NOME do PROJETO : Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP com o Red Book (Enhancing Employment Opportunities for Vet Learners with Red Book)

INSTITUIÇÃO COORDENADORA : Direcção Provincial da Educação Nacional de Karaman

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS : Consorzio Innopolis

Camera di Commercio Industria, Artigianato e Agricoltura

di Frosinone

Bragamob

Associação Comercial de Braga

ZENDENSINO - Cooperativa de Ensino IPRL

AGIFODENT - Asociacion Granadina para la informacion, formacion y desarrollo de las nuevas tecnologias

UAB "Alfa idejos ir technologijos"

Kauno mokslo ir technologiju parkas

ASOCIACION RURAL DE DESARROLLO Y COOPERACION EUROPEA CULTURAE

FINANCIADO POR : Agência Nacional da Turquia (Comissão Europeia)

CONTATO : Sakabaşı Mah. Mut Cad. Valilik Yerleşkesi C Blok

Kat: 3 KARAMAN/ TURQUIA

PESSOAS DE CONTATO : Ramazan ARSLAN

İbrahim TAŞER

[email protected]

www.karaman.meb.gov.tr

www.redbook-vet.eu

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CONTEÚDOS

Prefácio ...... 4 Descrição do Projeto ...... 6 Introdução...... 8 Capítulo 1 ...... 18 Capítulo 2 ...... 44 Capítulo 3 ...... 49 Capítulo 4 ...... 61

Capítulo 5 ...... 67

Capítulo 6 ...... 78

Capítulo 7 ...... 100

Capítulo 8 ...... 110

Anexos ...... 116

Referências ...... 121

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A educação é a base da vida pois o ser humano pode atingir a perfeição através da mesma. É de importância extrema em todas as etapas da vida. Através da educação, os alunos podem atingir o infinito do conhecimento e desta forma podem crescer protegendo os seus valores, beneficiando a sociedade e exprimindo-se corretamente. O Ensino e Formação Profissional (EFP) tem uma grande importância para que possamos prever o futuro da nossa cidade e do nosso país.

Desde que comecei a trabalhar na Direcção Provincial da Educação Nacional de Karaman, com numerosos avanços importantes no campo da educação, estamos intensamente empenhados em formar indivíduos saudáveis e felizes ao criar um ambiente educativo adequado para a população local. Como instituição, de forma a atingir este objetivo, trabalhamos para contribuir para o desenvolvimento social e económico da nossa população e para aumentar os padrões da educação ao implementar tipos de projetos locais, nacionais e internacionais. Em vez de abordagens tradicionais na educação, as nossas prioridades básicas são de educar com métodos e técnicas de ensino modernas que podem responder às necessidades da nossa atualidade, e de educar indivíduos que adaptam valores culturais e morais. Com a parceria de cinco países diferentes, o projeto ―Enhancing Employment Opportunities for Vet Learners with RedBook‖ foi conduzido com sucesso e houve uma partilha significante entre os cinco países principalmente nos campos da educação e formação profissional e da cultura. No âmbito do projeto, professores e administradores tiveram várias formações, seminários e conferências e assim aumentaram o seu conhecimento.

Como resultado, quero agradecer às equipas do projeto das instituições parceiras e da nossa instituição e estou convicto de que voltarão a liderar mais projetos bem sucedidos.

Mevlüt KUNTOĞLU

Diretor da Direcção Provincial da Educação Nacional de Karaman

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DESCRIÇÃO DO PROJETO E INTRODUÇÃO DOS PARCEIROS DO PROJETO

A ideia para o projeto surgiu das necessidades urgentes do ensino e formação profissional após longos debates. A equipa do projeto fez revisões bibliográficas, pesquisas e análises sobre o tópico do projeto. O ensino e formação profissional é marcadamente importante para a economia e mão-de-obra futuras. Em Karaman/Turquia, o mercado de trabalho precisa de mais soldadores, mecânicos, técnicos e eletricistas qualificados. No âmbito do projeto, esperamos adicionar mais valores ao ensino e formação de alunos de EFP. No Guia do Programa Erasmus+ de 2015, as relações entre o mercado de trabalho e a mão-de-obra de alunos de EFP recomendou atividades e projetos no campo do ensino e formação profissional.

No projeto, os objetivos práticos são:

*Identificar as necessidades do mercado de trabalho

*Informar professores de EFP sobre novas oportunidades de trabalho

*Criar novas oportunidades e instalações de trabalho para alunos de EFP tendo em consideração o mercado de trabalho

*Desenvolvimento profissional baseado no trabalho e a compreensão do ensino

*Apoiar o desenvolvimento profissional de professores e formadores de EFP

*Partilhar boas práticas

*Identificar as necessidades dos alunos de EFP e qual a ação a tomar; analisar as suas competências e características

*Criar currículos baseados no trabalho para alunos de EFP

*Monitorização e avaliação da aprendizagem e desenvolvimento dos sistemas de EFP

*Integrar as famílias no sistema educativo

Tudo isto serve para aumentar a qualidade do sistema de ensino e formação profissional. Todas as atividades criadas e planeadas para o projeto vão apoiar estes objetivos práticos. Estas atividades vão adicionar valores, novas práticas e resoluções de conflito dos problemas nos sistemas de ensino e formação profissional. Especificamente, o ―Red Book‖ vai orientar as famílias, alunos, professores, formadores, funcionários e empregadores em órgãos privados. Este livro é uma metodologia e análise de ideias e pontos de vista. Este trabalho vai ajudar os alunos de EFP a planear o seu futuro e as suas carreiras.

As atividades principais do projeto

*Desenvolvimentos na Metodologia com artigos e pesquisas

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*Livro do projeto ―Red Book‖ ―Livro de Orientação para Melhorar Oportunidades de Emprego para Alunos de EFP‖ (Guidance Book for Enhancing Job Opportunities for Vet Learners)

*Filme do projeto *Logotipo e faixas do projeto *Álbum fotográfico

*Página da internet do projeto *Folheto e brochuras

*Seminários e conferência para professores *Reuniões de imprensa

*Reuniões de projeto transnacionais *Grupo ―Facebook‖ do projeto

*Ferramentas de redes sociais para o projeto *Reuniões com empresas, fábricas e funcionários

Resultados Intelectuais

* "Red Book" ―Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP‖

Eventos multiplicadores; Estudo da Metodologia

*Diretrizes profissionais, introduzir e orientar alunos de EFP. Resultados intelectuais e eventos multiplicadores vão orientar diretamente os prestadores e alunos de EFP para receberem melhor educação e formações criativas.

Os parceiros são de

Itália: Consorzio Innopolis

Camera di Commercio Industria, Artigianato e Agricoltura di Frosinone

Portugal: Bragamob

Associação Comercial de Braga

ZENDENSINO - Cooperativa de Ensino IPRL

Espanha: AGIFODENT - Asociacion Granadina para la informacion, formacion y desarrollo de las nuevas tecnologias

ASOCIACION RURAL DE DESARROLLO Y COOPERACION EUROPEA CULTURAE

Lituânia: UAB "Alfa idejos ir technologijos"

Kauno mokslo ir technologiju parkas

Turquia: O Coordenador: Direcção Provincial da Educação Nacional de Karaman

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REDBOOK

INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNICA NA TURQUIA

Breve descrição do contexto do sistema de EFP na Turquia O EFP é principalmente controlado pelo estado e é responsabilidade do Ministério da Educação Nacional (MoNE), composto por numerosas Direcções, Conselhos e Administrações. O EFP formal é administrado pela Direcção Geral MoNE do Ensino e Formação Profissional (DG EFP) e o EFP não-formal pela Direcção Geral MoNE da Aprendizagem ao Longo da Vida (DG ALV); EFP do ensino pós-secundário (ISCED 5B) é administrado pelo Conselho do Ensino Superior (CES). EFP formal (ISCED 3) é dado em 3 escolas; Centros de Ensino e Formação Profissional; Escolas Secundárias de Ensino e Formação Anatolianas e Escolas Secundárias Anatolianas de Programas Múltiplos e numa variedade de escolas privadas reconhecidas por diversas leis, por exemplo escolas geridas por empresas, câmaras e Zonas Industriais Organizadas (OIZs). O EFP é prestado através de programas escolares profissionais que incluem estágios e aprendizagem em contexto 8

de trabalho; os empregadores têm um papel ativo. O sistema é principalmente financiado pelo estado com financiamento adicional: de rendimentos sob a Lei n.º 3308; de empregadores; de projetos internacionais; do público; de ONGs; e de ‗fundos rotativos‘ (escolas geram rendimento através da produção e venda de bens e serviços). Empresas que apoiam a criação de escolas de EFP privadas podem ter direito a reduções de impostos. Existe uma componente de aprendizagem baseada no trabalho de duração variada que pode também ter lugar durante férias escolares e durante fins-de-semana. Orientação profissional é incluída como parte dos programas de aula em todos os tipos de escola. Em 2011, a transição do EFP para o Ensino Superior tornou-se mais flexível graças a novos regulamentos. O EFP de nível 5B do ISCED tem lugar principalmente em escolas profissionais públicas e privadas do nível terciário. A abordagem à ‗aprendizagem ao longo da vida‘ é baseada na parceria entre todas as partes interessadas, especialmente no setor privado. Oportunidades para educação contínua e formação para todos (trabalhadores, desempregados, pessoas desfavorecidas) são criadas e implementadas em conjunto pelas partes interessadas. A provisão para adultos do ISCED 3 formal e não-formal tem lugar numa variedade de instituições, incluindo Centros de Ensino Públicos (PECs), Centros de Ensino Vocacionais (VECs), Institutos de Maturação, Centros de Ensino de Turismo (TECs), Instituições de Ensino Abertas e Centros de Ensino Vocacionais e Técnicos (METEM). Cursos de duração/conteúdo variado e principalmente financiados pelo estado fornecem uma combinação de ensino presencial e à distância a indivíduos de diversas idades e níveis educativos à escala nacional e, no caso do Ensino Secundário Aberto, a indivíduos a viver no estrangeiro. Um certificado é dado no final bem sucedido de um curso. Escolas de EFP também dão cursos de EFP financiados pela Agência para o Emprego da Turquia (ISKUR) como parte de ALMPs (programas ativos do mercado de trabalho) e o setor privado também está envolvido através de protocolos assinados com o MoNE. Empresas que empregam 10 ou mais pessoas dão formação ocupacional a alunos de EFP, representando não menos que 5% do total do seu número de funcionários. Empresas que prestam formação ocupacional a 10 ou mais alunos estabelecem uma unidade de formação onde são designados formadores qualificados. Diversas estratégias/medidas promovem a inclusão social através do EFP, incluindo a Estratégia Nacional para o Emprego 2014-2023, a Estratégia Nacional para o Ensino e Formação Profissional 2014-2018, a Estretégia Nacional para a Aprendizagem ao Longo da Vida 2014-2018, a Estratégia Roma 2013-2017. Programas a nível nacional apoiados pela CE e fundos do estado, por exemplo o Projeto de Desenvolvimento de Competências Profissionais (MESGEP) apoia o EFP para a inclusão social. Contudo, o quadro legal existente precisa de ser mais fortalecido de forma a promover a inclusão social. O propósito do ensino secundário é o de dar aos alunos um mínimo de cultura comum, para identificar problemas individuais e sociais, para procurar soluções, para conscencializar de forma a contribuir para o desenvolvimento socio-económico e cultural do país e para preparar os alunos para o ensino superior, para uma profissão, para a vida e para o comércio em função dos seus interesses e competências. Os programas nestas escolas secundárias incluem formação em computadores, cursos de eletricidade, jornalismo, construção, mecânica, métodos de controlo remoto, eletrónica na medicina, motores de aeronaves e arquitetura.

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O SISTEMA DE EFP EM ESPANHA A formação profissional em Espanha prepara os alunos para trabalharem numa área profissional e para se adaptarem a mudanças de emprego futuras e ao seu desenvolvimento; para além disso, permite progredir no sistema educativo. Estes ensinamentos estão organizados em ciclos de formação educativos: primário, médio, superior, estruturados em módulos profissionais que integram conteúdos teórico-práticos em diferentes áreas profissionais. LOMCE (a lei orgânica para aumentar a qualidade da educação) tem o objetivo de revitalizar a opção da aprendizagem como uma opção em manter a vontade do desenvolvimento pessoal e da sua permeabilidade com o resto do sistema. Modernizações na prestação, adaptação a pedidos de diferentes setores de produção, a implicação de empresas no processo de formação (com as importantes novidades do sistema duplo de formação profissional) e a procura de uma abordagem aos modelos de diferentes países com menores percentagens de desemprego jovem são alguns dos instrumentos usados para atingir o objetivo. Um novo título de ensino profissional é criado, as rotas de acesso para entrar num nível médio/superior são mais flexíveis, a contribuição para ampliar competências é priorizado, e o sistema duplo de formação profissional é regulado e completado com unidades curriculares opcionais direcionadas para níveis superiores de educação e transição para outros ensinamentos.

A formação profissional tem mais de 170 ciclos de formação em centros privados e públicos de comunidades autónomas que podem ser feitos presencialmente ou através da internet. Estes títulos têm valores académicos e profissionais, com capacidade e validade oficial por toda a Espanha. De acordo com o jornal ―El Mundo‖, a Espanha não vai eliminar a formação profissional mesmo se a crise económica o fez prever: o número de alunos é duas vezes (por volta de 793.025) comparado com 2007/2008. Mas ainda estão longe do nível de outros países: 33.3% é a percentagem de graduados (46.1% na Europa). Isto significa que a oportunidade de desenvolver uma aprendizagem baseada no trabalho é menor. A Formação Profissional consiste em ciclos entre 1300 e 2000 horas dependendo da profissão. A primeira fase é aberta a pupilos que foram premiados com um certificado de graduado em educação secundária e que desejam optar por formação profissional em vez de estudar para o bacharelado. A segunda fase é aberta a pupilos que têm que passar bacharelado do exame, que inclui disciplinas do bacharelado. Pupilos de EFP dividem o seu tempo entre o estudo para a escola e formação prática em contexto de trabalho no comércio ou na indústria, onde passam por volta de 25 por cento do seu tempo de aprendizagem. A formação profissional é gratuita para a maioria dos pupilos, quer tenha lugar num centro público ou numa instituição privada, já que estas são financiadas pelo estado (mas empregam os seus próprios professores e têm regras diferentes dos centros do estado). Recentemente, ênfase foi colocado nas competências de TI e telecomunicações e nas línguas da UE, particularmente no Inglês e no Alemão. Pupilos que completam um curso de grau médio recebem um certificado de ‗especialista técnico‘ e os que completam cursos superiores recebem um certificado de ‗técnico superior‘. Estes podem continuar os seus estudos na universidade. Existem aproximadamente 29 cursos do ensino profissional diferentes:

-Atividades físicas e desportivas -Administração e gestão -Agricultura

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-Artes gráficas -Arte e ofício -Comércio e marketing -Construção e engenharia civil -Eletricidade e eletrónica -Etc...

O curso profissional com maior empregabilidade é o de ―administração e gestão‖, seguido por ―informática e comunicação‖. A formação profissional aumenta a possibilidade de encontrar trabalho e é requirido por 29.9% dos empregos.

O SISTEMA DE EFP EM PORTUGAL O sistema de ensino e formação profissional em Portugal é administrado de forma centralizada com referência à definição de diretivas políticas e diretrizes curriculares, educativas e financeiras. As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira têm alguma independência nesta área mas estão sujeitas às principais diretrizes nacionais. Os atores principais na administração do sistema de ensino e formação profissional incluem três Ministérios: Ministério do Emprego, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A sua intervenção é feita predominantemente por três Direcções: Direcção- Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular e Direcção-Geral do Ensino Superior. Adicionalmente, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional e o Instituto do Emprego e Formação Profissional têm um papel importante no sistema de EFP em Portugal. O sistema de ensino e formação profissional Português engloba a educação pré-primária, básica, secundária, pós-secundária não-superior, e educação superior. A educação básica é universal, obrigatória e gratuita, e dura nove anos académicos, começando aos seis anos de idade e acabando aos quinze anos, de acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo. Engloba três ciclos sequenciais e progressivos e a sua conclusão bem sucedida confere um diploma certificando a conclusão da escolaridade básica obrigatória. A educação secundária dura três anos, engloba um único ciclo e começa aos quinze anos de idade. Pode ser completado tanto pelo estudo de cursos gerais na área da Ciência e das Humanidades com o objetivo de continuar os estudos no nível superior, como pelo seguimento de um caminho profissionalizante – cursos profissionais, estágios, cursos de formação, cursos de arte especializados, cursos tecnológicos, cursos de educação adulta; estes qualificam os alunos para entrar no mercado de trabalho mas também lhes permite continuar os estudos. A educação pós-secundária não-superior engloba cursos de especialização tecnológica, que preparam e qualificam os alunos para o trabalho e a conclusão bem sucedida confere um diploma em especialização tecnológica. Estes cursos são divididos em créditos que podem ser transferidos a cursos do ensino superior aos quais dão acesso. Como resultado da adesão de Portugal ao Processo de Bolonha, o ensino superior sofreu reestruturações profundas, tanto no conteúdo curricular como no sistema de avaliação e atribuição de diplomas. A idade comum de entrada neste nível educativo é de 18 anos.

É relevante enfatizar o Acordo para a Reforma da Formação Profissional (2007), assinado pelo governo e pelos principais parceiros sociais e que cria o contexto necessário para a estratégia da qualificação na implementação da dupla certificação para os jovens e adultos contratados (através da frequência da educação modular e de cursos de formação credenciados para a certificação académica e/ou profissional); estabelecimento do

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Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ); melhorar a reforma do Sistema de Credenciação de Órgãos de Formação; fortalecer a melhoria das qualificações dos formadores e do envolvimento dos parceiros sociais na supervisão e no estímulo de formação profissional para funcionários. Desde 1985, o sistema Português foi estruturado com base em cinco níveis de formação (Classificação Internacional Normalizada da Educação – ISCED). Estes níveis atingiram visibilidade pública e são reconhecidos e aceites pela maioria dos atores nos sistemas de ensino e formação profissional, assim como pelos parceiros sociais e empresas. O novo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) vai definir os novos níveis nacionais de qualificação, de acordo com o Quadro Europeu de Qualificações (QEQ). De uma forma geral, os prestadores de EFP incluem escolas públicas, tecnológicas e profissionais; universidades e outras instituições superiores; centros de formação de administração direta e centros de formação profissional de administração participada (ambos relacionados com o Instituto do Emprego e Formação Profissional); operadores privados. Adicionalmente, a Lei de Bases do Sistema Educativo institucionaliza a participação dos parceiros sociais no ensino e formação profissional. Os parceiros são envolvidos na definição geral de políticas e no seu seguimento junto de orgãos de aconselhamento e de coordenação social: Conselho Económico e Social, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional e o Conselho Nacional de Educação.

Em 2007, o Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) foi criado, definindo as estratégias dirigidas a jovens e adultos que concluiram com sucesso o 12º ano como nível de qualificação mínima, assim como o investimento na dupla certificação, tanto através do aumento da provisão de cursos de ensino e formação como através do reconhecimento, da validação e da certificação de competências de aprendizagem formais, informais e não- formais. No que toca aos jovens, isto significa um ponto de partida que seria gradualmente cimentado graças aos percursos diversificados oferecidos pelos cursos de ensino e formação profissional. No que toca aos adultos, tem como objetivo a continuação de um sistema para melhorar as qualificações, usando várias ferramentas, paricularmente mecanismos para o reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas ao longo da vida em contextos formais, informais e não-formais e para a formação profissional que podem frequentar.

Validação de Aprendizagem não-formal e informal O Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC)

O processo RVCC faz parte do SNQ e é desenvolvido nos CQEP. Este processo é baseado num conjunto de pressupostos metodológicos (auditoria de competências, abordagem autobiográfica) que permitem a identificação, reconhecimento, validação e certificação de competências previamente adquiridas por adultos ao longo da vida em contextos formais, informais e não-formais, e consiste na aplicação de um conjunto de ferramentas de avaliação e atividades de forma a construir um portfolio (contendo evidências e/ou provas de competências que os adultos possuem em relação a um quadro particular). O processo RVCC é baseado em referenciais que fazem parte do CNQ (Referencial de Competências-Chave do nível primário, Referencial de

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Competências-Chave do nível secundário e o Referencial de Competências profissionais), com o RVCC escolar dividido por áreas de aptidões-chave e o RVCC profissional por competências.

Requisitos de Admissão Para ter acesso aos processos RVCC escolares ou profissionais (nível primário – B1, B2 ou B3 e nível secundário), candidatos devem ter mais de 18 anos e ter conhecimento suficiente (profissional, social, pessoal, etc) em relação aos quadros respetivos (Referencial de Competências-Chave ou Referencial de Competências profissionais). Para ter acesso aos processos RVCC, candidatos com menos de 23 anos também devem apresentar provas de um mínimo de três anos de experiência profissional através de uma declaração emitida pelo gabinete de segurança social relevante, tendo em consideração as provisões sublinhadas no Artigo 19 Portaria 135-A/2013.

Métodos de Ensino e Abordagens A duração dos processos RVCC variam de acordo com as competências demonstradas pelos candidatos e com o nível de qualificação proposto. Podem começar a qualquer altura do ano e não são regidos pelo calendário escolar. O calendário é ajustável e flexível, e é combinado entre o adulto e o CNO, de forma a facilitar a participação dos adultos trabalhadores. Informação, orientação e referenciação para jovens e adultos são dadas por profissionais de orientação, reconhecimento e validação de competências. O processo de reconhecimento e validação é desenvolvido por um grupo de formadores qualificados para ensinar grupos de recrutamento específicos, de acordo com as áreas de competências-chave que fazem parte do respetivo quadro de competências-chave para a educação e formação de adultos, com os profissionais de orientação, reconhecimento e validação de competências a monitorizarem o adulto durante o processo.

O candidato cujo perfil de conhecimento e competências, experiências profissionais e características sociais e pessoais seja apropriado para um processo de RVCC é requerido que crie um portfolio de competências refletidas, baseado em aprendizagem formal, não-formal e informal adquirida ao longo da sua vida.

Avaliação/Progressão do Aluno Os processos RVCC escolares estão divididos em duas etapas: reconhecimento, e validação e certificação de competências. Adultos podem executar um RVCC escolar ou profissional, assim como dupla certificação. A etapa do reconhecimento e da validação envolve a identificação, apreciação e reconhecimento de competências que o adulto possui, usando a metodologia de um auditor de competências e a história de vida adulta, assim como um conjunto específico de atividades e ferramentas de avaliação (no caso do RVCC profissional, existem quatro ferramentas de avaliação diferentes: o formulário de análise do portfólio, as diretrizes de entrevista técnica, a grelha de observação do desempenho no local de trabalho e exercícios no contexto de uma prática simulada) e uma auto-avaliação: grelha de auto-avaliação. Esta etapa inclui sessões de reconhecimento (tanto individuais como em grupo), que são conduzidas por profissionais de orientação ou por diferentes formadores/professores. A validação de competências inclui os resultados da auto e heteroavaliação efetuada

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por profissionais de orientação, reconhecimento e validação de competências e por formadores/professores de diferentes áreas, que inclui a produção de uma ata da sessão de validação.

A autoavaliação e a avaliação feita por outros é pontuada independentemente por área de competência-chave no caso do processo RVCC escolar ou por unidade de competência no caso do RVCC profissional numa escala de 0 a 200.

O adulto obtém reconhecimento e validação de cada uma das áreas de competência-chave (no processo RVCC escolar) ou em cada unidade de competência (na unidade RVCC profissional), quando obtêm uma pontuação de 100 pontos ou mais.

Em qualquer um dos processos RVCC, o candidato pode frequentar formação (dada pelos formadores/professores do Centro de Formação Profissional) até um máximo de 50 horas das diferentes unidades de competência que fazem parte do quadro, desde que esta formação ajude o candidato a obter uma certificação completa.

O SISTEMA DE EFP NA LITUÂNIA Existem 74 instituições de ensino e formação profissional na Lituânia frequentadas por mais de 45.000 alunos. As instituições de ensino e formação profissional estão a ser reestruturadas como instituições autónomas de forma a atrair empresas para a sua administração e trazer o ensino e formação profissional mais próximo dos requisitos do mercado de trabalho.

O sistema de ensino profissional inclui ensino e formação profissional inicial e contínua. O Ministério da Educação e da Ciência é responsável pelo sistema de ensino profissional. O Ministério é também o acionista principal da maioria dos estabelecimentos de ensino profissional. A maioria destes são instituições financiadas pelo estado e algumas (20) são instituições autónomas. O órgão principal de governo dos estabelecimentos públicos de ensino e formação profissional é a reunião geral das partes interessadas em que cada uma tem um voto. Municípios, parceiros sociais, e outras partes interessadas podem participar na administração de um estabelecimento de ensino profissional em termos igualitários com o principal acionista (o Ministério da Educação e da Ciência).

Escolas profissionais fornecem tanto formação que dá acesso a um certificado, como ensino básico e secundário. A duração dos programas pode ser de dois ou três anos dependendo da intenção de fornecer ensino básico ou secundário, ou se são adaptados a pessoas com necessidades especiais. A duração dos estudos para alunos que já obtiveram ensino secundário é de 1 a 2 anos. Os requisitos para os programas de ensino profissional são estabelecidos pelos Requisitos Gerais e Ensino Profissional e Padrões de Formação do Ministério da Educação e da Ciência. Programas de ensino profissional são desenvolvidos por prestadores de ensino profissional em cooperação com empregadores.

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O programa de ensino consiste em duas partes. A primeira parte é válida para todas as escolas do país e define os campos de atividade profissional, competências, objetivos de ensino, e provisões de avaliação. A segunda parte é opcional e inclui métodos de ensino, programa curricular, material didáctico, etc. O programa deve incluir Empreendedorismo, Proteção Civil, Ecologia, Tecnologias de Informação, e Língua Estrangeira para Propósitos Específicos como disciplinas ou módulos.

Do tempo total alocado a disciplinas profissionais 60-70% deve ser dedicado à formação prática. Normalmente, a formação prática é dada na escola ou numa empresa. A formação pode também fazer parte de um programa de mobilidade. A avaliação final de qualificações é independente e é avaliada por instituições de avaliação de competências credenciadas.

Tendo completado o programa de ensino profissional e passado nos exames, os alunos obtêm uma qualificação profissional. Alunos que completaram o seu ensino secundário podem continuar os seus estudos em colégios ou universidades. Graduados bem sucedidos assim como graduados com experiência profissional de acordo com a sua qualificação recebem pontos adicionais aquando da entrada em instituições de ensino superior.

Usando ajudas dos Fundos Estruturais da UE, centros de formação práticos para ramos relevantes da indústria (centros de formação práticos setoriais) equipados com instalações modernas estão a ser estabelecidos em instituições de ensino e formação profissional. É planeada abertura de um total de 42 centros de formação práticos setoriais. Estes vão ser usados não só por alunos de instituições de ensino e formação profissional, mas também por alunos de universidades e colégios. Oficinas bem equipadas vão estar abertas a todos os que desejam melhorar ou adquirir uma profissão.

O centro de formação prático setorial – é uma instituição de ensino e formação profissional ou uma divisão de uma que fornece serviços de ensino e formação inicial e contínua a todos os habitantes da Lituânia e equipado com instalações de formação modernas para um ou vários ramos da indústria.

O SISTEMA DE EFP EM ITÁLIA A escolaridade obrigatória em Itália dura dez anos (dos 6 aos 16 anos de idade) e inclui o primeiro ciclo de ensino e os primeiros dois anos de ensino secundário, ou os percursos de três/quatro anos de ensino e formação profissional para os quais as Regiões têm competências. Todos os jovens que completam o ensino e formação obrigatório (aos 16 anos de idade) têm o direito/dever da educação e formação até pelo menos 12 anos (dos 6 aos 18 anos de idade) na escola secundária ou até que obtenham uma qualificação profissional através dos percursos de três/quatro anos de formação geridos pelas Regiões ou através de um esquema de aprendizagem específico.

Na conclusão do ensino secundário, o sistema universitário é organizado da seguinte forma: um grau de nível 1 após cursos de três anos (Bacharelato), um grau de nível 2 após a conclusão de dois anos adicionais (Mestrado), e um Doutoramento que normalmente dura três anos.

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O sistema inicial de EFP Italiano engloba tanto o ensino secundário profissional gerido pelo Ministério da Educação como a formação profissional inicial gerida pelas Regiões e prestada por agências de formação credenciadas. Todos os jovens que deixaram o sistema educativo e que vão entrar no mercado de trabalho podem receber uma qualificação profissional através do sistema de ensino e formação profissional gerido pelas Regiões. Cursos de EFP inicial duram geralmente um ano, embora existam alguns cursos de dois anos. Os programas são destinados a jovens, de acordo com as suas qualificações educativas gerais; é feita a distinção entre os cursos de nível 1 (para os que acabaram de completar a escolaridade obrigatória), de nível 2 (ver anteriormente) e de nível 3 (para os que têm uma educação do ensino superior).

Finalmente, existem alguns programas de aprendizagem para jovens com idades entre os 15 e os 29. Para adultos, trabalhadores ou desempregados, existe um sistema de EFP contínuo junto com uma grande variedade de cursos em quase todos os setores prestado por privados. Para os percursos de EFP inicial que se incluem no ensino secundário, um Sistema de Avaliação Nacional foi introduzido em 2013. Os atores principais envolvidos neste sistema são: INVALSI (Istituto nazionale per la valutazione del sistema di istruzione e formazione), Indire (Istituto nazionale di documentazione, innovazione e ricerca educativa) e uma equipa de inspetores nomeados pelo Ministério da Educação. No que toca aos cursos de EFP inicial geridos pelas Regiões existem diversas ferramentas comuns para definir o quadro de garantia de qualidade mas a Itália padece de regulamentação compreensiva, pelo menos a nível nacional.

Certificação, avaliação e validação de alunos As escolas têm que seguir os procedimentos emitidos pelo Ministério da Educação para a certificação, avaliação e validação de alunos. Os procedimentos de certificação são regulamentados por decretos regionais. Normalmente um exame final é requisitado para os alunos na presença de uma comissão tripartidária (a escola de EFP, a região e representantes do ramo).

Identificação das necessidades de formação Em relação aos percursos de formação geridos tanto centralmente (escolares) como regionalmente (formação profissional), as partes interessadas são envolvidas na análise das necessidades de formação, que são a base para os programas oferecidos pelo setor de ensino e formação profissional. O planeamento de EFP regional é baseado em necessidades de ensino e formação profissional, que são analisadas em cooperação com os parceiros sociais.

Durante alguns anos, o Ministério do Trabalho e Segurança Social tem vindo a suportar (financeiramente através do FSE) um projeto implementado pela União das Câmaras de Comércio (Unioncamere) intitulado Excelsior (Sistema informativo per l’occupazione e la formazione), que tem em consideração uma grande variedade de exemplos de empresas e fornece dados previstos sobre tendências do mercado de trabalho e sobre as necessidades ocupacionais das empresas numa base anual. Uma previsão trimestral fornecendo estatísticas sobre recrutamento planeado por empresas também é editado. Dados estão disponíveis a nível nacional, regional e provincial de acordo com a Classificação Internacional Uniforme das Ocupações (ISCO). Para além 16

disso, e para assegurar informação com maior qualidade do mercado de trabalho e consistência total entre as análises efetuadas e a formação prestada, uma Classificação de Unidades Profissionais (Nomenclatura e Classificazione delle Unità Professionali) foi estabelecida em conjunto pelo Isfol e pelo Istat (o Instituto de Estatísticas Italiano). O NUP permite o uso de uma linguagem comum para classificar ocupações por todos os diferentes atores envolvidos (a nível técnico e de governança) e para assegurar a qualidade dos resultados da análise de necessidades.

Envolvimento das partes interessadas A estratégia nacional visando o reinforço da ligação entre o ensino e o mercado de trabalho estimula uma cooperação mais intensa entre a escola e o sistema local produtivo organizacional. Um conselho técnico incluindo especialistas do mercado de trabalho com uma tarefa consultiva no currículo e para o desenvolvimento de experiências baseadas no trabalho para todos os alunos foi introduzido nas escolas secundárias técnicas e profissionais. Desenvolvimentos recentes importantes foram introduzidos relacionados com a colaboração educativa entre a escola e o mercado de trabalho:

- Fortalecer a oferta de formação ao alternar a formação, requerido pela lei Julho 13, 2015, n.º 107;

- Melhoria da aprendizagem para a aquisição de uma educação secundária, de acordo com as novidades introduzidas pelo Decreto Legislativo 15 Junho 2015, n.º 81 implementação da lei JOBS.

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CAPÍTULO 1

UMA VISÃO GERAL DO SISTEMA DE EFP TURCO e ANÁLISE DA SUA SITUAÇÃO ATUAL

O Sistema de Ensino Turco tem uma grande variedade de áreas profissionais. Tem diversos órgãos em si mesmo. O sistema de escolaridade obrigatória 4+4+4 tem vindo a ser implementado desde 2012.

Inclui a pré-escola. Este sistema tem 12 anos de escolaridade obrigatória na Turquia.

O Sistema de Ensino Nacional Turco é determinado pela Lei Básica da Educação Nacional no. 1739 e consiste em duas partes principais, nomeadamente ―educação formal‖ e ―educação não-formal‖. A etapa inicial do sistema educativo é o nível de ensino pré-escolar, que é opcional.

Serviços educativos formais em todos os níveis de ensino são prestados substancialmente (mais de 90%) por instituições de ensino públicas. Instituições de ensino privadas também existem. Instituições de ensino privadas significam financiamento e administração privada.

Breve descrição do contexto do sistema de EFP na Turquia O EFP é principalmente controlado pelo estado e é responsabilidade do Ministério da Educação Nacional (MoNE), composto por numerosas Direcções, Conselhos e Administrações. O EFP formal é administrado pela Direcção Geral MoNE do Ensino e Formação Profissional (DG EFP) e o EFP não-formal pela Direcção Geral MoNE da Aprendizagem ao Longo da Vida (DG ALV); EFP do ensino pós-secundário (ISCED 5B) é administrado pelo Conselho do Ensino Superior (CES). EFP formal (ISCED 3) é dado em Escolas Secundárias de Ensino e Formação Anatolianas; Centros de Ensino e Formação Profissional; e Escolas Secundárias Anatolianas de Programas Múltiplos e numa variedade de escolas privadas reconhecidas por diversas leis, por exemplo escolas geridas por empresas, câmaras e Zonas Industriais Organizadas (OIZs). O EFP é prestado através de programas escolares profissionais que incluem estágios e aprendizagem em contexto de trabalho; os empregadores têm um papel ativo. O sistema é principalmente financiado pelo estado com financiamento adicional: de rendimentos sob a Lei n.º 3308; de empregadores; de projetos internacionais; do público; de ONGs; e de ‗fundos rotativos‘ (escolas geram rendimento através da produção e venda de bens e serviços). Empresas que apoiam a criação de escolas de EFP privadas podem ter direito a reduções de impostos. Existe uma componente de aprendizagem baseada no trabalho de duração variada que pode também ter lugar durante férias escolares e durante fins-de-semana. Orientação profissional é incluída como parte dos programas de aula em todos os tipos de escola. Em 2011, a transição do EFP para o Ensino Superior tornou-se mais flexível graças a novos regulamentos. O EFP de nível 5B do ISCED tem lugar principalmente em escolas profissionais públicas e privadas do nível terciário.

A abordagem à ‗aprendizagem ao longo da vida‘ é baseada na parceria entre todas as partes interessadas, especialmente no setor privado. Oportunidades para educação contínua e formação para todos (trabalhadores, desempregados, pessoas desfavorecidas) são criadas e implementadas em conjunto pelas partes interessadas. A

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provisão para adultos do ISCED 3 formal e não-formal tem lugar numa variedade de instituições, incluindo Centros de Ensino Públicos (PECs), Centros de Ensino Vocacionais (VECs), Institutos de Maturação, Centros de Ensino de Turismo (TECs), Instituições de Ensino Abertas e Centros de Ensino Vocacionais e Técnicos (METEM). Cursos de duração/conteúdo variado e principalmente financiados pelo estado fornecem uma combinação de ensino presencial e à distância a indivíduos de diversas idades e níveis educativos à escala nacional e, no caso do Ensino Secundário Aberto, a indivíduos a viver no estrangeiro. Um certificado é dado no final bem sucedido de um curso. Escolas de EFP também dão cursos de EFP financiados pela Agência para o Emprego da Turquia (ISKUR) como parte de ALMPs (programas ativos do mercado de trabalho) e o setor privado também está envolvido através de protocolos assinados com o MoNE.

Empresas que empregam 10 ou mais pessoas dão formação ocupacional a alunos de EFP, representando não menos que 5% do total do seu número de funcionários. Empresas que prestam formação ocupacional a 10 ou mais alunos estabelecem uma unidade de formação onde são designados formadores qualificados.

Diversas estratégias/medidas promovem a inclusão social através do EFP, incluindo a Estratégia Nacional para o Emprego 2014-2023, a Estratégia Nacional para o Ensino e Formação Profissional 2014-2018, a Estretégia Nacional para a Aprendizagem ao Longo da Vida 2014-2018, a Estratégia Roma 2013-2017. Programas a nível nacional apoiados pela CE e fundos do estado, por exemplo o Projeto de Desenvolvimento de Competências Profissionais (MESGEP) apoia o EFP para a inclusão social. Contudo, o quadro legal existente precisa de ser mais fortalecido de forma a promover a inclusão social.

O propósito do ensino secundário é o de dar aos alunos um mínimo de cultura comum, para identificar problemas individuais e sociais, para procurar soluções, para conscencializar de forma a contribuir para o desenvolvimento socio-económico e cultural do país e para preparar os alunos para o ensino superior, para uma profissão, para a vida e para o comércio em função dos seus interesses e competências.

Os programas nestas escolas incluem formação em computadores, cursos de eletricidade, jornalismo, construção, mecânica, métodos de controlo remoto, eletrónica na medicina, motores de aeronaves e arquitetura.

O Novo Período Escolar na Turquia começou em 2012 e com isto um novo Sistema Educativo na Turquia foi estabelecido, denominado de sistema 4+4+4. Este sistema aumenta a escolaridade obrigatória de 8 anos para 12 anos.

Os anos escolares também trazem a introdução de aulas vocacionais que começam no 5º Ano. Crianças e Encarregados de Educação podem escolher a partir de uma listagem de aulas, a mais controversa sendo ―O Corão e a Vida de Muhammad‖ onde as raparigas também têm a autorização para vestirem os seus lenços de cabeça durante essas aulas. Outras aulas propostas incluem Matemática, Inglês e Ciência.

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A Educação na Turquia é governada por um sistema nacional que foi estabelecido em conformidade com as Reformas de Atatürk após a Guerra de independência turca. Crianças são obrigadas a ter 12 anos de educação entre os 6 e os 18 anos de idade. Anualmente, cerca de 1.5 milhões de alunos são formados em escolas secundárias Turcas. Por volta de 95% dos alunos frequentam escolas públicas, mas inadequações do sistema público motivam as famílias de classe média a procurar educação privada. Em 2012 existiam mais de 167 universidades na Turquia. A entrada é regulada por um exame nacional, ÖSS, após o qual os graduados do ensino secundário são atribuídos a universidades de acordo com o seu desempenho. Também se assiste à mudança na idade inicial das crianças para começarem a frequentar a escola. Até este período as crianças começavam a escola por volta dos 80 meses ou entre os 6 ½ aos 7 anos de idade. A idade para começar a escola foi reduzida para os 66 meses.

Pré-escola

Escola primária

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Escola secundária

Escola Profissional e Técnica

Sistemas de Ensino e Formação Profissional, que são um dos fatores que determinam os níveis de desenvolvimento dos países em diversos campos como o social, económico, científico e tecnológico, etc, por vezes são sujeitos a várias mudanças de forma a acompanharem os requisitos dos tempos, a continuarem eficazes e a melhorarem continuamente. Diversas mudanças foram feitas recentemente na Turquia com o propósito de tornar o sistema nacional educativo mais qualificado e acompanhar os padrões dos países desenvolvidos. Com a ―Lei do Ensino Primário no 6287‖ adoptada no 30 de Março de 2012, uma decisão radical foi tomada no sistema educativo e posta em prática. Esta lei, conhecida pelo público por 4+4+4 e cuja implementação trouxe mudanças ao sistema de ensino Turco, levantou várias discussões. Neste estudo, é visado o impacto do sistema de ensino 4+4+4, criado com o propósito de aumentar o período de escolaridade obrigatória na Turquia ao nível da média dos países da UE e OCDE e de oferecer um ambiente educativo mais qualificado para os alunos, que tem sido analisado desde o primeiro momento em que se apresentou.

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A educação, que é definida como o processo de mudanças intencionais e finais no comportamento de um indivíduo através da sua vida (Ertürk, 1972), é um fator importante para a vida humana. A educação não visa apenas formar o indivíduo da forma mais preparada possível, também serve o propósito de prestar mão-de- obra qualificada ao país. A mão-de-obra educada tem um papel no desenvolvimento de sociedades nos campos da economia, social, tecnológico e científico.

UMA VISÃO GERAL DO MERCADO DE TRABALHO EM ITÁLIA Este trabalho foca sucintamente nas características estruturais do mercado de trabalho principal de Itália e resume o processo total de reforma que teve lugar em Itália do início dos anos 90 até hoje e os impactos da recente lei JOBS na economia Italiana.

As fontes de dados principais usadas para a análise do mercado de trabalho Italiano são a base de dados do Instituto Nacional de Estatística Italiano (Istat) que fornece dados padrão sobre a mão-de-obra, divididos por idade e gênero. Os dados incluem estatísticas de emprego e de desemprego a nível mensal, trimestral e anual para trabalhadores dependentes e independentes. Contribuições setoriais para o emprego também são fornecidas assim como tipos de ocupações, profissões, dentro de cada indústria. Outras estatísticas são elaboradas pelo Inquérito às Forças de Trabalho Eurostat. A base de dados do Instituto de Ministério do Trabalho e Segurança Social (INPS) fornece dados administrativos sobre o fluxo de diferentes tipos de contratos, ativados, transformados e dispensados, para trabalhadores dependentes e independentes, excluíndo o setor Agrícola e a Administração Pública.

Desde os anos noventa, a taxa de emprego em Itália assim como os números de produtividade do trabalho ficavam aquém dos parceiros da UE. Em 1996 a taxa de emprego na UE era de 60.1% e de 50.1% em Itália enquanto que em 2013 era de 65% e 55.5%, respetivamente. Também o crescimento da produtividade do trabalho Italiana ficava abaixo da média da UE (a taxa da UE em 1996-2013 era de 1.4 enquanto que a Italiana era de 0.3). Para além disso, a partir dos anos noventa o mercado de trabalho Italiano revelou-se afetado por diversas falhas estruturais: a baixa representatividade das mulheres no mercado de trabalho; a taxa de desemprego jovem persistentemente elevada; a divisão Norte-Sul.

No início de 2015 a diferença na participação de gênero continuava elevada apesar de reduzida ligeiramente pelo efeito da crise económica de 2008. A última crise económica teve maior impacto nos setores industriais dominados pelos homens como a construção e a produção, desta forma produzindo em reequilíbrio aparente na divisão de emprego masculino-feminino.

Similar ao que foi demonstrado em relação à divisão masculina-feminina, os jovens Italianos experienciaram taxas de emprego mais de 10% abaixo das Europeias.

Neste contexto, contratos temporários foram identificados como uma ferramenta efetiva para facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho e um processo de liberalização do mercado de trabalho foi implementado.

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O primeiro grande passo no processo de liberalização do mercado de trabalho ocorreu em 1997 através da denominada ‗Pacchetto Treu‘ (Lei 196/1997). Esta lei forneceu um novo quadro contratual ao introduzir esquemas de aprendizagem, emprego a tempo parcial, contratos temporários e ao criar também agências de trabalho temporário privadas visando a facilitação do processo de correspondência entre a oferta e a procura no mercado de trabalho. Em 2001, o governo Italiano aumentou a possibilidade e os termos para o uso de contratos temporários e em 2003, com a ‗Legge Biagi‘ (Lei n.º 30/2003), o uso do contrato de locação de funcionários, do trabalho a tempo parcial e de reformas não-padrão de relações de emprego foram amplamente alargados.

Após um período de relativa calma nos processos de reforma, a crise de 2008 e as suas consequências na economia Italiana reacendeu o debate relativo à necessidade de reformas estruturais adicionais. Em 2012, a ‗Legge Fornero‘ (Lei 92/2012) enfraqueceu a eficácia do Artigo 18 da Lei 300/1970. Esta última foi o pilar principal contra o despedimento injustificado de trabalhadores. Contudo, a Lei 92/2012 apenas enfraqueceu a disciplina prévia que protegia os trabalhadores - nomeadamente, o Artigo 18 - sem o anular completamente.

Resumindo, as reformas implementadas ao longo das últimas duas décadas em Itália determinaram uma grande ‗flexibilização‘ do mercado de trabalho através do uso de formas temporárias de emprego e do amolecimento gradual das leis de despedimento em contratos regulares com a lei JOBS. Neste ponto de vista, a reforma do mercado de trabalho Italiano contribuiu para criar um mercado de trabalho duplo onde os contratos permanentes desde 2014 foram caracterizados por um grande nível de proteção contra demissões enquanto que o trabalho temporário foi alternativamente caracterizado por um baixo nível de proteção e de segurança social.

Em 2015 a Itália introduziu incentivos para a contratação e uma grande reforma de trabalho geralmente referida como lei JOBS. O objetivo primordial da reforma era o de reduzir a incerteza e o custo da demissão profissional, reformular o ‗sistema duplo‘ – onde funcionários com contratos permanentes gozam de uma proteção elevada enquanto que o resto enfrenta trabalho precário – e aumentar a participação das mulheres na mão-de-obra. O objetivo era o de melhorar a realocação de trabalho e de aumentar a produtividade.

Outro fator que influencia o mercado de trabalho em Itália é a composição da estrutura da mão-de-obra caracterizada por uma polarização crescente em grupos especializados e grupos pouco qualificados. Em Itália a criação de emprego está concentrada tanto na parte superior como na parte inferior da distribuição de competências. Durante o período de 2000-2014, Gerentes, Técnicos e Profissionais Associados cresceram 1.5% por ano, Funcionários mais que 1% e trabalhadores Manuais - profissões pouco remuneradas e pouco qualificadas - 0.5%. O crescimento deste último foi principalmente registado nos serviços de baixa tecnologia, sobretudo relacionados com o comércio, turismo, puericultura, geriatria, etc. Por outro lado, tanto na Europa como em Itália, os Artesãos diminuíram quase 1% por ano.

No geral, os fluxos do mercado de trabalho em Itália sugerem uma deterioração da participação do mercado de trabalho com uma transição rumo à inatividade, provavelmente devido a longos períodos de desemprego. Por

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último, em termos agregados, a produtividade do trabalho tem vindo a diminuir ao longo do período total da reforma, em média de 0.1% e estando, desde o ano 2000, constantemente abaixo da média Europeia (Fonte: Eurostat.

A produtividade está fortemente ligada com as dinâmicas das despesas e investimentos de P&D (pesquisa e desenvolvimento, particularmente no que toca às inovações).

No geral, a despesa da Itália em atividades de P&D tem estado contantemente abaixo da média da UE tornando a resiliência mais difícil, especialmente para os setores da produção, durante a recessão após a crise de 2008. No caso de Itália, a revisão da literatura fornece provas heterogéneas relativas à ligação entre liberalização do mercado de trabalho, dinâmicas de produtividade e crescimento de emprego. De acordo com os investigadores Battisti e Vallanti (2013) a difusão de contratos temporários reduz a motivação e o esforço dos trabalhadores consequentemente reduzindo a produtividade do trabalho.

Resultados do exercício empírico demonstram que a lei JOBS está a falhar os seus objetivos principais: aumentar o emprego e reduzir a percentagem de contratos temporários e atípicos. De fato, como demonstrado ao longo da inspeção de dados, o único aumento detetado no emprego é caracterizado principalmente por contratos temporários assinalando que o aumento dos contratos permanentes é maioritariamente devido às transformações dos contratos e não à criação de emprego. Em particular, incentivos monetários às empresas não se parecem traduzir em novos empregos permanentes mas principalmente na transformação dos contratos temporários para permanentes.

Dados do Inquérito às Forças de Trabalho (fonte: Istat) confirmam que o aumento do emprego durante o processo de reforma é fraco. No terceiro trimestre de 2016 a economia Italiana registou um aumento de 0.3% no PIB, em linha com o resto da Europa, e uma taxa de crescimento de 1% em termos de tendência. No ano anterior os níveis crescentes de atividades económicas estão associados com um uso crescente de trabalho por um sistema de produção que continua em crescimento, apesar de a um ritmo muito moderado: as horas totais trabalhadas subiram de 0.1% em relação ao trimestre anterior e de 1.6% ano após ano.

No que toca ao fornecimento de trabalho, após cinco trimestres de crescimento consecutivos, no terceiro trimestre de 2016 o emprego total registou um ligeiro declínio em relação ao trimestre anterior (-14 mil, - 0.1%), devido à queda no número de trabalhadores por conta própria (-80 mil, -1.5%) que contrabalançam o crescimento constante de funcionários (+66 mil, +0.4%). Estas dinâmicas não são diferenciadas significativamente por gênero ou região. A taxa de emprego, também, manteve-se estável trimestralmente. Tendências mais recentes, medidas a partir de dados ajustados sazonalmente para o mês de Outubro de 2016, demonstraram uma nova queda no emprego, especialmente do emprego permanenete, contrário ao crescimento modesto no emprego temporário e à ampla estabilidade no emprego por conta própria.

As dinâmicas ano após ano surgem entre o terceiro trimestre de 2016 e o mesmo trimestre do ano anterior levou a um crescimento total de 239 mil pessoas contratadas. Menos acentuado do que no segundo trimestre, 24

este crescimento foi apenas registado no emprego permanente (+316 mil), contrariamente à larga estabilidade no emprego temporário e à ligeira queda no emprego por conta própria. O aumento, em termos absolutos, foi mais acentuado para o emprego a tempo inteiro, enquanto que o emprego a tempo parcial cresceu apenas na sua componente voluntária. No geral, o emprego cresceu maioritariamente entre mulheres (+189 mil ao longo de um ano), quase exclusivamente no grupo de maiores de 50 anos de idade.

A taxa de desemprego manteve-se estável durante o quarto trimestre consecutivo comparada com o trimestre anterior e subiu 0.4 pontos em relação ao mesmo trimestre de 2015, com uma taxa de crescimento de 132 mil desempregados. Durante o terceiro trimestre consecutivo, o número de pessoas inativas entre os 15 e os 64 anos de idade (-528 mil num ano) e a taxa de inatividade correspondente baixou drasticamente. Transições do desemprego para o emprego aumentaram maioritariamente para pessoas entre os 35 e os 49 anos de idade, para pessoas com baixas habilitações literárias e para residentes no Centro e no Norte; também as transições da inatividade para o emprego aumentaram, embora a um ritmo modesto.

O crescimento do emprego deveu-se à estabilidade da indústria (excluindo o setor da construção) e ao aumento nos serviços; a taxa de ofertas de emprego cresceu 0.1 pontos percentuais numa base trimestral e manteve-se estável numa base anual.

Uso de Competências no Trabalho De acordo com a OCDE entre os trabalhadores com competências similares, os que usam mais frequentemente as suas competências no trabalho ganham salários mais elevados e estão mais satisfeitos com os seus empregos. Enquanto que os empregadores têm a responsabilidade primária de mobilizar as competências dos seus trabalhadores, os governos podem usar uma variedade de ferramentas políticas para promover o uso melhorado de competências. Os trabalhadores em Itália estão menos susceptíveis do que na maioria dos restantes países da OCDE de trabalhar em postos que involvam Práticas Profissionais de Elevado Desempenho que promovam mais o uso de competências.

Investir em competências mas também no seu uso é um elemento-chave para reiniciar o crescimento da produtividade em Itália. Para aumentar o uso de competências a Itália deve promover melhores práticas de gestão ao identificar empresas-modelo para disseminar boas práticas e partilhar bons conselhos, ferramentas de diagnóstico de fundos para ajudar empresas na identificação de problemas no uso de competências e visar pequenas e médias empresas com potencial de crescimento.

Jovens sem Educação, Emprego ou Formação (NEETs) arriscam ser definitivamente deixados para trás no mercado de trabalho. Este risco é especialmente elevado para a percentagem relativamente alta de NEETs com baixas competências (por exemplo os que não completaram o ensino secundário). Políticas eficientes são necessárias para reconectar membros deste grupo com o mercado de trabalho e melhorar as suas perspetivas profissionais. Mais de uma em quatro pessoas entre os 15 e os 29 anos de idade em Itália são NEETs, e durante mais de um ano no caso de um terço dos jovens. O aumento de 44% na taxa de NEETs em relação à crise foi

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regido por maior desemprego mas mais do que metade dos NEETs em Itália estão atualmente inativos e arriscam serem deixados para trás. Em todos os países da OCDE, jovens com baixas competências têm maior probabilidade de se tornarem NEETs do que os seus pares com maior educação. Este grupo vulnerável representa uma quota muito mais elevada dos jovens em Itália (10%) do que a média na área da OCDE (menos de 6%).

Conclusões A trajetória geral das reformas do mercado de trabalho implementadas na crise faz parte de um projeto amplo de liberalização da regulamentação do emprego, perseguido com o objetivo de reduzir o dualismo interno- externo do mercado de trabalho Italiano. Todavia dualismos e divisões significativas parecem persistir. De fato, desde que os incentivos monetários para novas contratações introduzidos pela lei JOBS acabaram em Janeiro de 2016, também o crescimento de novos contratos indeterminados foi interrompido. Para além disso, a divisão entre internos e externos encontra uma nova expressão, como demonstra o crescimento anormal de ―trabalho acessório‖, uma forma de trabalho ocasional remunerado através de vales. Por último, outras características conhecidas do dualismo do mercado de trabalho Italiano estão longe de desaparecer, tal como a disparidade entre gerações nas proteções para trabalhadores mais velhos e mais jovens, a disparidade de géneros na participação do mercado de trabalho, e a divergência no desempenho do trabalho entre as regiões do Norte e do Sul.

Figura 1: Distribuição de contratos por tipo, Jan-Set 2015

Fonte: INPS

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Figura 2: Vagas por tipo de contrato sob a Garantia para a Juventude (Jan-Set 2015), Fonte: INPS

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ANÁLISE SWOT: ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO ITALIANO

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Peso económico da indústria relativamente elevado Fraca rentabilidade das pequenas empresas e bancos Produtos de gama alta (moda, utensílios domésticos, Investimento privado e público inadequado produtos alimentares, engenharia mecânica) Nível elevado de desemprego estrutural (9%), Níveis de dívida moderados do setor privado; particularmente entre os jovens (40%) capacidade elevadas de poupanças Baixa frequência de participação das mulheres / Variedade de ativos turísticos falta de instalações para a infância precoce Economia informal considerável (20%) Setor público ineficaz Região Mezzogiorno retrógada

Avaliação de Risco: Empresas continuam em dificuldade: Após uma recessão prolongada, a economia Italiana voltou a registar um crescimento moderado. Contudo, a recuperação continua enfraquecida pelo crescimento mundial subjugado, assim como pelo aumento da incerteza e da volatilidade do mercado financeiro como resultado do voto do Reino Unido para sair da União Europeia. É esperado que o crescimento económico seja de 0.9% em 2016. Apesar da lentidão da atividade no segundo trimestre e do dano consequente do terramoto que afetou a zona central de Itália no dia 24 de Agosto, o vetor principal para isto vai ser a demanda doméstica que beneficia de uma confiança crescente. Com baixa inflação e créditos mais fáceis, o consumo doméstico deve ser aumentado pela situação de melhoria do trabalho e pela taxa de desemprego, abaixo de 12% em 2016, em linha com a reforma do mercado de trabalho (a lei JOBS em 2015). Também é esperado que o investimento registe um ligeiro aumento, em média, durante todo o ano. Contudo, os problemas bancários podem limitar a recuperação do investimento, a não ser que haja um fortalecimento do balanço dos bancos e das empresas. O crescimento moderado da procura Europeia, a fraqueza do euro e a queda nos preços do petróleo e do gás importados deve contrabalançar o aumento nas importações, consequente com o fortalecimento da procura doméstica, e do estado depressivo dos mercados emergentes, ajudando a produzir uma pequena contribuição positiva do comércio. As insolvências baixaram 30% no primeiro trimestre de 2016 comparado com o ano anterior. Contudo a rentabilidade das empresas vai continuar fraca, especialmente entre as empresas mais pequenas que formam a base do tecido económico. Estas continuam sujeitas a elevados níveis de impostos e taxas, a um setor público ineficaz, em particular no centro e no sul do país, e à relutância de empréstimos da parte dos bancos. Apesar das reformas, o sistema legal é lento (demorando até sete anos para liquidação).

Dívida Pública Enorme e a Reforma Orçamental Tardia O governo concentra-se na recuperação antes da consolidação fiscal. Ainda, a Comissão Europeia permitiu uma maior flexibilidade orçamental; isto representa uma margem orçamental de 0.85% do PIB em 2016. Para

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além disso, a Comissão concedeu uma margem de 0.1 pontos para os custos de segurança e para gerir a crise migratória. A dívida pública vai provavelmente continuar elevada e atingir os 133% do PIB este ano, deste modo limitando a capacidade de manobra do governo. O governo procura aumentar o crescimento e baixar as taxas para aumentar as receitas e limitar os juros sobre a dívida, representando atualmente 4% do PIB. O país vai continuar vulnerável à quebra de confiança do mercado e à mudança da política monetária Europeia, embora a maturidade relativamente de longo prazo da dívida e o fato que os habitantes tenham 53% da mesma, limite o risco.

Um excedente da conta corrente Apesar do défice da energia igual a 2.5% do PIB, o comércio de bens e serviços representa um excedente de 3% do PIB. Este desempenho depende de marcas famosas, um posicionamento de topo e produtos de nicho numa variedade de setores diversificados como do equipamento industrial e elétrico, vestuário, produtos de couro, óptica, joalharia, produtos alimentares, utensílios domésticos, veículos motorizados e medicinas. O rendimento turístico é significante graças ao extenso património turístico, mas este é contrabalançado por um défice considerável em termos de transporte. O equilíbrio do excedente comercial cobre facilmente os juros da dívida e as remessas dos trabalhadores estrangeiros.

Um sistema bancário enfraquecido Empréstimos improdutivos representam um elevado nível do portfolio - 18% (360 bilhões EUR). Alguns bancos em particular estão em risco: de Janeiro a Julho de 2016, o índice de ações do setor bancário Italiano perdeu 50% do seu valor. Fortemente afetado, o Monte dei Paschi di Siena (MPS) registou uma perda de 80% do preço das suas ações ao longo do ano passado. O BCE aprovou o plano de resgate, envolvendo a venda de 9.2 bilhões de euros de empréstimos improdutivos e para aumentar capital no valor de 5 bilhões. Sem surpresas, os resultados do teste de stress, lançados no dia 29 de Julho, sublinharam a fraqueza do banco (no exemplo o MPS é visto como o mais em risco).

Reformas para resolver o problema da instabilidade governamental e da inércia legislativa As reformas do Primeiro Ministro, Sr. Renzi, dependem de uma frágil coligação centro-esquerda entre os partidos Partito Democratico (PD) e Nuovo Centro Destra (NCD), assim como os aliados ocasionais. As melhorias na situação económica e a impossibilidade de obter uma clara maioria com o sistema de voto proporcional atual desencoraja as formações políticas de procurar novas eleições. A dispersão da direita e as divergências entre os líderes, S. Berlusconi da Forza Italia e M. Salvini da Lega Nord, não encoraja a NCD a se juntar a eles. Isto pode tudo mudar em Julho de 2016 com a entrada em vigor da nova lei eleitoral, conhecida como Italicum, que inclui um sistema de bónus para a maioria, seguido no Outono de 2016 pelo referendo sobre o fim do sistema bicameral que transformaria a Câmara Alta numa câmara consultiva. Contudo, o Italicum pode ser alterado. Para além disso, o Sr. Renzi enfraqueceu a sua posição ao personalizar o referendo. Se não for bem sucedido, arrisca ser derrubado. Atualmente (Setembro de 2016), o populista

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MoVimento 5 Estrelas, que ganhou as eleições municipais em Roma e Turim recentemente, apanha o partido do PM nas sondagens para as eleições parlamentares (normalmente previstas para 2018).

ANÁLISE DO SISTEMA DE ENSINO E FORMAÇÃO NACIONAL LITUANO O sistema de ensino Lituano consiste no ensino geral tradicional (pré-escola, pré-primária, primária, básico e secundário), no EFP inicial a nível básico, secundário e pós-secundário, no EFP contínuo e no ensino superior (colégios e universidades). Em 2010, o governo aprovou o quadro nacional de qualificações (LTQF) que engloba oito níveis e cobre todos os setores educativos. Ao mesmo tempo, o relacionamento entre o LTQF e o Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) foi iniciado. Durante este processo uma correspondência direta entre os oito níveis do LTQF e do QEQ foi estabelecida. A referência aos níveis de LTQF e QEQ neste trabalho é baseada na comparação teórica dos resultados de aprendizagem em programas de formação com descritores dos níveis de LTQF e QEQ. Como estipulado pela Constituição da República da Lituânia (1992), a educação é obrigatória até aos 16 anos de idade. A escolaridade obrigatória consiste na conclusão do ensino básico (nível ISCED 2) e na recepção de um certificado de escolaridade básica (pagrindinio išsilavinimo pažymėjimas) de nível 2 do EQF, após o qual os alunos podem optar pelo ensino secundário ou por programas de EFP de nível 3 do ISCED (dando acesso a uma qualificação profissional de nível 3 do EQF) ou a uma qualificação profissional de nível 4 do EQF e a um certificado do ensino secundário, conhecido por matura, que permite o acesso ao ensino superior (brandos atestatas). Exames para este certificado tanto podem ser geridos pelo Estado ou por escolas autorizadas. Os que falham a conclusão do ensino básico podem entrar em programas de EFP ou escolas de nível 2 do ISCED que dão acesso a qualificações de nível 2 do EQF. Graduados de programas do ensino secundário que dão acesso a um certificado matura (tanto profissional ou geral) podem entrar no ensino e formação profissional pós-secundário (nível 4 do ISCED) dando acesso ao nível 4 do EQF ou a programas do ensino superior (nível 5 do ISCED) dando acesso ao nível 6 do EQF.

Características-chave do sistema de EFP e a Visão Geral da Situação Atual do EFP na Lituânia Como estipulado pela Lei sobre o Ensino e Formação Profissional (1997, alterada em 2007), o sistema de EFP engloba EFP inicial, EFP contínuo e orientação profissional (ver Secção 4 para mais informação sobre orientação profissional). Programas de EFP são criados para alunos de diferentes idades e fundos educativos. No EFP inicial, os alunos têm a oportunidade de adquirir uma primeira qualificação profissional e de completar o ensino geral básico ou secundário. O EFP contínuo permite a melhoria de uma qualificação existente, adquirir uma nova qualificação ou obter uma competência necessária para desempenhar uma profissão específica (função) como regulado pela legislação. Desde 2002, o currículo do EFP tem sido baseado em competências, com objetivos de formação claramente definidos. Os programas de EFP inicial são desenvolvidos por prestadores de EFP em colaboração com representantes de empregadores. No desenvolvimento de programas, os prestadores seguem padrões de EFP e

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requisitos gerais aprovados pelo Ministério da Educação e Ciência. O EFP contínuo formal é implementado de acordo com programas nacionais. A maioria do EFP inicial na Lituânia é baseado na escola; contudo, a formação prática e a formação em empresas constitui uma parte principal do programa. Por exemplo, no EFP inicial a formação prática engloba 60 a 70% do tempo total alocado ao ensino de disciplinas vocacionais, onde oito a 15 semanas são organizadas numa empresa ou numa oficina escolar que simule condições de trabalho. Uma alteração na Lei sobre EFP fornece uma base legal para a aprendizagem. Financiamento estrutural Nacional e Europeu foi alocado a um projeto piloto para desenvolver a aprendizagem em 2013. Parceiros sociais participam na moldagem do conteúdo de novas qualificações, dos níveis de qualificações e dos programas de EFP, determinando que os programas de EFP correspondam às necessidades do mercado de trabalho, e organizando formação prática. Também têm um papel na organização e implementação da avaliação de competências. No EFP inicial, os seguintes programas de EFP incluídos nos programas de estudo e de formação e registo de qualificações (Studijų, mokymo programų ir kvalifikacijų registras) são prestados durante: (a) nível de ensino básico não dando acesso a um certificado de ensino básico; (b) nível de ensino básico dando acesso a um certificado de ensino básico; (c) nível de ensino secundário para alunos que concluíram o ensino básico, não dando acesso ao ensino secundário geral; (d) nível de ensino secundário dando acesso ao ensino secundário geral; (e) nível de ensino pós-secundário para alunos que completaram o ensino secundário geral. Alunos sem escolaridade geral básica ou secundária têm a oportunidade de a adquirir juntamente com uma qualificação profissional. Assim, os programas de EFP ajudam a trazer de volta ao ensino e formação os alunos que abandonaram precocemente o sistema escolar. Após completar o ensino secundário geral e ter adquirido uma qualificação profissional, os alunos de EFP podem continuar os seus estudos no ensino superior. Recentemente, as condições do acesso ao ensino superior foram melhoradas para os graduados de EFP bem sucedidos.

Formação de professores de EFP e desenvolvimento profissional Os professores de EFP devem ter uma qualificação profissional e pedagógica ou ter participado num curso sobre princípios de pedagogia e psicologia. A formação de professores de EFP segue um modelo sequencial onde uma qualificação profissional é primeiro estudada, seguida por estudos sobre pedagogia. Aos professores sem uma qualificação pedagógica, independentemente do seu nível de realização educativa, são propostos cursos de 120 horas sobre princípios de pedagogia e de psicologia. Estes cursos são organizados por instituições e empresas credenciadas. Adicionalmente, as universidades prestam programas para a educação pedagógica de professores de EFP. A área prioritária no desenvolvimento de professores de EFP é a atualização das suas competências tecnológicas. Em 2010, um projeto relevante foi iniciado (Profesijos mokytojų ir dėstytojų technologinių

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kompetencijų tobulinimo sistemos sukūrimasir įdiegimas) em linha com o programa de desenvolvimento de recursos de EFP, com base na experiência de projetos piloto. Em cooperação com empregadores e suas organizações, estão previstos perto de 100 programas de formação em 12 setores da economia para educar 650 professores de EFP e do ensino superior com equipamento de tecnologia avançada.

Outros tipos de formação e desenvolvimento profissional Juntamente com o EFP formal dando acesso a qualificações reconhecidas pelo Estado, é conduzido o EFP não- formal. A Lei sobre EFP declara que os requisitos para programas de EFP não-formais e a sua implementação podem ser estabelecidos pela organização que pede a formação sob este programa ou que financia tais formações. Os objetivos dos programas de EFP, os critérios de admissão e a duração são diferentes e dependem maioritariamente do grupo-alvo. Decisões sobre propinas são tomadas pelos prestadores. Educação adulta não-formal pode ser oferecida por qualquer prestador de ensino, escolas, ou professores independentes, e agências, empresas ou organizações que não têm o ensino como ramo principal da sua atividade mas que estejam autorizadas a prestá-lo. EFP não-formal é amplamente aplicada na formação profissional contínua e é criada para a aquisição de uma qualificação profissional ou de competências individuais. É desenvolvida em diversas formas: aprendizagem no local de trabalho, frequência de cursos de formação não-formais, ensino à distância, etc. Na maioria dos casos, as três seguintes formas são usadas para organizar EFP contínuo: (a) formação/aprendizagem não-formal de trabalhadores e de trabalhadores independentes iniciada pelo empregador. É organizada em vários contextos, usando formas e programas escolhidos pelo empregador. Algumas empresas têm o seu próprio quadro de qualificações ou aplicam qualificações e programas setoriais reconhecidos internacionalmente. Este tipo de formação/aprendizagem é financiada por uma empresa ou agência ou por um aprendiz; (b) formação de trabalhadores com financiamento do Estado (tal como formar funcionários públicos em determinados setores económicos: saúde, agricultura, etc); (c) formação de desempregados e de pessoas notificadas para despedimento, com financiamento através de um sistema de vales introduzido em 2012 para financiar a formação nos programas educativos formais e não- formais.

Artigos e outros recursos sobre formação de professores de EFP e desenvolvimento profissional

Princípios orientadores sobre o desenvolvimento profissional de formadores em EFP Os princípios orientadores apontam para o papel-chave dos formadores (tutores, instrutores, mentores) nas empresas que asseguram aprendizagem baseada no trabalho de alta qualidade e na ligação entre a educação e a vida profissional. Quanto mais forte a ligação, mais fácil é a procura de emprego e a correspondência das competências com as necessidades das empresas. Formadores competentes também contribuem para assegurar que os alunos se mantenham no sistema educativo, que jovens e mais velhos, contratados e desempregados, regressem ao sistema de ensino.

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Formadores em empresas devem ser apoiados de forma a adquirir novas competências e a desenvolver as competências existentes. Pelo menos quatro grupos de competências estão identificadas como sendo necessárias: técnicas/específicas ao contexto; específicas à empresa; pedagógico-didáticas; e transversais.

O grupo de trabalho Temático revelou muito trabalho desenvolvido em diversos países neste aspeto: várias provisões legislativas, abordagens nacionais e locais, programas, iniciativas e projetos, que são resumidas no documento. Baseado nisto, alguns princípios orientadores comuns sobre como apoiar o desenvolvimento de competências dos formadores nas empresas foram identificados. São principalmente dirigidos à política de ensino e formação e a decisores mas podem ser traduzidos em actos para todos os intervenientes dependendo de situações e contextos nacionais.

Os princípios orientadores dizem respeito às seguintes áreas de atuação:  Formadores são aprendizes ao longo da vida: reconhecer a sua identidade e trabalho; apoiar a sua aprendizagem ao longo da vida.  O apoio das empresas é crucial para o desenvolvimento profissional contínuo dos formadores: aumentar a conscientização dos benefícios e conseguir a adesão das empresas no apoio da formação e dos formadores.  O desenvolvimento de competências dos formadores beneficia de uma abordagem sistemática: definir o que os formadores necessitam, prestar formação e oportunidades de aprendizagem, reconhecer competências.  Apoiar formadores em empresas é uma responsabilidade partilhada: assegurar uma cooperação e coordenação eficiente.  Formadores competentes em empresas são importantes: incluí-los numa agenda mais ampla e usar todos os fundos e programas disponíveis. Os princípios orientadores no desenvolvimento profissional de formadores no EFP são uma contribuição da Comissão Europeia, Cedefop e respetivos grupos de trabalho temáticos para o objetivo estabelecido no Comunicado de Bruges (Conselho da União Europeia; Comissão Europeia, 2010) de recolher boas práticas e desenvolver princípios orientadores sobre os papéis, competências e desenvolvimento profissional de professores e formadores de EFP. Desenvolvimento profissional para professores e formadores de EFP Professores e formadores empenhados e competentes são cruciais para assegurar a qualidade e relevância do mercado de trabalho da aprendizagem, tanto em escolas/centros de EFP como em empresas, e tanto em salas de aula, oficinas, laboratórios e ambientes de aprendizagem simulados como nos locais de trabalho.

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Nos próximos anos, professores e formadores de EFP vão ser necessários para ajudar a moldar respostas rápidas e flexíveis a necessidades emergentes, tanto relacionadas com a integração de milhares de refugiados e migrantes no mercado de trabalho como com a necessidade de desenvolver competências básicas, digitais e empreendedoras. Fornecer acesso a desenvolvimento e apoio profissional de qualidade a professores e formadores é essencial para assegurar que ambas as suas competências técnicas e pedagógicas estejam ao nível dos padrões mais elevados. http://www.cedefop.europa.eu/en/publications-and-resources/publications/9112

Apoiar professores e formadores para reformas bem sucedidas e qualidade do EFP Estes relatórios sobre apoiar professores e formadores para reformas bem sucedidas e qualidade do EFP foram preparados pela rede ReferNet da Cedefop em 2015. Fazem parte de uma série de perspetivas temáticas Cedefop ReferNet e complementam outra informação geral disponível sobre sistemas de EFP por país. O desenvolvimento profissional de professores e formadores de EFP é uma das estratégias prioritárias das conclusões de Riga (2015). Em 2015, os parceiros ReferNet dos estados membros da UE, Islândia e Noruega prepararam estas perspetivas temáticas, fornecendo retratos excelentes sobre a situação do ensino e formação de profissionais que trabalham no EFP inicial, tanto em ambiente escolar como profissional, e incluindo esquemas de aprendizagem. Existem quatro categorias distintas de professores e formadores de EFP entre países:  professores de disciplinas teóricas gerais e profissionais em escolas/centros de EFP;  professores de disciplinas práticas em oficinas escolares ou ambientes de aprendizagem simulados;  tutores (mentores) de aprendizagem em empresas;  instrutores de formação prática que acompanham alunos durante as fases de aprendizagem baseada no trabalho de programas escolares, tendo lugar em empresas. Os relatórios descrevem a forma como os países apoiam o desenvolvimento profissional inicial e contínuo de professores e formadores, como organizam a cooperação e as parcerias entre os mundos da educação e do trabalho, e os projetos sobre o tema financiados nacionalmente e pela UE. Também abordam os desafios específicos aos países, tais como a introdução do estágio no país, o envelhecimento da mão-de-obra na área, a falta de professores, e a necessidade de competências para lidar com questões emergentes ou novos requisitos. http://www.cedefop.europa.eu/en/publications-and-resources/country-reports/teachers-and-trainers

Grupo de Trabalho EF2020 sobre EFP O Cedefop fornece experiência a um grupo de trabalho EF2020 sobre EFP (estabelecido pela Comissão Europeia) que em 2016-18 foca no desenvolvimento profissional de professores e formadores. O grupo endereça especificamente governância e acordos de parceria entre escolas e empresas.

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Modelo de organização do desenvolvimento de competências tecnológicas de professores de EFP – a lição da parceria social Uma estrutura de mão-de-obra qualificada que satisfaça as necessidades do mercado de trabalho, e particularmente – profissionais com competências tecnológicas de variados níveis de qualificação são o fator importante na determinação da competitividade empresarial no mercado global. E sobre as competências tecnológicas que os jovens precisam? Os professores de EFP têm essas competências? Este é o problema principal enfrentado pela implementação do projeto financiado pela UE intitulado "Creation and implementation of the model of VET teachers technological competences development" (Criação e implementação do modelo de desenvolvimento de competências tecnológicas de professores de EFP). O modelo de organização de formação de professores permite lidar com estes problemas: empresa socialmente responsável participando no projeto como organizador principal da formação de professores de EFP. A experiência adquirida na implementação do projeto foi a lição séria aprendida na parceria social entre o sistema educativo e o mundo empresarial. Procedia – Social and Behavioral Sciences 110 ( 2014 ) 647 – 657. Publicado por Elsevier Ltd. (Daiva Andriušaitienė)

Sugestões para professores e formadores de EFP sobre como desenvolver as suas competências pessoais e profissionais Recursos online gratuitos para professores A plataforma de aprendizagem Europeia para professores http://www.secondchanceeducation.eu/ EPALE: Plataforma eletrónica para a educação de adultos na Europa https://ec.europa.eu/epale/pt/resource-centre Cursos online abertos: https://www.edx.org/ https://www.coursera.org https://www.futurelearn.com/ https://www.openlearning.com/ 100 Sites Úteis para Novos Professores: http://www.teachingdegree.org/2009/06/21/100-helpful-websites-for-new-teachers/ 25 Melhores Sites para Professores, por Hannah Trierweiler Hudson: https://www.scholastic.com/teachers/articles/teaching-content/25-best-websites-teachers/ 10 dos Melhores Recursos Curriculares Gratuitos para Professores: http://www.teachthought.com/uncategorized/10-of-the-best-free-curriculum-resources-for-teachers/

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MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL Portugal tinha uma população de 10.319.000 no quarto trimestre de 2015, de acordo com o Inquérito ao Emprego do INE (Instituto Nacional de Estatística), composta por 47.3% de homens e 52.7% de mulheres. Nesse mesmo trimestre, a população ativa era de 5.195.400 e a população trabalhadora era aproximadamente 4.561.000.

A estimativa da taxa de desemprego, em Janeiro de 2016, era de 12.5% (12.4% para as mulheres), com o desemprego dos jovens com menos de 25 anos fixado em 30.5%. O desemprego jovem tem vindo a tornar-se uma questão muito sensível, embora tenha melhorado recentemente. O desemprego de longa duração também cresceu, representando 56.8% do desemprego total.

A participação das mulheres Portuguesas no mercado de trabalho (70.4%) é também maior que a média da UE de 66.9%. No que diz respeito a novas formas de organização do trabalho, o trabalho a tempo parcial ainda é limitado, representando apenas 9.7% do emprego total.

No final de Fevereiro de 2016 existiam 575.999 pessoas inscritas como desempregadas no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), 48% homens e 52% mulheres. Destas, 46.5% estavam inscritas durante mais de um ano. Aproximadamente 4% dos desempregados inscritos eram estrangeiros.

Análise setorial da mão-de-obra contratada

Setor primário Setor secundário Setor terciário

Uma análise setorial da mão-de-obra contratada, no quarto trimestre de 2015, dá uma ideia do perfil de emprego do país: agricultura, produção animal, caça e silvicultura representam 7.1% da população contratada; indústria, construção, energia e setor da água 24.4%; e serviços 68.5%. O setor terciário continua a assumir maior importância, particularmente o setor automóvel e mecânico; hotéis e restauração (21.3% do emprego total), administração pública e defesa; segurança social; ensino; saúde e serviços de apoio sociais (24%).

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No setor dos serviços, comércio e reparação de vehículos, hotéis e restauração criaram a maioria dos postos de trabalho, particularmente nas grandes áreas metropolitanas, registando o maior aumento anual do emprego em serviços com mais 27.400 empregos no quarto trimestre de 2015.

Indústria, construção, energia e setor da água, que estão a recuperar desde 2014, registaram um crescimento annual de quase 39.000 empregos.

A indústria da produção (representando 17% de todo o emprego), que não é um dos setores mais dinâmicos da economia Portuguesa, tem sido modernizada, com alguns setores industriais significantes não só em termos de emprego (sobre quantidade e competências requisitadas), mas também em termos da sua contribuição para a criação de riqueza no país, particularmente devido às exportações.

No campo das tecnologias de informação e comunicação, muitas pequenas e médias empresas estão a surgir, por exemplo, no desenvolvimento de software ou no desenvolvimento de tecnologias de ponta inovadoras. É notável o desenvolvimento da indústria farmacêutica. Setores tradicionais, como o calçado e o vestuário, também se comprometeram com a modernização e internacionalização, resultando na criação de novos empregos.

CURTA VISÃO GERAL DO MERCADO DE TRABALHO REGIONAL A população total da região Norte é de 3.602.000, com uma divisão de género de 47.5% homens e 52.5% mulheres, de acordo com o Inquérito ao Emprego do INE para o quarto trimestre de 2015, com a taxa de desemprego em declínio tal como a nível nacional, fixando-se nos 13.5%.

Na região Norte, a agricultura representa uma proporção notável do emprego total (7.1%), embora esteja em declínio a este respeito; a região também é caracterizada por um elevado nível de especialização industrial (é a região Portuguesa mais industrializada, com aproximadamente 25.9% do emprego fixado na produção), particularmente nos setores tradicionais.

A base industrial da região, altamente dirigida para a exportação, é especializada nas seguintes áreas:

* têxtil, particularmente a indústria do pronto-a-vestir;

* calçado, líder no crescimento das exportações entre os setores tradicionais, que registou novamente um ligeiro aumento no nível de emprego;

* silvicultura, particularmente aglomerados de cortiça de alta qualidade, produtos madeireiros e um forte setor de produção de mobiliário;

* produção de materiais e acessórios para o setor automóvel, que está em declínio;

* indústria agro-alimentar, particularmente produtos lácteos e vinhos;

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* comércio e reparação de veículos;

* hotéis e restauração (19.8% do emprego), que atingiu um crescimento anual, continua a ter um papel importante na economia regional;

* turismo, que na região tem vindo a diversificar-se e manteve o ritmo do crescimento do setor no país no geral;

* note que esta região tem a proporção mais elevada de trabalhadores independentes do país (34.6%).

O volume do emprego tem crescido no setor dos serviços, particularmente na administração pública e na defesa; segurança social; ensino; saúde e serviços de apoio sociais (+ 9.800) e em atividades financeiras, seguros e ramo imobiliário (+ 4.500). Por outro lado, emprego em setores como a agricultura, produção animal, caça e silvicultura (- 2.800), indústria, construção, energia e setor da água (- 8.000) e indústrias transformadoras (- 5.000) está em declínio.

Emprego em Portugal Os cursos de aprendizagem são uma das modalidades de formação de dupla certificação que conferem simultaneamente o nível 4 da formação profissional e uma qualificação escolar do ensino secundário. Este tipo de formação é destinado a jovens com menos de 25 anos, com o 9º ano de escolaridade. Estes cursos promovem formação inicial e visam envolver jovens em transição para a vida ativa de forma a aumentar a sua empregabilidade face às necessidades do mercado de trabalho, assim como a inclusão social e profissional. A estrutura curricular e a carga de trabalho conferem maior flexibilidade na sua organização. As componentes de formação - sóciocultural, científica, tecnológica e prática - atuam nas várias dimensões do conhecimento e estão integradas predominantemente em estruturas curriculares profissionais apropriadas ao nível de qualificação e às diversas saídas profissionais. O elemento caraterizador desta modalidade de formação é o regime de alternância, entre os contextos de formação e trabalho, que é distribuído progressivamente ao longo do curso. E no qual as empresas assumem uma relevância particular, como parceiros de formação, sendo estas, espaços reais de formação e facilitadores de progressão da aprendizagem. A oferta de formação da Associação Comercial de Braga vai de encontro às necessidades reais do mercado de trabalho, desta forma correspondendo às necessidades dos seus membros. As áreas em que desenvolve formação são:

* Hotelaria e Restauração * Construção e reparação de veículos motorizados

* Computação

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Contrato de trabalho Continuação de estudos

Procura de emprego Trabalho em outras áreas e serviços

O nível de empregabilidade dos alunos da Associação Comercial de Braga é bastante elevado nas áreas da Cozinha / Pastelaria e Mecatrónica Automóvel, nas quais realiza formação. Podemos constatar que 60% dos alunos são contratados na área em que completaram os seus estudos e que 7% estão a trabalhar noutras áreas dos serviços.

Dados estatísticos nacionais: emprego e desemprego O total da população Portuguesa, no quarto trimestre de 2016, de acordo com o Inquérito ao Emprego do INE era 10.319 milhões de pessoas, das quais 47.3% homens e 52.7% mulheres. Nesse mesmo trimestre, a população ativa atingiu os 5.195,4 milhões e a população desempregada era aproximadamente 4.561,5 milhões.

Em Janeiro de 2016, de acordo com as estimativas do INE, a taxa de desemprego era de 12,5% (12,4% para as mulheres) e o desemprego jovem (menos de 25 anos de idade) atingia os 30,5%. O desemprego jovem tem vindo a tornar-se uma questão particularmente sensível, tendo, contudo, apresentado uma melhoria nos últimos meses. O desemprego de longa duração também tem vindo a crescer, representando 56.8% do desemprego total.

No que diz respeito a novas formas de organização do trabalho, a prática de trabalho a tempo parcial no país ainda é reduzida, representando apenas 9.7% do emprego total. No final de Fevereiro de 2016 existiam 575.999 pessoas inscritas nos Centros de Emprego, 48% homens e 52% mulheres. Destas, 46.5% estavam inscritas durante mais de um ano. Aproximadamente 4% dos desempregados inscritos tinham diferentes nacionalidades.

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Análise setorial da mão-de-obra contratada

Setor primário Setor secundário

Setor terciário

Uma análise setorial da mão-de-obra contratada, no quarto trimestre de 2015, dá uma ideia do perfil de emprego do país: agricultura, produção animal, caça e silvicultura representam 7.1% da população contratada; indústria, construção, energia e setor da água 24.4%; e serviços 68.5%.

O país continua a evoluir no sentido de promover uma maior atividade do setor terciário, com atenção especial às áreas do comércio e reparação de veículos; alojamento e serviços alimentares (21,3% do emprego total), e administração pública e defesa; segurança social; ensino; saúde e atividades de apoio social (24%).

No setor dos serviços, comércio e reparação de veículos; hotéis e restauração foram os responsáveis pela maior criação de emprego, particularmente nas grandes áreas metropolitanas, registando o maior aumento de emprego homólogo nos serviços com mais de 27.4 mil empregos no quarto trimestre de 2015. O setor da indústria, construção, energia e setor da água, que estão a recuperar desde o início de 2014, registaram um aumento de quase 39.000 empregos, assim como o setor da construção.

As indústrias transformadoras (que representam 17% do emprego total), não sendo um dos setores mais dinâmicos da economia Portuguesa, têm sido modernizadas, merecendo distinção em alguns segmentos, não só em termos de emprego (em termos quantitativos e de qualificações requisitadas), mas também na sua contribuição para a criação de riqueza no país, nomeadamente nas exportações.

No campo das tecnologias de informação e comunicação, o aparecimento de um elevado número de pequenas e médias empresas é verificado, por exemplo, no desenvolvimento de software ou de tecnologias de ponta inovadoras;

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 no âmbito das ciências da vida, a indústria farmacêutica e o setor emergente das biotecnologias;  o aglomerado automóvel (com a presença de marcas como a Volkswagen, mas também algumas fábricas de produção de peças);  as indústrias de equipamento elétrico e eletrónico. Também alguns setores tradicionais, como o calçado e o vestuário, têm apostado na sua modernização e internacionalização, criando alguns postos de trabalho associados a esses processos.

Mercado de trabalho regional em Braga Na região Norte, a população total é de 3.602 milhões de pessoas (Inquérito ao Emprego do INE, quarto trimestre de 2015), sendo 47.5% homens e 52.5% mulheres, verificando um declínio no desemprego como no resto do país. A região Norte é caracterizada por uma agricultura com alguma importância nos totais do emprego (7.1%), embora esteja a perder importância, e por um elevado nível de especialização industrial já que é a região Portuguesa mais industrializada, com o emprego na indústria transformadora a representar aproximadamente 25.9% do emprego, particularmente nas áreas tradicionais.

A estrutura de emprego da região Norte apresenta, contudo, alguma diferenciação, identificando 3 sub- regiões com características específicas: A base industrial da região, com forte incidência na exportação, é especializada nas seguintes áreas:  a indústria têxtil e, em particular, a indústria do vestuário;  a indústria do calçado, líder no crescimento das exportações entre os setores tradicionais que registou novamente um ligeiro aumento no nível de emprego;  silvicultura, nomeadamente: aglomerados de cortiça de alta qualidade, produtos madeireiros e uma forte representação da produção de mobiliário;  fabrico de materiais e acessórios para o setor automóvel, em declínio;  indústria agro-alimentar, em particular produtos lácteos e vinhos. O comércio e reparação de veículos; alojamento e restauração (19.8% do emprego) que apresentou um crescimento de emprego homólogo, continua a ser um ator importante na economia regional. A atividade turística da região tem vindo a diversificar-se, acompanhando o crescimento da representatividade do setor na economia nacional. É importante notar que esta região tem o maior número de trabalhadores independentes do país (34.6%). Comparado com o trimestre anterior, o volume do emprego tem crescido no setor dos serviços, particularmente na administração pública e na defesa; segurança social; ensino; saúde e serviços de apoio sociais (+ 9.8 mil) e em atividades financeiras, seguros e ramo imobiliário (+ 4.5 mil). Pelo contrário, setores como a agricultura e produção animal, caça e silvicultura (- 2.8 mil), indústria, construção, energia e setor da água (- 8 mil) e indústrias transformadoras (- 5 mil) apresentaram um declínio trimestral de emprego.

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A empregabilidade dos alunos dos cursos da ACB (Associação Commercial de Braga) é a seguinte:

Situação profissional dos alunos que concluíram a formação em 2015 com a Associação Comercial de Braga

Contrato de trabalho Continuação de estudos

Procura de emprego Trabalho em outras áreas e serviços

O nível de empregabilidade dos alunos da Associação Comercial de Braga (ACB) é bastante elevado nas áreas da Cozinha / Pastelaria e Mecatrónica Automóvel, nas quais fornece formação. Podemos observar que 60% dos alunos são contratados na área em que concluíram os seus estudos e que 7% estão a trabalhar noutras áreas dos serviços. Os cursos de aprendizagem são uma das modalidades de formação de dupla certificação que conferem simultaneamente o nível 4 da formação profissional e uma qualificação escolar do ensino secundário. Este tipo de formação é destinado a jovens com menos de 25 anos, com o 9º ano de escolaridade.

Estes cursos promovem formação inicial e visam envolver jovens em transição para a vida ativa de forma a aumentar a sua empregabilidade face às necessidades do mercado de trabalho assim como a inclusão social e profissional. A estrutura curricular e a carga de trabalho conferem maior flexibilidade na sua organização. As componentes de formação - sóciocultural, científica, tecnológica e prática - atuam nas várias dimensões do conhecimento e estão integradas predominantemente em estruturas curriculares profissionais apropriadas ao nível de qualificação e às diversas saídas profissionais. O elemento caraterizador desta modalidade de formação é o regime de alternância, entre os contextos de formação e trabalho, que é distribuído progressivamente ao longo do curso.

E no qual as empresas assumem uma relevância particular, como parceiros de formação, sendo estas, espaços reais de formação e facilitadores de progressão da aprendizagem. A oferta de formação da Associação

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Comercial de Braga, vai de encontro às necessidades reais do mercado de trabalho, desta forma correspondendo às necessidades dos seus membros. As áreas em que desenvolve formação são:

* Hotelaria e Restauração * Construção e reparação de veículos motorizados

* Computação

Esta modalidade de formação é destinada a jovens com menos de 25 anos, com o 9º ano de escolaridade. Estes cursos promovem formação inicial e têm o objetivo de intervir junto dos jovens em transição para a vida ativa com o propósito de aumentar a sua empregabilidade de acordo com as necessidades do mercado de trabalho, assim como a inclusão social e profissional. A estrutura curricular e a carga de trabalho conferem maior flexibilidade na sua organização. As componentes de formação - sóciocultural, científica, tecnológica e prática - atuam nas várias dimensões do conhecimento e estão integradas predominantemente em estruturas curriculares profissionais apropriadas ao nível de qualificação e às diversas oportunidades de carreira. O elemento caraterizador desta modalidade de formação é o regime de rotação, entre os contextos de formação e trabalho, que é distribuído progressivamente ao longo do curso. E no qual as empresas assumem uma relevância particular, como parceiros de formação e sendo estes espaços reais de formação e criadores de progressão da aprendizagem. A oferta de formação da Associação Comercial de Braga vai de encontro às necessidades reais do mercado de trabalho, desta forma correspondendo às necessidades dos seus membros. As áreas em que desenvolve formação são:  Hotelaria e Restauração  Construção e reparação de veículos motorizados  Computação Os objetivos principais desta proposta educativa e de formação são: - contribuir para que o aluno desenvolva competências pessoais e profissionais para o desempenho de uma profissão; - privilegiar as ofertas de formação correspondentes às necessidades do mercado de trabalho local e regional; - preparar o aluno para o acesso ao ensino e formação pós-secundário ou superior, se for esta a sua vontade. Os objetivos principais desta proposta educativa e de formação são: - contribuir para que o aluno desenvolva competências pessoais e profissionais para o desempenho de uma profissão; - privilegiar as ofertas de formação correspondentes às necessidades do mercado de trabalho local e regional; - preparar o aluno para o acesso ao ensino e formação pós-secundário ou superior, se for esta a sua vontade.

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O Sistema Nacional de Qualificações tem os objetivos de promover a generalização do nível secundário como qualificação mínima da população e assegurar que os cursos profissionais dos jovens forneçam dupla certificação, educativa e profissional, também contribuindo para a resolução do abandono escolar precoce. Se uma escola desenvolve, a nível secundário, Cursos Profissionais respondendo aos interesses dos alunos e às necessidades do tecido empresarial, a ACB fornece-lhe a informação necessária para a realização desses percursos educativos e formativos.

O que são Os Cursos Profissionais são uma modalidade do nível de ensino secundário, caracterizados por uma forte ligação com o mundo profissional. Tendo em consideração os interesses do aluno, a aprendizagem obtida nestes cursos valoriza o desenvolvimento de competências para o desempenho de uma profissão, em articulação com o setor comercial local.

Para quem? Os Cursos Profissionais são destinados a alunos que: - concluíram o 3º Ciclo da educação básica ou formação similar; - procuram uma educação prática mais virada para o mercado de trabalho; - não excluem a oportunidade de, mais tarde, continuarem os seus estudos.

Quais são os objetivos? Os objetivos principais desta proposta educativa e de formação são: - contribuir para que o aluno desenvolva competências pessoais e profissionais para o desempenho de uma profissão; - privilegiar as ofertas de formação correspondentes às necessidades do mercado de trabalho local e regional; - preparar o aluno para o acesso ao ensino e formação pós-secundário ou superior, se for esta a sua vontade.

O Sistema Nacional de Qualificações tem os objetivos de promover a generalização do nível secundário como qualificação mínima da população e assegurar que os cursos profissionais dos jovens forneçam dupla certificação, educativa e profissional, também contribuindo para a resolução do abandono escolar precoce.

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CAPÍTULO 2

AS NECESSIDADES DO ENSINO PROFISSIONAL E TÉCNICO & METODOLOGIA DE FORMAÇÃO: ATUALIZAR O CURRÍCULO COM O MERCADO EMPRESARIAL

Nos programas escolares técnicos (istituti tecnici) os alunos podem adquirir conhecimento, aptidões e competências para desempenharem tarefas técnicas e administrativas. Nos programas escolares profissionais (istituti professionali) os alunos obtêm prepração teórica e prática específica que lhes permite desempenhar tarefas qualificadas nas áreas da produção de interesse nacional. Institutos técnicos dão cursos nos setores económicos e tecnológicos. Cursos de economia são organizados nos seguintes ramos de estudos:

• gestão, finanças e marketing • turismo Cursos de tecnologia são organizados nos seguintes ramos de estudos: • mecânica e energia • transporte e logística • engenharia eletrónica e elétrica • TIC e telecomunicações • design e comunicação • química, biotecnologia • design de moda • agricultura, indústria alimentar e agroindústria • construção, ambiente Institutos profissionais dão cursos nos setores dos serviços e no setor da indústria e artesanato. Cursos para o setor dos serviços são prestados nos seguintes ramos de especialização: • serviços para a agricultura e para o desenvolvimento de áreas rurais • serviços sociais e de saúde • hotel e restauração • comércio Cursos para o setor da indústria e artesanato são prestados nos seguintes ramos de especialização: • produtos industriais e artesanais • manutenção e assistência técnica Somente para efeitos de ensino, os cinco anos de estudo em institutos técnicos e profissionais são organizados em períodos de dois anos e de três anos. No período de três anos, para além de aprofundarem o seu conhecimento nas áreas gerais comuns a todos os ramos, é esperado que os alunos adquiram e desenvolvam conteúdo específico ao seu ramo de especialização, de forma a alcançar plenamente as competências específicas do seu setor profissional, como estabelecido no perfil educativo, cultural e profissional (PECUP).

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Uma vez adquiridas, estas competências permitem que os alunos aprofundem os seus estudos a um nível mais elevado ou entrem diretamente nas suas profissões. Os primeiros dois anos do nível de ensino secundário, seja geral ou profissional, são obrigatórios. Assim, de forma a assegurar que a educação e a formação sejam iguais em todos os tipos de escola (geral ou profissional), o Ministério definiu qual conhecimento e competências é esperado que os alunos tenham adquirido na conclusão do ensino obrigatório. Este conhecimento e competências estão organizados em quatro ‗áreas culturais‘: línguas, matemática, ciência/tecnologia e história/estudos sociais.

QUESTÕES PRINCIPAIS E NECESSIDADES DA FORMAÇÃO As seguintes grandes problemáticas foram identificadas e possíveis soluções são consideradas: O derradeiro objetivo do ensino técnico e profissional é o de formar pessoal qualificado e mão-de-obra especializada para atender às necessidades da sociedade. O desenvolvimento nacional sócio-económico e os avanços tecnológicos têm um grande impacto no desenvolvimento do currículo do ensino técnico e profissional. Em Itália, a tendência é uma grande alteração das oportunidades de emprego das indústrias produtoras para as indústrias dos serviços. Isto coloca uma grande exigência na preparação do currículo para novas ocupações emergentes no setor das indústrias dos serviços, que são intensas em termos de conhecimentos e competências. As tendências atuais da privatização em Itália têm aumentado as oportunidades para o trabalho independente, exigindo que as competências empreendedoras sejam incluídas nos currículos. Rápidos avanços tecnológicos e a vasta aplicação de técnicas de computação necessitam que a mão-de-obra seja amplamente qualificada com maior flexibilidade. De forma a ir ao encontro das rápidas mudanças tecnológicas e sócio-económicas, o currículo do ensino técnico e profissional deveria ser num formato modular, baseado em competências, com entrada e saída flexível e individualizada, e aptidões e conhecimentos de gerais a especializados. O currículo deveria refletir as necessidades de formação do mercado de trabalho. A abordagem da ―Formação Profissional baseada em competências‖ possui um grande potencial para satisfazer este requisito. A cooperação entre os setores do ensino e formação e do emprego, parceiros sociais e organizações do setor terciário é necessária para identificar as potenciais áreas de crescimento, definir tipos e níveis de qualificações, aptidões e competências necessárias, e prestar ensino e formação que seja relevante para o que o mercado de trabalho exige. Isto é importante para garantir que o ensino e formação profissional (EFP) forneça a oportunidade às pessoas de adquirir um misto de competências que combinam teoria e prática, permitindo-lhes desempenhar uma ocupação específica, mas também a oportunidade de progredir e de regressar ao ensino e formação para ser capaz de melhorar e complementar as suas competências. Colaboração e estruturas de apoio são necessárias para ajudar pequenas e microempresas a participar na formação.

A enorme importância assumida na formação em alternância para a aquisição de competências valiosas para a mão-de-obra é reconhecida pela recente Lei de 13 de Julho de 2015, n.º 107 que ordena a implementação total

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a partir do terceiro ano ativada no ano letivo 2015/2016. Nesse ano escolar, contudo, para o quarto e quinto ano, as atividades escolares e profissionais combinadas são ativadas, como no ano anterior, baseadas em projetos inovadores, usando como critério prioritário a existência de parcerias com associações comerciais e entidades laborais.

As necessidades do ensino e formação profissional & metodologia de formação, currículo. Desde os primórdios da humanidade que a troca de conhecimentos e técnicas permitiu a sua sobrevivência e evolução. Ao longo dos tempos, o desenvolvimento das sociedades forçou o homem a procurar mais aptidões e qualificações, que são essenciais para seguir esse desenvolvimento. Neste sentido, a formação profissional é um dos processos que nos permite atingir um determinado desempenho profissional. Geralmente, a formação profissional é descrita de diversas formas, mas chegando sempre à mesma conclusão, como se pudéssemos ver através do texto. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, o conceito de formação profissional consiste em ―atividades direcionadas para identificar e desenvolver capacidades humanas para uma vida ativa, satisfatória e produtiva. Os que recebem formação profissional devem ser capazes de entender e influenciar individualmente ou coletivamente as condições de trabalho e o contexto social‖. Por sua vez, o CIME (2001) define Formação Profissional como um ―conjunto de atividades destinadas a adquirir os conhecimentos, competências, atitudes e comportamentos necessários para desempenhar as funções de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer ramo da atividade económica‖. O Sistema Nacional de Qualificações atual, criado por Decreto-Lei n.º 396/2007, também apresenta, no seu artigo 3, uma definição simples e curta da formação profissional, considerando ―todas as formações com o objetivo de dotar um indivíduo com competências para a procura de uma ou mais atividades profissionais‖; ―um processo organizado de educação através do qual as pessoas enriquecem o seu conhecimento, desenvolvem as suas competências e melhoram as suas atitudes ou comportamentos, desta forma aumentando as suas qualificações técnicas ou profissionais‖. Neste sentido, a formação profissional pode ser descrita como um subsistema do ensino onde competências, métodos, técnicas e atitudes são desenvolvidos para preparar o indivíduo para uma vida ativa, ou que permitem a atualização, aprofundamento ou reformação de trabalhadores. Em Portugal, a escolaridade obrigatória é organizada em 12 anos, considerando que a formação profissional é uma modalidade do nível do ensino secundário, caracterizada por uma forte ligação com o mundo profissional, a aprendizagem desempenhada nesses cursos valoriza o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em conjunto com o setor empresarial local. Existem diversos tipos de formação profissional: cursos profissionais secundários destinados a jovens com educação básica que procuram alternativas à formação profissional e ensino regular que são melhor adaptados ao seu passado, interesses e perfis vocacionais, e que são supervisionados pelo Ministério da Educação. Os Cursos Profissionais são um dos cursos do nível de ensino secundário caracterizados por uma forte ligação com o mundo profissional. A aprendizagem desempenhada nestes cursos enfatiza o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com as empresas, e estes são protegidos pelo Ministério da Educação, com as ações desenvolvidas pela Zendensino. Os cursos do Sistema de Aprendizagem são cursos de formação profissional inicial destinados a jovens, privilegiando a sua

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inserção no mercado de trabalho e permitindo a continuação dos estudos. É uma formação baseada num sistema de ―alternância‖, isto é, ao longo do curso os alunos têm a possibilidade de ter formação prática numa empresa alternando com formação teórica, e estes são supervisionados pelo IEFP, com ações desenvolvidas pela ACB. Outro tipo de formação profissional desenvolvido pela ACB, destinado às empresas, é a chamada Formação-Ação, cujo objetivo é o de orientar e apoiar as empresas a atingirem padrões de desempenho mais competitivos, usando uma metodologia diversificada e ativa de formação teórica e consultoria, concorrentes para o mesmo propósito, visando a promoção das intervenções concertadas e integradas, que atuam simultaneamente na melhoria dos processos de gestão empresarial, e no fortalecimento das qualificações dos seus empreendedores, funcionários e trabalhadores em estreita cooperação com os processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Outro ramo de trabalho necessário é a formação de trabalhadores desempregados (com ou sem escolaridade obrigatória) de forma a qualificá-los e apoiar o seu desenvolvimento pessoal e social, que são em si mesmo fatores importantes para a sua reintegração. A formação para os desempregados inclui normalmente uma preparação para técnicas de procura de emprego assim como técnicas para a criação de emprego. A qualificação profissional e as ações para os desempregados, no seu aspeto vocacional, são desenvolvidas com uma forte componente prática. Em resposta aos desafios colocados por um mercado de trabalho em mudança e desenvolvimento constantes, cursos de formação profissional foram criados no ensino superior (universidades) destinados a satisfazer as necessidades da comunidade empresarial a nível intermédio e constitui uma alternativa válida para a profissionalização de técnicos especializados e competentes. Estes cursos têm uma componente de formação geral e científica, uma componente de formação técnica e uma componente de formação em contexto de trabalho, que é efetuada através de um estágio. A articulação e a cooperação do mercado empresarial e dos Centros de Emprego, escolas, e universidades, são essenciais para o desenvolvimento dos currículos e para a formação adaptada às necessidades do mercado de trabalho e para que esta ligação seja feita de forma mais eficiente. É importante sensibilizar e mobilizar os empreendedores a colocarem nas suas empresas estes profissionais qualificados para o exercício de formação profissional para atingirem o sucesso educacional de forma a fornecer aos alunos uma aprendizagem sólida ao desempenharem um estágio num contexto de trabalho.

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CAPÍTULO 3

VISANDO a TRANSIÇÃO para o MERCADO DE TRABALHO e a ATUALIZAÇÃO do CURRÍCULO com as NECESSIDADES do MERCADO EMPRESARIAL

As Legislações e a Situação Atual do Sistema de EFP em Portugal:

Formações Modulares Certificadas (FMC) reguladas pelo Decreto n.º 230/2008, de 7 de Março (ver Anexo 8), alteradas pelo Decreto n.º 283/2011, de 24 de Outubro (ver Anexo 10), aderem ao quadro de competências e formação associado com as respetivas qualificações presentes no CNQ. FMC podem ser usadas como créditos para a obtenção de uma ou mais qualificações no CNQ e permitem a criação de percursos flexíveis que variam em duração, caracterizados pela adaptação de diferentes tipos de formação, públicos-alvo, metodologias, contextos de formação e tipos de validação. Como parte da formação em serviço, as FMC fornecem a oportunidade de adquirir um conjunto de competências académicas e profissionais, com o objetivo de regressar ou progredir no mercado de trabalho. Formação modular é prestada por órgãos da rede de formação que fazem parte do SNQ, tal como estabelecimentos de ensino primário e secundário, centros de formação e reformação profissional que são diretamente geridos ou administrados de acordo com protocolos com os ministérios responsáveis pelo ensino e formação profissional, por órgãos de formação que fazem parte de outros ministérios ou entidades de ordem pública, por estabelecimentos de ensino privados ou cooperativos com paralelismo pedagógico ou interesse público reconhecido, por escolas profissionais e por órgãos de formação profissional no setor privado.

Requisitos de Admissão A formação modular é destinada a adultos com 18 anos ou mais no início da formação que não têm qualificações apropriadas para entrar ou progredir no mercado de trabalho e, especialmente, aos que não chegaram a completar o ensino básico ou secundário. Formação modular pode incluir alunos com menos de 18 anos que visam melhorar as suas qualificações, desde que estejam a trabalhar ou estejam registados em centros educativos de acordo com a legislação aplicável. Unidades de formação de curta druação que fazem parte dos percursos de formação de nível primário são criadas, principalmente, para adultos com qualificações inferiores ao 3º ciclo da escolaridade obrigatória. Acesso a unidades de formação de curta duração que fazem parte dos percursos de formação do nível secundário exigem o 3º ciclo da escolaridade obrigatória.

Métodos e Abordagens de Ensino A organização curricular de FMC é feita de acordo com os respetivos quadros de formação encontrados no CNQ para cada unidade de formação, que pode corresponder a unidades de formação básica, tecnológica ou ambas. Percursos de formação modular não podem exceder as 600 horas e quando a formação for mais longa que 300 horas, um terço desse tempo deverá corresponder às unidades de formação básica dos quadros do CNQ. De forma a obter uma qualificação através da formação modular, é necessária formação profissional em contexto de trabalho. Isto é obrigatório para adultos que não trabalham na área profissional do curso que

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frequentam ou num trabalho de uma área relacionada. Adultos trabalhadores podem ser dispensados da formação em contexto de trabalho através de autorização prévia da ANQEP. Grupos de formação são constituídos por um mínimo de 15 e um máximo de 30 alunos. Se, por alguma razão, o número de alunos for menos de 12, esses alunos deverão juntar-se a outro grupo de formação constituído por um diferente órgão de formação público ou privado, que lhes permita completar as suas respetivas qualificações, e que se localize no mesmo distrito ou, no caso da Grande Lisboa e do Porto, no mesmo distrito ou distrito vizinho (Despacho n.º 334/2012, de 11 de Janeiro – ver Anexo 12).

Avaliação/Progressão do Aprendiz O processo de avaliação inclui a avaliação formativa, que engloba o processo de formação e que fornece informação sobre o desenvolvimento da aprendizagem a ser adquirida, com vista a definir e ajustar processos e estratégias de ensino; assim como a avaliação sumária, que serve como base para decisões sobre a certificação. Os critérios para a avaliação formativa são: participação, motivação, aquisição e aplicação de conhecimentos, usando competências em novos contextos, relações interpessoais, trabalho em equipa, e adaptabilidade a uma nova tarefa, pontualidade e frequência. A avaliação sumária é apresentada como Satisfatória ou Não Satisfatória de acordo com o fato de o aprendiz ter alcançado os objetivos da formação ou não.

Certificação O aprendiz deve passar com sucesso uma avaliação para que a certificação atribuída pela conclusão de uma unidade de competências ou de formação de curto prazo seja fornecida (STTU). Depois da conclusão bem sucedida de um percurso de formação modular que permita a conclusão de um respetivo percurso de qualificação, um processo de validação final é exigido por uma comissão técnica para obter uma qualificação sob o CNQ.

OBRIGAÇÕES PARA EMPRESAS RELATIVAS À FORMAÇÃO Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro (Artigo 130 e de acordo com o Código do Trabalho) De acordo com a Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro, que aprova o Código do Trabalho, todas as empresas, independentemente de quantos funcionários têm, são obrigadas a dar 35 horas de formação anual aos seus funcionários, por um prestador de formação certificado para o efeito. Subsecção II Formação profissional Artigo 130 São objetivos da formação profissional: a) Proporcionar qualificação inicial a jovem que ingresse no mercado de trabalho sem essa qualificação; b) Assegurar a formação contínua dos trabalhadores da empresa; c) Promover a qualificação ou reconversão profissional de trabalhador em risco de desemprego;

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d) Promover a reabilitação profissional de trabalhador com deficiência, em particular daquele cuja incapacidade resulta de acidente de trabalho; e) Promover a integração sócio-profissional de trabalhador pertencente a grupo com particulares dificuldades de inserção.

Artigo 131 Formação contínua 1 - No âmbito da formação contínua, o empregador deve: a) Promover o desenvolvimento e a adequação da qualificação do trabalhador, tendo em vista melhorar a sua empregabilidade e aumentar a produtividade e a competitividade da empresa; b) Assegurar a cada trabalhador o direito individual à formação, através de um número mínimo anual de horas de formação, mediante acções desenvolvidas na empresa ou a concessão de tempo para frequência de formação por iniciativa do trabalhador; c) Organizar a formação na empresa, estruturando planos de formação anuais ou plurianuais e, relativamente a estes, assegurar o direito a informação e consulta dos trabalhadores e dos seus representantes; d) Reconhecer e valorizar a qualificação adquirida pelo trabalhador. 2 - O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua ou, sendo contratado a termo por período igual ou superior a três meses, um número mínimo de horas proporcional à duração do contrato nesse ano. 3 - A formação referida no número anterior pode ser desenvolvida pelo empregador, por entidade formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelo ministério competente e dá lugar à emissão de certificado e a registo na Caderneta Individual de Competências nos termos do regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações. 4 - Para efeito de cumprimento do disposto no n.º 2, são consideradas as horas de dispensa de trabalho para frequência de aulas e de faltas para prestação de provas de avaliação, ao abrigo do regime de trabalhador- estudante, bem como as ausências a que haja lugar no âmbito de processo de reconhecimento, validação e certificação de competências. 5 - O empregador deve assegurar, em cada ano, formação contínua a pelo menos 10% dos trabalhadores da empresa. 6 - O empregador pode antecipar até dois anos ou, desde que o plano de formação o preveja, diferir por igual período, a efetivação da formação anual a que se refere o 954 Diário da República, 1.ª série — N.º 30 — 12 de Fevereiro de 2009 n.º 2, imputando-se a formação realizada ao cumprimento da obrigação mais antiga. 7 - O período de antecipação a que se refere o número anterior é de cinco anos no caso de frequência de processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, ou de formação que confira dupla certificação. 8 - A formação contínua que seja assegurada pelo utilizador ou pelo cessionário, no caso de, respectivamente, trabalho temporário ou cedência ocasional de trabalhador, exonera o empregador, podendo haver lugar a

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compensação por parte deste em termos a acordar. 9 - O disposto na lei em matéria de formação contínua pode ser adaptado por convenção colectiva que tenha em conta as características do sector de actividade, a qualificação dos trabalhadores e a dimensão da empresa. 10 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.º 1, 2 ou 5.

Artigo 132 Crédito de horas e subsídio para formação contínua 1 - As horas de formação previstas no n.º 2 do artigo anterior, que não sejam asseguradas pelo empregador até ao termo dos dois anos posteriores ao seu vencimento, transformam-se em crédito de horas em igual número para formação por iniciativa do trabalhador. 2 - O crédito de horas para formação é referido ao período normal de trabalho, confere direito a retribuição e conta como tempo de serviço efetivo. 3 - O trabalhador pode utilizar o crédito de horas para a frequência de ações de formação, mediante comunicação ao empregador com a antecedência mínima de 10 dias. 4 - Por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou acordo individual, pode ser estabelecido um subsídio para pagamento do custo da formação, até ao valor da retribuição do período de crédito de horas utilizado. 5 - Em caso de cumulação de créditos de horas, a formação realizada é imputada ao crédito vencido há mais tempo. 6 - O crédito de horas para formação que não seja utilizado cessa passados três anos sobre a sua constituição.

Artigo 133 Conteúdo da formação contínua 1 - A área da formação contínua é determinada por acordo ou, na falta deste, pelo empregador, caso em que deve coincidir ou ser afim com a atividade prestada pelo trabalhador. 2 - A área da formação a que se refere o artigo anterior é escolhida pelo trabalhador, devendo ter correspondência com a atividade prestada ou respeitar a tecnologias de informação e comunicação, segurança e saúde no trabalho ou língua estrangeira. 3 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto no n.º 1.

Artigo 134 Efeito da cessação do contrato de trabalho no direito a formação: Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem direito a receber a retribuição correspondente ao número mínimo anual de horas de formação que não lhe tenha sido proporcionado, ou ao crédito de horas para formação de que seja titular à data da cessação.

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A Metodologia e Introdução à Análise da Área: O projeto EMOR - Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP com o Red Book é financiado no contexto do Programa Erasmus+. O projeto visa melhorar a qualidade do ensino e formação profissional (EFP), aumentar as oportunidades de emprego para os alunos de EFP, e assegurar uma colaboração eficaz entre os sistemas de ensino e de emprego. Uma atenção extra vai ser dada aos representantes dos grupos-alvo - participantes e representantes do sistema de EFP, prestando serviços de formação. O projeto pretende identificar e desenvolver boas práticas de serviços de orientação e colocação específicos para alunos de EFP de forma a encorajar o seu acesso e participação na formação e no mercado de trabalho na Europa. Os grupos-alvo estão diretamente envolvidos no projeto e os parceiros vão ter papéis ativos no processo de partilha de conhecimentos e de experiências durante as atividades do projeto. As atividades do projeto são:

* Pesquisa documental nos países Europeus parceiros neste projeto, focada na sua situação em relação ao mercado de trabalho e ao seu acesso e participação no sistema de ensino e formação.

* Estudo sobre as necessidades do sistema de ensino e formação na Europa.

* Entrevistas com os denominados ―testemunhos privilegiados‖ ou especialistas nos setores da formação e do emprego, destinados a produzir um guia com diretrizes (o Red Book).

Discussão e Conclusões Nesta secção os resultados principais são resumidos. Devem ser considerados hipotéticos e não representativos de todas as partes interessadas. O estudo sublinhou a importância da necessidade de tornar os programas de ensino mais desejáveis. Pesquisa adicional é necessária para determinar se as escolas estão a analisar estas críticas e a preparar os seus alunos com as competências exigidas pelas empresas. Se as escolas e as empresas trabalharem juntas, os seus esforços podem resultar em programas escolares melhorados. De forma a aumentar as hipóteses de emprego, campanhas de conscientização generalizadas e informadas devem ser conduzidas. Educadores, formadores e serviços de colocação de carreira estão melhor posicionados para desenvolver estas iniciativas de forma eficaz. No âmbito da formação, tem-se tornado mais importante que os alunos adquiram o máximo de experiência profissional possível de forma a aumentar o seu entendimento sobre as condições do mercado de trabalho e a responder adequadamente. A revisão do currículo deveria ser um processo contínuo acordado com os alunos. O currículo deveria incluir algumas aptidões como gestão, comunicação, resolução de problemas e ação lógica para permitir que os indivíduos desempenhem o seu papel. Neste respeito, estágios podem promover competências especializadas e transversais e assegurar que as competências transmitidas são atuais e relevantes no mercado de trabalho ao atuar como trampolim para os jovens rumo ao emprego.

Para que seja de máximo valor, a orientação profissional para o aluno deveria ser acompanhada por aconselhamento disponível ao longo do seu percurso educativo. A necessidade principal dos alunos é de receber um apoio adequado da parte dos professores durante o seu percurso educativo. Precisam de ser

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informados por professores sobre programas de EFP e profissões e precisam de materiais atualizados de forma a concluir o seu percurso prático. Por outro lado, professores e formadores reconhecem ativamente a necessidade que os alunos se atualizem constantemente e construam competências básicas para novos contextos. Estão bastante empenhados em estimular o ambiente de aprendizagem. É assim necessário atualizar as competências pedagógicas dos professores de acordo com a necessidade reconhecida de novos métodos de ensino orientados para o aluno nos quais o professor se torna numa facilitador e num treinador.

Frequentemente o acesso dos professores à formação é limitado pela falta de apoio financeiro adequado. Em Itália a fonte principal de financiamento é ainda o Fundo Social Europeu, o que significa incerteza no futuro dada a tendência inevitável para o desvio destes fundos em direção aos novos Estados-Membros. Importante é um acordo com a afirmação demonstrando compromisso da parte da direcção da escola em assegurar que os professores tenham tempo suficiente para participar em programas de formação em exercício também organizados a nível nacional, mesmo quando estes colidem com as prioridades de curto prazo dos institutos de formação onde trabalham.

Através do convite seguido pela exploração, os alunos deveriam ter a oportunidade para explorar software de computador. Mas, infelizmente, algumas escolas não priorizam o investimento em tecnologia suficiente (hardware e software) para as suas salas de aula. As razões para isto são várias, tal como a falta de fundos ou a existência de outras prioridades. Relações fortes entre professores e seus administradores, ao mesmo tempo melhorando o ensino público, devem incluir:

 Ênfase na qualidade do professor, incluíndo desenvolvimento profissional, novos sistemas de avaliação, assistência entre pares e programas de mentoria.  Foco no desempenho do aluno criando oportunidades para professores e administradores trabalharem juntos de forma a analisar o desempenho do aluno para identificar e focar áreas prioritárias para melhoria.  Resolução de problemas, inovação e vontade de experimentar, trabalhar em conjunto para encontrar novas formas de endereçar questões críticas.  Uma cultura organizacional que valoriza e apoia a colaboração, comprovada em parte por líderes que promovem uma cultura de inclusão, envolvimento e comunicação, assim como o respeito pelos professores como profissionais. Além disso; relações fortes entre professores e seus administradores, ao mesmo tempo melhorando o ensino público, devem incluir:  Ênfase na qualidade do professor, incluíndo desenvolvimento profissional, novos sistemas de avaliação, assistência entre pares e programas de mentoria.  Foco no desempenho do aluno criando oportunidades para professores e administradores trabalharem juntos de forma a analisar o desempenho do aluno para identificar e focar áreas prioritárias para melhoria.

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 Resolução de problemas, inovação e vontade de experimentar, trabalhar em conjunto para encontrar novas formas de endereçar questões críticas.  Uma cultura organizacional que valoriza e apoia a colaboração, comprovada em parte por líderes que promovem uma cultura de inclusão, envolvimento e comunicação, assim como o respeito pelos professores como profissionais.

Empresas precisam investir bastante em programas de desenvolvimento interno para se manterem competitivas. 60% dos inquiridos declaram uma forte comunicação com o mercado empresarial. Relações escola-empresa fornecem oportunidades para professores:

 aprenderem sobre o mercado de trabalho e as competências de empregabilidade necessárias para os alunos;  comunicarem com a comunidade empresarial sobre atividades educativas que promovem a aprendizagem e desenvolvem competências e compreensão nos alunos.

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ANÁLISE SWOT EM ESPANHA para ALUNOS DE EFP

Em Espanha existem escolas públicas, gratuitas, e escolas privadas. As escolas são denominadas da seguinte forma:

*―Colegio‖ - para Educação Pré-Escolar e Educação Básica; *―Instituto‖ - para Educação Secundária Obrigatória (ESO), Educação Secundária Superior (Bacharelato) e Formação Profissional Específica.

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Percentagem de alunos participantes em cursos do Plan FIP (Plano Nacional de Formação e Inserção Profissional), por nível académico.

O ciclo de Formação Profissional Específica é organizado em grupos profissionais divididos entre nível médio (conclusão do ensino secundário obrigatório) e nível superior (conclusão do ensino secundário superior).

O objetivo do EFP é o de fornecer atividades de formação que habilitem alunos qualificados para o desempenho de várias profissões, para o acesso ao emprego e para a participação ativa na vida social, cultural e económica. Este sistema é orientado para preparar alunos para trabalhar e faz com que se adaptem à vida laboral. EFP também é útil para incluir uma organização modular de educação variável e conteúdo teatral & prático apropriado aos vários campos profissionais.

A taxa de emprego para recentes graduados do secundário superior (pessoas entre os 20-34 anos que deixaram o ensino secundário superior entre um a três anos antes do ano de referência) em Espanha baixou 50% desde 2009. Atingiu a sua taxa mais baixa — 40.9% — em 2013 mas cresceu novamente até aos 54.9% em 2015. A taxa de participação de adultos na aprendizagem ao longo da vida apresentava-se nos 9.8% em 2014 e nos 9.9% em 2015, ligeiramente abaixo da média da UE de 10.7%.

A Espanha está a reformar o seu sistema de EFP para melhor adaptar as competências dos jovens às necessidades do mercado de trabalho e para aumentar a atratividade, transparência e aceitação dos programas de EFP. Está a fazê-lo ao reformar o catálogo de diplomas oferecido tanto a nível médio como a nível superior de EFP e ao aumentar a flexibilidade do currículo dos programas de EFP de nível médio. Em linha com os princípios ECVET, a mobilidade também mereceu alguma atenção e alguns passos foram tomados para

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implementar sistemas de mobilidade regionais (por exemplo na Catalunha). O Ministério da Educação, Cultura e Desporto (MECD) alocou 10 milhões de Euros a um programa de cooperação territorial para aumentar a qualidade do EFP. O programa corresponde a procura de setores produtivos, promove EFP duplo e vai aumentar a empregabilidade dos alunos.

Em Setembro de 2015, a Espanha finalisou a reforma da formação para o subsistema de emprego (o TES — subsistema de formación para el empleo) iniciado em Março de 2015. O novo modelo de governância deixa o sistema basicamente nas mãos do serviço de emprego público, assim reduzindo substancialmente a influência dos sindicatos e das associações patronais. Todavia, a sua participação no consultivo Conselho Geral do Sistema Nacional de Emprego (Consejo General del Sistema Nacional de Empleo) é garantida.

Outras mudanças introduzidas pela reforma em 2015 visam estimular os programas de aprendizagem ao longo da vida destinados a trabalhadores contratados. Estas incluem o direito a uma licença de formação de 20 horas para todos os trabalhadores com pelo menos 1 ano de antiguidade, e a opção de introduzir uma conta individual de formação para trabalhadores.

ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Tanto atividades práticas como teóricas são Elevada taxa de desemprego em Espanha; oferecidas; Não é dada importância suficiente à O ―ato de qualificações profissionais e numeracia e alfabetização; formação‖; Progresso limitado nas reformas educativas; Sistema de acompanhamento que melhora a Eficácia das despesas da educação pode ser relevância dos programas universitários e as melhorada; taxas de empregabilidade dos graduados; Taxas de inscrição e transição no ‗ensino e Certificados de Aptidão Ocupacional (em formação profissional básico‘ estão abaixo até 130 categorias diferentes); das expectativas. EFP é melhorado por cada região Autónoma. OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Reforma: adaptar as competências dos Mesmo com um bom histórico educativo jovens às necessidades do mercado de pode ser complicado encontrar um bom trabalho; emprego; Espanha aumentou o orçamento da educação Menos alocações do governo = baixa desde 2015. qualidade da formação.

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PONTOS FORTES A reforma de 2015 introduziu algumas mudanças nos programas de aprendizagem ao longo da vida destinados a trabalhadores contratados. Estas incluem o direito a uma licença de formação de 20 horas para todos os trabalhadores com pelo menos 1 ano de antiguidade, e a opção de introduzir uma conta individual de formação para trabalhadores.

A Lei Constitucional 5/2002, o Ato de Qualificações Profissionais e Formação, foi tratada em detalhe no NAP 2002. É um sistema modular de formação profissional e de orientação académica e profissional, responsivo às mudanças nos requisitos de competências ocupacionais. Organiza formação e orientação profissional usando opiniões das autoridades e dos agentes sociais envolvidos e estabelece diretrizes para o Sistema Nacional de Qualificações.

No que diz respeito aos Certificados de Aptidão Ocupacional (Certificados de Profesionalidad), existe agora uma variedade de 130 categorias. O número vai aumentar, e melhorias vão ser feitas na sua matéria e procedimento. Antes do final do ano o governo vai aprovar a lei reguladora da atribuição dos Certificados de Aptidão Ocupacional. Serviços de apoio e equipas de orientação educativas e de aprendizagem foram criadas em Espanha no âmbito do sistema geral de ensino e da escolaridade profissional regulada. Estão organizados por setores e recebem diferentes denominações em cada Região Autónoma. A maioria das Regiões Autónomas também criaram outras equipas especializadas com uma área geográfica-alvo diferente para oferecer cuidados educativos e orientação a alunos com necessidades especiais.

PONTOS FRACOS A seguinte tabela demonstra a taxa de desemprego masculina, feminina e de pessoas com menos de 25 anos. A taxa de desemprego dos <25 anos em Espanha sempre foi muito elevada, e o sistema de EFP tem tido o mesmo problema desde o início, mesmo que garanta uma boa instrução e formação se não existir uma oferta de emprego elevada a probabilidade de obter emprego é muito reduzida. Isto é uma fraqueza geral do ambiente laboral Espanhol.

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Entre competências académicas gerais, o avanço da tecnologia significa que a numeracia e a alfabetização têm uma importância crescente no mercado de trabalho, e em muitos países, fraquezas nesses campos são comuns entre os que frequentam programas profissionais. Tais problemas (frequentemente não reconhecidos) podem aumentar o risco de abandono escolar, e reduzir a perspetiva de desenvolvimento de carreira posterior e aprendizagem ao longo da vida. Programas profissionais precisam de dar importância suficiente a essas competências, e alunos deveriam ser sistematicamente avaliados na altura da entrada nos programas profissionais de forma a assegurar um mínimo básico de aptidões e identificar os que precisam de apoio específico.

OPORTUNIDADES

O MECD (Ministerio de Educación, Cultura y Deporte) alocou 10 milhões de Euros a um programa de cooperação territorial para aumentar a qualidade do EFP. O programa corresponde a procura de setores produtivos, promove EFP duplo e vai aumentar a empregabilidade dos alunos.

AMEAÇAS

Sem uma alocação contínua da parte do governo, o sistema de EFP arrisca tornar-se ―obsoleto‖, porque sem pesquisas atualizadas e um sistema de ensino inovador é difícil oferecer uma formação de qualidade. Com a crise económica e financeira atual o governo tem menos dinheiro para investir em programas educativos.

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CAPÍTULO 4

GESTÃO DA CARREIRA

1 – Análise do Sistema Educativo/Mercado de Trabalho da área de influência da escola. O sistema educativo Português está organizado em 5 ciclos de estudos: 1. Educação pré-Primária 2. Educação Básica (1º / 2º e 3º Ciclo) 3. Educação Secundária - Cursos Científico-Humanísticos - Cursos Profissionais - Cursos do Ensino Artístico Especializado - Cursos de Aprendizagem - Cursos de Ensino e Formação 4. Educação pós-Secundária, não-Superior 5. Educação Superior - Cursos Técnicos Superiores Profissionais – CTeSP, que substituem os Cursos de Especialização Técnica – CET, constituem a nova tipologia de formação de curto prazo do ensino superior. A realização de um CTeSP concede um Diploma de Técnico Superior Profissional, qualificação nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações.

2 – Gestão da Carreira Hoje, em vez de se falar de emprego, deveria falar-se de carreira e sua gestão. O foco deveria estar na gestão da carreira e não em ter um emprego. Hoje em dia a rapidez dos eventos causa diversos fenómenos, entre eles a criação, desenvolvimento e encerramento de várias empresas. Mais empresas são criadas, mas muitas são encerradas, compradas ou incorporadas. Esta dinâmica organizacional tem um impacto óbvio nos profissionais, que são, muitas vezes, apanhados num turbilhão de eventos imprevisíveis, desta forma, sem antecipar as consequências reais. Em alguns casos, as mudanças revelam ser positivas, especialmente para os que se adaptam mais rapidamente à ―nova empresa‖ e que aceitam esta mudança, sendo certo que as pessoas são naturalmente resistentes a qualquer dinâmica que os force a mudar as suas rotinas. É por isso que hoje, em vez de se falar de emprego, deveria falar-se de carreira e sua gestão. O foco deveria estar na gestão da carreira e não em ter um emprego (porque ter um emprego para a vida inteira é praticamente uma utopia). A carreira é supra-organizacional. Existe para além das organizações nas quais o indivíduo desempenha várias funções. Com um mercado de trabalho rápido, volátil, competitivo e pragmático, é indispensável desenvolver competências ao nível da capacidade analítica, atitude crítica, foco, resistência à frustração, sentido de

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urgência, adaptabilidade e capacidade de antecipação de forma a não sermos afectados pela vontade de terceiros ou pela sorte (até esta é construída com trabalho). É desejável que todos tomem o destino que querem para a sua carreira nas suas próprias mãos, para isto, é necessário planear com antecedência os passos que levam a um determinado posto ou empresa. Este planeamento deveria começar na escola, já que, em Portugal, o sistema educativo impõe que decisões cruciais sejam tomadas mesmo antes dos 15 anos de idade. A escolha de áreas educativas, e mais tarde os cursos superiores, encaminham o jovem para determinadas profissões. A verdade é que a maioria não tem informação relevante para apoiar as suas escolhas, assim, deveriam ser os pais a assumir este papel, orientando e apoiando sempre que possível. Sem este monitoramento inicial é sempre possível fazer correções, mas será uma opção mais tortuosa. Conscientes desta realidade a Zendensino visa apoiar os seus alunos nas suas escolhas, desenvolvendo alguns projetos a este nível:  Programa de Preparação para a Vida Ativa e Orientação Académica – O Futuro é Meu! – Os objetivos deste programa estão relacionados com a exploração do autoconceito e valores profissionais; orientar os alunos rumo à vida ativa; fornecer ferramentas que lhes permita ser bem sucedidos nos objetivos que visam atingir, quer seja a inserção no mercado de trabalho ou a continuação dos estudos e fornecer informação sobre formação adicional.  Programa de Orientação Vocacional – “Eu pertenço ao meu Futuro!” – Destinado às duas turmas finalistas dos Cursos Vocacionais. Os objetivos principais deste programa estão focados em apoiar os alunos na descoberta / construção do seu projeto vocacional, tornar o autoconhecimento mais fácil (interesses, competências, capacidades e valores), desenvolver atividades de auto-reflexão. Promover a informação escolar e profissional e atitudes de pesquisa, e tratamento de informação de natureza escolar e profissional, sensibilizar os agentes educativos e os encarregados de educação para a necessidade da intervenção vocacional dos seus filhos, fornecer informação sobre a oferta de formação de nível IV e apoiar a decisão tomada no final do ano letivo.  Programa “Mais um passo…” – Este programa é destinado aos alunos que vão desempenhar a formação prática em contexto de trabalho / Simulação Prática e tem como objetivos: motivar os alunos para a realização da FCT; clarificar eventuais dúvidas relacionadas com esta nova etapa; desmistificar o conceito de ―estágio‖ ainda considerado pelos alunos como algo de ―assustador‖, e motivar os alunos para o conhecimento do mundo profissional.  Programa “Ponto de Partida” – Este programa é dirigido a todas as turmas da EPE e visa: promover o SPO e o papel do psicólogo; divulgar as áreas de intervenção e o público-alvo do SPO; promover a motivação para a escola; divulgar o Gabinete de Inserção e os serviços prestados e motivar os alunos para o conhecimento do mundo profissional.  Programa “À conversa com…” – visa promover a motivação para os estudos e demonstrar a importância da escola; orientar e motivar os alunos para a entrada no mercado de trabalho, após a conclusão do curso, através da partilha de experiências de um profissional da área ou de uma empresa

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empregadora; contactar outras entidades (IEFP, GIP, etc) que possam apoiar os alunos na sua integração no mercado de trabalho; orientar e motivar os alunos para a continuação dos estudos através da partilha de uma história de vida de um antigo aluno da EPE.

"Sucesso não é o final, fracasso não é fatal: é a coragem para continuar que conta." Winston Churchill

Hoje, em vez de se falar de emprego, devemos falar de carreira e sua gestão. O foco deveria estar na gestão da carreira e não em ter um emprego. Hoje em dia, a grande rapidez dos eventos causa diversos fenómenos, entre eles a criação, desenvolvimento e encerramento de muitas empresas. É verdade que mais empresas são criadas, mas muitas mais são encerradas, compradas ou incorporadas.

Esta dinâmica organizacional tem um impacto óbvio nos profissionais, que são muitas vezes apanhados no meio de eventos sem os ter antecipado, e mesmo sem antecipar as consequências reais dos mesmos. Em alguns casos, as mudanças revelam ser positivas, especialmente para os que se adaptam mais rapidamente à ―nova empresa‖ e que aceitam esta mudança, embora as pessoas sejam naturalmente resistentes a qualquer dinâmica que os force a mudar as suas rotinas.

É por isso que, em vez de se falar de emprego, as pessoas deveriam falar sobre carreira e sua gestão. O foco deveria estar na gestão da carreira e não em ter um emprego (até porque um emprego para a vida inteira é praticamente uma utopia). A carreira é supra-organizacional. As organizações existem para além de cada desempenho individual. Com um mercado de trabalho rápido, volátil, competitivo e pragmático, é essencial desenvolver competências ao nível da capacidade analítica, atitude crítica, foco, resistência à frustração, sentido de urgência, adaptabilidade e antecipação para que o indivíduo não dependa de terceiros ou de sorte (mesmo que esta seja construída com trabalho).

O conceito de carreira é bem diferente do que era há alguns anos. De acordo com alguns autores, as perspetivas de carreira atuais apontam para uma série de oportunidades de carreira que ultrapassam as fronteiras de um único local de trabalho. Atualmente a carreira tende a incluir o trabalho em funções diferentes, o movimento lateral sem aumento de responsabilidade e / ou remuneração, e também períodos de trabalho autónomo. Assim, no ponto de vista moderno, uma carreira não é um rumo pré-estabelecido, mas antes um conjunto de possibilidades, algumas mais difíceis que outras, algumas mais rápidas, outras mais lentas, algumas com maiores riscos, outras com menores riscos. Cada uma, dependendo nas suas competências, oportunidades e respostas, vai construir o percurso.

É desejável que cada pessoa tome o destino que quer para a sua carreira nas suas próprias mãos, de forma a ser bem sucedido, é necessário planear com antecedência os passos que levam a um determinado posto ou

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empresa. Este planeamento deveria começar cedo na escola, já que em Portugal o sistema educativo exige que decisões cruciais sejam tomadas mesmo antes dos 15 anos de idade. Para além da compensação e outras componentes do sistema compensatório, os trabalhadores deveriam dar mais valor ao desenvolvimento da carreira;

 Assim, a responsabilidade individual para o desenvolvimento da carreira deveria ser perspetivada em:  Tomar a responsabilidade na gestão da própria carreira.  Autoconhecimento.  Compromisso com aprendizagem contínua.  Equilíbrio entre competências específicas e gerais.  Desenvolvimento de competências de comunicação.  Marketing pessoal.  O indivíduo como produto.  Manter sempre as opções em aberto.

A escolha de áreas educativas, e mais tarde cursos superiores, encaminham o jovem para determinadas profissões. A verdade é que a maioria não tem informação relevante para apoiar as suas escolhas, por isso os pais deveria assumir esse papel ao orientá-los e apoiá-los sempre que possível. Na ausência deste monitoramento inicial é sempre possível fazer correções, mas será uma opção mais difícil. Conscientes desta realidade a Zendensino visa apoiar os seus alunos nas suas escolhas, desenvolvendo alguns projetos a esse nível:

 Programa de Preparação para a Vida Ativa e Orientação Académica – O Futuro é Meu!  Programa de Orientação Vocacional – “Eu Pertenço ao Meu Futuro!”  Programa “Mais um passo…”  Programa Ponto de Partida  Programa “À conversa com…”

A importância do Curriculum Vitae

O que é um CV? Curriculum Vitae: um resumo do historial educativo e profissional de uma pessoa, normalmente preparado para candidaturas de emprego. Outro nome para o CV é um résumé. Um CV é a forma mais flexível e conveniente de fazer candidaturas. Recolhe os seus detalhes pessoais de forma a apresentá-lo da melhor forma possível. Um CV é um documento de marketing no qual se publicita algo: a si mesmo! Precisa de ―vender‖ as suas aptidões, competências, qualificações e experiência aos empregadores. Pode ser usado para fazer candidaturas múltiplas a empregadores numa área profissional específica. Isto é a razão pela qual diversos grandes recrutadores não aceitam CVs e usam o seu próprio formulário de candidatura como alternativa. Um formulário de candidatura é criado para realçar a informação essencial e as qualidades pessoais que o empregador exige e não lhe permite que omita os seus pontos mais fracos como um CV permite. Não existe 64

uma ―melhor forma‖ de construir um CV; é o seu documento e pode ser estruturado da forma que entender seguindo o quadro básico abaixo. Pode ser em papel ou online ou até mesmo numa camisa (uma prática hábil que pode funcionar para empregos ―criativos‖ mas que não é geralmente aconselhada!).

Quando deve ser usado um CV?  Quando um empregador pede que as candidaturas sejam recebidas neste formato.  Quando um empregador afirma simplesmente ―candidatura para…‖ sem especificar o formato.  Quando se faz candidaturas especulativas (quando se escreve a um empregador que não publicitou uma vaga mas que espera que possa ter uma).

Que informação deve incluir um CV?

Detalhes pessoais Normalmente estes são o seu nome, morada, data de nascimento (embora com as leis de discriminação agora existentes isto não seja essencial), número de telefone e e-mail. Nos países Europeus é comum para os CVs a inclusão de uma fotografia de tipo passaporte no superior direito enquanto que no Reino Unido e nos EUA as fotografias são algo reprovadas pois podem contrariar a legislação da igualdade de oportunidades – uma fotografia torna mais fácil a rejeição de um candidato com base na sua etnia, género ou idade. Se incluir uma fotografia esta deve enquadrar a sua cabeça e ombros, deve estar vestido de forma apropriada e a sorrir.

Educação e qualificações Liste a sua educação em ordem cronológica inversa. Comece com a escola se frequentou ou frequenta uma e trabalhe da mais recente à mais antiga. Mencione o nome da sua escola, as datas em que a frequentou, o seu curso, e a sua média de notas.

Experiência profissional Use palavras de ação como desenvolvido, planeado e organizado.

Até o trabalho numa loja, bar ou restaurante vai envolver trabalho em equipa, prestar um serviço de qualidade aos clientes, e lidar respeitosamente com reclamações. Não mencione a rotina, tarefas não pessoais (limpar mesas) a não ser que se esteja a candidatar a um emprego de verão casual num restaurante ou similar.

Tente relacionar as competências com o trabalho. Um trabalho financeiro vai envolver numeracia, aptidões analíticas e de resolução de problemas por isso concentre-se nessas enquanto que para um posto de marketing iria dar mais ênfase às aptidões de persuasão e de negociação.

Interesses e resultados pessoais Mantenha esta secção curta e direta ao assunto. À medida que vai crescendo, o seu registo de emprego vai tomar precedência e os interesses vão tipicamente diminuir substancialmente em tamanho e importância.

Pontos podem ser usados para separar interesses por diferentes tipos: desportos, criativos, etc.

Não use velhos clichês: ―socializar com amigos‖.

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Não ponha muitos hobbies passivos e solitários (ler, ver televisão, colecionar selos) ou pode ser interpretado como desprovido de habilidades interpessoais. Se os puser, então diga o que lê ou vê: ―Aprecio particularmente Dickens, pelas ideias vívidas que se recebe da vida nos tempos vitorianos‖.

Demonstre uma variedade de interesses para evitar dar a ideia de ser limitado: se tudo se centra à volta do desporto podem perguntar-se se seria capaz de manter uma conversa com um cliente que não tem interesse em desporto. Hobbies que saem um pouco do comum podem ajudá-lo a destacar-se dos outros: paraquedismo ou alpinismo podem mostrar uma vontade de se aprimorar e uma capacidade de autoconfiança em situações exigentes. Vale a pena mencionar todos os interesses relevantes para o emprego: temas atuais se pretende ser jornalista; um portfolio de ações fictícias como o Bullbearings se quer trabalhar nas finanças.

É importante mencionar qualquer indício de liderança: capitão ou treinador de uma equipa desportiva, responsável de curso, presidente de uma sociedade de estudantes, líder dos escuteiros: ―Como capitão da equipa de críquete da escola, tive que transmitir um exemplo positivo, motivar e orientar jogadores e pensar rápido ao tomar decisões em campo, frequentemente durante situações de tensão‖. Qualquer coisa demonstrando exemplos de aptidões de empregabilidade como trabalho em equipa, organização, planeamento, persuasão, negociação, etc.

Aptidões e competências As habituais a mencionar são as línguas (―bom nível oral de Francês, Espanhol básico‖), informática (i.e. ―bom nível de trabalho no MS Access e Excel, aptidões básicas de criação de sites‖) e condução (―carta de condução limpa‖).

Se for um candidato consolidado ou se tiver muitas aptidões relevantes para oferecer, um CV baseado em competências pode funcionar para si.

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CAPÍTULO 5

COMPETÊNCIAS DIGITAIS

Introdução A Competência Digital foi reconhecida pela União Europeia como uma das 8 competências-chave para a Aprendizagem ao Longo da Vida. A Competência Digital pode ser geralmente definida como o uso confiante, crítico e criativo das TIC para atingir objetivos relacionados com trabalho, empregabilidade, aprendizagem, lazer, inclusão e/ou participação na sociedade. A Competência Digital está relacionada com muitas das aptidões do Século XXI que deveriam ser adquiridas por todos os cidadãos, para assegurar a sua participação ativa na sociedade e na economia.

Processo de pesquisa de informação Hoje em dia mais do que nunca um número crescente de informação está disponível, e grupos-alvo podem aceder à informação em todo o país ou em todo o mundo. Mas encontrar o que precisa exige mais competências. Ao tentar encontrar informação necessária, deve respeitar a sequência dos passos do processo de pesquisa de informação (ISP), listados na figura em baixo:

6. 1. Iniciação 2. Selecão 3. Exploração 4. Formulação 5. Recolha Encerramento da pesquisa

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Motores de busca para a Comunidade Académica

Link Principais características Dicas

Informação listada ao longo de uma variedade de www.scholar..com recursos académicos, principalmente revistos por Dicas pares

Variedade de revistas científicas desde ciências da www.academic.research.mic computação e engenharia a ciências sociais e Dicas rosoft.com biologia

Oferece informação no campo das ciências da www.citeseerx.ist.psu.edu Dicas computação

Revistas académicas sobre saúde pública, www.bioline.org.br alimentação e segurança nutritiva, medicina e Dicas biodiversidade

Mais de 8.000 revistas disponíveis sobre diferentes www.doaj.org tópicos com um vasto leque de tópicos dentro das Dicas áreas científicas

Cursos online O curso online garante a educação contínua na Internet. Há uma listagem dos cursos online mais populares:

Link

www.udacity.com

www.coursera.org

www.edx.org

www.udemy.com

www.ureddit.com

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Antes de se registar para os cursos online deve preparar-se adequadamente. Ficam aqui algumas DICAS:

 Planeie o seu tempo! Planeie o tempo para participar nos cursos: diariamente, semanalmente, mensalmente  Esteja motivado! Visualize os seus objetivos e conheça as suas razões para participar no curso  Mantenha-se empenhado! Tenha os seus objetivos: completar o primeiro trabalho, o primeiro teste  Recolha informação! Recolha materiais recomendados  Seja responsável e comunique! Partilhe os seus planos e resultados

Fontes de vídeo Usar vídeo para promover objetivos pedagógicos não é novo, mas as características dadas pelos sites de vídeo têm entusiasmado muitos educadores. Encontrar fontes de vídeo educativas de qualidade é relevante para qualquer assunto que ensine ou aprenda.

Links Especial para educadores

YouTube EDU www.youtube.com Teaching Channel TeacherTube

www.ted.com TED-Ed

www.nobelprize.org Educational Productions

www.discovery.com Discovery Education

www.vimeo.com Teachers TV

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Podcasts Outra fonte de informação importante para a educação são os podcasts. Um podcast é um conteúdo de mídia digital eficaz, portátil, conveniente e íntimo. Podcasts são uma ótima forma de obter informação enquanto conduz, prepara o jantar em casa, ou espera numa fila.

DICAS para descobrir podcasts: www.apple.com/itunes/podcasts/discover

Alguns podcasts ótimos por e para educadores:

Links Principais características

Podcast de vários minutos www.scienceunderground.org sobre ciência

Professores e profissionais www.bamradionetwork.com/every-classroom- abordam uma variedade das matters suas práticas

Professores falam sobre as www.talkswithteachers.com/podcasts suas histórias e desafios, o seu

processo de aprendizagem

Obtenha professores e https://itunes.apple.com/us/podcast/id954139712 educadores energizados para a semana que se avizinha

Grande variedade de www.bbc.co.uk/podcasts programas e destaques estão

disponíveis

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Sites e blogs

Sites e blogs podem ser uma fonte de informação valiosa para professores e alunos. Os seguintes sites e blogs listados vão ajudar professores e formadores a simplificar o planeamento das aulas, a manter a sala de aula harmoniosa, e a envolver os alunos:

Sites Links

www.sharemylesson.com

www.lessonplanet.com

www.educationworld.com

www.theteacherscorner.net

www.scholastic.com

Blogs Links

www.learning.blogs.nytimes.com

www.coolcatteacher.com

www.kqed.org/mindshift

www.edudemic.com

www.theguardian.com/teacher- network/series/the-secret-teacher

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Redes sociais na educação As redes sociais tornaram-se a atividade n.º 1 na Internet. As redes sociais são uma ferramenta que pode ser usada na educação de forma a torná-la mais apetecível, relevante e culturalmente diversa. Algumas ótimas dicas sobre como!

Links Como usar na educação? Esteja inspirado!

#edchat The Teacher‘s Guide To #lrnchat www.twitter.com Twitter #elearning

#reflectiveteacher

ISTE Every Teacher‘s Must Have ASCD www.facebook.com Guide to Facebook Edutopia Education Week

Educators Technology The Teacher‘s Guide To Hello Literacy www.pinterest.com Pinterest Ashleigh's Education Journey

April Larremore

NEA Today Using Instagram in an Teaching Special Thinkers www.instagram.com Educational Context What the Teacher Wants The Unhelpful Teacher

21st Century Education 7 ways teachers should be AASA www.linkedin.com using LinkedIn to help their Educational Leadership careers Teacher's Lounge

Feed caching RSS feeds é simplesmente uma tecnologia padrão da Internet que permite que os educadores recebam atualizações de conteúdo online de interesse. A essência de um RSS feed – subscreve e recebe subsequentemente novo conteúdo automaticamente, para que não precise visitar o site manualmente para o novo conteúdo.

Vá até ABC News ou The New York Times, ou outras páginas… pesquise um tópico e procure o pequeno botão laranja do RSS: Escreva um nome para o feed e selecione a pasta onde criar o feed, e clique

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Subscrever. Vai visualizar feeds na aba destinada aos Feeds nos Favoritos. Informação adicional, como subscrever a um feed vai encontrar nas seguintes lições.

Leitor de Feed Leitor de Feed ou agregador é um software que lhe permite apanhar os RSS feeds de diversos sites e exibe-os para sua visualização. Há uma listagem dos Leitores de Feed mais populares e pode escolher o seu favorito:

Links Principais características

Arquive conteúdo durante um www..com período mais longo

www.newsblur.com Diferentes opções de visualização

www.netnewswireapp.com Fácil de usar e poderoso

www..com Newsfeeds bem personalizados

www.feedreader.com Fácil e bem estruturado

Avaliar o conteúdo Público. É importante descobrir:  Linguagem usada: académica ou técnica  Como tópicos e subtópicos são explorados: aprofundadamente ou geralmente

Precisão. Refere se a informação é verificável e fiável para ser apresentada aos seus alunos. É importante descobrir:

 Se o texto está geralmente em concordância com outras fontes educativas fiáveis  Provas das fontes de informação, métodos de pesquisa e materiais consultados  Erros na informação apresentada: pequenos ou graves

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Ponto de vista. Por vezes a informação é apresentada de pontos de vista diferentes e podem contradizer informação encontrada noutras fontes educativas. Por isso, é importante descobrir:

 Tipo do domínio (se está num site). Sites académicos normalmente terminam em .edu, mas examine o link e o conteúdo do site: pesquisa científica comprovada, ou um projeto de um aluno  Objetivos principais, tópicos de pesquisa e políticas adoptadas pela organização (responsável pelo conteúdo)  Acionistas principais, apoiantes do criador de conteúdo (responsável pelo conteúdo)

Autoridade. É importante descobrir:

 Se um site é um site pessoal, ou se está ligado a uma instituição maior  Analise o link ―Sobre este Sítio‖ para aprender mais sobre o indivíduo ou organização  Verifique as credenciais, reputação e outros trabalhos do autor sobre o assunto em questão

Atualidade. Novas pesquisas e informação estão constantemente em emergência.

 Para sites, é importante rever:  Se o conteúdo publicado exige a credibilidade da informação mais atual  Quanto o site foi publicado, e atualizado pela última vez? (procure a data dos direitos autoriais na página de início)  Se todos os links no site estão a funcionar  Para livros, é importante rever:  Qual é a data dos direitos autoriais no verso da página de rosto?  Vai de encontro às suas necessidades? É a edição mais recente?  Para periódicos:  A data da publicação vai de encontro às suas necessidades?

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Armazenamento de dados

 Memória USB: removível e regravável, de pequeno tamanho  Disco rígido externo: mais armazenamento do que em memória USB  Armazenamento em nuvem suporta acesso fácil a documentos, fotos, e outros ficheiros digitais. Muitos serviços de armazenamento em nuvem são gratuitos, mas têm limitações no tamanho dos ficheiros que pode carregar.

Armazenamento Dicas úteis gratuito

10 Things You Didn't Know Dropbox Could www.dropbox.com 2GB Do

8 Things You Didn't Know You Could Do www.google.com/drive 15GB With Google Drive

10 Tricks to Make Yourself a OneDrive www.onedrive.live.com 5GB Master

www.box.com 10BG Box User Guide

Fonte: http://www.cnet.com/how-to/onedrive-dropbox-google-drive-and-box-which-cloud-storage-service-is-right-for- you/

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Ferramentas para organizar informação

Há uma listagem de ferramentas que o pode ajudar a organizar informação digital.

Links Principais características Descubra!

Vários recursos Modelos de planeamento de www.thetogethergroup.com aulas 10 Ways to Get Started Listas do que fazer Ideias para aulas Gráficos de assiduidade Livros de notas Calendários Unifying instruction www.engrade.com Gráficos de lugares and assessment Acompanhamento de comportamento Planos de aula Software de notas www.learnboost.com Tour Partilha do progresso do aluno Google Apps integrado Plataforma interativa Recursos úteis www.mybigcampus.com Planos de aula Take a Tour

Acompanhe o progresso do aluno Ferramenta de colaboração visual Teachers Using Trello: www.trello.com/education Aprendizagem baseada no How To Foster Genius

projeto In The Classroom Colaboração e discussão

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Aprendizagem na Era Digital: Conectivismo

O Conectivismo afirma que a aprendizagem no Século XXI mudou devido à tecnologia, e portanto, a forma com que aprendemos também mudou. Caraterísticas principais do conectivismo:

 Competência básica - ver conexões entre conceitos e temas  Aprendizagem ocorre no seio de uma rede, social, melhorada tecnologicamente, reconhecendo e interpretando padrões  Conexões são cruciais para facilitar a aprendizagem contínua  Tomada de decisões é um processo de aprendizagem  Aprendizagem é um processo de ligação de junções especializadas ou fontes de informação

Analise um infográfico interessante sobre a visão geral das três teorias da aprendizagem tradicionais combinadas com o recente conceito do conectivismo: www.pindex.com/b/ali-preissinger/learning-theory- infographics/4517

Conectivismo em prática:

 Agregação: Professor apoia grupo com destaques do conteúdo. Alunos desenvolvem o conteúdo com artigos online, vídeos e gravações, imagens, tweets e postagens nos canais das redes sociais.  Remistura: fazer conexões - associar o conteúdo entre eles, e com materiais de outras fontes. Reutilização: como ler ou ver, entender, e trabalhar com o conteúdo que as outras pessoas criam, e como criar novas compreensões e conhecimentos a partir disto.  Olhar para frente: alunos partilham o seu trabalho com outras pessoas no curso, e com o mundo em geral.

Mais informação detalhada sobre o Conectivismo encontra-se aqui: http://www.huffingtonpost.com/stephen- downes/connectivism-and-connecti_b_804653.html

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CAPÍTULO 6

INVESTIGAÇÃO NO TERRENO: OS RESULTADOS DOS DADOS e INQUÉRITOS

Metodologia da pesquisa

1 Inquéritos

A fase estrutural dos inquéritos foi desenvolvida durante o projeto e um inquérito modelo foi preparado e adaptado a cada contexto nacional. Três inquéritos foram preparados para diretores, professores e alunos. Em cada inquérito os inquiridos foram questionados para especificarem em que medida concordam com as afirmações (ao escolher a relevância dos itens de 1 a 5, de acordo com a importância dada: 1 é a pontuação mais baixa e 5 a pontuação mais alta).

Todos os inquéritos continham afirmações relacionadas com as seguintes áreas de investigação: a) Inquérito ao emprego / Mercado de trabalho b) Formação prestada c) Necessidades dos alunos d) Planeamento da carreira e) Formação de alunos, professores e formadores

Depois desta etapa a sondagem começou em Julho de 2016 e foi concluída em Novembro de 2016. O inquérito foi enviado por e-mail a 12 organizações, formadas por institutos profissionais e técnicos da província de Frosinone. Mais especificamente 20 turmas do 4º nível da escola secundária, 11 diretores, 47 professores e um total de 462 alunos estiveram envolvidos. Em todos os casos os inquiridos foram preparados através de chamadas telefónicas, nas quais informação sobre o projeto, objetivos da pesquisa foram dados. Após isto uma carta de apresentação foi enviada para os e-mails dos inquiridos com uma curta descrição dos objetivos do projeto e uma explicação sobre como completar o inquérito.

Foi feito um acompanhamento: todos os que não responderam ao inquérito foram chamados e convidados a responder. A amostra selecionada não é representativa de todo o contexto nacional. Consequentemente os dados são interpretados cuidadosamente ao usar métodos descritivos. Alunos, professores e diretores precisaram especificar em que medida concordam com as afirmações. Foi-lhes pedido que escolhessem a relevância dos itens de 1 a 5, de acordo com a importância do item: 1 é a pontuação mais baixa e 5 a pontuação mais alta.

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Descrição geral dos tipos de organizações

As organizações contactadas foram institutos profissionais e técnicos localizados na área de Frosinone. O ensino pós-secundário (6-12 meses) também chamado de nível II, gestão regional, é destinado à aquisição de competências profissionais num elevado contexto teórico, técnico, tecnológico e de gestão, incluíndo trabalho prático e experiência em empresas. Geralmente introduz o diploma do ensino secundário superior. No final é atribuído um certificado de competência. Ensino técnico é prestado por colégios técnicos do Estado (5 anos) e leva à atribuição, após a passagem no exame estadual, de um bacharelato técnico por realizar tarefas de nível médio numa pluralidade de setores (agricultura, comércio, turismo, topografia, indústria, águas); o certificado permite também a entrada na universidade ou a entrada nos estudos pós-secundários. Os cursos estão organizados em dois e três anos. O currículo inclui o ensino de disciplinas (língua Italiana, língua estrangeira, matemática, história, ciência, etc) às diferentes especializações e matérias específicas a cada especialização.

Formação profissional é prestada por instituições profissionais do estado (setores: agricultura, indústria e artesanato, setores dos serviços) e leva à atribuição do diploma de qualificação profissional (três anos) que permite: entrar no mundo do trabalho; a continuação dos estudos nos cursos de pós-qualificação (dois anos) organizados por instituições profissionais; a frequência de cursos de formação profissionais de Nível II geridos pelas regiões. Os cursos de pós-qualificação estão dirigidos para a obtenção de um bacharelato profissional para a entrada na universidade ou para frequentar cursos de especialização pós-secundários regionais ou outros. Áreas de investigação Os cinco aspetos principais investigados pelas perguntas estavam relacionados com a) Inquérito ao emprego / Mercado de trabalho b) Formação prestada c) Necessidades dos alunos d) Planeamento da carreira e) Formação de alunos, professores e formadores Cada inquérito foi especificamente adaptado para alunos, professores e diretores.

ALUNOS

ESPANHA

A análise do mercado demonstra que os alunos de EFP estão cientes da variedade de postos de trabalho na sua região. Principalmente, o problema é que eles não sabem qual a melhor forma para os alcançar (que tipo de educação ou experiência profissional é necessária). Alunos de EFP normalmente não têm uma boa relação com os seus colegas de trabalho. Por outro lado, universidades tendem a oferecer um bom serviço de aconselhamento para alunos graduados. Relativo às necessidades dos CVs, os alunos não estão muito

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motivados, não têm grande ambição em melhorar contínuamente as suas competências. Existe uma falta de colaboração entre professores e pessoal não docente na tentativa de criar ligações entre o mundo do ensino e o mundo do trabalho.

ITÁLIA

Os alunos Italianos concordam com a existência de um currículo baseado nas necessidades do mercado de trabalho mas concordam moderadamente com a afirmação que diz respeito à comunicação entre professores, direção e alunos.

A necessidade principal dos alunos é de receber um apoio adequado da parte dos professores no seu percurso educativo. As respostas relacionadas com as perguntas mostram uma satisfação geral da parte dos alunos sobre os serviços de aconselhamento no interior do sistema escolar, professores de EFP apoiam ativamente os alunos ao colaborar com os serviços de aconselhamento de forma a direcioná-los para a ocupação certa. Os alunos participam ativamente em cursos especiais organizados pela direção da escola e por professores durante o ano e os professores estão muito empenhados em estimular o ambiente de aprendizagem. Além disso, participam em projetos da UE e projetos de mobilidade financiados pela UE.

TURQUIA

Na Turquia, os alunos não têm um conhecimento adequado sobre o mundo do trabalho. Devido a esse problema, os alunos de EFP normalmente não sabem que competência deveria ser melhorada. Aparentemente escolhem o seu estágio de forma aleatória, alguns escolhem um bom estágio enquanto outros preferem fazer algo não muito apropriado para os seus estudos. A Universidade oferece um serviço de aconselhamento bastante bom para os graduados.

Os alunos não se sentem particularmente motivados em ter um bom CV. Eles consideram que a experiência não é muito importante para obter um bom emprego. Alunos de EFP são bastante bons em comunicar os seus problemas com os colegas de trabalho e podem encontrar um estágio em órgãos públicos e privados.

As necessidades dos alunos são muito heterogéneas, alguns estão satisfeitos com o trabalho dos professores e do pessoal não docente, enquanto que outros têm o sentimento contrário.

A maioria dos alunos de EFP considera que não têm experiência prática suficiente. Também existe uma falta de colaboração entre os atores universitários.

LITUÂNIA

Na Lituânia, os alunos de EFP sabem muito bem que trabalhos são necessários na sua região. Eles sabem também que qualificações precisam para obter um emprego. As necessidades dos alunos de EFP estão completamente satisfeitas pelos professores e formadores. A informação obtida por eles é clara desde o

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primeiro ano do ensino profissional. Existe uma relação forte e bem sucedida entre alunos e professores, os alunos são fortemente motivados para darem o seu melhor. Em conclusão, os alunos de EFP Lituanos têm uma participação ativa nos projetos Europeus.

PORTUGAL

Neste país os alunos conhecem bastante bem as necessidades do mercado de trabalho e tentam adquirir as competências adequadas ao manter uma boa relação com os outros alunos e com o serviço de aconselhamento. A escola fornece todos os materiais essenciais, para que cada aluno possa facilmente ter um bom apoio sobre o planeamento da carreira. Em conclusão, os alunos de EFP Portugueses acreditam na importância dos projetos Europeus.

COMPARAÇÃO

Em Espanha, parece haver um bom entendimento sobre as necessidades do mercado, mas na Lituânia os alunos de EFP sabem perfeitamente as necessidades de um emprego específico. Os alunos Italianos, Espanhóis e Turcos não são tão bons como os Lituanos e os Portugueses em compreender como melhorar eficientemente as suas competências (por exemplo em escolher estágios, em tomar decisões como ir para o estrangeiro num projeto Europeu, etc). Na Turquia, contudo, existe uma boa colaboração entre alunos e trabalhadores. Em quase todos os países, o serviço de aconselhamento pós-graduação é bastante bom, mas na Itália e em Espanha, os alunos não são bem motivados durante o ciclo educativo. Estudam sem uma motivação adequada. Os alunos Espanhóis e Turcos não são muito motivados em participar em projetos Europeus. Contudo, nos outros países os alunos têm um pensamento inclusivo sobre os projetos Europeus.

PROFESSORES

ESPANHA

Em Espanha, os professores têm uma boa relação com os mercados do trabalho e do ensino, mas não fazem pesquisas suficientes para descobrir as necessidades de ambas as partes (alunos e empregadores). Existe uma falta considerável de comunicação entre funcionários e empregadores. Professores e alunos concordam que o CV lhes permite aceder a ambos os setores privado e público. Aparentemente as competências dos alunos, e as aptidões exigidas pelo mercado são muito similares. Professores podem falar facilmente sobre problemas deste tópico com a direção da escola. A maioria dos professores considera que estão a desempenhar o seu trabalho de forma excelente. Os professores motivam os alunos rumo ao mercado de trabalho e às possibilidades que oferece desde o primeiro ano da universidade. A única carência que parece emergir é a pobre colaboração entre os professores e o serviço de aconselhamento sobre a designação de profissões adequadas para os alunos. As técnicas de ensino são muito boas (com a componente teórica e prática ideal). São poucos os professores que participam nos projetos Europeus, apenas uma pequena percentagem do total.

81

ITÁLIA

A maioria dos professores concorda com a afirmação sublinhando a falta de ligação entre empregadores e funcionários. Estágios podem promover competências especializadas e transversais e assegurar que as aptidões fornecidas são atuais e relevantes no mercado de trabalho; assegurar que uma transição suave para o mercado de trabalho seja garantida; e agir como um trampolim para os jovens rumo ao emprego. Apesar do fato dos professores mal terem tempo para fazer o que é absolutamente necessário para apoiar programas e seus alunos, parecem concordar com o fato que passam este tempo a tentar encontrar materiais apropriados para alunos de EFP e a informá-los especialmente no primeiro ano. É necessário atualizar as competências pedagógicas dos professores de acordo com a necessidade reconhecida de novos métodos de ensino orientados para o aluno nos quais o professor se torna numa facilitador e num treinador.

TURQUIA Isto não é uma opinião unânime mas, no geral, os professores não têm uma boa comunicação com funcionários e empregadores. Os professores assumem que os alunos não apresentam um CV em linha com as necessidades do mercado. No geral os alunos não têm problemas particulares em candidatarem-se a ofertas de estágio públicas ou privadas. Os alunos de EFP não têm muitas ferramentas para implementarem as suas competências, mas a maioria dos professores considera que estão a tentar ligar os alunos ao mundo do trabalho desde o primeiro ano do seu ciclo de estudos. Muitos professores tendem a dizer que as atividades de planeamento da carreira não são tão efetivas. A maioria dos professores concorda que o ensino não é muito prático. Por último um bom número de professores está interessado em participar nos projetos Europeus.

LITUÂNIA Na Lituânia, a comunicação entre empregadores e funcionários é muito boa e no geral, os professores de EFP também têm uma boa comunicação com o mercado de trabalho. Os professores compreendem muito bem as necessidades dos alunos e podem falar facilmente sobre isso com os seus colegas. De forma a compreender ainda melhor as necessidades dos alunos, os professores colaboram ativamente com o serviço de aconselhamento escolar. Para melhorar contínuamente a qualidade do ensino, os professores participam em muitos programas da UE e tentam acompanhar as técnicas modernas e inovações nas suas áreas.

PORTUGAL Em Portugal os professores acreditam que é importante ter uma boa comunicação com o mercado de trabalho mas reconhecem que esta relação nem sempre é efetiva. Todos os professores consideram a partilha de ideas e problemas entre colegas e a direção como sendo muito importante, tentando melhorar a qualidade do ensino e também ajudar os alunos de EFP a melhorar as suas competências. Em conclusão, todos os professores confirmam que é importante participar nos projetos da UE. A opinião sobre a participação nos cursos especiais não é unânime.

82

COMPARAÇÃO Os professores Espanhóis sentem que têm uma melhor abordagem ao mundo do trabalho do que os Turcos. Em todo o caso, os professores Lituanos têm a melhor relação com o mercado de trabalho. Um aspeto importante diz respeito às necessidades dos alunos: os professores Espanhóis acreditam que conhecem perfeitamente as necessidades dos alunos, enquanto que os Turcos acreditam que não têm um conhecimento tão aprofundado. Também confirmam que não oferecem um apoio eficaz aos alunos Turcos. Também sobre este assunto, parece que os professores Lituanos são muito bons em ajudar os alunos a melhorar as suas competências. Os professores Portugueses não são tão bons como os Lituanos, mas cooperam muito bem entre colegas.

Em Espanha, o serviço de aconselhamento escolar parece ser muito melhor do que na Turquia. Os professores Espanhóis acreditam que oferecem atividades práticas suficientes aos seus alunos enquanto que os Turcos entendem que podem melhorar esse aspeto.

A última diferença prende-se com a predisposição dos professores para participar nos projetos Europeus, em Espanha a percentagem é bastante baixa enquanto que na Turquia parece ser bastante boa; Lituânia e Portugal são os países mais ativos na participação deste tipo de projetos da UE.

DIRETORES

ESPANHA Em relação à análise do mercado de trabalho, parece que os diretores Espanhóis valorizam muito a investigação das necessidades do mercado de trabalho e o aspeto da comunicação. A maioria dos inquiridos concorda que recolhem regularmente dados de pequenas empresas sobre as necessidades e inovações do mercado de trabalho.

No que diz respeito ao currículo do EFP, dados indicam que a conexão entre o currículo e o mercado de trabalho existe mas pode ser melhorada já que não é uma prioridade para a maioria dos diretores. Por outro lado, os alunos Espanhóis têm falta de interesse e de recursos para participar no EFP. Também, o planeamento da carreira poderia ser estimulado, já que não é um ponto central.

Para além disso, a rede de EFP existe, organizada por professores e formadores.

ITÁLIA De acordo com a opinião dos diretores, estes não investigam minimamente as necessidades do mercado de trabalho. Parece que os programas empresariais exigem mudanças eficazes no currículo de forma a condizerem com as necessidades da nova mão-de-obra global.

Diretores escolares comunicam com as empresas. Os inquiridos concordam com a afirmação que o currículo limita tanto os alunos como os professores na obtenção das qualificações necessárias e quase todos são da opinião que é totalmente independente do mercado de trabalho.

83

Infelizmente, algumas escolas não priorizam a aquisição de tecnologia suficiente (hardware e software) para as suas salas de aula. As razões para isto são várias, tal como a falta de fundos ou outras prioridades.

TURQUIA Em termos da relação da pesquisa entre empresas e empregos, existe um esforço sólido entre os diretores Turcos para obter uma colaboração entre estas duas entidades.

Existe uma conexão entre entidades de EFP e o mercado de trabalho, mas o currículo poderia ser direcionado para ir ao encontro das necessidades do mercado mencionado. Parecem existir atividades suficientes para os alunos de EFP. Constata-se que os alunos, sobretudo, não procuram as formações profissionais e no geral têm falta de interesse sobre o tópico. É seguido pela falta de materiais apropriados para as formações.

Parece existir uma boa relação entre os serviços de aconselhamento e os alunos, de acordo com os diretores. Há um interesse entre professores em relação à organização de formações profissionais e à preparação de materiais para o efeito.

LITUÂNIA Na Lituânia, a direção tem uma boa relação com os professores e com o mercado de trabalho.

No que toca às necessidades dos alunos de EFP, o papel dos diretores é o de promover mais o ensino profissional pois no geral os alunos não sabem do que se trata até começarem um curso.

O serviço de aconselhamento escolar é muito bom na opinião dos diretores e testam eficazmente as competências profissionais.

Os diretores Lituanos participam nos projetos da UE e em outras atividades para se manterem atualizados sobre novas tecnologias e técnicas modernas nas suas áreas.

PORTUGAL Os diretores Portugueses acreditam na importância de ter uma boa comunicação com os professores e, no geral, com o mercado de trabalho, mas têm de a rever porque não é muito eficaz.

Contudo o programa curricular permite que os alunos adquiram competências adequadas, e pode ser um bom plano melhorar os recursos tecnológicos.

Os diretores do EFP e os diretores escolares consideram que os professores têm a formação necessária durante o ano e usam métodos e estratégias inovadoras.

COMPARAÇÃO

Em quase todos os países, os diretores têm uma boa comunicação com os professores e com o mercado de trabalho. De qualquer forma, em Itália não existe uma boa pesquisa sobre as necessidades do mercado.

84

A participação nos projetos da UE é muito elevada na Lituânia e em Portugal e diminui em Espanha e Itália. Contudo, em todos os países os diretores acreditam na importância de participar em oficinas e reuniões para descobrir novas técnicas e tecnologias nas suas áreas.

O serviço de aconselhamento escolar é muito eficaz em quase todos os países mas em Espanha, Itália e na Turquia não é tão próximo aos alunos; o serviço é melhor para os graduados.

Aplicação de inquéritos Os inquéritos foram feitos a alunos, professores e diretores de curso, do ensino profissional, com equivalência ao 12º Ano, que estão a frequentar a Associação Comercial de Braga e a Escola Profissional de Esposende (Zendensino).

A amostra usada foi a seguinte: Alunos de EFP – 30

Formadores de EFP – 20 Diretores de curso de EFP e diretores escolares – 8

INQUÉRITO PARA ALUNOS DE EFP

Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho Inquérito ao Emprego

Os alunos de Sabem que Fazem Os alunos de Existe um EFP sabem qualificações estágios em EFP serviço de que empregos devem obter empresas comunicam aconselha- são adequadas com alunos que mento de necessários na trabalham em pares com sua região e empresas alunos cidade graduados

1 2 3 4 5

85

Ao analisar o gráfico em cima, concluímos que uma grande parte dos alunos conhecem as necessidades de formação da sua região assim como as qualificações que precisam obter, e também consideram importante a comunicação com outros alunos assim como com os serviços de aconselhamento.

As necessidades do Currículo do EFP

O currículo estimula O currículo exige Os alunos de EFP Há um currículo O currículo permite aos ____podem __baseado no

a aprendizagem dos que alunos e partilhar facilmente mercado de trabalho alunos de EFP que alunos de EFP e professores de EFP os problemas sobre ___nas escolas façam o seu estágio podem obter as obtenham as currículo de EFP adequadamente em competências exigidas qualificações com a direção órgãos públicos ou necessárias nas suas escolar e privados profissões em professores consideração com o mercado de trabalho

1 2 3 4 5

Em relação aos requisitos do Programa Curricular, a maioria dos alunos considera muito importante a aquisição das competências necessárias de acordo com as funções e necessidades do mercado de trabalho.

86

As necessidades dos alunos de EFP

As necessidades dos alunos de EFP

Os professores Os alunos não Os professores Os professores Os alunos de e formadores têm usam usam materiais EFP têm informam os conhecimentos questionários e para identificar materiais alunos de EFP suficientes documentos as necessidades suficientes académicos para no seu sobre dos alunos de para concluir primeiro ano programas de identificar as EFP durante a cursos no ensino EFP e profissões necessidades dos sua educação práticos alunos de EFP profissional formal 5

Em relação à análise das necessidades dos alunos de EFP, concluímos que consideram que os formadores usam os documentos e materiais necessários para identificarem as suas necessidades, e que as escolas têm todos os materiais essenciais para desenvolverem atividades práticas.

87

Planeamento da Carreira

Planeamento da Carreira

O serviço de Os conselheiros escolares Os professores de EFP Os professores têm um papel Professores/formadores

aconselhamento escolar usam testes académicos trabalham com o ativo no planeamento da de EFP e conselheiros trabalha eficazmente para para identificar as compe- serviço de aconselhamento carreira dos seus alunos escolares motivam os orientar os alunos de EFP tências e caracte- em cooperação para alunos para

designar os alunos de EFP terem uma boa carreira no futuro em a efetuarem o planeamento rísticas dos alunos a profissões colaboração com colegas e conselheiros escolares da carreira de EFP apropriadas

5

A maioria dos alunos considera que os serviços de aconselhamento escolares trabalham eficazmente em relação ao planeamento da carreira, com uma ligação entre estes serviços e os formadores.

88

Formações para alunos/professores/formadores de EFP

Formações para o EFP

20

15

10

5

0

Alunos de EFP têm Alunos de EFP participam Os professores orga- Alunos de EFP partici- Professores e formadores

formações durante em cursos especiais no nizam cursos para pam em projetos da de EFP motivam os alunos o ano organizadas campo das suas alunos e professores UE e em intercâmbios de EFP nos seus futuros pela direção da profissões (por de EFP durante os escola e exemplo, soldadores fins-de-semana (por planos de carreira professores podem ter um curso exemplo, cursos de de soldagem a laser) TI, AutoCad, etc)

5

Analisando o gráfico da formação para alunos/professores, a maioria dos alunos considera muito importante que os professores e formadores de EFP os motivem nos seus futuros planos de carreira. É também importante que os alunos recebam a formação organizada pela escola, embora dêem menos importância à formação dada durante o fim-de-semana.

A participação nos projetos Europeus e o intercâmbio é também importante para eles.

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INQUÉRITO PARA PROFESSORES E FORMADORES DE EFP

Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho

Inquérito ao Emprego

Professores e Professores e Fazem pesquisas Conhecem as necessi- Há uma falha de formadorers têm formadores e investigações para dades da communicação uma boa colaboram sempre ver as necessidades mão-de-obra entre comunicação com com a direção da o mercado de escola e com os seus do mercado de empregadores trabalho e colegas para empregadores encontrar soluções trabalho e funcionários

5

Em relação ao inquérito sobre o emprego/análise do mercado, os professores consideram a comunicação entre eles e as direções das escolas como muito importantes para encontrarem soluções para os alunos. Quase todos os professores estão cientes das necessidades do mercado de trabalho. Comunicação entre as escolas, professores e mercado de trabalho é também importante para eles, embora considerem que esta comunicação nem sempre é eficaz.

90

As necessidades do Currículo do EFP

As necessidades do Currículo do EFP

Existe uma falta de As limitações do Professores/formadores A estrutura do O currículo permite conexão entre currículo requerem podem partilhar fa- currículo limita a aos alunos de EFP de currículo de EFP e que os aprendizes e cilmente os problemas conexão entre educação efetuar os seus mercado de trabalho os professores sobre currículo de formal e o mercado estágios adequadamente obtenham qualificações EFP com a direção da de trabalho em órgãos privados e necessárias nas suas k escola públicos profissões em relação ao mercado de trabalho 5

De acordo com esta análise, podemos concluir que os planos curriculares têm alguma ligação com o mercado de trabalho, contudo vão ter que ser revistos.

No geral, os formadores consideram vital que o currículo possa permitir a aquisição de competências para o desempenho das suas funções no mercado de trabalho.

Todos os formadores também consideram muito importante a comunicação entre eles e a direção da escola para partilhar dúvidas e experiências.

91

As necessidades dos alunos de EFP

As necessidades dos alunos de EFP

Os professores e forma- Os alunos não têm Os professores Os professores Os alunos de EFP têm dores informam os conhecimentos usam questionários usam materiais alunos de EFP no seu suficientes sobre e documentos aca- para identificar as materiais programas e démicos para necessidades dos suficientes para ______identificar as alunos de EFP concluir cursos ______necessidades dos alunos durante a sua práticos ______de EFP educação formal

5

Os professores consideram que usam documentos e materiais específicos para identificar as necessidades dos alunos ao longo do processo de aprendizagem, também reconhecem que é muito importante fornecer a clarificação necessária aos alunos no primeiro ano. Para os professores, as escolas têm todos os materiais necessários para desenvolverem atividades práticas.

92

Planeamento da Carreira

Planeamento da Carreira

O serviço de aconselha- Os conselheiros esco- Os professores de EFP Os professores têm Professores/formadores mento escolar é muito lares têm testes para trabalham em colaboração um papel ativo no pla- de EFP podem facilmente

eficaz para orientar identificar as com o serviço de aconse- neamento da carreira usar os serviços de

os alunos competências e carac- lhamento para designar dos seus alunos de aconselhamento em

os alunos de EFP a colaboração com os profissões apropriadas colegas e com o con-

selheiro escolar

5

Todos os professores relatam que existe uma boa articulação e comunicação entre todos os interlocutores (serviço de aconselhamento / psicólogos / professores) para o planeamento da carreira dos alunos, considerando estes serviços como muito importantes para o seu sucesso.

93

Formações para alunos/professores/formadores de EFP

Professores e Professores de A direção escolar Professores e Professores e formadores de EFP EFP participam em organiza cursos formadores de formadores têm um número cursos especiais para alunos e EFP participam em acompanham suficiente de no campo das professores de projetos da UE e as técnicas formações em suas profissões EFP (por exemplo, em intercâmbios modernas e exercício durante o (por exemplo, cursos de TI, inovações nos ano organizado soldadores podem AutoCad, etc) seus campos pelo Ministério da ter um curso de Educação Nacional soldagem a laser) e Direcção 5 Provincial da Educação Nacional

A maioria dos professores considera que têm um número significativo de aulas práticas ao longo do ano letivo, sendo muito importante a aplicação de novas técnicas e novas metodologias nas atividades de ensino. Também consideram importante a participação nos projetos internacionais. Sobre a participação nos cursos especiais as respostas não foram consensuais.

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INQUÉRITO PARA DIRETORES DE EFP E DIRETORES ESCOLARES

Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho

Inquérito ao Emprego

Diretores pesquisam Diretores escolares Existe uma forte Diretores recolhem Diretores escolares regularmente dados colaboram com as necessidades do comunicam com as comunicação das pequenas professores e empresas sobre as formadores de EFP entre empregadores necessidades e para encontrar as inovações do mercado soluções e diretores de trabalho

5

Diretores/coordenadores consideram importante a comunicação entre as empresas e a escola, mencionam que conhecem as necessidades do mercado de trabalho, assim como a importância de pesquisar as necessidades do mercado.

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As necessidades do Currículo do EFP

As necessidades do Currículo do EFP

6 5 4 3 2 1

0

Não há uma ligação O currículo limita alunos Professores e formadores O currículo é inde- As aulas práticas, entre currículo e professores de EFP podem partilhar facil- pendente do mercado práticas de oficina, ob- de EFP e mercado na obtenção de mente problemas sobre de trabalho servações e práticas de trabalho currículo de EFP com a comerciais reais são

necessárias nas suas suficientes para profissões alunos de EFP

5

De acordo com esta análise, podemos concluir que os planos curriculares têm alguma ligação ao mercado de trabalho, contudo vão ter que ser revistos.

As aulas práticas e os estágios são adaptados e são importantes nos programas curriculares.

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As necessidades dos alunos de EFP

As necessidades dos alunos de EFP

5

4

3

2

1 Os alunos não Os alunos não Existe uma falta O currículo limita os Eles não têm os pesquisam conhecem os de tecnologia nas alunos de EFP na materiais exigidos sobre escolas programas de EFP oficinas obtenção das nas oficinas para a de EFP até começarem a qualificações prática sua educação em necessárias para as escolas de EFP suas profissões futuras 5

Os diretores consideram que os alunos têm alguma informação sobre escolas e programas de cursos, contudo isto não é suficiente.

Para o desenvolvimento de aulas práticas, embora existam recursos tecnológicos suficientes, estes poderiam ser melhorados.

É consensual que os programas curriculares visam a aquisição das competências necessárias para o mercado de trabalho.

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Planeamento da Carreira

Planeamento da Carreira

O serviço de Os conselheiros Os professores de EFP Existem atividades de Os alunos de EFP po- trabalham em aconselhamento es- escolares têm testes conjunto com o aconselhamento su- dem muito facilmente colar é muito efi- para identificar as serviço de ficientes nas usar serviços de caz para alunos competências e ca- aconselhamento para designar as profissões escolas aconselhamento apropriadas para os alunos de EFP

5

Os diretores de EFP e os diretores escolares consideram os serviços de apoio e de orientação prestados nas escolas como muito importantes para o planeamento da carreira, com uma verdadeira coordenação entre os serviços, os professores e a direção das escolas.

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Formações para alunos/professores/formadores de EFP

Formações para o EFP

Professores e for- Alunos de EFP têm A direção escolar Professores e for- Professores e for-

madores de EFP têm cursos especiais nas organiza cursos para madores de EFP cola- madores de EFP um número suficiente suas profissões (por alunos e professores boram com os colegas acompanham as de formações em exemplo, soldadores de EFP (por exemplo, serviço durante o podem ter um curso cursos de TI, de diferentes técnicas modernas AutoCad, etc) e inovações nas

suas áreas

5

Os diretores de EFP e os diretores escolares consideram que os professores têm a formação necessária durante o ano e que usam métodos e estratégias inovadoras.

Cursos para professores e alunos têm uma importância mediana.

Conclusão

Com a aplicação dos inquéritos podemos concluir que os alunos estão informados sobre as necessidades do mercado de trabalho assim como sobre os planos curriculares, todos consideram o planeamento da carreira como importante e que os serviços de aconselhamento escolares trabalham eficazmente.

Contudo, foi unânime entre os formadores, diretores de EFP e diretores escolares que os programas deviam ser revistos.

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CAPÍTULO 7

RESULTADOS DOS INQUÉRITOS E QUESTIONÁRIOS: A Situação Atual da Espanha

100

101

102

A Situação Atual daTurquia

103

104

105

A Situação Atual da Itália com Gráficos

106

107

108

109

110

CAPÍTULO 8

MUDANDO VIDAS, ABRINDO MENTES

Através do Erasmus+ as organizações podem permitir que os alunos e os funcionários persigam oportunidades estimulantes de aprendizagem na Europa.

Os participantes vão adquirir competências para a vida valiosas e experiência internacional para ajudá- los a desenvolver pessoalmente, profissionalmente e academicamente.

Para além de aumentar as competências e a empregabilidade dos participantes, o programa também vai ajudar a modernizar o setor de EFP na Europa e melhorar a educação internacional do ensino e formação.

Fatores e valores chave

Ao longo da sua existência, o Erasmus+ tem um orçamento geral de 14.7 bilhões de Euros para o desenvolvimento de conhecimentos e competências. Uma percentagem deste orçamento é alocado à prestação de financiamento para projetos de ensino e formação profissional (EFP).

Com este financiamento, até 2020, a União Europeia visa apoiar:

 800.000 professores, formadores, pessoal docente e não docente, e jovens trabalhadores para ensinar ou ter formação no estrangeiro;  25.000 parcerias, envolvendo 125.000 organizações, para implementar iniciativas conjuntas e promover a troca de experiências e de conhecimento e ligações com o mundo do trabalho;  650.000 aprendizagens vocacionais ou estágios no estrangeiro. O que posso fazer?

Existe uma variedade de diferentes fluxos de financiamento disponíveis sob o Erasmus+ para os quais as organizações Europeias envolvidas no ensino e formação profissional (EFP) podem candidatar-se.

Financiamento do EFP é dividido em duas áreas principais:

 Financiamento para alunos e Pessoal de EFP Esta atividade é denominada Ação-Chave 1 do Erasmus+.  Financiamento de Parcerias Estratégicas para organizações desenvolverem provisões através do trabalho em parceria Isto é denominado Ação-Chave 2 do Erasmus+.

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Mobilidade para alunos do EFP

Ensinar ou ter formação no estrangeiro

Se trabalha ou estuda no EFP, a Ação-Chave 1 é o fluxo de financiamento que lhe interessa como indivíduo. É sobre mobilidade, o que significa que vai passar tempo no estrangeiro. Projetos de mobilidade podem incluir um ou mais dos seguintes: mobilidade do aluno ou mobilidade do Pessoal (funcionários). No geral, os projetos duram entre 1 a 2 anos, mas uma ativididade de mobilidade pode variar baseada nos tipos de projetos. O objetivo da Ação-Chave 1 é o de financiar oportunidades para indivíduos poderem melhorar as suas competências, aumentar a sua empregabilidade e obter sensibilização cultural. Os projetos de mobilidade são internacionais, e por isso devem envolver pelo menos duas organizações – a sua própria organização e a(s) organização(ões) no estrangeiro. Recentes graduados de uma escola de EFP ou de empresas, tais como antigos estagiários, podem também participar nos projetos de mobilidade, desde que a colocação da formação Erasmus+ ocorra no espaço de um ano após a graduação. Uma atividade de mobilidade do aluno de EFP é um estágio no estrangeiro. A duração do estágio pode ir de 2 semanas a 12 meses.

Tipos de mobilidade do Pessoal de EFP inclui:

 Tarefas de ensino/formação para o Pessoal de escolas de EFP ensinarem numa escola de EFP parceira no estrangeiro;  Formação do Pessoal de EFP onde desempenham uma colocação de trabalho ou um período de observação numa empresa ou noutra organização de EFP no estrangeiro;  As atividades de mobilidade do pessoal podem durar de 2 dias a 2 meses, excluíndo o tempo de viagem. No caso das tarefas de ensino e formação, pessoal das empresas, do setor público e/ou de organizações da sociedade podem também participar;  Para o financiamento de ambos os tipos de mobilidade as organizações fazem a sua candidatura, já que as subvenções não estão disponíveis diretamente para indivíduos.

Financiamento

Uma subvenção Erasmus+ é destinada a contribuir para os custos de um projeto e pode não cobrir o custo total. O financiamento virá na forma de um custo unitário ou (uma percentagem) de um custo real. Poderá receber o seguinte financiamento por participante:

 Viagem – contribuição para os custos das viagens dos participantes, incluindo pessoas que os acompanham, do lugar de origem ao local da atividade, e o regresso consequente.  Apoio organizacional – custos ligados à implementação das atividades de mobilidade, tal como a preparação, o monitoramento e o apoio dos participantes durante a mobilidade.

112

 Apoio individual – ligado aos custos para a alimentação e o alojamento para os participantes e pessoas que os acompanham.  Apoio para necessidades especiais – montantes adicionais específicos para participantes ou pessoas que os acompanham com uma deficiência ou necessidade específica.  Custos excepcionais – custos adicionais para apoiar a participação de alunos com menos oportunidades.

Recursos online

Para antes, durante e após o seu projeto Erasmus+, existe uma riqueza de informação e recursos online gratuitos para o seu apoio.

Europass – O Europass ajuda os indivíduos a tornarem as suas competências e qualificações claras e fáceis de compreender em toda a Europa. Isto é feito através de documentos de acesso gratuito completados pelo indivíduo e de documentos incluíndo certificados emitidos por autoridades de ensino e de formação. www.europass.cedefop.europa.eu

Online Linguistic Support – O Apoio Linguístico Online (OLS) do Erasmus+ foi criado para prestar avaliações linguísticas e cursos para participantes do Erasmus+ e visa melhorar os seus conhecimentos da língua com a qual vão trabalhar, estudar ou fazer voluntariado no estrangeiro para que possam tirar o máximo proveito desta experiência. erasmusplusols.eu/

ECVET – O Sistema Europeu de Créditos do Ensino e Formação Profissionais (ECVET) é um quadro técnico para facilitar a transferência, o reconhecimento e a acumulação de resultados de aprendizagem avaliados com o objetivo de obter uma qualificação. www.ecvet-toolkit.eu/

QEQ – O Quadro Europeu de Qualificações (QEQ, ou EQF em Inglês) é uma ferramenta de

113

tradução que ajuda a comunicação e comparação entre os sistemas de qualificação na Europa. www.cedefop.europa.eu/en/events-and-projects/projects/european-qualifications-framework-eqf

EPALE – A Plataforma eletrónica para a educação de adultos na Europa é uma comunidade multilíngue aberta para professores, formadores, investigadores, académicos, responsáveis políticos e qualquer um com um papel profissional na educação adulta na Europa. ec.europa.eu/epale/en

Participar porquê?

As atividades Erasmus+ têm resultados positivos tanto para as organizações como para os membros individuais do Pessoal. A oportunidade de passar uma temporada num diferente país da Europa para um estágio, ensino, observação em contexto de trabalho ou para uma visita de parceria permite que os alunos e o Pessoal expandam os seus horizontes. Os alunos são capazes de construir competências de empregabilidade para ajudá-los a fazer a transição para o mundo do trabalho, assim como melhorar as suas habilidades interpessoais e consciência cultural.

As atividades Erasmus+ fazem com que o Pessoal se sinta valorizado. A oportunidade de passar algum tempo num país Europeu diferente significa que também regressam renovados, estimulados e mais motivados, ajudando a manter o Pessoal valorizado. O enquadramento das suas atividades Erasmus+ pode também ser ligado à própria visão estratégica da sua organização.

Testemunhos

Fizemos perguntas a 3 participantes de diferentes países sobre os Programas de mobilidade Erasmus+.

1. Benefícios da tua mobilidade? 2. Razão principal da recomendação para que os outros participem.

Цанислав Цанев (Tsanislav Tsanev) – Bulgária 1. Aumentar as minhas competências de comunicação. Ajuda o meu desenvolvimento pessoal. 2. É uma possibilidade para todos trabalharem no setor empresarial Europeu e de conhecer a cultural estrangeira em questão.

114

Veronika Racskó – Hungria 1. Tive a possibilidade de me exprimir e durante um mês tive a oportunidade de melhorar o meu nível linguístico e a minha profissão. 2. Podem conhecer pessoas e culturas extraordinárias, podem avistar paisagens incríveis e podem aprender muito sobre a vossa profissão, e também aprender uma nova língua.

Gašper Jakše – Eslovénia

1. Os benefícios da minha experiência foram definitivamente as novas experiências que tive, boas referências para a minha vida futura, fiz muitos novos amigos e aproveitei a vida em Portugal/no estrangeiro. 2. A razão principal da minha recomendação para os outros é a oportunidade de conhecer novas pessoas e uma nova cultura, que vai guardar e relembrar para sempre, lugares que não fazia ideia que existiam e o mais importante, a vida de estudante/de celebração.

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ANEXOS

INQUÉRITO PARA DIRETORES DE EFP E DIRETORES ESCOLARES EMOR - Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP com o Red Book

Por favor enumere os itens de 1 a 5 de acordo com a sua importância: 1 é a pontuação mais baixa e 5 a mais alta. Por favor assinale a casa correspondente.

A escala dos itens no inquérito 1 2 3 4 5

A. Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho 1. Diretores pesquisam as necessidades do mercado de trabalho.

2. Diretores escolares comunicam com as empresas.

3. Existe uma forte comunicação entre empregadores e diretores.

4. Diretores recolhem regularmente dados das pequenas empresas sobre as necessidades e inovações do mercado de trabalho. 5. Diretores escolares colaboram com professores e formadores de EFP para encontrar as soluções.

B. As necessidades do Currículo do EFP 1 2 3 4 5

1. Não há uma ligação entre currículo de EFP e mercado de trabalho. 2. O currículo limita alunos e professores de EFP na obtenção de qualificações necessárias nas suas profissões. 3. Professores e formadores podem partilhar facilmente problemas sobre currículo de EFP com a direção escolar. 4. O currículo é independente do mercado de trabalho.

5. As aulas práticas, práticas de oficina, observações e práticas comerciais reais são suficientes para alunos de EFP. C. As necessidades dos alunos de EFP 1 2 3 4 5

1. Os alunos não pesquisam sobre escolas de EFP.

2. Os alunos não conhecem os programas de EFP até começarem a sua educação em escolas de EFP. 3. Existe uma falta de tecnologia nas oficinas.

4. O currículo limita os alunos de EFP na obtenção das qualificações necessárias para as suas profissões futuras.

5. Eles não têm os materiais exigidos nas oficinas para a prática.

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D. Planeamento da Carreira 1 2 3 4 5

1. O serviço de aconselhamento escolar é muito eficaz para alunos. 2. Os conselheiros escolares têm testes para identificar as competências e características dos alunos. 3. Os professores de EFP trabalham em conjunto com o serviço de aconselhamento para designar as profissões apropriadas para os alunos de EFP. 4. Existem atividades de aconselhamento suficientes nas escolas.

5. Os alunos de EFP podem muito facilmente usar serviços de aconselhamento. E. Formações para alunos/professores/formadores de 1 2 3 4 5 EFP 1. Professores e formadores de EFP têm um número suficiente de formações em serviço durante o ano. 2. Alunos de EFP têm cursos especiais nas suas profissões (por exemplo, soldadores podem ter um curso de soldagem a laser). 3. A direção escolar organiza cursos para alunos e professores de EFP (por exemplo, cursos de TI, AutoCad, etc). 4. Professores e formadores de EFP colaboram com os colegas de diferentes escolas. 5. Professores e formadores de EFP acompanham as técnicas modernas e inovações nas suas áreas.

INQUÉRITO PARA PROFESSORES E FORMADORES DE EFP EMOR - Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP com o Red Book

Por favor enumere os itens de 1 a 5 de acordo com a sua importância: 1 é a pontuação mais baixa e 5 a mais alta. Por favor assinale a casa correspondente.

A escala dos itens no inquérito 1 2 3 4 5

A. Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho 1. Professores e formadorers têm uma boa comunicação com o mercado de trabalho e empregadores. 2. Professores e formadores colaboram sempre com a direção da escola e com os seus colegas para encontrar soluções. 3. Fazem pesquisas e investigações para ver as necessidades do mercado de trabalho. 4. Conhecem as necessidades da mão-de-obra.

5. Há uma falha de communicação entre empregadores e funcionários.

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B. As necessidades do Currículo do EFP 1 2 3 4 5

1. Existe uma falta de conexão entre currículo de EFP e mercado de trabalho. 2. As limitações do currículo requerem que os aprendizes e os professores obtenham qualificações necessárias nas suas profissões em relação ao mercado de trabalho. 3. Professores/formadores podem partilhar facilmente os problemas sobre currículo de EFP com a direção da escola. 4. A estrutura do currículo limita a conexão entre educação formal e o mercado de trabalho. 5. O currículo permite aos alunos de EFP de efetuar os seus estágios adequadamente em órgãos privados e públicos. C. As necessidades dos alunos de EFP 1 2 3 4 5

1. Os professores e formadores informam os alunos de EFP no seu primeiro ano no EFP. 2. Os alunos não têm conhecimentos suficientes sobre programas e profissões. 3. Os professores usam questionários e documentos académicos para identificar as necessidades dos alunos de EFP. 4. Os professores usam materiais para identificar as necessidades dos alunos de EFP durante a sua educação formal. 5. Os alunos de EFP têm materiais suficientes para concluir cursos práticos. D. Planeamento da Carreira 1 2 3 4 5

1. O serviço de aconselhamento escolar é muito eficaz para orientar os alunos. 2. Os conselheiros escolares têm testes para identificar as competências e características dos alunos. 3. Os professores de EFP trabalham em colaboração com o serviço de aconselhamento para designar os alunos de EFP a profissões apropriadas. 4. Os professores têm um papel ativo no planeamento da carreira dos seus alunos de EFP. 5. Professores/formadores de EFP podem facilmente usar os serviços de aconselhamento em colaboração com os colegas e com o conselheiro escolar. E. Formações para alunos/professores/formadores de 1 2 3 4 5 EFP 1. Professores e formadores de EFP têm um número suficiente de formações em exercício durante o ano organizado pelo Ministério da Educação Nacional e Direcção Provincial da Educação Nacional. 2. Professores de EFP participam em cursos especiais no campo das suas profissões (por exemplo, soldadores podem ter um

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curso de soldagem a laser).

3. A direção escolar organiza cursos para alunos e professores de EFP (por exemplo, cursos de TI, AutoCad, etc). 4. Professores e formadores de EFP participam em projetos da UE e em intercâmbios. 5. Professores e formadores acompanham as técnicas modernas e inovações nos seus campos.

INQUÉRITO PARA ALUNOS DE EFP EMOR - Melhorar as Oportunidades de Emprego para os Alunos de EFP com o Red Book

Por favor enumere os itens de 1 a 5 de acordo com a sua importância: 1 é a pontuação mais baixa e 5 a mais alta. Por favor assinale a casa correspondente.

A escala dos itens no inquérito 1 2 3 4 5

A. Inquérito ao Emprego/Análise do Mercado de Trabalho 1. Os alunos de EFP sabem que empregos são necessários na sua região e cidade. 2. Sabem que qualificações devem obter.

3. Fazem estágios em empresas adequadas.

4. Os alunos de EFP comunicam com alunos que trabalham em empresas. 5. Existe um serviço de aconselhamento de pares com alunos graduados. B. As necessidades do Currículo do EFP 1 2 3 4 5

1. O currículo estimula a aprendizagem dos alunos de EFP e podem obter as competências exigidas. 2. O currículo exige que alunos e professores de EFP obtenham as qualificações necessárias nas suas profissões em consideração com o mercado de trabalho. 3. Os alunos de EFP podem partilhar facilmente os problemas sobre currículo de EFP com a direção escolar e professores.

4. Há um currículo baseado no mercado de trabalho nas escolas.

5. O currículo permite aos alunos de EFP que façam o seu estágio adequadamente em órgãos públicos ou privados. C. As necessidades dos alunos de EFP 1 2 3 4 5

1. Os professores e formadores informam os alunos de EFP no seu primeiro ano no ensino profissional.

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2. Os alunos não têm conhecimentos suficientes sobre programas de EFP e profissões. 3. Os professores usam questionários e documentos académicos para identificar as necessidades dos alunos de EFP. 4. Os professores usam materiais para identificar as necessidades dos alunos de EFP durante a sua educação formal. 5. Os alunos de EFP têm materiais suficientes para concluir cursos práticos.

D. Planeamento da Carreira 1 2 3 4 5

1. O serviço de aconselhamento escolar trabalha eficazmente para orientar os alunos de EFP efetuarem o planeamento da carreira. 2. Os conselheiros escolares usam testes académicos para identificar as competências e características dos alunos de EFP. 3. Os professores de EFP trabalham com o serviço de aconselhamento em cooperação para designar os alunos de EFP a profissões apropriadas. 4. Os professores têm um papel ativo no planeamento da carreira dos seus alunos. 5. Professores/formadores de EFP e conselheiros escolares motivam os alunos para terem uma boa carreira no futuro em colaboração com colegas e conselheiros escolares. E. Formações para alunos/professores/formadores de 1 2 3 4 5 EFP 1. Alunos de EFP têm formações durante o ano organizadas pela direção da escola e professores. 2. Alunos de EFP participamem cursos especiais no campo das suas profissões (por exemplo, soldadores podem ter um curso de soldagem a laser). 3. Os professores organizam cursos para alunos e professores de EFP durante os fins-de-semana (por exemplo, cursos de TI, AutoCad, etc). 4. Alunos de EFP participam em projetos da UE e em intercâmbios. 5. Professores e formadores de EFP motivam os alunos de EFP nos seus futuros planos de carreira.

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REFERÊNCIAS:

Cedefop ReferNet Italy (2014). Vocational and Education and Training in Italy, 2014

ISFOL (2013b). Qualità e accreditamento: analisi comparata tra i dispositivi di accreditamento di regioni e province autonome e la raccomandazione europea EQAVET [Quality and accreditation: comparative analysis of the accreditation systems of regions and autonomous provinces and the

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Indire, National Institute for Documentation, Innovation and Educational Research (Istituto Nationale di Documentazione, Innovazione e Ricerca Educativa). http://www.indire.it

Fana, Guarascio Cirillo (2015) ― Labour market reforms in Italy: evaluating the effects of the Jobs Act‖ Institut d‘Etudes Politiques de Paris, Sant‘Anna School of Advanced Studies, Pisa

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Gasparri, Tassinari (2016) ―Labour Market Reforms in Italy in the Aftermath of the 2008 Crisis‖ Council for European Studies

Cirillo Pianta Nascia, (2015). "The Shaping of Skills:Wages, Education, Innovation," Working Papers 1505, University of Urbino Carlo Bo, Department of Economics, Society & Politics - Scientific Committee - L. Stefanini & G. Travaglini, revised 2015.

- Coface Country Risk (september 2016) - ―ECONOMIC STUDIES drawn up on the basis of macroeconomic, financial and political data‖

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http://www.cedefop.europa.eu/en/news-and-press/news/guiding-principles-professional-development- trainers-vet http://www.cedefop.europa.eu/en/publications-and-resources/country-reports/teachers-and-trainers http://ec.europa.eu/dgs/education_culture/repository/education/policy/strategic-framework/expert- groups/2016-2018/et-2020-group-mandates_en.pdf

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