A TRIBUNA DIGITAL (SP) PRATICAGEM CRITICA NORMAS EM NAVIO GRANELEIRO ATRACADO NO PORTO DE SANTOS

Navio está com um tripulante com covid-19, mas sem sintomas Da Redação

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy: 1.97818:1587318377/Pratico-Saldanha- Porto.jpeg?f=2x1&$p$f=db9af96&q=0.8&w=1500& $w=f075b93 Prático sobe a bordo do graneleiro Saldanha, em sua saída do Porto (Foto: Divulgação)

A Praticagem de São Paulo criticou a “falha de comunicação” e a “situação de risco” envolvendo o navio graneleiro NM Saldanha, que encontra-se fundeado na entrada da Baía de Santos. A embarcação tem um tripulante com a covid-19, mas sem apresentar sintomas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que atuou de acordo com as normas oficiais, negando falhas.

O Saldanha chegou à região com um marítimo com tosse frequente. E na sexta-feira, atracou em Santos para que sua tripulação passasse por exames, a fim de verificar se alguém estava contaminado com a covid-19. Os testes descartaram que o profissional com tosse estivesse infectado, mas outro marítimo, que não apresentava sintomas, obteve um resultado positivo.

Como consequência, o navio desatracou na madrugada de ontem e seguiu para a área de fundeio do Porto destinada a navios em quarentena, na entrada da Baía de Santos.

Nesse sábado, em nota, o presidente da Praticagem, Carlos Alberto Souza Filho, informou que a categoria não tinha sido comunicada que um tripulante estava com suspeita de coronavírus. E por isso, o prático – profissional que orienta a navegação de um navio na área portuária e em seus acessos – que foi a bordo usava apenas “a proteção básica”: luva de látex e máscara.

Ainda segundo Souza Filho, não foi acionado o plano de contingência do Porto e foi o comandante do graneleiro que explicou que o navio iria atracar para que a tripulação passasse por exames da Anvisa. O presidente ainda relatou que o tripulante contaminado “estava circulando normalmente pelo navio podendo ter contaminado outros tripulantes e o prático, que por sua vez passou a ser um possível vetor de disseminação do vírus para a comunidade”, segundo a nota.

Só após o resultado dos exames, quando o navio se preparava para ir para a área de fundeio, o plano de contingência foi acionado e a Praticagem foi avisada da confirmação do caso da covid-19, explicou Carlos Alberto Souza Filho.

Em nota, a Praticagem destacou que “essa falha de comunicação expôs o prático, que agora está afastado em quarentena até que seja testado, a um risco desnecessário sem a proteção adequada”.

O presidente da entidade lembrou que está denunciando essa “situação de risco” desde janeiro e agora se concretizou. “Defendemos que o navio vá para um fundeadouro, um lugar mais abrigado, para que os técnicos da Anvisa possam subir a bordo e verificar. Nós práticos somos os primeiros a subir a bordo, temos os nossos próprios riscos e não queremos ser vetores da doença para nossos familiares e para toda a comunidade”.

Procurada, a Autoridade Portuária de Santos (nova denominação da Codesp) informou que não recebeu da Anvisa o pedido para o acionamento do plano de contingência – é a Autoridade Portuária quem aciona o plano, mas apenas diante de um pedido da Anvisa para isso.

Também em nota, a Anvisa explicou que o navio Saldanha não estava com um caso suspeito da covid-19, pois o tripulante com sintoma tinha apenas tosse. Se, por exemplo, houvesse tosse e febre, o caso seria tratado como suspeito.

A agência ainda informou que as inspeções são feitas em navios atracados. “A inspeção aconteceu por uma atitude bastante preventiva da equipe da Anvisa em Santos, que decidiu usar a abordagem mais cautelosa, realizando a inspeção e submetendo toda a tripulação à testagem”, relatou na nota.

A Anvisa ainda comuniciou que pediu à agência de navegação para informar o prático sobre a necessidade de uso dos equipamentos de proteção individual. E destaca que “o uso de máscara cirúrgica e a distância social de 2 metros é condição suficiente para que o prático desenvolva o seu trabalho em segurança”. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 20/04/2020

MILTON LOURENÇO: COVID-19: CENÁRIO PÓS-PANDEMIA

A reação a esse período de dificuldades depende em larga medida do esforço que nós, brasileiros, possamos fazer nesse sentido Por Milton Lourenço

Como todo mundo deve estar farto de saber, houve uma enxurrada de informações transmitida por jornais, emissoras de rádio e televisão e redes sociais sobre o desenvolvimento do processo de contaminação provocado pelo coronavírus (covid-19), que atingiu a população do planeta. Ao mesmo tempo, os governos tiveram de empreender ações de combate a essa pandemia, que tem reflexos na vida de todos os habitantes do mundo, já que houve necessidade de se fechar estabelecimentos industriais e comerciais, com o intuito de preservar as pessoas do contágio.

Foram medidas drásticas, mas necessárias, pois, a princípio reduziram a quantidade de pacientes. Mas, hoje, infelizmente, o que se constata é que as alas dos hospitais recém destinadas aos doentes infectados pela covid-19 já estão com a sua capacidade de atendimento quase esgotada. Para piorar, é de se lamentar que a saída do ex-ministro da Saúde tenha se dado mais por suas virtudes do que por seus defeitos, até porque sua competência técnica nunca foi colocada em xeque.

O que parece claro é que sua demissão decorreu da ação do presidente , que, aparentemente, quis esvaziar a possível candidatura de um concorrente na eleição de 2022. Já o sucessor de Mandetta, , embora seja médico de reconhecida capacidade, não parece dispor de penetração política para angariar o respaldo necessário ao desempenho de suas funções.

Não bastasse esse cenário desolador, não há como imaginar o que ocorrerá quando o número de doentes estiver controlado, o que já seria uma grande vitória. Imediatamente após obtermos o controle dessa pandemia, será necessário dar início aos negócios na intensidade do tempo anterior à crise, de forma a neutralizar os seus efeitos, ainda que as previsões dos órgãos internacionais não sejam favoráveis.

Claro que temos de levar em consideração essas previsões, como a possível queda de 5,3% de nosso Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, indicada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas precisamos também olhar com otimismo para o Relatório Focus do Banco Central do Brasil, que tem uma previsão menos catastrófica, na casa de 2%.

Dentro desse panorama, não há como o comércio exterior brasileiro deixar de sofrer tais impactos, que, obviamente, também atingem seus parceiros comerciais. De fato, as projeções do FMI para esses países não são animadoras, pois preveem quedas superiores à prevista para o Brasil: Itália, 9,15%; Espanha, 8%; França, 7,2%; Alemanha, 7%; México, 6,6%; Reino Unido, 6,5%; e EUA, 5,9%. Mesmo para os países que ainda mantém previsões positivas de crescimento, como China e Índia, esses percentuais são baixos – 1,2% e 1,9% –, pois essas nações vinham operando com índices de dois dígitos,

A magnitude da crise talvez seja apenas comparável à da Grande Recessão de 1929. Mas, seja como for, é em momentos-limites como o que vivemos que aparecem as grandes oportunidades. O que se espera é que o Brasil aproveite o período pós-crise para encetar uma nova trajetória, pois dispõe de agricultura fortíssima e de parque industrial com alta capacidade de produção, além de mão de obra capacitada e numericamente compatível com as exigências de um boom de produção.

Por certo, o empresariado vai precisar contar com uma taxa de câmbio favorável, o que é possível, já que, com a crise, o real se desvalorizou. Ao mesmo tempo, espera-se que os governos da União, dos Estados e dos municípios façam um esforço conjunto para devolver aos agentes econômicos a sua força produtiva, oferecendo ajuda financeira, pois só assim será possível gerar riquezas e pagar tributos. Em outras palavras: a reação a esse período de dificuldades depende em larga medida do esforço que nós, brasileiros, possamos fazer nesse sentido. Mãos à obra. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 20/04/2020

SETOR PORTUÁRIO INTEGRA CAMPANHA DE DOAÇÕES PARA AUXILIAR NO COMBATE À COVID-19

Objetivo é a obtenção de equipamentos, insumos e serviços para ajudar os municípios da Baixada Santista durante a pandemia de coronavírus Da Redação

https://www.atribuna.com.br/image/contenti d/policy:1.76345:1574167173/Navio- cargueiro-Porto-de- Santos.jpg?f=2x1&$p$f=1fe13be&q=0.8&w =1500&$w=f075b93 Uma nova reunião virtual ocorrerá para conferir resultados (Foto: Carlos Nogueira/ AT)

Vinte e três empresas, associações e sindicatos que atuam no Porto de Santos aderiram à Campanha Porto Amigo das Cidades Contra o Coronavírus, lançada nesta quinta-feira (16). O objetivo é a doação de equipamentos, insumos e serviços para ajudar os municípios da região no combate à pandemia.

Os empresários atenderam ao apelo da deputada federal Rosana Valle (PSB-SP), que organizou a reunião, realizada por telecon-ferência. Também participou o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Casemiro Tércio Carvalho.

A estatal que administra o cais santista fará um levantamento das necessidades das cidades e de entidades e, ainda, concentrará as doações, para que todas cheguem a seus destinatários.

A deputada pediu que as doações sejam repassadas a cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Para a deputada, esta atuação conjunta do Porto de Santos será um exemplo para todos os portos do Brasil. Já o presidente da Autoridade Portuária destacou que o sistema de saúde de Santos é o mais pressionado pelo fato da região possuir, proporcionalmente, a maior população idosa do país.

As entidades destacaram a importância da atividade portuária manter o ciclo econômico nesta crise e, ainda, o compromisso para não demitir neste momento, em que as importações das mercadorias de valor agregado foram reduzidas.

Os empresários sugeriram que o setor ajude realizando a importação direta de itens específicos, em busca de conseguir mais rapidez e melhores preços, em função da compra em maior escala.

Além das doações de máscaras e outros equipamentos de proteção, as instalações e associações colocaram à disposição locais para armazenagem dos produtos.

Participaram da conferência representantes de associações de terminais e empresas do setor, além de instalações do complexo marítimo e armadores. Uma nova reunião virtual ocorrerá em 15 dias, para conferir resultados. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 20/04/2020

NAVIO GRANELEIRO ATRACADO NO PORTO DE SANTOS TEM CASO CONFIRMADO DE CORONAVÍRUS

Embarcação Saldanha chegou nesta sexta-feira (17) ao cais santista para o embarque de 63 mil toneladas de soja a granel Por Fernanda Balbino

Mais um navio registrou caso de coronavírus no Porto de Santos. Desta vez, o graneleiro Saldanha, que estava atracado no Armazém 31, no Macuco, teve um tripulante contaminado. A embarcação foi removida para a área de fundeio do cais santista.

A embarcação chegou ao Porto de Santos nesta sexta-feira (17), para o embarque de 63 mil toneladas de soja a granel. Porém, não recebeu a Livre Prática, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar as operações. Isso porque um dos tripulantes estava com tosse persistente, um dos sintomas da Covid-19.

O órgão determinou que todos os 20 marítimos fossem testados. Contrariando expectativas, o tripulante que estava com sintomas não foi contaminado pelo coronavírus. Porém, um outro, assintomático, testou positivo para a doença.

“O tripulante que testou positivo está em bom estado de saúde e, por isso, não será desembarcado neste momento. Porém, deverá ser mantido isolado em sua cabine dentro do navio”, destacou a Anvisa, em nota.

A autoridade sanitária determinou a desatracação da embarcação. O cargueiro entrou em quarentena e deve permanecer até, pelo menos, o próximo dia 1º na área de fundeio no Porto de Santos, em um local específico para permanência de embarcações com riscos de contaminação.

Praticagem

As manobras de entrada e saída do Porto de Santos foram realizadas com a orientação da Praticagem de São Paulo. Nas duas ocasiões, os práticos foram a bordo utilizando equipamentos de proteção individual para evitar contaminações.

Os práticos fazem, diariamente, cerca de 32 manobras no Porto de Santos. Eles são os primeiros a entrar em embarcações que chegam de diversos locais do mundo e, mesmo com todos os equipamentos de proteção e cuidados, sabem que correm o risco de contaminação pela Covid-19 e a possibilidade de se transformarem em vetores da doença.

Por isso, a categoria pediu à Anvisa que os navios sejam inspecionados ainda na Barra de Santos, antes da autorização para atracação. Assim, em casos como o do navio Saldanha, não haveria exposição de profissionais e riscos de contaminação. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 20/04/2020

ANTAQ – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIARIOS PRORROGADO PRAZO DE ENTREGA DE CURRÍCULOS PARA VAGA EM MACAPÁ

A ANTAQ, por meio do Edital nº 08/2020, prorroga o prazo de entrega de currículos de servidores e empregados públicos constantes do Edital nº 07/20202, visando ao preenchimento de uma vaga para exercício no Posto Avançado de Macapá – PA-MCP, vinculado à Unidade Regional da Autarquia em Belém – UREBL.

O prazo para envio dos currículos vai até o dia 24/04/2020. Os currículos deverão ser enviados para o e-mail [email protected]. A análise curricular e as entrevistas virtuais serão realizadas até o dia 07/05/2020. O resultado será divulgado em 13/05/2020. Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ Fone: (61) 2029-6520 FAX: (61) 2029-6517 E-mail: [email protected] Data : 17/04/2020

PORTAL PORTO GENTE SAÍDA DA CRISE NO BRASIL PASSA PELA ÁREA DE INFRAESTRUTURA Assessoria de Comunicação

Em webinar da Sobratema e da Analoc, o economista Luís Artur Nogueira avaliou que o setor de saneamento representa uma oportunidade de investimento por estar ligado à segurança sanitária

A área de infraestrutura terá um papel fundamental para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Para isso é preciso fortalecer os investimentos públicos na área para estimular novos recursos privados nacionais e internacionais, fomentar a geração empregos e renda e movimentar a economia.

https://portogente.com.br/images/Tendencias-no- Mercado-da-Construcao-2017--401-.jpg Economista Luís Artur Nogueira trouxe sua avaliação do mercado da construção e da locação de equipamentos em webinar da Sobratema e Analoc. Crédito: Divulgação Sobratema

Essa ponderação é do economista Luis Artur Nogueira, durante o webinar “Impactos e Perspectivas Pós Coronavírus no Setor da Construção e no Segmento de Locação de Equipamentos”, promovido ontem, quinta- feira, 16 de março, pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e a Associação Nacional dos Sindicatos e Representantes de Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc). O evento, transmitido pelas redes sociais, está disponível no facebook da Analoc e no facebook e Youtube da Sobratema.

Nesse sentido, o Governo tem um pacote de obras pós-crise, que engloba 70 projetos no modal de transporte – rodovias, aeroportos, ferrovias e portos -, com montante estimado de R$ 30 bilhões. Além disso, está mantido o cronograma de concessões para o segundo semestre, que inclui 44 projetos e R$ 101 bilhões em recursos.

Contudo, segundo o economista, existem desafios que precisam ser vencidos, como por exemplo, a oscilação cambial, que gera incerteza tanto para os investimentos estrangeiros como para a cadeia produtiva, que depende, em algumas situações, de importações de matéria-prima, produtos e equipamentos. “É necessário garantir a proteção cambial para que os investidores tenham maior segurança”.

Outros pontos apontados referem-se à participação do BNDES e a mudança de premissas para realizar as concessões. “Em um ambiente recessivo, não é possível prever quantos carros passarão em um pedágio”, disse Nogueira, que avaliou ainda que haverá um aumento da dívida pública em decorrência das ações que estão sendo feitas para superar o atual cenário. Porém, é imprescindível que o gasto seja feito de forma inteligente. “E o investimento em infraestrutura é uma dessas saídas porque já há uma percepção do governo que se não houver o aporte público, não terá o privado”.

Em termos de oportunidades, o destaque de Nogueira é a área de saneamento, que é parte da infraestrutura, mas também beneficia a área da saúde. “É preciso investir nessa área porque o governo, certamente, vai economizar em saúde nos anos seguintes”, ressaltou.

Setor imobiliário

De acordo com o economista, no segmento imobiliário, a crise deve ser mais curta com um impacto menor, uma vez que a construção civil está entre os setores que estão em funcionamento, em diversos estados no país. Além disso, o segmento vinha em franca recuperação nos últimos meses, em especial na área residencial, com lançamentos expressivos em 2019 que fomentaram os lançamentos neste ano.

“De fato, a incerteza paralisa novos investimentos e atrasa as obras e há uma reavaliação por parte das construtoras e incorporadoras sobre novos lançamentos. Contudo, houve o barateamento do crédito imobiliário, que pode ser vantajoso para os compradores de imóveis, bem como a expectativa de um relançamento do programa Minha Casa Minha Vida”, afirmou Nogueira.

Para Reynaldo Fraiha, presidente da Analoc, a curva da retomada tende ser mais rápida do que a crise pelo qual o Brasil acabou de passar. “Superamos um momento desafiador e já entramos em um cenário global de crise. Assim, nesse momento, nossa entidade tem um papel de extrema importância por ser um canal de comunicação com outras entidades para trazer democratizar a informação e ter maior interatividade com todas as empresas e profissionais”.

Já Afonso Mamede, presidente da Sobratema, ressaltou o papel da associação ao longo dos anos em compartilhar informações e conhecimento como forma de auxiliar no desenvolvimento do mercado, das empresas, da sociedade e das pessoas. “Vivemos na era do Big Data, com números nos auxiliando no planejamento e no controle de nossas atividades. Porém, a pandemia nos colocou em uma verdadeira montanha russa. Desse modo, como devemos agir agora, no médio ou longo prazos? Certamente, os indicadores, a informação qualificada e a avaliação de especialistas podem apontar cenários e colaborar com nossas decisões”.

Economia

Durante o webinar mediado pelo vice-presidente da Sobratema e secretário da Analoc, Eurimilson Daniel, o economista Luís Artur Nogueira também analisou os impactos no curto prazo para toda a sociedade, que inclui a disparada do dólar, a queda abrupta da bolsa de valores, o fechamento temporário de fábricas e do comércio em geral, a mudança para o home office, a redução de salários, os anúncios de demissões e o engavetamento da agenda de reformas. “Em um prazo maior, esse movimento vai afetar a arrecadação do Governo, o que implica que, em algum momento, haverá um aumento de carga tributária que será paga pela sociedade, pelos empresários e pelos consumidores”, ponderou.

Quanto às medidas do governo para o combate da crise, ele elogiou ações como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, a antecipação do 13º aos aposentados e a inclusão de novas pessoas no Bolsa Família. Contudo, criticou que socorro do governo pode não ter chegado a tempo para uma parte das pequenas e médias empresas.

O economista ainda sugeriu outras ações como o aceleramento da transmissão das verbas até a ponta final, ou seja, a pessoa física e o fornecimento de crédito sem garantias para as pequenas empresas.

Nogueira também trouxe suas estimativas para a economia brasileira neste ano. A previsão é de um encolhimento entre 2% e 6% no Produto Interno Bruto (PIB), uma inflação de 2,5% e taxa básica de juros na ordem de 3% ao ano. O desemprego saltaria dos atuais 11% para 15%. Já a balança comercial ficaria positiva, com um superávit entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.

Para essas estimativas, o economista atribuiu quatro premissas ante ao distanciamento social vivenciando em todo o país. A primeira é que o isolamento social definido até o momento iria até o final de abril. Ao longo de maio, cada vez mais estados seguirão o exemplo de Santa Catarina, que começou a fazer de maneira seletiva e gradual a retomada das atividades. Na sequência, em junho, o retorno às aulas para evitar a perda do ano letivo dos alunos. E, por fim, em agosto, as atividades voltando a funcionar normalmente, com algum distanciamento ainda.

De acordo com o economista, de todo modo a velocidade de recuperação dependerá da capacidade do governo em salvar empresas e trabalhos. “Não haverá recuperação econômica se quebrar o setor produtivo ou os consumidores”, asseverou.

Cenário global

O cenário global também foi tema do webinar da Sobratema e Analoc, uma vez que a pandemia afetou todos os continentes. Segundo Nogueira, neste ano, o mundo vivenciaria um crescimento fraco, com média global de 2% de alta. O principal motivo seria guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Entretanto, agora o cenário tornou-se de recessão e sua intensidade vai depender de dois fatores: a capacidade de recuperação da China e o tamanho da queda dos Estados Unidos.

O consultor da Sobratema, Mario Miranda, fez sua avaliação no cenário norte-americano, destacando que a aceleração do contágio naquele país teve um efeito devastador no emprego. Em apenas trê semanas, 16 milhões de estadunidenses entraram com pedido de seguro desemprego. Ele ainda asseverou que grande parte do planeta deve trabalhar futuramente a questão de depender de uma única nação para o fornecimento de alguns tipos de produtos e/ou matérias-primas. “Nesse sentido, podem surgir oportunidades para o Brasil já em 2021, por meio de parceiras com os Estados Unidos e outros países, trazendo, dessa forma, investimentos para nós”.

No caso da Europa, Juan Manuel Altstad, vice-presidente da Sobratema, trouxe números do mercado de equipamentos, que soma 1200 fabricantes, 300 mil empregos diretos e faturamento de cerca de €40 bilhões. “Atualmente, 62% das empresas estão fechadas ou com a produção significativamente afetada, 35% com a produção pouco afetada e 3% das empresas não sofreram alterações”.

Ao se falar na retomada de atividade, Altstadt mostrou que 11% das empresas poderão perder até 10% da produção; 40% das fabricantes perderão entre 10% e 30%; 32% das companhias, mais de 30% e apenas 3% passarão a crise sem impacto. Nessa pesquisa, 15% não souberam responder.

O evento contou ainda com as participações e comentários de membros da Analoc: Paulo Melo Alves de Carvalho, diretor de Equipamentos Leves da Analoc; José Antônio Souza de Miranda Carvalho presidente do Sindileq-MG; Sebastião Rentes, Presidente do Sindileq-RJ; Alexandre Pandolfo, presidente da Abrasfe; Alexandre Forjaz, presidente da Alec; Flavio Figueiredo, presidente da Apelmat; e Flavio Cavalcanti, presidente do Sindileq-CE. Fonte : Portal Porto Gente Data : 20/04/2020

HIDROVIAS DO BRASIL ADERE AO MOVIMENTO #NAODEMITA Assessoria de Comunicação

Empresa se compromete a manter o quadro de funcionários até o final de maio apesar da crise do coronavírus; objetivo é evitar um colapso econômico e social

A Hidrovias do Brasil aderiu recentemente ao movimento #NaoDemita, comprometendo-se a mnter seu quadro de colaboradores pelos próximos 60 dias, por conta da pandemia do novo coronavirus (Covid-19). O objetivo é ajudar a evitar um colapso econômico e social na sociedade durante o período crítico da pandemia, por meio da manutenção de seu quadro de funcionários. A Hidrovias do Brasil conta com mais de 1.000 colaboradores divididos entre São Paulo, Pará e também Paraguai e Uruguai.

https://portogente.com.br/images/Hidrovias_do_Br asil.jpg Hidrovias do Brasil

"Tomamos a decisão de participar do movimento #NãoDemita, pois ele está alinhado aos valores sociais da Hidrovias do Brasil. Entendemos que é importante que as empresas se unam, nesse momento, em defesa da economia e dos empregos", comenta Fabio Schettino, diretor presidente da Hidrovias do Brasil.

O movimento #NaoDemita foi criado no início de abril, por iniciativa da Ânima Educação e de outras 40 empresas, com o apoio de grandes nomes como as varejistas Magazine Luiza e GPA, os bancos Santander e Itaú Unibanco e as fabricantes de cosméticos Natura e Boticário. Com o objetivo de salvar até 2 milhões de empregos, o movimento ganhou força e, até 14 de abril, cerca de 3 mil empresas se comprometeram a não demitir seus funcionários em meio a crise do novo coronavírus. Fonte : Portal Porto Gente Data : 20/04/2020

FUTURO INCERTO DO PRESIDENTE DO PORTO DE SANTOS Editor Portogente

O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) ao ser considerado um ato discricionário da diretoria do porto, desagrega sua comunidade e complica a cooperação.

Por trás da mensagem do Twitter do ex-assessor do presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Chiang Chu Hung, dispensado neste dia 14, após 10 meses no cargo, há uma diretoria sob o comando de Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho sem estabilidade. No prazo de pouco mais de um ano à frente do mais importante porto do Hemisfério Sul, já dispensou também um assessor com saída ruidosa e, meses depois, o respectivo diretor. Suas relações com a comunidade do porto e a cidade não são as melhores.

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Na sua mensagem, Chiang alega que “devido à pandemia da Covid-19, todo o nosso planejamento da expansão na Ásia teve que ser adiado e repensado de forma racional, especialmente no tocante de ter um escritório de representação na China". Fechar um polo que amplia o cenário de negócios do porto, de baixo custo operacional e por causa da pandemia, que lá está controlada, vai no sentido contrário às intenções do presidente Jair Messias Bolsonaro, de reaquecer a economia. Do jeito que os chineses estão reaquecendo a sua enorme economia paralisada pelo coronavírus.

Os fatos ocorridos no ano passado envolvendo o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Codesp, Danilo Veras, que quase foi às vias de fato com o assessor Adami Campos, reforçam o descompasso entre a gestão de Casemiro Tércio e a missão do Porto de Santos. O auxiliar demitido saiu atirando acusações e disse ao Portogente saber de muitas impropriedades cometidas pelo diretor. Meses depois, o diretor também foi dispensado.

Ou seja, um cenário inconciliável com o dever de promover desenvolvimento sustentável, gestão e operação comercial do porto, na integração política com a própria equipe, o mercado, a comunidade portuária e a cidade. No entanto, assim como um elefante por suas características não voa como um passarinho, uma autoridade portuária, mesmo se apresentando como Santos Port Authority, sem mobilização conjugada dos interesses que ela impacta, não consegue atingir os objetivos dos seus fundamentos.

Sem sombra de dúvida, esses reflexos negativos no principal porto brasileiro, com potencial para porto do futuro, repercutem no centro de poder em Brasília. E movimentam as peças do jogo. Motivo dos indícios de que já está posto, na Casa Civil, um nome para substituir Casemiro Tércio no comando do Porto de Santos. Fonte : Portal Porto Gente Data : 20/04/2020

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CONTRA O CORONAVÍRUS Redação Portogente

Como acontece nos grandes combates e nas histórias de super-heróis, é preciso muita inteligência e força para derrotar o inimigo que ameaça a humanidade. É isso o que está acontecendo no combate ao novo coronavírus. A velocidade e quantidade de pesquisas com que vêm sendo realizadas precisam ser elaboradas na construção de soluções para os desafios de curar e prevenir a Covid-19.

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É a proposta do projeto Mandacaru de inteligências brasileiras - cientistas e pesquisadores - pelo mundo afora conectadas pela força de uma nação no enfrentamento da pior pandemia da história do mundo. Algoritmos poderosos processam dados e informações com agilidade e velocidade inalcançáveis pela capacidade humana. São quantidades de dados de ordem e tipos variáveis processadas em curto intervalo de tempo.

Nunca houve na história humana um ataque tão tecnológico e em rede dessa dimensão. Todos os grandes centros de pesquisas estão mobilizados nessa complexa guerra contra o inimigo invisível e ubíquo. Todo o Planeta está ameaçado. Essa batalha ocorre em três frentes: vasculhar toda a literatura atual relacionada à doença; estudar o DNA e a estrutura do vírus; e considerar a adequação de vários medicamentos.

A descoberta de drogas tem sido tradicionalmente muito lenta. Entretanto, a IA tem se mostrado muito mais rápida. Em sete dias de pesquisas são processadas quantidades enormes de dados integrados às três frentes de abordagem. Portanto, esses dados têm de ser limpos, grandes e de alta qualidade. Principalmente na busca de medicamentos que possam ser reaproveitáveis e evitar a longa fase de teste a que tem de ser submetido o medicamento novo.

A medicina mundial em rede, conectada pela IA, vai possibilitar o uso de vários níveis de informações, das correlações superioras às pequenas que a medicina tradicional em rede pode perder. Decerto, essa união processada por algoritmos poderosos vai produzir resultados surpreendentes no enfrentamento vitorioso desse abominável inimigo. Fonte : Portal Porto Gente Data : 20/04/2020

ISTOÉ - DINHEIRO CAIXA E SEBRAE FIRMAM ACORDO DE R$ 7,5 BI EM CRÉDITO PARA MICRO E PEQUENAS Crédito: Agência Brasil/ EBC

A Caixa Econômica Federal e o Sebrae firmaram nesta segunda, 20, um convênio com o objetivo de liberar R$ 7,5 bilhões em crédito para micro, pequenas empresas e ainda microempreendedores individuais (MEIs). O foco é apoiar esses negócios a enfrentarem os impactos da crise gerada pela pandemia de coronavírus (covid-19) no Brasil, que colocou as pessoas dentro de suas casas para conter a propagação da doença no País.

O anúncio estava previsto para a semana passada, mas está sendo feito somente na manhã de hoje depois de conflitos na agenda dos porta-vozes envolvidos. Em nota à imprensa, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reforça o foco do banco junto aos pequenos empreendimentos.

“Através da parceria, o banco disponibilizará melhores condições de taxas, prazo e carência, de forma a atender a demanda por crédito desse setor tão importante para a economia”, diz o presidente da Caixa.

As linhas de crédito terão custo a partir de 1,19% ao mês para empresas de pequeno porte, sendo até R$ 125 mil por CNPJ, 12 meses de carência e prazo de pagamento de 36 meses. Para micro empresa, os juros se iniciam em 1,39% ao mês, valor máximo de até R$ 75 mil, 12 meses de carência e 30 meses de pagamento. Já a taxa dos empréstimos para os microempreendedores individuais começará em 1,59% ao mês, financiamento de até R$ 12,5 mil por MEI, 9 meses de carência e 24 meses de pagamento.

A parceria utiliza as linhas de crédito disponibilizadas pela Caixa e as garantias complementares serão concedidas pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Além de entrar com recursos para alavancar o volume de operações de crédito através do Fampe, o Sebrae irá oferecer aos empreendedores o crédito assistido.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios a crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual, obterem os recursos para capital de giro, tão necessários para atravessarem a crise provocada pela pandemia do coronavírus, mantendo os negócios e os empregos”. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 20/04/2020

GASOLINA RECUA EM 23 ESTADOS E NO DF, DIZ ANP; VALOR MÉDIO CAI 1,30% NO PAÍS Crédito: Divulgação

O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros caiu em 23 Estados e no Distrito Federal na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Houve alta apenas no Acre, no Tocantins e em Sergipe. Na média nacional, o preço médio recuou 1,30% na semana sobre a anterior, de R$ 4,149 para R$ 4,095.

Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 1,5%, de R$ 3,992 para R$ 3,932, em média. No Rio de Janeiro, o combustível recuou 1,18%, de R$ 4,670 para R$ 4,615, em média. Em Minas Gerais, houve queda no preço médio da gasolina de 1,33%, de R$ 4,349 para R$ 4,291 o litro.

Competitividade Os preços médios do etanol seguiram vantajosos ante os da gasolina em apenas quatro Estados brasileiros – Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo – todos grandes produtores do biocombustível. O levantamento considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido, em média, por 64,06% do preço da gasolina, em Goiás a 65,33%, em Minas Gerais a 66,13% e, em São Paulo, a paridade ficou em 65,87%.

Na média dos postos pesquisados no País, a paridade é de 68,28% entre os preços médios de etanol e gasolina, também favorável ao biocombustível. A gasolina foi mais vantajosa no Amapá, com a paridade de 113,55% para o preço do etanol. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 20/04/2020

SRB PEDE URGÊNCIA NA VOTAÇÃO DA ‘MP VERDE E AMARELO’ EM CARTA A ALCOLUMBRE

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) enviou na Sexta-feira (17) um ofício ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedindo que a Medida Provisória do Contrato Verde e Amarelo volte à pauta de votação em caráter de urgência. A MP 905/2020, que reduz contribuições de empresas para estimular a contratação de jovens de 18 a 29 anos e pessoas acima de 55 anos, estava prevista para ser votada na sexta-feira, mas foi retirada da pauta. Esta Segunda-feira (20) é o último dia em que a MP tem poder legal. Se não for votado, o projeto perde a validade.

Segundo a carta, a MP é “um dos principais instrumentos” editados pelo governo federal para retomada da economia e fortalecimento do País, “se tornando ainda mais necessária” após a pandemia do Covid-19. “Para nós, produtores e proprietários rurais, embora alguns setores da nossa classe não estejam sendo afetados por ora, grande parte do setor agropecuário já vem sofrendo os efeitos dessa pandemia, em vista da falta de consumo e dificuldades em se manter a população economicamente ativa em seus postos de trabalho”, disse a presidente da SRB, Teresa Vendramini, no ofício. “Entendemos que os mecanismos gerados pela MP 905/2020 poderão fortalecer o fornecimento de alimentos, fibras e energia, garantindo o equilíbrio socioeconômico do setor agropecuário e, principalmente, de toda sociedade.” Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 20/04/2020

EPOCA NEGÓCIOS O PIOR QUE PODE ACONTECER É UMA ONDA DE QUEBRA DE CONTRATOS, DIZ MINISTRO FREITAS

O ministro da Infraestrutura alertou sobre propostas para suspender a cobrança de pedágio em rodovias federais em razão da pandemia

https://s2.glbimg.com/RV6lfB_sXWGhUSRIcZoZDW 0HQUM=/620x430/e.glbimg.com/og/ed/f/original/201 9/11/11/mcmgo_abr_250620194977_1.jpg O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, alertou nesta segunda-feira (20) que propostas para suspender a cobrança de pedágio em rodovias federais em razão da pandemia são extremamente inadequadas e representariam uma quebra de contrato grave. Isso, pontuou o ministro, levaria a uma discussão da extensão de reequilíbrios de contratos, o que atrasaria o programa de concessões do governo. "Temos que estar permanentemente vigilantes. O pior que pode acontecer é uma onda de quebra de contratos", disse Freitas.

O ministério entrou em campo no Congresso para tentar evitar que projetos para abrir as cancelas durante a pandemia avancem. "Tivemos que enfrentar essa primeira ameaça", disse Freitas, que avalia que os parlamentares têm compreendido que a iniciativa não é adequada.

"É uma vontade natural de ajudar, mas nem todas as respostas são adequadas", comentou Freitas ao ser questionado sobre os projetos de deputados e senadores que estabelecem algum tipo de vantagem para consumidores de serviços de infraestrutura. Levantamento realizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) apontou que foram apresentados 93 projetos nesse sentido.

Concessões

O ministro Freitas também afirmou nesta segunda-feira (20) que o programa de concessões continua em andamento na pasta, inclusive com novas assinaturas para a estruturação de projetos. Segundo Freitas, o ministério assinou com o BNDES o contrato para realização dos estudos de desestatização do Porto de Santos e da concessão de quase 8 mil quilômetros de rodovias. "Tudo caminhando de maneira que tenhamos carteira de projetos pronta", disse o ministro, lembrando que o investimento contratado até 2022 é de R$ 230 bilhões.

Freitas também afirmou que o feedback sobre o interesse nos projetos tem sido positivo em reuniões com representantes de fundos de investimento. "Eles têm condições de colocar dinheiro nos melhores projetos. Vão atrás das melhores taxas de retorno", disse o ministro, segundo quem é possível ocorrer a calibragem dessas taxas, de forma a se adaptar ao cenário atual de risco.

Regulação

Sobre o acompanhamento de ações de agências reguladoras, Freitas afirmou ser preciso fazer um amplo debate para que a regulação não se torne "intervenção" ou "interferência" no setor. O ministro foi questionado especificamente sobre a revisão da Portaria nº 251/2000, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que estabelece critérios para o uso, por terceiros interessados, dos terminais aquaviários para movimentação de petróleo e derivados, assim como do gás natural e de biocombustíveis.

Ao ouvir reclamação sobre a proposta em andamento, Freitas afirmou que a pasta está em contato com o Ministério de Minas e Energia. "A resolução já chamou a atenção do MME. Então vamos fazer amplo debate para que segurança jurídica não seja prejudicada", disse o ministro.

Malha Paulista

Freitas ainda comentou que a assinatura do contrato de prorrogação da concessão da Malha Paulista está sendo encaminhada, após observações da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU). Freitas afirmou que o ministério já fez suas considerações para a Corte, apresentando inclusive discordâncias com pontuações feitas pela área técnica. "Ministro não deu cautelar, e acho que não dará. Teremos condição de acertar isso", disse o ministro. Fonte : Epoca Negócios Data : 20/04/2020

PREÇO DO PETRÓLEO NOS EUA RECUA MAIS DE 50% E ATINGE MENOR NÍVEL DA HISTÓRIA

Os preços têm sido pressionados há semanas, com a pandemia de coronavírus destruindo a demanda pela commodity

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Os preços do petróleo despencavam nesta segunda-feira, com os contratos futuros do WTI -- valor de referência nos Estados Unidos-- recuando mais de 50%, para o menor nível da história, à medida que investidores se preocupam com a falta de locais de armazenamento e dados da Alemanha e do Japão indicam um cenário sombrio para a economia global.

O petróleo Brent recuava 1,34 dólar, ou 4,77%, a 26,74 dólares por barril, às 13:52 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 10,43 dólar, ou 57,09%, a 7,84 dólares por barril.

Os preços têm sido pressionados há semanas, com a pandemia de coronavírus destruindo a demanda pela commodity.

A Arábia Saudita e a Rússia até chegaram a um acordo há mais de uma semana para cortar a oferta de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia, mas isso não deve fazer com que o excesso de oferta global seja reduzido rapidamente.

Os valores do petróleo Brent colapsaram em cerca de 60% desde o início do ano, enquanto o petróleo dos EUA recuou cerca de 85% no período, para níveis muito abaixo do ponto de equilíbrio (o chamado "break-even") necessário a muitos produtores de "shale" (petróleo não convencional). Isso levou à interrupção de perfurações e a drásticos cortes de gastos.

Sendo negociados a cerca de 8 dólares por barril, os futuros do WTI atingiam o menor nível da história. Analistas disseram que as liquidações foram intensificadas pela iminente expiração do contrato de primeiro mês.

O spread entre os contratos de primeiro e segundo mês do WTI figurava em torno de 14 dólares, o maior da história, conforme o vencimento junho --o mais ativo-- recuava cerca de 9%, a 22,76 dólares o barril.

(Reportagem de Stephanie Kelly em Nova York, com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres, Florence Tan em Cingapura e David Gaffen em Nova York) Fonte : Epoca Negócios Data : 20/04/2020

CAMINHO PARA INVESTIMENTO PÚBLICO EM OBRAS SERÁ O ENDIVIDAMENTO, DIZ MINISTRO

O ministro também destacou que a prioridade será finalizar as obras inacabadas

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira, 20, que os recursos públicos complementares que serão necessários para o programa de investimento em obras do governo federal terão de ser captados via endividamento. "Investimentos virão do Orçamento geral da União. Caminho vai ser via endividamento, não há outro", disse Freitas ao participar de "live" produzida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Segundo ele, o primeiro passo para a execução desse projeto, que envolve 148 obras rodoviárias, aquaviárias, aeroviárias e ferroviárias, é garantir que não haja cortes no orçamento atual da pasta. Em segundo, vem a definição do patamar fiscal para compreender qual o nível de endividamento que o governo terá de acessar para complementar os recursos. "Qual o nível de endividamento que vou topar", disse Freitas.O ministro também destacou que a prioridade será finalizar as obras inacabadas.

"Estamos falando principalmente em usar aquilo que está prioritariamente em andamento, obras que estão abaixo do ritmo em razão da falta de recursos", disse o ministro, lembrando que também há projetos novos que devem receber investimentos por apresentarem uma taxa de retorno maior. Freitas ainda pontuou que "todos os caminhos serão postos à mesa" nesse momento. Ele citou, por exemplo, discussão já em andamento dentro do governo, que é utilizar os recursos de acordos de leniência para que empreiteiras concluam obras paralisadas.

"Vamos precisar de toda a capacidade de engenharia para fazer frente a essas demandas. Tudo aquilo que vinha sendo discutido antes da crise", disse.Segundo o ministro, esse projeto será coordenado pela Casa Civil, que também abordará investimentos relacionados aos ministérios do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia. "Área de habitação, segurança hídrica, saneamento", citou o ministro.I

Leilão

O ministro da Infraestrutura afirmou, ainda, que o leilão da 6ª rodada de concessões aeroportuárias irá ocorrer, no "mais tardar", no início de 2021. A programação original é que o certame envolvendo a concessão de 22 aeroportos seja realizado no fim deste ano. Em razão da pandemia de coronavírus, no entanto, será necessário analisar a velocidade de recuperação e os impactos no setor de aviação, pontuou o ministro ao participar da "live" da Abdib.Freitas pontuou que essas decisões serão tomadas a partir de uma avaliação feita junto ao mercado, assim como em outros empreendimentos que estão programados para serem repassados à iniciativa privada em 2020.

Questionado se não haveria um risco em leiloar os projetos de Infraestrutura durante um período de crise, o ministro respondeu que, se for necessário, as estruturações sofrerão ajuste na demanda, para retratar de maneira adequada o cenário. "Tudo o que a gente faz, faz ouvindo muito o mercado", disse o ministro. "Eu realmente acredito que em determinados setores a retomada vai ser rápida. Vamos monitorar os momentos seguintes à crise, a partir do momento que tiver relaxamento de medidas", disse Freitas. Ele pontuou, por exemplo, que se o governo está dando encaminhamento às concessões de terminais de celulosa e da Ferrovia de Integração Oeste - Leste (FIOL), por exemplo, é porque há respaldo do mercado para isso. "Com investidores interessados na Fiol, eles dizem, 'estou pronto para entrar com a modelagem que está posta'. Estamos ouvindo setores, não se faz contrato de concessão unilateralmente", disse Freitas. Fonte : Epoca Negócios Data : 20/04/2020

ECONOMIA DEVE MOSTRAR MELHORA NO QUARTO TRIMESTRE, DIZ PRESIDENTE DO BC

Campos Neto afirmou que a incerteza paira sobre o terceiro trimestre

https://s2.glbimg.com/aUJjfZQWEWnDJXA1Yfp6maG OiZY=/620x350/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/1 1/28/fcpzzb_201119pzzb36113123.jpg Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a economia deve começar a melhorar no quarto trimestre deste ano. Campos Neto deu entrevista ao programa "Poder em Foco", do SBT, na noite de domingo.

Segundo o presidente do BC, o cenário de incerteza causado pela pandemia do coronavírus dificulta o trabalho de fazer previsões econômicas. Campos Neto acredita que a dúvida paira sobre o terceiro trimestre.

- Acredito que o último trimestre vai mostrar uma melhora, obviamente de uma base muito baixa. A dúvida é o terceiro trimestre, o quanto vai ser impactado - disse.

Campos Neto afirmou que o cenário econômico piorou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu no fim de março. Naquele momento, a previsão do BC era de um crescimento zero para 2020.

Desde então, órgãos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial divulgaram expectativas de quedas mais bruscas para a economia brasileira. O FMI espera uma retração de 5,3% enquanto o Banco Mundial prevê uma queda de 5%.

No entanto, Campos Neto ressaltou que a decisão sobre corte ou manutenção do patamar da taxa básica de juros, a Selic, também leva em conta outros fatores. Atualmente ela está em 3,75%, a mínima histórica.

- Por outro lado nós também dissemos que a decisão de política monetária tem outros fatores, será que vai nos custar um fiscal muito grande sair dessa crise? Será que as reformas ficam adiadas por um tempo grande? Será que a saída de recursos grande do brasil não atrapalha a tomada de decisão?

O presidente do BC garantiu que o sistema bancário brasileiro está sólido e tem recursos suficientes para passar pela crise. Ele ressaltou que o BC rapidamente tomou as medidas necessárias para o enfrentamento aos efeitos do coronavírus na economia, citando a liberação de R$ 1,2 trilhão em liquidez para o sistema.

Sobre a taxa de câmbio, Campos Neto reafirmou que a ela é flutuante e que é muito difícil prever se vai continuar no patamar de R$ 5.

- Difícil dizer o que é o novo normal. Quando você pensa em um horizonte mais longo, taxa de juros e inflação mais baixa, tem uma persepctiva do câmbio ser mais desvalorizado, isso a longo prazo - disse. Fonte : Epoca Negócios Data : 20/04/2020

JORNAL O GLOBO – RJ NOS ESTADOS, REABERTURA É PLANEJADA A PARTIR DE DADOS

Governos investem em tecnologia para monitorar leitos e aglomerações, além de protocolos para orientar indústria e comércio O Globo20 Apr 2020LEO BRANCO [email protected] SÃO PAULO

Em sete estados que já traçam planos para reduzir o distanciamento social, os critérios incluem medidas como monitoramento dos leitos de UTI, testagem da população e regras de conduta para reabertura dos negócios.

No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) espera anunciar a retomada gradual das atividades econômicas na primeira semana de maio. Servidores públicos ajustam um software para monitorara lotação em 300 hospitais, e o governo quer ampliar os testes sanguíneos para detectar anticorpos à Covid-19. Uma primeira amostra, divulgada semana passada, após testes com mais de quatro mil gaúchos, revelou que a contaminação no estado és e te vez esma iorque a oficial. A ideia é cruzar os dados com 44 indicadores econômicos, como taxa de desemprego.

—A abertura será com base em evidências científicas e respeitoàs particularidades de cada região— disse Leite, acrescentando que ela deve começarpelo interior, poisa Grande Porto Alegre tem 65% dos casos de Covid-19 no estado.

Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) deve assinar decreto para retomada das atividades econômicas até dia 27. Protocolos para circulação em locais fechados, como a obrigação deu sode máscaras em estabelecimentos comerciais, foram discutidos com 16 entidades empresariais.

O governo usará um software para monitorar o risco de descontrole da pandemia nos 853 municípios.

— Vamos ter uma “sala de guerra”. A ideia é ajudar os prefeitos —diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Rocha de Azevedo.

No Paraná, um painel de indicadores de saúde deve ser anunciado hoje pelo governador Carlos Massa (PSD). A partir dele, deve ser editado um decreto autorizando as prefeituras nas cidades com mais leitos de UTI livres a afrouxarem o isolamento.

Em Santa Catarina, o governo de Carlos Moisés (PSL) autoriza a retomada das atividades gradualmente desde 11 de abril, com base em dados como a baixa ocupação dos hospitais: apenas 19% dos 381 leitos de UTI para Covid-19 estão em uso. O governo diz monitorar a situação com modelos epidemiológicos da Imperial College, universidade britânica referência no assunto.

Em São Paulo, o governo de João Doria (PSDB) mantém “conversas com os setores produtivos” para flexibilizar as restrições assim que possível, segundo sua assessoria. Em paralelo, frisa, mitiga os efeitos da quarentena, com medidas como a concessão de mais de R$ 650 milhões em empréstimos para negócios afetados.

Para Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas, ONG para inovação na gestão pública, critérios científicos e técnicos devem nortear os acordos coma iniciativa privada. A ONG assessor aos governos de Goiás e Pará, a partir de referências como os parâmetros da OMS e as experiências de Estados Unidos e Europa. Fonte : Jornal O Globo - RJ Data : 20/04/2020

NA CRISE, BOLSA EXIGE FARO PARA OPORTUNIDADES NO LONGO PRAZO

Queda nas estimativas para Ibovespa em 2020 chega a 41%, mas algumas ações podem superar pandemia, dizem analistas O Globo20 Apr 2020JOÃO SORIMA NETO [email protected] SÃO PAULO

https://i.prcdn.co/img?regionKey=kzwyHOaAM HvwuNI0vXx8ig%3d%3d RAHEL PATRASSO/REUTERS/16-3-2020 Vertigem. Homem observa o painel da Bolsa de São Paulo, a B3, num dos dias de maior queda em março: previsões para o Ibovespa este ano despencaram

O ano de 2020 começou com o mercado de ações em ebulição. No ano passado, o Ibovespa, índice de referência do mercado de renda variável brasileiro, teve valorização de 31,6%, atingindo 115.645 pontos. As previsões de janeiro apontavam um potencial de valorização de mais de 20%, mas a pandemia do novo coronavírus embaralhou qualquer expectativa. Os bancos e casas de investimento rebaixaram em até 41% a estimativa para o índice este ano, aponta levantamento do Yubb, uma plataforma digital buscadora de investimentos. Ainda assim, analistas ainda veem boas oportunidades de investimento na Bolsa de olho no longo prazo.

O banco Santander, por exemplo, reduziu sua estimativa de 135 mil pontos para o Ibovespa este ano para 91 mil pontos, queda de 32,5%. Para Ricardo Peretti, estrategista de ações para América Latina e Brasil do Santander, o banco trabalha com um cenário-base no qual a economia apresentará uma retração de 2,2% este ano, com ritmo de recuperação lento. A estimativa da instituição é que os juros básicos (Selic) caiam para 3% e o dólar termine o ano em R$ 4,90.

—Nossa expectativa é que a economia se recupere em forma de “U” (mais lentamente), com a contração de lucro das empresas listadas em 15%. Mas, no caso de uma recuperação em “V” (mais rápida), o Ibovespa pode chegar aos 105 mil pontos ao final de 2020 —diz Peretti.

No portfólio recomendado pelo Santander, estão setores como utilities (que agrega empresas de serviços públicos, como energia e saneamento básico), imobiliário, educação, transporte, mineração e alimentos e bebidas. Essa carteira inclui papéis menos afetados pela pandemia, como Yduqs (ex- Estácio), do setor de educação, e aqueles mais defensivos, como CPFL Energia, além de JBS, Bradesco, Totvs e Lojas Renner.

BAIXA ALAVANCAGEM

Já o Itaú BBA reduziu a expectativa do Ibovespa de 132 mil para 94 mil pontos, queda de 28,7%. Para analistas da instituição, os investidores devem tentar proteger seu portfólio escolhendo empresas que possam enfrentar a crise e sair dela em uma posição relativamente mais forte. Para o Itaú BBA, essas empresas devem ter margens robustas, dívida baixa e caixa robusto. O banco estima que, após a pandemia e com a crise do petróleo, os lucros ficarão 25% menores.

Entre os papéis selecionados pelo Itaú BBA estão Bradesco, Banco do Brasil, CPFL e JBS. O banco projeta tombo de 10% no PIB do segundo trimestre, mas com recuperação da mesma ordem no terceiro, o que favoreceria ações de empresas como Lojas Renner, Localiza, Hapvida, Gerdau, EZT

A Ativa Investimentos fez duas novas projeções para o

Ibovespa pós-crise, depois dos 135 mil pontos que havia estimado no início do ano. No primeiro cenário, o índice encerra em 80 mil pontos, considerando dados estatísticos semanais dos últimos dez anos. Mas, em um cenário no qual a queda dos lucros corporativos não seja tão impactante — o que pode acontecer, já que ainda não é possível avaliar totalmente o impacto do coronavírus —o Ibovespa poderia fechar o ano novamente perto dos 100 mil pontos.

—Temos dúvidas sobre a recuperação da economia. Na China, vemos recuperação em “V”. Aqui, temos o risco político, o que pode ser empecilho para termos uma recuperação da economia mais rápida — diz Ilan Arbetman, da Ativa.

FOCO NO LONGO PRAZO

Para ele, os dados econômico-financeiros mais recentes mostram que o Brasil não está pronto para uma recuperação rápida. Além disso, há o risco político de o Congresso transformar gastos emergenciais em recorrentes, o que seria muito ruim.

Entre os setores mais resilientes à crise, a Ativa destaca telecomunicações, utilities e financeiro. Em varejo, há uma dicotomia: farmácias (Raia) e supermercados (Grupo Pão de Açúcar e Carrefour) não devem ser tão afetados. Já o varejo tradicional vai sofrer bastante.

Mas ainda vale entrar na Bolsa neste momento?

—Para investir na Bolsa, não se pode pensar no curto prazo. A Bolsa premia empresas com gestão que pensam no longo prazo. No ano passado, foram 2 milhões de investidores pessoa física na B3. Então, o importante é não desistir — observou o presidente do Santander, Sergio Rial, em uma live realizada pela instituição na semana passada.

Ele avalia que, como a China parece mostrar capacidade de recuperação econômica mais rápida, papéis de empresas de proteína animal e do agronegócio, setores em que o Brasil atua como exportador para os chineses, podem se beneficiar. Com o dólar alto, lembra Rial, ações de empresas de papel e celulose também ganham, mesmo com o preço da celulose tendo caído no exterior.

O consultor de investimentos Paulo Bittencourt também vê nos papéis de empresas de energia elétrica uma boa oportunidade, já que estas tendem a se recuperar rapidamente, diferentemente de ações ligadas aos setores de turismo e empresas aéreas, os mais afetados neste momento. Fonte : Jornal O Globo - RJ Data : 20/04/2020

EMPRESAS SE PROTEGEM DE TENTATIVAS DE TOMAR CONTROLE

Com as Bolsas em baixa, ações mais baratas favorecem a compra dos papéis por interessados no controle de companhias O Globo20 Apr 2020BRUNO ROSA [email protected] poison pills

A crise gerada pelo coronavírus está aumentando o temor de ofertas hostis para a aquisição do controle de empresas. Com a perda de quase US$ 11,5 trilhões em valor de mercado das companhias de capital aberto no mundo desde 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de coronavírus, governos e empresas dos mais diversos setores vêm criando mecanismos de defesa para aquisições indesejadas. Em alguns casos, as próprias empresas vêm recomprando nas Bolsas suas ações, que ficaram mais baratas. Tudo para impedir o avanço de fundos investimentos que, de acordo com a consultoria EY, têm US$ 1 trilhão para ir às compras.

A Espanha, um dos países mais afetados pelo Covid-19, impediu que estrangeiros comprem mais de 10% do capital de suas companhias consideradas estratégicas. Iniciativas semelhantes se seguiram na Itália, Inglaterra e Alemanha. Nos EUA, o número de empresas que adotaram em março gatilhos para proteger acionistas de ofertas hostis é igual ao de todo o ano passado, diz a consultoria FactSet.

A oferta hostil é uma proposta de compra sem ter sido solicitada. Em geral, essas ofertas são para tomar o controle da companhia por meio da aquisição de ações.

RECOMPRA DE AÇÕES

O Brasil também pode entrar no radar dos investidores, de olho em oportunidades “baratas” em infraestrutura e telecomunicações. Segundo o presidente de uma empresa brasileira que atua na Europa e EUA, o banco Goldman Sachs enviou email a clientes alertando que fundos de investimentos já estavam comprando ações de empresas ao redor do mundo para aumentar participação e interferir na gestão.

Segundo Viktor Andrade, sócio de Transações Corporativas da EY, a preocupação faz sentido com a queda dos mercados financeiros. Dados da Bloomberg apontam que desde o dia 11 de março, as Bolsas de todo o mundo perderam US$ 11,49 trilhões em valor de mercado:

— Os acionistas estão vulneráveis pela distorção dos preços. Ao mesmo tempo, há fundos capitalizados para fazerem ofertas. Além disso, a aquisição pode ter motivos políticos, o que aumenta a preocupação de governos.

No Brasil, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 27 empresas fizeram registro para recomprar suas ações na Bolsa. Companhias como BRF, Marfrig, BMG e Cyrela. Ao longo de 2019, foram 30 pedidos. Em comunicado, a JBS disse que o objetivo é “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital”.

— Recompra de ações, cortes salariais para executivos e a suspensão de pagamentos de dividendos são medidas do mundo corporativo para combater a doença —disse Daniel

Xavier, do Departamento Econômico da ABC Brasil. Outra iniciativa é o uso das

(pílulas de veneno). Segundo a FactSet, dez empresas americanas dos setores de petróleo a tecnologia, adotaram, em março, o mecanismo que estabelece prêmio no valor da compra da ação em caso de oferta hostil.

Segundo o executivo de um fundo de investimento com sede nos EUA e atuação em quase todo o mundo, a “ordem é buscar oportunidades”.

Na opinião de Luís Motta, sócio-líder em fusões e aquisições da KPMG, mesmo em desequilíbrio fiscal, os países não querem abrir mão de empresas estratégicas, que muitas vezes têm capital pulverizado no mercado acionário:

— Preço baixo é oportunidade e isso pode incentivar ofertas hostis. Fonte : Jornal O Globo - RJ Data : 20/04/2020

ALCOLUMBRE PEDE REEDIÇÃO DA MP VERDE-AMARELA

Presidente do Senado sugere ao governo que refaça a medida provisória 905 para dar mais tempo à Casa para discutir modificações na proposta que reduz encargos trabalhistas na contratação de jovens entre 18 e 29 anos O Globo20 Apr 2020GERALDA DOCA E NAIRA TRINDADE [email protected] BRASÍLIA

Depois de retirar a medida provisória que cria o Programa Verde-Amarelo da pauta do Senado na semana passada por causa de embates entre o governo e o Legislativo, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmou ontem que sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro reeditar hoje o texto. Segundo auxiliares do presidente, a sugestão foi acolhida e uma nova redação começou a ser elaborada ainda no domingo.

A MP 905 já fora aprovada na Câmara em votação remota, na madrugada de quarta-feira. Ela perderá a validade hoje se não for apreciada pelo

Senado. Em uma rede social, Alcolumbre disse que deu a sugestão ao presidente “para ajudar as empresas a manter os empregos”. Com a reedição da MP, o Congresso teria mais tempo para “aperfeiçoar as regras desse importante programa”, argumentou.

O programa Verde-Amarelo foi lançado pela MP 905 em novembro do ano passado para estimular a criação de postos de trabalho com carteira assinada para jovens entre 18 e 29 anos, na primeira oportunidade de emprego. Em março, a MP foi aprovada por comissão mista do Congresso, formada por senadores e deputados, com algumas alterações.

O texto final da proposta, aprovado pela Câmara trouxe novas modificações, como a retirada da autorização para o trabalho aos domingos e feriados a todos os trabalhadores. O parecer aprovado na comissão mista incluiu pessoas com mais de 55 anos, sem vínculo formal há pelo menos 12 meses e tornou opcional a contribuição previdenciária sobre o seguro-desemprego.

Para incentivar as contratações, o governo zerou a contribuição previdenciária do empregador, que também pagará a metade da multa sobre o saldo do FGTS no caso de demissão sem justa causa, caindo de 40% sobre o saldo no Fundo para 20%. Para os demais trabalhadores o percentual permanece em 40%. A MP promoveu várias mudanças na legislação trabalhista.

CASA CIVIL ERA CONTRA

Inicialmente, a Casa Civil era contra a reedição da MP, sob o argumento de que o mapeamento de votos apontava que o texto enviado pela Câmara seria aprovado por 47 dos 81 senadores. Mas o presidente do Senado não quis tomar a decisão de pautar a matéria, preferindo dividir a responsabilidade com todos os lideres, inclusive os da oposição, disse uma fonte envolvida nas discussões.

Em conversa com integrantes do governo ontem, Alcolumbre argumentou que a reedição evitaria um prejuízo maior, que seria a caducidade da MP, alegando que os senadores queriam fazer novas mudanças no texto, o que exigirá uma nova análise da Câmara dos Deputados. O Executivo terá até a meia-noite de hoje para publicar uma nova MP. A tramitação da matéria seguirá o trâmite normal de até 120 dias no Congresso.

Entre as regras para a reedição de uma MP está a de que isso não seja feito no mesmo ano legislativo. A medida também não pode ter sido rejeitada pela Câmara ou pelo Senado e nem pode ter perdido o prazo de apreciação. Fonte : Jornal O Globo - RJ Data : 20/04/2020

SOCORRO A GRANDES EMPRESAS SAI EM MAIO, DIZ BNDES

Segundo o presidente do banco, os setores aéreo, elétrico, automotivo e de varejo não alimentício serão os primeiros atendidos O Globo20 Apr 2020CÁSSIA ALMEIDA [email protected] RIO E BRASÍLIA

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou ontem que as operações de socorro para grandes empresas de setores afetados pelas medidas de contenção do coronavírus, como aéreo, automotivo, varejo não alimentício e setor elétrico, devem começar no mês que vem.

—As operações desses setores estão em curso. Pretendemos que, no mês de maio, várias dessas operações comecem a ser liquidadas. Estão em discussão outros setores, mas não deve passar de nove a dez setores. A ideia é ser bem concentrado para ser efetivo —disse, em live do Itaú BBA.

Sobre o pacote de R$ 55 bilhões em crédito já anunciado, ele lembrou que R$ 20 bilhões foram para o FGTS, para permitir o saque de mil reais por trabalhador. Os outros R$ 35 bilhões foram para o refinanciamento da carteira direta e indireta do BNDES. Nesse socorro, segundo Montezano, há entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões em processamento, 50% do potencial demanda.

MARCHA LENTA

Nas linhas concedidas por bancos parceiros, a velocidade é outra. Só 15% foram renegociados, de uma demanda de R$ 11 bilhões.

— Essa situação é natural, todo o sistema bancário está com aversão a risco. Estamos acompanhando de perto, trabalhando com seguro de crédito para destravar as operações. Não está na velocidade adequada, precisa dar uma acelerada.

O cronograma de programas de concessão na área de saneamento que são tocado pelo banco em Alagoas, Acre, Amapá e Rio está mantido, e o presidente diz ser possível fazer as operações este ano.

— A orientação é manter os cronogramas. O banco tem condições de colocar de pé, não só o do Rio, como dos quatro estados ainda este ano. Pode haver problema de deslocamento, de o investidor não poder viajar, mas não perder esse apetite. Queremos manter essa agenda de infraestrutura o mais dentro da linha de tempo possível. No Rio, tudo indo bem, dá para fazer este ano.

Ele disse que o programa de venda das ações que o BNDES possui de empresas está suspenso por enquanto, “até o mercado conseguir fazer as contas”. A instabilidade nas Bolsas impede que se negocie os papéis neste momento, mas Montezano afirmou que, passada a crise, essa venda de ações vai acontecer. Assim como os planos para privatizar a Eletrobrás e os Correios. As equipes continuam trabalhando nas operações, informou.

Em Brasília, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a economia brasileira vai começar a melhorar já partir do quarto trimestre, e que apenas nos próximos três meses será possível avaliar a extensão da crise, segundo entrevista a um programa do site Poder 360. Fonte : Jornal O Globo - RJ Data : 20/04/2020

O ESTADO DE SÃO PAULO - SP FREITAS: FLEXIBILIZAÇÃO DE CRONOGRAMA DE INVESTIMENTO EM CONCESSÕES SERÁ DEBATIDO Por Amanda Pupo - Brasília

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta segunda-feira (20) que a flexibilização de prazos para investimentos previstos em concessões em andamento é uma ferramenta “extremamente razoável e aderente” no cenário atual gerado pela pandemia. Em “live” com representantes do setor produzida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Freitas pontuou que o ambiente de enfrentamento a crise, em que há aumento de risco e custo no mercado, comporta esse tipo de iniciativa, que será analisada caso a caso.

“Já fizemos grupo de trabalho com Tribunal de Contas da União para trabalhar a questão dos reequilíbrios de contratos, postergação de investimento”, disse o ministro, que citou ainda flexibilizações voltadas ao pagamento de outorga. “Está na mesa, vamos poder discutir”, afirmou o ministro, segundo quem o TCU entende que as dificuldades enfrentadas pelas concessionárias são consequência de caso fortuito e força maior, o que atrai a responsabilidade do poder público sobre os danos.

Questionado sobre a prorrogação de contratos atuais para fazer frente aos investimentos necessários, Freitas afirmou que é preciso seguir o cronograma de concessões planejado pelo governo. “É necessário a gente dar as mensagens corretas, inclusive para investidor de fora”, disse. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

CAMINHO PARA INVESTIMENTO PÚBLICO EM OBRAS SERÁ O ENDIVIDAMENTO, DIZ MINISTRO

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira, 20, que os recursos públicos complementares que serão necessários para o programa de investimento em obras do governo federal terão de ser captados via endividamento. "Investimentos virão do Orçamento geral da União. Caminho vai ser via endividamento, não há outro", disse Freitas ao participar de "live" produzida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Segundo ele, o primeiro passo para a execução desse projeto, que envolve 148 obras rodoviárias, aquaviárias, aeroviárias e ferroviárias, é garantir que não haja cortes no orçamento atual da pasta. Em segundo, vem a definição do patamar fiscal para compreender qual o nível de endividamento que o governo terá de acessar para complementar os recursos. "Qual o nível de endividamento que vou topar", disse Freitas.

O ministro também destacou que a prioridade será finalizar as obras inacabadas. "Estamos falando principalmente em usar aquilo que está prioritariamente em andamento, obras que estão abaixo do ritmo em razão da falta de recursos", disse o ministro, lembrando que também há projetos novos que devem receber investimentos por apresentarem uma taxa de retorno maior.

Freitas ainda pontuou que "todos os caminhos serão postos à mesa" nesse momento. Ele citou, por exemplo, discussão já em andamento dentro do governo, que é utilizar os recursos de acordos de leniência para que empreiteiras concluam obras paralisadas. "Vamos precisar de toda a capacidade de engenharia para fazer frente a essas demandas. Tudo aquilo que vinha sendo discutido antes da crise", disse.

Segundo o ministro, esse projeto será coordenado pela Casa Civil, que também abordará investimentos relacionados aos ministérios do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia. "Área de habitação, segurança hídrica, saneamento", citou o ministro.I

Leilão O ministro da Infraestrutura afirmou, ainda, que o leilão da 6ª rodada de concessões aeroportuárias irá ocorrer, no "mais tardar", no início de 2021. A programação original é que o certame envolvendo a concessão de 22 aeroportos seja realizado no fim deste ano. Em razão da pandemia de coronavírus, no entanto, será necessário analisar a velocidade de recuperação e os impactos no setor de aviação, pontuou o ministro ao participar da "live" da Abdib.

Freitas pontuou que essas decisões serão tomadas a partir de uma avaliação feita junto ao mercado, assim como em outros empreendimentos que estão programados para serem repassados à iniciativa privada em 2020. Questionado se não haveria um risco em leiloar os projetos de Infraestrutura durante um período de crise, o ministro respondeu que, se for necessário, as estruturações sofrerão ajuste na demanda, para retratar de maneira adequada o cenário. "Tudo o que a gente faz, faz ouvindo muito o mercado", disse o ministro.

"Eu realmente acredito que em determinados setores a retomada vai ser rápida. Vamos monitorar os momentos seguintes à crise, a partir do momento que tiver relaxamento de medidas", disse Freitas. Ele pontuou, por exemplo, que se o governo está dando encaminhamento às concessão de terminais de celulosa e da Ferrovia de Integração Oeste - Leste (FIOL), por exemplo, é porque há respaldo do mercado para isso.

"Com investidores interessados na Fiol, eles dizem, 'estou pronto para entrar com a modelagem que está posta'. Estamos ouvindo setores, não se faz contrato de concessão unilateralmente", disse Freitas. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

PETRÓLEO É COTADO ABAIXO DE ZERO EM NOVA YORK PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA

Preço se refere aos contratos que vencem nessa terça-feira, 21, mas refletem o aumento dos estoques em meio a uma queda brutal na demanda Agências internacionais

O preço do barril do petróleo sofre uma queda histórica nesta segunda-feira, 20. Por volta das 15h, o óleo tipo WTI cai 110,95%, cotado abaixo de zero, a US$ 1,43 negativo em Nova York. É a primeira vez que isso acontece na história da commodity. Embora o colapso se refira aos contratos para entrega em maio, que vencem na terça-feira, 21, ele mostra que há um excesso de estoques do produto por conta da brutal queda na demanda, e isso vai se refletir cada vez mais nos preços.

Os contratos para junho do óleo WTI estão cotados a cerca de US$ 22, uma queda de 8%. Já o óleo Brent, em Londres, também para entrega em junho, recuava 6%, cotado a US$ 26 o barril.

No mundo todo, há sinais de falta de locais para armazenamento do produto. De acordo com a Reuters, há atualmente cerca de 160 milhões de barris armazenados em navios-tanque, um número recorde, bem acima dos 100 milhões de barris armazenados dessa forma no auge da crise financeira iniciada em 2008.

Os estoques de petróleo em Cushing - o principal centro de armazenamento nos EUA - aumentaram 48%, para quase 55 milhões de barris, desde o final de fevereiro. O hub tinha capacidade de armazenamento operacional de 76 milhões em 30 de setembro, segundo a Energy Information Administration.

Os negociantes no Texas chegam a oferecer US$ 2 pelo barril em algumas situações, aumentando a possibilidade de que os produtores, em breve, tenham até de pagar para que o petróleo seja retirado de suas mãos.

A China anunciou na sexta-feira, 17, sua primeira contração econômica em décadas, uma indicação do que está por vir em outras grandes economias que ainda precisam sair dos bloqueios provocados pelo coronavírus.

"Não há limite para o lado negativo dos preços quando os estoques e os oleodutos estão cheios”, disse Pierre Andurand, gerente de fundos de hedge de commodities, no Twitter. "Preços negativos são possíveis."

O colapso dos preços está repercutindo em toda a indústria de petróleo. Empresas de exploração reduziram em 13% a perfuração na semana passada. Mas, embora isso possa reduzir a produção, com as empresas diminuindo seus gastos, pode não ser suficiente.

"A redução na exploração nos EUA está ganhando ritmo, mas não é rápida o suficiente para evitar o gargalo no armazenamento", disse Paul Horsnell, chefe de commodities da Standard Chartered. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

PANDEMIA MOSTROU ALTO CUSTO DE IMPORTAÇÃO NO PAÍS

Até março, tarifa de compras externas de material hospitalar no Brasil só era inferior à da Índia, entre as grandes economias Por Vinicius Neder, O Estado de S. Paulo

RIO - Na disputa entre países para obter insumos para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, o Brasil foi pego com tarifas de importação elevadas e dependência do mercado externo no setor médico-hospitalar. Antes de zerar o imposto de importação sobre uma série de bens, a partir do dia 17 de março, o País aplicava uma tarifa média de 9,8% sobre a importação de produtos do setor, o dobro da média (4,8%) de 130 países incluídos na Organização Mundial do Comércio (OMC), mostram dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Entre as principais economias do mundo, o Brasil ficava atrás apenas da Índia, com uma tarifa média de 11,6%. Considerando todos os membros da OMC, Argentina, Djibouti, Fiji, Malásia, Nepal, Paquistão, Ilhas Salomon, Sri Lanka, Tajiquistão e Venezuela cobravam tarifas médias acima da brasileira.

https://img.estadao.com.br/resources/jpg/7/8/1585099980 987.jpg Respirador para tratar pacientes com coronavírus Foto: Magnamed/ Reprodução

Nos Estados Unidos, a tarifa média era de 0,9%, enquanto, na União Europeia, estava em 1,5%, sem levar em conta medidas tomadas após a pandemia. A China, que responde por metade das exportações mundiais de equipamentos de proteção individual (EPIs) para a saúde, como máscaras cirúrgicas, aplicava tarifa média de 4,5%, conforme a compilação do Ibre/FGV.

Para a p/esquisadora Lia Valls, autora do levantamento, o elevado nível da tarifa média do Brasil sobre a importação de produtos médico-hospitalares se insere na tradição nacional de ser uma economia fechada, com o objetivo de proteger a produção local. Ainda assim, o Brasil depende da importação. “Não foi a proteção que ajudou a indústria a crescer”, disse Lia.

Por causa da Covid-19, o Ministério da Economia zerou até agora as tarifas de 313 produtos médico- hospitalares. “Há novos pleitos sendo analisados, em estreita coordenação com o Ministério da Saúde e os integrantes da Camex. É possível, portanto, que a lista venha a aumentar, a depender do resultado dessas análises”, informou o ministério.

Custos altos

Com a redução de tarifas, a taxa média imposta pelo Brasil na importação desses bens deve ter caído, mas, ainda assim, os custos para trazer esses produtos de fora subiram muito, por causa da elevação repentina da demanda, por todos os países, e da falta de capacidade de produção em todo o mundo, relataram ao Estadão/Broadcast empresas do ramo.

Segundo Cíntia Januária, diretora da área de comércio exterior da Argument, consultoria especializada em importação e exportação, as compras no exterior estão enfrentando dificuldades como a falta de voos e atrasos nas entregas, cujos prazos passam de 90 dias em muitos casos. https://arte.estadao.com.br/uva/content/drafts/zMvxey/1/uploads/MedicamentosTarifasWEB-col-3.png

“Mesmo as empresas com grande poder de barganha não têm conseguido êxito em suas importações rotineiras”, disse Januária. Apenas as grandes importações trazidas pelo governo federal têm enfrentado menos problemas, mesmo assim por causa de gestões diplomáticas junto a países produtores, como a China, completou a executiva.

Nas contas de Renato Joiozo, diretor de negócios da Descarpack, fabricante nacional de luvas de procedimento, seringas e máscaras cirúrgicas, o custo para importar produtos e matérias-primas associadas ao combate da Covid-19 aumentou em até 50 vezes, em alguns casos.

“O frete aéreo está extremamente caro, e só existe uma companhia aérea operando por rotas sem risco de confiscos de outros países”, disse Joiozo, em entrevista por e-mail.

Segundo o executivo, nem mesmo o relacionamento de 20 anos com fornecedores diretos no exterior tem evitado problemas na importação de matérias-primas, porque “existe muito pouca opção neste momento” em todo o mundo. “O pagamento de qualquer produto tem de ser antecipado na China e o embarque aéreo está cada vez mais escasso”.

Fundada em 1990, com matriz em São Paulo e uma fábrica em Santa Catarina, a Descarpack, que tem 200 funcionários, já está investindo em máquinas e equipamentos para ampliar sua capacidade de produção em até 300% e dar conta da demanda elevada, informou Joiozo. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

TCU QUER AJUDAR A ACHAR QUEM FICOU DE FORA DE AUXÍLIO EMERGENCIAL

Tribunal criou plano para acompanhar medidas adotadas pelo governo durante crise Por Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Acostumado a investigar os benefícios concedidos irregularmente, o Tribunal de Contas da União (TCU) vai buscar agora também quem ficou de fora do auxílio emergencial. São os excluídos da ajuda do governo de R$ 600 concedida para os brasileiros mais vulneráveis enfrentarem o período de isolamento durante a pandemia da covid-19.

“O tribunal tem histórico de auditar benefícios sociais. Quais os benefícios têm indícios de irregularidades, o que chamamos de erros de inclusão. Agora, buscando os erros de exclusão”, disse o secretário que cuida da área de previdência no TCU, Tiago Dutra.

Segundo ele, a corte de contas está preocupada com parte da população que eventualmente seja deixada de fora desse auxílio. “Vamos combinar as duas coisas. Uma coisa pode ajudar a outra”, explica. O trabalho faz parte do plano que o TCU montou para acompanhar as medidas adotadas pelo governo, como mostrou o Estado.

Segundo Tiago Dutra, o orçamento para o pagamento do auxílio emergencial já se mostra insuficiente, considerando esses números que estão sendo divulgados tanto de pessoas elegíveis no cadastro único e o novo cadastro. “É bem propositivo. Estamos para ajudar e não para atrapalhar. A área mais sensível do ponto de vista orçamentário é a social é a área do auxílio emergencial”, diz.

Os números já apontam um atendimento de 80 milhões de pessoas com o programa emergencial, que tem recursos de R$ 98,2 bilhões para bancar 54 milhões de pessoas por três meses.

Para ele, tudo indica que as bases de dados do governo não “tem conversado muito”. “Acendeu a nossa luz amarela porque fizeram um filtro e somando já estamos falando mais de 80 milhões de pessoas”, alerta.

Ontem, o Estado mostrou que as incertezas sobre a duração dos efeitos da pandemia acenderam o debate entre economistas sobre uma eventual necessidade de extensão do auxílio emergencial, que será pago até junho deste ano. Além do risco de “dias duros” de contaminação pela covid-19 até julho ou agosto, há preocupação com o período de transição entre o choque do isolamento e a efetiva retomada da atividade, uma vez que o mercado de trabalho costuma ser o último a reagir em momentos de crise.

Fila do INSS Na área de previdência, o TCU também uma preocupação específica com as filas do INSS. O instituto começou a receber atestados médicos dos segurados em formato digital por meio do portal Meu INSS no computador ou aplicativo para celular. Quem usar a plataforma para encaminhar o documento e solicitar o auxílio-doença também receberá automaticamente uma antecipação de R$ 1.045, após a validação do atestado pela perícia médica do órgão.

A antecipação, no valor de um salário mínimo, foi aprovada pelo Congresso Nacional como uma das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus. Com o avanço da doença no País, as agências do INSS estão fechadas até o fim de abril, com suspensão da perícia médica presencial.

Para não deixar os segurados desassistidos, a antecipação de R$ 1.045 ao mês será paga a quem solicitar o auxílio-doença, desde que forneça o atestado com as informações necessárias (como nome do médico, número do CRM, código da doença/CID, data específica do repouso) pelo Meu INSS. O valor é próximo à cifra média dos auxílios concedidos pelo órgão: em janeiro, o valor médio dos auxílios-doença concedidos ficou em R$ 1.487,35. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

GASOLINA FICA 8% MAIS BARATA A PARTIR DE AMANHÃ

Na prática, segundo fonte do setor, o litro da gasolina ficou R$ 0,0794 mais barato na refinarias, enquanto os preços do diesel automotivo foram reduzidos em R$ 0,0597 Por Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo

RIO - Com a cotação do petróleo despencando no mercado internacional, a Petrobrás anunciou mais uma vez nesta segunda-feira, 20, queda nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 8% mais barato em suas refinarias e o do diesel S-10 e S-500 para consumo automotivo caiu 4%.

Para o consumo em usinas térmicas, o S-10 foi revisado em 4,2% para baixo e o S-500, em queda de 4,1%. A Petrobrás baixou também o valor do diesel marítimo em 4,1%.

Na prática, segundo fonte do setor, o litro da gasolina ficou R$ 0,0794 mais barato, enquanto os preços do diesel automotivo - S10 e S500 - foram reduzidos em R$ 0,0597.

Tradicionalmente, a Petrobrás anuncia as revisões de preços aos clientes com um mês de antecedência.

Para o especialista em Petróleo e Gás da INTL FCStone, Thadeu Silva, com a demanda em queda, por conta dos desaquecimentos de economias em todo mundo, a Petrobrás não tem outra alternativa a não ser baixar seus preços para brigar pelo mercado interno.

"A estatal apresentou um padrão de ajuste gradual nos últimos meses em relação à queda abrupta do mercado internacional. A lacuna (entre os preços externos e internos) agora está quase fechada", afirmou Silva.

Ele diz que, antes da crise ocasionada pela covid-19, a empresa estava praticando preços bem próximos dos de importação, e não deixava muito espaço para concorrentes. À medida que a cotação foi caindo nas principais bolsas mundiais de negociação, a estatal foi reajustando sua tabela lentamente.

"Tinha bastante espaço para o importador, porque o produto internacional ficou mais barato do que o doméstico. Agora, a empresa voltou a trabalhar com níveis bem próximos do período anterior à crise do coronavírus", acrescentou.

Considerando ainda o câmbio em alta, a possibilidade de importação hoje é nula, segundo o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 20/04/2020

VALOR ECONÔMICO (SP) TARCÍSIO CONFIRMA PLANO PARA CRIAR 1 MILHÃO DE EMPREGOS COM OBRAS PÚBLICAS

Segundo ele, seria possível investir quase R$ 30 bilhões só com as obras listadas por sua pasta Por Daniel Rittner, Valor — Brasília

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmou nesta segunda-feira que a Casa Civil avalia um plano de obras públicas para aquecer a atividade econômica no pós-pandemia. O programa, segundo ele, não contaria apenas com investimentos em logística de transporte, mas também em obras de habitação popular e segurança hídrica, que estão sob a responsabilidade do Ministério de Desenvolvimento Regional.

Em live organizada pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Tarcísio disse que, só com as obras listadas por sua pasta e com uma “pequena suplementação” ao orçamento atual, seria possível investir quase R$ 30 bilhões nos próximos três anos e gerar até um milhão de novos empregos no curto prazo.

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Ele também fez referência à ideia, já debatida no governo e enfatizada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada (Sinicon), de usar os recursos de acordos de leniência de empreiteiras para retomar obras paradas.

“Tudo aquilo que vinha sendo discutido antes da crise, inclusive em termos de utilização da capacidade de empresas [envolvidas] na leniência, teremos que parar e discutir a partir deste novo momento. Todos os caminhos terão que ser levados à mesa agora e ser discutidos”, comentou o ministro.

Pedágios Durante a live, Tarcísio também advertiu que projetos de lei (PL) para dar isenção a pedágios durante a pandemia do novo coronavírus ameaçam contratos de concessão e assustam investidores. Por isso, afirmou, o governo tem atuado diretamente para segurar a tramitação dessas propostas no Congresso.

Até agora, o esforço tem sido bem sucedido e não há risco iminente de algum PL ser aprovado, mas é preciso ficar alerta, afirmou.

“Seria extremamente inadequado. Se fizéssemos essa abertura de cancelas, entraríamos em um vendaval de equilíbrios econômico financeiros e atrasos em todo o programa de concessões”, disse o ministro.

De acordo com levantamento da Abdib, há 33 propostas tramitando no Congresso que atingem as receitas das concessionárias ao estabelecer a suspensão ou isenção de pagamento das tarifas de pedágio. Uma delas prevê isenção até 31 de dezembro, com a justificativa de evitar contato entre motoristas e funcionários das cabines de cobrança.

Para Tarcísio, esse argumento é equivocado. Primeiro, porque cada vez mais caminhoneiros estão usando “tags” (adesivos colados no parabrisa para cobrança automática). Segundo, porque os funcionários têm recebido álcool em gel para manusear o dinheiro.

“Conseguimos segurar por enquanto, mas precisamos estar permanentemente vigilantes”, afirmou o ministro, avaliando que os projetos significam uma quebra de contratos e abalo na confiança dos investidores. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

FT: ALIBABA VAI INVESTIR US$ 28 BILHÕES EM COMPUTAÇÃO NA NUVEM

Plano trienal representa quase o dobro do valor aplicado até 2019, quando gigante já tinha 46% do mercado chinês, e reforça infraestrutura em momento de alta demanda Por Ryan McMorrow, Valor — Financial Times, de Pequim

O Alibaba está dobrando a aposta na computação em nuvem com um plano de investimento de 200 bilhões de yuans (US$ 28 bilhões) em três anos, após a pandemia do coronavírus ter aumentado a demanda por infraestrutura de internet e por tecnologias que permitem a computação em qualquer lugar.

O grupo chinês de comércio eletrônico, um dos maiores provedores de computação em nuvem no mundo, anunciou que usará o dinheiro para construir a próxima geração de centros de dados e desenvolver a tecnologia relacionada, como computadores servidores e semicondutores.

O investimento representa cerca de 67 bilhões de yuans por ano, uma grande elevação em relação ao aporte total em bens de capital no ano fiscal passado, de 35,5 bilhões de yuans.

Os negócios do Alibaba na nuvem e suas ferramentas de trabalho remoto, como o aplicativo profissional de conversas DingDing, ganharam impulso com a epidemia do coronavírus, que levou muitas pessoas a trabalhar em casa.

“A pandemia de covid-19 tem representado um estresse adicional para os setores da economia como um todo, mas também nos direciona a dar mais atenção à economia digital” , disse Jeff Zhang, presidente da Alibaba Cloud Intelligence.

A empresa já vinha aumentando os investimentos na computação em nuvem nos últimos anos, dentro dos esforços para ganhar o controle do mercado chinês. No quarto trimestre, o grupo tinha 46% do mercado, segundo a Canalys, enquanto a Tencent Cloud tinha 18%, e a Baidu Cloud, 8,8%.

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A computação em nuvem é um dos negócios de maior crescimento do Alibaba. No quarto trimestre, a receita aumentou 62% em comparação ao mesmo período de 2018 e somou 10,7 bilhões de yuans, contribuindo para 7% da receita total do grupo.

O Alibaba opera dez centros de dados na China e 11 em outros países.

Segundo analistas, uma grande proporção dos investimentos em bens de capital do Alibaba nos últimos anos já vinha sendo direcionada a incrementar as operações na nuvem, uma vez que a empresa empenha-se em equiparar-se à Amazon e à Microsoft internacionalmente.

Ao contrário da Amazon Web Services, o Alibaba ainda não teve lucro com seus serviços na nuvem. O segmento registrou prejuízo ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 356 milhões de yuans no quarto trimestre de 2019.

Em fevereiro, o Alibaba comunicou que duas unidades essenciais para o grupo, Tmall e Taobao, ambas de varejo, encolheriam no primeiro trimestre de 2020, afetadas por problemas na mão de obra tanto em lojistas quanto nos serviços de entrega durante a epidemia de coronavírus.

John Choi, da Daiwa Capital Markets, disse que o grande investimento na computação em nuvem é coerente. “A parte empresarial do ecossistema da internet ainda tem muito espaço para crescer em comparação à parte de consumo”, disse.

No segmento de consumo, as operações de comércio eletrônico do Alibaba enfrentam a concorrência da novata Pinduoduo e da velha rival JD.com.

“Obviamente, a lucratividade será uma questão no curto prazo, mas, uma vez que alcance certa escala, poderia ser um negócio com lucro razoável”, disse Choi. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

MALHA AÉREA DEVE MANTER REDUÇÃO DE 90% EM MAIO

Gol, Azul e Latam discutem com o governo oferta mínima de voos comerciais que estará disponível no mês que vem Por Cibelle Bouças — De São Paulo

As três maiores empresas aéreas do país, Gol, Latam e Azul, discutem com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Ministério da Infraestrutura, Ministério da Economia e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o desenho da malha aérea a ser adotado no mês de maio. De acordo com fontes do setor, as empresas devem manter praticamente inalterada a oferta de voos em comparação à malha essencial anunciada para o período de 28 de março a 3 de maio, que sofreu um corte de 92%.

Essas fontes disseram que pode haver alguma mudança, com ajustes pontuais na oferta de voos. Mas o tamanho da malha estabelecida para abril continua sendo adequado para atender a demanda esperada até o momento para voos no país em maio.

O Grupo Latam Airlines anunciou na sexta-feira que pretende manter em maio uma oferta global de voos 95% menor em comparação com o mesmo mês de 2019. A companhia já havia feito uma redução desse nível na oferta de voos em abril.

“Hoje podemos observar que os impactos da pandemia são mais profundos e que serão mais duradouros do que o inicialmente previsto”, afirmou em comunicado o CEO do Grupo Latam Airlines, Roberto Alvo. “Diante desse cenário adverso, é inevitável que o grupo e suas subsidiárias redimensionem seu tamanho e a forma como operam”, acrescentou.

No Brasil e no Chile, o grupo informou que vai oferecer um número reduzido de voos nos mercados domésticos, com o objetivo de manter uma conectividade mínima nesses países.

No Brasil, a Latam reduziu a oferta de voos para 483 por semana, mantendo voos para 39 destinos a partir de São Paulo (pelos aeroportos de Congonhas e Guarulhos), Brasília e Fortaleza. A companhia informou, no entanto, que pode rever os planos se houver mudança na demanda e novas permissões dos governos. Nas rotas internacionais, a Latam prevê operar seis frequências semanais entre Santiago e Miami e três frequências entre São Paulo e Miami.

A Gol ainda não informou sobre seu planejamento de oferta de voos para maio. Em abril, a companhia reduziu a oferta de voos no Brasil em 92%, para 353 frequências por semana.

A Azul foi a única empresa que anunciou nesta semana a abertura de novas frequências. A companhia vai oferecer, a partir de 22 de abril, voos para Macapá, Altamira (PA), Santarém (PA) e Boa Vista. A empresa também adicionou novos voos nas rotas Campinas-Recife, Campinas- Salvador, Campinas-Florianópolis, Campinas-Santos Dumont, Campinas-Vitória e Recife-Salvador.

Desde o dia 16, a Azul aumentou a capacidade na rota Recife-Juazeiro do Norte e voltou a operar o voo de Manaus a Belém. A Azul aproveita a aquisição da Two Flex, que tem aviões com capacidade para 9 passageiros por voo, para ampliar a oferta na região Norte do país. Em abril, a Azul havia reduzido a sua malha em 90%, para 405 voos por semana. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

ENGIE ALERTA PARA RISCO DE JUDICIALIZAÇÃO

A empresa tem investimentos previstos de, pelo menos, R$ 3,8 bilhões para os próximos três anos Por Rodrigo Polito — Do Rio

https://s2.glbimg.com/U8EscQwHoZXdyzI5RfKSidQy s- U=/0x0:1548x875/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3. glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177 e8876b93/internal_photos/bs/2020/A/c/0JlvQFRnAqJ P0CAqHTcQ/20emp-100-engie-b4-img01.jpg Desequilíbrio no setor pode afastar investimentos do país, afirma Maurício Bähr, presidente da Engie no Brasil, que defende soluções do governo — Foto: Leo Pinheiro/Valor

Responsável por cerca de 7% do parque gerador de energia do país, o grupo francês Engie acompanha de perto a solução em estudo pelo governo para socorrer as distribuidoras, que respondem por aproximadamente 40% da energia fornecida pela companhia, em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, a empresa olha com muita atenção para o risco de consumidores livres recorrerem a liminares para não cumprir com seus contratos, ao invés de buscar uma solução negocial com a geradora.

A maior preocupação para o grupo hoje é o surgimento de uma nova onda de judicialização no mercado, o que pode afetar de forma significativa os investimentos em curso no país. Apenas na área de energia, a empresa tem investimentos previstos de, pelo menos, R$ 3,8 bilhões para os próximos três anos. No setor de gás, são estimados R$ 150 milhões este ano na Transportadora Associada de Gás (TAG), da qual o grupo adquiriu 90% de participação junto com o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placemente du Québec (CDPQ), por US$ 8,6 bilhões - a maior operação de fusão e aquisição da América Latina em 2019 -, e que participa do processo para a compra dos 10% restantes da Petrobras.

“O que queremos evitar é que haja uma judicialização, porque ainda estamos vivendo a fase da judicialização do GSF [sigla em inglês para o risco hidrológico]”, afirmou o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr, ao Valor.

“Queremos mostrar que nosso país é maduro, tem entidades fortes na condução do setor elétrico e que sabem lidar com problemas. Temos que dar um exemplo para o mundo. No momento de incertezas, os países emergentes sofrem mais. O que queremos é justamente garantir essa estabilidade regulatória. Vem a crise e o regulador e o poder Executivo fazem de uma maneira que as coisas sejam reequilibradas e entendam a gravidade da questão, a ponto de não afastar investimento”, completou ele.

O sinal amarelo foi acesso nas últimas semanas, quando algumas distribuidoras notificaram geradores sobre potenciais impactos, classificando-os como evento de “força maior”, o que poderia afetar o cumprimento de obrigações contratuais. E, no mercado livre, alguns consumidores pediram liminar na Justiça isentando-os do cumprimento dos contratos.

Apesar da preocupação, Bähr, que defende a implementação de uma linha especial de crédito para as distribuidoras, avalia positivamente as medidas emergenciais adotadas pelo governo, tanto para o setor elétrico, quanto para a economia. A empresa, por exemplo, deu entrada no pedido de suspensão temporária de amortizações de empréstimos (standstill) para alguns de seus projetos de infraestrutura junto ao BNDES por seis meses, medida emergencial lançada pelo banco de fomento para preservar o caixa das empresas.

“Acredito que tenhamos uma resposta nas próximas duas semanas”, afirmou o executivo “É uma medida muito bem desenhada para este momento”.

De acordo com ele, de maneira geral, as prioridades hoje são o cuidado com funcionários e pessoas, a continuidade das atividades essenciais e a preservação do caixa das empresas.

Bähr também destacou as ações no âmbito socioeconômico adotadas pelo governo e as empresas. Entre as iniciativas lançadas pela companhia estão a contribuição voluntária feita por funcionários e a própria empresa para organizações não-governamentais (ONGs) em cidades onde o grupo atua e a doação de R$ 1,5 milhão para a Fiocruz aumentar a capacidade de testes, em ação coordenada pelo Instituto Acende Brasil, além de um projeto para aumentar a capacidade de leitos da UFRJ no Rio.

Até o momento, dos cerca de 3,2 mil funcionários da Engie no Brasil, há dois casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Segundo Bähr, esses funcionários já estão sendo tratados e nenhum deles encontra-se em situação de risco.

O executivo também contou que, neste momento, a Engie não tem planos de reduzir a jornada de trabalho de seus funcionários, no âmbito de medida provisória editada pelo presidente Bolsonaro. “Na Engie Brasil Energia, inclusive, assinamos um manifesto de não demitir ninguém nos próximos meses. Estamos nos comprometendo a fazer isso”.

Pensando na estabilidade estrutural do mercado de energia, Bähr defende que o Congresso continue deliberando neste período sobre projetos da agenda do setor que já estão maduros e que já alcançaram consenso, como a solução para judicialização do GSF, que ainda causa inadimplência de R$ 7 bilhões no mercado de curto prazo de energia, e o projeto de modernização do setor elétrico. “O Congresso deveria aproveitar este momento para limpar essa pauta e deixar isso para trás. São questões que foram debatidas durante meses.”

Questionado sobre a expectativa com relação ao processo de venda dos 10% remanescentes da Petrobras na TAG, o executivo disse não poder comentar sobre o assunto, porém afirmou que espera que o negócio seja realizado até o fim deste ano.

No comando da Engie no Brasil há 22 anos, Bähr já viveu no cargo outros momentos difíceis do país, como o racionamento de energia, entre 2001 e 2002, a crise global de 2008 e 2009, e a recessão brasileira de 2015 e 2016.

Dessa vez, o executivo acredita que o mundo será diferente quando as pessoas saírem do isolamento. “Espero que a gente possa voltar à vida, que não vai ser o normal como a gente vivia. Vai ser um ‘novo normal’, com mais cuidado”, afirmou. “Será que voltaremos a viajar como viajávamos antes? Talvez não. Talvez a gente preserve mais a nossa saúde, fazendo reuniões dessa forma [à distância, via internet], sem ter que se deslocar, gerando trânsito. Mas não podemos deixar de socializar. O ser humano tem essa característica.” Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

GOVERNO DISCUTE RECUPERAÇÃO ECONÔMICA PÓS-PANDEMIA

Planos de retomada não ficam em pé se não tiverem sustentação em uma sólida estratégia fiscal

Começa a ganhar corpo a tese de que será preciso tomar medidas fiscais para além da etapa emergencial de combate à pandemia para estimular a economia e reconstruir a capacidade produtiva. O desafio será encontrar espaço no orçamento para pagar também essa conta. Sem o adequado financiamento, o país entrará numa espiral de endividamento que abreviará a recuperação econômica.

Logo após o surgimento do novo coronavírus, economistas acreditavam que o Brasil seria afetado apenas por um choque de oferta, com o bloqueio das cadeias produtivas da China. O impacto tenderia a ser temporário e restrito, já que nossa economia é ainda muito fechada.

Com a adoção das políticas de distanciamento social, começou a se configurar um choque mais duradouro. O fechamento de fábricas, lojas e escritórios interrompeu a produção de bens e serviços não essenciais. A queda do rendimento do trabalho, a quarentena e a queda da confiança derrubaram a demanda.

Dada a profundidade da retração esperada do Produto Interno Bruto (PIB), que alguns calculam em 8% neste ano, é bem provável que a crise deixe cicatrizes mais profundas. Economistas começam a estimar o quanto da capacidade produtiva do país - o chamado PIB potencial - será eliminada com a falência de empresas e o desemprego prolongado.

A capacidade de recuperação da economia também deve ficar comprometida. Uma boa parte da resposta emergencial à pandemia envolve empréstimos para famílias e empresas atravessarem o período de perda de renda e receita. Mais endividado, é provável que o setor privado passe por um período de desalavancagem.

Esse quadro de incerteza tem levado os analistas econômicos a reverem seus prognósticos de uma retomada em “V” da economia em 2021. A recuperação tenderá a ser mais lenta e frágil, com riscos de novas recaídas. Muitos enxergam um papel a ser exercido pelo governo para reativar a demanda, passado o primeiro efeito do choque do coronavírus, e para reconstruir a capacidade produtiva.

É nesse contexto que começam a surgir, dentro do governo, os primeiros planos. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, preparou um programa com 70 obras para serem tocadas até 2022, o que exigiria investimento de R$ 30 bilhões e criaria até um milhão de empregos, segundo antecipou o Valor na edição de 7 de abril.

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Von Doellinger, está elaborando o que chama de um “Plano Marshall”, que será entregue em junho ao ministro da Economia, . Em entrevista ao Valor na última sexta-feira, ele evitou mencionar valores, mas adiantou que são contemplados quatro eixos: crédito para recuperar cadeias produtivas no mercado doméstico; linhas de financiamento para normalizar a capacidade exportadora; investimentos em infraestrutura usando parcerias público privadas (PPP); e o reforço a políticas sociais e de fomento ao emprego.

Os planos do governo coincidem com diagnóstico apresentado por líderes e economistas latino- americanos em carta divulgada durante o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI). A questão é que não há espaço fiscal para essas políticas, num momento em que os governos estão superendividados e as economias sofrem a fuga de capitais estrangeiros. Na carta, os líderes pedem que sejam reforçadas a linhas de assistência do FMI para os países da América Latina e Caribe. Do Brasil, assinaram o documento o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-presidente do Banco Central, .

A situação fiscal brasileira é dramática. O déficit primário, que era previsto em 1,5% do PIB, poderá chegar a 8% do PIB. A dívida bruta se aproxima a passos largos de 100% do PIB. A ampliação de gastos para reativar a economia, num quadro já preocupante, tenderá a agravar ainda mais a situação, elevando os prêmios de risco, afastando capitais estrangeiros e minando a confiança de famílias e empresas.

Planos de recuperação não ficam em pé se não tiverem sustentação em uma sólida estratégia fiscal. Torna-se mais urgente repriorizar despesas, com o andamento de reformas que já estão no Congresso e outras que ainda não foram enviadas, como a administrativa. É urgente não perder o foco na consolidação fiscal de médio e longo prazos, com medidas adotadas desde já. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

BNDES TENTA FECHAR NESTA SEMANA OPERAÇÃO DE SOCORRO A AÉREAS E PREVÊ EMISSÃO DE DEBÊNTURES Por Daniel Rittner, Valor — Brasília

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenta fechar nesta semana a operação de socorro às companhias aéreas e prevê a emissão de debêntures simples, com prazo de cinco anos, no valor total de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões.

A ideia do BNDES e do governo é trabalhar um custo mínimo às empresas, com TLP (taxa de longo prazo) mais o spread básico do banco, que hoje está em 1,3% ao ano. Os papéis devem ter um ano de carência para pagamento dos juros e dois anos para o pagamento do montante principal.

As debêntures não serão conversíveis em participação acionária, mas junto serão lançados bônus de subscrição que darão aos seus detentores o direito de entrar no capital das companhias. Esses bônus podem ser negociados no mercado secundário. A expectativa do BNDES, inclusive, é que aéreas estrangeiras possam eventualmente aproveitar o fim da restrição a estrangeiros no setor para ficar com participações nas empresas brasileiras.

Nos bastidores, trabalha-se com o seguinte calendário: fechar a operação nesta semana, formalizar tudo na próxima e permitir que o dinheiro esteja no caixa das aéreas na primeira semana de maio. É um cronograma tentativo e definido como “muito desafiador” por fontes próximas às negociações, mas necessário para dar alívio financeiro às companhias, que continuam com custos elevados de arrendamento das aeronaves — e, para piorar, dolarizados.

Cada empresa receberá de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,5 bilhões. O socorro está sendo coordenado pelo BNDES com um sindicato de bancos comerciais. No caso das aéreas, quem lidera essa operação do lado privado é o Bradesco — cada setor ajudado pelo governo tem uma instituição financeira à frente.

Um ponto de impasse, como se sabe, é a precificação do valor de mercado das empresas. As aéreas querem usar o preço de suas ações antes da pandemia. O BNDES e os bancos resistem. Para eles, não precisa ser a cotação atual, mas é ilusão achar que as ações vão voltar ao preço anterior mesmo no fim deste ano ou no próximo. A consultoria Bain & Company avalia, por exemplo, que o mercado aéreo só retorna à normalidade em 2023.

No cenário mais pessimista de precificação, segundo as fontes, os bônus de subscrição chegariam a algo como 30% do capital das empresas. Isso converteria os detentores dos papéis em grandes acionistas dentro da estrutura societária de qualquer uma delas. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

EM TELECONFERÊNCIA, AES TIETÊ REFORÇA POSIÇÃO CONTRÁRIA À OFERTA DA ENEVA

Presidente da companhia afirmou que a proposta da Eneva “já era ruim e ficou menos atraente” diante da crise provocada pela pandemia da covid-19 Por Letícia Fucuchima, Valor — São Paulo

A AES Tietê reiterou nesta segunda-feira sua posição contrária à combinação de negócios proposta pela Eneva. A companhia realizou uma teleconferência para comentar os motivos de ter rejeitado a oferta, conforme comunicado no domingo à noite, mas não houve espaço para perguntas.

Durante a teleconferência, o presidente da AES Tietê, Ítalo Freitas, afirmou que a proposta da Eneva “já era ruim e ficou menos atraente” diante da crise provocada pela pandemia da covid-19, que alterou as prioridades de companhias em todo o mundo. Segundo ele, o momento atual dificulta o financiamento da operação e também torna mais baixa a probabilidade de surgirem outros “competidores” interessados em uma fusão com a Tietê.

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O executivo reafirmou que, na visão da Tietê, a combinação de negócios com a Eneva não tem “fit” estratégico, pois iria na contramão de sua estratégia de crescer em energias renováveis. Ainda de acordo com ele, se a fusão fosse concretizada, a nova companhia teria um alto nível de alavancagem, limitando as perspectivas de crescimento e também de pagamento de dividendos.

Freitas também comentou sobre as perspectivas futuras da Tietê, afirmando que a companhia “não possui data de validade”. “O ano de 2029 pode ser o fim de nossas concessões hídricas, mas não de nossos negócios”, ressaltou.

A Tietê tem aumentado a duração de sua carteira atual com PPAs (contratos de compra e venda de energia) de longo prazo e enxerga capacidade para acrescentar novos projetos ao portfólio sem inflar a estrutura de custos e despesas. “Temos mais de 4 gigawatts (GW) no pipeline [cronograma de projetos] para desenvolvimento e 1,4 GW de demanda mapeada de clientes no mercado livre”, afirmou Freitas. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

FAO PREVÊ RETRAÇÃO DAS COTAÇÕES DAS COMMODITIES NO PRÓXIMO ANO

Queda será provocada pela profunda recessão mundial pós-pandemia Por Assis Moreira, Valor — Genebra

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Os preços das commodities agrícolas deverão cair nos próximos 12 meses na esteira da forte contração do Produto Interno Bruto (PIB) global, previu nesta sexta-feira Maximo Torero-Culler, economista-chefe da FAO, a agência da ONU para agricultura e alimentação. Segundo ele, uma vez controlada a pandemia de covid-19 o mundo estará em uma severa recessão. Assim, a demanda agrícola vai diminuir, derrubando preços no setor, exceto de produtos como arroz e frutas.

“Não sabemos o timing exato [da queda de cotações agrícolas]. O que sabemos é que o próximo ano será de recessão, mas esperamos que seja também o começo de uma ligeira retomada”, afirmou Torero-Culler ao Valor. No momento, uma das maiores preocupações da FAO é com as restrições que vêm sendo impostas por diversos governos no comércio exterior. Limitações globais no movimento de pessoas e de produtos, por exemplo, têm impacto nos sistemas alimentares e causam gargalos nos fluxos de bens e serviços.

“A pandemia de covid-19 é uma crise global que está afetando o setor agro-alimentar”, reforçou ele a jornalistas. “Medidas atuais para conter a propagação do vírus estão afetando exportações e importações de alimentos”. Para Torero-Culler, isso é o que de pior pode acontecer em um momento como este.

Além disso, a repressão nas fronteiras contra milhões de migrantes aumenta as dificuldades no campo em vários países, que não terão mão-de-obra suficiente para as colheitas, principalmente em segmentos intensivos como frutas e vegetais. O resultado é que esses países poderão ter que acumular produtos sem vendê-los, provocando desperdício e queda de renda. “A FAO conclama os países a atender as necessidades alimentares mundiais das populações mais vulneráveis , reforçar a proteção social, manter o comércio aberto”, conclui Torero-Culler. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 20/04/2020

PORTAL PORTOS E NAVIOS PETROBRAS PÕE 62 PLATAFORMAS EM HIBERNAÇÃO Por Redação OFFSHORE 19/04/2020 - 12:07

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A Petrobras vai botar em processo de hibernação 62 das suas plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. A estatal justifica a decisão devido à baixa no preço internacional do petróleo.

Segundo a estatal, “faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos”. Apesar de ter divulgado apenas na noite desta quarta-feira (15) a estatal informou que o mercado foi avisado na decisão no dia 26 de março.

A Petrobras esclarece que as plataformas que deixarão de extrair óleo momentaneamente “não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda”. O corte na produção com a parada dessas unidades é de 23 mil barris de petróleo por dia.

“Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, informa a estatal.

A estatal informa que para enfrentar uma “crise sem precedentes que combina queda abrupta da demanda e do preço do petróleo”, também desembolsou linhas de crédito, cortou e postergou investimentos, reduziu gastos operacionais e despesas com pessoal.

“Foi postergado o pagamento do Prêmio por Perfomance para empregados e dos dividendos para os acionistas, além da renegociação de contratos com grandes fornecedores. As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise”.

A guerra do preço do petróleo começou há um mês, quando a Arábia Saudita e a Rússia aumentaram a produção, mesmo com os preços em queda. Há duas semanas, a cotação do barril do tipo Brent chegou a operar próxima de US$ 20, o menor nível em 18 anos.

A crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus contribuiu para a diminuição da demanda por petróleo e de derivados. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

PORTO DE SUAPE REGISTRA MELHOR PRIMEIRO TRIMESTRE DA SUA HISTÓRIA Por Redação PORTOS E LOGÍSTICA 19/04/2020 - 12:09

O Porto de Suape encerrou o primeiro trimestre com a maior movimentação de cargas da sua história. O aumento no período foi de 41% em relação a 2019, totalizando 6.675.954 toneladas. Março superou a expectativa e cresceu 13% em relação ao mesmo mês de 2019, fechando com 1.971.259 toneladas. O número de embarcações que atracaram em Suape foi 11% maior de janeiro a março deste ano, chegando a 354 navios, contra 318 do primeiro trimestre do ano passado.

“Obter esses resultados em meio à pandemia da Covid-19 mostra que estamos trabalhando fortemente para manter todos os serviços e operações em funcionamento. Isto só é possível porque contamos com o apoio de toda a comunidade portuária, que está ao nosso lado, engajada para que não faltem os produtos essenciais à população”, afirma Leonardo Cerquinho, presidente do Porto de Suape. “Os números indicam que, se não fosse essa crise sem precedentes, certamente 2020 seria o melhor ano de Suape. Mas sabemos que os impactos vão chegar”.

Suape permanece líder nacional em movimentação de granéis líquidos, carga mais movimentada no porto, que correspondeu a 75% do total do primeiro trimestre e foi responsável pela performance. Combustíveis, GLP, óleo bruto de petróleo, querosene de aviação, entre outros produtos, somaram 5.015.768 toneladas representando 54% de aumento, tendo em vista que, no mesmo período de 2019, o total movimentado foi de 3.242.294 toneladas. Considerando apenas o mês de março, o crescimento entre as cargas líquidas e gasosas foi de 15%, somando 1.389.758.

As cargas conteinerizadas (que são as mais sensíveis à dinâmica econômica) apresentaram alta de 14% no peso, com 1.420.104 toneladas. O aumento correspondeu a 10% em TEUs (do inglês Twenty-foot Equivalent Unit - unidade equivalente a 20 pés), com 121.480 TEUs movimentados. No primeiro trimestre de 2019, os volumes foram 1.245.794 toneladas e 109.675 TEUs. O mês de março foi o melhor período para a movimentação de contêineres. O total chegou a 503.901 toneladas e 41.907 TEUs, respectivamente 10% e 6% a mais que em março do ano passado.

A carga geral solta acumulou 113.771 toneladas e 17,8% de aumento no trimestre. Neste grupo, encontram-se os veículos, açúcar em sacos, chapas e bobinas de aço, peças da indústria eólica, obras de ferro fundido, entre outros. Os números mostram uma recuperação no embarque de veículos, com 9.220 unidades em 2020 e 8.667 no primeiro trimestre de 2019. O percentual é de 6% de crescimento. O maior aumento ocorreu em março, que registrou 4.089 veículos, 42% ou 1.212 unidades a mais que o mesmo mês do ano passado. Apesar de ter aumentado 30% em março, os granéis sólidos acumulam perda de 20% no trimestre, somando 127.375 toneladas contra 159.503 em 2019.

Por tipo de navegação, a cabotagem, onde Suape mantém a liderança entre os portos públicos do Brasil, cresceu 36% no trimestre e 19% em março, alcançando 4.274.701 toneladas e 1.326.847, respectivamente. No longo curso, a maior alta foi na exportação, com 158% de aumento nos três primeiros meses e 949.611 toneladas movimentadas. A importação teve um crescimento de 17%, somando 1.452.789 toneladas. No mês de março, as cargas exportadas somaram 175.903 toneladas e, as importadas, 468.997 toneladas.

Os principais destinos das mercadorias exportadas, que em sua grande maioria corresponderam a combustíveis, foram Singapura, Guiné, Colômbia, Mauritânia e Argentina. Já as cargas importadas tiveram como origem Estados Unidos, Argentina, Nigéria, Espanha e Colômbia no primeiro trimestre. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

ESTADOS MEMBROS DA IMO APRESENTAM PROPOSTAS PARA MANTER FLUXOS COMERCIAIS Por Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 19:00

A Câmara Internacional de Transporte Marítimo oferece conselhos sobre certificação, enquanto o Conselho da IMO orienta sobre gerenciamento de crises.

Na primeira reunião do Conselho da Organização Marítima Internacional (IMO) a ser realizada por correspondência, os Estados membros concordaram em estabelecer medidas que permitirão a continuação do comércio durante o surto de Covid-19.

A IMO concordou realizar a 31ª reunião de seu Conselho com 40 membros e um número de observadores através de correspondência iniciada em 18 de março e terminada em 15 de abril.

O Conselho solicitou aos Estados membros que apresentassem propostas para a próxima sessão extraordinária, propondo medidas que garantam a continuidade de determinados serviços marítimos. A data para a 32ª sessão ainda não foi confirmada. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

EMPRESAS DE PERFURAÇÃO OFFSHORE ANUNCIAM MAIS CANCELAMENTOS DE CONTRATOS Por Redação OFFSHORE 18/04/2020 - 19:01

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A Maersk Drilling se juntou ao crescente número de operadores de plataformas offshore que sofreram cancelamentos de contratos devido à recente queda nos preços do petróleo. Na quinta-feira (16), anunciou que dois clientes notificaram a rescisão antecipada de suas plataformas.

A BG International, uma subsidiária da Shell, rescindiu o contrato do para um semi-submersível da Mærsk com efeito imediato. O término do contrato original estava previsto para agosto de 2020.

A Aker BP também rescindiu o contrato da Maersk Reacher, que foi contratada para serviços de acomodação no campo de Valhall, com efeitos a partir de final de abril de 2020. O término do contrato original era para outubro de 2020.

Nos dois contratos, a Maersk Drilling espera receber uma compensação na forma de taxas de rescisão antecipada.

A Concorrente Noble Corporation também anunciou atrasos e cancelamentos, incluindo alterações relacionadas ao seu contrato com a ExxonMobil para o trabalho de E&P na Guiana, uma das maiores novas regiões de exploração offshore. Seu navio de perfuração "Noble Tom Madden" está em modo de espera por três meses e sua taxa de dias foi reduzida à metade. Além disso, a Exxon colocou o "Noble Tom Prosser", em operação na Austrália, em espera por um ano. Sua taxa foi reduzida para cerca de US$ 50 mil.

A Borr Drilling também foi afetada pelos cortes da Exxon. Suas plataformas "Groa" e "Gerd", na Nigéria, receberam avisos de rescisão antecipada de contratos que deveriam terminar no próximo ano. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

GRANELEIRO INICIA TESTE DE BIOCOMBUSTÍVEL NO PORTO DE ROTERDÃ Por Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 18:55

A empresa de gerenciamento de navios Minship anunciou um teste do uso de biocombustíveis como forma de reduzir sua pegada de carbono. Um de seus navios de carga seca recebeu sua primeira carga de óleo combustível biológico.

A GoodFuels, produtora de combustíveis, abasteceu o graneleiro "M/V Trudy" com seu produto "Bio- fuel oil MR1-100" em Roterdã na sexta-feira (17).

O biocombustível será o único produto que a embarcação consumirá nos próximos oito a dez dias.

O produto é um biocombustível de segunda geração produzido a partir de matéria-prima rotulada como resíduo. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

SECRETÁRIO-GERAL DA IMO ESTUDA A REALIZAÇÃO DE REUNIÕES EXCLUSIVAMENTE DIGITAIS Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 18:58

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Uma sessão extraordinária do Conselho da Organização Marítima Internacional (IMO) solicitou ao secretário geral Kitack Lim que considerasse a possibilidade de as reuniões do órgão da ONU passem a ser realizadas on- line enquanto a pandemia do Covid-19 não regride.

Várias reuniões agendadas para a sede da IMO em Londres no mês passado foram adiadas. A reunião do conselho foi realizada por correspondência. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

PORTO DE ROTERDÃ ESPERA QUEDA DE 10% A 20% EM VOLUMES ANUAIS DEVIDO AO CORONAVÍRUS Por Redação PORTOS E LOGÍSTICA 18/04/2020 - 18:57

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O porto holandês de Roterdã está prevendo uma queda na movimentação de até 20% este ano, após um declínio de volume no primeiro trimestre, causado pela pandemia de coronavírus.

No primeiro trimestre o porto movimentou 112,4 milhões de toneladas, uma queda de 9,3% em comparação com 123,9 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.

A queda na produção foi observada principalmente nos segmentos de carvão, petróleo e derivados. Por outro lado, os volumes de movimentação de contêineres, gás natural liquefeito (GNL) e biocombustíveis durante o primeiro trimestre de 2019 atingiram recordes.

A produção de granel seco no primeiro trimestre foi de 16,7 milhões de toneladas, 14% menos do que os 19,4 milhões de toneladas no mesmo período de 2019.

No segmento de granéis líquidos, a movimentação de derivados foi reduzida em 32,8%, consequência da queda no comércio de combustível entre a Rússia e Cingapura, para a qual Roterdã tem sido o local de distribuição.

A movimentação de contêineres em toneladas manteve-se estável.

Segundo a autoridade portuária, as causas subjacentes foram a economia mais fraca da Europa nos últimos seis meses e o comércio mundial estagnado devido a conflitos comerciais. A forte desaceleração da economia global causada pela pandemia também terá um grande impacto no porto de Roterdã, com um declínio na demanda desde o começo de abril. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

GRANELEIRO INICIA TESTE DE BIOCOMBUSTÍVEL NO PORTO DE ROTERDÃ Por Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 18:55

A empresa de gerenciamento de navios Minship anunciou um teste do uso de biocombustíveis como forma de reduzir sua pegada de carbono. Um de seus navios de carga seca recebeu sua primeira carga de óleo combustível biológico.

A GoodFuels, produtora de combustíveis, abasteceu o graneleiro "M/V Trudy" com seu produto "Bio- fuel oil MR1-100" em Roterdã na sexta-feira (17).

O biocombustível será o único produto que a embarcação consumirá nos próximos oito a dez dias.

O produto é um biocombustível de segunda geração produzido a partir de matéria-prima rotulada como resíduo. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

IMO NÃO CONTA COM ATRASOS NA REVISÃO DA ESTRATÉGIA PARA 2023 Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 18:55

A Organização Marítima Internacional (IMO) não espera qualquer atraso na revisão de sua estratégia inicial sobre gases de efeito estufa em 2023, apesar da atual interrupção de suas reuniões presenciais, segundo a agência de relatórios de preços Argus Media.

Embora a pandemia do Covid-19 tenha impossibilitado as reuniões, o cronograma da agenda de gases de efeito estufa (GEE) já foi decidido, informou a Argus na quinta-feira (16).

Grupos ambientalistas pediram à IMO que considerasse realizar reuniões em formato apenas digital para manter sua agenda de descarbonização em dia após a reunião deste mês do Comitê de Proteção ao Meio Ambiente Marinho ter sido adiada indefinidamente. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

ABS PREVÊ QUE BUNKER OCUPE ATÉ 40% DE PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EM 2050 Por Redação NAVEGAÇÃO 18/04/2020 - 18:54

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O American Bureau of Shipping (ABS) espera que os bunkers retenham uma participação de até 40% do mercado de combustíveis até 2050, afirmou em nova pesquisa.

Na quinta-feira (16), a organização publicou um relatório intitulado "Definindo o curso para o transporte de baixo carbono", com análise da agenda de descarbonização do transporte marítimo.

A classificadora estima que os combustíveis à base de petróleo tenham uma participação de mercado de 40% até 2050, o que torna o uso de sistemas de captura e seqüestro de carbono relevante não apenas para aplicações em terra, mas potencialmente a bordo de embarcações marítimas.

Porém, o ABS alerta que essa parcela no pool de energia marinha poderia comprometer a meta da IMO 2050 de reduzir pela metade as emissões totais de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo. A entidade afirma que para alcançar a redução pretendida, a participação do petróleo no mercado de combustíveis precisará ser reduzida abaixo de 40%. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

MP-945: RETIRADA UMA DAS PROPOSTAS DE AJUSTE NAS TARIFAS COBRADAS POR TERMINAIS QUE INDENIZAREM AVULSOS Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 19/04/2020 - 18:00

https://cdn-statics.portosenavios.com.br/images/181203- exportacao-conteiner-porteiner.jpg Arquivo

O deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) solicitou a retirada de uma emenda à medida provisória 945/2020 que propõem o ajuste das tarifas de infraestrutura marítima a fim de garantir a compensação dos operadores portuários e terminais que indenizarem, via órgãos gestores de mão de obra (Ogmos), trabalhadores avulsos impossibilitados de trabalhar durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A tarifa é paga pelos armadores às autoridades portuárias a título de uso do canal de acesso.

A emenda 25, apresentada pelo parlamentar na comissão mista, prevê que a recomposição dos custos decorrentes da indenização será realizada pela autoridade portuária. Esse ressarcimento, segundo a emenda, se daria ‘a partir de recursos adicionais arrecadados de forma extraordinária, por prazo determinado, de requisitantes da infraestrutura marítima, que operem em instalações que se utilizam de mão de obra avulsa’. O texto proposto também vedaria a imposição de custos tarifários adicionais à instalações portuárias. A emenda propunha ainda que, para os casos não enquadrados, fossem avaliadas outras formas de compensação.

Uma emenda semelhante, do senador Wellington Fagundes (PL-MT), seguiu apensada ao texto da medida. A MP-945/20, publicada no último dia 4 de abril, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados. A MP trata de ações temporárias no setor portuário em resposta à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ao todo, foram apresentadas 128 emendas ao texto original, que aguarda para ser apreciado no plenário. As emendas ainda podem ser derrubadas no relatório. Até o momento, ainda não foi designado um relator para a matéria. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020

PORTO DE ITAJAÍ PARTICIPA DE REUNIÕES SEMANAIS SOBRE DESESTATIZAÇÃO Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 19/04/2020 - 18:00

https://cdn-statics.portosenavios.com.br/images/200417- porto-itajai-divulgacao.jpg Divulgação Superintendência do Porto de Itajaí

O Ministério da Infraestrutura encaminhou à Empresa de Planejamento e Logística (EPL), no último dia 8 de abril, o plano de trabalho para realização dos estudos de viabilidade para a desestatização do Porto de Itajaí (SC), que hoje tem administração municipal. Os estudos da nova gestão portuária visam otimizar o ativo público e permitir ao porto desenvolver sua capacidade de competição no mercado de contêineres de forma contínua e em altos níveis de eficiência e liberdade na exploração do negócio. O plano desenvolvido pela EPL e Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) estabelece 28 meses para o término dos estudos. De acordo com o cronograma, o leilão deverá ocorrer em 2022.

O projeto prevê o desenvolvimento de modelo institucional e regulatório, estudo de mercado, avaliação econômico-financeira, relatório de transações e avaliação do negócio, due diligence jurídica, avaliação ambiental, avaliação de RH, gestão, governança, atuarial e previdenciária e avaliação técnico-operacional. O diretor-presidente do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles, contou que a EPL e secretaria pediram empenho com objetivo de tentar diminuir esse prazo. A autoridade portuária e os entes de governo vêm mantendo uma reunião semanal por videoconferência para discutir o plano de negócios, conceitos dos arrendamentos e a parte contratual do porto.

Ele disse que o momento é favorável à desestatização porque o porto se encontra com as contas e com as instalações em dia. As principais demandas estão relacionadas a aumentar a retroárea, compra de novos equipamentos e atração de parceiros com know how. Salles explicou que a desestatização visa retirar atribuições que não cabem mais à autoridade portuária no cenário atual da atividade no mundo, deixando-na responsável pela concessão do canal de acesso, sinalização, dragagem e sistema de controle de tráfego de navios — VTMS, por exemplo.

A operação na nova bacia de evolução permite a movimentação de navios de até 307 metros e dará um ganho operacional. A administração do porto espera iniciar as operações dos navios com 337 metros de comprimento até o fim deste semestre. A Superintendência do Porto de Itajaí calcula que, em 2019, houve perda de R$ 1,1 bilhão sem a nova bacia de evolução. O valor representa mais do que o dobro das perdas estimadas em 2012 (R$ 480 milhões). Entre os afetados estão transportadoras, armazéns, despachantes, agências marítimas e demais recintos alfandegados.

O canal aquaviário havia assoreado pela enchente de outubro de 2015. Entre abril e outubro de 2017 e depois de março a abril de 2018 foram investidos R$ 44 milhões para dragagem de -10,5m para - 14m. O serviço ampliou a capacidade de recebimento de navios de 9 mil TEUs para 13 mil TEUs. Em outubro de 2018, foi firmado com a holandesa Van Oord um novo contrato para manutenção da dragagem, no valor de R$ 195 milhões e com duração de cinco anos.

A autoridade portuária de Itajaí busca um modelo concessão para expansão da área portuária, passando dos 180 mil m² atuais para 308 mil m². A superintendência do porto listou ao menos nove oportunidades de negócios envolvendo o porto público, acesso aquaviário, molhe sul e norte, acesso terrestre, marina pública, terminal de passageiros, centro comercial do porto (CCP), o evento Volvo Ocean Race e a revitalização do Parque Atalaia. O CCP, por exemplo, foi adquirido pelo porto através de receitas tarifárias. A prefeitura de Itajaí demonstrou interesse na aquisição do terreno a fim de tornar um boulevard com píer turístico e incentivar o turismo local.

A intenção é pré-estabelecer o que poderá ser concedido, mantendo ordenamento público com a autoridade portuária e visando também ganhos de receita para a cidade. O Canal de Itajaí, por exemplo, é utilizado pela Portonave e outros cinco TUPs. “A ideia é manter o conceito de autoridade pública para continuar interagindo com a cidade, deixando parte dos serviços à iniciativa privada”, destacou Salles.

A ideia é que o setor privado assuma e explore o uso do bem público para fins de prestação de todas as oportunidades de negócios cedidas, responsabilizando-se por todos os investimentos para implantação, modernização e manutenção da infraestrutura de atendimento, constituindo-se no braço operacional da autoridade portuária. A autoridade portuária ficará responsável pelas infraestruturas básicas de domínio público portuário, integridade dos bens patrimoniais sob sua guarda e pelo planejamento, regulação, coordenação e fiscalização da atividade e serviços. Já o poder concedente ficará centrado nas políticas públicas.

O superintendente ressaltou a importância do complexo manter-se na atividade de contêineres na medida em que Santa Catarina se destaca na exportação de cargas frigorificadas, tecidos, madeira, papel e celulose. Salles destacou que, quando os berços de Itajaí foram restabelecidos, o porto cresceu 150%. Ele acrescentou que a movimentação este ano já está 20% acima de 2019, mesmo com crescimento das atividades de terminais concorrentes em Navegantes, Itapoá e Paranaguá (SC). Segundo o superintendente, as atividades já estavam aquecidas antes da pandemia. O porto público de Itajaí (operado pela APM Terminals) fechou o primeiro trimestre de 2020 com 21% de crescimento acumulado em TEUs, 46.552 TEUs, ante 38.582 TEUs em igual período do ano passado.

Salles lembrou que, há cerca de 20 anos, o porto foi um dos pioneiros no processo de arrendamento e que o plano de desestatização à época obteve sucesso e acarretou investimentos significativos por parte da iniciativa privada. Recentemente, conversando com agentes do governo e arrendatários, chegou-se à conclusão que o ideal seria um novo processo de privatização devido à necessidade de investimentos que o porto tem. Hoje, metade das áreas do porto ainda são públicas. Para Salles, o modelo que se desenha manterá a autoridade portuária pública, porém enxuta, o que dará a ela mais confiança e representatividade. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 20/04/2020