Afetos Em Narrativas
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As imagens utilizadas neste livro respeitam o artigo 46, do Capítulo IV, da legislação sobre direitos autorais (Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998): “Não constitui ofensa aos direitos autorais: [...] a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra”. Isabella Pichiguelli Míriam Cristina Carlos Silva Monica Martinez Tarcyanie Cajueiro Vanessa Heidemann (organizadoras) Afetos em narrativas (volume 2) 1.ª edição Editora Jogo de Palavras Provocare Editora Alumínio, SP Votorantim, SP 2019 Copyright © Editora Jogo de Palavras & Provocare Editora, 2019 Editoração (Jogo de P.): João Paulo Hergesel Editoração (Provocare): Míriam Cristina Carlos Silva Editoração (NAMI): Míriam Silva / Monica Martinez / Tarcyanie Cajueiro Edição final: Isabella Pichiguelli / Vanessa Heidemann Revisão: João Paulo Hergesel / Leila Gapy Capa: Carlos Augusto Conselho editorial: Antonio Carlos Hohlfeldt (PUC-RS) Arquimedes Pessoni (USCS) Jorge Miklos (UNIP) José Eugenio de Oliveira Menezes (FCL) Paulo Celso da Silva (Uniso) Rogério Ferraraz (UAM) Valdenise Leziér Martyniuk (PUC-SP) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD A256 Afeto em narrativas [recurso eletrônico] / organizado por Isabella Pichiguelli ... [et al.]. - Alumínio, SP : Jogo de Palavras ; Votorantim, SP : Provocare, 2019. v. 2 412 p : il. ; 3 MB ; PDF. – (Comunicação, Cultura e Mídia). Inclui bibliografia e índice. ISBN: 978-65-66626-47-0 (Ebook) 1. Comunicação. 2. Cultura. 3. Mídia. 4. Narrativas midiáticas. 5. Afeto. 6. Vínculo. I. Pichiguelli, Isabella. II. Silva, Míriam Cristina Carlos. III. Martinez, Monica. IV. Cajueiro, Tarcyanie. V. Heidemann, Vanessa. VI. Título. VII. Série. CDD 302.2 2019-1747 CDU 316.77 Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 Índice para catálogo sistemático: 1. Comunicação 302.2 2. Comunicação 316.77 Todos os direitos desta edição reservados a: Editora Jogo de Palavras Provocare Editora CNPJ: 15.042.985/0001-95 CNPJ: 08.739.793/0001-77 Alumínio, SP Votorantim, SP PREFÁCIO O segundo volume de Afetos em narrativas, organizado pelo Grupo de Pesquisa em Narrativas Midiáticas (Nami/Uniso/CNPq), é um convite para conhecermos dezenove análises de narrativas midiáticas relacionadas ao afeto. Nesta edição, contamos com uma diversidade de temas que apontam os afetos em narrativas que envolvem jogo, arte, jornalismo, peregrinação, meio ambiente, o poético, anime, filmes, seriados, novelas, morte, princesas, videoclipes, fãs, reality shows, espaços públicos e artivismo. Enquanto seres gregários, é por meio das relações com o mundo, com o eu e com o outro que somos afetados. Quando falamos sobre afeto, é comum, em um primeiro momento, pensarmos em afeições como carinho e amor. Baruch Spinoza, filósofo do século XVII, buscou definir os tipos de afetos existentes. Para o pensador, existem três tipos de afetos primários que originam todos os demais: desejo, alegria e tristeza. O desejo (apetite) é compreendido por Spinoza como a natureza ou essência de cada pessoa. A alegria e a tristeza são as paixões e, enquanto a primeira aumenta a potência de agir de um indivíduo, a segunda diminui. Desta maneira, tanto carinho e amor quanto ódio e desprezo são afetos. Ainda pela perspectiva do filósofo, os afetos possuem uma relação direta com estímulos (afecções) que passam pelos sentidos e modificam aqueles que são afetados. As contribuições deste segundo volume evidenciam que produzimos, compartilhamos e buscamos afetos por meio de diferentes processos comunicacionais. Em tempos de afetos que compelem às labutas de nossa sociedade, que tendem a diminuir nossa potência, desejamos que as análises das narrativas midiáticas abordadas aqui ressoem e propaguem novas afecções em pesquisas da Comunicação e em outros âmbitos, gerando novos afetos, que possam aumentar a nossa potência de agir. Primavera de 2019, Isabella Pichiguelli, Míriam Cristina Carlos Silva, Monica Martinez, Tarcyanie Cajueiro Santos e Vanessa Heidemann SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DOS AUTORES E ARTIGOS 11 LARP E POROSIDADE: TECENDO RELAÇÕES ENTRE NARRATIVAS COMPLEXAS E VÍNCULOS Tadeu Rodrigues Iuama UNIP 31 A SENSIBILIDADE NO ENCONTRO COM O OUTRO: O AFETO E A APURAÇÃO JORNALÍSTICA EM COM AMOR, VAN GOGH Carolina Moura Klautau FCL 52 MEMÓRIA E AFETO: A PEREGRINAÇÃO COMO GESTO CONTEMPORÂNEO Carolina Souza | Francilaine Moraes UC | UnB 72 ESSES AFETOS COMUNS: UM EXERCÍCIO OPERACIONAL-AFETIVO PARA UM JORNALISMO DE TEOR TESTEMUNHAL Ana Cláudia Peres UFF 88 MARIELLE, PRESENTE! UMA ANÁLISE DOS “AFETOS- ATIVISMOS” EM COBERTURAS MIDIÁTICAS ONLINE Marco Túlio Pena Câmara Unicamp 111 O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF E A CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DE EMOÇÕES MISÓGINAS Allan Santos UFRJ 131 REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO POÉTICO NAS NARRATIVAS AMBIENTAIS Gisele Gabriel Uniso 151 A NERVURA OCULTA DA FOLHA: CULTURA DA GUERRA E POLÍTICAS DE (DES)AFETOS EM NARUTO E SEUS ENTORNOS Ravel Giordano Paz UEMS 166 A RELAÇÃO ENTRE BE RIGHT BACK E HER: INTERAÇÕES AFETIVAS E TECNOLÓGICAS Pamella Regina D’Ornellas UMESP 185 O AFETO NA MEMÓRIA MIDIÁTICA DA MORTE: O CASO DOMINGOS MONTAGNER Bruna Emy Camargo | Míriam Cristina Carlos Silva Uniso 202 A NOSTALGIA AFETIVA DE STRANGER THINGS Heitor Leal Machado UFRJ 220 COMO NOSSOS PAIS: O POÉTICO NA NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA FEMININA Maria Fernanda Cavassani Uniso 239 O AMOR E AS PRINCESAS DA DISNEY NA PÓS-MODERNIDADE Larissa Caldeira de Fraga Mariana Leoratto Severo PUC-RS 260 O VIDEOCLIPE NA FICÇÃO SERIADA INFANTOJUVENIL: ESTRATÉGIAS DE AFETO EM CHIQUITITAS (SBT) João Paulo Hergesel | Rogério Ferraraz Uniso | UAM 276 A MATERIALIDADE DOS LAÇOS SOCIAIS E A ATIVIDADE FÃ: O DIRECIONAMENTO CONTEMPORÂNEO DAS NARRATIVAS COMPLEXAS ATRELADAS AO AFETO Matheus Bertolini Amorim | Luiza de Mello Stefano UFJF 296 I AM WE: ENGAJAMENTO AFETIVO, RESISTÊNCIA E INTERTEXTUALIDADE NARRATIVA NO FANDOM DA SÉRIE SENSE8 Rafael Moraes | Luana Inocêncio UFF 321 AFETOS E O CORPO PERFORMATIVO NA NARRATIVA DA/DO PERSONAGEM IVANA/IVAN EM A FORÇA DO QUERER Tarcyanie Cajueiro Santos | Georgia de Mattos Uniso 347 COTIDIANO E EXPERIÊNCIA DE CLASSE: MICROPOLÍTICA DOS AFETOS NO CINEMA ARGENTINO CONTEMPORÂNEO Mariana Dias Miranda UFF 372 ZONAS AUTÔNOMAS NA ATMOSFERA MIDIÁTICA: FÉLIX GONZÁLEZ-TORRES E O ARTIVISMO DOS AFETOS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS Rafael Luiz Zen UNIFEBE 391 APRESENTAÇÃO DOS AUTORES E ARTIGOS Capítulo 1 Tadeu Rodrigues Iuama é doutorando em Comunicação pela Universidade Paulista (Unip), mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Sorocaba (Uniso). No âmbito do campo da Comunicação e Informação, há poucos estudos sobre os jogos não-eletrônicos, tais como o larp (acrônimo para live action role play), como uma mídia. Nesse contexto, trago por tema uma possível relação entre o conceito de jogo e a comunicação, sobretudo no que diz respeito à criação e manutenção de vínculos. Para isso, uso como objeto os larps, objetivando um aprofundamento teórico sobre questões que têm me envolvido e inquietado academicamente. Apoio-me, sobretudo, na noção de porosidade do etólogo francês Boris Cyrulnik, na de empatia do etólogo neerlandês Frans de Waal e na de jogo do sociólogo francês Roger Caillois. Por se tratar de um trabalho em progresso, além de possuir caráter transitório e inconclusivo, elejo o ensaio como metodologia para tal reflexão. 11 Capítulo 2 Carolina Moura Klautau é mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero. Possui Graduação em Comunicação Social – habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará. Tratamos da apuração e do afeto, sugerindo que quando jornalistas são movidos pela pauta, ganham eles, narrativa e sujeitos narrados. Trabalhamos essa proposta a partir de Com amor, Van Gogh, filme de Dorota Kobiela e Hugh Welchman (2017). No enredo, mesmo não sendo jornalista, o jovem que deve entregar a última carta escrita por van Gogh para seu irmão, age como tal, ao ser afetado pelas circunstâncias da morte do pintor. Contribuímos para o estudo do afeto, relacionado ao jornalismo e às narrativas midiáticas, quando concluímos que quando corpo, mente e alma são afetados pela pauta, jornalistas podem vislumbrar um ensaio mais complexo, polifônico e polissêmico do presente. Realizamos pesquisa empírica e bibliográfica, traçando paralelos entre o filme, a noção de afeto e a apuração jornalística. Cremilda Medina, Dimas Künsch, Edgar Morin e Muniz Sodré são nossas principais referências para este estudo de caso. 12 Capítulo 3 Carolina Souza é mestre em Jornalismo e Comunicação pela Universidade de Coimbra, Portugal (UC). Graduada em Jornalismo pelo Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB) e bacharel em História pela Universidade de Brasília (UnB). Francilaine Moraes é doutora e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB). Graduada em Comunicação pelo Centro de Estudos Universitários de Brasília (CEUB) e em Letras pela Universidade de Brasília (UnB). Jornalista da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Nos estudos da Comunicação, este capítulo articula memória (HALBWACHS, 1990; POLLAK, 1989) e afeto (SODRÉ, 2006; DELEUZE; GUATTARI, 1992) no campo da narrativa. Debruça-se sobre o fenômeno da peregrinação (COLEMAN; ELSNER, 2003) em seus aspectos históricos e contemporâneos. O objetivo é, em análise sobre narrativa midiática, investigar a peregrinação na confluência entre a memória e o afeto. O recorte analítico recai