TESTE

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INSTITUTO HISTÓRICO-CULTURAL DA AERONÁUTICA 2017 FICHA TÉCNICA

Linces: olhando além do horizonte Controladores de Operações Aéreas Miliatres (COAM)

Edição Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica

Editor Maj Brig Ar R/1 José Roberto Scheer

Autor 1º Ten QOCon Tec (HIS) Bruna Melo dos Santos

Projeto Gráfico Seção de Tecnologia da Informação

Capa 3S Tiago de Oliveira e Souza

Impressão INGRAFOTO

Rio de Janeiro 2017 Apresentação

Nos idos dos anos de 1980, quando servíamos no Segundo Esquadrão do Primeiro Gru- po de Transporte de Tropa (2º/1º GTT), participávamos, como tripulantes das aeronaves KC-130H Hércules, dos deslocamentos para a Base Aérea de Anápolis (BAAN), a fim de realizar missões de Reabastecimento em Voo (REVO) com os esquadrões do Primeiro Gru- po de Aviação de Caça (1º GAvCa). Ficávamos duas semanas naquela localidade, realizando voos nos três períodos do dia, já que se ministrava instrução de REVO para os novos pilotos do 1º GAvCa, bem como para os do 2º/1º GTT. Cada vez que regressávamos para pouso (recolhimento) na BAAN, o controlador de voo nos solicitava a possibilidade de realizar o procedimento PAR (Precision Approach Radar), no qual aquele profissional orienta o piloto, utilizando-se das imagens do radar, para o pouso seguro do seu avião, quando em condições meteorológicas muito adversas. Voltávamos cansados, após várias horas de voo ministrando instrução, e querendo pousar logo para desfrutar do descanso e de uma refeição. Mas, o pedido do controlador sempre merecia especial atenção e era atendido. Voávamos por mais algum tempo, mas províamos o seu treinamento naquele tipo de procedimento, e também o nosso. Afinal, tínhamos a plena consciência de que quanto mais proficientes fôssemos, controladores e pilotos, maior a ga- rantia de nos encontrarmos no solo ao fim da missão, tendo chegado sob tempo muito ruim e, por vezes, com baixa autonomia. Isso se repetia durante toda a jornada, ainda que o controlador e a tripulação fossem ou- tros; e também quando chegávamos de outros destinos, muitas vezes, bem fatigados pelas longas horas voadas, que nos separavam da nossa última decolagem. Ainda assim, aquiescíamos e cumpríamos o ritual de posicionar a aeronave num determi- nado ponto do espaço, para receber as instruções do controlador de serviço, a nos encaixar na “rampa e no eixo”, até o toque suave da “borracha” na pista. Esse controlador, cujo código de chamada é “Lince”, sempre foi merecedor de toda a confian- ça dos tripulantes que faziam uso da sua eficiência operacional, como verdadeiro anjo da guarda a nos orientar e conduzir para a pista, transmitindo tranquilidade e confiança no seu trabalho. A ele, dedicamos esta pequena obra, acompanhada do agradecimento daqueles que acom- panham a sua trajetória na história da Defesa Aérea no Brasil, como parte integrante e im- prescindível desse sistema eficaz a proteger a nação. Lince! Com a sua visão além do horizonte, continue a olhar por nós, pilotos da Força Aérea Brasileira.

Maj Brig Ar R/1 José Roberto Scheer Subdiretor de Cultura do INCAER

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Bruna Melo dos Santos

A missão da Força Aérea Brasileira Circulação Operacional Militar (COM)” (FAB) é manter a soberania do espaço aé- (Penteado, 2010, p. 50). Esse código reo e integrar o território nacional, com é vitalício e serve para a identificação vistas à defesa da Pátria. do controlador durante a operação, no A Lei Complementar nº 97/1999 dis- briefing e no debriefing com o piloto, além põe sobre as normas gerais para a organi- de habilitá-lo para o controle das missões zação, o preparo e o emprego das Forças de interceptação e de combate. Armadas, cabendo à FAB o “controle do Pouco se sabe sobre o trabalho desen- espaço aéreo brasileiro, contra todos os volvido pelos Linces para interceptar as tipos de tráfego aéreo ilícitos, com ênfase aeronaves suspeitas que estejam sobre- nos envolvidos no tráfico de drogas, ar- voando o espaço aéreo brasileiro. Esse mas, munições e passageiros ilegais, agin- “pouco se sabe” é, na realidade, funda- do em operação combinada com organis- mental para que as operações tenham êxi- mos de fiscalização competentes”. to, tendo em vista que esse é um serviço As providências para fortalecer a se- sensível, que envolve operações de guer- gurança do espaço aéreo brasileiro vêm ra, comunicação cifrada e todo um apara- sendo tomadas desde a década de 70, to necessário para combater o inimigo. quando se iniciaram os estudos para a im- Sendo assim, respeitando as limitações plantação do Sistema de Defesa Aérea e do tema, por se tratar de um assunto de Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA) segurança nacional, cabe ao presente e, consequentemente, a integração entre opúsculo trazer à luz as experiências nar- três vetores: os aviões, os pilotos e os radas pelos próprios Linces. Buscar-se-á controladores. isso a partir da metodologia de entrevis- Desses três vetores, o presente trabalho ta, cuja contribuição para a história oral coloca em destaque a figura dos Linces – está na possibilidade de conhecer outras código utilizado para os Controladores facetas do entrevistado que esclareçam de Operações Aéreas Militares (COAM), fatos, atitudes e decisões tomadas, que que “conduzem as operações de Defesa não foram contempladas pela história Aeroespacial, bem como o controle da oficial.

5 A i m p l a n t a ç ã o d o SISDACTA, os estudos já em andamento para a im- a a q u i s i ç ã o d o s Mi r a g e s e a plantação do Sistema de Defesa Aérea e c o n s t r u ç ã o d a Bas e Aé r e a d e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), era chegada a hora da escolha da aerona- An á p o l i s (BAAN) ve. Para tanto, criou-se a Comissão de Es- tudos do Projeto da Aeronave de Inter- Com o objetivo de desenvolver a es- ceptação (CEPAI), que, em 10 de maio de trutura do controle do espaço aéreo da 1970, escolheu a aeronave de caça Mirage FAB, o então Ministro da Aeronáutica, III, desenvolvida pela indústria aeronáu- Ten Brig Ar Márcio de Souza e Mello, tica francesa, para integrar a defesa aérea incumbiu ao Estado-Maior da Aeronáu- brasileira. tica (EMAER), na ocasião chefiado pelo A referida Comissão teve também a Ten Brig Ar Deoclécio Lima de Siqueira, a realização de estudos e pesquisas para missão de analisar o melhor local para a desenvolver um sistema de defesa aérea construção de uma base aérea, a fim de sediar os primeiros supersônicos da FAB. atrelado a um sistema de controle aéreo A escolha por Anápolis (GO), vizinha de (Moreira, 2004, p. 35-40). Brasília, seguiu as recomendações estraté- O resultado dos estudos realizados gicas de defesa nacional de que “sempre pelo EMAER apontou que as propostas que possível, uma unidade de defesa aé- técnico-operacionais apresentadas pela rea deve ser colocada um pouco afasta- empresa francesa Thomson-CSF aten- da do alvo ou sistema de alvos que ela se diam melhor as necessidades do supraci- propõe a defender”. (Jornal do Brasil, 28 tado sistema (Penteado, 2010, p. 34). Com mar 1971).

O caça F-103 Mirage, em 1973, na BAAN Fonte: http://anapolisnarede.com.br/a-base-aerea-de-anapolis/

6 Linces: olhando além do horizonte Assim, por meio do Decreto nº 67.203, operação, estabelecendo, assim, o marco de 15 de setembro de 1970, criou-se a Co- inaugural do Primeiro Centro Integrado missão de Construção da Base Aérea de de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Anápolis (CCBASAN), pois era preciso Aéreo (CINDACTA I). caminhar a largos passos para que tudo ficasse pronto, respeitando o cronograma de entrega dos Mirage. Mais que a entrada em operação de mais um órgão da Aeronáutica, era a Os Mirage formaram, em Anápolis, concretização de um desejo, de um uma unidade denominada Primeira Ala sonho, de um objetivo nacional. Era de Defesa Aérea (1ª ALADA), criada por mesmo o grande divisor de águas bra- Decreto Reservado de 18 de janeiro de sileiro. O projeto da implantação deste 1972, cuja missão específica era realizar Sistema Integrado era inédito e, por- operações de defesa aérea. A nova Unida- tanto, não havia um modelo na qual se de, que foi a primeira de Interceptação na espelhar. Tudo foi concebido e gerado América do Sul, tornou-se um braço ar- por brasileiros altamente competentes mado do SISDACTA e ficou responsável e visionários (DECEA, 2011, p. 68). por “prover a defesa da recém-transferida Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília” (Penteado, 2010, p. 34). Em face do exposto, por meio da Porta- Nesse ínterim de estudo, análise e ria nº 464/GM3, de 17 de abril de 1980, o aprovação do projeto, para a implanta- CINDACTA I alcançou autonomia admi- ção do Sistema, a Força Aérea empossava nistrativa. Porém, antes disso, objetivando um novo ministro, o Ten Brig Ar Joelmir a defesa aeroespacial, foi criado, por meio Campos de Araripe Macedo, que, em 14 do Decreto Reservado nº 9, de 18 de março de novembro de 1973, por meio do De- de 1980, o Comando de Defesa Aeroespa- creto nº 73.160, criou o Centro Integrado cial Brasileira (COMDABRA), uma Orga- de Defesa Aérea e Controle de Tráfego nização Militar com dupla função: Órgão Aéreo (CINDACTA) “destinado à vigi- Central do Sistema de Defesa Aeroespacial lância e ao controle da circulação aérea Brasileiro (SISDABRA) e Comando Ope- geral, bem como a condução das aero- racional, que veio a substituir o Comando naves que têm por missão a manutenção Aéreo de Defesa Aérea (COMDA) e es- da integridade e da soberania no espaço tava subordinado diretamente ao Coman- aéreo brasileiro”. do-Geral do Ar, atual Comando-Geral de Após muitos testes e treinamentos Operações Aéreas (COMGAR). com o pessoal envolvido na defesa e no Novos ares se anunciavam e o espaço controle do espaço aéreo, no dia 22 de aéreo brasileiro deixava de ser sinônimo outubro de 1976, o Centro de Controle de perigo para ser referência de seguran- de Área de Brasília (ACC-BR) entrou em ça, controle e defesa integrados, por meio

Controladores de Operações Aéreas Militares 7 de sensores de radar, rede de telecomuni- sem os pilotos, sem os aviões, sem os ra- cação, sistema de processamento de da- dares, e tampouco sem os controladores, dos e visualização de radar. pois estes vetores estão interligados. Em síntese, no âmbito da defesa aérea, Desse modo, pretende-se compreen- ao se falar em CINDACTA, remete-se di- der, a partir dos testemunhos dos pró- retamente ao Centro de Operações Mili- prios Linces, como uma célula da defesa tares (COpM), inaugurado, oficialmente, aérea iniciada precariamente, tendo que se em 21 de julho de 1975, cuja missão é adaptar ao sistema pensado para o contro- conduzir a defesa aeroespacial e, também, le aéreo, evoluiu na velocidade de um jato o controle da Circulação Operacional Mi- e, hoje, já se encontra pronta para receber litar (COM). Para cada Região de Defesa os caças supersônicos Gripen NG, equipa- Aeroespacial (RDA), há um COpM, que, dos com: “radar Raven ES-05, capaz de por sua vez, está ligado, diretamente, ao identificar alvos aéreos ou de superfície a Centro de Operações de Defesa Aeroes- um ângulo de 100 graus da sua antena, um pacial (CODA) (Penteado, 2010, p. 37). sensor de busca infravermelho e datalink, É importante destacar que a primeira que possibilita a troca de informações en- missão real de interceptação controlada tre caças sem o uso de rádio”.1 pelo COpM ocorreu em 09 de dezembro de 1977 (INCAER, 1977). Os p i o n e i r o s d a De f e sa Aé r e a : Para se chegar ao protagonista deste p i l o t o s , c o n t r o l a d o r e s e opúsculo, houve a necessidade de trilhar o caminho até aqui percorrido, de modo m u l t i p l i ca d o r e s a permitir a análise de todo o processo de implantação do CINDACTA I, a identifi- Aeronaves adquiridas e a Base Aérea car a escolha da aeronave para compor o de Anápolis (BAAN) em acelerado pro- Sistema, como também da Base Aérea e, cesso de construção, era chegada a hora por fim, compreender a real necessidade de treinar os recursos humanos para fazer de qualificar os pilotos e controladores. tudo funcionar. A defesa aérea deu seus Somente desta forma, pode-se ter a primeiros passos no ano de 1973 com noção da complexidade e da responsabi- a chegada à Anápolis dos Cap Av Sér- lidade dos Controladores de Operações gio Candiota da Silva e Carlos Roberto Aéreas Militares (COAM) que trabalham, Iso Cavalcante. Ambos serviram na 1ª diuturnamente, para que toda essa infra- ALADA, onde voaram os recém-adqui- estrutura funcione com muita precisão e ridos Mirage e iniciaram a operação no segurança. Os CINDACTA não existiriam radar de terminal, denominado Picador,

1 Disponível em http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/20483/REAPARELHAMENTO---Brasil-assina- contrato-para-aquisi%C3%A7%C3%A3o-de-36-ca%C3%A7as-Gripen-NG. Acesso em 16 de fevereiro de 2016.

8 Linces: olhando além do horizonte a fim de se prepararem para realizar o Com esse intuito, os Sgt CTA Ed- curso de defesa aérea na França. son Martins da Costa e João Carlos de Na iminência da ida dos capitães para Abreu Lopes também seguiram para a a França, foi identificada a necessidade França, onde iniciaram o Curso Básico de se formar mais controladores para de Sargento em COAM, que ainda não dar continuidade as atividades de defesa existia no Brasil. Realizaram o Curso aérea. Diante disso, foram indicados o de Interceptação Manual em Dijon, Cap Av Elias Miana e o Ten Esp CTA semelhante ao controle que se fazia Will Wilson Furtado para a realização do no radar Picador e, por fim, fizeram o curso de interceptação no radar Picador. Curso de Interceptação Automatizada Após o curso, ficaram responsáveis pelo em Mont-de-Marsan, cuja última fase controle das interceptações em Anápolis. foi no Centro de Detecção de Doulens. Ao final do curso, os sargentos adqui- riram o brevê de COAM. No ano de 1976, quando retornaram ao Brasil, tanto os oficiais quanto os gra- duados, trouxeram na bagagem, além de muita experiência, diversos manuais dos cursos que fizeram na Força Aérea Fran- cesa. Esses manuais, depois de traduzi- dos com a ajuda dos oficiais franceses, tornaram-se a base para a implantação da estrutura do Curso de COAM na FAB. “Nesse primeiro curso, todos nós, oficiais e graduados, fazíamos parte do efetivo do COpM 1. Nós fomos instrutores e alunos ao mesmo tempo dando e recebendo ins- truções” ( Ten Cel Martins, 2015). Radar Picador Com a defesa aérea em funcionamen- Fonte: Arquivo Pessoal do Maj Brig Ar to, era preciso pensar num código para Álvaro Luiz Pinheiro da Costa designar os controladores do COpM. Os pilotos de caça que foram integrar a defe- sa aérea já possuíam a designação de “Ja- Torna-se relevante destacar que, além guar”, mas os controladores careciam de do treinamento para operar os radares e uma identificação. Ao iniciarem as opera- fazer as interceptações, a ida dos militares ções dentro do COpM, o então Maj Can- para a França foi importante para que se diota e o Ten Will estimularam a criação familiarizassem com a doutrina francesa de um código. Pensou-se no “Lince”, exa- que tomava conta da defesa aérea com a tamente pela representatividade do felino chegada dos supersônicos. de enxergar longe, além do horizonte.

Controladores de Operações Aéreas Militares 9 Antiga console de defesa aérea usada pelo CODA, atualmente em exposição Fonte: Revista do DECEA

A f o r m a ç ã o d a Pr i m e i r a Tu r m a d e COAM A primeira turma de controladores chegou ao CINDACTA I em agosto de 1975. O curso teórico e prático, in- Para formar a primeira turma de clusive com treinamentos de intercep- COAM, optou-se por graduados recém- tação, foi ministrado pelos instrutores saídos da Escola de Especialistas de Ae- recém-chegados da França: Maj Av ronáutica (EEAR). E essa foi uma im- Candiota (1° Chefe do COpM 1), Maj portante medida para criar um espírito Av Iso, Sgt BCT Martins, Sgt BCT Car- de corpo entre os controladores. “Mara- los e dois capitães franceses (Hayert e vilhoso! criamos um ambiente de corpo, Touran, sendo que este último passou uma equipe de futebol, todos integrados, a maior parte do tempo na avaliação um pessoal excelente!” (Cel Iso, 2015). da base de dados do Sistema). O Ten O Cap Esp CTA R/1 Romenil Góes CTA Arli da Silva Leandro, que já se Mendes foi aluno da primeira turma de con- encontrava no COpM, e o Cap Av troladores que chegou ao CINDACTA I em Miana, também ministraram instrução agosto de 1975. Sendo assim, segue o relato para a primeira turma. do próprio Capitão que, no processo de re- Durante o desenvolvimento dos construção de suas memórias, traz à luz a treinamentos, dos 40 controladores, 21 experiência do passado, ainda como sargen- permaneceram no COpM 1 e partici- to, permitindo observar as especificidades param ativamente dos trabalhos de re- dessa turma “laboratório”: cebimento do Sistema, do controle de

10 Linces: olhando além do horizonte VOCOM (Voos de Circulação Opera- Como se observa a partir das pala- cional Militar) e de treinamentos de in- vras do Cap Romenil, para a formação terceptação na sede e no radar Picador dos primeiros COAM, o CINDACTA I de Anápolis, com aeronaves Xavante e funcionou como uma unidade escola, po- Mirage III, este último recém-chegado rém, isso não era o melhor dos cenários, ao Brasil. tendo em vista que o acúmulo da opera- cionalidade e do ensino atrapalhavam as Os demais controladores foram atividades da defesa aérea. redistribuídos, por necessidade do Diante disso, surgiu a ideia de ser cria- serviço, para o ACC-BR (tratamento da uma escola exclusiva para a formação de Planos de Voo) e a maior parte foi do COAM. Pela dificuldade em ter que transferida para compor o Centro de implantar uma nova Unidade, optou-se Controle de Aproximação (APP) de pelo então Instituto de Proteção ao Voo Anápolis. Houve, ainda, na parte final (IPV), um órgão “criado em 1978, já com do curso, a desistência de três contro- a experiência na atualização técnica e na ladores, por motivo de não se adap- capacitação de recursos humanos para o tarem à operação específica de defesa Sistema de Proteção ao Voo”. No ano de aérea, sendo estes encaminhados ao 2004, o IPV tornou-se o Instituto de Con- CINDACTA I, para se integrarem ao trole do Espaço Aéreo (ICEA), “manten- Serviço de Tráfego Aéreo (Cap Rome- do o compromisso inicial e com a conti- nil, 2015). nuada experiência na atualização técnica e na capacitação de recursos humanos para o Sistema de Proteção ao Voo” (ICEA, 2010, p. 37).

Sala de Planejamento de Controle. Da esquerda pra direita: Sgt Pinheiro (Lince 19), Sgt Romenil (Lince 21), Sgt Adolfo (Lince 20) e Sgt J. Maria (Lince 22). Ano: 1982 Fonte: Arquivo pessoal do Cap Romenil

Controladores de Operações Aéreas Militares 11 Sgt Carlos (Lince 06) e Sgt Martins (Lince 07) operando o console radar no COpM1 Fonte: Arquivo pessoal do Cel Martins

Ce n á r i o a t u a l : A f o r m a ç ã o d o estudo. Os graduados iniciam a forma- ção na EEAR, onde fazem o Curso de Co n t r o l a d o r d e Op e r a ç õ e s * Formação de Sargentos - Especialidade Aé r e as Mi l i ta r e s Controle de Tráfego Aéreo. A grade cur- ricular do curso abrange fundamentos de O curso de COAM é bastante comple- voo, aeronaves, inglês, meteorologia, re- xo, envolve um grande efetivo e exige de- gras de tráfego aéreo e fraseologia especí- dicação exclusiva do aluno/controlador. fica, entre outras disciplinas. Obviamente, por ser assunto sensível, as Atualmente, a formação ocorre em re- normas que regem o curso são de cará- gime de internato e tem duração de quatro ter restrito. No entanto, a partir da ICA semestres letivos. O graduado terá como 100-21 e das revistas publicadas pelo De- atribuição controlar as missões de defesa partamento de Controle do Espaço Aéreo aérea, bem como auxiliar na coordenação (DECEA) acerca do assunto, é possível se das missões de busca e salvamento, den- ter a dimensão de toda a estrutura neces- tre outras funções. Já no âmbito da avia- ção civil, ele “participa de todas as eta- sária para a formação de um Lince. pas, desde a decolagem das aeronaves, o Para se tornar um COAM, é necessária percurso que elas seguem nas aerovias, ou muita dedicação e uma pesada carga de seja, nas ‘estradas’ do céu, até o pouso”.2

* Informação obtida em 2015. 2 Disponível em www.fab.mil.br. Acesso em 16 de fevereiro de 2016.

12 Linces: olhando além do horizonte Laboratório de Simulação dos Cursos OPM no ICEA Fonte: Arquivo pessoal do Cap Reolon

O controlador que desejar integrar o especialização em que se formam os Ofi- COpM será submetido a exames psico- ciais Aviadores e os Oficiais Especialistas lógicos e psicotécnicos, a fim de verificar em Controle de Tráfego Aéreo, passando se está apto para atuar na defesa aérea. a exercer a função de Chefe Controlador É uma atividade que exige um controle (CC) e sendo responsável pelo “gerencia- emocional muito grande e a capacidade mento das atividades técnicas, adminis- de tomar rápidas decisões. trativas e operacionais afetas a uma equi- Se considerado apto, o controlador pe operacional de um Órgão de Controle fará os cursos de OpM1 e OpM2 (minis- de Operações Aéreas Militares” (ICA trados na própria regional e sob a super- 100-21/2006). Ao concluir o curso, to- visão do ICEA), onde sairá formado em dos recebem o número de registro Lince, Controlador de Tráfego Aéreo Militar sequencial, atribuído pelo Departamento (CTAM), tendo “a atividade específica de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), de controle de tráfego aéreo das aero- que personaliza o COAM e o CC. naves militares que voam sob as regras E ainda há mais degraus a subir! De- da Circulação Operacional Militar” (ICA sejando se tornar um Ajudante de Chefe 100-21/2006). Controlador (AJCC), o COAM , seja por Ao atingir a qualificação de COAM, experiência ou por antiguidade, fará mais o graduado passa pelo mesmo curso de um curso, onde sairá apto para:

Controladores de Operações Aéreas Militares 13 A i n t e g r a ç ã o e n t r e o COpM e a O exercício específico de Assessor a v i a ç ã o d e ca ç a : u m a e q u i p e c o e sa de um Chefe Controlador, no geren- ciamento das atividades técnicas, admi- Para o funcionamento da defesa aérea, nistrativas e operacionais afetas a uma a integração entre piloto e controlador equipe operacional de um Órgão de deve ser total. As coordenadas passadas Controle de Operações Aéreas Milita- pelo controlador são fundamentais para res, podendo substituí-lo na direção do o piloto ter sucesso na interceptação. O órgão, em situação e por períodos es- voo, que antes era solitário, ganhou um tabelecidos nas Normas Operacionais importante companheiro com a implan- do Sistema de Defesa Aeroespacial e, tação do COpM. ainda, exercer as atividades inerentes aos Controladores de Operações Aé- reas Militares e aos Controladores de Que avanço incrível! Como era bom Tráfego Aéreo Militar, em situações voar controlado pelo Radar! Final- específicas (ICA 100-21/2006). mente, o Caçador, que sempre esteve completamente só e isolado em sua ca- bine, tinha alguém olhando por ele! O controlador informava até posição das formações de nuvens pesadas!3

A integração da equipe era tão sólida que, na reunião dos pilotos de caça, o Chefe do COpM tinha um lugar reserva- do, como se fosse o Comandante do Es- quadrão de Caça. A relação era de famí- lia. E, sem perder o respeito à hierarquia militar, um major sentava do lado de um terceiro sargento e recebia instrução (Cel Iso, 2015). O espírito de corpo e a integração de toda a equipe foram fundamentais para os primeiros passos da defesa aérea brasi- leira, que ainda tinha um longo caminho Distintivo Lince a percorrer, até conseguir abranger os Ajudante de Chefe Controlador quatro cantos do Brasil. Além da adoção Fonte: Arquivo pessoal do Cap Romenil do radar tridimensional Volex III, o Sis-

3 Disponível em http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=14265. Depoimento do Jaguar 25. Acesso em 16 de fevereiro de 2016. 14 Linces: olhando além do horizonte tema DACTA alcançou a eficiência no brasileiro coberto pela tecnologia radar, momento em que o Grupo de Comuni- seja ele fixo ou móvel. Sabe-se que o ra- cação e Controle (GCC), foi incorporado dar fixo pode não detectar determinadas ao CINDACTA (Cel Miana, 2015). aeronaves que estejam voando muito bai- A partir desse momento, foi possí- xo, mas isso deixou de ser um problema vel fazer a proteção do espaço aéreo em para a defesa aérea, a partir da integração qualquer área. O GCC foi, na realidade, dos GCC e com o uso do avião R-99, que uma reestruturação dos Esquadrões de dispõe de “radares aerotransportáveis que Controle e Alarme (ECA) e, atualmente, independem da estrutura de solo” (Pente- é responsável por apoiar as missões dos ado, 2010, p. 48). Grupos de Caça. Tem como finalidade Os controladores do R-99 fazem o deslocar radares para o cumprimento das mesmo curso de formação dos COAM, missões de outras organizações (Operti, porém, com a especificidade de ser um 2015, p. 18). Controlador de Operações Aéreas Mi- litares Aeroembarcado (COAM R). O Segundo Esquadrão do Sexto Grupo A e v o l u ç ã o d a De f e sa Aé r e a de Aviação (2º/6º GAV), localizado na Br as i l e i r a : n o v o s v e t o r e s , n o v as BAAN, é a sede dos aviões E-99, deno- t e c n o l o g i as e n o v o s d e sa f i o s minado primeiramente R-99 A, à época da implantação do Projeto SIVAM . Com Outros COpM vieram, novas aerona- a adoção desta aeronave, a FAB “pre- ves e novas tecnologias também: COpM encheu uma lacuna que existia na infra- 2 em , COpM 3 em e o estrutura do Sistema de Defesa Aérea e COpM 4 em , que consolidaram Controle de Tráfego Aéreo Brasileiro” o cinturão de proteção do espaço aéreo (Penteado, 2010, p. 48).

Radar transportável em São Joaquim (SC) Fonte: Revista Jubileu de 65 anos do 1º/1º GCC

Controladores de Operações Aéreas Militares 15 Para se tornar um COAM R, o con- da-se o enfoque de trabalho, a capacitação trolador, primeiramente, tem que ser um dos recursos humanos, estando a FAB se Lince e, depois, ter formação comple- preparando para esse novo advento que, mentar para controlar a partir do console mais uma vez, impõe novos desafios ao de controle de um R-99, pois é outra rea- trabalho do COAM. lidade: voando e controlando. “É preciso ter outra adaptação. O controlador está dentro de um avião e o corpo pode não Com a tecnologia BVR, o contro- reagir bem, pode não se adaptar” (Cap lador assume maiores desafios. Agora, Reolon, 2015). ele faz parte da esquadrilha que está Como se observa, os avanços tecnoló- voando. Se na esquadrilha são dois ele- gicos não param e numa evolução cons- mentos, duas aeronaves, o controlador tante, iniciada com o console do radar é um terceiro elemento que está vendo Picador, a defesa aérea já possui a auto- todo o cenário. Enquanto duas aerona- mação completa do Sistema e está en- ves estão vendo um cenário pequeno, trando em uma nova geração. A FAB se ele tem um raio maior de visão, para prepara para receber o primeiro dos trinta informar se tem um inimigo à espreita. e seis caças Gripen NG, adquiridos da Su- Hoje, a relação entre controlador e pi- écia, que utilizam a tecnologia de comba- loto está muito mais interativa em fun- te BVR (beyond visual range). Não se trata ção das novas técnicas, das novas pla- de uma simples compra, mas sim de uma taformas para o controle com o Gripen. parceria estratégica entre os dois países: E, com isso, está mudando o perfil de trabalho do controlador e a interação está sendo muito maior com os pilotos A participação do Brasil no desen- (Cap Reolon, 2015). volvimento do projeto dará à indústria aeronáutica brasileira acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo os códigos-fonte do Gripen. O programa de transferência de tecnologia incluirá itens como a integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aero- nave, entre outros.4

Esta é uma técnica de combate com Aeronave Gripen míssil à longa distância. Diante disso, mu- Fonte: https://www.flickr.com/photos/portalfab/

4 Disponível em http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/22627/PROJETO%20FX-2%20-%20Brasil%20 e%20Su%C3%A9cia%20chegam%20a%20acordo%20sobre%20o%20projeto%20Gripen%20NG. Acesso em 16 de fevereiro de 2016.

16 Linces: olhando além do horizonte Pa r a a l é m d o c o n t r o l e e d a d e f e sa : nhecer as hierarquias, mas também é pre- n asc e u m a fa m í l i a ciso reconhecer a qualificação técnica dos controladores, independente da patente ou graduação”, afirmou o Cap Reolon. Falar da história dos Linces, dos pri- mórdios da defesa aérea no Brasil, é tam- Além das salas de aula, o convívio en- bém falar de relações de cumplicidade, tre a equipe era reforçado com os briefing afeto e amizade. No início da década de e debriefing de segunda-feira. Embora fos- 1970, tudo era bastante difícil. O agravan- se convocado pelo Grupo de Caça, havia te se dava pela dificuldade de transporte a participação dos Linces, pois era o mo- e também de comunicação. Diante disso, mento de aprimoramento das técnicas de muitos ficavam meses longe da família. A intercepção e da “lavagem de roupa suja”, saudade apertava e aquele grupo, todos termo usado entre eles para se referir às jovens, encontrava, por meio das conver- críticas recebidas. sas rotineiras, uma forma de extravasar as Após isso, era chegada a hora do lazer. energias e, assim, foram criadas afinida- Todos se dirigiam ao Clube de Oficiais des que perduraram por toda a vida. para a prática de esporte. No dia a dia, os controladores tinham um espaço de convivência, uma sala de estar, mas que, Hoje, nós sentimos uma satisfação dentro do contexto da defesa aérea, não muito grande quando nos reunimos poderia ser só uma sala do cafezinho, era e relembramos tudo que fizemos. preciso um termo mais estratégico e, as- Não só o trabalho, mas o convívio, a sim, foi feito o batismo: Toca do Lince! brincadeira, a hora de lazer, os encontros (Cap Romenil, 2015). fora do CINDACTA. Acompanhamos Mais de quatro décadas se passaram o namoro, o casamento, a constituição desde a formação da primeira turma de de famílias, os filhos. Hoje, quando nos Linces. reencontramos, vemos os filhos crescidos e alguns deles seguindo o exemplo de No intuito de manter os laços de ami- seus pais como Linces. Esse convívio era zades, reencontrar velhos companheiros muito bom! (Ten Cel Martins, 2015). de trabalho e manter viva a memória, as- sim como a história da defesa aérea bra- sileira, os Linces promovem anualmente Havia um convívio harmonioso dentro um encontro. da equipe e isso permanece até hoje, mui- O último ocorreu em 1º de novembro to pelo fato de haver uma singularidade de 2015 nas dependências do Clube de de conhecimento, onde o graduado mui- Associados da Aeronáutica de Brasília tas vezes assume a posição de instrutor de (CASSAB) e reuniu a “família de Linces” um oficial, e tudo isso ocorre da maneira para rememorar uma parte da história em mais saudável possível. “É preciso reco- que eles foram os protagonistas.5

5 http://ferreiraffs.wix.com/encontromasterlinces.

Controladores de Operações Aéreas Militares 17 Mu d a n ç a d e p a r a d i g m a : Curso Básico de Controle de Tráfego u m t o q u e f e m i n i n o n a To ca d o Li n c e Aéreo (BCT) com a composição tam- bém de mulheres, foi a primeira mulher O ingresso das mulheres na FAB ocor- militar a se tornar Lince. Para ela, foi re- reu no ano de 1982, com a criação dos servada a licença número “500”, bastante Quadros Femininos de Oficiais e de Gra- simbólica e que passou a designar a cen- duados (QFO e QFG, respectivamente). tena de todas as mulheres Linces a partir Complementado o processo de inserção de então. da mulher na FAB, a EEAR abriu suas Um caminho inaugurado pela Lince portas inserindo-as em diversas especia- 500 se encontra hoje trilhado por muitas lidades. mulheres. Já são trinta e seis mulheres A Sgt BCT Helaine Baptista do Nas- Linces e cerca de vinte CTAM (Ten Cel cimento, formada na primeira turma do Martins, 2015).*

Cel Schultze (Cmt do CINDACTA II), Sgt Helaine e Maj Brig Machado (Cmt do COMDABRA). Placa em homenagem a Lince 500. Ano: 2006 Fonte: Arquivo pessoal da Sgt Helaine

* Informação obtida em 2015.

18 Linces: olhando além do horizonte O ca l e n d á r i o c o m o s u p o r t e d a missão de interceptação real, quando dois m e m ó r i a : o d i a d o s COAM Mirage, pilotados pelos Maj Av Paulo César Pereira e 1º Ten Av Eduardo José Todo Controlador de Operações Aé- Pastorelo de Miranda, voando sob severas reas Militares é também um Controlador condições meteorológicas, interceptaram de Tráfego Aéreo, mas o contrário não se a aeronave Ilyushin 62, que transportava aplica. Isso não quer dizer que um seja um embaixador cubano para a Argentina, melhor do que o outro, mas que são ope- durante o transcorrer da Guerra das racionalidades diferentes. Malvinas. O piloto foi obrigado a aterrissar no Aeroporto Internacional Sendo assim, a data de 20 de outubro, de Brasília. Com a eficiente atuação dos em que se comemora o Dia Mundial do COAM do CINDACTA I, a missão foi Controlador de Tráfego Aéreo, não re- um sucesso!6 presenta, na totalidade, os COpM. Sabe- se que o calendário, para além de ser um É nesse sentido que os COAM lutam, objeto científico, é também um objeto simbolicamente, para registrar uma data cultural e, sobretudo, social. Portanto, as representativa das próprias memórias e comemorações, que se agarram às datas, “fixá-las, por inscrito, em uma narrativa, evidenciam o desejo de um determinado uma vez que as palavras e os pensamen- grupo em se sentir representado. tos morrem, mas os escritos permane- cem” (Halbwachs, 1990, p. 80). Considerando que determinada me- mória pode não mais existir, caso não haja grupo para lembrá-la, torna-se necessário encontrar meios para fixá-las. Diante dis- so, o calendário se comporta como um suporte para a inscrição da memória, da data que precisa ser lembrada a partir da prática social da rememoração. Por isso, encontra-se em tramitação a oficialização do Dia do COAM. Dentre as possíveis datas, o dia 09 de abril ganha relevância por representar um marco Mirage em exercício de interceptação. para a defesa aérea, pois, na referida Fonte: Arquivo da BAAN data, no ano de 1982, foi feita a primeira

6 Disponível em http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/br/f-1032.html. Acesso em 16 de fevereiro de 2016.

Controladores de Operações Aéreas Militares 19 Re f e r ê n c i as Bi b l i o g r á f i cas

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ICEA. Revista Comemorativa aos 50 anos do ICEA, 2010;

INCAER. Ficha Anual de Fatos Históricos (FAFH) do COMDABRA, 1977;

FERREIRA. SO BCT R/1. LINCE 24. Álbum Fotográfico dos Linces, 1976-2015 (no prelo);

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MOREIRA, Marcio Nóbrega de Ayrosa. Ten Brig RF. SISDACTA (1968/1978) Visão Estratégica. Revista UNIFA, p.35-40, Rio de Janeiro, dez 2004;

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OPERTI, Carlos Filipe. Mobilidade, Alcance, Precisão. Jubileu de 65 anos do 1º/1º GCC, 2015;

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TOURTIER-BONAZZI, Chantal de. Arquivos: propostas metodológicas. In: AMA- DO, Janaina; FERREIRA, Marieta de Moraes (org). Usos & Abusos da História Oral. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1998. p.233-245.

20 Linces: olhando além do horizonte En t r e v i s t as

Cel Av R/1 Carlos Roberto Iso Cavalcante (Lince 02), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015;

Cel Av R/1 Elias Miana (Lince 03), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015;

Maj Esp CTA R/1 Arli da Silva Leandro (Lince 04), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015;

Ten Cel Esp CTA R/1 Edson Martins da Costa (Lince 07), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015;

Cap Esp CTA R/1 Romenil Góes Mendes (Lince 21), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015;

Cap QOEA CTA R/1 Paulo Diniz Reolon (Lince 31), INCAER, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015; e

2S QSS BCT Helaine Baptista do Nascimento (Lince 500), INCAER, Rio de Janeiro, 07 de janeiro de 2016.

Si t e s c o n s u l t a d o s

Dassault Mirage IIIE/D BR F-103E/D. Disponível em http://www.rudnei.cunha. nom.br/FAB/br/f-1032.html. Acesso em 16 de fevereiro de 2016;

Diário de Notícias. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/. Acesso em 16 de fevereiro de 2016;

Jornal do Brasil. HEMEROTECA DIGITAL BRASILEIRA. Disponível em http:// bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/. Acesso em 16 de fevereiro de 2016.

A 1º Ten QOCon Tec (HIS) Bruna Melo dos Santos pertence ao efetivo deste Instituto e integra a equipe do SISCULT.

Controladores de Operações Aéreas Militares 21 22 Linces: olhando além do horizonte TESTE

Conectando o passado, o presente e o futuro da cultura aeronáutica

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