território da liberdade de pensar do magistrado, passando a habitar o mundo do crime. Merece registro, antes de avançarmos aos núcleos dos crimes praticados, que as condutas ilegais de GILMAR MENDES não representam e nem se esgotam somente na prestação da jurisdição (atos judiciais), por vezes decorrem, noutras vão e estão além. Dito de outro modo, a prática dos atos ilícitos do querelado, embora praticados em razão da função de ministro do Supremo Tribunal Federal, não se limitam apenas aos atos judiciais. Registre-se também que esta queixa-crime não tem a pretensão de tratar dos atos judiciais em si, nada obstante as evidentes irregularidades. Pois, há ações e recursos adequados para a invalidação ou revogação de ato judicial. GILMAR MENDES, ainda antes de ascender a ministro do Supremo Tribunal Federal, havia planejado e estruturado um esquema criminoso para obter o domínio político, receber vantagens indevidas, para si e para outrem, direta e indiretamente, e para satisfazer interesses e sentimentos pessoais, familiares e de terceiros, no município de Diamantino, estado de Mato Grosso. Considerando o longo período em que foram praticadas as inúmeras condutas ilícitas, para a compreensão das ilicitudes praticadas, se faz necessário contextualizar as relações e vínculos pessoais, familiares, profissionais, políticas e empresariais de GILMAR MENDES, bem assim os fatos antecedentes, concorrentes e decorrentes. Como se passa a demonstrar, o mais grave é que os atos ilícitos de GILMAR MENDES estão sempre mascarados por premissas notoriamente artificiais e inverídicas, sempre com o ardil de camuflar os afrontes à ordem pública, acobertando as ilicitudes de seus atos em razão de estar ministro do Supremo Tribunal Federal. III. CABIMENTO DA QUEIXA-CRIME PARA INSTAURAÇÃO DA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA Justiça tardia não é Justiça! A este Supremo Tribunal Federal submetemos o exame dos delitos criminais das condutas de GILMAR MENDES, no exercício das funções de funcionário público (Código www.luiscarloscrema.com 5 de 89 Penal, art. 317), ocupando o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e delas valendo-se, praticou atos jurisdicionais formais e não jurisdicionais para atingir finalidade privada, satisfazer interesses e sentimentos pessoais. O ordenamento jurídico, ao fim, objetiva garantir que a sociedade viva em harmonia, em concórdia e em relativa paz. Longe dos bárbaros tempos. Os representantes do Poder Judiciário não podem lançar mão de qualquer subterfúgio para chegar aonde se quer. São, antes de tudo, comprometidos com a Verdade, a Ordem e o Progresso. A presente queixa-crime muito além das imputações delituosas, demonstra a urgência e a necessidade da manutenção da Ordem e da Justiça. As afirmações espargidas, originadas daqueles que são pagos para servir, não se confundem com meras opiniões de leigos. Vivemos dias em que as decisões judiciais, por falta de Verdade e Justiça, se relativizam em benefícios dos seus intérpretes, seja para acomodar os enormes egos para dizer “a lei”, “a constituição”, seja para se protegerem ou proteger os seus. As “mudanças” colocam em xeque a segurança, não apenas jurídica, mas a segurança da sociedade brasileira. O povo, cada vez mais, tem se revelado intolerante com a corrupção, com os corruptores e com aqueles que os protegem. Os membros desta Casa de Justiça, por dever constitucional, legal, moral e ético, não podem arrogar para si a imposição de prevalência de entendimento individual em prejuízo da sociedade brasileira. Ainda mais quando contraria em absoluto às decisões judiciais colegiadas (por maioria ou unanimidade) que norteiam a vida e as relações de mais de 208 milhões de brasileiros. A “mudança de entendimento” de membros desta Corte Constitucional – injustificáveis quando sob a mesma ordem ou quando os fatos se mantêm, ou ainda sob o argumento de “evolução de pensamento”–, equivale à posição de um comandante de uma nau que antes cortava um braço para manter a direção para o norte, afirmando ser esta a correta, agora, apenas porque as águas se agitaram, corta o outro, para levar a embarcação e a tripulação em direção oposta.