84 WWW.MUSICADAPRIMAVERA.PT NOTA DE ABERTURA

Os sons da Primavera

Pelo 11.º ano consecutivo a música chega com a luz da estação a Viseu. Mais uma vez o Festival Internacional de Música da Primavera ilumina e aquece a cidade-jardim. Viseu é convidada a fazer uma imersão musical e a transportar-se na liberdade da música contagiando todas as Gerações, dos mais novos e os mais séniores. A preocupação com a pedagogia musical e o levar a música a lugares tão diversos como os nossos lares ou o nosso estabelecimento prisional, espelha uma preocupação inclusiva na génese do festival, e corporiza Viseu com a sua forma de ser e estar Beirã. Erudito, inclusivo e internacional. É esta a tríade que anualmente faz os nossos corações baterem de forma compassada. Este ano regressam as guitarras que vão ser dedilhadas efusivamente na saudável disputa pelo prémio do Concurso Internacional de Guitarra Clássica. Mas marcam também os concertos, os workshops e as estreias das músicas feitas propositadamente para esta festa. Uma celebração que junta as várias artes elevando o património e homenageando a cultura da cidade-região. Embora alargado a todos os monumentos e espaços, o Conserva- tório de Viseu continuará a ser a casa-mãe. Estou seguro de que os seus alunos, professores e familiares, mais uma vez, saberão mostrar aos músicos nacionais e internacionais a boa maneira beirã de receber. Em Viseu ao chilrear dos pássaros junta-se o festival e ambos estão já consagrados como os sons municipais da Primavera! Bem Hajam por mais esta realização, convido-os a desfrutarem deste vasto e qualificado programa

Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu

3 DIRETOR DO FESTIVAL

11.o Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu

Com a chegada do mês de abril, chega também a de qualidade a diferenciados públicos, que por grande música à cidade de Viseu. diferentes motivos poderão não ter acesso à “grande música”. Todos os anos, na Primavera, Viseu conta com alguns dos grandes nomes mundiais da música nos Com o Concurso Internacional, nas áreas da seus palcos. Poderemos assistir a grandes concer- guitarra e do piano, colocámos Viseu no mapa tos que prometem momentos inesquecíveis em dos grandes concursos de projeção internacional. lugares tão diversos da nossa cidade como o Teatro Depois do sucesso que foram as primeiras edi- Viriato, o Museu Nacional de Grão Vasco, a Aula ções, no presente ano seremos palco do Con- Magna do Instituto Politécnico, o Clube de Viseu, curso Internacional de Guitarra de Viseu, na sua a Catedral entre outras igrejas e palcos de Viseu. terceira edição, esperando-se a participação de Qualidade, diversidade, criação e internacionali- muitos guitarristas nacionais e internacionais de zação, são alguns dos pergaminhos do FIMPViseu, grande qualidade. apresentando-se como um dos eventos de grande O festival completa-se ainda com o 11.º Concurso relevância cultural da nossa cidade, e afirmando- de Instrumentistas do Conservatório, sendo este -se já, como um dos principais Festivais de Música um momento alto para os estudantes de música erudita do país. da cidade, que pretende destacar todos aqueles Nesta edição, a programação dá importante enfo- que merecem ver o seu trabalho reconhecido; e que à música de câmara, assim também como à também com diversas masterclasses realizadas diversidade de propostas musicais e espaços de por grandes mestres da cena musical nacional e concerto. O público poderá desfrutar de concertos internacional, destinadas a estudantes de música. que abrangem a música antiga à contemporânea, Os nossos mais sinceros agradecimentos ao instrumental, solistas, música de câmara, orques- público, aos músicos, aos mecenas e a todas as tral, coral sinfónica, música elaborada e/ou exe- entidades que apoiam o FIMPViseu. cutada com computador, o cruzamento da música com outras artes, tal como com a apresentação Um agradecimento especial ao Município de de uma ópera cómica, e a estreia mundial de 7 Viseu, nas pessoas do Sr. Presidente da Câmara obras, das quais 4 são encomendas do FIMPViseu. Municipal de Viseu Dr. Almeida Henriques e do Sr. Vereador da Cultura Dr. Jorge Sobrado, por, A formação de públicos continua a ser uma von- mais uma vez, apoiarem e acompanharem este tade do festival, que mostrará a música em forma importante evento para a nossa cidade. de concertos pedagógicos a centenas de crianças de várias escolas do 1.º ciclo da cidade, institui- O convite está lançado, esperamos por todos na ções que trabalham com pessoas portadoras de nossa primavera musical. deficiências, lares de 3.ª idade, estabelecimento prisional especial de Viseu, Hospital de Viseu e O Diretor Artístico outras instituições, tornando acessível a música José Carlos Sousa

5 DO QUE É FEITO ESTE FESTIVAL?

Nesta 11.ª edição, os ramos que fazem a árvore 11.O CONCURSO DE INSTRUMENTISTAS MASTERCLASSES E WORKSHOPS convidado, como não podia deixar de ser, um deste festival continuam a crescer. Para lá de uma DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE VISEU júri internacional, afinal estão em competição programação vasta de concertos, 18 no total, que 7 Abril – Órgão – João Paulo Janeiro DR. JOSÉ DE AZEREDO PERDIGÃO 13.500€ em prémios. O público, para além do se irão espalhar por 11 salas diferentes, o Festival 7 Abril – Percussão – Mário Teixeira deleite de assistir a estes concertos, terá ainda continua a apostar em atividades complementares. Realizaram-se já as provas finais deste concurso 12 Abril – Odair Assad, Sérgio Assad uma palavra a dizer sobre o seu favorito, a quem O objetivo é trazer mais para a cidade, promo- onde participaram cerca de 500 alunos inscritos e Françoise-Emmanuelle Denis atribuirá, por voto maioritário, um prémio em vendo concertos pedagógicos, masterclasses, no Conservatório de Música de Viseu. Os ven- 13 Abril – Violino – João Mendes seu nome. workshops e concursos. cedores atuarão no Concerto de Laureados, a 13 Abril – Violoncelo – Ricardo Mota realizar-se no Forum Viseu a meio do mês, dia 21 Abril – Flauta – Monika Streitová 15 de Abril. 21 Abril – Guitarra – Pedro Rodrigues 28 Abril – Guitarra – Dejan Ivanovich Entre os vários escalões etários e áreas instru- PRÉMIOS CONCERTOS PEDAGÓGICOS mentais, são cerca de 80 os distinguidos, seja com 1.º Prémio – 8.000€ Pelas mais variadas razões, há alturas em que Prémios, seja com Menções Honrosas. O trabalho E ainda um concerto no 12.º Festival de Música da Prima- a música deve ir ao encontro das pessoas e não realizado ao longo do ano claramente compensou vera – Viseu (2019); Um concerto no Festival de Guitarra o contrário. Os concertos pedagógicos servem e não podíamos deixar de o reconhecer. 3.O CONCURSO INTERNACIONAL J. K. Mertz – Bratislava, Eslováquia (2019);Um concerto precisamente esse propósito. DE GUITARRA DE VISEU no Festival de la guitarra de Sevilla – Sevilha, Espanha Direcionados a públicos muito específicos, pro- (2019) e um concerto no Festival Guitar´essonne – Paris, A primeira edição realizou-se em 2014 e Xavier curam demonstrar a importância da música, des- França (2019). Jara, dos Estados Unidos da América, venceu o construir a sua criação e satisfazer curiosidades. primeiro lugar. Nesse ano, o prémio do público FORMAÇÃO 2.º Prémio – 3.000€ Este ano iremos realizar 20 concertos noutros e em terceiro classificado ficou Marko Topchii 3.º Prémio – 1.500€ tantos lugares, nomeadamente: Escola Massorim, Este ano, entre 7 e 28 de Abril, teremos 8 que regressou da Ucrânia, em 2016, para subir Prémio do Público – 500€ Escola da Avenida, Escola da Ribeira, Escola S. workshops e masterclasses – desde o Órgão a novamente ao pódio, mas ficando-se pelo segundo Prémio para o Melhor Português – 500€ Miguel, Escola Marzovelos, Escola Bairro Muni- Guitarra – no total de 6 instrumentos e técnicas. lugar. O primeiro prémio foi ganho pelo italiano cipal, Escola Vildemoinhos, Escola S. Salvador, Com formadores de talento internacional, esta Davide Giovanni Tomasi. Escola S. Martinho de Orgens, Escola de S. Tiago, será uma bela oportunidade de enriquecimento Em 2018, espera-se novamente uma competição Escola Aquilino Ribeiro, Escola Cavernães e Escola e aprendizagem para todos os inscritos. muito renhida entre alguns dos melhores guitarris- do Mundão, Escola Mestre Arnaldo Malho, Escola Pretendemos com esta oferta proporcionar aos tas desta nova geração em todo o mundo. A partir Rolando Oliveira, APPACDM, Lar Viscondessa S. participantes o contacto com diferentes metodolo- de dia 26 de Abril disputam-se várias eliminatórias Caetano, Infantário As Sementinhas, Estabele- gias de trabalho e fomentar a troca de experiência até reduzirmos os participantes a três. Esses irão cimento Prisional de Viseu, Pediatria Hospital entre formando e formador. subir ao palco no espetáculo de encerramento do Viseu. Contamos assim alcançar cerca de 2.000 Festival para mostrar do que são capazes perante ouvintes de todas as idades nestes vários contextos Estas atividades destinam-se a todos os músicos o nosso público. Para decidir as eliminatórias foi e espaços. desde o alunos do Curso Básico a Profissionais.

6 7 PROGRAMA

ABRIL HORA CONCERTO LOCAL ABRIL HORA CONCERTO LOCAL

Orquestra Filarmonia das Beiras com Concerto de Laureados do 11.º Concurso Igreja Nova 15h00 Forum Viseu 06 SEX. 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu 15 DOM. de Instrumentistas do Conservatório 17h00

Mónika Streitová (SVK) Museu Nacional Mário Laginha e Pedro Burmester Teatro Viriato 07 SÁB. 21h00 20 SEX. 21h00 e Pedro Rodrigues (Estreia Mundial) Grão Vasco

1P. Dong Jun Miao (CHN) Junko Takayama (EUA/JPN), Câmara Municipal Igreja da Misericórdia 2P. Ana M. Pinto, Anícia Costa, 08 DOM. 17h00 Cristina Rosário, João Janeiro 21 SÁB. 21h00 de Viseu Svitlana Kocheleva (UKR)

Orquestra Juvenil de Viseu Instituto Politécnico Mário Teixeira Clube de Viseu com Coro Misto do Conservatório 11 QUA. 19h00 22 DOM. 17h00 de Viseu, Aula Magna e Elisabete Matos

5G5C - Portugal Guitar Quintet Clube de Viseu Quarteto Contratempus Teatro Viriato 21h00 24 TER. 21h00

Concerto de Professores do Carlos Canhoto Clube de Viseu Hotel Grão Vasco 12 QUI. 19h00 25 QUA. 17h00 Conservatório de Música de Viseu

João Roiz Ensemble, 1P. Ricardo Leitão Pedro Museu Nacional Clube de Viseu 21h00 António Rosado, Carisa Marcelino 26 QUI. 21h00 2P. Martin Krajčo (SVK), Radka Krajčová (SVK) Grão Vasco

Instituto Politécnico Duo Assad (BRA) Orquestra XXI e Coro Gulbenkian Sé de Viseu 13 SEX. 21h00 de Viseu, Aula Magna 27 SEX. 21h00

Orquestra Filarmónica Portuguesa Final do 3.º Concurso Pavilhão Multiusos Teatro Viriato 14 SÁB. 21h00 com Pavel Milyukov (RUS) 28 SÁB. 21h00 Internacional de Guitarra de Viseu

BILHETES PREÇOS É necessário ter bilhete para qualquer concerto, PÚBLICO EM GERAL: 5€ gratuito ou não, de forma a garantir um lugar. PÚBLICO AFETO AO CONSERVATÓRIO: 2,5€ PREÇO ÚNICO: 5€ Os bilhetes podem ser adquiridos no Conserva- GRATUITO tório Regional de Música de Viseu Dr. José de Azeredo Perdigão ou no Teatro Viriato para os concertos que se realizam nesse espaço. MECENAS

ENTRADA Orquestra Filarmonia das Beiras com 06 Abril Igreja Nova 06 Abril sex. / 21h00 GRATUITA sex. / 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu

Concerto de Abertura nis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS direção de orquestra, etc.). Também sob estes prin- Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliak- COM QUARTETO DE GUITARRAS DE VISEU cípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera sandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix diversas (infantil, de repertório ou portuguesa). Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Do seu vasto histórico de concertos constam parti- Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel cipações nos principais Festivais de Música do país Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jor- (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, dão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky e Valerian Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Shiukaschvili, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro de Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Interna- Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Frei- cional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra tas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, residente, em 2007) ou importantes cooperações Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano e co-produções com outros organismos artísticos. Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, São estes os casos de espetáculos no Coliseu de Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Cor- Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos velo ou José Carreras, sendo que dois concertos Promenade); da interpretação da música de Ber- realizados, em 2009, com este conceituadíssimo nardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Lei- tenor constituirão, com toda a certeza, um marco tão de Barros, desde 2001; da execução da ópera para a história desta orquestra. Simultaneamente, infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa Solistas – 4GV, Guitarra – André Cardoso, ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS tem procurado dar oportunidade à nova geração co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, António Coelho, Marco Pereira e Paula Sobral de músicos portugueses, sejam eles maestros, A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, Maestro – Cláudio Ferreira instrumentistas ou cantores. primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com sob a direção de Fernando Eldoro, o seu primeiro a Companhia Nacional de Bailado na produção dos Do repertório da OFB constam obras que vão desde diretor artístico. Criada no âmbito de um programa bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artís- governamental para a constituição de uma rede de encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O tica dado particular importância à interpretação de PROGRAMA orquestras regionais, tem como fundadores diver- Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob música portuguesa, quer ao nível da recuperação sas instituições e municípios da região das beiras, a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi do património musical, quer à execução de obras L. BEETHOVEN (1770-1827) associados da Associação Musical das Beiras, que convidada a apresentar a banda sonora do cine- dos principais compositores do século XX e XXI. Aí “Egmont”, Abertura tutela a orquestra. -concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, uma se incluem estreias de obras e primeiras audições estreia em Portugal. Este espetáculo faz parte da modernas de obras de compositores dos Séculos A OFB é composta por 23 músicos de cordas de série de filmes-concerto Harry Potter, promovida XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia J. RODRIGO (1901-1999) diversas nacionalidades com uma média etária pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer fazem parte orquestrações do compositor João “Concierto Andaluz” para quatro guitarras e orquestra jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente Products, numa digressão global em celebração Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa I. Tiempo de Bolero pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada dos filmes de Harry Potter. Este cine-concerto foi para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi II. Adagio-Allegro-Adagio por princípios de promoção e desenvolvimento dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks. e as 3.ª e 4.ª Sinfonias de António Victorino d’ III. Allegretto-Allegro-Allegretto da cultura musical, através de ações de captação, Almeida, sob a direção do próprio (2009). Outras formação e fidelização de públicos e de apoio na Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regular- áreas musicais como a música para filmes ou o L. BEETHOVEN (1770-1827) formação profissionalizante de jovens músicos, mente dirigida por alguns maestros estrangeiros e teatro musical são também incluídas, de forma Sinfonia n.º 5 em Dó menor, Op. 67 democratizando e descentralizando a oferta cul- pelos mais conceituados maestros em atividade em a chegar ecleticamente ao público, através da I. Allegro con brio tural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além Portugal e tem colaborado com músicos de grande colaboração com diversos artistas do panorama II. Andante con moto de desenvolver frequentes e constantes atividades prestígio nacional e internacional, de onde se desta- nacional onde se incluem Maria João, Mário III. Allegro pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juve- cam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov IV. Allegro-Presto Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David

10 11 06 Abril Orquestra Filarmonia das Beiras com 06 Abril Orquestra Filarmonia das Beiras com sex. / 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu sex. / 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu

Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, fessor de naipe, com a Orquestra Clássica de guitarra clássica e, através dela, foram criando Sobral e Christopher Lyall. Mais tarde ingressou Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Espinho. Foi maestro titular da banda Sociedade laços de cumplicidade profissional e pessoal. A na Universidade de Aveiro, na Licenciatura em Canossa, Nancy Vieira, Paulo Flores, Rui Reininho, Musical Cultura e Recreio de Paços de Vilha- procura incessante de novos objetivos e desa- Ensino de Música, Guitarra Clássica. Teve como Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss rigues, Banda União Musical Pessegueirense e fios, assim como a vontade de fazer e partilhar professores Josef Zsapka e Paulo Vaz de Carva- AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso ou Filarmónica de Santa Comba Dão. No momento música, propiciou a criação deste grupo de lho; estudou ainda com António Chagas Rosa, James. Estrutura Financiada pelo Ministério da encontra-se a aperfeiçoar a sua técnica de dire- câmara que conta já com diversos concertos Fausto Neves e Helena Marinho. Participou em Cultura / Direção-Geral das Artes. ção com o maestro Pedro Neves. em vários locais do país. cursos orientados por Timothy Walker, Olga Prats, Betho Davezac, Roberto Aussel, Carlo Marchione Atualmente é o maestro responsável pelos está- Os quatro músicos fizeram a sua caminhada peda- e Judicael Perroy. gios de orquestra que os municípios de Trancoso, gógica tornando-se diplomados por escolas supe- Mêda, Moimenta da Beira e Aguiar da Beira orga- riores, mantendo sempre, de forma constante, Tem-se apresentado regularmente por todo o nizam conjuntamente. Tem vindo a dirigir um o contacto com os grandes nomes da guitarra país e estrangeiro, com diferentes músicos e número crescente de concertos em importantes atual através dos mais diversos cursos de aperfei- projetos, a solo e em agrupamentos de música locais e salas – Viseu, Açores, Lisboa, Porto (Casa çoamento e masterclasses ministrados por Carlo de câmara, cruzando-se com outros instrumentos da Música), Salamanca, Moçambique (Maputo), Marchione, Judicael Perroy, Fábio Zanon, Roland além da Guitarra como flauta transversal, violino, entre outros. É regularmente convidado para Dyens, Roberto Aussel, entre muitos outros. contrabaixo, acordeão, saxofone, canto, piano, orientar estágios de orquestra e banda. Para a guitarra portuguesa… Gravou para a Antena 2 no O repertório apresentado tem-se vindo a tornar-se presente temporada, tem agendados 27 con- “Síntese” – Festival de música contemporânea cada vez mais rico e variado, indo ao encontro (e certos com diferentes orquestras escolares e da Guarda. É um dos membros do Quarteto de tendo como principal preocupação) de uma panó- profissionais. Dirigiu, como maestro convidado, Guitarras de Viseu. plia de gostos musicais abrangentes que corrobo- a Orquestra Filarmonia das Beiras e a orquestra e ram e culminam num repertório eclético que não Foi solista, com a Orquestra Filarmonia das Beiras, coro do Projeto Xiquitsi em Maputo. É o maestro CLÁUDIO FERREIRA se extingue na interpretação dos grandes nomes interpretando um Concerto de Joaquin Rodrigo titular da Orquestra Juvenil de Viseu e Docente do erudito, mas que passa também por obras de no 1.º Festival de Música de Viseu. Tocou no Cláudio Pais Ferreira iniciou os estudos musicais no Conservatório Regional de Música, Dr. José compositores contemporâneos e do mundo. Ao 10.º Concurso e Festival Internacional de Gui- na Banda Bingre Canelense, prosseguindo a sua de Azeredo Perdigão. longo da sua evolução, o 4GV reserva para si um tarra Clássica de Sernancelhe com o Octeto de formação em trombone no Conservatório de grande número de arranjos e transcrições únicas Guitarras “Acorde Ensemble”. Participou em varia- Música de Aveiro. Terminou o curso de Instru- e pessoais que partilha com o seu público. das obras teatrais como compositor, intérprete mentista de Sopro na ARTAVE. Licenciou-se em e também como ator. Tocou com a Orquestra Trombone e concluiu um Mestrado em Pedago- Clássica do Centro. Ganhou com o grupo “A Pre- gia do Instrumento, um Mestrado em Teoria e sença das Formigas” o Prémio Zeca Afonso no Formação Musical e um Mestrado em Direção Festival Cantar Abril em Almada 2009. Lecionou pela Universidade de Aveiro com o maestro Ernst em variadas escolas entre as quais a Riff-Aveiro, Schelle. No âmbito deste último Mestrado, sob Academia de Música de Lamego, Conservatório orientação do maestro António Vassalo Lourenço, da Guarda e no Conservatório de Águeda. Desde editou a obra Suite Africana de Frederico de 2004, que é docente de Guitarra Clássica no Freitas, a publicar pela AvA Musical Editions. Conservatório Regional de Música Dr. Azeredo Trabalhou com pedagogos e maestros de renome Perdigão em Viseu. – entre os quais Severo Martinez, António Santos, Jarrett Butler, Hugo Assunção, Ricardo Casero, 4GV – QUARTETO DE GUITARRAS DE VISEU Jon Etterbeck, António Saiote, Christopher Bochmann, Jean-Sábastien Béreau, Alberto André Cardoso, António Coelho, Marco Pereira Roque, Pascual Vilaplana e Jean-Marc Burfin e Paula Sobral são os quatro guitarristas que ANDRÉ FILIPE RAMOS CARDOSO – e colaborou com diversas orquestras, nomea- constituem o Quarteto de Guitarras de Viseu. Nasceu em Coimbra em 1980. Frequentou o Con- damente a Orquestra Clássica da Madeira e a Estes quatro músicos, oriundos de diferentes servatório Regional de Música de Viseu onde estu- Orquestra do Algarve. Colaborou, como pro- localidades, uniram-se graças ao seu amor pela dou Guitarra Clássica com os Professores Paula

12 13 06 Abril Orquestra Filarmonia das Beiras com 06 Abril Orquestra Filarmonia das Beiras com sex. / 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu sex. / 21h00 Quarteto de Guitarras de Viseu

Tem participado em produções musicais orien- como concertista, participou em vários outros de Viseu, onde estudou Guitarra com Luís Lapa tadas pela Associação “Contracanto”, em con- eventos fazendo parceria com diversas institui- e Christopher Lyall. Em 1994, iniciou o curso junto com a Orquestra Poema e demais músicos ções entre as quais a ARTENAVE, ZUNZUM, Licenciatura em Ensino da Música na Universidade adjacentes; apresenta-se numa vertente bastante ADVB, LIONSCLUB. Foi músico convidado na de Aveiro, na área de Guitarra Clássica, sob a eclética abraçando diferentes estilos musicais comemoração do 30.º Aniversário do Instituto orientação de Paulo Vaz de Carvalho. entre o Jazz e a Pop. É membro integrante do Piaget (2008). Tocou na 13.º Sessão Nacional do Posteriormente continuou o estudo do instru- Quarteto de Guitarras de Viseu onde toca assi- Parlamento Europeu dos Jovens, Euro-Concerto mento com o guitarrista Jozef Zsapka. Conjugou duamente em palcos um pouco por toda a parte. e no evento internacional World Harmony Run o estudo da guitarra com a atividade docente no 2011. É membro da Orquestra “Guitarrofonia” Conservatório de Viseu. Participou em várias com a qual tem realizado inúmeros concertos, a masterclasses. Lecionou igualmente na Escola destacar o Concerto de encerramento do 13.º e ANTÓNIO CARLOS COELHO de Música do Colégio de S. José (Guarda) e no 14.º Festival Internacional de Guitarra Clássica de Conservatório de Seia. Atualmente leciona no Nasceu em 1989 na cidade de Viseu. Aos 11 anos Sernancelhe; Concerto em Salamanca no auditório Conservatório de Música de Viseu Dr. José de inicia o seu percurso na Música ingressando no Hospedería Fonseca; Festival da Guarda “O Elogio Azeredo Perdigão. Em 2007 concluiu o seu Mes- Conservatório Regional de Música de Viseu, Dr. da Guitarra”; Concerto no CCB no Festival 1001 trado em Música de Câmara na Universidade de José Azeredo Perdigão; encaminhou os seus estu- Músicos… com esta mesma orquestra tocou tam- Aveiro sob a orientação dos Professores Paulo Vaz dos para o Violino, instrumento no qual concluiria bém em direto para a Antena 2. Tocou em direto de Carvalho, Helena Marinho, Fausto Neves e do o curso complementar sob a coordenação da Pro- para a TVI no programa Oitavo Dia. guitarrista Odair Assad. fessora Ana Serrano; no decorrer deste trajeto, Atualmente é docente no Conservatório de Música estudou também Guitarra Clássica na classe dos Desde 1999 até 2014, conjuntamente com José de Viseu (desde 2009). Foi professor na Escola Professores André Cardoso e Paula Sobral, na Carlos Sousa, foi diretora artística do Concurso Profissional da Serra da Estrela em Seia às disci- mesma Instituição. Mais tarde prossegue a sua for- e Festival Internacional de Guitarra Clássica de plinas de Música de Câmara e Guitarra Clássica. mação no Instituto Jean Piaget licenciando-se em Sernancelhe, evento pioneiro no país. Desde 2015 MARCO ALEXANDRE PINTO PEREIRA Marca ainda presença e cruza a sua atividade com Educação Musical; paralelamente última os seus é diretora artística do Concurso Internacional de vários instrumentistas a destacar o trio de Gui- estudos complementares em Guitarra Clássica Nasceu em 1988 na cidade de Lisboa onde ini- Guitarra de Viseu, concurso inserido no Festival tarra, Piano e Canto, e o Quarteto de Guitarras de com o Professor André Madeira no Conservatório ciou os seus estudos musicais com o Professor Internacional de Música da Primavera de Viseu. Viseu onde executa repertório eclético e exclusivo de Música da cidade de Coimbra. Rogério Nunes. Mais tarde, já na cidade de Viseu com vários arranjos e transcrições do próprio. A sua atividade artística marca-se pela atuação aprofunda os seus estudos no Conservatório de Concluiu a Licenciatura em Música e recente- em música de câmara com o duo de guitarras Música na classe dos Professores Paula Sobral e mente o Mestrado em Ensino da Música, Guitarra Concentus Duo, onde toca com Manuel Tavares André Cardoso. Posteriormente, prosseguiu a sua Clássica, no Instituto Jean Piaget sob a orientação desde o ano 2000. O duo apresentou-se em várias formação no Instituto Jean Piaget onde concluiu do Doutor Augusto Pacheco e do Doutor Alexan- cidades do país, no Festival Ciclo de Guitarra a Licenciatura em Música. Alcançou em 2013, dre Andrade. Esteve presente em masterclasses Clássica de Oliveira do Bairro, Festival de Gui- o grau de Mestre sob a orientação do Doutor orientadas pelos Professores Pedro Rodrigues, tarra da Fundação António de Almeida, Festival Augusto Pacheco e do Doutor António Mota. Fábio Zanon, Carlos Bonell, Goran Krivokapic, Internacional de Sernancelhe, CCB, Festival Judicael Perroy, Artur Caldeira, Marco Tamayo, Frequentou cursos de aperfeiçoamento orienta- Internacional Guitarmania (Almada e Lisboa) e Roberto Aussel, Thibault Cauvin, entre outros. No dos pelos Professores Rafael Andia, Fábio Zanon, Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso. seu percurso estiveram também presentes outros Roland Dyens, Paulo Vaz de Carvalho, Artur Fora de Portugal marcou presença no Festival instrumentos que não só a Guitarra Clássica com Caldeira, Elena Papandreou, Margarita Escarpa, Internacional de Guitarra em Hondarribia, País os quais se cruzou e tocou em duo e em pequenos Thibault Cauvin, Goran Krivokapic, Carlos Bonell, Basco, “Guitarre-Essone” em Paris e Festival grupos de câmara. entre outros. Frequentou também workshops de Internacional de Guitarra de Palencia, Espanha. Jazz com a cantora Jacinta. Em 2014, cursou É membro do Quarteto de Guitarras de Viseu com Atualmente leciona Guitarra Clássica no Conser- com o Professor Luís Lapa Jazz e Improvisação. PAULA ALEXANDRA SILVA SOBRAL o qual tem percorrido várias salas do país em vatório de Música de Viseu e na escola profissional Marcou presença no 4.º a 8.º Encontro Nacional concertos e recitais. da Jobra. Lecionou na Academia de Música de Natural de Sernancelhe, Viseu, iniciou os seus de Guitarristas. Esteve presente no Festival de Sernancelhe e na Associação Cultural de Vouzela. estudos musicais no Conservatório de Música Música “Tom de Festa” em Tondela. Igualmente

14 15 MECENAS

Teatro ENTRADA 07 Abril 07 Abril Mário Laginha e Pedro Burmester sáb. / 21h00 Viriato 5€ sáb. / 21h00

MÁRIO LAGINHA MÁRIO LAGINHA Hannover, Orquestra Metropolitana de Lisboa o Remix Ensemble da Casa da Música, o Drumming E PEDRO BURMESTER Com uma carreira que leva já mais de duas Grupo de Percussão e a Orquestra Sinfónica do décadas, Mário Laginha é habitualmente cono- Porto. E tem tocado, em palco ou em estúdio, tado com o mundo do jazz. Mas se é verdade com músicos excepcionais como Wolfgang Muths- que os primórdios do seu percurso têm um cunho piel, Trilok Gurtu, Tcheka, Gilberto Gil, Lenine, predominantemente jazzístico – foi um dos fun- Armando Marçal, Ralph Towner, Manu Katché, dadores do Sexteto de Jazz de Lisboa (1984), Dino Saluzzi, Kai Eckhardt, Julian Argüelles, Steve criou o decateto Mário Laginha (1987) e lidera Argüelles, Howard Johnson ou Django Bates. ainda hoje um trio com o seu nome -, o universo Compõe também para cinema e teatro. musical que construiu com a cantora Maria João é um tributo às músicas que sempre o tocaram, a A obra mais recente do trio partilhado com Ber- começar pelo jazz e passando pelas sonoridades nardo Moreira e Alexandre Frazão é “Mongrel”, brasileiras, indianas, africanas, pela pop e o rock, um trabalho que partiu de temas originais de sem esquecer as bases clássicas que presidiram Chopin, transformados para a linguagem pessoal à sua formação académica e que acabariam por do pianista. “Iridescente”, gravado na Fundação ditar o seu primeiro e tardio projeto a solo, inspi- Calouste Gulbenkian, é a sua última aventura rado em Bach (Canções e Fugas, de 2006). musical com a cantora Maria João. Mário Laginha tem articulado uma forte perso- Colabora desde 2012 com o pianista brasileiro nalidade musical com uma vontade imensa de André Mehmari, tendo sido editado um disco partilhar a sua arte com outros músicos e criado- em duo, gravado ao vivo, com música original res. Desde logo, com Maria João, de que resultou de ambos, contando já com vários concertos no PROGRAMA Unidos por uma formação musical clássica, Mário um dos projetos mais consistentes e originais da Brasil e em Portugal. Laginha e Pedro Burmester enveredaram por música portuguesa, com mais de uma dezena de carreiras diferentes – Laginha mais próximo do Em finais de 2013, Mário Laginha e o seu Novo ASTOR PIAZZOLLA (1921-1992) discos e muitas centenas de concertos em salas jazz e cultor da fusão e recriação de múltiplas Trio com o guitarrista Miguel Amaral e o contra- Grande Tango e festivais um pouco por todo o mundo (festivais músicas do mundo, Burmester mais orientado baixista Bernardo Moreira lançaram “Terra Seca”, de Jazz de Montreux, do Mar do Norte, de San para a interpretação de um repertório clássico um disco que desbrava novos caminhos para o jazz MÁRIO LAGINHA (n. 1960) Sebastian, de Montreal… ). Concerto para dois pianos nr. 1 nos seus vários formatos, do concerto a solo até e a música portuguesa. Allegro mas nem Sempre atuações com grande suporte orquestral. Em finais da década de oitenta iniciou uma cola- boração, que se mantém até hoje, com o pianista Quase sempre Andante Há um pouco mais de 20 anos, os dois pianistas clássico Pedro Burmester, com quem gravaria um Sempre Presto uniram inclinações musicais, experiências e gosto disco, e que seria alargada a Bernardo Sassetti em pelo risco, e iniciaram uma colaboração cimentada 2007 no projeto “3 pianos”, com a gravação de um PEDRO BURMESTER (Intervalo) por uma amizade e grande cumplicidade de que CD e um DVD, além de uma dezena de concertos resultou um disco (Duetos, 1994), muitos concertos Pedro Burmester nasceu no Porto. Foi durante com fortíssima repercussão na crítica e no público. FRÉDÉRIC CHOPIN/LAGINHA um pouco por todo o mundo e, alguns anos depois, dez anos aluno de Helena Costa, tendo ter- Até ao seu inesperado desaparecimento, Bernardo Balada nr.1 op.23 (Mário Laginha solo) a participação no projeto 3Pianos, com Bernardo minado o Curso Superior de Piano do Con- Sassetti foi, de resto, um parceiro e cúmplice de Sassetti. O repertório deste concerto de Mário servatório do Porto com 20 valores em 1981. Mário Laginha em muitas dezenas de concertos FRÉDÉRIC CHOPIN (1810-1849) Laginha e Pedro Burmester inclui, o Concerto para Posteriormente, deslocou-se aos Estados Unidos e em dois discos gravados, o último dos quais Balada nr.1 op.23 (Pedro Burmester solo) Dois Pianos de Mário Laginha, a Balada n. 1 op. onde trabalhou entre 1983 e 1987 com Sequeira dedicado à música de José Afonso. 23 de Chopin na sua abordagem clássica (Pedro Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno. Parale- CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) Burmester a solo) e na versão de Mário Laginha Com uma sólida formação clássica, Mário Lagi- lamente, frequentou diversas masterclasses com Prelude a l’aprés midi d’un faune (solo) incluída no CD “Mongrel”, o “Grande Tango” nha tem escrito para formações tão diversas pianistas como Karl Engel, Vladimir Ashkenazi, de Astor Piazzolla, o “Prelude a l’aprés midi d’un como a Big Band da Rádio de Hamburgo, Big T. Nocolaieva e E. Leonskaja. MAURICE RAVEL (1875-1937) faune” de Debussy e “La valse” de Maurice Ravel. Band de Frankfurt, a Orquestra Filarmónica de La Valse Ainda muito novo, foi premiado em diversos con-

16 17 Igreja da ENTRADA 07 Abril Mário Laginha e Pedro Burmester 08 Abril MECENAS sáb. / 21h00 dom. / 17h00 Misericórdia 5€ / 2.5€

cursos, destacando-se o prémio Moreira de Sá, o Mário Laginha editou o CD e DVD “3 Pianos”, JUNKO TAKAYAMAEUA/JPN, CRISTINA ROSÁRIO 2.º prémio Vianna da Motta e o prémio especial do gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém. E JOÃO PAULO JANEIRO júri no Concurso Van Cliburn nos Estados Unidos. Em 2010 grava e edita a Sonata em Lá Maior, Iniciou a sua atividade concertística aos 10 anos D959 de Franz Schubert e os Estudos Sinfónicos de idade e, desde então, já realizou mais de 1000 op. 13 de Robert Schumann. concertos a solo, com orquestra e em diversas Em Dezembro de 2013 dá um concerto pela formações de música de câmara, em Portugal e primeira vez na Casa da Música, recital que foi no estrangeiro. Participou em todos os festivais gravado ao vivo e editado em Janeiro de 2015. de música portugueses. No estrangeiro são de realçar apresentações em La Roque d’ Anthéron, Foi Diretor Artístico e de Educação na Casa da na Salle Gaveau, no Festival de Flanders, na Frick Música, projeto que ajudou a criar e a implementar. Collection e 92nd Y em Nova Iorque, na Filarmo- Atualmente, para além da sua atividade artística, nia de Colónia, na Gewandhaus de Leipzig, na é professor na Escola Superior de Música e Artes casa Beethoven em Bona e no Concertgebouw do Espetáculo (ESMAE) no Porto. em Amesterdão. São de destacar colaborações com os maestros Manuel Ivo Cruz, Miguel Graça Moura, Álvaro Cassuto, Omri Hadari, Gabriel Chmura, Muhai Tang, Lothar Zagrosek, Michael Zilm, Frans Brüggen e Georg Solti.

Dedicou-se também à música de câmara. Mantém PROGRAMA há alguns anos um duo com o pianista Mário Lagi- nha e atuou com os violinistas Gerardo Ribeiro e FRANÇOIS COUPERIN (1668-1733) Dialogue sur les Trompettes, Clairon et Tierces du Thomas Zehetmair, com os violoncelistas Anner Maître du choeur’ à la chapelle Royale grand clavier et le Bourdon avec le Larigot du positif Bylsma e Paulo Gaio Lima e com o clarinetista Dialogue sur la voix humaine António Saiote. Formou um grupo de pianos e Órgão solo alternatim com Canto Gregoriano Offertoire sur les Grands Jeux percussões que tem atuado com grande sucesso Sanctus (gregoriano) em diversos festivais e concertos em Portugal. Kyrie Missa IV (gregoriano) Plein chant du premier Sanctus Em 1997/98 Pedro Burmester atuou em França, Plein chant du premier Kyrie, en Taille Recit du Cornet na Alemanha, Bélgica, Holanda, no Brasil, Estados Fugue sur les jeux d’anches Agnus Dei (gregoriano) Unidos, África do Sul, Canadá e Austrália, onde Récit de Chormorne Dialogue sur les Grands Jeux realizou uma tournée com a prestigiada Australian Dialogue sur la Trompette et le Cromorne Chamber Orchestra. Gloria in excelsis Deo (gregoriano) Soprano, Meio-soprano, Órgão Plein Jeu Et in Terra pax Já gravou uma dezena de CDs. A sua discografia Petitte Fugue sur le Chormorne Troisième Leçon de Ténèbres pour 2 Voix et Basse Continue inclui três CD a solo com obras de Bach, Schu- Duo sur les Tierces mann e Schubert, um em duo com Mário Laginha e três gravações com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1998 foi editado um CD a solo com Soprano – Junko Takayama JUNKO TAKAYAMA obras de Chopin. Em 1999 gravou as dez sonatas Meio-Soprano – Cristina Rosário para violino e piano de Beethoven com o violinista Nasceu na Califórnia, EUA e foi criada em Órgão e Direção – João Paulo Janeiro Gerardo Ribeiro. Yokohama, no Japão. Iniciou os seus estudos de música em Tóquio com Masaaki Suzuki e Yukari Em 2007, juntamente com Bernardo Sassetti e Nonoshita. Em Basileia, teve Gerd Türk como

18 19 08 Abril Junko TakayamaEUA/JPN, 08 Abril Junko TakayamaEUA/JPN, dom. / 17h00 Cristina Rosário e João Paulo Janeiro dom. / 17h00 Cristina Rosário e João Paulo Janeiro

seu mestre em Singing Performance na Schola mierten Gemischten Chor Birmenstorf, bem como Tem trabalhado na reconstrução dos Concertos Cantorum Basiliensis, e concluiu os seus estudos do Gemischten Chor Remetschwil e do Vokalen- Grossos de Pereira da Costa, editados em Lon- na Music Academy Basel com Isolde Siebert em semble Diachron. dres em meados do século dezoito, e promovido Master for Singing Education com distinção. O a difusão a obra musical de João Lourenço Rebelo seu repertório é eclético desde a Renascença até em concertos, estágios internacionais em Itália ao período contemporâneo. e também com a gravação do CD “Vésperas da Beata Virgem Maria”. Recentemente, realizou a Já enquanto estudante, participou como solista JOÃO PAULO JANEIRO estreia moderna com instrumentos da época e em várias produções no teatro de Basileia, de onde Intérprete de instrumentos de tecla históricos, gravou para CD o Requiem de J. D. Bomtempo se destaca a Fairy Queen de Henry Purcell com divide a sua atividade profissional entre a inves- com Alto Patrocínio da Presidência da República. La Cetra Barockorchester sob direção de Andrea tigação, concertos, gravações e a docência. Fez Marcon, entre outras. No Japão, desempenhou Paralelamente, gravou o CD da Paixão Segundo a sua formação em Lisboa, onde completou os o papel de Euridice na primeira apresentação da São João de J. S. Bach com o Concerto Ibérico; estudos em cravo, órgão, clavicórdio e musico- ópera “Euridice de Caccini”. as Sonatas de Johann Ernst Galliard com o agru- logia histórica. pamento Contágio Barroco e prepara os registos De regresso à Europa, tem participado em diver- Fundou e dirige os agrupamentos Flores de em CD da integral das sonatas para flauta e cravo sas produções enquanto solista e ensemble de Mvsica, Capella Joanina e Concerto Ibérico, com de J. S. Bach com flautista Filipa Oliveira, mais solistas. Colaborou com vários maestros, entre os os quais tem difundido ativamente património um CD em órgão solo com órgãos históricos e um quais, Andrea Marcon (Conjunto La Cetra Vokal), musical de Portugal em concertos, gravações de outro projeto do Concerto Ibérico dedicado às Dominique Vellard (Ensemble Gilles Binchois), CD, conferências e masterclasses, tendo realizado relações culturais entre Nápoles e Lisboa. Laurent Gendre (Ensemble Orlando Fribourg), várias estreias modernas de obras de composi- Masaaki Suzuki (Bach Collegium Japan) e Yoshi- Concebeu os projetos e dirige os festivais “West tores portugueses. Colaborou com orquestras michi Hamada (Ensemble Anthonello). Coast Early Music Festival”, “Ciclo de Teclas nacionais e estrangeiras e gravou vários CD em Fim da Tarde”, “Série Ibérica de Música Antiga” órgãos e instrumentos de tecla históricos dedica- e “Jornadas de Órgão do Alentejo” por onde têm dos à música portuguesa. passado os melhores intérpretes internacionais Participou em diversos festivais internacionais de na área da música antiga. Realizou o Inventário CRISTINA ROSÁRIO música em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, de Órgãos Históricos do Alentejo coordenou pro- França e Suíça, tanto como solista ou maestro, cessos de restauro para o Ministério da Cultura. Cristina Rosário, natural de Faro, efetuou os seus tendo dirigido várias produções de ópera barroca Concebeu e dirige os Cursos Internacionais de estudos de piano e canto na Academia de Amado- em Portugal e Itália. Música Antiga e os Estágios de Consort e Baixo res de Música de Lisboa e na Academia de Música Contínuo. Eborense. Em Basileia (Suíça), obteve o “Diplom Orientou edições críticas de obras de João Bap- für Alte Musik” da Schola Cantorum Basiliensis, na tista Avondano e Francisco António de Almeida Leciona cravo, música de câmara e baixo contínuo classe de canto de Ulrich Messthaler. Participou, e dirigiu as gravações de CD do Te Deum e da e as classes de interpretação histórica na ESAR- também na SCB, nos cursos de canto gregoriano Grande Missa em Fá de Almeida, e do Matuttino T-IPCB e de órgão na EMNSC. Tem difundido os e música do período medieval, com Dominique de’ Morti de David Perez para solistas coro e instrumentos de tecla históricos e a performance Vellard. Em Berna estudou bel-canto com Regula orquestra, do qual prepara também a respetiva histórica, em concertos e masterclasses de cravo, de Brugos Meier. Colabora o grupo de música edição crítica da partitura. baixo contínuo e orquestra barroca em Portugal e antiga “Kesselberg-Ensemble”, o grupo vocal em Itália. Presidente da MAAC e membro funda- Gravou dois CD com o Avondano Ensemble dedi- “Ensemble Orlando Fribourg”, é um elemento dor do CESEM (FCSH-UNL) e da Sociedade Por- cados às sonatas de João Baptista Avondano e à fundador do “Música Prática”, além de integrar em tuguesa de Investigação em Música (SPIM). Tem música de câmara de Pedro António Avondano. concertos com outros agrupamentos em diversos apresentado comunicações e publicado artigos na Prepara as edições críticas da primeira ópera locais da Europa. Tem interpretado repertório de um compositor português — La Pazienza di que abrange o renascimento, o oratório barroco Socrate de F. A. Almeida — e de outras partituras ao Lied romântico e à música contemporânea. para solistas coro e orquestra deste compositor. Paralelamente, desde 2004 é diretora do Refor-

20 21 Clube de ENTRADA TRANSMISSÃO 11 Abril 11 Abril Mário Teixeira qua. / 19h00 Viseu GRATUITA EM DIRETO qua. / 19h00

MÁRIO SOBRE AS COMPOSIÇÕES E COMPOSITORES TEIXEIRA

MÁRIO TEIXEIRA “de…” (2017) DE PEDRO BERARDINELLI “Nature contre nature” (1996-2005) de JEAN-CLAUDE RISSET Mário Teixeira (1971) é formado pela Escola de…, para instrumentos de madeira (Marimba, Nesta peça dedicada a Thierry Miroglio, o com- Profissional de Música de Espinho (EPME), com Woodblocks e Schlitztrommel), pertence a um putador instiga o intérprete, pelo exemplo, a Carlos Voss, pela Escola Superior de Música e conjunto de obras solo cuja origem advem de um executar protocolos rítmicos contranatura. Estes Artes do Espetáculo (ESMAE), com Miquel Bernat, contacto proximo com o instrumento. Deste con- paradoxais comportamentos rítmicos, estudados e pelo Conservatório Superior de Roterdão, com tacto e extraída uma vasta quantidade de materia pelo autor, assim como por Knowlton, Bregman e Robert Van Sice. É ainda Mestre e Doutor pela (som), de qualidade tao intrínseca e indissociavel Warren, parecem contradizer a estrutura sonora: Universidade de Aveiro, com as dissertações “A do instrumento, como, por vezes, tao ausente as contagens interiores não se reduzem ao tempo interpretação da música japonesa para Marimba” da sua abordagem corrente. A partir daqui, um cronométrico. De tais “ilusões rítmicas” sobressai e “O Tai Chi Chuan na Percussão”. caminho proprio e inerente ao instrumento (de a natureza da perceção auditiva que, por vezes, vai entre tantos outros possíveis) e tao procurado, Estreou numerosas obras para agrupamento con- ao encontro da natureza física do som: natureza como sugerido pela propria materia. temporâneo, para grupo de percussão, música de contra natureza. câmara e solo. Dedicando-se essencialmente à No que concerne a Marimba, a abordagem O primeiro exercício induz variações rítmicas a música contemporânea, os seus interesses pas- ao instrumento passa por encara-lo como um tocar não sobre o próprio tempo, mas sobre o sam também pela música clássica, tendo variadas conjunto de laminas de madeira de diferentes conteúdo dos sons; as diferenças de intensidade experiências no âmbito do Jazz e do Rock. tamanhos. Com estas laminas, pode-se controlar ou de timbre provocam cisões melódicas que ori- a coexistencia do que as poe em vibraço, do tipo Tocou com Henry Bock, Ivan Monighetti, Maria ginam figuras rítmicas “ilusórias”, um processo PROGRAMA de ataque que as poe em vibraço, do ponto de Schneider, Umo Jazz Orchestra, Maria João, demonstrado por Van Noorden, Wessel e Arom ataque onde e gerada a vibraço e da porço da John Zorn, Pedro Burmester, Fausto Neves, entre e ilustrado por Ligeti no seu sexto estudo para lamina que vibra. PEDRO BERARDINELLI (n. 1985) outros. Colaborou com as orquestras Régie Sinfo- piano. O segundo exercício consiste em acelerar de… (2017) nia, Orquestra do Norte, Orquestra Nacional do A peça foi composta por encomenda da Arte no ou desacelerar mantendo uma pulsação invariá- para instrumentos de madeira (ca 10’) Porto, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Tempo, com financiamento da Direção Geral das vel, desdobrando pulsações. O terceiro sugere Metropolitana de Lisboa, Oficina Musical, Orques- Artes, tendo sido estreada por Mário Teixeira no acelerações infinitas, como uma serpente rítmica DIOGO SILVA (n. 1982) tra da EPME., Círculo Portuense de Ópera, Ictus Teatro Aveirense, no âmbito da bienal Aveiro_Sín- mordendo a própria cauda, ou accelerandi que [sem título] (2018) Ensemble (Bélgica), Plural Ensemble (Espanha), tese, a 22 de Fevereiro de 2018. conduzem a uma pulsação final mais lenta do para percussão e eletrónica em Quarteto de Pianos de Madrid, Orquestra Gul- que a inicial. No quarto exercício, a eletrónica tempo real (ca 9’) benkian e Coro Gulbenkian. Lecionou no Con- prossegue com as acelerações paradoxais rumo servatório de Aveiro, no Conservatório de Braga ao caos, tirando o chapéu às formas estocásticas IGOR C. SILVA (n. 1989) e na Escola Profissional de Música de Espinho. de Xenakis e às máquinas delirantes (ou desejan- “[sem título]” (2018) DE DIOGO SILVA Gin#122 (2014) tes) de Ligeti. O solista encontra-se neste curso Leciona percussão na Universidade de Aveiro, para kalimba e eletrónica em tempo real (ca 7’) A presente peça foi composta por encomenda da desordenado, concluindo a obra com uma breve desde 1999. É membro fundador do Drumming Arte no Tempo, com financiamento da Direção cadência. – Grupo de Percussão, membro do Remix Ensem- JEAN-CLAUDE RISSET (1938-2016) Geral das Artes, tendo sido estreada por Mário ble, do grupo Performa, Camerata Nov’arte e do Além dos sons de síntese, alguns sons da instru- Nature contre nature (1996-2005) Teixeira no Teatro Aveirense, no âmbito da bienal Magnet Duo. mentação acústica de Thierry Miroglio vêem-se para percussão e eletrónica em Aveiro_Síntese, a 22 de Fevereiro de 2018. repercutidos e transformados pelo computador. suporte fixo, 2 canais (ca 14’) É praticante de Tai Chi Chuan.

22 23 11 Abril Mário Teixeira 11 Abril Mário Teixeira qua. / 19h00 qua. / 19h00

outros cursos, aulas e seminários com composi- Atualmente e professor de Teoria e Analise Musi- e iluminaço], “5.º Concurso Internacional de tores como Philippe Manoury, Chaya Czernowin, cal e Física do Som na Escola Profissional de Arte Composiço da Povoa de Varzim” (2010) [“Fli- Mark Andre, Stefano Gervasoni e Rebecca Saun- de Mirandela. pBook”, para quinteto e eletronica] e “Concurso ders, entre outros. Internacional de Composiço Jorge Peixinho/ GMCL” (2015) [“Blood Ink”, para pequeno ensem- Concluiu em 2017, com nota máxima, a pós-gra- ble e eletronica]. duação em Composição na Kunstuniversität Graz, onde estudou com Clemens Gadenstätter e Beat Em 2015, a sua “You Shoud Be Blind to Watch Furrer. Reside presentemente em Graz, prosse- TV” (ensemble e eletronica) foi distinguida no guindo os seus estudos na mesma universidade. International Rostrum of Composers na Estonia e, em 2016, pelo Ossia-Ensemble em Nova Iorque. PEDRO BERARDINELLI Em 2016, “Frames#87” (clarinete, eletronica e Pedro Berardinelli (Viseu, 1985) iniciou os seus vídeo) foi selecionada para o World Music Days estudos musicais no Conservatório da sua cidade Festival na Coreia do Sul. Em projetos futu- natal. Em 2004 ingressou no curso de Licen- ros destacam-se concertos em varios festivais ciatura em Ensino de Música - Composição da incluindo o Gaudeamus MuziekWeek (Holanda, Universidade de Aveiro, onde em 2005/06 lhe onde atualmente reside), estreias de novas obras foi atribuída bolsa de mérito por aproveitamento IGOR C. SILVA multimedia e concertos em Espanha, Holanda, escolar excecional. No âmbito da Licenciatura Belgica, Austria, Coreia, entre outros. Igor C. Silva (Porto, 1989) e um compositor dedi- elaborou uma dissertação sobre “Improvisation cado a interaço entre instrumentos, eletronica e I – für ein Monodram de Emmanuel Nunes”. Em meios multimedia, na qual musicos, eletronica e 2012, completou o Mestrado em Composição, na psicadelismo se conjugam em experiencias mul- mesma Universidade, com um trabalho final sobre tissensoriais. Trabalha tambem regularmente com a música de Pierre Boulez. DIOGO SANTOS SILVA solistas, grupos de jazz e ensembles, dedicando Desde o início dos seus estudos musicais, fre- parte da sua atividade musical e compositiva a Diogo Santos Silva (Santa Maria da Feira, 1982) quentou regularmente os seminários de Emma- improvisaço e performance interativa com ele- iniciou os estudos musicais na Academia de Musica nuel Nunes, na Fundação Calouste Gulbenkian. tronica e meios multimedia. A sua musica tem de Santa Maria da Feira aos seis anos de idade. Posteriormente, teve alguma orientação parti- sido encomendada e apresentada por varios Frequentou inicialmente o Curso Complementar cular com este compositor, com forte impacto ensembles, solistas, orquestras e festivais, assim de Instrumento (Flauta Transversal), tendo pos- na sua formação. como gravada em varios CD’s incluindo os albuns teriormente estudado guitarra como 2.º instru- “Chuva Oblíqua”, “Press The Keys”, e o novo CD No ano letivo 2014/15 concluiu com nota máxima mento. Frequentou, na mesma academia, aulas duplo da Casa da Musica com obras para orques- o seu segundo Mestrado em Composição Ins- de percussao durante 2 anos. tra e ensemble. trumental Contemporânea, no Centro Superior JEAN-CLAUDE RISSET Ingressou o Curso de Física/Matematica Apli- de Enseñanza Musical Katarina Gurska (Madrid). Em 2012, foi o Jovem Compositor em Residen- cada (Astronomia) na Faculdade de Ciencias da Jean-Claude Risset (Puy, 1938 – Marselha, 2016) Aqui, teve como tutores os compositores Alberto cia na Casa da Musica, tendo recebido varias Universidade do Porto no ano 2000, tendo fre- foi um notável compositor e investigador. Fez Posadas e José Luís Torá, tendo ainda aulas encomendas, trabalhando com grupos como a quentado o 3.º ano curricular. Em 2006 ingres- estudos científicos e musicais, tendo estudado com Pierluigi Billone, Aureliano Cattaneo, Pierre Orquestra Sinfonica do Porto e Remix Ensemble, sou a licenciatura em Musica – Composiço, no piano e composição na Ecole Normale Supérieur, Strauch, Till Knipper, entre outros. No contexto entre outros. Em 2015 foi tambem Compo- Departamento de Comunicaço e Arte da Univer- com André Jolivet. Trabalhou nos Laboratórios do seu projeto final de Mestrado, escreveu uma sitor Residente nos estudios da Miso Music, sidade de Aveiro, onde estudou composiço com Bell com Max Matthews nos anos sessenta, desen- obra solo para a fagotista Lorelei Dowling. iniciando uma nova obra multimedia que foi o professor Virgílio Melo. Terminou em Julho de volvendo recursos musicais da síntese sonora por estreada em 2017. Foi galardoado com diversos Em 2016 foi selecionado para a Academia de 2016 o Mestrado em Ensino de Musica, ramo de computador (imitação de instrumentos, incluindo premios, incluindo o 1.º Premio dos concursos Composição do Festival Musica (Estrasburgo) Composiço, com a apresentaço e defesa da sons de síntese por computador de metais; “Composiço Casa da Musica/ESMAE” (2009) onde trabalhou com o Quatuor Diotima. Participou Tese “Contraponto em ATC II – Uma abordagem paradoxos de alturas; síntese de novos timbres; [“Terminus”, para viola, eletronica em tempo real nos Stockhausen-Kurse, Impuls, bem como em diferente ao curriculum da disciplina”. processos de desenvolvimento sónico; catálogo

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de sons sintetizados, 1969). Foi Diretor do Depar- 5G5C tamento de Informática do IRCAM (1975-1979). PORTUGAL GUITAR QUINTET No M.I.T. Media Labs, desenvolveu, em 1989, o primeiro “Dueto para um pianista”, em que o pia- nista dispara o acompanhamento no mesmo piano, o qual depende do que e quando o pianista toca. Foi Diretor de pesquisa no CNRS, trabalhando em música por computador em Marselha. Pelo seu trabalho pioneiro na música por computador, recebeu o primeiro Golden Nica (Ars Electronica Prize, 1987), Grand Prix Musica Nova (Praga, 1995), 1.º prémio EAR 97 para música mista e eletrónica ao vivo (Rádio Húngara), o Quartz d’honneur Pierre Schaeffer 2008, o Giga-Hert- z-Grand-Prize 2009 e a mais alta distinção em França, tanto em música (Grand Prix National de la Musique, 1990) como em ciências (Medaille d’Or, Centre National de la Recherche Scienti- fique, 1999).

PROGRAMA

FERNANDO C. LAPA (n. 1950) (1876-1946) Canções Populares Transmontanas La Vida Breve** 1. Linda morena 2. Está a chover PAULO AMORIM (n. 1964) 3. Eu venho dali Equinox 2 4. Vimos dar as boas-festas JAIME ZENAMON (n. 1953) SÉRGIO AZEVEDO (n. 1968) El pendulo y el destino op.125 Concertino alla Madrigalesca 1. Deciso ERNESTO NAZARETH (1863-1934) 2. Madrigal Homenagem a Nazareth** 3. Sarabanda 1. Ameno Resedá 4. Festivo 2. Celestial 3. Batuque

O projeto 5G5C – Portugal Guitar Quintet é uma a tourné de apresentação em 2016 confirmada em formação camerística, fruto da vontade de parti- várias cidades do país, tem como intérpretes André lhar experiências artísticas e culturais de diferentes Madeira, Júlio Guerreiro, Paulo Amorim, Paulo personalidades mas com objetivos comuns. Peres e Rui Gama. Com a distância de 350 quilóme- tros e várias regiões a separar a cidade mais a norte Cinco Guitarras de Cinco Conservatórios, que ofe- da mais ao sul, é criado um paralelo no campo da recem uma viagem musical eclética e original. Com

26 27 11 Abril 5G5C - Portugal Guitar Quintet 11 Abril 5G5C - Portugal Guitar Quintet qua. / 21h00 qua. / 21h00

diversidade musical e uma mais-valia na qualidade República de Montenegro, Brasil, Argentina, Chile, 2001 e 2002, participou em duo com a flautista Guitarra na classe de José Pina. Completou a sua artística. Tendo como repertório várias transcrições Bolívia e Perú. Apresentou-se também em canais Lídia Serejo em vários recitais comentados pelo formação em Paris, no Conservatório Nacional da e originais para esta formação, deseja-se dar relevo televisivos dentro e fora do seu país e realizou três compositor e Maestro António Vitorino d’Almeida Região d’Aubervilliers na classe de Alberto Ponce. a obras de compositores contemporâneos, dos concertos para a rádio Antena 2. destacando um concerto inteiramente dedicado Finalizou na Universidade de Aveiro a Pós-Gradua- quais Sérgio Azevedo e Fernando C. Lapa aceitaram à sua obra de música de câmara no Musikverein ção em Performance – Guitarra sob orientação dos André Madeira tem ministrado masterclasses e já este desafio. de Viena de Áustria e a gravação das suas obras Professores Nancy Harper e José Pina. Realizou sido Júri em vários Festivais Internacionais de para ensemble. Em 2003 realizou com os solis- com êxito provas Públicas de Especialista no Ins- Guitarra Clássica. Pela sua contribuição à Gui- tas da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras tituto Politécnico de Castelo Branco.Frequentou tarra Clássica, foi galardoado na sua região com vários concertos com repertório para guitarra e cursos de Interpretação com Abel Carlevaro, o “Judeu de Ouro 2014” da ANATA e na Grécia quarteto de cordas. Realizou como solista com Robert Brightmore, Roberto Aussel, Alberto Ponce, ANDRÉ MADEIRA com o “1st Honorable Award” do Volos Guitar a Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo Tomas Camacho, , Betho Davezac, Festival 2015. Atualmente reside em Portugal Iniciou os seus estudos musicais com Américo Fer- Maestro Vasco Pearce de Azevedo concertos François Dry, Carlos Bonell e Hopkinson Smith. sendo docente de guitarra no Instituto Universi- nandes e o estudo da guitarra clássica com Ragner integrados na programação cultural da cidade Apresenta-se em público regularmente a solo e tário Jean Piaget de Viseu e no Conservatório de Tovar. Frequentou o Conservatório Calouste de Aveiro e nas Semanas de Música do Estoril. em música de câmara, atualmente integra L’Ef- Música de Coimbra. Gulbenkian de Aveiro, tendo como professor, Integrado na Orchestrutópica foi dirigido pelos fetto Ensemble, com a soprano Dora Rodrigues Miguel Lelis. Ingressou depois no Departamento Maestros Odaline de la Martinez, Cesário Costa e e Ciglia Ensemble, com o bandolinista António de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro Jean-Sebastien Béreau. Em 2005 foi galardoado Vieira. Criou em 2015 o projeto “Orquestra de obtendo a Licenciatura em Música com Professor com o 2.º Prémio no I Encuentro de Guitarra Cordas Dedilhadas do Minho” onde exerce o cargo Paulo Vaz de Carvalho. JÚLIO GUERREIRO “Norba Caesarina” em Cáceres, Espanha. A con- de direção musical. Como solista apresentou-se vite do Maestro Alberto Lysy integrou o grupo de com a Orquestra do Conservatório de Braga com o No ano 2000 ingressou na Hochschule für Musik Natural de Lisboa, obteve em 2001, sob a orien- Solistas da Camerata Lysy Gstaad tendo realizado Concerto de Villa-Lobos, com a Orquestra Nacio- Köln (Alemanha) prosseguindo estudos de guitarra tação de Piñero Nagy a Licenciatura em Guitarra concertos no Festival Açoreano MúsicAntlântica, nal do Porto o Concerto de Aranjuez sob a direção e de música de câmara sob a orientação de Roberto da Escola Superior de Música de Lisboa onde XXX Festival Internacional de Música da Costa de Martin André na Casa da Música do Porto, o Aussel obtendo o “Diplom Intrumentalausbildung” integrou também a classe de música de câmara do Estoril e na Internacional Menuhin Academy Concerto Andaluz de Rodrigo estreia em Portugal em 2005. Estudou também, durante cinco anos de Olga Prats, terminando ambas as disciplinas for Young Soloists em Blonay, Suíça. Integrando no X Concurso Internacional Cidade do Fundão, o nesta escola música contemporânea com o com elevada classificação. De 2002 a 2004, como o Remix Ensemble (Casa da Música) em várias Concerto de Aranjuez com a Orquestra Clássica pianista Paulo Álvares, integrando o “Ensemble bolseiro do Centro Nacional de Cultura realizou o ocasiões, trabalhou diretamente com composi- do Centro, o Concerto Acerca de la Felicidad de für Improvisation und Aleatorische Musik der curso de Pós-Graduação em Interpretação Musical tores como James Dillon, Helmut Lachenmann Javier Ribas estreia com a Orquestra Portuguesa Hochschule für Musik Köln”, apresentando-se da Escuela Luthier de Artes Musicales, em Barce- e Jonathan Harvey tendo sido dirigido por Peter de Guitarras e Bandolim e com o Ensemble à em vários países europeus. Em 2005 continua lona, onde estudou com Ricardo Gallén. Partici- Rundel e Rolf Gupta. Ainda em 2007 interpretou plectre de Esch-Sur-Alzette do Luxemburgo sob estudos Pós-graduados com Odair Assad no Con- pou em masterclasses com diversos professores a 7.ª Sinfonia de Mahler integrado na Orquestra a direção do Maestro Juan Carlos. Outros proje- servatoire Royal de Mons, École Supérieure des entre os quais António Jorge Gonçalves, David do Teatro Mariinsky de S.Petersburgo sob direção tos incluem a gravação em CD “Dezassete Peças Arts (Bélgica), e posteriormente realiza o “Master Russell, Joaquín Clerch e Alberto Ponce. Toca de Valery Gergiev. Realizou várias gravações para para Guitarra” do compositor Paulo Bastos bem en Guitare” com o mesmo guitarrista terminando frequentemente integrado em grupos de câmara a Antena 2 e RTP Internacional. Leciona na Escola como o Concerto Acerca de la Felicidad de Javier com Distinção no ano de 2010. Obteve o título de destacando o duo com a soprano Elsa Cortez, de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. Ribas com a Orquestra Portuguesa de Guitarrras mestre em Ensino da Música pela Escola Superior bem como a solo, tendo maior relevo os recitais e Bandolins. Participou no Festival de Ópera de de Música de Lisboa. André Madeira participou dos festivais: Internacional de Música da Costa Ponte de Lima com a Orquestra Nacional do Porto em cursos de guitarra com David Russell, Costas do Estoril, VI Festival Internacional de Guitarra na obra “Il Barbiere di Siviglia” de G. Rossini, sob Cotsiolis, Roberto Aussel, Leo Brouwer, Eduardo de Aveiro e no Festival Internacional de Guitarra RUI GAMA direção do Maestro Marc Tardue. Na temporada Isaac, Robert Brightmore, Ricardo Gallen, Álvaro de Barcelona no 1.º concerto dedicado à nova 2009/10 gravou para a Antena 2 um recital com Pieri, Joaquin Clerch, Jozef Zsapka, Eduardo geração de intérpretes. Em 1999 obteve o 1.ºPré- Rui Gama é natural do Porto, concluiu os Cursos o L’Effetto Ensemble no CCB. Tem em preparação Baranzano, Carles Trepat, Pablo Marquez, e Paulo mio (Ex aequo) no I Concurso Internacional de Complementares de Percussão na Escola Pro- a gravação de um CD com o L’Effetto Ensemble Álvares. Durante o seu percurso artístico recebeu Guitarra de Sernancelhe. Em 2000 foi premiado fissional de Música de Espinho e de Guitarra no com obras de compositores espanhóis. É docente prémios em concursos internacionais de guitarra e com o 1.º Prémio (Ex aequo) e com o Prémio Conservatório de Música do Porto. Ingressou na no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian realizou concertos em várias localidades de Por- Cultura “Carla Minen” no XXIX Concorso Inter- Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo de Braga. tugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica, nazionale di Chitarra “Fernando Sor”, Roma. Em do Porto (ESMAE) onde concluiu a Licenciatura em

28 29 Clube de ENTRADA TRANSMISSÃO 11 Abril 5G5C - Portugal Guitar Quintet 12 Abril qua. / 21h00 qui. / 19h00 Viseu GRATUITA EM DIRETO

PAULO AMORIM PAULO PERES CARLOS CANHOTO Música de compositores portugueses. Estreia de 3 novas obras Diplomado pela Academia de Amadores de É licenciado em Guitarra pela ESMAE do Porto, Música de Lisboa, Royal College of Music e Guil- na classe de José Pina. dhall School of Music and Drama de Londres, o CARLOS CANHOTO Participou em diversas masterclasses, trabalhando guitarrista Paulo Amorim mantém, desde 1985, com Alberto Ponce, David Russel, Manuel Bar- Nasceu em 1974. É doutor em Música (ramo de uma intensa carreira musical, tendo já atuado rueco, Roberto Aussel, Eduardo Isaac e Léo Brou- Performance) pela Universidade de Aveiro, tendo em nove países europeus bem como na América wer. Obteve, em 1988, o 1.º Prémio de Guitarra sido o primeiro saxofonista português a obter esta Latina (Brasil e Venezuela). Gravou igualmente dos Concursos Nacionais da Juventude Musical habilitação. Licenciou-se em Saxofone e Música de para a Rádio e TV em Portugal, Espanha, Ingla- Portuguesa, na classe de nível superior, e em 1994 Câmara no Conservatoire National de Cergy-Pon- terra e Venezuela. Como solista, tocou com a uma Menção Honrosa no Prémio Helena Costa. toise, França, na classe de Jean-Yves Fourmeau, Sinfonietta de Lisboa, Orquestra de Câmara de com a classificação de Médaille d’Or. Licenciou-se Cascais, Orquestra de Paris-Mons e Orquestra Na sua atividade a solo, tem prestado especial também em Ciências Musicais pela Universidade da GNR, tendo igualmente sido galardoado nos atenção à música do século XX. No âmbito da Nova de Lisboa. Recebeu o 1.º Prémio no concurso Concursos Internacionais de Sevilha (1987) e música de câmara, tocou com o flautista Luís Mei- “UFAM” em Paris, na categoria “Supérieur”, em “Andrés Segovia” de Granada, Espanha (1994). reles e tem desenvolvido um trabalho a duo com 1995, e o 1.º Prémio no concurso “Ile de France” a guitarrista Maria Paula Marques. Apresentou-se Bolseiro do Governo Espanhol e da Anglo-Por- em Música de Câmara, em 1998. Tem trabalhado na Fundação de Serralves, no Teatro Rivoli, na tuguese Foundation teve como professores P. com diversos compositores na criação de nova Casa das Artes do Porto, no Festival de Música Valente-Pereira, José Tomás (Espanha), Robert música, tendo feito a estreia absoluta de cerca do Palácio da Bolsa, no Festival Internacional Brightmore (UK) e F.Lopes-Graça (Composição). de 40 obras de compositores como Christopher dos Encontros de Guitarra do Porto, no Festival Bochmann, Antonin Servière, Pedro Amaral, Em 1999 gravou o seu 1.º disco a solo, “Con- Internacional de Guitarra de Santo Tirso, no Teatro Amílcar Vasques Dias, António Chagas Rosa, Sara trastes”, recebendo elogiosas críticas em vários do Campo Alegre, na Fundação Eng.º António de PROGRAMA Carvalho, José Carlos Sousa, Eduardo Patriarca, países. Em 2004, subsidiado pelo Ministério Almeida, no Museu Alberto Sampaio em Guima- Sérgio Azevedo, Paulo Vaz de Carvalho, Anne Vic- da Cultura, gravou o seu 2.º disco, com a obra rães, no Teatro Municipal de Serpa, no Festival SARA CARVALHO (n. 1970) torino d’Almeida ou Fernando Lapa, entre outros. integral para guitarra de F. Lopes-Graça, igual- Internacional de Música Logomúsica, no Teatro S. … when I waked, I cried to dream again (2017) Tem dado especial importância à música de câmara mente elogiada pela sua importância musical. Luís, em Lisboa, no Concurso de Guitarra de São para saxofone e outros instrumentos, integrando Em 2005, é convidado para integrar o Grupo de João da Madeira, na Casa da Música do Porto, JOSÉ CARLOS SOUSA (n. 1972) várias formações. Foi membro do querteto Silken Música Contemporânea de Lisboa, com quem no Festival Internacional de Guitarra de Hallien Solilóquio I* sax e, atualmente, do Eldorado Quartet. É membro desde então atuou em Portugal, Espanha, França, (Áustria), no II Festival de Guitarra de Braga, no fundador do Síntese – Grupo de Música Contem- Itália e Holanda, e gravou três CD’s. Guitarrismos VI e no Festival de Música Cidade EDUARDO LUÍS PATRIARCA (n. 1970) porânea e diretor artístico do Síntese – Ciclo de de Almada. Em 2009, surge o convite (concretizado em 2011) Kwatz! (2017) Música Contemporânea da Guarda. É investigador da Fundação Hauser de Munique para gravar Tem sido convidado a orientar masterclasses integrado no Instituto de Etnomusicologia – Centro o 3.º disco a solo (“Incógnito”), inteiramente bem como a participar como jurado em diversos JAIME REIS (n. 1983) de Estudos em Música e Dança (INET-MD). É Pro- preenchido com obras de P. Amorim e gravado concursos de guitarra. Inverso Sangue – Âmbar B* fessor Adjunto Convidado na Escola Superior de num instrumento histórico de 1921, pertença da Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Presentemente, a partir do desafio lançado a coleção privada da referida Fundação. EDUARDO LUÍS PATRIARCA (n. 1970) Branco. É também professor nos conservatórios diversos compositores portugueses para escre- Para uma voz sem acompanhamento, versão a8) da Guarda, Covilhã e Castelo Branco. Lançou Atualmente leciona no Conservatório Nacional verem para guitarra numa perspetiva didática e (2017) em 2016 o CD “Shout”, que inclui música para em Lisboa, onde também é Coordenador de pedagógica, desenvolve um projeto de edição e saxofone e piano, com a pianista Natalia Riabova e Departamento. publicação de peças portuguesas originais para AMÍLCAR VASQUES DIAS (n. 1945) prepara para breve o lançamento do CD “Soli”, com guitarra. É, desde 1990, docente do Conservatório Bailações sob a olaia* música portuguesa para saxofone solo, apoiado de Música do Porto. pela DGArtes. *estreia absoluta

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12 Abril Clube de ENTRADA 12 Abril João Roiz Ensemble, TRANSMISSÃO qui. / 21h00 Viseu 5€ / 2,5€ qui. / 21h00 António Rosado e Carisa Marcelino EM DIRETO

JOÃO ROIZ ENSEMBLE, O seu percurso académico e profissional levou-a a ANTÓNIO ROSADO E CARISA MARCELINO percorrer vários países como Brasil, Perú, Colôm- bia, México, Inglaterra, Noruega, China, Suécia entre outros. Em 2006 com o (Des)Concertante Trio, do qual é membro fundador, foi considerada “Figura da Semana”, pelo Jornal Público e distinguida como “Figura Jovem do Ano”, pela Gazeta do Interior. Recebeu em 2007 o louvor atribuído pela Câmara Municipal de Castelo Branco. CARISA MARCELINO Atualmente é docente do Conservatório de Música Carisa Marcelino, realizou os seus estudos de S. José da Guarda, Conservatório Regional de musicais no Conservatório Regional e na Escola Castelo Branco e Escola Profissional de Artes da Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, na Beira Interior. Enquanto docente já conta com qual recebeu várias distinções de mérito. alguns alunos premiados em concursos nacionais. Participou em diversas masterclasses de acordeão, É membro do grupo de música contemporânea nomeadamente com Peter Soave, Vladimir Zubit- “Síntese” e membro fundador do BayanQuartet, sky, Oleg Sharov, Viatcheslav Semionov, Cláudio nos quais já estreou diversas obras que incluem Jacomucci, Paulo Jorge Ferreira, Vojin Vasovic acordeão. Em 2015 estreou algumas obras por- e Mika Väyrynen. tuguesas com o (Des)Concertante Duo (acordeão PROGRAMA e clarinete), no Congresso Internacional de Clari- Premiada em diversos concursos nacionais e inter- nete, que se realizou em Madrid. nacionais, tais como, 1.º prémio no VII Troféu RICHARD GALLIANO (n. 1950) CÉSAR FRANCK (1822-1890) Nacional de acordeão(Alcobaça/2001); 1.º prémio Gravou dois CDs com a cantora Teresa Salgueiro, “Opale Concerto”, para acordeão solo e cordas Quinteto com Piano em Fá menor, op.34 no 1.º Concurso Folefest (Castelo Branco/2007); com a qual tem realizado inúmeros concertos por – Allegro furioso – Molto moderato quasi lento, allegro 1.º prémio no Concurso Folefest na categoria de todo o mundo. – Moderato malinconico – Lento, con molto sentimento música de câmara (Castelo Branco/2007); 1.º – Allegro energico – Allegro non troppo, ma con fuoco prémio na Coupe Mondiale na modalidade de música de câmara (Asker,Noruega/2006); 2.º prémio no II Concurso Ibérico (Alcobaça/1997); 2.º Prémio em música de câmara, nível superior, Violinos - Vasken Fermanian e João Mendes O João Roiz Ensemble é um grupo de música de na 19.ª e 20.ª edição do Prémio Jovens Músicos Viola de Arco - João Pedro Delgado câmara de atividade profissional regular, atual- da RDP (Lisboa/2005, 2006); 2.º prémio no “Con- Violoncelo - Ricardo Mota mente residente do Município de Castelo Branco, corsi Internazionali di Musica del la Val Tidone”, Contrabaixo - Hugo Monteiro que se tem apresentado com alguns dos mais desta- em música de câmara (Itália/2006); 5.º prémio Piano - António Rosado cados solistas nacionais e internacionais, tais como Coupe Mondiale (Castelo Branco/2005); Prémio Acordeão - Carisa Marcelino António Rosado, Dejan Ivanovic, Marina Pacheco, de Mérito Ensino Magazine 2006; Bolseira do Natalia Riabova, Filipe Quaresma ou Jan Wierzba. Grupo Lena 2001. O seu disco “Cantiga Partindo-se” foi acolhido com Além da sua carreira solística e camerística, grande entusiasmo pela crítica e pelos públicos. Nas também alargou o seu trabalho com orquestra, últimas temporadas tem-se apresentado em deze- com a Sinfonietta de Lisboa, CamerataNov’Artee ANTÓNIO ROSADO nas de concertos explorando o grande repertório a Orquestra Nacional do Porto, trabalhando com camerístico dos séculos XVIII a XXI. António Rosado tem uma carreira reconhecida os maestros Vasco Pearce de Azevedo, Martin nacional e internacionalmente, corolário do seu André, Luís Carvalho e Baldur Brönnimann.

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12 Abril João Roiz Ensemble, 13 Abril IPV, ENTRADA qui. / 21h00 António Rosado e Carisa Marcelino sex. / 21h00 Aula Magna 5€

talento e do gosto pela diversidade, expressos num brilhante carreira, com a realização de recitais e DUO extenso repertório pianístico que integra obras concertos por todo o Mundo, e a participação em ASSADBRA de compositores tão diferentes como Georges diversos festivais. Na década de 90, foi o pianista Gershwin, Aaron Copland, Albéniz ou Liszt. Esta escolhido pela TF1 para a gravação e transmissão versatilidade permitiu-lhe apresentar, pela pri- de três programas – música espanhola e portu- meira vez em Portugal, destacadas obras como guesa, Liszt e, por fim, um recital preenchido com as Sonatas de Enescu ou paráfrases de Liszt, Beethoven, Prokofiev, Wagner-Liszt. sendo o primeiro pianista português a realizar Em 2007, a França nomeou-o Chevalier des Arts as integrais dos Prelúdios e também dos Estudos et des Lettres. de Claude Debussy. No registo dos recitais pode incluir-se também a interpretação da integral das sonatas de Mozart. Atuou em palco, pela primeira vez, aos quatro anos de idade. Os estudos musicais iniciados com o pai tiveram continuidade no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, onde terminou o curso Superior de Piano, com vinte valores. Aos dezasseis anos parte para Paris, e aí vem a ser discípulo de Aldo Ciccolini no Conservatório Superior de Música e nos cursos de aperfeiçoa- mento em Siena e Biella (Itália). PROGRAMA Em 1980, estreou-se em concerto com a Orchestre National de Toulouse, sob a direção de Michel Plasson e desde essa data tem tocado (1685-1757) ANTONIO CARLOS JOBIM (1927-1994) com inúmeras orquestras internacionais e notá- Sonata K 96 Cronica da casa assassinada veis maestros como: Georg Alexander Albrecht, Sonata K 466 – Trem para Cordisburgo Moshe Atzmon, Franco Caracciolo, Pierre Der- Sonata K 141 – Chora coração vaux, Arthur Fagen, Léon Fleischer, Silva Pereira, – Jardim abandonado Claudio Scimone, David Stahl, Marc Tardue e MAURO GIULIANI (1781-1829) – Milagres e palhaços Ronald Zollman. Variazioni concertanti opus 130 EGBERTO GISMONTI (n. 1947) Também na música de câmara tem atuado com MARIO CASTELNUOVO TEDESCO (1895-1968) Palhaço prestigiados músicos como Aldo Ciccolini, Mau- Prélude & fugue n.° 7 opus 199 Baião malandro rice Gendron, Margarita Zimermann, Gerardo Prélude & fugue n.° 17 opus 199 Ribeiro ou Paulo Gaio Lima, com o qual apre- HEITOR VILLA LOBOS (1887-1959) sentou a integral da obra de Beethoven para JOAQUIN RODRIGO (1901-1999) Chôro n.° 5 violoncelo e piano. Tonadilla Laureado pela Academia Internacional Maurice – Allegro ma non troppo SÉRGIO ASSAD (n. 1952) Ravel e pela Academia Internacional Perosi, – Minueto Pomposo Suite Brasileira António Rosado foi distinguido pelo Concurso – Allegro vivace – Baião Internacional Vianna da Motta e pelo Concurso – Cancão Internacional Alfredo Casella de Nápoles. Estes (Intervalo) – Samba prémios constituem o reconhecimento interna- cional do seu virtuosismo e o impulso para uma

34 35 13 Abril Duo Assad 13 Abril Duo Assad sex. / 21h00 sex. / 21h00

“Como artistas, estes dois Atualmente, Sérgio Assad está a criar novo Orchestra. No verão de 2004, Sérgio e Odair Gismonti e Cyro Baptista. Sérgio fez arranjos tocam como os irmãos repertório, compondo música para o Duo e para prepararam uma turné muito especial com três de diversas músicas para este disco, que em próximos que são. Eles vários parceiros musicais, ambos com Orquestra gerações da Família Assad. A família apresentou 2004 foi galardoado um Grammy. Uma turné captam instantaneamente os Sinfónica e em recitais. O Duo tem trabalhado um vasto leque de estilos da música brasileira, e mundial seguiu, culminando em concertos ao vivo sinais do outro, respondem extensivamente com artistas de renome como neste espetáculo destacaram-se os pais do Duo: na abertura de Zankel Hall, do Carnegie Hall e o intuitivamente e parecem Yo-Yo Ma, Nadja Salerno Sonnenberg, Fernandao Jorge Assad [1924-2011] no bandolim e Ange- lançamento de um álbum ao vivo deste concerto estar conectados ao mesmo Suarez Paz, Paquito D’Rivera, Gidon Kremer e lina Assad na voz. A GHA Records lançou uma pela Sony. Em 2009, os irmãos participaram no sistema operacional. O que Dawn Upshaw. gravação e DVD ao vivo no Palais de Bruxelas des disco de Yo-Yo Ma, “Songs of Joy & Peace,” que é projetado é um tipo de Beaux-Arts. Na temporarada 2006-2007, o Duo foi um grande sucesso e também contou com O Duo começou a tocar violão muito cedo e ‘ëuber-guitar,’ dois instru- apresentou o “Concierto Madrigal para Dois Vio- outras participações de diveros artistas como prosseguiram os seus estudos durante sete anos mentos e um cérebro.” lões” de Joaquim Rodrigo e o arranjo de Sérgio James Taylor e Dave Brubeck. Na composição com a Dona Monina. Sua carreira internacional para “As Quatro Estações de Buenos Aires” de de Sérgio, “Família,” Yo-Yo Ma é acompanhado – THE WASHINGTON POST começou com um prêmio importante, o Young Astor Piazzolla com a Los Angeles Philharmonic pelas vozes da Família Assad, representadas por Artists Competition, em Bratislava em 1979. Sér- no Hollywood Bowl. Os Assad também foram Angelina (mãe dos irmãos Assad), irmã Badi, gio reside em Chicago, Odair vive em Bruxelas, o destaque na trilha sonora de James Newton Clarice e Rodrigo (filhos de Sérgio) e Carolina onde é professor na Ecole Supérieure des Arts. “Chame-a uma das mais cati- Howard para o filme “Duplicity,” estrelado por (filha de Odair). A música foi ao topo da parada vantes apresentações musi- O repertório dos Assad inclui composições origi- Julia Roberts e Clive Owen. da Billboard e ganhou um Grammy para Melhor cais da temporada. Melhor nais de Sérgio, fora os seus arranjos de músicas Classical Crossover. Em abril de 2012, Sérgio Nas temporadas de 2010-11 e 2011-12, os ainda, chame-a a mais folclóricas, jazz e música latina. O seu repertório e Odair fizeram turné norte-americana com o irmãos entraram em turné com o projeto “De esplêndida mostra da música clássico inclui transcrições da grande literatura Yo-Yo Ma e a pianista Kathryn Stott, com um Volta às Raízes” com a cantora libanesa-ameri- do hemisfério ocidental.” de teclado barroco de Bach, Rameau e Scarlatti, repertório latino-americano arranjado por Sér- cana Christiane Karam, o percussionista Jamey e adaptações de peças de diversas figuras como gio como também suas próprias composições – THE LOS ANGELES TIMES Haddad e compositora/pianista Clarice Assad. Gershwin, Ginastera e Debussy. Os seus progra- originais, com destaque para os concertos no Em fevereiro de 2011, Odair Assad realizou a sua mas de turnés são sempre uma cativante mistura novo Smith Center em Las Vegas e o Symphony primeira turné de violão solo concerto na América de estilos, períodos e culturas. Hall em Chicago. do Norte, passando por Nova Iorque e Montreal. Eles também são reconhecidos como artistas Sérgio Assad compôs outro concerto para o Duo, Em outubro de 2012 na Pro-Music Chamber prolíficos, principalmente para as gravadoras entitulado “Phases,” que estreou com a Seattle Orchestra em Columbus (Ohio), o Duo estreou Os irmãos brasileiros Sérgio e Odair Assad são Nonesuch e GHA. Em 2001, a Nonesuch lançou Symphony em fevereiro de 2011. Entretanto, um novo concerto para dois violões, feito para considerados uma referência unânime para os “Sérgio and Odair Assad Play Piazzolla,” que mais ele foi indicado para mais dois Grammys Latinos eles por Clarice Assad, a filha de Sérgio. Logo violonistas, criando um padrão de inovação para tarde ganhou um Grammy Latino. A sua sétima na categoria de Melhor Composição Clássica depois, os irmãos voltaram à University of Ari- o violão com geniosidade e expressão. gravação pela Nonesuch é entitulado “Jardim para as composições “Interchange” (LA Guitar zona in Tucson como artistas visitantes com o Abandonado” (2007), título de uma música de Quartet e Delaware Symphony) e “Maracaipe” apoio da D’Addario Family Foundation. Eles A sua origem artística e performance inquietante António Carlos Jobim. Este disco foi indicado (Beijing Guitar Duo). No outono de 2011, cinco foram a atração principal do 4th International vêm de uma família rica em tradição musical brasi- para o Grammy Latino na categoria Melhor membros da Família Assad reuniram-se nova- Tucson Guitar Festival com duas apresentações leira e de estudos com a violonista/lutenista Monina Álbum Clássico, onde Sérgio ganhou o prémio mente: Sérgio, Odair, Badi, Clarice e Carolina no Holsclaw Hall e masterclasses para estudan- Távora (1921-2011), uma discípula de Andrés de Melhor Compositor pela sua música “Tahhiyya – para mais uma noite de clássicos e novas obras tes de violão avançado. Na primavera de 2013, Segovia. Além de estabelecer novos padrões de Li Ossoulina.” brasileiras. A turné passou pelo Qatar, Suécia, Sérgio e Odair planearam uma outra turné com interpretação, os Assad influenciaram vastamente Alemanha, Holanda (para abrir o “Brazil Festival”) o inimitável Paquito D’Rivera, assim como um na criação e introdução de novas músicas para dois Uma colaboração pela Nonesuch com a Nadja no Amsterdam Concertgebouw e três concertos lançamento de um disco do seu projeto “Dan- violões. A sua incontestável virtuosidade inspirou Salerno-Sonnenberg em 2000 apresentou uma na Bélgica, com o finale no Le Palais des Beaux ces from the New World”. Em 2014, os irmãos uma ampla gama de compositores a escreverem coleção de peças baseadas em músicas tradicio- Arts, em Bruxelas. embarcam numa turné brasileira que comemora músicas especialmente para os dois: Astor Piaz- nais, folclóricas e ciganas do mundo inteiro. Em 50 anos de carreira. Em 2015, a turné continua, zolla, Terry Riley, Radamés Gnattali, Marlos Nobre, 2003, Sérgio Assad compôs um triplo concerto A colaboração entre o duo e o violoncelista Yo-Yo culminando no total de 27 cidades brasileiras. Nikita Koshkin, Roland Dyens, Jorge Morel, Edino para este trio que se tem apresentado com as Ma continua. Em 2003, o disco “Obrigado Brazil” Krieger e Francisco Mignone. orquestras de São Paulo, Seattle e a Saint Paul foi lançado apresentando Rosa Passos, Egberto

36 37 Pavilhão ENTRADA Orquestra Filarmónica Portuguesa 14 Abril 14 Abril RUS sáb. / 21h00 Multiusos 5€ / 2.5€ sáb. / 21h00 com Pavel Milyukov

ORQUESTRA FILARMÓNICA PORTUGUESA de uma marca que pretende valorizar o elemento Osvaldo Ferreira, é atualmente o Diretor Artís- COM PAVEL MILYUKOVRUS humano, baseada na autenticidade das relações tico da Orquestra Filarmónica Portuguesa e da artísticas com todas as partes interessadas. Sociedade de Concertos de Brasília. Foi o diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica Pertencer à família da Orquestra Filarmónica do Paraná de 2011 a 2014 e diretor da Oficina Portuguesa significa partilhar valores, promover de Música de Curitiba. a troca de ideias e constituir-se como um espaço de fomento à criatividade. Apostamos no espírito Em Portugal, foi diretor artístico da Orquestra do de equipa, no pensamento crítico, na inteligência Algarve, diretor artístico do Festival Internacional coletiva, no respeito pela diversidade e ainda pela de Música do Algarve, diretor e administrador do ousadia e auto-superação. Teatro Municipal de Faro. Gravou vários CDs com obras de autores portugueses para a Editora Numé- Acreditamos que a orquestra é um veículo de rica e um CD duplo com Sinfonias de Mozart. Com aprendizagem que provoca impacto em todos a Orquestra do Algarve, apresentou-se em Viena, os setores sociais e culturais da sociedade e que Bruxelas, Lisboa, Sevilha, Porto, Curitiba e Londres. aproxima diferentes grupos etários, desenvolve e provoca os talentos, e cria relações duradouras. Da sua vasta carreira destaca-se o trabalho à frente de importantes orquestras, tais como, Orquestra Filarmonica de S. Petersburgo, Orquestra Sinfo- nica de Roma, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfonica Brasileira, Orquestra de Praga, Orques- tra Filarmonica de Lodz, Orquestra Filarmonica da Silesia, Orquestra Sinfonic de Nuremberga, PROGRAMA qualidade, atuando em todo o território nacional. Orquestra Filarmonica da Radio Renana, Orquestra A orquestra produz concertos sinfónicos, ópera e Nacional do Porto, Theatro Municipal do Rio de irá criar conexões com outros géneros artísticos PYOTR ILYICH TCHAIKOVSKY (1840-1893) Janeiro, Mozarteum de S. Petersburgo, Orquestra numa procura de desenvolvimento de eventos e Concerto para violino do Teatro Nacional S. Carlos em Lisboa, Orques- espetáculos criativos. tra do Teatro Olimpico de Vicenza, Orquestra da IGOR STRAVINSKY (1882-1971) A Orquestra Filarmónica Portuguesa apresentou o Extremadura de Espanha, Orquestra da Catalunha, A Sagração da Primavera seu concerto inaugural no dia 7 de Maio no Euro- North Shore Orchestra em Chicago, Orquestra do parque, tendo ainda atuado no Centro Cultural do Festival de Aspen nos Estados Unidos e ainda a Arade, no Algarve e no Festival Cistermúsica de OSVALDO FERREIRA Orquestra Nacional da Venezuela. Alcobaça (ainda com a designação de Orquestra Osvaldo Ferreira, na qualidade de diretor con- Realizou o Mestrado em direção de orquestra em Solista – Pavel Milyukov Euro-Atlântica). A reação do público, críticos espe- vidado, em 2017/2018 irá apresentar-se com Chicago e pós-graduação no Conservatório de São Maestro – Osvaldo Ferreira cializados e músicos de todo o país, foi unânime e a Orquestra Filarmonica de S. Petersburgo, Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Laureado elegeu este projeto como um dos mais importantes Orquestra Filarmonica Portuguesa, Orquestra em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. dos últimos anos no nosso país, pela sua qualidade Gulbenkian em Lisboa, Orquestra Filarmonica Recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival Fundada em Maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e e originalidade. de Qingdao na China, Orquestra Sinfonica de nos EUA, onde frequentou a American Conductors Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portu- A Orquestra Filarmónica Portuguesa é um projeto Nuremberg, Orquestra Sinfonica da Venezuela Academy. Foi assistente de Claudio Abbado em guesa integra um conjunto de músicos de elevado de dimensão nacional sob a Direção Artística do (onde gravará novo CD) e com a Orquestra Salzburgo e Berlim. Estudou ainda com Jorma padrão artístico. Os músicos são artistas premiados Maestro Osvaldo Ferreira, atualmente um dos mais do Estado Russo em Moscovo, entre outras. Panula e David Zinman, foi bolsista do Ministério em concursos nacionais e internacionais, ex-inte- representativos maestros nacionais. Irá ainda ministrar masterclass de direção de da Cultura de Portugal e da Fundação Calouste grantes da Orquestra Jovem da União Europeia e orquestra no Conservatório de S. Petersburgo, Gulbenkian em Lisboa. ainda músicos estrangeiros residentes em Portu- Desde a fundação a Orquestra Filarmónica Portu- no Conservatório do Luxemburgo e no Conser- gal que se juntaram neste projeto para criar uma guesa assentou a sua atividade em valores sólidos vatório de Música de Castelo Branco. orquestra que fosse uma referência e símbolo de e princípios humanos que se refletiram na criação

38 39 Orquestra Filarmónica Portuguesa Orquestra Filarmónica Portuguesa 14 Abril RUS 14 Abril RUS sáb. / 21h00 com Pavel Milyukov sáb. / 21h00 com Pavel Milyukov

Petrenko, Yuri Simonov, Pavel Kogan, Alexander INSTITUIÇÃO PÚBLICA ORÇAMENTÁRIA FEDERAL DE Sladkovsky, Robert Canetti, Maria Eklund, e Krist- CULTURA CASA DA MÚSICA DE SÃO PETERBURGO jan Järvi, entre outros. Desde 2008 que tem vindo a tocar como solista na St. Petersburg House of A Casa da Música da cidade de São Peterburgo realizadas 3165 apresentações nos palcos prin- Music e desde 2012 na Moscow Philharmonic. foi criada em Fevereiro de 2006 pela iniciativa do cipais da Rússia – Salão de concertos do Teatro Em 2016 é-lhe atribuída a “Order of Friendship”. Ministério da Cultura da Federação Russa. A tarefa Mariinsky, nas Filarmónicas de São Peterburgo Em 2017 e 2018 realizará concertos com a State principal desta Instituição é o desenvolvimento de e de Moscovo, na Filarmónica Federal de Águas Symphony Orchestra da República do Tartaristão, arte clássica musical, a conservação das tradições Minerais do Cáucaso, na Filarmónica de Sverdlovsk State Academic Svetlanov Symphony Orchestra de interpretação, a formação dos músicos jovens (cidade de Ekaterinburgo), nas Filarmónicas das of Russia e a Academic Symphony Orchestra da da Rússia e a preparação dos mesmos para os regiões próximas do rio Volga, bem como nos PAVEL MILYUKOV Moscow Philharmonic, entre outros. concursos e festivais internacionais. A atenção melhores palcos de São Peterburgo, quer dizer, fundamental é dada aos estudantes e formandos no palácio de Belosselskie-Belozerskie, na Capela, Nasceu em Perm, na Rússia em 1984. Com quatro Atualmente, toca com o violino que pertenceu a dos conservatórios a partir de 16 até 30 anos de também no estrangeiro: nos Centros russos de anos começou a ter aulas de música com Tatyana Joseph Szigeti construído por Pietro Guarneri. idade – solistas de especialidades de orquestra. ciência e cultura dos países europeus, nos palcos de Shevtsova e aos sete anos realizou o seu primeiro concertos de Musikaliska na cidade de Estocolmo e concerto com uma orquestra. Estou no Moscow O promotor de criação da nova Instituição e o no Brucknerhaus de Lince. Os ouvintes já conhecem State Tchaikovsky Conservatory na classe de Vla- Director artístico é violoncelista e maestro, Artista muito bem os nomes dos ciclos dos concertos, a dimir Ivanov. Em 2012, conclui a pós-graduação do Povo da Rússia, professor Serguei Rolduguin. saber: “Executantes jovens da Rússia”, “Seleção com distinção no mesmo Conservatório e em 2013 Anteriormente ele chefiava o conservatório Esta- musical da Rússia”, “Next: escolhidos”, “Música termina outro na Universität für Musik und Dars- tal de São Peterburgo N.A.Rimskiy-Korsakov (em das estrelas”, “Rio dos talentos”, “Terças-feiras tellende Kunst in Graz (classe de Boris Kuschnir). 2003-2004). “Para atividade criadora bem suce- russas”, “Quintas-feiras russas”, “Embaixada de Atualmente está a estudar no Vienna Konserva- dida, dentro do jovem executante deve aparecer mestria”. No decorrer dos anos mencionados o torium. Por duas ocasiões recebeu bolsas da St. a responsabilidade séria de concerto, portanto o público conheceu tanto os solistas quem come- Petersburg House of Music e Bank Rossiya. Em encontro com o público que é “o melhor professor” çam a fazer a sua carreira e preparam-se para 2008, integrou um grupo de músicos jovens com – distingue radicalmente um concerto de estudo de os concursos internacionais, como os laureados o presidente Vladimir Putin. um concerto público. Em tais apresentações um dos concursos de prestígio e as estrelas jovens, os solista jovem não se apresenta como aluno que Vencedor de várias competições internacionais, nomes dos quais são bem conhecidos na Rússia experimenta as suas forças, mas como profissional nomeadamente em Kloster Schöntal (2.º prémio, e no estrangeiro. Durante os anos citados os 370 do qual todos esperam um acontecimento criador 2003), Astana (Grand Prix, 2008), Seoul (2.º pré- mil ouvintes assistiram apresentações dos solistas musical” - acredita o professor Serguei Rolduguin. mio, 2012), International Robert Canetti Compe- da Casa da Música. tition (1.º prémio, 2005), Vibrarte international A Casa da Música da cidade de São Peterburgo A Casa da Música da cidade de São Peterburgo competition em Paris (1.º prémio, 2008), David propõe aos participantes dos seus programas, encontra-se no monumento único de arquitetura – Oistrakh Competition em Moscovo (2.º prémio, unidos com o nome geral “Cursos superiores de Palácio do Grão-Príncipe Alexei Romanov, irmão do 2008) e o Aram Khachaturian Competition em interpretação”, as apresentações nos melhores Imperador Alexandre III (o arquiteto é o Sr. Maximi- Yerevan (1.º prémio, 2012). Em junho de 2015, palcos da Rússia, o estudo nos masterclasses dos liano Messmakher). Os concertos são realizados na Milyukov venceu o 3.º prémio na XV Internatio- mestres eminentes, a aquisição da experiência de Sala Inglês do Palácio e os outros interiores nobres nal Tchaikovsky Competition. Dá masterclasses interpretação com a orquestra sinfónica. Todas pode-se contemplar na visita do Palácio. na Rússia e Brasil e já fez digressões pela Áustria, estas possibilidades são absolutamente gratuitas Bélgica, Brasil, China, Finlândia, França, Alemanha, para os músicos jovens. A parte considerável das Grécia, Itália, Portugal, Coreia do Sul e do Norte, despesas de realização dos projetos juvenis da Casa Espanha, Suécia e Suíça. da Música da cidade de São Peterburgo estão a arcar os benfeitores. Já trabalhou com vários maestros, nomeadamente Valery Gergiev, Vladimir Spivakov, Mikhail Plet- Em 2006-2017 já foram realizados mais de 1190 nev, Vladimir Fedoseyev, James Conlon, Vasily concertos. No âmbito dos seus programas foram

40 41 MECENAS

15 Abril ENTRADA 20 Abril ENTRADA Forum Viseu 5€ / 2.5€ Museu Nacional Grão Vasco 5€ / 2.5€ dom. / 15&17h sex. / 21h00

CONCERTO DE LAUREADOS DO 11.O CONCURSO MONIKA STREITOVÁSVK E PEDRO RODRIGUES DE INSTRUMENTISTAS DO CONSERVATÓRIO Encomenda do Festival - Com estreia de 4 obras portuguesas

15h00 - Categoria A, B, C de Março’18, não ultrapassem 10 anos de idade); PROGRAMA 17h00 - Categoria D, E, F Categoria C – Básico (para inscritos nos 1.º e 2.º Graus); Categoria D – Básico (para inscritos nos JAIME REIS (n. 1983) JOSÉ CARLOS SOUSA (n. 1972) Se o talento é aplaudido, o trabalho que está 3.º e 4.º Graus); Categoria E – Básico e Comple- Sândalo. Prata.* Reflexo das Sombras* por trás e que o potência é o mais importante no mentar (para alunos inscritos nos 5.º, 6.º Graus. para guitarra e flauta para flauta e guitarra caminho para a excelência na música. No Con- 5.º grau e 1.º ano do curso complementar de servatório Regional de Música de Viseu Dr. José Canto); Categoria F – Complementar (para alunos JOSÉ CARLOS SOUSA (n. 1972) AMÍLCAR VASQUES-DIAS (n. 1945) Azeredo Perdigão, todas as semanas conduzimos inscritos nos 7.º, 8.º Graus. 2.º e 3.º anos do alliveS FLOR-MEDRONHO* os nossos alunos por várias horas de estudos e curso complementar de Canto). para guitarra e eletrónica Subtítulo: Março de 2018: o medronheiro já está car- diferentes técnicas. Procuramos dar as melhores Cada participante, cerca de 500 na edição deste regado de pequeninas flores-campânulas… mas ainda ferramentas para que cada aluno possa crescer e ano, apresentou duas obras de livre escolha e de EVGUENI ZOUDILKINE (n. 1968) tem medronhos evoluir no seu instrumento de eleição. No entanto, carácter contrastante e foi avaliado segundo o seu Illusiones II* para flauta e guitarra os melhores resultados aparecem quando esse domínio da técnica e expressividade. Os melhores, para guitarra e flauta trabalho é explorado diariamente, dentro e fora quase 50 premiados e várias menções honrosas, * – Estreia mundial – Encomenda do FIMPViseu da sala de aula. apresentam o seu trabalho neste dia. JAIME REIS (n.1983) O Concurso de Instrumentistas do Conservatório, Fluxus, Dimensionless Sound (B) Enche-nos de orgulho o talento que brota destes criado há onze anos, serve precisamente para para flauta e eletrónica novos músicos e esperamos que este concurso reconhecer esse esforço. Os alunos concorrentes seja um incentivo para continuarem a dedicar-se serão distribuídos por 6 categorias em cinco áreas com a mesma alegria e, para aqueles que ficaram instrumentais e canto: Flauta – Monika Streitová de fora este ano, esperamos que para o ano de Guitarra - Pedro Rodrigues Categoria A – Iniciação (para alunos que, em 19 2019 nos possam mostrar do que são capazes. Eletrónica – Jaime Reis e José Carlos Sousa de Março’18, não ultrapassem 8 anos de idade); Categoria B – Iniciação (para alunos que, em 19

42 43 20 Abril Monika StreitováSVK e Pedro Rodrigues 20 Abril Monika StreitováSVK e Pedro Rodrigues sex. / 21h00 sex. / 21h00

4 NOVAS OBRAS DE COMPOSITORES PORTUGUESES

EVGUENI ZOUDILKINE ILLUSIONES II para guitarra e flauta

A obra Illusiones II desenrola-se num discurso começa. Por outro, são audíveis vários momentos global contínuo, apresentando em simultâneo de desencontro. Um destes momentos está pre- certos aspetos texturais, sonoros e harmónicos sente na 2.ª metade da obra, caracterizado pelos distintos. No discurso da obra são audíveis várias efeitos específicos tanto na flauta como na guitarra. etapas (secções) com diferentes densidades rít- Em alguns fragmentos da obra, a expressividade micas e sonoras. Estas secções desenvolvem-se criada em gestos tímbricos de flauta faz lembrar gradualmente até “conquistar” a sonoridade e outra obra do compositor, Illusiones para grupo a expressividade características do fim da obra. instrumental, fato que explica o título da obra para Discursividade está sempre presente – tanto a flauta e guitarra. Quanto à guitarra, no discurso deste nível da estrutura global, como na forma como os instrumento são reforçados elementos com caracte- dois instrumentos desenrolam os seus discursos, rísticas de ostinato. O ostinato “trava” a densidade como se encontram e como se separam. gestual da flauta na última secção da obra, quando Por um lado, flauta e guitarra criam gestos comuns a guitarra “insiste” na repetição de uma série de em certos momentos da obra, e assim que a obra harmónicos até a flauta terminar o seu discurso.

JOSÉ CARLOS SOUSA AMÍLCAR VASQUES-DIAS REFLEXO DAS SOMBRAS FLOR-MEDRONHO para guitarra e flauta para flauta e guitarra Esta obra, escrita entre fevereiro e março de os timbres e os gestos musicais que um dos ins- Apesar da natureza/textura rugosa e dura do Claro que a música não pode ‘descrever’ nem 2018, resulta de uma encomenda do Festival trumentos produziu. Este jogo apresenta-se, por arbusto/árvore MEDRONHEIRO, os seus frutos ‘representar’ a força, a beleza, o encanto e a Internacional de Música da Primavera de Viseu. vezes, de uma forma não muito clara, tal como MEDRONHOS - não sendo lisos - contrastam com imponência desta realidade física contrastante: O material básico para a construção desta peça uma sombra que não tem os contornos comple- a delicadeza das pequeninas flores-campânulas um medronheiro em flor…com frutos resultantes assenta na exploração do conceito de reflexo e tamente definidos. que persistem em ‘preparar’ novos frutos ainda de uma floração anterior…! também na ideia de sombra; reflexo e sombras, Reflexo das Sombras – é dedicada à flautista em presença dos medronhos ‘velhos’…! (ver foto não de objetos, mas de sons. Ao longo da peça, Monika Streitová e ao guitarrista Pedro Rodrigues. de um dos vários medronheiros que tenho aqui a guitarra e a flauta vão imitando ou refletindo, no monte, perto de casa).

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MONIKA STREITOVÁ Espaço para a Crítica da Nova Música, acerca do Paris, Santo Tirso, Música Viva, Sernancelhe, recital no CCB Lisboa.) Caruso Festival, Miguel Llobet, Forfest Kromeriz, Monika Streitová, flautista, investigadora e Vital Medeiros entre outros. Estreou mais de 60 professora de flauta na Universidade de Évora. “It was always a great pleasure for me to hear obras dos mais importantes compositores portu- Graduou-se com a classificação máxima na Uni- Monika Duarte Streitová playing, her musicality gueses como João Pedro Oliveira, Cândido Lima, versidade de Bratislava(Eslováquia) no Departa- and sensitivity. I am continuously convinced Isabel Soveral, Sara Carvalho, António Sousa mento de Música e Artes Dramáticas, onde se that Monika Duarte Streitová is a great talent Dias, José Luís Ferreira, Carlos Caires entre especializou em flauta transversal. Nesta univer- of the flute playing, and also a very intelligent outros. Muitas destas obras foram-lhe dedicadas. sidade realizou os seus estudos de doutoramento and sensible musician.” (István Matuz, Profes- Em 2010 criou com Monika Streitová e José Luís em Interpretação de Música Contemporânea sob sor of the Debrecen University and International Ferreira o Machina Lírica Ensemble, agrupa- a orientação de M. Jurkovic. Realizou investiga- Concert-soloist). mento especialmente dedicado à divulgação da ção científica de pós-doutoramento na Univer- JAIME REIS música contemporânea. Fez gravações para RTP, sidade de Aveiro e faz parte de uma unidade de RDP, RTM, SABC, Cesky Rozhlas, WIPR e gravou Lic. em Composição na Uni. de Aveiro, onde rece- investigação do Instituto de Etnomusicologia da discos com as editoras Numérica, Nuova Vene- beu três bolsas de mérito. Frequentou seminários Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da PEDRO RODRIGUES zia, Portugaler, Slovartmusic e JNS Music e foi com Emmanuel Nunes e K. Stockhausen. Investiga Universidade Nova de Lisboa. O seu repertório solista com a Orquestra Gulbenkian, Filarmonia no INET-md. Fundador e diretor artístico do Festi- inclui mais de cem estreias mundiais. Trabalhou, Vencedor do Artists International Auditions (Nova das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra de val DME (desde 2003; com o qual já organizou mais com as estações BBC, ORF2 Viena e BRB Berlim. Iorque), Concorso Sor (Roma), Prémio Jovens Câmara de Cascais e Oeiras entre outras. Cola- de 50 edições). Como compositor tem apresentado Gravou 5 CD a solo e 18 CD com vários grupos Músicos e premiado nos concursos de Salieri-Zi- borou com a Orchestrutópica, Grupo de Música a sua música em países como: Alemanha, Áustria, musicais. O seu CD “Luminiscence”, a solo, netti, Paris, Montélimar, Valencia, Sernancelhe Contemporânea de Lisboa, Grupo Música Nova Bélgica, Brasil, Chile, China, Coreia, Espanha, Esta- recebeu a mais elevada menção por parte da entre outros, Pedro Rodrigues iniciou o seu e Miso Music Portugal. É igualmente convidado dos Unidos da América, Filipinas, França, Grécia, crítica da Rádio 2 da República Checa. “Dual”, percurso musical aos 5 anos de idade, tendo com regularidade para lecionar masterclasses Holanda, Itália, Japão, Mónaco, Polónia, República o CD com cinco obras em estreia mundial, gra- estudado com José Mesquita Lopes na Escola em conservatórios e universidades na Europa, Checa, Rússia, Turquia, Ucrânia; e trabalhado com vado com a pianista Sofia Lourenço e editado de Música do Orfeão de Leiria onde terminou América do Norte e Sul, África e Ásia. As suas entidades como: IRCAM, KCMD, Musik Fabrik, em Março de 2008 foi apresentado na Casa da os estudos com a classificação máxima como transcrições e edições estão editadas pela Mel ZKM, Musiques & Recherches. Tem lecionado em Música no Porto. Tem-se apresentado, quer em bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Bay Publications, AVA Editions e Notação XXI. instituições como: Cons. Mús. Seia, Inst. Piaget, projetos a solo, quer em diversas formações, em Participou em masterclasses com David Russell, Como investigador, proferiu conferências em EMNSC, FCSH-UNL. É professor na ESART-IPCB. vários países, destacando-se a Alemanha, Áus- Leo Brouwer, Joaquin Clerch e Darko Petrin- Inglaterra, Brasil e Portugal dedicadas às temá- Diretor do espaço Lisboa Incomum. tria, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Espanha, jiak. Posteriormente estuda com Alberto Ponce ticas da transcrição e da música contemporânea. França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Japão, na École Normale de Musique de Paris onde Enquanto divulgador, criou com João Paulo Polónia, Portugal, República Checa, República recebe os Diplomas Superiores de Concertista Henriques a Revista Guitarra Clássica e, mais Eslováquia e Suíça. A propósito do seu trabalho a em Música de Câmara e Guitarra, este último recentemente criou e apresentou o programa revista Ípsilon do jornal o Público de 27/09/2010 com a classificação máxima, unanimidade e feli- “Seis Cordas Para Um País” transmitido na dizia o seguinte: “Destaquem-se ainda os espe- citações do júri. Sob a orientação de Paulo Vaz Antena 2. Foi professor na Escola de Música taculares intérpretes Monika Streitová (flauta) e de Carvalho e Alberto Ponce, concluiu em 2011 do Conservatório Nacional de Lisboa, Escola de Pedro Rodrigues (guitarra), que mostraram que o Doutoramento na Universidade de Aveiro como Música do Porto e presentemente é Professor a música contemporânea tem hoje em Portu- bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnolo- Auxiliar no Departamento de Comunicação e gal soberbos intérpretes à disposição.” (Pedro gia. Apresentou-se a solo em salas reconhecidas Arte da Universidade de Aveiro. Boléo, musicólogo e crítico de música; Jornal internacionalmente como o Carnegie Hall de Público). “Monika Streitová e Pedro Rodrigues, Nova Iorque, a Salle Cortot de Paris, National tanto enquanto Ensemble como individual- Concert Hall de Taipei, Ateneo de Madrid, Sala mente, mostraram qualidades extraordinárias Manuel de Falla de Madrid, Endler Hall de Cape de interpretação, nomeadamente uma enorme Town, India International Centre de New Delhi, EVGUENI ZOUDILKINE segurança, sensibilidade, garra e capacidade Sala Raúl Juliá de San Juan, Centro Cultural de de adaptação a textos musicais de qualidades Belém, Casa da Música, o Grande Auditório da Nasceu em Borovsk (Rússia), e estudou no Con- distintas e diversas.” (Tiago Cabrita, compositor; Fundação Gulbenkian e os festivais de Mikulov, servatório Superior Tchaikovsky de Moscovo,

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onde concluiu o Mestrado em Composição res portugueses para enciclopédias nacionais Na Holanda, desenvolveu atividade artística e em 1991 sob a orientação de Albert Leman e e estrangeiras. Fez parte do júri de diversos pedagógica como pianista e como compositor Constantin Batashove. Posteriormente faz a Concursos internacionais de instrumento e de durante 14 anos. sua Pós-graduação no mesmo Conservatório. composição. Como pianista, interpreta a sua música e utiliza Frequentou ainda vários cursos de análise, com- Atualmente é Professor Auxiliar de Composição a improvisação como um meio de expressão, posição, direção e pedagogia. Em 2004 concluiu e de Análise Musical na Universidade de Aveiro, tendo realizado concertos em Portugal, Espanha, o Doutoramento em Composição na Universidade onde orientou diversas teses de mestrado e de Holanda, Bélgica, França e nos Estados Unidos de Aveiro. doutoramento em música. da América. As suas obras têm resultado de encomendas de Como compositor, tem recebido encomendas de várias instituições, entre as quais o Festival de várias instituições públicas e privadas holandesas Música e Dança de Filadélfia, o Festival de Música JOSÉ CARLOS SOUSA e portuguesas no âmbito da música de câmara de Espinho, EPAE, o Concurso Internacional de instrumental e vocal, ou eletroacústica, orquestra José Carlos Almeida de Sousa nasceu em Viseu Violino de Lisboa, IARTES, Casa da Música, o sinfónica, orquestra de metais, coro a cappella – Portugal, em 1972. Iniciou os seus estudos Festival de Guitarra de Guimarães, e muitas e acompanhado, obras multimédia, ópera, e musicais no Conservatório Regional de Música encomendas de diversos músicos e grupos de música para filme e teatro. Dr. José de Azeredo Perdigão, na sua cidade grande prestígio internacional. natal onde concluiu o curso geral de composição A sua música tem sido tocada em Portugal e em Laureado com vários prémios internacionais de em 1995. outros países da Europa, da América e do Japão, composição, Evgueni Zoudilkine tem visto as suas nomeadamente em festivais de música contem- Em 1996 prossegue os seus estudos na Universi- obras interpretadas na Rússia, Polónia, Ucrânia, porânea. Tem diversas obras gravadas em vários dade de Aveiro, onde concluiu a sua Licenciatura Croácia, E.U.A., Japão, Espanha, Argentina, CD’s editados na Holanda e em Portugal, sendo em Composição, no ano de 2000. Uruguai, Itália, Portugal, entre outros países. alguns exclusivamente de sua autoria. Estudou composição e música eletrónica com Tem desenvolvido uma intensa atividade peda- AMÍLCAR VASQUES-DIAS Paralelamente à sua atividade de compositor, Evgueni Zoudilkin, João Pedro Oliveira e Isabel gógica, dando cursos de composição, análise e Nasceu em Badim, Monção. Efetuou estudos mantém atualmente projetos de fusão do piano Soveral. Frequentou ainda vários seminários orquestração em Filadélfia (E.U.A.), Poznaam superiores de Piano e de Composição nos Con- “erudito” com músicas tradicionais, nomeada- de composição e música eletrónica orientados (Polónia), e Cosenza (Itália). servatórios de Música do Porto e de Braga. Foi mente com o cante alentejano em Em Cante: uma pelos compositores: Jorge Antunes, Alain Sève, Residente em Portugal desde 1993, criou o curso bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da música do Alentejo, com Manuel Caldeira e Pedro Tomás Henriques, Flo Menezes, François Bayle Teoria e Composição da Escola Profissional de Secretaria de Estado da Cultura para o Curso Calado, cantadores do Grupo Cantares de Évora, e Emmanuel Nunes. Arcos do Estoril, único no país. Orientou nume- Superior de Composição Instrumental e Ele- e com o cante flamenco, com a cantaora Esther Em Junho de 2005 concluiu, na Universidade rosos seminários e cursos de Linguagem Musical, troacústica no Conservatório Real de Haia, na Merino. Conheceu e acompanhou José Afonso de Aveiro, um mestrado em música com espe- Orquestração e Análise e Técnicas de Compo- Holanda, onde foi aluno de Louis Andriessen, em 1978, na Holanda, e desde então dedica-se cialização em composição, subordinado ao tema sição na Academia de Música de Espinho, na Peter Schat, de Jan van Vlijmen e de Dick Raai- ao estudo e recriação da sua música, tendo criado “O Timbre e suas Metamorfoses no Processo Universidade Católica do Porto, no Conservatório jmakers. Destaca-se a formação que teve com com o violinista Luís Pacheco Cunha e a cantora Composicional da Música Eletroacústica”. de Música de Coimbra, na Fundação Calouste Karlheinz Stockhausen, na Holanda, com Iannis Esther Merino o projeto “José Afonso: de ouvido Gulbenkian em Lisboa, nos Cursos de Outono de Xenakis, em Aix-en-Provence, em França, e com e coração”. Já lecionou na Universidade de Aveiro e no Ins- Oeiras, no Instituto Piaget, na Universidade de Cândido Lima, em Portugal, considerando estes tituto Piaget em Viseu. Desde o seu regresso da Holanda, em 1988, foi Maputo (Moçambique), em Cosenza (Itália) entre compositores/professores os que mais o influen- docente nas Escolas Superiores de Música de Foi conjuntamente com Paula Sobral organizador outras instituições em diversos países. ciaram na sua formação de músico e compositor. Lisboa e do Porto, na Universidade de Aveiro e e diretor artístico do Concurso e Festival Inter- Em 1989, conheceu Fernando Lopes-Graça a Deu aulas de Análise e de Orquestração na licen- na Universidade de Évora. Foi mentor e diretor nacional de Guitarra Clássica de Sernancelhe, quem deu a conhecer os seus trabalhos de com- ciatura em música da Universidade Católica do artístico do Encontro do Alentejo de Música do durante 15 edições consecutivas. posição realizados na Holanda. É a partir deste Porto, e no curso de mestrado em Direção de Séc. XXI, desde 1998 até 2009. Atualmente, a convívio que começa a dar mais atenção à música Foi o criador do Festival de Música da Primavera orquestra de sopros no Instituto Piaget de Viseu. convite da Câmara Municipal de Évora, é o dire- tradicional portuguesa, manifestando-se a sua de Viseu, que organiza desde 2008 exercendo tor artístico do festival 20.21 ÉVORAMÚSICA. Elaborou diversos artigos sobre composito- influência em algumas das suas peças. também o cargo de Diretor Artístico do Festival.

48 49 20 Abril Monika StreitováSVK e Pedro Rodrigues 21 Abril Câmara Municipal de Viseu ENTRADA sex. / 21h00 sáb. / 21h00 GRATUITA

Em 1995 ganhou o primeiro prémio do 1.º con- 1.A PARTE curso de composição do conservatório onde estu- DONG JUN MIAOCHN dou, com a obra infantil para piano, Almofada. No Concurso de Composição Eletroacústica “Música Viva 2000”, foi agraciado com uma Menção Honrosa. Em Abril de 2001 foi premiado com a sua obra Viagem no referido concurso, integrado na Porto 2001 Capital Europeia da Cultura. A sua música tem sido tocada em várias cidades portuguesas e em vários festivais de música: Festival Música Viva (Portugal), Primavera en La Habana (Cuba), Aveiro Síntese (Portugal), “33e Festival International des Musiques et Créations Eletroniques” (Bourges – França), Concurso e Festival Internacional de Guitarra (Sernancelhe – Portugal), 14th World Saxophone Congress (Slo- venia), “Guitarmania” – Festival Internacional de Guitarra Clássica (Almada – Portugal), Festival de Guitarra de Valência (Espanha), Festival Dias de Música Eletroacústica (Seia – Portugal), “Síntese” PROGRAMA DONG JUN MIAO – Ciclo de Música Contemporânea da Guarda Depois dos seus estudos na China, na Academia (Portugal), Festival Internacional de Guitarra de BACH-BUSONI de Piano de Gulangyu, classe do professor Xiao Santo Tirso (Portugal), Festival Internacional de 2 Choral:”Nun komm, der Heiden Heiland” Wu, aperfeiçoa a sua arte nos quadros da École Música da Primavera de Viseu (Portugal), 8.º “Nun freut euch, lieben Christen g’mein” Normale de Musique de Paris sob orientação do Festival International Guitar´Essonne – (Paris – professor Marian Rybicki. França). Dias de Música Eletroacústica no Santa J. BRAHMS (1833-1897) Cruz Air Race 2013 (Portugal) entre outros. Variations on a Theme of Paganini, Op. 35, book 1 É laureado em diversas competições internacio- nais. O galardão mais recente foi-lhe atribuído Algumas das suas obras resultam de encomendas no Concurso Internacional de Piano de Viseu, de várias instituições como Festivais Interna- F. CHOPIN (1810-1849) mas destacam-se ainda prémios nos concursos cionais de Música, Universidades, Museus e Ballade Op.38 Amadeo em Aachen na Alemanha (2014) e Jeu- Câmaras Municipais. Mazurka Op.33 No. 1, 2 Polonaise Op.53 nes Pianistes em Hong Kong (2009). Atualmente é professor de composição no Enquanto concertista começa a sua atividade Conservatório de Música de Viseu, exercendo com 17 anos, em 2013, ao integrar a Orquestra também o cargo de Diretor Pedagógico do Con- Filarmónica de Xiamen (China). Já em França, servatório desde 2004. recebe em 2016 o Diploma de Superior Execução com distinção do Júri ao concluir a formação na Ecole Normale de Musique de Paris. Teve, por mais do que uma ocasião, a honra de atuar na Salle Cortot (Paris) e atualmente está a preparar-se para competir no Concurso Interna- cional Frédéric Chopin em Varsóvia.

50 51 1P. Dong Jun MiaoCHN 1P. Dong Jun MiaoCHN 21 Abril UKR 21 Abril UKR sáb. / 21h00 2P. Ana M. Pinto, Anícia Costa, Svitlana Kocheleva sáb. / 21h00 2P. Ana M. Pinto, Anícia Costa, Svitlana Kocheleva

2.A PARTE reira dos “Encontros Internacionais de Jovens música (ramo piano e acompanhadora) na Escola ANA M. PINTO, ANÍCIA COSTA, SVITLANA KOCHELEVAUKR Pianistas em Viseu” em 2000, 2001 e 2002. Superior de Música “V. S. Kosenko”, Ucrânia. Frequentou masterclasses orientadas por Anne Completou o Curso Superior de Música (piano, Queffélec, Marian Rybicki, Claude Helffer. Tem acompanhadora) da Universidade “A. S. Maka- realizado concertos/recitais de piano como renko”, Sumy. Licenciou-se igualmente em acompanhadora ao piano. Ensino de Música (ramo de piano, acompanha- dora) pela Universidade de Sumy. Exerceu funções docentes na Escola de Música na Ucrânia e na Escola Superior de Arte – Rússia, ANÍCIA COSTA na qual lhe foi conferida a categoria de “Pro- fessor de Categoria Superior”. Foi professora Anícia Costa iniciou os seus estudos musicais no de piano no Conservatório Regional de Ponta Conservatório Regional de Música de Viseu “Dr. Delgada, Açores. Desde o ano letivo 2009/10 José de Azeredo Perdigão”, integrando a classe é docente do Conservatório de Música de Viseu do Professor José Miguel Amaral. Dr. José de Azeredo Perdigão, onde leciona a Em 2012, ingressou na Universidade de Aveiro, disciplina de Piano tendo tido alunos laureados na Licenciatura em Música, onde trabalhou com e diplomados em inúmeros concursos nacionais os Professores Nancy Lee Harper e João Betten- e internacionais. court da Câmara. Em 2017, concluiu, na referida Em 2017 integrou os júris do II Encontro Inter- instituição, o Mestrado em Ensino de Música – nacional de Piano de Sardoal e do 2.º Concurso variante de Piano sob a orientação da Professora Internacional de Piano de Viseu. PROGRAMA ANA M. PINTO Shao Xiao Ling. Tem atuado em concertos como solista, came- Ana Mota Pinto, natural do Porto, iniciou os Atualmente, é docente de piano no Conservatório rista e pianista acompanhadora nas mais diversas W. GANZ (1833-1914) seus estudos musicais com a professora Licínia de Música e Artes do Dão e no Conservatório salas de concerto da Ucrânia e Rússia. Reside Qui Vive – Grand Galop Concert Horta em Viseu, prosseguindo-os na Escola de Regional de Música de Viseu “Dr. José de Azeredo em Portugal. Música do Porto com a professora Hélia Sove- Perdigão” onde desempenha, também, a função de S. RACHMANINOFF (1873-1943) ral e concluindo o Curso Superior de Piano no pianista acompanhadora. Colabora regularmente Romanze e Valse Conservatório de Música do Porto. com instituições de ensino da cidade de Viseu no que diz respeito a atividades extracurriculares Em 2008, na Universidade Católica Portuguesa L. BERNSTEIN (1918-1990) relacionadas com música. West Side Story – Centro Regional das Beiras, pólo de Viseu, con- (adaptação para piano a 6 mãos por cluiu o Mestrado em Administração e Organização Participou em masterclasses orientadas por D. Duarte/Nuno Silva) Escolar. Em 2015, no Instituto Piaget de Viseu, Madalena Soveral, Paulo Oliveira, Maria Gabriela concluiu o Mestrado em Ensino de Música – Ramo: Quel, Luís Pipa, Marian Rybicki, Carles Lama, Jean A. LAVIGNAC (1846-1916) Piano. Exerce funções docentes no Conservatório Fassina, entre outros. Tem participado em recitais Galop-Marche Regional de Música de Viseu “Dr. José de Azeredo de música de câmara em várias cidades do país. Perdigão” desde a sua abertura, lecionando a dis- A. YOSSIFOV (1940-2016) ciplina de Piano. Neste mesmo estabelecimento Ancient Dance de ensino, desempenhou funções de Direção Pedagógica (de 1996/97 a 2004/05). SVITLANA KOCHELEVA É professora do quadro do Agrupamento de Svitlana Kosheleva, natural de Sumy – Ucrânia, Escolas Grão-Vasco, Viseu (grupo disciplinar Piano a 6 mãos – Anícia Costa, iniciou aprendizagem global das disciplinas de 250 – Educação Musical). Ana M. Pinto, Svitlana Kocheleva música e da variante de piano aos sete anos. Participação especial: Daniel Simões Foi membro de júri e diretora executiva e tesou- Entre 1972-1976 efetuou os seus estudos de

52 53 MECENAS

22 Abril IPV, ENTRADA 22 Abril Orquestra Juvenil de Viseu com dom. / 17h00 Aula Magna 5€ dom. / 17h00 Coro Misto do Conservatório e Elisabete Matos

ORQUESTRA JUVENIL DE VISEU COM Esta orquestra está ancorada na parceria de um convite da Câmara Municipal de Évora, é o dire- CORO MISTO DO CONSERVATÓRIO E ELISABETE MATOS município que cada vez mais se tem afirmado como tor artístico do festival ‘20.21 ÉVORAMÚSICA’. polo cultural – Câmara Municipal de Viseu e de uma instituição com marca de qualidade formativa na educação artística – Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. José de Azeredo Perdigão. Tendo como pontos de partida uma dinâmica de formação contínua e integração dos recursos das várias instituições que se dedicam à prática musical no concelho de Viseu, a Orquestra Juvenil de Viseu tem como principais objetivos: a forma- ELISABETE MATOS ção de jovens músicos do Concelho de Viseu; a Elisabete Matos nasceu em Caldas das Taipas, formação de públicos; a realização de concertos Portugal. Estudou canto e violino no Conservatório pedagógicos para crianças do 1.º ciclo; a promo- de Música de Braga. Como bolseira da Fundação ção do património cultural da cidade e região. Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a Este projeto procura através das duas valências: fim de completar a sua formação com Ángeles cultura e formação, criar uma orquestra que Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel esperamos vir a ser reconhecida pela qualidade Zanetti. Estreou-se como Frasquita (Carmem) no do seu trabalho. Coliseu do Porto com o C. P. O. A Orquestra Juvenil de Viseu tem realizado vários Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo PROGRAMA concertos na cidade de Viseu nomeadamente na como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don abertura do Festival Internacional de Música da Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, J. SIBELIUS (1865-1957) A. BOITO (1842-1918) Primavera de Viseu, nas comemorações do dia do Las Palmas e Santander, participou, em 1997, “Finlândia” “L’altra notte in fondo al mare” Município, entre outros. Em 2016, participou nas na inauguração do Teatro Real de Madrid, inter- Ária de Margarida de “Mefistófeles” comemorações do 40.º Aniversário da Associação pretando Marigaila na estreia mundial da ópera K. JENKINS (n. 1944) Nacional de Municípios na cidade de Coimbra. Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente é convidada “Stabat Mater” G. VERDI (1813-1901) Apesar da sua juventude, a OJV conta já com um por Plácido Domingo para se estrear no papel de Cantus Lacrimosus “La luce langue” vasto repertório assente em diferentes formações, Dolly na Washington Opera, numa nova produção And the mother did weep Ária de Lady Macbeth de “Macbeth” épocas e compositores tais como: Vivaldi, Mozart, de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como Ave Verum Verdi, Schubert, Debussy, Bizet, Gershwin, Rutter, protagonista. De seguida, interpretou o mesmo Sancta Mater C. SAINT-SAENS (1835-1921) Dvorak, Beethoven. A Orquestra Juvenil de Viseu papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com “Bacchanale” de “Samson et Dalila é dirigida pelo maestro Cláudio Ferreira. G. PUCCINI (1858-1924) a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta “Vissi d’arte” vez com Plácido Domingo no elenco. Ária de Floria de “Tosca” Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maes- tranza de Sevilha e na Washington Opera, com Convidada Especial – Elisabete Matos, soprano Plácido Domingo como Rodrigue; a protagonista Participação especial de elementos do Projeto Xiquitsi de Maputo, Moçambique: de Margarita la Tornera, também com Plácido Kleyd Rogério Alfainho, Florêncio Alberto Manhique, Inérzio José Macome Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu Coro Misto do Conservatório – Direção Cristina Aguiar de Barcelona; Mimí em La Bohème, no Teatro de Orquestra Juvenil de Viseu – Direção Cláudio Ferreira São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, no Teatro

54 55 22 Abril Orquestra Juvenil de Viseu com 22 Abril Orquestra Juvenil de Viseu com dom. / 17h00 Coro Misto do Conservatório e Elisabete Matos dom. / 17h00 Coro Misto do Conservatório e Elisabete Matos

da Maestranza de Sevilha, no Teatro Arriaga de com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts reras e Mariella Devia, entre outros cantores de de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães, pelo Bilbao, em Jerez de la Frontera e no Teatro de de Valência; Lady Macbeth, na Ópera Nacional renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Senhor Presidente da Câmara, Doutor António Córdoba; Zazà, no Teatro Regio de Turim e na do Reno (Estrasburgo). Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido Magalhães, foi condecorada Grande-Oficial da Opéra de Nice; Elisabetta di Vallois, numa nova para todo o mundo. Gravou o Requiem de Suppé Ordem do Infante D. Henrique pelo Exmo. Senhor Estreou-se com grande êxito como Isolda (Tristan produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid, com o Coro e Orquestra da Fundação Gulben- Presidente da República Portuguesa, Professor und Isolde) no Teatro Campoamor em Oviedo; a no Teatro Nacional de São Carlos de Lisboa e em kian de Lisboa, sob a direção de Michel Corboz, Aníbal Cavaco Silva. sua estreia em Viena (no papel de Abigaille) e na Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Mas- para a Virgin Classics; e Margarita la Tornera, de Ópera de Los Angeles (Senta), sob a batuta de É detentora de vários prémios em concursos simo Bellini de Catania; Freia em Das Rheingold, R. Chapí, para a RTVE, com Plácido Domingo. James Conlon; Irene (Rienzi) no Liceu de Barce- nacionais e internacionais, tais como o Concurso em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; Também com Domingo gravou em DVD a ópera lona (papel que já estreara no Avery Fisher Hall em de Canto Luísa Todi, o Belvedere de Viena, entre o papel titular de Suor Angelica, no Palau de la Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Nova Iorque) e com a Odissey Ópera de Boston. outros. Recebeu também o prémio de final de Música de Valência; Tosca, no Teatro La Fenice Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Após o seu grande sucesso como Minnie (La Fan- curso Lola Rodriguez Aragón, o prémio Lyons da de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago ciulla del West) no Metropolitan Opera House de Lírica Italiana, o prémio Femina 2012, prémio em Chipre (com a Arena de Verona), no Coliseu Symphony Orchestra, dirigida por Daniel Baren- Nova Iorque, voltou em 2012 no papel de Abigaille Voz do Ano 2012, e a Medalha do Rotary Club do Porto, no Teatro de Messina, no Festival de boim. Gravou também Les Troyens (Cassandre), e em 2013 como Tosca, papel que interpretou de Caldas das Taipas. Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a numa produção de La Fura dels Baus do Palau de recentemente no Festival Internacional de Daegu Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Les Arts de Valência, dirigida por Valery Gergiev. Foi agraciada com a Medalha de Mérito Artístico, (Coreia do Sul) com a Ópera de Salerno, dirigida Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Com o Liceu de Barcelona gravou a tetralogia O outorgada pela Secretaria de Estado da Cultura. pelo Maestro Daniel Oren. Também com Daniel Real e em Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Anel do Nibelungo de Wagner, interpretando os Recentemente recebeu a Medalha de Honra da Oren interpretou Turandot no NCPA de Pequim. Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu papéis de Gutrune, Freia e Dritte Norne. Vila Das Taipas. de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Interpretou Le Roi Arthus em Estrasburgo; La Foi galardoada com um Grammy em 2000 pela Nápoles, Sevilha, Madrid e Los Angeles; Katia Gioconda no Teatro Nacional de São Carlos; gravação do papel titular de La Dolores, de Bretón, Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Turandot no Chile, Ópera de Berlim e Capitole com Plácido Domingo, para a Decca. De Janeiro Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, de Toulouse; Tosca em Palermo; Tristan und de 2012 a Janeiro de 2013, celebrou os seus 25 no Teatro alla Scala de Milão, dirigida por Riccardo Isolde em Toulouse. Recentemente agregou ao anos de Carreira Profissional. No âmbito destas Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real seu repertório o papel de Brunhilde ( Walküre) no celebrações, apresentou-se em concerto a 12 de de Madrid; Gutrune (Götterdämmerung) e Rosa Teatro Campoamor de Oviedo, com grande êxito Janeiro no Teatro Nacional de São Carlos, junto (Gaudí) no Liceu de Barcelona; Amelia de O Baile de público e critica. à Orquestra e Coro do Teatro, ao Coro Juvenil de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos de Lisboa, a Aquiles Machado, Juan Pons, Carlos Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza apresenta-se com frequência nas salas de con- Guilherme, Dora Rodrigues, Elvira Ferreira, Fran- de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa certo, interpretando habitualmente Lied e con- cisco Reis e Sofia Pinto, dirigidos pelo Maestro e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), certo sinfónico, num vasto repertório que vai Miguel Ortega, concerto este aclamado pelo em Toulon, no Metropolitan de Nova Iorque e na desde Bach até à música contemporânea. Desta- público e pela crítica. Staatsoper de Viena; a protagonista de Norma, no cam-se um recital de canções russas na Fundação Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Dos compromisos mais recentes, destacam-se Calouste Gulbenkian de Lisboa e no Festival de MARIA CRISTINA AGUIAR Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Recital de Canto e Piano com Artur Pizarro no A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Teatro Nacional de Sâo Carlos, Concerto de Ano Natural de Viseu, iniciou o estudo de canto no Cagliari, dirigida por Lorin Maazel, no Auditó- Oviedo e no Liceu de Barcelona; Turandot, em Novo e Masterclass no mesmo Teatro. Concerto Conservatório Regional de Música “Dr. José rio Nacional de Madrid, sob a direção de López Antuérpia, Gante, Jerez de la Frontera, Valên- 19 de Dezembro na Casa da Música do Porto com de Azeredo Perdigão” – Viseu, na classe da Cobos, e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos cia, no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin a Banda Sinfónica Nacional, Gioconda em Santiago professora Isabel Castro, concluindo o curso de Manuel de Falla, com a Chicago Symphony Maazel, Oviedo e Pequim (dirigida pelo Maestro de Chile, Nabucco em São Carlos, Lohengrin en sob a orientação da professora Cláudia Nelson. Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim; um Daniel Oren); La Gioconda, em Tóquio e Roma; Berlin e Paris entre outros.. Ingressou no Curso de Ensino de Música da concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sin- Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com Universidade de Aveiro, na área específica de fónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Elisabete Matos recebeu a condecoração de o Maggio Musicale Fiorentino) e no Metropolitan Canto, onde trabalhou com os Professores José Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo de Nova Iorque; Gutrune (Götterdämmerung), de Oliveira Lopes e António Salgado, tendo sido Wesendonck Lieder em Lisboa, etc. Em Março de Presidente da República Portuguesa, Doutor Jorge com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), galardoada com o Prémio Engenheiro António 2001, participou com Plácido Domingo, José Car- Sampaio; foi galardoada com a Medalha de Ouro

56 57 Orquestra Juvenil de Viseu com ENTRADA 22 Abril 24 Abril Teatro Viriato MECENAS dom. / 17h00 Coro Misto do Conservatório e Elisabete Matos ter. / 21h00 5€ / 2.5€

de Almeida, por se ter licenciado com a mais QUARTETO CONTRATEMPUS alta classificação. Frequentou, ainda, o Curso “As sete mulheres de Jeremias Epicentro” de Jorge Prendas. Uma ópera cómica. Superior de Canto da Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, do Instituto Politéc- nico do Porto, e participou em diversos cursos Texto Original – Mário João Alves de interpretação, técnica vocal e direção coral. Composição – Jorge Prendas Encenação – António Durães Mestre em Música pela Universidade de Aveiro, Interpretação – Teresa Nunes (Soprano), e doutorada em Estudos da Criança – Educação Ana Santos (Mezzo-soprano), Crispim Luz (Clarinete), Musical, pela Universidade do Minho, integra Susana Lima (Violoncelo) e Brenda Vidal Hermida (Piano) atualmente a Área Científica de Arte e Expressões Apoio ao Movimento – Cláudia Marisa Criativas, do Departamento de Comunicação e Espaço Cénico – Marta Figueroa Arte da Escola Superior de Educação de Viseu; Figurinos – Sofia Silva é professora de Canto e Coro no Conservatório Modelação e Corte – Sofia Silva e Cláudia Ribeiro Regional de Música de Viseu, sendo maestrina Costureira – Marlene Rodrigues do Coro Misto e do Coro de Câmara do mesmo Desenho de Luz – Mariana Figueroa Conservatório. Desenho de Som – Pedro Lima Tem realizado diversos concertos como solista Multimédia / Vídeo / Tecnologia Wearable – Hugo e como maestrina, a par da orientação de Edgar Mesquita Workshops de Canto e de Técnica Vocal. É Produção – Carlos Pinto membro do Centro de Investigação em Estudos Divulgação – Sandra Carneiro FOTOGRAFIA DE PEDRO SARAIVA. da Criança (CIEC) da Universidade do Minho, centrando a sua investigação na área do ensino do canto. “Esta é a história de Jeremias Epicentro, um QUARTETO CONTRATEMPUS D. Giovanni moderno e incansável. Mas Jere- O Quarteto Contratempus é um coletivo de mias é um enorme sedutor que se apaixona e Música de Câmara Contemporânea. Fundado desapaixona num pequeno espaço entre quatro em 2008 pelos músicos Teresa Nunes (Soprano), paredes. É um sedutor solitário. Crispim Luz (Clarinete), Susana Lima (Violoncelo) Os sentidos de Jeremias vivem do mesmo e Brenda Vidal Hermida (Piano) no contexto aca- modo o real e o virtual. Na sua hiperatividade démico da ESMAE (Porto). emocional, Jeremias Epicentro seduz, por isso, Desde 2014 este coletivo tem-se dedicado à as personagens com que joga, as atrizes dos produção de Óperas de Câmara em língua por- filmes que vê e, em última análise, as heroínas tuguesa, destacando-se as produções A Querela dos livros que lê. No seu quarto cabe o mundo dos Grilos (2015), Os Dilemas Dietéticos de uma inteiro, cabem todas as emoções e experiências Matrioska do Meio (2016) e As Sete Mulheres de humanas, as paixões, os enganos, as proezas e Jeremias Epicentro (2017, coprodução com o desassossegos. Prisioneiro do seu ecrã, Jere- Teatro Municipal do Porto). mias, como tantos contemporâneos seus, vai perdendo a capacidade de distinguir o real do Desde 2008 o Quarteto tem trabalhado com Biografia na página 12. virtual. compositores como Fernando Lapa, Daniel Moreira, João Guilherme Ripper, Jorge Prendas, Assim é: cada vez se perdem mais juízos reais Fátima Fonte, Nuno Cortê-Real, Sérgio Azevedo, por coisas fictícias. No seu quarto, Jeremias Morten Lauridsen; com os escritores Mário João empalidece, com o tempo. No mundo virtual Alves, Tiago Schwäbl, Regina Guimarães, José há pouco sol.”

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24 Abril Quarteto Contratempus 25 Abril Hotel Grão Vasco ENTRADA ter. / 21h00 qua. / 17h00 5€ / 2.5€

Manuel Mendes e com os encenadores António MÁRIO ALVES Concerto da Primavera Durães e Catarina Costa e Silva. As suas criações Escreveu diversos guiões e obras musicais para PROFESSORES DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE VISEU estrearam em Portugal, Espanha e Brasil. a infância. Publicou A Valsa dos sem-isqueiro; Por Mário João Alves Amilcar, consertador de búzios Calados (Prémio Matilde Rosa Araújo), Afonso Cabrita, meu tio, ensaísta, toureiro e melancólico (Prémio Bocage de Conto), José, será Mago? e Histórias da Música em Portugal. Tenor, tem-se apresentado JORGE PRENDAS no Teatro de S. Carlos, La Fenice de Veneza, La Monnaie de Bruxelas, BAM de New York, Maes- Jorge Prendas nasceu no Porto em 1968. Ini- tranza de Sevilla, Cairo Opera House, Muscat ciou os seus estudos musicais aos 10 anos tendo Royal Opera House, Seoul Arts Center, Tokyo, posteriormente ingressado no Conservatório de Macau, Lausanne, Maputo, Turim, Paris, entre Música do Porto. Neste Conservatório concluiu o outros. Foi co-fundador das Vozes da Rádio, curso geral de composição na classe de Fernando Ópera Isto e dirige o Estúdio de Ópera do CMC. Lapa. Após licenciar-se em Informática de Gestão na Universidade Portucalense, retoma os estudos musicais inscrevendo-se na Universidade de Aveiro em 1998 e concluindo em 2003 a licenciatura em ensino da música/composição. Estudou com ANTÓNIO DURÃES professores como Evgueny Zouldilkine e João PROGRAMA Pedro Oliveira. No domínio da Música Eletrónica Profissional de teatro desde 1984, fez a sua for- compôs “A aparente ilusão de um som”. Em 2003 mação na Escola de Formação Teatral do Centro obteve uma menção honrosa no Festival Inter- Cultural de Évora. Trabalhou em várias estrutu- J. PORTALIER C. MACHADO (n. 1982) nacional Música Viva com a peça “Uma leitura ras teatrais do país, como os Teatros Nacionais Swinging in Hawaii Quebra Queixo (Choro) possível para um poema de Eugénio de Andrade”. S. João (Porto) e D. Maria II (Lisboa), o Centro Quarteto de guitarras – André Cardoso, Antó- Violino – Ana Serrano Em 2010 com a peça “Qualche respiro” foi um Cultural de Belém, a Companhia de Teatro de nio Coelho, Marco Pereira, Paula Sobral Guitarra – Paula Sobral dos 3 finalistas do concurso internacional Harvey Braga, a EGEAC (Teatros Municipais S. Luiz e G. Phillips Awards for Excellence in Composition. Maria Matos), entre outras. Em 2007 dirigiu a S. OCTÁVIO (n. 1937) C. CASTELO (n. 1966) Tem composto para as mais diversas formações, obra L’Elisir d’Amore, de Donizetti, Maldoror (de Fantasia “A Espanhola” Miss Morna tendo já sido editadas em disco e em livro várias Lautréamont) para o grupo Mão Morta, de Braga e Guitarra portuguesa – João Paulo Sousa Clarinete – Isabel Tavares das suas obras. Desde Setembro de 2007 colabora em Setembro de 2012, Winterreise, de Schubert, Guitarra clássica – António Carlos Coelho Guitarra Portuguesa – João Paulo Sousa com o serviço educativo da Casa da Música, sendo no Teatro Helena Sá e Costa. Em dezembro de Contrabaixo – Adão Pires Guitarra Clássica – André F. Cardoso desde Setembro de 2010 o coordenador deste 2012 encenou Então Ficamos, o espetáculo de Contrabaixo – Adão Pires serviço. Colaborou com a Orquestra Nacional do não-encerramento do projeto Guimarães Capi- Composição inspirada numa pintura a tinta-da- Percussão – Hélder Roque Porto em atividades pedagógicas. Foi diretor artís- tal Europeia da Cultura. Os últimos espetáculos -china oferecida a Octávio Sérgio pelo seu autor, tico das “Histórias do Norte” (2008) e “Histórias musicais que encenou foram as Óperas de Ravel, o também viseense Rolando de Oliveira, deno- M. BRUCH (1838-1920) do Sul” (2009), espetáculos criados para a sala L’Enfant et les Sortileges e L’Heure Espagnole, minada “A Espanhola” que retratava uma figura Opus 83 Acht Stücke – I Andante, IV Allegro agitato Suggia. É diretor artístico da Orquestra Som da Orfeu nos Infernos de Ofenbach, e Rita, de Doni- feminina desnuda. Este último é uma personali- Piano – Anícia Costa Rua. Desenvolve trabalho noutras áreas musicais, zetti. É professor de interpretação (nos cursos dade fascinante pela sua variedade criativa. Pro- Viola de arco – Carlos Ferreira como é o caso do quinteto a cappella Vozes da de teatro e canto/música) da Escola Superior de fessor do ensino secundário, guitarrista, cantor, Violino – Joaquim Castro Rádio que ajudou a criar em 1991. Com este grupo Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) desde 2001. escritor em prosa e verso, ilustrador, pintor, estu- já gravou nove discos assinando a maior parte dioso do esotérico e até construtor de aviões pelas S. KOUSSEVITZKY (1874-1951) dos arranjos e originais, assim como a produção próprias mãos. Faleceu precocemente na década Valse Miniature, op.2 no.1 musical. de 70 do século passado num acidente de viação. Contrabaixo – Adão Pires Piano – Jorge Martins

60 61 Professores do Conservatório ENTRADA 25 Abril 26 Abril Museu Nacional Grão Vasco qua. / 17h00 de Música de Viseu qui. / 21h00 5€ / 2.5€

A PROGRAMA (CONT.) 1. PARTE RICARDO LEITÃO PEDRO P. DUBOIS (1930-1995) Circus Parade Saxofone – José Eduardo Magalhães Percussão – Hélder Roque

A. LAVIGNAC (1846-1916) Galop-Marche Piano – Anícia Costa, Cristina Mota Pinto, Daniel Simões, Svitlana Kocheleva

P. ITURRALDE (n. 1929) Pequena Czarda Saxofone – José Eduardo Magalhães Piano – José Miguel Amaral

H. VILLA-LOBOS (1887-1957) Do Duo “Assobio a Jato”: 3.º andamento: Vivo Flauta transversal – Joana Correia Violoncelo – Luísa Antunes PROGRAMA O formato inovador utilizado no seus livros, desti- A. ALYABYEV nados a ser dispostos sobre uma mesa ao redor da Solovei (Rouxinol) JOHN DOWLAND (1563-1626) qual os músicos poderiam ler a música da mesma Sopranos – Ecaterina Neagu Pilgrimes Solace folha, influenciou todas as coleções de canções e M. Cristina Aguiar publicadas posteriormente. Piano – Alla Sosnovskaia A melodia escrita junto à tabulatura (tipo de SOBRE O COMPOSITOR J. FUČIK (1872-1916) notação musical para instrumentos dedilhados e Entry of the Gladiators (arr. Nuno Silva) JOHN DOWLAND é reconhecido hoje como um outros) convida à performance solística do cantor Quarteto de Acordeões – Abel Moura, dos grandes alaúdistas e compositores de canções que se acompanha a si mesmo no alaúde, numa Bruno Cabral, Nancy Brito e Nuno Silva na história da Grã- Bretanha, junto com Henry tradição que remonta à mitologia grega na figura Purcell e Benjamin Britten. de Orfeu (citado no epigrama de Thomas Campian acima) e aos cantaredi da Idade Média italiana. Respeitado desde cedo como venerando mestre alaúdista, a sua fama alastrou-se a nível europeu Apesar da sua fama em vida e até aos dias de hoje, com a publicação do primeiro livro de songes or pouco sabemos acerca do local de nascimento ayres (1597), seguido do segundo (1600) e do ter- deste “Orpheu Britannicus” (apelidado assim por ceiro (“…and last booke”) em 1603, todos sendo um contemporâneo) nem é certo sequer que tenha objecto de várias re-impressões. nascido em Inglaterra. A importância de Dowland na história da música O compositor não foi chamado a servir em terras está no papel que teve na criação do que viria a ser de Sua Majestade até aos últimos anos da sua vida, o género de lutesong inglês, absorvendo elementos tendo-a passado maioritariamente ao serviço de de baladas populares, danças, canções de consort diversas casas nobres no continente, sobretudo (grupo de violas da gamba) e do madrigal italiano. viajando com o séquito do rei Cristiano IV da Dina-

62 63 26 Abril 1P. Ricardo Leitão Pedro 26 Abril 1P. Ricardo Leitão Pedro qui. / 21h00 2P. Radka Krajčová e Martin Krajčo qui. / 21h00 2P. Radka Krajčová e Martin Krajčo

marca. A sua fé católica e envolvimento mais ou Durante este período estudou com Ronaldo Lopes 2.A PARTE menos inadvertido com alegados traidores da Coroa e Hugo Sanches (alaúde e baixo contínuo), Pedro RADKA KRAJČOVÁSVK E MARTIN KRAJČOSVK Britânica poderá ter contribuído para esta situação Sousa Silva (fontes, temperamentos, solmização, da qual se lamentou toda a vida, tendo-se apresen- técnicas de diminuição), Yves Rechteiner (baixo tado diversas vezes à consideração para vagas entre contínuo, repertório seicento), Barbané Janin os músicos da corte, sempre sem sucesso. (improvisação, cânones, retórica barroca) e Jean Tubéry (técnicas de diminuição e improvisação). Felizmente para nós, um último livro veio a ser publicado em 1612, A Pilgrimes Solace, aos 50 Membro dos ensembles I Discordanti (ensemble anos de idade de Dowland, segundo o próprio EEEmerging 2016, século XVII italiano e francês, declara no prefácio. concertos em França, Itália e Suíça) e Concerto di Margherita (ensemble EEEmerging 2017, grupo Nesta derradeira obra, o espírito dramático ins- de cinco cantores-instrumentistas, seicento ita- pirado pelas novas tendências em Itália (como liano, tournée em Itália, concertos na Suíça), é a Camerata Fiorentina de Bardi e compositores regularmente convidado a colaborar com outros como Caccini, ele próprio cantor-alaúdista) e o grupos tanto enquanto cantor como alaúdista contraponto de expressão arrojada e direta dos (Troxalida, La Boz Galana, Domus Artis, Capella diferentes afetos é mais presente que nunca em Sanctæ Crucis). Dowland, abrindo caminho para toda uma geração vindoura de orphei, britânicos e não só, criada As grandes produções barrocas e clássicas também à sombra do mestre semper Dowland, semper fazem parte da sua experiência como coralista dolens (“sempre Dowland, sempre triste”). (Requiem de W.A.Mozart no Porto, Gesù al Cal- vario de J.D. Zelenka e Oratorio de Natal de N. PROGRAMA Porpora em Basel) e continuísta (Fairy Queen de H.Purcell em Lisboa, Dido & Aeneas também de Há muito que Radka Krajčová e Martin Krajčo se H.Purcell em Genebra e Paris, Paixão Segundo A. DIABELLI (1781–1858) dedicam à música de câmara. Neste campo, a sua RICARDO LEITÃO PEDRO São João de J.S. Bach em Lisboa, Aveiro e Viseu). Variazioni sopra un tema favorito per due chitarre, op.57 atividade destacou-se ao integrarem o grupo Bratis- Tenor e Alaúdista Tema – Var. I – Var. II – Var. III – Var. IV (Tempo di lava Guitar Quartet. Com o Quarteto apresentaram- Em duo com o alaúdista Guilherme Barroso ganhou Fascinado desde sempre pelos cantores-instrumen- Marcia. Allegro) – Var. V (Andantino. Pastorale) -se em vários festivais internacionais e alguns dos o 2.º prémio (1.º não atribuído) da competição JIMA tistas da Antiguidade e a sua encarnação presente mais importantes palcos da Europa, fazendo ainda (Oeiras, Portugal) na categoria de música de câmara. em todos os períodos históricos, Ricardo Leitão K. J. MERTZ (1806–1856) algumas gravações e estreando algumas obras. No Pedro é um dos poucos músicos de hoje dedicado à Ao longo dos anos, teve o privilégio de aprender Ständchen entanto, o trabalho em quarteto e a solo pareceu prática histórica do canto al liuto, acompanhado-se com cantores como Gerd Türk, Patrizia Bovi e Unruhe não ser suficiente pois, em 2005, Radka Krajčová a si mesmo com diferentes instrumentos de corda Kathleen Dineen e alaúdistas como Paul O’Dette, Am Grabe der Geliebten – Elegie No. 1 (de Nänien e Martin Krajčo formaram o duo de guitarra que dedilhada (alaúde medieval e renascentista, teorba, Eduardo Egüez, Hopkinson Smith e Rolf Lislevand. Trauerlieder) agora chega a Viseu. O seu repertório foca-se guitarra barroca). Tarantelle sobretudo nos primeiros passos do Romantismo e Vive em Basel e estuda na reconhecida Schola Can- é interpretado recorrendo a instrumentos da época. Nascido no Porto em 1990, começou a busca pelo torum Basiliensis onde concluiu a licenciatura em M. GIULUIANI (1781–1828) Além disso, o duo integra também canções originais alaúde e pela música renascentista após assistir a alaúde com Crawford Young especializado-se em Gran Pot-pourri, op. 67 para duas guitarras e transcrições do séc. XX até um concerto de Hespérion XXI, encorajado pelo repertório medieval e renascentista (notação, dan- Andante sostenuto – Andantino Grazioso – Allegro ao presente. então professor de guitarra clássica Pedro Fesch. ças históricas, improvisação modal, análise musical maestoso – Grazioso – Tempo di Marcia – Allegretto Um ano depois é aceite na licenciatura em música dos séculos XIII a XVI, contrapunto allamente). con brio antiga da ESMAE (Porto), concluída em 2013, Atualmente, é aluno de mestrado em performance durante a qual residiu por um ano em França com na classe de canto medieval e renascentista de uma bolsa Erasmus para estudar no Conservatoire Dominique Vellard continuando o estudo de alaúde National Supérieur de Musique et Danse de Lyon com ênfase em técnicas históricas de improvisação. na classe de Eugène Ferré.

64 65 1P. Ricardo Leitão Pedro 26 Abril 27 Abril Sé de Viseu ENTRADA qui. / 21h00 2P. Radka Krajčová e Martin Krajčo sex. / 21h00 5€

MARTIN KRAJČO Desde cedo, também se tem dedicado à música ORQUESTRA XXI de câmara, colaborando com vários artistas e Martin Krajčo é graduado pelo Conservatório de E CORO GULBENKIAN grupos de câmara seja no seu país ou fora dele. Bratislava e pela Academia das Artes Performativas Colaborou ainda com várias orquestras e maes- de Bratislava, onde estudou sob a orientação do tros importantes: Peter Breiner, Gabriela de professor Jozef Zsapka. Ao longo de vários anos Esteban, Leos Svarovsky, entre outros. Radka participou em diversas masterclasses com impor- trabalha ainda enquanto professora no Conser- tantes professores, nomeadamente Costas Cot- vatório em Bratislava. siolis, Leo Brouwer, Alex Garrobe, Hubert Kappel, Zoran Dukic, Luise Walker. Durante a realização dos seus estudos participou e venceu vários prémios em competições internacionais (Eslováquia, Repú- blica Checa, França, Portugal, Áustria). Enquanto solista tocou com grupos de exceção como a Capella Istropolitana, Chamber Soloists, Moyzes Quartet, Orquestra Classica do Centro e Sinfonietta Žilina. No seu trabalho como músico de câmara colaborou com músicos como as Emily van Evera, Sefika Kutluer, Eugen Prochác, Ján Slávik e Peter Michalica. Atualmente ensina na Faculdade de Música e Dança das Artes Perfor- mativas, em Bratislava. PROGRAMA Orquestra XXI, Coro Gulbenkian R. SCHUMANN (1886-1963) Solistas - Anna Harvey, James Gilchrist, Das Paradies und die Peri Sónia Grané, Diogo Mendes, Leonor Amaral Maestro do Coro - Michel Corboz RADKA KRAJČOVÁ Direço - Dinis Sousa O crescimento musical de Radka Krajčová “A minha maior obra e, espero, a minha melhor” está intimamente ligado à escola de música de foi como Schumann se referiu a Das Paradies mortais, até finalmente conseguir que as portas Luby, uma cidade Checa. Lá estudou guitarra und die Peri após a sua estreia. Tratando-se da do paraíso se abram para a receber. O texto, uma com Jaroslav Škopek e Jaroslava Kormunda. sua primeira obra para um grande efetivo, com extensa fantasia orientalista que captou o interesse Mais tarde, no Conservatório em Pilsen, sob a coro, orquestra e solistas, foi provavelmente tam- de Schumann (e de Wagner, que confessou ter alçada do professor Antonin Cerny prossegue a bém aquela que obteve maior sucesso durante a querido escrever uma ópera com o mesmo texto!) sua educação musical que conclui em 1995 ao vida do compositor. Após a calorosa receção na acabou por cair em desuso, mas o estilo extrema- graduar-se na Academia das Artes Performativas estreia, várias apresentações foram imediatamente mente descritivo deste mundo exótico e longínquo de Bratislava, na classe de Jozef Zsapka. agendadas e a obra rapidamente se afirmou como foi precisamente o que estimulou a imaginação de uma referência. O libretto, baseado no poema Já durantes os seus estudos Radka acumulou Schumann que, nunca cedendo a exageros, criou Lalla-Rookh de Thomas Moore, conta a história de alguns prémios na International Guitar Com- uma partitura extremamente variada e profun- uma criatura bela, Peri, que é expulsa do paraíso petition em Kutna Hora, realizou concertos damente expressiva. Quase dois séculos depois, e que, para lá poder voltar, tem que encontrar na República Checa e noutros países (Bélgica, esta obra-prima permanece uma das pérolas do na Terra aquilo que é mais querido dos Deuses. Alemanha e Áustria). Participou em masterclas- romantismo, absolutamente surpreendente na ses com proeminentes guitarristas (como por As três partes desta Oratória narram as três ten- beleza das melodias e texturas, entre ópera e ciclo exemplo, Vladimir Mikulka, Gordon Crosskey e tativas de Peri de encontrar o presente que os de canções, certamente a mais rica partitura para Martin Mysliveček). deuses exigem, entre campos de batalha e pragas orquestra que Schumann nos deixou.

66 67 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian sex. / 21h00 sex. / 21h00

CORO E ORQUESTRA XXI Foi esta ideia, de criar uma plataforma que pro- Nas últimas temporadas, Dinis Sousa tem dirigido mova oportunidades para que os músicos que orquestras como a Southbank Sinfonia, Orquestra Estabelecida em 2013, a Orquestra XXI é um pro- têm saído de Portugal possam partilhar as suas Sinfónica Portuguesa, Orquestra Filarmonia das jeto que reúne perto de uma centena de jovens experiências com o seu país de origem, que mere- Beiras, Aurora Orchestra e Orquestra Sinfónica músicos portugueses residentes no estrangeiro ceu à Orquestra XXI o 1.º Prémio no concurso de Londres, que recentemente o convidou para com o duplo objetivo de manter uma forte ligação de empreendedorismo social “Ideias de Origem substituir o maestro Daniel Harding num ensaio entre estes jovens e o seu país de origem e de Portuguesa”, promovido pela Fundação Calouste da 7.ª Sinfonia de Sibelius. Com a Orquestra XXI, levar momentos musicais de excelência a um Gulbenkian, no âmbito da iniciativa FAZ realizada fez a abertura da Temporada Gulbenkian Música e público o mais diversificado possível. Desde a em parceria com a Cotec Portugal, bem como aparece regularmente no festival “Dias da Música sua estreia em Setembro de 2013, a orquestra o Alto Patrocínio da Presidência da República. em Belém”, em concertos filmado para a RTP. tem-se apresentado regularmente nos mais prestigiados palcos nacionais, como a Funda- Tem trabalhado com o maestro Sir John Eliot Gar- ANNA HARVEY “Neste concerto a Orquestra XXI demonstrou ção Calouste Gulbenkian, a Casa da Música e o diner, enquanto seu assistente em projetos com uma perfeita consciência de que a partilha é A mezzo britânica Anna Harvey é Artista Associada Centro Cultural de Belém, mas também em locais a Orquestra Sinfónica de Londres, a Orquestra o meio para se atingir uma interpretação cui- da Welsh National Opera esta temporada, onde mais improváveis como os Mosteiros de Tibães Filarmónica de Berlim, a Tonhalle-Orchester e dada, rigorosa e profundamente expressiva. A se apresenta como Orlofsky em Die Fledermaus, e da Batalha, conquistando o público português com o Monteverdi Choir e Orchestre Révolution- disponibilidade física, auditiva e emocional dos entre outros papeis. Em concerto, apresenta-se e a crítica especializada. naire et Romantique. Dirigiu o Monteverdi Choir membros da orquestra foi elemento fundamental com grupos como o English Concert, Gabrieli nos BBC Proms numa apresentação da sinfonia Característica da Orquestra XXI é a pluralidade para a eficácia da interpretação, revelando um Consort, Arcangelo e Royal Philharmonic Orches- coral “Rómeo et Juliette” de Berlioz, onde o coro de experiências dos seus elementos, espalha- total envolvimento com o maestro.” tra. Foi vencedora do Prémio Oratória e Prémio se apresentava separado da orquestra, dirigida dos por cidades como Londres, Paris, Berlim, do Público na Grande Final do Concurso Inter- - Pedro M. Santos in Público por Gardiner. O concerto foi transmitido pela Zurique, Perm, Madrid e Amesterdão, alguns nacional de Hertogenbosch. televisão e rádio da BBC e aclamado pela crítica desenvolvendo a sua atividade profissional em britânica. Recentemente, foi também assistente Nas últimas temporadas, destacaram-se apresen- organismos como a Orquestra Sinfónica de Lon- em Glyndebourne, onde colaborou na produção tações na Ópera Nacional da Holanda, Theater dres, Orquestra Nacional de França e Ópera de de O Barbeiro de Sevilha. Chemnitz, Ópera Nacional Alemã de Weimar e Zurique, ou estudando em escolas como a Hos- Theater Nordhausen. Apresentou-se também na chule für Musik Hanns Eisler ou a Royal Academy Dinis estudou na Guildhall School of Music and última noite dos BBC Proms, no Festival Verbier of Music. Reunindo-se em Portugal para traba- Drama, onde exerceu a Fellowship em Direção de e gravou para a Hyperion com Jonathan Cohen. lhar e apresentar uma média de dois programas Orquestra. Durante esse período, dirigiu vários por ano – em salas privilegiadas dos grandes agrupamentos, tendo preparado a Guildhall Sym- Em concerto, Anna Harvey trabalhou com maes- centros urbanos e em localidades com atividade phony Orchestra para o maestro Bernard Haitink, tros como Massaki Suzuki, Nicholas Cleobury e cultural menos regular – a Orquestra XXI aco- dirigido a Paixão Segundo S. João, de Bach, no Jane Glover, e orquestras como a Hallé, Royal lhe em estágio, durante as suas residências, um Milton Court Concert Hall e uma encenação de Philharmonic Orchestra, BBC Concert Orchestra, grupo de jovens estudantes dos conservatórios Down by the Greenwood Side de Birtwistle no London Mozart Players, English Chamber Orches- e escolas de música nacionais, oferecendo-lhes Silk Street Theatre. Na mesma escola, concluiu tra, em salas como o Royal Festival Hall, Royal a oportunidade de trabalhar no contexto de uma a licenciatura e mestrado com distinção, estu- Albert Hall e o Lincoln Center em Nova Iorque. Em orquestra profissional com um elevado nível de DINIS SOUSA dando direção de orquestra com Sian Edwards recital, Anna Harvey tem aparecido em salas como exigência, e proporcionando-lhes a integração e Timothy Redmond e piano com Philip Jenkins o Wigmore Hall, St. George’s Hannover Square, Dinis Sousa vive atualmente em Londres e é funda- de uma rede de contactos que lhes permitirá e Martin Roscoe. Paralelamente, trabalhou em Garrick Club, entre outras. Gravou o Messiah de dor e diretor artístico da Orquestra XXI - projeto manter-se mais informados sobre possibilidades masterclasses com professores como Sequeira Handel para a BBC Radio 2 e canções de Schubert vencedor do prémio FAZ-IOP 2013, que reúne relativas ao seu desenvolvimento. Costa, Angela Hewitt, Ralf Gothóni, Richard Egarr, para a BBC Radio 3. músicos portugueses residentes no estrangeiro -, Jean-Sébastien Béreau, entre outros. A 10 de No início do seu quarto ano de atividade, o pro- com a qual se apresenta regularmente em Portu- Anna frequentou o curso de ópera da Royal Aca- Junho de 2015, foi condecorado pelo Presidente jeto passou a contemplar também a criação de gal. A orquestra tem aparecido nas temporadas da demy of Music, estudando com Elizabeth Ritchie e da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva, com o grau um Coro, que se estreou no Sonho de Uma Noite Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música Iain Ledingham, terminando o curso com o Alumni de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique. de Verão de Mendelssohn e apresentou a Paixão e Centro Cultural de Belém, recolhendo grandes Development Award, para além de ter recebido as Segundo S. João de Bach em digressão. elogios da crítica especializada. bolsas Fordyce e Dame Kiri Te Kanawa.

68 69 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian sex. / 21h00 sex. / 21h00

S. João, entre outras. O seu repertório abrange che em Leipzig, como solista no Festival de Bach. obras desde o Barroco até ao Contemporâneo. Diogo Mendes teve a sua estreia em ópera no Sónia tem trabalhado frequentemente com o com- papel de Conde de Eberbach/Graf Eberbach em positor David Robert Coleman, tendo estreado “Der Wildschütz” de Albert Lortzing. Para além tanto uma ópera sua – Hans um Glück – como um disso, interpretou os papéis de príncipe Ottokar/ ciclo para canto e orquestra. Esta última estreia Fürst Ottokar em “Freischütz” de Carl Maria von deu-se na Filarmonia de Stettin, na Polónia. O Webers, e como o papel-título da opera “Ein Lan- facto de ser solista nestas plataformas permi- darzt” de Hans Werner Henze. Em 2014 estreou- tiu-lhe já ter cantado em numerosas salas como -se na ópera de Leipzig com o Papel de “Marquis Wigmore Hall, King’s Place, St. John’s Smith d’Obigny“ na obra La Traviata de Giuseppe Verdi. Square e Purcell Room. JAMES GILCHRIST SÓNIA GRANÉ Em Outubro de 2016 começou o Mestrado em Lei- Sónia Grané obteve a sua formação musical na pzig com o Kammersänger Prof. Roland Schubert, James Gilchrist começou a sua vida profissional A jovem soprano Sónia Grané estreou-se recente- Escola de Música do Conservatório Nacional de decano da Escola Superior de Música “Felix-Men- como médico, tornando-se músico a tempo inteiro mente no Teatro alla Scala com a estreia mundial Lisboa, com Manuela de Sá e José Manuel Bran- delssohn Bartoldy“. Tem tido a oportunidade de em 1996. O seu interesse pela música começou de uma ópera de Sciarrino Ti vedo, ti sento, mi dão, e na Royal Academy of Music em Londres, participar em masterclasses com músicos como muito cedo, primeiro enquanto coralista no New perdo, sob a batuta de Maxime Pascal e encenação com Lillian Watson e Jonathan Papp. A jovem Graham Johnson, Elly Ameling, Jonathan Alder, College, Oxford, e mais tarde enquanto “choral de Jürgen Flimm. Sónia já cantou também por soprano foi bolseira da Fundação Calouste Gul- Wolfram Reger e Alexander Schmalcz. scholar” no King’s College, Cambridge. duas vezes no prestigiado Festival de Verão de benkian (2009–2013) e da Liz Mohn Musikstiftung Bregenz – em 2015 foi Despina (Cosi fan tutte) e Diogo Mendes ganhou o Primeiro Prémio no A sua carreira levou-o às maiores salas do mundo, durante o seu tempo no estúdio de ópera da Staat- em 2017 foi Frasquita (Carmen) numa encena- concurso Albert Lortzing em Leipzig e o Segundo com maestros como Sir John Eliot Gardiner, Sir soper de Berlim. ção de Kasper Holten. Em Dezembro de 2017 a Prémio no Concurso Internacional Johannes Roger Torrington, Bernard Labadie, Harry Chris- soprano terá uma outra estreia, desta vez como Brahms na Áustria. tophers, entre outros. Nas últimas temporadas, Rainha da Noite (Die Zauberflöte) na Staatsoper destacam-se apresentações das Church Parables Unter den Linden, em Berlim. de Britten em S. Petersburgo, Londres e no Fes- tival de Aldeburgh, Das Paradies und die Peri de Nas temporadas 2013–17, após dois anos no Schumann e a Criação de Haydn na Gewandhaus estúdio de opera internacional de Berlim, Sónia Leipzig, War Requiem de Britten com a Orquestra fez parte do Ensemble de Solistas da Staatsoper de Sinfónica de S. Francisco, entre outros. Nas pai- Berlim. Enquanto membro cantou diversos papéis, xões de J. S. Bach, James Gilchrist apresenta-se incluindo Papagena (Die Zauberflöte), Masha regularmente ao mais alto nível e é reconhecido (Moskau Tscherjomuschki), Ännchen (Der Freis- como o maior evangelista da sua geração. chutz), Barbarina (Le Nozze di Figaro), Flora (Turn of The Screw) e Blonde (Die Entführung aus dem A sua extensa atividade em recitais tem contado Serail). Desde que começou a sua carreira inter- com um programa variado, em colaborações nacional, Sónia tem tido o privilégio de trabalhar com os pianistas Anna Tilbrook e Julius Drake. tanto com maestros de renome – Daniel Baren- DIOGO MENDES Destaques das últimas temporadas incluem uma boim, Pablo Heras-Casado, Gustavo Dudamel, Schubertiade em St. Johns Smith Square e a Diogo Pinhão Mendes nasceu e cresceu em Augs- LEONOR AMARAL Christopher Moulds, Trevor Pinnock, Lawrence Schwanengesang com An die Ferne Geliebte no burgo, uma cidade no sul da Alemanha. Com 5 Cummings, Simone Young – como encenadores Soprano de coloratura, estudou canto em Colónia, Wigmore Hall. Recentemente James Gilchrist anos começou a formação musical no coro dos reconhecidos – Claus Guth, Dimitri Tcherniakov, Dusseldórfia e Lubeque (Alemanha). Frequentou regressou ao Wigmore Hall com um projeto sobre “Augsburger Domsingknaben” (pequenos cantores Michael Talheimer e Hans Neuenfels. o estúdio de ópera internacional de Lubeque, Schumann e os Românticos Ingleses. da catedral de Augsburgo). Aos 20 anos entrou onde se estreou com os papéis de Gretchen em Para além de ópera, a soprano Sónia Grané na Escola Superior de Música Felix-Mendelssohn A sua discografia inclui o papel principal em Albert Wildschütz e Mi em Das Land des Lächelns (entre apresenta-se também como solista em recitais Bartoldy em Leipzig, na classe do professor Jürgen Herring, a Paixão Segundo S. João com a Academy outros). Após acabar os seus estudos com dis- e oratórias, como Requiem de Brahms, Oratória Kurth. Já participou em concertos na Gewandhaus of Ancient Music, as Winter Words de Britten e tinção, integrou o elenco como solista no Teatro de Natal, diversas Cantatas de Bach, Paixão de de Leipzig, na Schumann-Haus e na Thomaskir- Paixão Segundo S. Mateus com Sir John Eliot Nordhausen, onde atuou pela primeira vez como Gardiner.

70 71 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian 27 Abril sex. / 21h00 sex. / 21h00 Orquestra XXI e Coro Gulbenkian

Musetta em La Bohéme e Marie em Zar und porada Gulbenkian Música, em Lisboa, e das suas aquela orquestra. Zimmermann. digressões em Portugal, o Coro Gulbenkian tem A discografia do Coro Gulbenkian está repre- atuado em numerosos países em todo o mundo, Cantou também papéis na área da música barroca, sentada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche entre os quais Alemanha, Argentina, Bélgica, onde se destacam a Morgana em Alcina, Armida Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados em Rinaldo e Dido em Dido and Aeneas. Foi FNAC Music e Aria Music, tendo ao longo dos Unidos da América, França, Holanda, Hungria, finalista do concurso internacional de canto Neue anos registado um repertório diversificado, com Índia, Inglaterra, Iraque, Israel, Itália, Japão, Stimmen (2015), assim como do concurso de canto particular incidência na música portuguesa dos Macau (quando sob administração portuguesa), barroco Cesti-Competition (2017). Foi também séculos XVI a XX. Algumas destas gravações rece- Malta, Mónaco, Reino Unido e Uruguai. bolseira da associação Live Music Now Köln. beram prémios internacionais, tais como o Prémio Em 1992 uma digressão em várias cidades da Berlioz, da Academia Nacional Francesa do Disco Colaborou com algumas das mais prestigiadas CORO GULBENKIAN Holanda e da Alemanha com a Orquestra do Lírico, o «Grand Prix International du Disque», da orquestras internacionais, tais como a Württember- Século XVIII deu origem à gravação ao vivo da Academia Charles Cros, e o «Orphée d’Or», entre gischen Kammerorchester, com quem se apresen- Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta pre- Nona Sinfonia de Beethoven, que foi incluída na outros. Por ocasião do cinquentenário da morte tou como Sandmann e Taumman na ópera Hänsel sentemente com uma formação sinfónica de cerca edição integral das sinfonias de Beethoven que de Luís de Freitas Branco, assinalado em 2005, und Gretel, a Concerto Stella Matutina, com a de cem cantores, atuando igualmente em grupos Frans Brüggen realizou para a Philips com aquela o Coro Gulbenkian gravou a primeira integral ópera Fairy Queen, e o Pera Ensemble. Atuou em vocais mais reduzidos, conforme a natureza das orquestra. Seria o início de uma estreita colabo- dos Madrigais Camonianos do compositor. Em salas como Konzerthaus Berlin, Kölner Philhar- obras a executar. Assim, o Coro Gulbenkian ração entre os dois agrupamentos, com diversas 2006 gravou para a editora Portugaler um disco de monie, Aaltotheater Essen, Gasteig München e apresenta se tanto como grupo a cappella, inter- digressões conjuntas e atuações na Alemanha, obras a cappella de Pero de Gambôa e Lourenço Monforthaus Feldkirch. Em 2014 teve a honra de pretando a polifonia portuguesa ou estrangeira dos França, Inglaterra, Itália, Holanda, Japão e China Ribeiro e outro CD de Vilancicos Negros do Século apresentar a peça contemporânea Hommage a T.S. séculos XVI e XVII, como em colaboração com a (Hong Kong), onde aliás colaborou igualmente XVII, de Santa Cruz de Coimbra. Em 2010 gravou Eliot na presença da compositora, Sofia Gubaidu- Orquestra Gulbenkian ou outros agrupamentos, com a Orquestra Filarmónica local. para DVD a Missa Solemnis de Beethoven, com lina. Em 2017 estreou-se no Teatro Wuppertal na para a execução de obras coral sinfónicas do a Orquestra de Câmara da Europa, dirigida por ópera contemporânea AscheMOND oder The Fairy repertório clássico, romântico ou contemporâ- O Coro Gulbenkian tem participado em alguns John Nelson, tendo esta atuação sido transmitida Queen de Helmut Oehring. neo. Na música do século XX, campo em que é importantes festivais internacionais, salien- em direto pela plataforma audiovisual. (www. particularmente conhecido, tem interpretado, fre- tando-se as suas atuações no Festival Eurotop Na temporada 2017/2018 irá estrear-se como medici.tv) quentemente em estreia absoluta, inúmeras obras (Amsterdão), no Festival Veneto (Pádua e Verona), Constance em Dialogues des Carmélites e Adele contemporâneas de compositores portugueses no City of London Festival, no Festival Interna- Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular em Die Fledermaus no Teatro Nordhausen e como e estrangeiros. Tem sido igualmente convidado cional de Música de Granada e no Hong Kong do Coro, sendo atualmente as funções de Maestro Clorinda em La Cenerentola no festival de ópera para colaborar com as mais prestigiadas orques- Arts Festival, entre outros. Na temporada 2010- Adjunto desempenhadas por Jorge Matta, e de de Hallwyl na Suíça (entre outros). tras mundiais, entre as quais a Philharmonia de 11 o Coro Gulbenkian realizou uma digressão Maestro Assistente por Paulo Lourenço. Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra internacional da ópera Così fan tutte de Mozart Sinfónica de São Francisco, Orquestra do Século com a Orquestra Barroca de Freiburgo, sob a XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de direção de René Jacobs, tendo atuado em Bru- Baden-Baden, a Sinfónica de Viena, a Sinfónica xelas (Palais des Beaux Arts), em Lisboa (Grande do Norte da Alemanha, a Filarmónica Checa, a Auditório Gulbenkian) e em Paris (Salle Pleyel), Filarmónica de Estrasburgo, a Filarmónica de com expressiva aclamação por parte do público Montecarlo, a Orquestra do Concertgebouw de e da crítica. Em Janeiro de 2011 atuou com a Amesterdão e a Orquestra Nacional de Lyon, Orquestra Gulbenkian, dirigida por Esa-Pekka ao lado das quais foi dirigido por figuras como Salonen, numa produção multimédia da ópera Da Claudio Abbado, Colin Davis, Emmanuel Krivine, Casa dos Mortos de Leos Janácek. Em Fevereiro Esa-Pekka Salonen, Frans Brüggen, Franz Welser 2011 apresentou-se em Londres, no Royal Festival Möst, Gerd Albrecht, Michael Gielen, Michael Hall, com a Philharmonia de Londres, dirigida Tilson Thomas, Rafael Frübeck de Burgos, René por Esa-Pekka Salonen, interpretando a Cantata Jacobs e Theodor GuschIbauer. Profana de Bela Bartók, no âmbito do ciclo anual MICHEL CORBOZ dedicado à música de Bartók levado a cabo por Para além da sua apresentação regular na tem- A entrada de Michel Corboz no universo da música

72 73 27 Abril Orquestra XXI e Coro Gulbenkian 28 Abril Teatro Viriato ENTRADA sex. / 21h00 sáb. / 21h00 5€ / 2.5€

encontra-se profundamente ligada ao seu fascí- Concerto de Encerramento nio pela voz e pelas obras escritas no domínio da FINAL DO 3.O CONCURSO música vocal. Consequentemente dirigiu, ao longo INTERNACIONAL DE GUITARRA DE VISEU da sua carreira, pelo mundo inteiro, as grandes oratórias e outras obras que incluem coro, solistas e orquestra. Depois de fundar o Ensemble Vocal de Lausanne, em 1961, as inúmeras distinções concedidas e o acolhimento entusiasta da imprensa às suas gravações das Vésperas e do Orfeo de Monteverdi (1965 e 1966) marcaram o início de uma longa carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo-se todos os anos com uma nova obra. Em 1969, Michel Corboz foi nomeado Maestro Titular do Coro Gulbenkian, cargo que vem exer- cendo com inexcedível competência há quarenta anos. À frente do Coro Gulbenkian, realizou um grande número de concertos e gravações, tendo assim colocado em destaque as qualida- Há poucos como este na Europa. O Concurso quia. Estabelecemos parcerias com outros eventos des fundamentais do agrupamento e contribuído Internacional de Guitarra de Viseu soma em pré- internacionais para que o nosso 1.º premiado decisivamente para a sua projeção nacional e mios 13.500€, por isso não admira que suscite a possa tocar em 4 festivais internacionais: Festival internacional. curiosidade de alguns dos melhores guitarristas de Guitarra Kaspar Mertz – Bratislava, Eslováquia da nova geração. (2019), Festival Internacional Guitar’Essonne – A discografia de Michel Corboz conta com mais Paris, França (2019), 8.º Festival Internacional de cem títulos, muitos deles distinguidos com Na última edição foi David Giovanni Tomasi, de de Guitarra de Sevilla – Sevilha, Espanha (2019), prémios internacionais do disco. Neste domínio Itália, que entre dezenas de participantes oriundos bem como a nossa próxima edição, 12.º Festival salientam-se as grandes obras sacras de Bach de 13 países mereceu a confiança do júri e do de Música da Primavera – Viseu, Portugal (2019). e de Mozart, La Selva Morale de Monteverdi, público arrecadando os dois prémios. Seguiram- as oratórias de Mendelssohn e os Requiem de -no Marko Topchii (Ucrânia) e Raphael Feuillatre Antes de chegarem à final, os participantes tiveram Brahms, Fauré, Duruflé e Verdi. Na Ópera de Lyon (França). Na primeira edição foi Xavier Jara de passar por um processo de seleção iniciado a recriou Ercole Amante de Cavalli, obra composta (E.U.A) a vencer. O que nos espera este ano? Para 26 de Abril. Durante dois dias decorreram várias para o casamento de Luís XIV, bem como David et decidir a classificação temos um júri internacional, eliminatórias que resultaram nos três guitarristas Jonathas de Charpentier. No domínio da ópera, com representantes de Portugal, Croácia e Eslová- presentes na final. dirigiu L’Incoronazione di Poppea, Il ritorno d’Ulisse in patria e ainda Orfeo de Monteverdi. JURADOS Em Dezembro de 1999, Michel Corboz foi con- Presidente do Júri Dejan Ivanović (Croácia) decorado pelo Presidente da República Portu- Jozef Zsapka (Eslováquia) Martin Krajčo (Eslováquia) guesa com a Grã Cruz da Ordem do Infante Dom André Ramos Cardoso (Portugal) Henrique. Diretora Artística do Concurso Pedro Rufino (Portugal) Paula Sobral (Portugal) Diretor Artístico do Concurso e Festival José Carlos Sousa (Portugal)

74 75 28 Abril Final do 3.o Concurso Internacional 28 Abril Final do 3.o Concurso Internacional sáb. / 21h00 de guitarra de Viseu sáb. / 21h00 de guitarra de Viseu

BIOGRAFIAS DOS JURADOS Alessandria, Fiuggi, Kutná Hora, Esztergom, Ser- em colaboração com a Escola Superior de Artes nancelhe, Banguecoque e muitas outras. Entre os Aplicadas- ESART com o nome de “Orquestra Jozef Zsapka, pág. 76 seus estudantes melhor sucedidos estão Vladimír de Guitarras da Academia de Música e Dança Paula Sobral, pág. 15 Tomcsany, Pavel Steidl, Marco Socias, Jorgos do Fundão”. José Carlos Sousa, pág. 49 Panetsos, József Eötvös, Zsófia Boros, Martin Como Guitarrista, tem realizado recitais a solo Dejan Ivanović, pág. 78 Krajčo e Karol Samuelčik. em vários festivais, dos quais se destacam, o III Martin Krajčo, pág. 66 É o fundador da International J. K. Mertz Guitar Festival Internacional de Guitarra de Tomar, os André Ramos Cardoso, pág. 13 Festival and Competition, na Bratislava, que conta Ciclos Musicais organizados pela Academia de Pedro Rufino, pág.77 já com 42 anos de tradição. O evento tem recebido Música e Dança do Fundão, os Ciclos de Música ao longo destes anos numerosos guitarristas de de Outono organizado pela Câmara Municipal de relevo de todo o mundo. PEDRO RUFINO Penamacor, a participação no Festival Internacio- nal de Novosibirski-Sibéria, no recital organizado Artista multifacetado, Josef é ainda editor Pedro Rufino natural de Nisa, iniciou os seus pelo Instituto Camões em Moscovo (Rússia), em (sobretudo das composições dedicadas a si e ao primeiros contactos com a música na Socie- Varsóvia (Polónia), no XII Festival Internacional de duo) (Opus, Fritz and Vogt, Trekel, Chanterelle, dade Musical Nisense. Em 1987 entrou para o Inverno de Domingos Martins (Brasil), no concerto Guitarissimo...). Conservatório Regional de Castelo Branco onde organizado pelo Conservatório Profissional de frequentou a classe de Guitarra do Professor Paulo Zsapka está no topo do ranking da arte performa- Música de Bilbau “Juan Crisóstomo de Arriaga” Valente Pereira até ao 5.º grau, tendo concluído tiva Eslovaca. As suas atividades em concerto são (Espanha) e na 1.ª edição do Festival de Guitarra o curso complementar na classe do Professor Eli variadas. Desde 1980 que tem vindo a tocar com de Castelo Branco. Camargo Júnior. a sua mulher, Dagmar, flautista. Este duo é uma Foi convidado pela Camerata de Violões do Con- das combinações mais estáveis do seu género. Foi Frequentou a Escola Superior de Música de Lis- servatório Brasileiro de Música para participar fundado em 1980 e devido à sua intensa atividade boa onde concluiu a Licenciatura em Guitarra na num concerto realizado na cidade de Petrópolis artística tornou-se mundialmente reconhecido. classe do Professor António Jorge Gonçalves. (Brasil). Ministrou também no Brasil, na Faculdade JOZEF ZSAPKA Desde o início que o seu trabalho tem vindo a Em 2015, concluiu o Mestrado em Ensino de de Música do Espírito Santo, (cidade de Vitória), influenciar a cena artística Checoslovaca que tem Música - Instrumento e Classe de Conjunto na Nasceu em Komarno, na Checoslováquia, em um curso dedicado ao repertório de guitarra do tido o prazer de apresentar por todo o mundo com Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto 1947. Com catorze anos começou os seus estudos séc. XX. Participou também num concerto promo- um acolhimento muito positivo. Politécnico de Castelo Branco. de guitarra. A sua estreia mundial começou em vido pela Antena 2, no Palácio Nacional da Ajuda, 1972, com a tournée por Itália da Orquestra de Muitos compositores foram inspirados por esta Desde 1996 que leciona a disciplina de Guitarra onde interpretou o “Double Concert” de Piazzolla Câmara Eslovaca. Desde então já tocou no Japão, formação - entre eles são exemplo Jorge Cardoso, e Classe de Conjunto na Academia de Música e para Guitarra e Acordeão com o acordeonista E.U.A., México, Tailândia, Austrália, Espanha, David Babcock, Igor Rechin, Dušan Martinček, Dança do Fundão tendo acumulado funções no Horácio Pio, acompanhado pela Orquestra de Portugal, França, Inglaterra, Luxemburgo, Suíça, Peter Martinček, Štěpán Rak, Filimon Ginalis, Conservatório de Música de Ourem e Fátima. Câmara do Fundão. Em 2011 na Fundação Portu- Liechtenstein, Alemanha, Áustria, Suécia, Grécia, Víťazoslav Kubička e muitos outros que viriam a guesa das Comunicações em Lisboa, participou em Na Academia de Música e Dança do Fundão é Turquia, Jugoslávia, Hungria, Roménia, Bulgária, dedicar as suas composições a este duo. mais um concerto Antena 2, com o tema “Obras responsável pelo departamento de Guitarra e Polónia, Ucrânia, Rússia, Cuba, Vietname, Mon- para Guitarra e Música de Câmara do Compositor O seu repertório é extremamente vasto e inclui Classes de Conjunto onde tem desenvolvido os gólia e muitos outros países. Eli Camargo Jr.”. música de todos os períodos estilísticos. Pela crí- mais variados projetos, como por exemplo, os É professor na Universidade de Música e Artes tica são considerados dos melhores concertistas Ciclos Musicais de Outono/Inverno e o ciclo de Tem também participado em várias formações Performativas em Bratislava. No início de 2000 do mundo. concertos Quinze Anos-15 Atos. É diretor artís- camerísticas, destacando-se o concerto com o tornou-se professor visitante na Universidade de tico e membro do júri do Concurso Internacional GuitarraTrio realizado no Centro Cultural de Zsapka já gravou mais de 41 LP’s e CD’s em Aveiro. “Cidade do Fundão” – Variante de Guitarra. Belém (pequeno auditório), promovido tam- estúdio de classe mundial (OPUS, RCA JAPAN, bém pela Antena 2. Com o octeto de guitarras Os seus alunos (cerca de 120) são vencedores e NAXOS, ALBANY RECORDS, SPI MILAN, Na sua Classe de Conjunto foi também pioneiro Acord’ensemble, participou no Festival Interna- laureados em variadíssimas competições interna- AKCENT, DISKANT etc.) com várias formações, destacando-se o Ensem- cional de Guitarra de Sernancelhe (Portugal), no cionais, nomeadamente em París, Viena, Havana, ble de Guitarras/Orquestra de Guitarras. Com Festival Internacional Guitar’Essonne (França) Barcelona, Santiago de Compostela, Londres, este agrupamento gravou o seu primeiro CD e no Festival Elogio da Guitarra (Portugal). É

76 77 28 Abril Final do 3.o Concurso Internacional 28 Abril Final do 3.o Concurso Internacional sáb. / 21h00 de guitarra de Viseu sáb. / 21h00 de guitarra de Viseu

membro fundador da Orquestra de Guitarras Ana Ester Neves, Quarteto de Cordas Lyra, etc. É se desenvolvem pela perspicuidade da inteireza guitarra e orquestra com a Orquestra Clássica Guitarrafonia, onde se destaca a participação no o vencedor do 1.º Prémio e Prémio especial para rica e complexa de cada obra. Articulando a ten- do Centro, sob a direção do maestro David Wyn Festival Allegromosso (Itália). Melhor Interpretação da Música Espanhola no são interior gerada pelo corpo musical, Ivanović Lloyd. Christopher Bochmann, Marina Pikoul, 13.º Concurso Internacional de Guitarra Doña nunca excede a margem invisível do externo ou Tomislav Oliver, João Madureira, Jorge Pereira, Atualmente é membro do Quarteto de Guitarras Infanta Cristina (Madrid, 1998); 1.º Prémio do do profano relativamente à dinâmica da expres- Ricardo Abreu, Francisco Chaves e Carlos Gut- “Concordis”. 3.º Concurso Internacional da cidade de Sinaia são, mas sim, desvela uma paisagem delicada kin são alguns dos compositores que dedicaram (Roménia, 1998); 1.º Prémio do 17.º Certamen de introspeção para a perspetiva estabelecida do as suas obras para Dejan. Integra desde 2004, Internacional de Guitarra Andrés Segovia (Herra- ouvinte. A paleta do som, bem como uma quase- juntamente com o guitarrista grego Michalis Kon- dura, 2001); 1.º Prémio e Prémio do Público no -perfeita qualidade geral de estrutura e imagem taxakis, o Duo de guitarras Kontaxakis-Ivanovich. 35.º Certamen Internacional de Guitarra Fran- sonora em projeção, são caracterizadas pela O primeiro CD deste Duo, intitulado Les Deux cisco Tárrega (Benicássim, 2001); 1.º Prémio do acentuada expressão intimista — como um eco Amis e gravado pelo produtor Hubert Kappel em 4.º Concurso Internacional de Creta (Arhanes, de rica herança alaudista. De alguma forma, isso Colónia (Alemanha), foi lançado em 2010 pela 2005). É igualmente premiado nos concursos em foca a atenção para a plasticidade em relação à Editora KSG EXAUDIO. Roma (Itália) e Sernancelhe (Portugal). Colabora proximidade do enquadramento da singularidade Em 2005 cria o Festival Internacional Guitarmania com várias orquestras como a Orquestra Real estética de cada composição, dado que Ivanović em Lisboa do qual é diretor artístico até 2010. de Câmara de Wallonie (Bélgica), Orquestra de sublinha elementos essenciais com o seu modo É desde 2007, professor de guitarra no Depar- Benicássim (Espanha), Orquestra de Câmara da particular de comunicação, rico, sobretudo, em tamento de Música da Universidade de Évora. Eslováquia, Orquestra Sinfónica de Vojvodina aspeto narrativo, mas igualmente claro e reflexivo. É doutorado em Música/Interpretação desde (Sérvia), Orquestra Sinfónica das Beiras e Orques- Por isso é que Rêverie op. 19 de Regondi brilhará Março de 2015 com o tema Colaboração Entre DEJAN IVANOVIĆ tra Metropolitana de Lisboa. Os seus recitais na com uma simplicidade espontânea e um certo Compositor e Intérprete na Criação de Música Europa, África, América do Norte, América do Sul charme de expressão baseada numa abordagem O guitarrista croata Dejan Ivanović nasceu em para Guitarra: Estudo do Processo Editorial no e Ásia receberam uma forte aceitação por parte romântica visando a forma musical, Peças Líricas Tuzla (Bósnia e Herzegovina), em 1976, iniciando Repertório de Inglaterra, Croácia e Portugal. do público e da crítica. de Arregui serão marcadas pelo gesto de expan- os seus estudos de guitarra com 8 anos de idade. são livre de som que molda as suas camadas de Estudou com Predrag Stanković e Vojislav Ivano- Revistas e jornais como Ritmo (Espanha), Bre- relevo. A interpretação da Sonata de Bennett vić na Escola Primária e Secundária de Música, mer Umchau (Alemanha), Sunday Herald Times marcou o discurso de restrição, redução e de uma e com Darko Petrinjak na Academia de Música (Indiana-EUA), The Scotsman (Escócia), Slobodna forte dinâmica interior com um extraordinário de Zagreb. Participou em masterclasses de John Dalmacija (Croácia) e Oslobodjenje (BiH) publi- formato de som altamente preciso, que forneceu Duarte, Thomas Müller-Pering, Elliot Fisk, Cos- caram críticas positivas sobre em relação às suas a receção total de uma obra tão complexa e tre- tas Cotsiolis, Valter Dešpalj (violoncelo), Michael interpretações. A revista espanhola Ritmo des- mendamente exigente na sua forma. Na Sonata Steinkühler (viola da gamba) e Igor Lešnik (percus- creve Dejan como (...) corajoso, sensível jovem de Rózsa foi interessante observar a transfor- são). Foi orientado por Christopher Bochmann no artista com uma técnica surpreendente e uma mação da retórica interpretativa do guitarrista, Curso de Doutoramento da Universidade de Évora musicalidade e criatividade em cada nota e frase relacionada com a nitidez na separação do seu entre 2011 e 2014. A sua carreira profissional (...) (1998). Em Zagreb (Croácia), D. Komanov, material.” (klasika.hr [Croácia], Janeiro de 2012) começou simultaneamente com o estudo superior escreve o seguinte sobre a arte de Ivanović: (1994-1998). Atuou nalguns dos mais prestigio- A sua discografia a solo é constituída por CD Reci- [...] Interpretando um programa contrastante, sos festivais de música como Festival de Spoleto tal na Laureate Series da NAXOS (2002) com obras enfatizado pela qualidade e peculiaridade de (convidado pessoalmente pelo maestro Gian Carlo de Matilde Salvador, Anton García Abril, Frede- obras como Peças Líricas de Arregui e Sonatas de Menotti para o lugar de Artista Residente), Fes- ric Mompou, Richard Rodney Bennett, Malcolm Bennett e Rózsa, Ivanović apresentou o concerto tival de Verão de Edimburgo, Festival de Costa Arnold, Gordon McPherson e Francisco Tárrega, e com um discurso interpretativo profundamente de Estoril, Festival de Guitarra de Gevelsberg, por CD Mediterraneo (gravado em 2001, aguarda pessoal, pensativo e inspirado. No coração da sua Porto — Cidade Europeia da Cultura e Guitarra publicação) com obras de Boris Papandopulo, abordagem, distinta por um tratamento do texto Viva (Croácia), entre outros. Atua também inte- Vicente Asencio, Antonio José Martínez Palacios, extraordinariamente claro e preciso, existe uma grado em vários conjuntos de música de câmara: Joaquín Rodrigo, Carlo Domeniconi e Mario Cas- resolução de uma detalhada relação com a forma com o flautista Vasco Gouveia, violoncelista Jed telnuovo-Tedesco. Em 2013, gravou a obra Em musical, onde as suas interpretações crescem e Barahal, guitarrista Masakazu Tokutake, soprano Memória da Madrugada de Marina Pikoul para

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