Vanguardas Russas: Suprematismo, Construtivismo E P
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ARTETEORIA ISSN 1646-396X REVISTA DO CIEBA SÉRIE II Nº18/19 2017 SÉRIE II SÉRIE Nº18/19 Inédito concedido por Pedro Cabrita Reis especialmente para este número da ArteTeoria. Cabrita Reis especialmente para este número Inédito concedido por Pedro CAPA_PLANO.indd 1 27/10/2018 18:06 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. 1 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. 2 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. 3 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. PROPRIEDADE DO TÍTULO C I E B A _ CENTRO DE INVESTIVAÇÃO E DE ESTUDOS EM BELAS ARTES SECÇÃO DE CIÊNCIAS DA ARTE E DO PATRIMÓNIO — FRANCISCO DE HOLANDA FACULDADE DE BELAS-ARTES, LARGO DA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES, 1247-058, LISBOA TELEFONE 213 252 100 FUNDADOR C A P A founder cover José Fernandes Pereira Pedro Cabrita Reis DIRECÇÃO PAGINAÇÃO editors pagination José Carlos Pereira Fernando Estevens FBAUL António Vargas COORDENAÇÃO GRÁFICA UDESC graphic coordination Fernando Estevens IMPRESSÃO E ACABAMENTO graphic coordination Europress TIRAGEM edition 200 ISSN issn 1646-396X DEPÓSITO LEGAL legal deposit 196292/03 * Os artigos são da responsabilidade dos autores. A Direcção respeitou as diversas grafias do português. 4 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. CONSELHO CIENTÍFICO advisory board Luisa Arruda Rosangela Maria Cherem Universidade de Lisboa Universidade do Estado de Santa Catarina Cristina Azevedo Tavares Domingo Hernandez Universidade de Lisboa Universidad de Salamanca Fernando António Baptista Pereira Pedro Duarte Universidade de Lisboa Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro João Paulo Queiróz Universidade de Lisboa Afonso de Medeiros Universidade Federal do Pará Ilídio Salteiro Universidade de Lisboa Bernardo Pinto de Almeida Universidade do Porto Vítor dos Reis Universidade de Lisboa António Pedro Pita Universidade de Coimbra Eduardo Duarte Universidade de Lisboa Francisco de Almeida Dias Università degli Studi della Tuscia Pedro Cabral Santo Universidade do Algarve Salvato Teles de Menezes Fundação D. Luis I Carlos Bizarro Morais Universidade Católica Portuguesa Sabina de Cavi Universidad de Córdoba Rodrigo Sobral Cunha Universidade Europeia-IADE Anna Maria Guasch Universitat de Barcelona Sylvie Deswartes-Rosa Institut d’histoire des représentations et Annemarie Jordan des idées dans les modernités Universidade Nova de Lisboa Margarida Acciaiuoli Universidade Nova de Lisboa Lúcia Rosas Universidade do Porto Daniela Kern Universidade Federal do Rio Grande do Sul 5 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. 6 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. ÍNDICE GERAL P. 9 P. 153 EDITORIAL 3 x 3 = 9: POPOVA, EKSTER E STEPANOVA. AVANT- José Carlos Pereira GARDE NO FEMININO António Vargas Joana Tomé P. 169 OUTUBRO E AS ARTES: CONFLUÊNCIAS NAS I _ ARTIGOS CONTRADIÇÕES (VANGUARDAS E REALISMOS) Carlos Vidal P. 15 O CINEMA CLÁSSICO SOVIÉTICO, UM PANORAMA E II _ NOTAS DE INVESTIGAÇÃO A SUA RESSONÂNCIA NO BRASIL Alexei Bueno P. 31 P. 187 REMERCIEMENTS: AMADEO DE SOUZA-CARDOSO ANA MATA - PINTAR ATÉ AO FIM ET LES COMPLEXES RELATIONS AVEC LA PEINTURE Eduardo Geada RUSSE Helena de Freitas P. 197 P. 41 A COLECÇÃO DE FOTOGRAFIA ANTIGA DA FBAUL HISTÓRIA DA ARTE E EDUCAÇÃO PARA ADULTOS Priscila Machado EM MAX RAPHAEL: UM LEGADO DA REVOLUÇÃO RUSSA P. 221 Daniela Kern OS 100 ANOS DAS VANGUARDAS RUSSAS: SUPREMATISMO, CONSTRUTIVISMO E P. 51 MODERNIDADE PERCURSOS EXPOGRÁFICOS DA VANGUARDA Isabel Nogueira RUSSA: DAS GALERIAS ÀS RUAS Sandra Makowiecky Luana M. Wedekin P. 229 DO OBSCURECIMENTO À TRANSCENDÊNCIA: P. 75 A REFLEXÃO ESTÉTICA DE EMMANUEL LEVINAS RÚSSIA, EUA, BRASIL E JAPÃO: O IDEOGRAMA Leonor Reis COMO MOTE POÉTICO DAS VANGUARDAS NO SÉCULO XX Afonso de Medeiros P. 91 O CONSTRUTIVISMO: (OU) A ARQUITETURA NO PAÍS DOS SOVIETES Paulo Simões Nunes P. 111 DA TOPOGRAFIA LISSITZKY À TIPOGRAFIA DE TSCHICHOLD, AS VANGUARDAS RUSSAS DO DESIGN GRÁFICO, DE MOSCOVO A BERLIM Jorge dos Reis P. 131 ANOTAÇÕES SOBRE AS VANGUARDAS RUSSAS João Castro Silva 7 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. 8 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. Pereira, José Carlos _ Vargas, António _”Editorial”, 2018, pp. 9-12. EDITORIAL José Carlos Pereira António Vargas Com este número duplo, correspondente aos números 18/19, a revista Arteteoria inicia a sua II Série. Fundada no ano 2000, em articulação com o mestrado de Teo- rias da Arte da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e sob a direcção do Professor Catedrático José Fernandes Pereira (1953-2012), foi dirigida, entre 2009 e 2017, pela Profª. Doutora Maria João Ortigão e pelo Prof. Doutor Eduardo Duarte. A partir do caminho percorrido, a revista Arteteoria procura hoje a sua acreditação jun- to dos repertórios de investigação, tendo procedido, para o efeito, à constituição de um Conselho Científico, à revisão duplamente cega por pares (double blind peer review), e à adopção das normas recomendadas de edição e publicação, tendo em vista a sua indexação em bases de dados internacionais. Neste número alargámos também o âmbito da revista ao Brasil, seja em termos de co-direcção seja em termos de colaboradores, iniciando um desejável e progressivo pro- cesso de internacionalização, que pretende incorporar colaborações de outros países da Europa e da América. Em termos de estrutura, e para além da consagração da figura do Editor, externo à Direcção, a revista divide-se em duas partes: um corpo principal, que recolhe os artigos respeitantes ao tema, ou dossier, seleccionados para cada número, e uma segunda parte, intitulada Notas de Investigação, onde se promovem, divulgam, e incentivam os trabalhos de investigadores mais jovens, no âmbito de mestrados, dou- toramentos e pós-doutoramentos, vinculados ao CIEBA (Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes), ou a outros centros e institutos de investigação. Aproveitando o centenário, ocorrido em 2017, da Revolução Russa de Outubro de 1917, e lembrando a publicação do Portugal Futurista, constituiu-se ensejo da Direcção celebrar a efeméride, e particularmente o surgimento das vanguardas que anteciparam a revolução política, e nela se desenvolveram, sem esquecer, naturalmente, o cerceamento a que foram mais tarde sujeitas pelas opções estéticas e programáticas do regime então implantado, pese embora as implicações que uma outra noção de realismo, proposta pe- los vanguardistas russos, acabaria por ter na arte da posteriormente constituída União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mas também da Europa e do continente americano. Ainda assim, e tendo em conta o carácter disseminado das vanguardas, as propostas, entre outras, do futurismo, do construtivismo, do suprematismo e do formalismo russos, frutificaram muito para além das fronteiras onde surgiram, recon- figurando a arte ocidental, e não só, sendo que os seus efeitos ainda ecoam na arte con- temporânea, seja pela sua sedimentação lenta, ou pela reavaliação que as neovanguardas 9 ARTETEORIA _ ISSN 1646-396X _ SÉRIE II _ Nº18/19 _ 2017 © 2017 by ARTETEORIA, All rights reserved. Pereira, José Carlos _ Vargas, António _”Editorial”, 2018, pp. 9-12. fizeram desse legado. Para além das propostas estéticas propriamente ditas, e da pionei- ra noção de arte como praxis social, no quadro referencial das aspirações programáticas e ideológicas dos artistas na época, o reconhecimento do valor da criatividade humana, em termos vivenciais e ontológicos, não deixa de constituir, ainda hoje, motivo de uma profunda reflexão. Num tempo, como o nosso, em que também a arte, a braços com o multiculturalismo estreito que o processo de globalização implantou, se vê convertida muitas vezes numa “marca”, mercadoria e “commodity” – e em que até a resistência política inerente ao acto criativo é frequentemente parodiada, ou rapidamente absorvida pelos fluxos das novas tendências estéticas, políticas e sociais, do chamado pós-capitalismo –, o espírito que animou a produção artística russa nas duas primeiras décadas do século XX é ainda hoje louvável exemplo de explosão criativa, pese embora a referida instrumentalização que o poder político fez dessa mesma produção, atenuando, ou extinguindo, na maio- ria das vezes, o contributo fecundo de artistas que encaravam a arte como uma outra possibilidade de regenerar a sociedade, através de um outro modo de ver, viver, e rela- cionar-se com o mundo. O confronto dos valores da arte, na sua ontogénese, com os valores de mercado tem implicado frequentemente uma hegemonia dos segundos sobre os primeiros, ambos se confundindo, por vezes, numa voragem que alterou o próprio sistema da arte, como fora conhecido desde, pelo menos, o romantismo até às últimas décadas. Sem prejuízo do lícito valor de mercado, o valor da arte, assim como o valor da experiência estética — desde a fruição à própria possibilidade de afirmação de uma identidade individual e co- lectiva, construída a partir do mundo, ou mundos, possibilitados pela abertura da obra de arte —, são hoje motivo também de profunda reflexão. A necessidade desta reflexão, que tem surgido, com frequência, de modo tangencial, é tanto mais urgente quanto os valores de mercado se transformaram em valores absolutos da vida contemporânea; na verdade, há hoje escassos indícios de uma verdadeira e fundamentada crítica ao conflito entre os valores ontogenéticos da obra de arte e os valores de mercado, sendo que, quan- do essa crítica aflora, e dada a actual e cínica base alargada de consenso, rapidamente cai na suspeita de romântica ou marxista, procurando-se, de um modo não raras vezes frágil, do ponto de vista argumentativo, descredibilizá-la à partida.