Algarvio Amaro Antunes Vence Volta a Portugal
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Prioritário O SEMANÁRIO DE MAIOR EXPANSÃO DO ALGARVE FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis quinta-feira I 8 de outubro de 2020 I ANO LXIV - N.º 3315 I Preço 1,30 € PORTE PAGO - TAXA PAGA www.jornaldoalgarve.pt ReitoR Paulo Águas na semana em que começa o ano letivo Imigração Capturados 16 dos 17 Alunos na Universidade marroquinos em fuga só mesmo para ter aulas P 3 Covid-19 GNR trava A cumprir o seu primeiro mandato como reitor, festa ilegal Paulo Águas, 56 anos, no Funcho fala sobre o início do ano letivo e como P 5 está a Universidade a lidar com a pandemia. Turismo E das praxes. Ocupação Mas fala também hoteleira desceu do aumento-recorde 40% em setembro das entradas de alunos, da dificuldade de alunos P 6 e famílias em encontrar alojamentos e da queda do número de estudantes I Liga universitários Portimonense e Farense tropeçam P 12/13 com clubes de Lisboa P 20 JoRge Botelho, novo lídeR do comBate ao viRus em exclusivo ao Ja Música "A nossa capacidade de resposta Diogo Piçarra e Dino D'Santiago candidatos está muito longe de se esgotar" a prémio MTV P 24 P 4/5 Apoie o JORNAL do ALGARVE O SEU CONTRIBUTO FAZ A DIFERENÇA CAIXA GERAL DEPÓSITOS PT 50 0035 0909 0001 6155 3303 4 Algarvio ganha volta CRÉDITO AGRÍCOLA PT 50 0045 7043 4000 6213 1353 7 que não passou no Algarve P 19 8 I outubro I 2020 »DOIS [2] JORNAL do ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt [AVARIAS] SMS 870 O futebol Carlos Albino [email protected] como metáfora Fernando Proença As guerrinhas da televisão pública Os meus amigos que me desculpem, lá vem, a meio da rua no sentido de quem desce, o futebol. Já pensei A televisão pública, quase por regra, tem brindado o Al- nem pode assumir de forma responsável na região o que trezentos – segundos – trezentos segundos, o que me garve coim as suas guerrinhas internas, inexplicáveis na para esta a RTP significa ou deveria significar. Tem passado faz referir tantas vezes ao tão ensandecido e vitoriado maioria dos casos. Será o caso do recente afastamento da sem escrutínio ao longo dos anos, a forma airosa como a (em partes iguais) futebol: na maior parte das vezes jornalista Rosa Veloso das funções de coordenação da RTP televisão pública tem ladeado a instalação de um centro não o trago pelo jogo, mas antes por todo aquilo que de produção a sério no Algarve, e também como tem silen- no Algarve. O diretor da estação disse na parte aproveitável o futebol capta e aumenta através de uma lente, do ciado o seu desempenho praticamente confinado a algum do seu verdito que “os cargos não são vitalícios”, o que não comportamento do mundo e arredores. O futebol é hoje desastre, a algum escândalo e a alguma inauguração de constitui qualquer novidade. Nada nmais disse, Para trás (como o são as redes sociais e as relações de trabalho), passadeiras para peões e colocação de lâmpadas led em fica, para o público, uma pequena nota no diário dos crimes a ponta do iceberg das grandes paranóias dos tempos e confrontos segundoi a qual haveria uma “guerra” na RTP/ Faro, que em Portimão ou Tavira já é muito longe. modernos, e depois disto podia ir-me embora para Faro, e depois que um inquérito estaria a decorrer na se- Sobre a dança de anteriores coordenadores que dufi- casa, com a satisfação do dever cumprido, mas não, quência de um abaixo-assinado com conteúdo clandestino cilmente coordenaram, também pouco ou nada foi dito, estou aqui para vos continuar a aborrecer de morte. e finalmente o tal veredito. Nada sobre as razoes ou moti- embora, de modo geral, fosse por regra entendido que as Dou como exemplo a contradição entre o que se diz e vos que justificassem o afastamento de uma profissional danças, enfim, seriam por desconfortos com a vinda a ferros o que se faz, aliado ao facto de cada vez mais funcio- competente e que, já agora, desde que assumiu o cargo para Faro e que os bailarinos ficariam à espera de um final narmos como representações de nós e agimos como se de coordenadora tinha mais argumentos para prestigiar a feliz. No caso de Rosa Veloso, a forma autocrática como fossemos todos Mourinhos. É o caso da situação que se estação pública no Algarve do que para a estação pública o assunto terminou e terminou com o seu afastamento conferir-lhe prestígio. vai vulgarizando em que os jogadores que defrontam o inexplicado como se uma delegação da estação pública no clube de onde saíram ou já jogaram, preferem não co- Está muito claro que a RTP não tem culpa de ser uma Algarve, apesar de desgraduada e permeável a conhecidas memorar quando marcam um golo, por respeito, dizem irregularidades que lhe deram má cara no passado, fosse estação pública, como também a sua delegação no Algarve eles. Se calhar, dizem e fazem bem, mas cá ao maduro uma secção de xadrez e passatempos, acaba por dar razão está longe de ser uma autarquia. Além disso, o seu diminuto /velho faz espécie que num mundo - e agora vem o mo- aos que observam que a RTP é portuguesa exceto para o quadro de pessoal não corresponde ao que se esperaria de ralismo de pacotilha, mas é o meu moralismo - em que Algarve e no Algarve. uma televisão pública no Algarve, em termos de autonomia, ninguém (ninguém, ninguém, não…) está interessado qualidade e desempenho. Sem capacidade de decisão Sabe-se apenas que houve “guerra”. na camisola - aos que a esta carapuça não cabe, que sobre a sua própria agenda, está à mercê das decisões de são muitos milhões distribuídos por esse mundo fora, Lisboa e também dos efeitos de pressões que um ou outro Flagrante geografia: Surpreendidos ficam os que desconhecem que a Região Autónoma da Madeira cabe toda ela na área do Concelho de as minhas pouco sinceras desculpas – andam aquelas município exerce formal ou informalmente. Quer isto dizer Loulé, e que quanto ao contributo para a riqueza nacional será melhor boas almas a querer mostrar, o que dificilmente algum que a delegação da estação pública não faz o que deseja não falar para o Orçamento do Estado não ficar com peso na consciência. jogador profissional terá neste momento: amor à cami- sola e ao clube que representa. Lembrei-me da história das praxes. A experiência diz-me que existe uma relação estreita entre a pouca qualidade de uma universidade e CRÓNICA DE FARO o seu investimento (porque é assim que o vejo) na praxe. Ou seja, estudos sérios feitos a partir de situações reais, «Anais do município de Faro» (vol. XLII) entendem que quanto mais se estuda menos se praxa. É num folclore como este que insiro a questão mais Pela vez primeira sob a direcção dessa destacada figura tora da Biblioteca Municipal António global dos festejos (ou da falta deles). Quanto mais se da vida portuguesa, que é o Professor Doutor Guilherme de Ramos Rosa a inteligente condução caminha para um comércio total do fenómeno futebol, Oliveira Martins (motivador da «Carta de Faro 2015» - Patri- da sessão. Ao Professor Doutor João com jogadores, dirigentes, clubes e empresários a porem mónio Cultural/Conselho da Europa) foi apresentado o 42º Guerreiro (ex-Reitor da Universidade as fichas todas na mesa (muito obrigado JJ), com vista a volume dos «Anais do Município de Faro, essa verdadeira do Algarve) foi confiada a apresenta- João Leal ganharem mais e mais dinheiro sem olhar a meios, mais e autêntica «Faro Monumentea Historiae». ção desta obra, que além da análise se vão adensando estes assuntos laterais, que apenas Decorreu o acto, com a merecida pompa e circunstância dos vários trabalhos, alguns dos quais dedicados a seu servem para dar ao assunto em epígrafe, uma aparên- no Salão Nobre da Câmara Municipal, constituindo uma lembrado pai, essa insigne figura de algarvio que foi o cia de quem vê mais além do dinheiro. Como a que vai pedagógica sessão e mais um tijolo na pretendida escalada Professor Doutor Manuel Gomes Guerreiro, fundador da sobrando das quase sempre dispensáveis declarações para a escolha da cidade sulina para, em 2027, ser «Capital nossa Universidade e que apontou a necessidade de uma de jogadores e treinadores. Agora foi Otamendi que Europeia da Cultura». Foi em 1969 que teve a sua publicação revista focada para os grandes problemas regionais. em recente entrevista, notou que se sacrificaria até à inicial esta obra, que dignifica Faro e o Algarve. Surgiu por O Professor Doutor Guilherme de Oliveira Martins, nas morte pelo clube que o contratou. Claro que há muitas iniciativa e empenho desse insigne e saudoso farense que foi suas judiciosas palavras, apontou «Faro, Granada, Valên- interpretações de, até à morte, noutros jogadores (e se o Professor Pinheiro e Rosa, tendo-lhes sucedido com grande cia e La Valetta, como cidades referências do património calhar no próprio Otamendi), mas não deixa de ser uma dedicação e empenho, dois «farenses nascidos no concelho cultural» e recordou com especial destaque as saudosas palavra forte. Geralmente a morte vem só um pouco an- de Loulé», o Dr. Libertário dos Santos Viegas, presente no figuras do Dr. Joaquim Magalhães («esse multiplicador tes do tal jogador aceitar mudar de clube, a troco de um acto e o Professor Doutor Joaquim Romero de Magalhães. cultural», segundo a escritora Lídia Jorge) e de seu filho, substancial aumento de salário. Pois será assim, e eu a Uma palavra é devida ao empenho, meticulosidade e Joaquim Antero Romero de Magalhães». «Anais do Muni- pensar que todos levariam as declarações até às últimas mérito da Dra.