Estudo Sobre a Participação Em Ambiente Web 2.0
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Departamento de Comunicação e Arte 2014 Faculdade de Letras Rui José Sousa e-Participação: Estudo sobre a participação em Rodrigues de Melo ambiente Web 2.0 Departamento de Comunicação e Arte 2014 Faculdade de Letras Rui José Sousa e-Participação: Estudo sobre a participação em Rodrigues de Melo ambiente Web 2.0 Tese de Doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos do programa doutoral ICPD - Informação e Comunicação em Plataformas Digitais (3ª edição), realizada sob a orientação científica da Doutora Maria João Antunes, Professora Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Dedicatória Dedico este trabalho à Paula e ao Ivo, por todo o apoio que me deram, em especial nos momentos de maior dificuldade. o júri Presidente Prof. Doutor Aníbal Guimarães da Costa Professor Catedrático da Universidade de Aveiro Vogais Prof. Doutor José Fernando Pinheiro Neves Professor Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho Prof. Doutor Gil António Baptista Ferreira Professor Coordenador da Escola Superior de Educação de Coimbra Prof. Doutor Armando Manuel Barreiros Malheiro da Silva Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Prof. Doutora Ana Lúcia Silva Terra Professora Adjunta da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão do Instituto Politécnico do Porto Prof. Doutora Maria João Lopes Antunes Professora Auxiliar da Universidade de Aveiro Agradecimentos Uma imensa gratidão à minha orientadora, Doutora Maria João Lopes Antunes, pelas extraordinárias competências, tolerância, dedicação e estímulo, de que tive o privilégio de disfrutar, ao longo desta aventura académica. A todos os entrevistados que acederam participar neste estudo, manifestando a sua opinião desinteressada de quaisquer contrapartidas e acedendo à sua publicação. Ao Dr. Luís Vidigal pela disponibilidade e interesse demonstrados e pelo estímulo dado para abraçar esta ideia. Ao Dr. Mário Januário, ex-Diretor de Finanças, por acreditar que o conhecimento e a valorização pessoais constituem um incentivo conducente às melhores práticas profissionais. Ao meu caro companheiro de route, Rodrigo Manzoni, pela partilha de experiências e pela amizade e companheirismo manifestados ao longo destes anos. palavras-chave Tecnologia, Internet, cidadania, democracia, participação, políticas, redes sociais. resumo Como reflexo da crescente disponibilização de recursos tecnológicos em ambiente Web 2.0 tem-se assistido, de forma gradual, a um contraponto de ordem social à inércia do poder político em sede da participação, traduzido numa intervenção mais ativa dos cidadãos, individualmente ou sob a forma de grupos de interesses, com recurso a processos de interação nos media participativos, nomeadamente nas redes sociais. Embora seja possível reconhecer alguma evolução no sentido da transparência na ação dos Governos, através de canais habitualmente mais vocacionados para procedimentos comunicacionais de natureza unidirecional, este estudo decorreu no sentido da caraterização das práticas participativas dos cidadãos, em ambiente digital, e das políticas e canais disponibilizados pelas administrações públicas, nomeadamente no âmbito da EU, em função dos compromissos assumidos por parte dos seus Estados-Membros para a criação e implementação de mecanismos de interação, no sentido de uma democracia digital, que enquanto conceção, enquadraria a participação dos cidadãos. Com este estudo pretendeu-se identificar necessidades e expectativas dos cidadãos, no contexto da cidadania participativa ou da democracia digital, sendo referenciados contextos enquadradores, correspondentes aos níveis da intervenção no exercício da cidadania em ambiente Web e ao estado da arte da componente que nessa matéria caberia aos Estados, nomeadamente no contexto da União Europeia e em particular, em Portugal. Para a concretização deste trabalho recorreu-se a bibliografia diversa, a exemplos práticos e à expressão da opinião de entidades singulares de reconhecido mérito e de representantes de Organizações da sociedade civil, sob a forma de entrevistas, parecendo pode retirar-se que as TIC não terão de assumir como objetivo procurar implantar uma democracia direta, em detrimento do contexto representativo, antes vir o seu potencial tecnológico a assumir um papel relevante no âmbito da complementaridade de interesses entre os poderes e os cidadãos. keywords Technology, Internet, citizenship, democracy, participation, policies, social networks. abstract As a result of the growing availability of technological resources in the Web 2.0 environment, we have gradually witnessed a social counterpoint towards the inertia of the political power in linkage which leads to a more active intervention of citizens, either individually or organized in groups according to their specific interests that make use of interactive processes in the media, namely in the social networks. Although it is possible to recognize a certain evolution concerning the transparency of governmental action through channels that are normally more concerned with unidirectional communicative procedures, this study arises from the need to characterize the participative practices of citizens in a digital environment as well as the policies and the channels that are provided by public authorities, particularly in the European Union framework, according to the commitments undertaken by each of its member states for the creation and implementing of interactive mechanisms concerning a digital democracy which as conceptualized, would take the citizens participation into account. This study aims to identify both necessities and expectations of the citizens, in the context of a participative citizenship or of a digital democracy. There is reference to significant data that corresponds to the level of citizen intervention in the Web environment and to the way states should deal with the matter not only the member states of the EU, but particularly in Portugal. This project was based on a varied bibliography, practical examples, on the opinion of singular entities of great importance and on representatives of organizations of the civil society by using interviews seeming one can withdraw that ICT will not have to assume as main aim the search to set up a direct democracy, in detriment of a representative context, instead its technological potential will assume a relevant role by complementing interests between authorities and citizens. e-Participação: Estudo sobre a participação em ambiente Web 2.0 ÍNDICE DE CONTEÚDOS PARTE I – OBJETO DE ESTUDO, CONTEXTO E ENQUADRAMENTO TEÓRICO .............................................................................................................. 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 1. O contexto da investigação ............................................................................... 1 2. A questão de investigação ................................................................................ 7 3. Finalidades e objetivos ...................................................................................... 9 4. Modelo de análise ........................................................................................... 10 5. Metodologia ..................................................................................................... 13 6. Estrutura do trabalho ....................................................................................... 13 CAPÍTULO 1 – DA DEMOCRACIA À DEMOCRACIA PARTICIPATIVA ........... 15 1.1 O papel da participação na organização social e política das sociedades .... 15 1.2 A Participação enquanto elemento de contrapoder e resistência .................. 18 1.3 A teoria democrática e a inclusão digital ....................................................... 20 1.4 A crítica social à tecnologia ........................................................................... 23 1.5 A apropriação social da tecnologia, como processo de empowerment ......... 24 1.6 Os graus da participação democrática e da democracia digital .................... 27 1.7 Condicionantes ao processo participativo em Portugal ................................. 31 1.7.1 Os reflexos da literacia na intervenção cívica ............................................ 31 1.7.2 Iliteracia digital, acessibilidade e usabilidade na Internet ........................... 34 1.7.3 A influência da intensidade da participação no processo democrático ...... 38 1.8 Reflexões sobre a democraticidade da Internet ............................................ 42 1.10 A transversalidade das redes e as questões da segurança ........................ 44 Resumo do Capítulo 1 ......................................................................................... 46 CAPÍTULO 2 – OS IMPACTOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO DECORRENTES DAS POLÍTICAS DA EU PARA AS TIC ................................ 48 2.1 Os impactos do relatório Bangemann - o Livro Branco sobre uma política de comunicação europeia ........................................................................................ 48 2.2 As Iniciativas da União Europeia para uma administração pública em linha . 51 2.3 O e-Government como área estratégica para as administrações públicas ... 54 2.4 A Estratégia 2020 e a Agenda Digital para a Europa .................................... 59 2.5 Policy making & policy decision nas dimensões do governo eletrónico ........ 63 2.6 Uma agenda política para o futuro