Redalyc.Checklist Da Classe Appendicularia (Chordata: Tunicata)
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Biota Neotropica ISSN: 1676-0611 [email protected] Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil Vega-Pérez, Luz Amelia; Gurgel de Campos, Meiri Aparecida; Schinke, Katya Patrícia Checklist da Classe Appendicularia (Chordata: Tunicata) do Estado de São Paulo, Brasil Biota Neotropica, vol. 11, núm. 1a, 2011, pp. 1-9 Instituto Virtual da Biodiversidade Campinas, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=199120113029 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto Checklist da classe appendicularia (Chordata: Tunicata) do Estado de São Paulo, Brasil Vega-Pérez, L.M. et al. Biota Neotrop. 2011, 11(1a): 000-000. On line version of this paper is available from: http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/en/abstract?inventory+bn0401101a2011 A versão on-line completa deste artigo está disponível em: http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/abstract?inventory+bn0401101a2011 Received/ Recebido em 23/07/2010 - Revised/ Versão reformulada recebida em 08/10/2010 - Accepted/ Publicado em 15/12/2010 ISSN 1676-0603 (on-line) Biota Neotropica is an electronic, peer-reviewed journal edited by the Program BIOTA/FAPESP: The Virtual Institute of Biodiversity. This journal’s aim is to disseminate the results of original research work, associated or not to the program, concerned with characterization, conservation and sustainable use of biodiversity within the Neotropical region. Biota Neotropica é uma revista do Programa BIOTA/FAPESP - O Instituto Virtual da Biodiversidade, que publica resultados de pesquisa original, vinculada ou não ao programa, que abordem a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade na região Neotropical. Biota Neotropica is an eletronic journal which is available free at the following site http://www.biotaneotropica.org.br A Biota Neotropica é uma revista eletrônica e está integral e gratuitamente disponível no endereço http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 11, no. 1a e-mail: [email protected] Checklist da classe appendicularia (Chordata: Tunicata) do Estado de São Paulo, Brasil Luz Amelia Vega-Pérez1,3, Meiri Aparecida Gurgel de Campos2 & Katya Patrícia Schinke1 1Departamento de Oceanografia Biológica, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo – USP, Praça do Oceanográfico, n. 191, Butantã, CEP 05508-120, São Paulo, SP, Brasil 2Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC – UFABC, Rua Santa Adélia, n. 166, Bairro Bangu, CEP 09-210-170, Santo André, SP, Brasil 3Autor para correspondência: Luz Amelia Vega-Pérez, e-mail: [email protected] VEGA-PÉREZ, L.M., CAMPOS, M.A.G. & SCHINKE, K.P. Checklist of class appendicularia (Chordata: Tunicata) from São Paulo State, Brazil. Biota Neotrop., 11(1a): http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/en/ abstract?inventory+bn0401101a2011. Abstract: The appendicularians are planktonic tunicates exclusively marine, characterized by the presence of the notochord in the adult stage and the lack of the peribranchial cavity and cloacae. The body is transparent and divided into two regions: a trunk, exceptionally exceeding 5 mm, and a tail which is generally several times longer than the trunk. These organisms, with exception of Oikopleura dioica, are hermaphroditic protandric, and release their gametes directly to the water column. They have both very high fecundity and growth rate. The primarily food item of appendicularians is pico-nannoplankton, virus, bacteria and mucoid substances. They feed by means of a complex mucous structure, the “house” which is secreted by the trunk and used as tangential flow filter to concentrate ambient food particles prior to their collection by the pharyngeal filter. The appendicularians are important food item of others components of the zooplankton, including larval and adult fish. On the other hand, the marine snow produced by them contribute substantially to the carbon turn over time. The sinking rates of their faecal pellets and discharged houses can reach deep waters and their repackaging activity may play a significant role in channeling short lived carbon toward sequestration. The Appendicularians are conspicuous members of marine zooplankton, occurring in both neritic and oceanic regions of all oceans. High number of species is epipelagic, being most abundant around 100-200 m. However, some species inhabit the meso-and bathypelagic regions. The highest diversity of Appendicularians has been reported from warmest waters. At the moment 82 species belonging to the Oikopleuridae, Fritillariidae and Kowalesvkiidae families were identified, and from these, 43 species have been recorded in South Atlantic and 29 species in Brazilian waters. In São Paulo State twenty species were found along the coastal waters. Keywords: appendicularia, biodiversity of the State of São Paulo, BIOTA/FAPESP Program. Number of species: in the world: 82, in Brazil: 29, estimated in São Paulo State: 29. VEGA-PÉREZ, L.M. CAMPOS, M.A.G. & SCHINKE, K.P. Checklist da classe appendicularia (Chordata: Tunicata) do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotrop., 11(1a): http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/ pt/abstract?inventory+bn0401101a2011. Resumo: Os tunicados da classe Appendicularia são organismos pelágicos, exclusivamente marinhos, caracterizados pela ausência da cavidade branquial e da cloaca, bem como pela retenção de notocorda e cauda muscular no estágio adulto. O corpo, delicado e transparente, é formado pelo tronco que raramente excede os 5 mm e pela cauda, várias vezes mais longa que o tronco. São hermafroditas protândricos, exceção feita à espécie Oikopleura dioica, que na época da reprodução lançam os gametas na água onde ocorre a fecundação. Os apendiculários se alimentam basicamente de pico-nanoplâncton, bem como de pequenas diatomáceas, vírus, bactérias e material coloidal. Durante a alimentação utilizam a casa ou “house”, secretada pelo epitélio glandular do tronco, que possui filtros internos para concentrar as partículas antes de serem selecionadas e ingeridas. Na teia alimentar marina, são elo importante entre o pico-nanoplâncton e os níveis tróficos superiores já que servem de alimento para os outros componentes do zooplâncton, incluindo peixes de interesse comercial. Sua elevada taxa de fecundidade e de crescimento, aliada à capacidade de produzir quantidades significativas de matéria orgânica representada pela casas descartadas e pelotas fecais, os tornam peça fundamental no fluxo de energia. A neve marinha produzida por estes organismos, representa uma importante fonte de carbono para as camadas mais profundas. Os apendiculários são encontrados em todas as regiões neríticas e oceânicas do mundo, sendo mais abundantes na camada dos 100 a 200 m, embora algumas espécies habitem as regiões meso e batipelágicas. A maior diversidade de espécies foi registrada em águas quentes. Das 82 espécies identificadas até o momento em todo o mundo, 43 foram citadas para o Oceano Atlântico Sul, 29 para as águas brasileiras e 20 espéies para o Estado de São Paulo. Palavras-chave: appendicularia, biota paulista, Programa BIOTA/FAPESP. Número de espécies: no mundo: 82, no Brasil: 29, estimadas no Estado de São Paulo: 29. http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/abstract?inventory+bn0401101a2011 http://www.biotaneotropica.org.br 2 Biota Neotrop., vol. 11, no. 1a Vega-Pérez, L.A. et al. Introdução O ritmo de filtração intenso permite também que nas áreas onde os apendiculários são abundantes, filtrem de 30 a 60% da água A classe Appendicularia é constituída de espécies exclusivamente circundante em até 24 horas, concentrando milhões de células do marinhas, cujo nome deve-se à presença do apêndice propulsor fitoplâncton, mesmo em regiões oligotróficas (Alldredge 1977, denominado cauda. São conhecidos também como Larvacea devido Flood et al. 1992, Esnal 1996). Com isso, podem reduzir drasticamente à sua semelhança com as larvas dos outros Tunicata (Gorsky & a biomassa fitoplanctônica, regular o tamanho da população e sua Palazzoli 1989). Esses organismos são um dos componentes mais disponibilidade para outros herbívoros (Barnes & Hughes 1982, frequentes do zooplâncton, embora raramente sejam dominantes em Esnal 1986, López-Urrutia et al. 2005, Sato et al. 2008). Porém, em termos de biomassa (Hopcroft & Roff 1995, Choe & Deibel 2008). ambientes costeiros e estuarinos esse mecanismo de alimentação pode A classe é constituída por 82 espécies pertencentes às famílias contribuir para o aumento da transparência da água e a penetração Oikopleuridae Lohmann, 1896; Fritillariidae Seeliger, 1895 e de luz, estimulando o desenvolvimento do fitoplâncton (Dagg et al. Kowalevskiidae Lahille, 1888; que se diferenciam pelos formatos 1996, Fernández & Acuña 2003). do tronco, endóstilo, espiráculos, parede do estômago, epitélio Na teia alimentar marinha, ainda, são elo importante entre o pico- oicoplástico, gônadas e cauda. Dessas três famílias, Oikopleuridae é nanoplâncton e os níveis tróficos superiores uma vez que fazem parte a que possui o maior número de gêneros e espécies descritas (Esnal da dieta de peixes, muitos de interesse comercial (Last 1980, Ikewaki 1977, 1981, 1999, Fenaux et al. 1998). & Tanaka 1993, Capitanio et al. 1997, Kurtz 1999), bem como de As principais características que distinguem os apendiculários medusas, ctenóforos e quetógnatos (Alldredge 1976b, Uye &