Câmara Municipal De Vila Verde, 2007

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Câmara Municipal De Vila Verde, 2007 VILA VERDE Ano Dezanove | Nº 53 | janeiro/março 2018 1 editorial Cara(o) Munícipe, O início de um novo ano é sempre o começo de O Mês do Romance comporta uma corrente de um novo ciclo de renovada esperança no futuro. intensa atividade cultural durante estes meses, tendo como pano de fundo a tradição dos Lenços Quero, por isso, em meu nome pessoal e do Muni- de Namorados e a sua marca distintiva aplicada cípio de Vila Verde, começar por renovar os votos a diversos produtos inovadores no mercado, que para que 2018 seja um ano de sucessos a todos criam emprego e geram receita para a economia os níveis, com muita saúde, paz e alegria para si e local. para toda a família e amigos. Sendo este um trimestre particularmente rico em Bem sei que as dificuldades com que se debatem tradição, não podemos esquecer outras iniciati- os cidadãos e as instituições não desaparecem vas, como os cantares de reis, a histórica Feira com a mudança de ano, mas tenho a firme espe- dos Vinte na Vila de Prado, os corsos carnavales- rança de que serão ultrapassadas com o esforço cos e ainda as solenidades pascais realizadas por e a resiliência de todos. todo o Concelho. É da Cultura que podemos retirar ensinamentos e respostas para os desafios do futuro. A Cultura Juntam-se também as atividades culturais pro- encerra os valores fundamentais da nossa identi- postas pelas associações e coletividades, juntas dade e da nossa vivência comum e conduz-nos à de freguesia, estabelecimentos de ensino ou, até participação social, à partilha e à criatividade no mesmo, levadas a cabo por grupos informais, as modo de construirmos. quais merecem o meu maior apreço e o apoio in- condicional do Município. Por isso, a Cultura continuará a ser para nós uma dimensão de renovada importância na estratégia Não deixe de marcar presença nestas iniciativas de desenvolvimento do Concelho de Vila Verde. porque juntos fazemos Vila Verde. A Agenda Cultural para este primeiro trimestre re- Um abraço amigo e um Feliz 2018. flete, desse modo, um vasto programa, do qual se destaca a iniciativa do Mês do Romance e todas O Presidente da Câmara Municipal as atividades a ela associadas. António Vilela 2 neste número 4 O Lugar da História 20 Fevereiro, Mês do Romance 23 Gala Namorar Portugal 24 Boletim Cultural de Vila Verde 25 Comemoração do Dia de Reis 26 Festa de S. Sebastião 27 Música 28 Carnaval 29 Pintar a Páscoa 30 Solenidades Pascais 32 Dia Mundial da Árvore 33 Dia Internacional da Mulher 34 Atividades Educativas 37 Outras Atividades 38 Atividades na Biblioteca 42 Feiras 43 Festas e Romarias 44 Efemérides 45 Serviços de Saúde 45 Farmácias 46 Telefones e Endereços Úteis 48 Espaços Museológicos 51 Ficha Técnica Os Agentes Culturais interessados na divulgação das suas atividades, ou na apresentação de su- gestões, devem enviar toda a informação e calen- darização, prevista para o segundo trimestre de 2018, até ao dia 9 de março. 3 o lugar da história GONDIÃES Igreja paroquial de Gondiães 4 NOTA: Cruzeiro Após a Reorganização Administrativa aprovada pela Lei 11/A 2013 de 28 de janeiro, as 58 freguesias do concelho de Vila Verde fica- ram circunscritas a 33 freguesias (37 freguesias unidas, das quais, resultaram 12 novas e 21 “antigas”). Ao longo das várias edições da Agenda Cultural (até essa data) a rubrica O Lugar da História contemplou 33 freguesias, onde foram abordados aspetos históricos, etnográficos, geográficos, antropo- lógicos, arquitetónicos, arqueológicos, entre outros. Atendendo à “antiga” administração ficaram por abordar 25 freguesias. Nesse sentido, entendemos continuar o estudo dessas “freguesias”, iso- ladamente. I. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO A “antiga” freguesia de Gondiães localiza-se a Norte da sede concelhia, da qual dista 5 km. É de- limitada a Norte por Godinhaços, a Este por Mós, a Sul por Esqueiros, Gême e Travassós e a Oeste por Dossãos e Pedregais. Desde 2013, no âmbito da reorganização administrativa do território das freguesias, conjuntamente com outras extintas freguesias (Pico de Regalados e Mós), passou a integrar a União das Freguesias de Pico de Rega- lados, Gondiães e Mós. Gondiães estende-se por uma área de 3,27 km2, onde residem 347 habitantes, representando uma densidade populacional de 106,1 hab/km2 (Cen- sos, 2011). Situa-se num vale entre dois montes; a Norte o Monte do Borrelho, e a Sul o monte de St.ª En- grácia, de menores dimensões que o do Borrelho. Deles se descobre uma vista panorâmica de gran- de beleza para a cidade de Braga e para as bacias hidrográficas dos rios Homem e Neiva. Pelas suas vertentes nascem e correm várias li- nhas de água, que confluem e vão engrossando ao longo dos seus cursos até desaguar no Rio Ho- mem, em Sabariz. A abundância destas águas, ao longo dos séculos, sempre propiciou terras férteis contribuindo para uma agricultura abundante. 5 Nas Memórias Paroquiais de 1758, o abade da temas e canais de rega, especialmente na primave- freguesia referia que os frutos que os seus mora- ra e verão. Referia ainda o mesmo abade que nos dores colhiam, em maior quantidade, era o milho montes da freguesia não havia criação de gado nem grosso ou maíz, centeio, feijão e milho branco, de animais de caça. O Monte de St.ª Engrácia dava embora o mais abundante fosse o milho grosso. cada ano uma dúzia de perdizes e o do Borrelho Junto aos ribeiros predominavam os carvalhos, dava algumas manadas de perdizes e alguns coe- castanheiros e salgueiros. lhos. Hoje, faz-se o repovoamento destes montes Pese embora, a agricultura já não tenha a mesma com coelhos e perdizes para neles se poder caçar. importância económica de outrora,(é apenas para Estes cursos de água foram também de grande impor- consumo familiar) as suas águas ainda hoje são tância para a moagem de cereais, especialmente de habilmente conduzidas para represas e outros sis- milho. Em meados do séc. XVIII, o abade da freguesia Antiga escola primária 6 referia que ao longo dos ribeiros havia nove moinhos e II. BREVE REFERÊNCIA HISTÓRICA um lagar de azeite. Hoje, ainda os podemos encontrar, A paróquia de Gondiães tem por orago S. Mame- uns em melhor estado de conservação do que outros, de que a população local venera com especial de- mas apenas um a laborar. Também existe um engenho voção no fim de semana que sucede ao dia 17 de de linho, um alambique e mais um lagar de azeite, to- agosto (dia de S. Mamede). dos em estado de degradação. Todavia, milénios antes do nascimento de Jesus O monte de St.ª Engrácia é caracterizado por car- Cristo, já este território era ocupado pelos povos rasca brava, tojo, alguma giesta, pinheiro bravo e pré-históricos professando outras crenças. eucalipto. No monte do Borrelho a abundância de Remonta ao V milénio a. C. essa ancestralida- penedia é a sua principal característica, conjunta- de, testemunhada pela necrópole megalítica, mente com vegetação rasteira. distribuída pelos montes do Borrelho e do Moi- Gondiães está bem servida de vias de comunica- nho Velho. Gondiães, Pico de Regalados, Mós, ção que muito contribuem para o seu desenvolvi- Codeceda, Carreiras, Duas Igrejas, Godinhaços, mento, nomeadamente a Estrada Municipal (EM) Pedregais, Portela das Cabras e Dossãos, são as 537, que a atravessa transversalmente e a interli- terras por onde se repartem os mais de quarenta ga a Oeste à Estrada Nacional (EN) 308. Por sua monumentos funerários (mamoas). Estes “tumu- vez, a Este, a EM 537 une-a a Pico de Regalados lus”, ora dispersos ora agrupados materializam e à EN 101, permitindo o acesso rápido à sede o campo sagrado e o ritual de passagem da vida concelhia, bem como às freguesias e concelhos li- para a morte, onde pastores e agricultores sepul- mítrofes, especialmente à cidade de Braga, permi- tavam os seus falecidos. tindo em poucos minutos o acesso à autoestrada, No Monte do Borrelho, no Lameiro da Vaca, em quer para o Porto, quer para Valença e Espanha Gondiães, situam-se duas mamoas, e no lugar ou ainda para o Litoral: Póvoa de Varzim, Espo- de Portelinhas, na confluência entre Esqueiros sende e Viana do Castelo. e Gondiães, foi localizado um conjunto de mais As atividades económicas existentes em Gon- seis desses monumentos funerários. Mas dessa diães centram-se no setor Primário, na produção ocupação humana, em Gondiães, ainda existem de vinho, na pecuária (especialmente em duas vestígios de um eventual habitat pré-histórico tes- grandes propriedades) e recentemente na produ- temunhado por fragmentos de cerâmica de cor es- ção de pequenos frutos vermelhos. Mas, a maioria cura, no alto do Monte do Borrelho. Também no lu- da população trabalha fora da freguesia nos seto- gar da Costa, fragmentos cerâmicos parecem-nos res Secundário e Terciário. indicar estarmos perante um povoado da Idade do Relativamente ao ensino ainda funciona uma pe- Bronze, (mas só com escavações arqueológicas quena turma de Pré-primária. Os outros graus de poderemos ter conclusões mais seguras). Na dé- ensino funcionam na Escola Monsenhor Elísio de cada de sessenta do passado século foi encontra- Araújo, em Pico de Regalados e na Escola Se- do, na Leira da Cachada, um pote em barro com cundária de Vila Verde. 2.000 moedas em bronze do período dos impera- 7 Casa de Serrazim 8 dores romanos Constantino I e seus sucessores; e outras moedas do imperador Máximo.1 Como podemos constatar, Gondiães foi desde tempos muito recuados, terra de grande impor- tância, muito atrativa para a instalação de povos devido à elevada altitude do Monte do Borrelho, que propiciava excelentes condições de defesa natural. E também, como acima referimos pelas terras bem irrigadas e férteis para a agricultura e pastorícia.
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