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Ex p e d i e n t e

Revista Roland Brasil

ú s i c a p a r a u m a v i d a m e l h o r M Pr e s i d e n t e De um jeito ou de outro, a música faz parte de nossas vidas. A importância varia de Takao Shirahata pessoa para pessoa, mas não há dúvidas de que, a cada dia, um número crescente Ge r e n t e Ge r a l de indivíduos passa a ter acesso à arte dos sons. Celso Bento Graças aos avanços da tecnologia – principalmente internet e recursos digitais como mp3 (os arquivos e os tocadores) – nossa capacidade de escolha aumentou Ed i t o r Nilton Corazza de forma nunca antes experimentada. Por meio da rede mundial, podemos sele-

cionar a música que mais nos agrada e montar nossa própria coleção. São milhares Co n s e l h o Ed i t o r i a l de arquivos à disposição para “baixar”. Aqueles não tão aficionados pela internet Takao Shirahata, Celso Bento e Samantha Albuquerque podem, simplesmente, digitalizar suas faixas preferidas, carregar a discoteca no

bolso e ouvir sua música predileta a qualquer hora ou lugar. Além disso, sites como Re d a ç ã o YouTube e MySpace são, também, fontes inesgotáveis de música – seja para lazer, Rafael Furugen estudo ou trabalho. E com uma vantagem: vídeo. Co l u n i s t a s Tudo isso nos faz pensar e afirmar: música é uma Maurício Domene e Turi Collura coisa boa! Melhor ainda, porém, é quando passamos da condição de passivos para ativos, ou seja, de fazer Colaboradores C Alex Lameira, Amador Rubio, em vez de somente ouvir. Gino Seriacopi, Pakito, M A experiência de tocar um instrumento é bem Sergio Motta, Sergio Terranova, Y diferente da que se experimenta ao escutar. Somos Leandro Justino, Maurício Martins, Michel Brasil, Pedro Lobão, CM movidos pela dinâmica de esforço e recompensa. Raphael Daloia Neto e Renan Dias MY A cada dia, aprendemos um pouco mais do instrumen-

CY to e evoluímos. No começo, o esforço é maior do que Fo t o g r a f i a Mário Moreno CMY a recompensa, mas isso, aos poucos, muda. É quando

K tomamos gosto pela coisa. Co n t e ú d o On-l i n e No início, a Roland produzia equipamentos mais volta- Mário Moreno e Fernanda Arrazi dos para o músico profissional e, nas mãos de artistas Ar t e /Di a g r a m a ç ã o e produtores, a marca foi ganhando os palcos e os Detonart´s Criações estúdios. Atualmente, com mais de 300 produtos em linha, a Roland oferece uma ampla gama de modelos, atendendo os mais diferentes perfis de usuários. Além Im p r e s s ã o /a c a b a m e n t o Oceano Indústria Gráfica e Editora de palcos e estúdios, está presente em lares, igrejas, escolas, hotéis, restaurantes

e em tantos outros lugares onde há música ao vivo. Jo r n a l i s t a Re s p o n s á v e l O Brasil é um país particularmente musical e, graças à sua diversidade, há espaço Nilton Corazza (MTb 43.958) para todos os gêneros e gostos. Principalmente nos dias de hoje, quando se fala Mú s i c a & Im a g e m tanto em crise, a música passa a ter uma função importante por sua propriedade Revista Roland Brasil na internet de trazer alívio ao estresse. E, quanto menos estresse, melhor a qualidade de vida. www.musicaeimagem.com.br Possibilitar que mais pessoas toquem um instrumento e tenham uma vida melhor Fa l e c o m a Re d a ç ã o é uma missão que requer o empenho de toda a sociedade – governo, empresas, [email protected] associações e, obviamente, das pessoas que tocam e que podem incentivar e influenciar positivamente outras. Vi s i t e n o s s o Si t e www.roland.com.br A música, com certeza, tem muito a contribuir para uma vida melhor, mais alegre e divertida. Os editores não se responsabilizam por opiniões emitidas por J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – Roland Brasil colaboradores em artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas.

2 Música e Imagem Índice

06 30 ca r T a s Boss Me-70 Espaço para opiniões O multiefeito topo e sugestões dos leitores de linha da marca

08 34 Tu r N Ê v-pi a N o Os eventos que contaram com Piano digital com alma de a participação da Roland Brasil instrumento acústico

11 38 Mu N d o ro l a N d Td-4K A presença da A expressividade aprimorada e os Roland Corporation na mídia recursos inovadores do novo kit V-Drums

12 42 pe r F i l v-sT u d i o Fernandinho Beat Box e a parceria Solução integrada de hardware e com o loop station BOSS RC-20xl software para produção musical

14 44 cl Á s s i c o s pe r G u N T e a o especialisTa Roland D-50: o precursor de uma As respostas para as dúvidas nova era dos instrumentos musicais mais frequentes

16 48 No v o s pr o d u T o s ca r r e i r a Os lançamentos da Roland As opções profi ssionais Corporation na Winter NAMM 2009 para os músicos

24 49 iN T e r a Ç Ã o ed u c a Ç Ã o A praticidade e a simplicidade A necessidade de repensar o do Visual Sampler P-10 ensino musical a todo o momento

26 50 ca p a Fr o N T e i r a s Iggor Cavalera e seu setup eletrônico A infl uência da música e do piano na vida do executivo Norton Glabes Labes

4 Música & Imagem Música & Imagem 5 An_BOSS_Cubos.pdf 6/3/2009 10:35:15

Cartas

DEALERS MEETING 2008 ENDORSEE ONDE COMPRAR Caros amigos da Roland, escrevo para Caros senhores da Roland, meu nome é Mário Fierro e Adquiri a revista Música & Imagem parabenizá-los pelo evento, quantidade sou guitarrista da banda Couve Refogada, de forró core, (ano1 - ed.01) e achei ótima. Como de lojistas e, claro, pela revista Música que faz muito sucesso na região Nordeste e tem vários posso obter as seguintes? Elas esta- & Imagem. Tenho certeza que dará um shows agendados. Gostaria de saber como faço para ser rão nas bancas? impulso na comunicação da empresa e endorser da BOSS e poder usar os equipamentos dessa Valdemir Henrique Barbosa explicações dos produtos para o setor. marca nas apresentações. (por e-mail) Parabéns novamente. Mário Fierro Caro Valdemir, agradecemos os elo- Daniel Neves (por e-mail para a Roland Brasil) gios. A revista Música & Imagem é Editora Música & Mercado A Roland Brasil não possui programa de endorsement. uma publicação semestral da Roland Esta é uma política internacional da Roland Corpora- Brasil distribuída gratuitamente por MAIS DEALERS MEETING tion adotada por todas as joint ventures. A companhia seus dealers, além de escolas de Gostaria de parabenizá-los pelo projeto promove seus produtos por meio de seus websites música e estúdios. O modo mais fácil Música & Imagem e pelo belo evento ofi ciais, além de eventos e workshops. Eventualmente, de ter acesso a ela é procurar um da noite de lançamento. Caso dese- a empresa pode fi rmar parcerias específi cas com artistas revendedor Roland ou visitar o site jem alguma matéria referente à área que possuam comprometimento ao longo dos anos com www.musicaeimagem.com.br. em que atuo (educação/administração equipamentos Roland, BOSS, RSS, Rodgers, Cakewalk e educacional), coloco-me à disposição! Edirol. Esses acordos não envolvem doações de produ- REVISTA Sucesso! tos em troca da simples utilização dos mesmos. Nossa Ouvi dizer que a Roland está fazendo Valéria G. Forte política de relacionamento é uma relação de admiração e uma revista. Como apaixonado pela Editora Som respeito mútuos. Caso você queira ser parceiro da Roland marca, adoraria ter mais informações Brasil, por favor, envie material contendo CDs ou DVDs sobre teclados e equipamentos. É MÚSICA & IMAGEM com performances atuais, foto recente (de preferência difícil, por exemplo, saber os recursos C

Gostei da iniciativa da Roland em criar atuando como músico), biografi a (de, no máximo, uma de um modelo antigo para comparar M

uma revista para seus produtos com página), currículo com informações sobre cursos e tra- e ver se vale a pena comprá-lo. Vocês Y ótima apresentação e muito bem- balhos relevantes, carta de intenções e lista de produtos podem me dizer alguns sites em que CM cuidada editorialmente. Veio com a linha Roland, BOSS, Edirol, RSS, Cakewalk ou Rodgers que eu encontre esse tipo de assunto? MY de equipamentos da empresa, porém possua atualmente. O endereço é: Leandro Pereira CY mesclada com seções que motivam Depto de Marketing - Divisão Musical Roland Brasil (por e-mail para a Roland Brasil) os músicos a seguirem suas carreiras. Rua Teodoro Sampaio, 727 – Pinheiros, São Paulo – SP Por se tratar de uma empresa pioneira CMY

Ficou muito longe de ser simplesmente CEP: 05405-050 no desenvolvimento de tecnologia e K um catálogo. Parabéns! Mais informações podem ser conseguidas no site de instrumentos musicais eletrônicos, Julio Masulino www.roland.com.br muitos dos produtos lançados pela Ro- Editora HMP land transformaram-se em marcos na A Roland Brasil agradece a todos e re- CATÁLOGOS E BRINDES indústria. Por conta disso, vários são afi rma seu compromisso de oferecer o Olá, tudo bem? Gostaria de saber como faço para ga- os sites que trazem informações sobre maior número possível de informações nhar um catálogo da Roland e, se possível, um brinde. teclados e produtos Roland, afora pu- aos usuários de seus produtos. Ao lado Obrigado. blicações, vídeoaulas e toda sorte de de empresas do mercado editorial e de Deborah Silveira e vários outros materiais. Nossa revista, por sua vez, revistas como Música & Mercado, No (por e-mail para a Roland Brasil) tem como meta instruir o leitor sobre Tom e Cover Guitarra, para citar apenas Prezada Deborah, basta informar seu endereço completo todos os recursos e possibilidades algumas, nosso objetivo é contribuir e a área pela qual tem interesse para receber nossos ca- dos equipamentos, sejam novos ou para o desenvolvimento da música em tálogos. Envie esses dados para [email protected]. Além antigos. Pensando nisso, indicamos nosso País e o bom uso de equipamen- disso, acreditamos que a revista Música & Imagem seja fontes de consulta na seção Mundo tos das marcas comercializadas por nós. uma importante fonte de informação e pode ser usada Roland (pág. 11). Mas você pode nos Temos a certeza de que, unindo forças, como referência para o conhecimento dos detalhes de ajudar: basta enviar suas sugestões ou atingiremos nosso objetivo. nossos produtos e da utilização dos mesmos. dúvidas para a redação. Abraços.

OBS.: As mensagens publicadas aqui tiveram os e-mails omitidos para privacidade de seus autores.

es T e e s p a Ç o É s e u ! po r c a r T a : Mú s i c a & iM a G e M - re v i s T a ro l a N d Br a s i l eN v i e s u G e s T Õ e s , c r Í T i c a s ru a Te o d o r o sa M p a i o , 727 – pi N h e i r o s , sà o pa u l o – sp e e l o G i o s e M r e l a Ç Ã o À cep: 05405-050 Mú s i c a & iM a G e M - re v i s T a ro l a N d Br a s i l . po r e-M a i l : r e v i s T a @r o l a N d .c o M .B r

6 Música & Imagem Música & Imagem 7 Turnê

ro d G e r s e M Br a s Í l i a Desde dezembro de 2008, a Igreja Me- certo do organista Handel Cecílio, de iN T e r c  M B i o c u l T u r a l morial Batista de Brasília conta com Belo Horizonte, que executou peças um órgão Rodgers Trillium Masterpiece de autores consagrados, como Henry No dia 19 de novembro de 2008, o público paulista teve a toda sua capacidade interpretativa e técnica aliada aos re- 908. O instrumento - composto por três Purcell, Léon Boëllmann, Johann Se- oportunidade de assistir a performance de uma das mais cursos de alta tecnologia existente no modelo AT-900C da manuais, pedaleira com 32 notas e mó- bastian Bach, Amaral Vieira e Georg talentosas organistas do mundo: a japonesa Yuri Tachibana. linha Atelier. A organista executou tanto temas consagrados dulo que agrega mais de 1.200 sons e Philipp Telemann. O ministro de música O evento, organizado pela Roland Brasil, fez parte das da música internacional - “Mr. Lucky”, “Granada”, “Take timbres – foi instalado por profi ssionais e adoração da IMB, Anderson Silveira comemorações do centenário da imigração japonesa, Five” e “The Windmills of Your Mind”, entre outras – quanto do Centro Técnico Roland. Motta, acredita que o novo instrumento musical litúrgico. “Tem sido estimulan- proporcionando um intercâmbio cultural entre as duas canções de seu país de origem - “Sakura, Sakura”, “Shima Em sua estreia, o modelo foi utilizado conta com envolvente sonoridade e te entoar hinos de louvor a Deus com nações, além de promover um maior conhecimento em Uta”, “Furusato”, “Ringo Oiwake” e “Yosaku”. durante o culto de dedicação e o con- está perfeitamente adequado ao estilo o apoio dele”, conta. relação ao instrumento. No dia seguinte, em workshop realizado no Roland Media Yuri iniciou a carreira musical ainda muito cedo. Com apenas Center com a presença de aproximadamente 20 convida- três anos, começou a estudar piano. A troca de instrumento, dos, Yuri falou sobre alguns recursos do equipamento, o porém, aconteceu de maneira inesperada. “Decidi mudar desenvolvimento de arranjos e a educação musical no Japão Mú s i c a e e d u c a Ç Ã o No v o s p a r c e i r o s após ganhar um órgão em uma competição no colégio”, e no Brasil. Na oportunidade, o intercâmbio intensifi cou-se Criada em 1996 pelo baterista Flávio Pimen- No fi m de 2008, a BOSS fi rmou parcerias explica. A organista aprimorou-se e, atualmente, conta e todos puderam conversar com a artista. ta, a Associação Meninos do Morumbi uti- com mais três artistas nacionais: os com quatro discos lançados – dois pela Columbia Records liza a prática musical como forma de afastar guitarristas Sérgio Rocha e Fernando e outros pela King Records Japan. Como ocorreu a transição do piano para o órgão? crianças e adolescentes das drogas e da Miyata; e o baixista Dunga. Junta- O primeiro contato de Yuri com o público brasileiro ocorreu Na verdade, nunca parei de tocar piano. Apenas estudava os delinquência juvenil. O projeto, que atende mente com outros 16 instrumen- durante a realização do Atelier Organ Concert. Em apresen- dois instrumentos ao mesmo tempo. No entanto, profi ssio- mais de quatro mil pessoas nas cidades tistas, como Felipe Andreoli, Itamar tação realizada no Teatro Copa Airlines, a artista demonstrou nalmente, costumo fazer apresentações como organista. de São Paulo, Taboão da Serra e Embu, faz Collaço e Rafael Bittencourt, eles apresentações e costuma impressionar passam a utilizar produtos da marca tanto Sérgio Rocha Quais são suas principais infl uências? o público tocando, dançando e cantando em apresentações quanto em gravações. São muitas. No piano, com certeza, é Chopin. Para mais de vinte estilos diferentes como jongo, Integrante da banda da cantora Claudia Leitte, Sérgio Rocha está o órgão, como é um instrumento mais utilizado por maracatu, funk, samba, maxixe e aguerê. usando a pedaleria GT-10. “Ela reúne orquestras, não gostaria de citar um nome espe- Desde 2001, a Roland Brasil é parceira da e disponibiliza todos os recursos cifi camente. Digo apenas que apresento a música instituição. Por conta disso, crianças e ado- de que eu preciso de forma fá- como se fosse o maestro. lescentes que frequentam as dependências cil e rápida”, conta. Professor de da entidade encontram equipamentos de guitarra e autor de um dos víde- Como você avalia os recursos dos órgãos Atelier qualidade como o módulo de percussão os musicais mais assistidos no em relação às outras marcas do mercado? TD-8, o conversor MIDI TMC-6, os triggers YouTube, Fernando Miyata con- Conheço órgãos de todas as partes do mundo e RT-Series, o pad de percussão eletrônica ta com dezenas de produtos posso garantir que nenhum apresenta uma sonori- HPD-15, o amplifi cador da linha V-Drums BOSS. “Gosto de explorar os dade tão boa quanto os modelos Roland. Por isso, TDA-700, as caixas amplifi cadas KC-350 e Dunga timbres e, no caso de efeitos, costumo deixar bem claro que utilizo os instrumen- KC-550, o sistema de alto-falantes para P.A. acho essencial fazer isso para tos Atelier com muito orgulho. SST-251, o subwoofer SST-351 e o mixer extrair 100% do equipamento”, afi rma. VM-7100, além de diversos pads. Dunga, baixista da banda que acompanha o cantor e guitarrista Lulu Qual a recomendação para o aprimoramento dos Santos, começou a usar a pedaleira GT-10B. “Além da sonoridade, organistas estudantes e profi ssionais? o que me impressionou nesse equipamento foram as inúmeras Minhas principais recomendações são: ampliem possibilidades de combi- seus conhecimentos, aprendam música de todas nações”, explica. as partes do mundo e assimilem o máximo que pu- derem de outras culturas. Seguindo esses passos, será bem mais fácil se tornar um organista.

Fernando Miyata

8 Música & Imagem Música & Imagem 9 Turnê Mundo Roland

os e s p p a r a a eu r o p a Em dezembro de 2008, a Roland participou do tradicional con- Bo s s É To p o F Mi N d certo de réveillon da emissora de televisão franco-alemã ARTE, A revista Música & Mercado, com patrocínio da Musikmesse, premiou as que exibiu ao vivo o concerto da Osesp (Orquestra Sinfônica do melhores companhias do ramo de áudio e instrumentos do ano de 2008. Estado de São Paulo) para 14 países europeus – França, Alema- A BOSS recebeu o troféu Top Of Mind AI&M Brasil como a primeira mar- nha, Bélgica, Suíça, Espanha, Áustria, Polônia, Finlândia, Portugal, ca lembrada espontaneamente entre as lojas High na categoria Efeitos, Dinamarca, Hungria, Suécia, Itália e Holanda – e para o Brasil, por reafi rmando a qualidade dos produtos e a grande popularidade que desfru- meio da TV Cultura. O sinal de vídeo de alta defi nição (HD - High tam entre os mais importantes lojistas e músicos. Organizado pela editora Defi nition) foi gerado pela emissora paulista, que utilizou o modelo Música & Mercado, o Prêmio AI&M Brasil 2008 fez parte dos resultados Edirol VC-300HD para conversão em tempo real para Standard divulgados pelo instituto Synovate Research, terceira maior empresa de ed i r o l e rss N o iav Defi nition (de 1080i para 480i NTSC). pesquisas do Brasil e a sexta do mundo. Considerada uma das melhores escolas espe- A apresentação, que durou aproximadamente duas horas, contou cializadas em áudio do Brasil, o IAV – Insti- com a participação da Banda Mantiqueira e da cantora Mônica tuto de Áudio e Vídeo –, localizado na capital Salmaso. O repertório foi quase integralmente dedicado à música de s T a Q u e N o rsG N a r e d e paulista, adquiriu no começo de 2009 vários brasileira, erudita e popular, além de peças dos argentinos Astor Os internautas que desejam saber mais detalhes sobre as equipamentos Edirol como interfaces de áudio Piazzola e Alberto Ginastera. Entre as composições de cunho M e r c a d o últimas novidades da RSS e da Edirol – marcas que com- FA-101 e teclados controladores MIDI PCR- nacional, foram executados o Choros nº10, de Heitor Villa-Lobos, A Roland Corporation foi põem a Roland Systems Group – devem acessar o endereço 300 e PCR-M1. A escolha dos produtos, que trechos de Maracatu do Chico Rei, de Francisco Mignone, e “Ba- destaque na edição 39 www.rolandsg.com.br. Além de notícias, próximos eventos e estão dispostos no laboratório da instituição tuque”, da suíte Reisado do Pastoreio, de Lorenzo Fernandez. de Música & Mercado. lançamentos, os interessados podem conhecer as especifi cações para serem utilizados pelos alunos durante o A publicação - com con- dos equipamentos e aprendizado, ocorreu por causa da alta quali- teúdo segmentado para detalhes dos artistas dade e resistência dos equipamentos aliadas à lojistas, distribuidores, que os utilizam, além compatibilidade com o sistema Mac OS X. revendedores e impor- de informações so- A parceria entre Roland Brasil e IAV, que come- tadores de instrumentos bre os revendedores. çou em 2007, também rendeu frutos quando a musicais, acessórios e O site também conta empresa disponibilizou alguns equipamentos equipamentos de áudio com uma seção dedi- RSS para modernizar o auditório da escola, – dedicou sua matéria de capa à empresa, enfatizando cada exclusivamente como a console de mixagem V-Mixer M-400, a equipe da Roland Brasil e seu CEO, Takao Shirahata. a downloads de ar- além do sistema Digital Snake S-4000S e das O artigo foi fruto da viagem de Daniel Neves, pu- quivos que aprimo- versões compactas S-1608/S-0816. blisher da revista, ao Japão, onde entrevistou o presidente da Roland Corporation, Kaz Tanaka, e o ram o desempenho fundador, Ikutaro Kakehashi. dos produtos.

ac o r d e o N reviTaliZado Jackson Jofre Rodrigues, natural de Gravataí, no Rio Gran- evento e fosse convidado a apresentar-se na Europa. DEPOIS DA GUERRA de do Sul, foi um dos destaques do 2º Festival Internacional Apesar de não ter angariado um dos três primeiros lugares O Ofi cina G3 - um dos principais grupos de rock gospel do País – lançou no fi m de Roland de Acordeon. Após vencer a etapa brasileira da com- do pódio, o brasileiro - que concorreu com 16 músicos de 2008 mais um trabalho. Intitulado Depois da Guerra, o disco apresenta 14 músicas, petição, o gaúcho chamou a atenção vários países a um prêmio de 5 mil além da introdução. Para a concepção desse projeto, Juninho Afram, guitarrista e dos jurados e do público presente euros – surpreendeu até mesmo a vocalista da banda, contou com o auxílio do estúdio portátil digital BOSS MICRO durante a fi nal realizada em Roma, organização do festival ao utilizar ele- BR. “Utilizei para gravar algumas ideias que depois entraram no álbum”, conta. na Itália, graças à performance ar- mentos modernos em um instrumento Juninho, que é parceiro BOSS desde o ano passado, utiliza outros produtos da rebatada, carregada de elementos até há pouco tempo considerado ul- marca, como os pedais PS-5 Super Shifter e FBM-1 Fender ‘59 Bassman, o afi nador rock-n’-roll. A presença no palco e a trapassado. Com isso, além de saber TU-12 Chromatic Tuner e o sintetizador de guitarra GR-20. De acordo com o músico, musicalidade demonstrada durante explorar as inúmeras possibilidades do o Ofi cina G3 fará shows de divulgação do novo disco, mas também estuda outros os dois dias de julgamento foram modelo Roland, Rodrigues comprovou trabalhos. “Gravaremos um DVD em 2009. Apesar de não termos a data defi nida, decisivas para que Rodrigues ga- que qualquer estilo pode ser executado o projeto já está em andamento”. nhasse evidência no site ofi cial do com o V-Accordion.

10 Música & Imagem Música & ImagemImagem 11 Perfil

Como você usa o BOSS RC-20xl? Os amantes do hip hop tem algo contra? Um dos mais reconhecidos e Hip hop Minha ideia é mostrar peça por peça: bumbo, caixa, chim- Não. O pessoal curte. Eu vi um cara no exterior consagrados artistas dessa especia- bal. Monto o ritmo no RC-20xl e, depois de construir os loops, distorcendo a voz com pedal de guitarra. Mas aqui lidade é Fernando da Silva Pereira, turbinado faço um rap em cima daquilo. Posso até estabelecer uma base no Brasil, acredito que sou o primeiro a usar. o Fernandinho Beat Box. Além de qualquer, como um raggamuffi n ou um techno, e vir com um ter se destacado de maneira ímpar scratch. Ou reproduzir uma banda mesmo. Gravo as bases e Além do loop station, há outros equipa- Ex-morador de rua, Fernandinho Beat Box nessa arte, o paulistano do bairro do improviso sobre elas. mentos que você gostaria de colocar em tornou-se um dos mais respeitados artistas Campo Limpo incorporou à técnica seu setup? do cenário nacional elementos de ritmos populares bra- Há alguma levada ou groove que seria impossível fazer Comecei a me interessar por isso há pouco sileiros, como o samba e o baião. O sem o RC-20xl? tempo. Acreditava que o aparelho que o francês Fruto dos conflitos sociais e apelo de contestação que carrega reconhecimento veio já no primeiro Muita gente gosta de samba. E uma das coisas que todos tinha era muito difícil de encontrar. Mas agora forma de reação à violência sofrida aliado à fácil aceitação pelos jovens grupo de que fez parte, o Z’África rapidamente identifi cam e apreciam é a cuíca. Então, inicio mon- estou usando o loop station e tendo informações pelas classes menos favorecidas da das periferias. Brasil. Esse trabalho serviu de vitrine tando o surdo e, depois, vou colocando as outras peças. No fi m, de outros. Por isso quero, cada vez mais, agregar população, o hip hop nasceu nos Ao lado da atuação dos MCs para que vários artistas e produtores após construir tudo, quando o pessoal está dançando, curtindo, esses equipamentos em meus shows. Estados Unidos durante a década (mestres de cerimônias), dos gra- o convidassem a participar de proje- faço a cuíca para surpreender ainda mais. O povo vai ao delírio. de 1960. Sua manifestação mais fi tes espalhados pelos muros das tos culturais. No techno, começo com uma linha de bumbo e, daí a pouco, vem Como é o disco-solo? comum é a música, marcada por cidades, da dança break e da perfor- Ex-morador de rua, frequentemen- o baixo. Gravo no pedal também. Vou introduzir isso no show do Ele vai pegar muita gente de surpresa, porque letras agressivas, confessionais e mance dos DJs, uma das atividades te participa de eventos institucionais. Marcelo D2. É bem interessante, por que quem não conhece quando se fala Fernandinho Beat Box o pessoal acusatórias, calcadas no cotidiano mais atrativas do movimento é o Ultrapassando as barreiras comerciais o loop station acaba vendo as possibilidades dele. E o público pensa que é só beat box. Mas vai ter muito rap, das ruas. O movimento cresce beat box, em que sons de bateria, do rap, gravou e se apresentou com gosta: “Essa ideia que você teve é muito bacana”, dizem. com letras minhas. principalmente nas grandes capitais instrumentos musicais, grooves músicos e cantores de vários gêne- brasileiras, como grito de protesto de gravações, scratches e outros ros, de Marisa Monte a Ivete Sangalo, Além de permitir que você faça algumas coisas mais Por que poucos fazem um som tão con- contra o preconceito racial e a efeitos de DJs são simulados por passando por Lenine, Marcelo D2 e complexas, o RC-20xl auxilia sua criatividade? vincente quanto o seu? exclusão social. Em tempos mais voz, boca e cavidade nasal, sem Gabriel o Pensador. No momento, Sim, muito. Às vezes as pessoas contratam o Fernandinho É que sou muito técnico, procuro aperfei- recentes, tem servido como fer- o auxílio de outros equipamentos prepara seu primeiro disco-solo e tem Beat Box e querem um show de uma hora. Não há como fazer çoar a batida. Às vezes, está rolando uma base ramenta de integração, graças ao afora microfone e amplifi cador. usado o loop station BOSS RC-20xl isso. Vou a festivais, por exemplo, e fi co apresentando meu com delay. E fi co muito antenado nesse tipo em shows e produções. trabalho por trinta minutos sem parar. Mas, mesmo sendo uma de coisa. Quem faz beat box, geralmente, só coisa que cause impacto, o beat box é bem direto. Por mais está preocupado no bumbo e na caixa, aquela Como teve a ideia de usar outro que o artista tenha cartas na manga para uma performance, coisa reta. Quero aperfeiçoar isso. Mas hoje equipamento em seu setup além ele pode fi car cansativo. Com o loop station, não. Ele vai ser tem uma molecada que vou te falar... Eu que de microfone? o meu parceiro, vai fi car ao meu lado e me ajudar a criar, além me cuide, senão logo vou perder meu posto. Duas coisas aconteceram. Em de me apresentar. (risos) (Nilton Corazza) uma das ofi cinas de hip hop que pro- movi, surgiu um francês reproduzindo sons tipo beat box e tocando um LOOP STATION RC-20XL instrumento africano com a boca. Ele O BOSS RC-20xl grava, sobrepõe e toca loops, comandado apenas fazia loops disso. Achei muito interes- pelos pés. O tempo de gravação total é de até 16 minutos e 11 me- sante e tentei falar com ele para pegar mórias internas estão disponíveis para salvar o material registrado. informações, mas não consegui. E Para facilitar o trabalho do músico e permitir mais fl exibilidade, o um grande amigo e aluno me falou equipamento oferece recursos de ajuste de tempo sem alterar que viu um equipamento que fazia a afi nação do material gravado, funções Undo, Auto Quantize e isso de modo muito fácil. Pedi a ele Reverse, além de três tipos de fi nalização: “Imediata” (assim que para me colocar em contato com o o pedal STOP é acionado), “Loop Inteiro” (que toca todo o loop antes pessoal. Foi aí que conheci a BOSS de parar) ou ainda, em “Fade Out” (o volume baixa gradativamente e encontrei Sergio Motta (gerente de até sumir por completo). Saiba mais sobre o RC-20xl acessando o produtos da marca), o cara que me site www.bossbrasil.com.br. mostrou o caminho. Fernandinho Beat Box durante apresentação na Expomusic 2008 12 Música & Imagem MúsicaMúsica & Imagem & Imagem 13 Clássico

Especifi cações

D-50 Síntese Linear Arithmetic Synthesis (LA) Roland Patch formado por dois Tones (layer/split) sete estruturas combinando duas parciais, Tone pitch envelope, três LFOs, ring modulator e EQ wave generator, TVF com envelope (cinco estágios), Partial TVA com envelope (cinco estágios) PCM (cem formas de onda em ROM), sintetizador Wave generator (WG) (ondas senóide e quadrada com PWM), fi ltro passa-baixas ressonante digital, LFO (triangle, sine, square, sample and hold) Patches 64 internos, 64 em card equalizador de duas bandas e chorus (oito tipos) por tone, Efeitos reverb global (32 tipos) Teclado 61 teclas com sensibilidade à velocidade e after touch Controles pitch bender / modulation lever, joystick O primeiro equipamento a combinar sample playback e síntese Conexões Line, headphone, MIDI In/Out/Thru tes faziam toda a diferença junto digital inaugurou uma nova era em instrumentos musicais D-50, no entanto, tenha sido aos pads e à seção de síntese, Revolutions, de vesse desenvolvido, esse sistema Um dos programadores no álbum imprimindo uma marca defi nitiva O D-50 voltou ao Em meados da década de 1980, híbrido era necessário, pois o Jean-Michel Jarre - quase aos sons do modelo, facilmente USO dos sons preset do D-50 mercado em 2004, acréscimo de muita quantidade de todo gravado tendo esse a síntese digital parecia ter atingido identifi cável até os dias atuais. Logo após seu lança- foi Eric Persing, que mais no formato de uma memória RAM, indispensável para modelo como base, inclu- seu ápice. Os timbres produzidos Em vez de osciladores, a arqui- mento, o uso do Roland tarde se tornou tecladista placa de expansão lançar mão de amostras completas e programador de Michael sive utilizando os timbres pela técnica de modulação de tetura do D-50 foi elaborada com D-50 tornou-se padrão no chamada Roland de uma sonoridade, encareceria Jackson (atualmente, Per- originais de fábrica. Rick frequência dominavam a produção elementos chamados Partials. Cada mercado fonográfico. Al- VC-1, para os mode- demais o produto. Wakeman, Kitaro, Vangelis, musical. No entanto, o uso desme- guns timbres, como “Star sing é dono da Spectraso- los V-Synth e VariOS, Reconhecendo que o compo- um deles era constituído, de fato, nics, famosa empresa que Nick Rhodes (Duran Duran), dido desses sons e a difi culdade por uma forma de onda (PCM ou Voice Choir”, “Sakuhachi”, com 28 formas de nente sonoro de um instrumento desenvolve amostragens Gary Numan, Eric Clapton, em programar novas texturas fi - sintética), um fi ltro e um gerador “Fantasia”, “Living Calliope”, onda adicionais. real mais difícil de ser simulado é de samplers e conteúdo 808 State, Vince Clarke, zeram que alternativas surgissem de envelope de amplitude. Duas “Intruder FX” e “Digital Na- o ataque, a Roland incluiu samples digital). Não por acaso, al- Information Society e Rush para expandir o arsenal à disposição parciais eram combinadas em um tive Dance”, foram tão explo- desses transientes no modelo, são alguns dos muitos ins- de tecladistas. O pioneiro nessa rados que passaram a ser guns exemplos de utilização Tone, em que uma delas era confi - trumentistas e grupos que com takes curtos de trompete, evitados quando se preten- ostensiva do equipamentoBad , empreitada foi o sintetizador linear gurada para soar simultaneamente violão, golpes de arco, ruídos de são linhas do álbum lançaram mão das sonori- Roland D-50. dia criar algo diferenciado. à outra ou modulá-la. Para criar um dades impressionantes do lábios e outros, alguns em loop. Exemplos disso também além do pizzicato marcante Voice, dois Tones podiam ser agru- D-50 em suas produções. LINEAR ARITHMETIC O equipamento, então, reproduzia são os patches “Soundtra- da música “Orinoco Flow”, pados. Os sons mais complexos de Enya. Talvez o mais signi- (Nilton Corazza) SYNTHESIS um desses componentes e, em ck” e “Atmosphere”, utiliza- permitiam a polifonia máxima de fi cativo emprego do Roland Produzido a partir de 1987, o seguida, utilizava o sintetizador para dos como modelos para o oito notas. Assim como todos os criar a sustentação do som. Roland D-50 logo se tornou um padrão General MIDI. Além disso, a empresa incor- outros sintetizadores comercial- dos equipamentos preferidos dos mente viáveis da década de 1980, porou uma série de texturas que músicos por conta da qualidade e o D-50 era monotimbral, ou seja, podiam ser mixadas às partes de PG-1000 e D-550 do frescor dos timbres oferecidos, podia reproduzir apenas um timbre sustain de um timbre. Por esse A Roland lançou, à mesma época do D-50, aliados à facilidade de programa- por vez. No entanto, inaugurando motivo, vários patches do D-50 o D-550, uma versão em rack do modelo ção. O diferencial do modelo era um novo conceito que perdura até apresentavam, como qualidade ca- com todos os recursos do original. Para a geração sonora denominada os dias atuais, o teclado contava racterística, a presença de “ar”, fator facilitar a edição de timbres, foi desenvol- aritmética linear (Linear Arithmetic com efeitos de reverb e chorus in- particularmente interessante para vido o programador externo PG-1000, que Synthesis - LA). A técnica consistia corporados, além de equalizador de sons de corais, sopros e cordas. disponibilizava o controle dos parâmetros em reunir amostras digitais de duas bandas e um inovador joystick Embora as amostras, ouvidas iso- ajustáveis do sintetizador por meio de uma transientes de ataque, em PCM, para manipulação de dados. ladamente, não impressionassem série de faders. com síntese subtrativa e filtros os tecladistas, esses componen- ressonantes passa-baixa. Embora o método de sampleamento esti-

14 Música &e Imagem Música & Imagem 15 Novos Produtos

arX-03 cuBe-80X aT-75 A Roland apresentou durante a Winter NAMM Terceira placa de expansão com a aclamada tecnologia impressionantes sons de metais, com todas as ca- A linha Music Atelier de órgãos eletrônicos Roland 2009 o mais novo integrante da série de cubos Roland SuperNATURAL, a ARX-03 permite reproduzir racterísticas que os tornam tão peculiares como a ganha um novo representante: o AT-75. O instru- para guitarra. O CUBE-80X é o descendente di- timbres de metais - como trompetes, fl ugelhorns, presença de ruídos de sopro. A placa possui uma mento passa a ser o modelo de entrada da série e reto do CUBE-60, sucesso de vendas e um dos trombones e saxofones - em solo ou seções de até CPU inteligente que, em tempo real, reproduz os conta com as recentes inovações implementadas mais utilizados amplifi cadores do mercado. seis deles. Além disso, oferece a opção de customizar instrumentos com a correta tessitura: individual- nos mais avançados. O lançamento oferece 80 watts de potência individualmente os sons e as nuances de mente, podem soar como uníssonos; em acordes O sistema de barras harmônicas, por exemplo, por meio de um alto-falante de 12 polegadas. uma performance com as facilidades (blocos), os instrumentos serão ouvidos em suas oferece a possibilidade de construção de timbres É mais que sufi ciente para as aplicações em de uma interface gráfi ca de edição e tessituras reais. Afora isso, o produto conta com por meio da adição de harmônicos, como nos que esse tipo de equi- do processador dedicado. É possível, sistemas de equalização independentes para cada órgãos eletromecânicos originais do início do sé- pamento é utilizado. por exemplo, controlar individualmen- componente de uma seção, oito tipos de reverb e culo 20. O resultado é um som rico e cheio, ideal Isso se traduz em te cada um dos instrumentos de um 15 tipos de multiefeito MFX, incluindo auto wah, tanto para jazz e blues quanto para uso em igrejas um som robusto - naipe, o que torna a sonoridade extre- compressor, limiter, tape echo, stereo delay e e residências. Além desse recurso, o AT-75 conta mesmo quando em mamente realística. hexachorus. A memória interna possui capacidade com manual inferior do tipo Waterfall que acentua a baixos volumes - Instalada em uma workstation de armazenamento de 50 patches e oferece ao mú- experiência de tocar em um instrumento autêntico que atinge toda sua Fantom-G, a ARX-03 permite executar sico a opção de salvar suas confi gurações. e facilita a execução de passagens pianísticas. plenitude quando o Outra ferramenta muito útil é a porta USB que máximo de potência permite ao músico conectar pen drives e outros é alcançado. periféricos ao equipamento para armazenar e Assim como seu transportar confi gurações e gravações ou para antecessor, o CUBE-80X Y N T h aX-s reproduzir arquivos do tipo SMF ou mp3. oferece dois canais: Clean e Lead. Além Os controladores de palco da linha sons deriva- Entre as melhorias colocadas à disposição do ins- disso, 10 modelos COSM (Composite Object AX marcaram época na história da dos de uma trumentista ainda estão vozes orquestrais aperfei- Sound Modeling) de simulação de amplifi - música, principalmente quando se seleção crite- çoadas, novo sistema de ritmos, mais simplifi cado cadores estão disponíveis, incluindo o novo fala de bandas de rock progressivo riosa dos me- e fácil de usar, e compatibilidade com os outros DLX Combo. Essa tecnologia faz que o novo e jazz fusion. Graças a esses equi- lhores existentes modelos da série. O órgão oferece 49 teclas em cubo Roland reproduza o timbre dos equi- pamentos, os tecladistas podiam nos mais avançados sintetizadores e compatibilidade com V-Link, o cada manual, 13 notas na pedaleira, 60 vozes, pamentos mais utilizados pelos guitarristas, conquistar a frente do palco para da Roland, o AX-Synth promete que permite ao músico comandar 40 ritmos, memórias de registração e potência incluindo o Jazz Chorus. demonstrarem toda a sua técnica tornar-se um sucesso entre os simultaneamente áudio e vídeo. de 30 watts. Entre outros recursos disponíveis, está o em solos frenéticos, com a pos- afi cionados por esse tipo de ins- Um software editor para PC faz looper, que viabiliza a gravação e a reprodução sibilidade de se movimentarem trumento. Com polifonia de 128 do design sonoro e de efeitos algo de trechos de áudio. A função SOLO, por sua como os guitarristas, os baixistas vozes, são 256 tones, além dos mais simples e amigável. vez, permite chamar timbres pré-confi gurados e os vocalistas. O AX-Synth repre- chamados Special Tones com a O pouco peso – apenas 3,7 quilos – dos amplifi cadores emulados e pode ser utili- senta a nova geração dessa série, tecnologia SuperNATURAL, que o torna extremamente confortável zada como um terceiro canal. com o diferencial de que, pela podem ser manipulados em tempo para uso tanto em palco quanto Na seção de efeitos, o cubo oferece reverb e primeira vez, o produto carrega um real por meio da ampla variedade em estúdios, e o longo tempo de delay simultâneos com tap tempo e um novo gerador sonoro em seu interior. de controles, como Ribbon Touch, duração das baterias recarregáveis modelador Spring Reverb para timbres vinta- Por conta disso, o instrumentista D-Beam, Modulation Bar e botões, – aproximadamente 6 horas – o faz ge. O CUBE-80X também traz um conveniente se libertou de toda e qualquer amar- situados no braço do equipamen- perfeito para shows e sessões de afi nador cromático e diversas conexões, in- ra que o prendia a um espaço limita- to. Além disso, ele funciona muito gravação. Entrada para pedal, saí- cluindo entrada para fontes sonoras externas do no palco ou a fi os e cabos. bem como controlador, ofere- das estéreo e para fones de ouvido como mp3 players. A geração sonora do modelo tem cendo completa implementação complementam o equipamento como principal objetivo oferecer MIDI, 49 teclas com sensibilidade que estará disponível no Brasil a timbres para solos. Equipado com ao toque, conexão USB MIDI, partir de agosto de 2009.

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dT-hd1

Fr-1 Um professor particular de bateria: isso pads devem ser tocados e de que O acordeon digital FR-1 é o mais novo integrante da é o que o Drum Tutor DT-HD1 oferece. modo. Também é possível alterar a linha V-Accordion, a primeira a disponibilizar a poderosa Desenvolvido para iniciantes no estudo velocidade de execução – de 20 a tecnologia de modelagem digital em instrumentos desse instrumento – ou para aqueles que 250 bpm - e repetir seções, além de desse tipo. O caçula da família destaca-se por ser querem conhecê-lo -, o pacote da Roland muitas outras facilidades. extremamente leve – pesa apenas 5,5 quilos - e traz um software, uma interface MIDI Com o Game Screen, o usuário possui design compacto, ideal tanto para jovens estu- Cakewalk modelo UM-1G e um cabo de aprende como tocar os pads enquan- dantes quanto para performances em palco. Entre as áudio para conectar uma V-Drums HD-1 to o software verifi ca o progresso características marcantes do modelo estão simulações ao computador. do aluno e avalia sua performance. digitais de sete tipos distintos de acordeons e quatro Tu-1000 Com dois tipos de aplicação, o programa interativo O professor digital permite, também, que o músico O TU-1000 é o afi nador ideal para uso diferentes timbres de órgão com efeito de alto-falante permite aprender como tocar bateria de modo autodi- utilize arquivos SMF de suas canções preferidas para em palco. O topo de linha da série TU da rotativo. Além disso, oferece a possibilidade de adicio- data, com notação de notas, ou de modo mais lúdico, a prática, tornando muito mais agradável a dura rotina BOSS foi desenvolvido e construído espe- nar sons de bateria aos botões de baixo e de acordes, por meio de um game desenvolvido especialmente dos estudos. Esse tipo de arquivo possibilita retirar a cialmente para essa fi nalidade. Graças ao proporcionando ao músico a oportunidade de tocar para ele. De padrões básicos a músicas completas, bateria programada da música e executar sua perfor- amplo display em LEDs, o equipamento com acompanhamento. o DT-HD1 oferece dezenas de exemplos de vários mance. O DT-HD1, que roda em computadores PC possibilita visualização perfeita em am- O FR-1 conta com saídas de áudio para conexão com gêneros. No modo Drum Notation Screen, o tutor com Windows (XP ou Vista), ensina como tocar de bientes escuros ou externos, ao passo qualquer tipo de equipamento, desde amplifi cadores, guia o estudante pelos padrões e apresenta quais maneira divertida, efi ciente e abrangente. em que a ação precisa e ultrassuave do como o Roland Mobile Cube, até gravadores, como o Edirol medidor permite uma afi nação rápida, R-09HR. Graças aos fones de ouvido inclusos no pacote, simples e exata. os músicos podem praticar em qualquer lugar. Para isso O modelo conta com dois modos de também colaboram a autonomia estimada de cinco horas lX-10 exibição. No Cent, o medidor é apresen- de duração das baterias e o metrônomo incorporado. Bonito, elegante e inovador, o que to a mão do músico, o que imprime As teclas graves são mais pesadas tado como uma agulha. No Stream, o O grande diferencial dos modelos V-Accordion Roland mais chama a atenção no novo mais elegância ao modelo e uma que as agudas, o toque do marfi m movimento dos LEDs indica se a afi nação é a detecção da pressão do ar produzida pelo fole, ele- piano digital da Roland, à primeira pitada adicional de charme. e do ébano absorve o suor e a da corda deve subir ou descer. O recurso mento fundamental para a simulação do instrumento vista, é o design: o LX-10 é um As qualidades do LX-10, no entan- oleosidade das mãos, e o duplo Accu-Pitch, por sua vez, mostra quando a original, realizada por meio de sensores de alta resolu- instrumento upright (de armário ou to, não se restringem ao visual. escape existente nos pianos de afi nação está completa. Ao ser ligado, o ção, o que dá ao artista total controle da dinâmica. Além vertical) que combina acabamento Apesar da pequena profundidade cauda acústicos é fi elmente re- TU-1000 automaticamente corta a saída disso, não há necessidade de afi nação e a resistência dos tipos preto fosco acetinado (45 centímetros aproximadamen- produzido, o que oferece uma do sinal, possibilitando ao músico afi nar do fole pode ser regulada para se adaptar à forma de (satin-black) e ébano polido, ideal te), o equipamento fornece uma experiência mais realística na seu instrumento em silêncio. O equipa- tocar do músico. para residências e escolas de mú- atmosfera sonora envolvente gra- execução, assim como a polifonia mento produz tom de referência A4 com A aparência do FR-1 pode ser customizada com a troca sica. A tampa do teclado possui ças a um novo sistema que utiliza de 128 vozes - suficiente para valores de 436 a 445 Hz, em passos de da ilustração do painel. Além de seis diferentes lâminas amortecedores para o fechamento, seis alto-falantes distribuídos pelo qualquer aplicação musical - e as 1 Hz, e tem capacidade de extensão de decoração que acompanham o produto, qualquer o que evita acidentes, e sua parte móvel e 120 watts de potência. De 88 notas amostradas digitalmente de C0 (16,35Hz) a C8 (4.186Hz), além outra imagem pode ser adicionada ali, bastando um interna refl ete tanto as teclas quan- modo idêntico ao que ocorre em em múltiplas dinâmicas. de permitir sistemas alternativos como computador e uma impressora. um piano acústico, o timbre A operação do modelo é muito DADGAD, aberto e outros, assim como se altera de acordo com a simples, ainda mais facilitada pelo afi nações até seis semitons abaixo do posição da tampa superior, display LCD gráfico de 128 por padrão. O aparelho tem como fonte de aberta ou fechada. 64 pontos. A porta USB incorpora- energia um adaptador AC Roland PSB-1U O mecanismo do tecla- da permite ao músico reproduzir e pode alimentar outros equipamentos do é o mesmo usado tanto arquivos MIDI quanto de (pedais compactos, por exemplo). Como nos pianos de cauda da áudio diretamente de um pen drive opcional, aceita um footswitch FS-5U da Roland: Pr o g r e s s i ve ou dispositivo de armazenamento mesma marca para ligar ou desligar a Hammer Action II com compatível, com a possibilidade de unidade a distância. Escapement e acabamen- alterar o tempo de reprodução nos to Ivory Feel. dois tipos.

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ua-1G Interface de áudio ao mesmo tempo compacta e de monitoração. vB-99 alta qualidade, a Cakewalk UA-1G responde bem a Entradas analógicas Com o lançamento do VB-99, ambos os quesitos. Com entrada e saída estéreo e e digitais nos formatos RCA Kc-880 a Roland coloca à disposi- conexão USB, o modelo é ideal para os que querem e mini 1/8”, afora a de 1/4” O novo carro-chefe da série KC ção do mercado um equi- gravar em qualquer lugar, seja em residências ou com opção de alta impedância de amplifi cadores de palco está pamento que oferece hotéis, durante ensaios de uma banda ou por hobby. para guitarras, garantem conexão a uma cheio de recursos de alta perfor- três vezes mais potên- A alimentação da unidade é feita pela porta USB, o ampla variedade de equipamentos e instrumentos, mance que fazem dele o mo- cia de processamento que garante ainda mais mobilidade. incluindo microfones. Um grande knob situado na delo ideal tanto para teclados que o V-Bass original. Baseado mes- Com taxa de resolução de áudio de até 96 kHz em 24 parte superior do modelo controla o nível de sinal, e vocais quanto para bandas. em um novo chip e em 10 anos mo em uma bits, o produto possui compatibilidade com os drivers facilitando o manuseio do músico. O pacote ainda O equipamento possui cinco ca- de pesquisa e desenvolvimen- pequena superfície de con- ASIO 2.0 (Windows e Mac), WDM (Windows XP) e inclui o software Sonar LE, constituindo uma solução nais estéreo, com um conjunto to, o produto disponibiliza uma trole), afora a compatibilidade Core Audio (Mac OS X), além de latência zero para completa de gravação. de conexões que possibilita gran- de fl exibilidade. Estão disponíveis grande variedade de modelos com o protocolo V-Link, com o vários tipos de entradas, como COSM de simulação de baixos, qual é possível comandar ima- balanceadas XLR para microfone, incluindo cobiçados instrumen- gens em tempo real por meio Tu-12eX jaques de 1/4” para instrumentos tos tanto vintage quanto moder- da execução musical. Com a Tu-12BW musicais e fontes de áudio exter- nos, além de sintetizados e, até nova função String Modeling Tu-88BK / Tu-88Wh nas, três auxiliares (RCA, 1/4” e mesmo, guitarras elétricas. Seis o usuário pode customizar as 1/8”) e foot switch (TRS), além opções de caixas acústicas e 12 cordas virtuais, alterando-as de Os novos afi nadores cromáticos da como saxofones, fl autas, clari- de saídas para fones de ouvido e de pré-amplifi cadores, adicio- Round Wound para Flat Wound BOSS oferecem muito mais recur- netes, trompetes etc. Além de linha com conectores XLR e 1/4”. nados aos 43 tipos de efeitos e ou Black Nylon, aperfeiçoando a sos que os anteriores e possuem todas as qualidades do TU-12EX, O recurso Stereo Link permite seis de compressor, colocam à experiência criativa. características exclusivas, que fa- ele tem como diferenciais o mi- interligar múltiplas unidades para disposição do músico um arse- Desde o lançamento do V-Bass zem deles os companheiros ideais crofone de contato tipo clip-on sonorização. nal respeitável para a expressão original, a Roland tem estado para qualquer músico. O TU-12EX para fi xação no instrumento e o O KC-880 oferece 320 watts de de toda sua criatividade. atenta às necessidades dos é o sucessor do lendário TU-12, adaptador que pode ser preso à potência, transmitidos por dois O equipamento ostenta dois músicos e, por conta disso, um dos modelos mais utilizados estante de partituras, para facili- woofers de 12 polegadas e dois canais independentes de sinal, dotou o VB-99 de recursos por todo o mundo. Dirigido para tar a visualização e o uso. tweeters. Graças à arquitetura o que expande sobremaneira as especialmente desenvolvi- uso com guitarras e contrabaixos, Para quem quer ainda mais, os de sua construção, a imagem possibilidades sonoras do siste- dos para os contrabaixistas, conta com indicadores em LED monitores pessoais TU-88BK (pre- estereofônica é ampla e o efeito ma, viabilizando a utilização de como a entrada/saída BASS e agulha, para proporcionar uma to) e TU-88WH (branco) oferecem, abrangente. O processador de dois timbres (patches) distintos DIRECT e conexão XLR com afinação mais rápida e precisa. além dos recursos existentes efeitos DSP incorporado conta simultaneamente, mixando-os aterramento. Além disso, o Entre os recursos disponíveis es- nos afi nadores eletrônicos mais com Reverb, Chorus, Tremolo e ou dividindo-os conforme seja equipamento pode ser contro- tão ACCU-PITCH (que emite um simples, como a agulha indicativa Rotary, que podem ser inseridos necessário, tendo a dinâmica lado por uma pedaleira Roland sinal sonoro ao atingir a afi nação e o sistema ACCU-PITCH, três em qualquer dos canais. como um dos vários controla- FC-300 e convenientemente correta), Flat Tunning, tom de modos de afinação diferentes dores de tal efeito. Estão dis- instalado em um rack com um referência, microfone incorporado (Chromatic, Guitar e Bass). Mas o senta padrões rítmi- poníveis, também, outros con- adaptador opcional. para instrumentos acústicos e sis- equipamento traz outras funções cos selecionáveis, contro- troladores da expressividade, Para facilitar a gravação e a troca tema Auto-Off para economia das muito úteis para o músico. Um le de volume e botão TAP TEMPO como o D-Beam (que permite de patches, o modelo foi dota- baterias. O equipamento tem capa- amplifi cador de fones de ouvido para identifi car o andamento de alterar a sonoridade por meio do de uma conexão USB com cidade de extensão de afi nação de com emulação de alto-falante per- músicas. A entrada MIX IN, por sua de movimentos da mão sobre capacidade de transmissão de E0 (20.6Hz) a C8 (4,186.0Hz) e o mite afi nar o instrumento, aquecer vez, possibilita tocar juntamente um feixe de luz infravermelha) áudio ou MIDI e um software tom de referência pode ser ajus- e checar o setup com privacidade com o playback de uma fonte ex- e o Ribbon Controller (que faz o de edição de timbres. tado entre 438 e 445Hz. e timbres de alta qualidade sem terna, como um iPod ou CD player, O modelo TU-12BW, por sua vez, a necessidade de amplifi cadores. e ouvir o resultado nos fones, é destinado a sopros e metais, O metrônomo incorporado apre- juntamente com a guitarra.

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vp-770 feitos para o In/ Out e USB e pedal de controle. GW-8 – com Um dos destaques do equipamento O VP-770 Vocal & Ensemble manipular voz ou si- quatro intro- é a porta USB que permite utilizar Keyboard é a solução ideal nais de áudio a fim de duções, quatro variações, quatro pen drives ou outros periféricos tanto para artistas de techno e reproduzir efeitos clássicos para estilos pr e l u d e fi nalizações e quatro fi ll-ins cada um. como meio de armazenamento e dance quanto para profi ssionais eletrônicos ou inventar outros, retrô ou futurísticos. Dando continuidade à fama dos Outros cem podem ser armazenados transporte de dados. Com isso, de eventos e músicos gospel. O equipamento ofe- Construído sobre uma sólida base de madeira e metal, o arranjadores Roland, o Prelude, des- internamente, além de 200 músicas pode-se reproduzir MIDI e áudio rece infi nitas opções de arranjos vocais, de cordas e equipamento - descendente do VP-550 - apresenta nova cendente direto do GW-8, corres- e 256 performances, entre as de nos formatos mp3, wav e aiff direta- de metais, potencializados pela exclusiva tecnologia interface e foi desenvolvido principalmente para uso em ponde à nova geração de teclados usuário e as de fábrica. A seção de mente desses dispositivos, além de SuperNATURAL. Isso dá ao usuário a possibilidade apresentações. Para auxiliar ainda mais o músico, um portáteis destinados aos músicos de efeitos traz 78 tipos MFX, cinco de alterar o andamento e outras facili- de criar backing vocals realísticos em diversos esti- microfone dinâmico headset especialmente calibrado entretenimento e domésticos. reverb e três de chorus, proporcio- dades como a função Center Can- los, desde as mais recentes tendências musicais até para uso com o pré-amplifi cador do teclado é distribuído Com apenas 7,8 quilos, o modelo nando tudo de que um tecladista cel que reduz o volume dos vocais grandes corais para uso em cerimônias, assim como juntamente com o pacote, reduzindo a probabilidade de possui 61 teclas sensíveis à velo- precisa para a reprodução de qual- de músicas pré-gravadas e possibi- construir naipes de instrumentos. feedback. Uma conexão para pen drives está disponível, cidade de toque e polifonia de 128 quer instrumento ou composição, o lita o uso delas em estilo karaokê. O vocoder de alta resolução incorporado permite permitindo a reprodução de arquivos wav, aiff e mp3. vozes. Na memória, 896 patches - que inclui alto-falantes e amplifi cação O produto é acompanhado, tam- além de 256 GM e uma seleção de própria de 22 watts. bém, dos softwares Style Conver- timbres étnicos – oferecem uma Entre os recursos existentes no ter e Playlist Editor, que auxiliam uM-3G ampla variedade de sonoridades modelo estão controlador D-Beam a customizar arranjos e perfor- para a execução de qualquer gê- e roda de modulação e pitch, saída mances, assim como o sequencer uM-2G nero musical. Para isso colaboram, estéreo para amplifi cação externa incorporado de 16 pistas, respon- uM-1G também, os 130 estilos existentes e entrada de áudio, afora conexões sável por gravar e armazenar as

A nova linha Cakewalk de inter- mas PC e Mac e baixíssima latên- – incluindo os 50 ritmos brasileiros para fones de ouvido (um par), MIDI atuações do tecladista. faces oferece soluções práticas cia graças ao modo Advance Driver, e confi áveis para todos aqueles recursos existentes também nos que necessitem de portabilidade outros modelos da série. e facilidade na conexão de equi- A interface UM-2G, por sua vez, face Cakewalk UM-3G é ideal para v-sY N T h GT ve r s i o N 2.0 pamentos MIDI a computadores. foi desenvolvida para aplicações qualquer situação em que mobili- Um ano após seu lançamento, o V-Synth GT, conside- A UM-1G é destinada para aplica- em que é necessária a conexão dade é fundamental, como shows rado o mais expressivo sintetizador já desenvolvido, ções mais simples, como a grava- de mais que um equipamento, e turnês, por exemplo. O modelo ganha ampliações com a atualização 2.0. Sendo assim, ção de sequências ou o controle como estúdios e produções que oferece três entradas e três saídas os artistas dedicados ao sound design ou à performance de softwares via teclado. Possui necessitem de uma solução por- com conectores fêmea, com a op- ao vivo contam agora com mais ferramentas. Entre os recursos adicio- uma entrada e uma saída MIDI, tátil para disparar dispositivos de ção de selecionar entre Out e Thru Além da síntese de áudio fl exível, o V-Synth GT intro- nados ao instrumento na versão com cabos e conectores macho, e luzes, imagens, vídeo e áudio. por switches existentes no painel duziu a AP Synthesis que aproxima de forma defi nitiva 2.0, podem ser encontrados 22 tone effects e conexão USB, dispensando o uso Entre os diferenciais, pode ser frontal, possibilitando o uso de até o sintetizador dos instrumentos acústicos, recriando cinco reverbs inteiramente novos, além dos existen- de fontes de AC externas. A porta citada a presença de duas entradas 48 canais MIDI simultaneamente. detalhes inéditos em sons como violino, fl auta e sax. tes no original. Os músicos também têm facilidades Out pode ser confi gurada para Thru e duas saídas MIDI com conecto- Além disso, o hub USB incorporado Apresentando o novo sistema Dual Core, o equipa- em relação à interface, como ícones amigáveis para por meio de uma chave situada na res fêmea, o que possibilita o uso permite o acoplamento em cascata mento pode combinar simultaneamente Áudio Flexível navegação, resposta de knobs e controle tonal de alta lateral da unidade e, para visualizar simultâneo de 32 canais. Além de três unidades, aumentando a (Elastic Audio) e Vocal Designer, além da AP Synthesis. resolução, escala cromática no pitch bend, mais fun- o bom funcionamento do produto, disso, cada porta MIDI Out pode conectividade com o computador O produto também inclui a tecnologia Variphrase. No cionalidades USB e função Import Files aperfeiçoada, ele conta com LED indicador de ser alterada independentemente para até nove entradas e saídas. coração do teclado está um motor sonoro com modela- para melhor gerenciamento de patches, tones, waves atividade e botão MIDI Check. O para Thru, garantindo fl exibilidade A alimentação é realizada por meio gem analógica que recria toda a sonoridade dos clássicos e samples. A atualização ainda traz 158 novos timbres, equipamento possui ao sistema. da porta USB, dispensando o uso sintetizadores desse tipo. Com a entrada de áudio, é com diversos leads, pads e arpegios, além de novos drivers para platafor- Desenvolvida para viabilizar a de transformadores de energia possível manipular quaisquer sinais de áudio com os efei- sons de vocoder. conexão de múltiplos teclados, elétrica externos, e o equipamen- tos internos do GT. Se desejar, o músico pode amostrar A versão 2.0 está disponível via download para todos módulos de som, superfícies de to pode ser posicionado em um qualquer instrumento, pois o aparelho possui todos os os proprietários de V-Synth GT no endereço www. controle e outros periféricos rack com o uso de um adaptador recursos de um sampler digital profi ssional. roland.com.br.

MIDI a um desktop, a inter- Roland RAF -70.

22 Música & Imagem Música & Imagem 23 Interação

faz com sons. As teclas luminosas são armazenados no formato Motion oferece dois tipos de One Shot e de melhoram a operação em ambientes jpeg e fi guras em jpeg. “Outra grande Gate e modos de reprodução Forward escuros. “A Roland teve uma grande novidade é o numero de conexões”, Loop e Alternate Loop, além de uma ideia ao criar um manipulador de acredita Tico. O equipamento possui série de efeitos visuais, como Repeat, vídeo com uma interface desse tipo, entradas e saídas de vídeo Composite Reverse, Strobe, Speed, Color, fazendo que as performances criadas e S-Video e de áudio RCA (estéreo). Output Fade e Slide Show, entre nele sejam mais rápidas e intuitivas”, “Além das tradicionais, o P-10 pode ser outros. Isso permite a manipulação afi rma Tico. conectado via S-Video, aumentando de vídeos e imagens com criatividade Até 864 clipes ou 86.400 fi guras ainda mais a qualidade dos elementos e facilidade. podem ser atribuídos a 72 bancos, o gravados e reproduzidos por ele.” que proporciona fl exibilidade e rapidez A integração é total com outros NA BALADA ao usuário. Cada projeto, por sua vez, produtos Roland por meio de três Com todos esses recursos, a per- comporta, ao todo, 9.999 arquivos. portas MIDI e do protocolo V-Link, formance visual ganha novo impulso “A maioria dos similares necessita de que possibilita a criação de perfor- no trabalho dos DJs. “Eles podem não outros equipamentos, como um com- mances multimídia com uma única apenas tocar uma música, mas tam- putador ou um DVD, para funcionar”, conexão. Graças a ele, é possível, por bém reproduzir clipes, trabalhar com diz Tico. “Com isso, corre-se o risco exemplo, a exibição de imagens em efeitos sem alterar o áudio reproduzido de acontecer uma falha inesperada no sincronismo com a saída de áudio de e criar uma performance mais abran- sistema ou um risco na mídia. Com o um sampler SP-555, a utilização de gente e dinâmica”, acredita Tico. P-10, a possibilidade de um imprevisto um piano para controlar os vídeos ou, Atualmente, é comum a presen- é praticamente nula”, afi rma. até mesmo, sincronizar o P-10 com ça de um VJ ao lado do DJ. Esse Experiências sensoriais outros sistemas como o Motion Dive é o profi ssional que transforma a MÃOS À OBRA ou o V8 Video Mixer. “Controle total: música em imagem. “Com este O P-10 apresenta função EXT essa é a sensação”, entusiasma-se novo produto, fi ca muito fácil de ele Sampler de vídeo P-10 propicia interação prática e simples de efeitos visuais e sonoros SOURCE que permite utilizar fontes Tico. “O artista mexe com dois sen- sincronizar os movimentos do vídeo externas, como uma câmera fi lmado- tidos ao mesmo tempo. A audição com as batidas de uma determinada Manejar imagens e sons simultane- VISUAL SAMPLER P-10 Um dos primeiros a experimentá-lo ra ou um notebook, e acrescentar as faz o corpo dançar e a visão faz a mixagem, criando uma atmosfera amente, em tempo real. O desejo de O P-10 é a mais nova ferramenta – e aprová-lo – foi o DJ Adilson Santos, imagens captadas a uma performan- mente ir longe.” mágica na pista de dança”, atesta muitos músicos, produtores, DJs e ar- visual compacta da Edirol. Trata-se de mais conhecido como Tico Producer: ce. Também é possível fazer samples Ampliando o arsenal de ferra- Tico. “O P-10 é sucesso garantido.” tistas visuais enfi m tornou-se realidade. uma unidade stand alone que oferece “Confesso que quando a Roland Brasil delas para uso posterior. Videoclipes mentas do usuário, o equipamento (Maurício Martins) Novas ferramentas – mais potentes e todos os recursos necessários para criar me convidou para fazer uma apresen- com alta defi nição de vídeo e áudio – apresentações fascinantes, como captura tação com um produto que manipulava permitem manejar essas duas formas em tempo real e efeitos especiais. O áudio e vídeo simultaneamente, me PRIMEIRAS IMPRESSÕES distintas de arte. equipamento grava e reproduz imagens assustei um pouco”, conta. “Mas depois Durante a Expomusic 2008, Tico Producer pilotou Nesse mercado tão novo quanto e vídeos utilizando cartões de memória de passar alguns minutos com o Visual um Edirol Visual Sampler P-10 em apresentações no revolucionário, a Edirol se destaca por SD ou SDHC - de 512MB até 16GB - que Sampler, fi quei impressionado com os Roland Live Stage. Ao lado dele, a DJ Lisa Bueno utilizou um sampler de áudio Roland SP-555, em que oferecer produtos que aliam qualidade permitem armazenamento confi ável e re- recursos e o design, além da facilidade foi desenvolvida toda a parte musical. “Basicamente, e bom preço. Entre gravadores voltados produção com fi delidade. Pode-se trans- e da rapidez com que se pode aprender meu trabalho foi criado sobre aquilo que a Lisa ide- para broadcast e produção e o pacote ferir arquivos de áudio, clipes e fi guras de a manusear o equipamento. É como se alizou”, conta Tico. “Ela pesquisou sons de determi- Motion Dive MD-P1S, o lançamento de um computador pela porta USB, editá- eu o utilizasse há muito tempo.” nada época, e fi z o mesmo em relação às imagens. um sampler de vídeo que segue a linha e los e visualizá-los no próprio aparelho, Com interface do tipo sampler, o Precisei apenas organizar a ordem dos samples e o design de equipamentos similares aos utilizando o display colorido LCD de 3,5 equipamento possibilita disparar video- salvar em um SD. Sabia como seria a performance de áudio - utilizados em larga escala por polegadas e alta defi nição, que elimina a clipes e fi guras por meio dos 12 pads antes mesmo de realizá-la no aparelho.” todo o mundo – agitou a comunidade de necessidade de monitores externos e dá situados no painel superior. Isso permite Tico Producer e Lisa Bueno durante apresentação na Expomusic 2008 DJs, VJs e produtores. ao produto autonomia total. que o artista opere com imagens como

24 Música & Imagem Música & Imagem 25 Capa

Quais foram as principais difi - tas regras de como tratar um estilo. E, estava de saco cheio de banda, de turnê culdades que enfrentou para se quisesse, poderia fazer uma música e de tudo isso. Não sabíamos o que gravar o primeiro disco do Se- inteira tocando apenas o tom. fazer, se era algo relacionado com arte pultura? no museu ou música. Surgiram alguns Minha maior difi culdade era tocar Como foi a experiência de convi- convites para eu discotecar e como ela o bumbo, já que estava acostumado ver com os índios Xavantes? sempre estava comigo, começamos a a ensaiar em uma batera incompleta, Quando fi zemos o Roots (séxto nos apresentar juntos. Virou o Mixhell. com apenas uma caixa, um tom, um disco do ), quisemos ir à raiz Não foi uma coisa de ter feito uma surdo e um prato. Não tinha dinheiro da música do Brasil. E não há como ir reunião e decidido: “a gente vai montar para comprar um pedal, muito menos mais fundo do que trabalhar com os um projeto”. Esse trabalho meio que um bumbo e, consequentemente, não índios, que estão aqui desde sempre. apareceu e, hoje em dia, toma pratica- Depois de ser considerado um dos bateristas mais infl uentes do fazia coisa alguma com o pé. A primei- Não existia um lado percussivo e muito mente todo meu tempo. metal mundial, Iggor Cavalera investe na música eletrônica e ra adaptação para gravar o disco - que menos de bateria, porque os Xavantes retoma projeto com o irmão Max adotando instrumentos V-Drums achei bem estranha - foi ter que usá-lo. não possuem esses tipos de instru- Sofreu algum preconceito por Além disso, todas as pessoas estavam mentos. Tudo que fazem é com a voz. essa decisão? fazendo levadas e viradas na mão. Era Eles penduram coisas no corpo que Tudo que fi z sofreu algum tipo de Todo e qualquer artista al- Das brincadeiras com os um lance legal, que uso até hoje, de emitem algum barulho. Minha ideia preconceito. Nunca realizei algo que meja uma única coisa em sua amigos à gravação do primeiro fazer muitas coisas no tom e não fi car foi mais legal por isso. Levei algo para todo mundo tenha concordado. Mas, carreira: o sucesso. Após alcan- álbum com o Sepultura, o cami- me prendendo naquela regra básica somar com a cultura deles. para mim, não é uma coisa importante. çá-lo, no entanto, ele percebe, nho foi rápido. Aos 13 anos, Iggor de caixa, bumbo e chimbal. Quem quer desenvolver algo novo, frequentemente, que certos de- estreava em estúdio. O sucesso De que maneira se interessou tem que lidar com isso. Vai ter aquele talhes deixam de fazer sentido e chegou depressa e por mais de Muitos dizem que, no início, pela música eletrônica? que odeie ou ame. Acho que se o muito se perdeu durante a jorna- uma década o grupo se manteve suas linhas eram caóticas. De- Sempre fui ligado à música eletrô- artista prestar atenção nesse ponto, da. Depois do primeiro impacto no topo da lista dos preferidos pois, você se desenvolveu e até nica, mesmo tocando no Sepultura. acaba fazendo um trabalho muito óbvio dessa constatação, a maioria re- do metal. Depois de cultuado criou um estilo próprio. Como Acho muito importante todos os meios e previsível. Vira mais um. Essa não é a toma a alegria de trabalhar com como baterista de um dos mais aconteceu essa evolução? de fazer beats. Nunca me importei se minha preocupação. É lógico que ouço música, independentemente de importantes conjuntos do estilo Por instinto. Não foi algo pensado, é um moleque em um estúdio com tudo isso, mas não é um fator que in- bandas, contratos, gravadoras e no mundo, porém, o instrumen- de fi car pirando. Quanto mais você uma bateriazinha eletrônica ou um fl uencia o que crio musicalmente. parcerias, dedicando-se exclusi- tista afastou-se de tudo, movido alucina em querer criar um estilo, cara tocando um som na África. Não vamente aos projetos que lhe pelos desentendimentos que maior a difi culdade. Isso deve aconte- tenho esse preconceito entre beat Quando recebeu o convite do dão prazer. culminaram com a separação do cer naturalmente. Quando olho para o eletrônico ou orgânico, acústico. Vai Max para fazer o Cavalera Cons- Iggor Cavalera é um desses. grupo. Decidido a dar mais valor passado, consigo ver essa evolução. da criatividade de quem conseguiu piracy, em algum momento você Infl uenciado pelo pai no gosto ao convívio familiar, criou com a Mas, na época, meu pensamento era inventar algo de forma legal. Possuo hesitou em aceitar? pela arte sonora e apaixonado esposa, Laima Leyton, o Mixhell, tocar e tentar fazer coisas diferentes uma visão aberta de tudo. Tanto que, A minha hesitação era continuar o por bateria desde muito cedo, em que os beats eletrônicos com a banda. quando comecei a desenvolver os que estava fazendo com o Sepultura. com seis anos o garoto mineiro extravasam a eterna busca pela trabalhos no Mixhell, não parei e pen- Isso era algo meio óbvio. A partir do batucava em instrumentos como inovação que sempre perseguiu o De onde surgiu o interesse pelos sei: “não estou mais tocando bateria. momento em que ele me ligou, disse tarol e surdo existentes em sua músico. Após dez anos sem falar elementos tribais? Estou criando um beat com o dedo”. para trabalharmos em um projeto casa. “Tudo isso sem ter pensa- com o irmão - o guitarrista Max Foi algo como voltar ao início, aos Mas, para mim, o que estava saindo nosso, novo, que não seria Sepultura, mento de banda. Era uma coisa Cavalera – retomou o contato seis ou sete anos, com as coisas que da caixa era muito bom. Tanto quanto Soulfl y ou Mixhell, mas uma coisa que minha de querer tocar batera”, fraterno e profi ssional e deu início gostava de tocar até mesmo sem bum- o acústico. a gente ia inventar. E o que vai sair lembra. Aos oito, começou a ao projeto . bo. Muito dessa parte tribal veio disso e disso? Se for metal, que seja. Se for frequentar aulas, entretanto Explorando os recursos que de estar fazendo bastante trabalho de Por que decidiu investir nesse outra coisa, tudo bem. Quando recebi fi cou desmotivado por causa do a tecnologia pode oferecer, tons. Depois, comecei a ver que esses estilo? o convite dessa forma, para mim já método: “O professor percebeu sem esquecer as raízes que o elementos combinavam com o cami- Foi muito por acidente. Não foi pla- foi o bastante. Caso ele sugerisse fa- que o meu interesse não era elevaram à categoria de um dos nho que a banda estava seguindo, com nejado. Tinha a ideia de trabalhar com zermos uma continuação de um disco saber qual a melhor maneira mais importantes bateristas do algo mais percussivo. Então, passei a minha esposa na época. Ela estava há do Sepultura, eu não teria interesse: de segurar uma baqueta, mas metal, Iggor é a síntese do mú- tratar a bateria como um instrumento dez anos no Museu de Arte Moderna “legal, mas não é a hora para isso”. sentar e tirar um som.” sico moderno. de percussão, sem ter que seguir cer- e procurávamos algo diferente. Eu já Talvez daqui a 10 anos.

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Quais as principais diferenças desse projeto com Como teve a ideia de remontar uma bateria os outros que você teve com o seu irmão, como o apenas para reaprender a tocar de maneira Cavalera e Roland Sepultura e o ? diferente as músicas que sabia? O Cavalera Conspiracy é parecido com o Nailbomb. Não O Guilherme Cersosimo, meu roadie, é quem mais Ávido por incorporar novas sonoridades ao seu traba- musicalmente, mas do jeito que fazemos. E é muito diferente sofre com isso. Gosto de criar desafi os. Às vezes, lho, Iggor adotou os instrumentos Roland V-Drums como do Sepultura, já que nunca ensaiamos. Meu irmão escreve estou de saco cheio do mesmo set, então invento al- parceiros. O kit TD-12K, o sampler percussivo SPD-S e diversos riffs. Até brincamos que existe um armário que o Max guma coisa. Houve uma época em que decidi usar os os triggers utilizados para disparar amostras por meio da abre e pega o que quer. Ele grava muita coisa, o tempo inteiro tons totalmente fl at. E precisei meio que reaprender bateria acústica são, atualmente, as ferramentas mais e me mandou alguns CDs com esses riffs. Então, não foi como a tocar. É uma coisa gostosa. Como músico, isso me importantes do músico em seu processo criativo. era com o Sepultura, de fi car meses em um estúdio tocando, mantém vivo. fazendo jam para a música sair. Foi algo, como o Nailbomb, Quando você teve o primeiro contato com os Quais são as facilidade encontradas nesses em que a gente fez o disco e gravou em uma semana. Todos os seus trabalhos têm algum tipo de produtos Roland? equipamentos? inovação? Eu havia testado diversos equipamento. Até o Guilher- Acredito que o mais importante é buscar o resulta- Vocês estão procurando novos integrantes? Sim. Por mais que seja algo que você não consiga me (Cersosimo) me apresentou vários produtos Roland. do muito rápido. Com a bateria acústica, leva-se mais Não. O Cavalera é aquilo, uma formação que aconteceu ouvir, na minha cabeça sempre há. Tento entrar com Sempre tive interesse em colocar elementos eletrônicos tempo para chegar ao som que se procura. Acho que meio que por acaso. O Max queria trabalhar com o guitarrista outra pegada. Até mesmo o disco do Cavalera (Infl ikted), em meu set. E isso vem desde a época do Sepultura. Era o trabalho que o músico tem com uma eletrônica é que o acompanha (), já que ele está superafi na- em que procurei tocar o mais simples possível. Era uma uma vontade muito forte de contar com isso cada vez mais, muito mais pré do que pós. É tudo que se faz antes do com o cara. Para o baixo, quisemos chamar “alguém meta que eu tinha. Esse era um caminho novo. para poder criar e ter uma sonoridade maior. Essa parceria de chegar ao show. E é mais simples. diferente”. E o Joe (Duplantier), que é do Gojira, fez o disco. é um passo para tentar coisas novas. Minha ideia principal Agora, estamos com o Johny Chow, que é outro baixista Quais são seus próximos projetos? em trabalhar com a Roland é a de crescermos juntos. E, por Como os metaleiros reagem ao vê-lo tocan- que tocou durante a turnê. Ele é muito bom. Então, quando Este ano será de muitos trabalhos e shows. A ideia esse lado, acredito que o caminho seja infi nito. do com uma bateria eletrônica? pararmos para gravar outro trabalho, provavelmente será de realizar a turnê do Cavalera pelo Brasil está come- O público de metal não está acostumado com com esses integrantes. çando a fi car madura. Assim como a de fazer um disco Você é afi cionado em tecnologia? coisa alguma. A primeira vez em que usei um bum- novo. E o Mixhell tem um EP que vai sair na Europa. Isso Não sou afi cionado, mas estou conhecendo cada vez bo de 20 (polegadas), havia gente querendo me Você e o Max possuem uma sintonia musical bas- acaba vazando para o mundo inteiro. Nesse caminho, mais. Não tenho alergia. Meu irmão é que sofre. Ele é matar. Perguntaram por que eu ia tocar com esse tante intensa. Houve difi culdade com os outros estamos criando a trilha sonora de um fi lme nacional alérgico até ao celular. Há uma certa resistência de minha bumbo de brinquedo. Hoje em dia, está superco- integrantes? que vai falar sobre a história da moda no Brasil. geração. Mas quero estudar muito. Nem tenho tempo para mum. Acredito que essa resistência vale também A maior difi culdade era acompanharem a linha de raciocí- me dedicar tanto, senão não consigo tocar ou fazer outras para a parte eletrônica. A partir do momento em nio que tenho com o meu irmão, que é muito rápida. Trocamos O que você acha de tocar ao vivo? coisas. No entanto, tenho aptidão para compreender a que o cara vai ao show e vê, o que eu chamo de infl uências desde moleques, com três ou quatro anos. Existia É uma adrenalina diferente, já que há uma respos- tecnologia. teste de fogo, não tenho dúvidas de que ele sai essa sintonia mesmo quando jogávamos futebol. E continua ta gigantesca do público. Também gosto de estar no dali pensando diferente. com a música. Mas, como o Max estava participando da estúdio. É chato fi car horas para tirar um som. Mas é Teve difi culdades durante a transição da bateria produção do disco, ele teve uma ideia muito legal, que era uma sensação muito boa pegar um CD do que você acústica para a eletrônica? Quais as principais ferramentas que você a de deixar rolar. Se nós estivéssemos tocando uma coisa produziu, colocar no carro e falar: “estou ouvindo todo Não. O produto está tão evoluído que o músico conse- utiliza do SPD-S? muito boa, não íamos parar porque o baixista não estava aquele trampo, desde quando tive a ideia até agora”. O gue fazer a mesma coisa. Mas são dois bichos diferentes. A ideia de misturar o acústico com o eletrônico conseguindo seguir. Depois, arrumaríamos o baixo do cara. lance do ao vivo é meio que perder a noção do que se Se ele sentar em uma bateria eletrônica querendo que é mais a de buscar o punch. Quando se joga isso Foi uma decisão que funcionou superbem. Aos poucos, foram está fazendo. Nas gravações, não chego a esse nível. seja acústica, não vai dar certo. E vice-versa. É preciso ter no PA ou no monitor, não é necessário aumentar pegando o jeito, se adaptando. Porque nem preciso falar com Durante uma apresentação, estou tocando muito alto, a cabeça aberta e a sensibilidade de saber até onde vai tanto o volume do instrumento. No caso de outros o meu irmão. Basta nos olharmos e já sei o que fazer. Por mais forte e rápido. Tudo acaba acontecendo. É sensa- cada uma delas. sons, o intuito é procurar aquelas sonoridades que exemplo, se estou em um beat, ele faz a voz que encaixa cional acabar o show e ver que descarreguei tudo. (Nilton são feitas no disco mas não há possibilidade de naquilo. São coisas de sinergia. Corazza e Rafael Furugen) Utiliza os equipamentos Roland em gravações e disponibilizar em um show. O músico teria que performances? montar uma bateria maior que a do Neil Peart Iggor Cavalera arrastou uma multidão de fãs durante a Expomusic 2008 Utilizo em tudo. Tanto nessa turnê do Cavalera quanto (baterista da banda Rush) para ter tudo, desde nas coisas do Mixhell, estou usando a parte eletrônica efeito e várias coisas. Essa combinação é perfeita: cada vez mais do que a acústica. E no estúdio também. buscar o punch na bateria e poder samplear o que A combinação perfeita é ter os dois. foi utilizado no estúdio.

28 Música & Imagem Música & ImagemImagem 29 ME-70

O grande destaque da BOSS durante a Win- ME-70 no site www.bossbrasil.com.br). ter NAMM 2009 foi a apresentação da pedaleira Robert Marcello, especialista de produtos da ME-70 Guitar Multiple Effects. Ela chega ao mer- BOSS e principal demonstrador da ME-70 nos cado para substituir a ME-50 e fechar um ciclo de Estados Unidos, comenta: “A primeira coisa que modernização desse tipo de equipamento, iniciado faço ao tirar uma pedaleira da caixa, é testar como com os modelos ME-20 e GT-10, nos anos de 2007 soam os drives e as simulações. Anulo todos os e 2008 respectivamente. outros efeitos, seleciono um modelo de amplifi cador Por conta da facilidade de operação do aparelho, valvulado e vou aumentando o ganho”. Seguindo esse graças em parte à presença de botões dedicados, procedimento, o artista concluiu: “O resultado nesse a ME-50 foi o ponto de partida para sua sucessora. equipamento é impressionante. As opções STACK e Masao Takahashi, presidente da BOSS Corporation LEAD STACK são minhas preferidas e vêm prontas e chefe do projeto da ME-70, afi rma: “Sendo um para usar”. Rob Marcello (como é conhecido) tem sucesso de vendas no mundo todo desde 2003, a uma longa carreira como guitarrista-solo e integra a ME-50 trouxe uma enorme base de usuários para banda Danger Danger há mais de cinco anos. Com Seguindo a tradição de sempre oferecer produtos a marca, que ouviu as solicitações feitas por eles, a bagagem de um dos músicos de hard rock mais principalmente nos últimos dois anos”. Esses ape- conceituados de seu país, ele é enfático sobre a inovadores e adequados ao seu tempo, a BOSS anunciou los com certeza infl uenciaram o desenvolvimento qualidade dos timbres: “No meu mais recente disco- o lançamento da pedaleira ME-70 Guitar Multiple Effects da nova pedaleira, que incorporou recursos como solo, chamado Marcello’s Vestry, gravei as partes de simulação de amplifi cadores, gravação de loops e guitarra usando apenas um rack processador de efei- mudança de bancos na própria unidade. tos BOSS GT-PRO. Como ao vivo prefi ro pedaleiras, a ME-70 atende plenamente à minha necessidade RECURSOS SOB MEDIDA de timbres. E ela também aguenta a vida dura dos A inovação mais aguardada na ME-70 é, sem dúvi- palcos e estradas”. da, a incorporação de simulações de amplifi cadores. O novo equipamento apresenta 36 memórias O músico pode agora emular alguns modelos clássi- de usuário (USER PATCHES), em que os ajustes cos na criação de seus timbres e ligar o equipamento podem ser salvos, além de 36 de fábrica (PRESETS diretamente à mesa de mixagem ou a sistemas de PATCHES), que também servem como ponto de gravação. Esse recurso também é importante para partida para criação de timbres. estudo com fones de ouvido, adicionando mais Uma solicitação feita com veemência pelos “corpo” e realismo ao som. Para acioná-lo, basta um usuários da antiga ME-50 e incluída nesse projeto simples toque em um botão. Em seguida, é possível foi a possibilidade de mudança de bancos de me- selecionar um tipo desejado e ajustar os parâmetros, mória por meio dos pedais, sem a necessidade de como seria feito em um amplifi cador “real”. incorporar footswitches externos ao setup. Esse A ME-70 recria modelos clássicos para guitarra recurso havia sido adicionado ao modelo ME-20, por meio da exclusiva tecnologia COSM, presente mas fi cou ainda mais simples de ser utilizado. também no topo de linha da marca, o processador A ME-70 organiza a memória em nove setores, de efeitos GT-10. Os seis tipos apresentados no cada qual com quatro pedais numéricos. Pressionar novo produto cobrem praticamente todas as ne- os pedais 1 e 2 simultaneamente inicia a seleção de cessidades dos músicos: vão de modelos “clean” bancos; nesse modo, o primeiro passa a funcionar - ao melhor estilo JC-120 - até sistemas valvulados como BANK DOWN e o segundo como BANK UP. de cabeça e caixa com alto ganho, os chamados Em seguida, basta acionar o 3 ou o 4 para ativar o “stacks”. Existem ainda configurações novo banco. Após isso, é necessário escolher a me- ideais para blues, rock, hard rock e heavy me- mória pressionando o pedal desejado. O processo é tal, todas com sonoridades incrivelmente pró- rápido e facilita o trabalho dos guitarristas em palcos ximas às dos originais (ouça os timbres da e apresentações ao vivo.

30 Música & ImagemImagem Música & ImagemImagem 31 ME-70

TRAJETÓRIA Tradição é, atualmente, um dos fatores mais importantes no momento apenas a incorporação das novas ferramentas, mas proporcionou de decidir pela compra de algum equipa- um salto na qualidade de timbres. Primeiramente os engenhei- mento. Seja uma máquina fotográfi ca, ros pensaram nas funções e na sonoridade do equipamento, um aparelho de televisão, um telefone para depois projetar o processador” comenta Takahashi. celular ou um instrumento musical, Outras novidades da ME-70 são um pedal numérico adicio- olhar para o passado e conhecer a histó- nal (quatro no total contra três na ME-50) e a possibilidade de ria de determinada marca pode ser fun- endereçar para o de expressão parâmetros como o volume do damental para a escolha e a aquisição efeito de delay (DELAY LEVEL) e a velocidade de repetição de de produtos confi áveis e que atenderão Das ferramentas adicionadas pedaleira não possui menus de na- alterar os valores individualmente. efeitos de modulação (MODULATION RATE). as expectativas. Neste aspecto, entre à pedaleira, a mais inovadora é o vegação ou parâmetros escondidos. Em um timbre formado por overdrive, Um capítulo a parte é o novo visual e a construção extre- tantos outros, a BOSS é imbatível, pois mini Loop Station. Com o PHRASE Se o guitarrista deseja, por exemplo, chorus e delay, por exemplo, como os mamente resistente. Não é de hoje que a BOSS tem a fama praticamente inventou os pedais de efei- LOOP, que fi ca dentro do bloco de aumentar a profundidade do fl anger, efeitos têm quatro parâmetros, seria de produzir equipamentos duráveis como tanques de guerra, to para guitarra e determinou o formato efeitos de DELAY, é possível gravar há um botão de acesso direto para preciso confi gurar até 12 valores para projetados para suportar os palcos e as estradas mais exigentes. e as características dos mesmos até os até 38 segundos de áudio. O trecho esse valor. Os efeitos estão divididos a criação de um único timbre. Isso Com a ME-70 não é diferente. À primeira vista, pode-se pensar dias de hoje. Poucos sabem, no entanto, é repetido indefi nidamente e há a em oito blocos distintos: PREAMP/EQ leva tempo e, em alguns casos em que seu chassi é de plástico, mas basta levantar a pedaleira que que a tradição que a empresa carrega possibilidade de sobrepor a ele novas (simulação de amplifi cadores e equa- que o músico não tem experiência em o peso da mesma falará por si. Produzida em metal, o acaba- nesse tipo de aparelho também existe linhas (overdubs). O guitarrista pode lizador), COMP/FX (compressor, fi ltro pedaleiras, pode ser frustrante. Nem mento foi feito na cor preta, com minúsculos pontos brancos, o nas famosas pedaleiras multiefeito. interromper a reprodução ou a capta- e emulação de captadores), OD/DS todos sabem dizer o que parâmetros que imprime um visual “vintage” ao produto, característico de Há exatos 20 anos, a BOSS lançou ção do loop de forma rápida e precisa, (overdrive e distorção), MODULATION como tone, resonance e feedback aparelhos de som antigos. Os botões e pedais de acionamento sua primeira pedaleira com efeitos para pressionando um dos pedais. É muito (efeitos de modulação e harmonizer), efetivamente fazem. Nesses casos, também são superduradouros e podem ser acionados por anos guitarra. Nesse equipamento, o usuário interessante utilizar esse recurso com DELAY (vários tipos incluindo modos utiliza-se o EZ TONE. No exemplo sem apresentar falhas de contato ou ruídos. podia salvar seus ajustes e chamá-los a unidade em modo MANUAL. Nele, ANALOG, REVERSE e MODULATE), citado acima, basta selecionar uma Recursos avançados aliados a timbres profi ssionais, constru- de volta pressionando uma sequência os pedais numéricos não selecionam REVERB, NS (eliminador de ruídos) sugestão de ajuste para cada efeito ção ultraconfi ável e extrema facilidade de uso fazem da ME-70 de pedais. Trata-se da famosa ME-5 mais memórias de ajustes salvos pelo e PEDAL FX (endereçamento de e o timbre estará montado em ques- um “passo além” na questão de pedaleiras multiefeito. Com a Guitar Multiple Effects, com oito me- usuário, mas ligam e desligam efeitos funções para o pedal de expressão). tão de segundos. “Esse recurso foi experiência de 20 anos fabricando esse tipo de equipamento, mórias de usuário (recurso que, atual- específi cos, como em um sistema de Cada um deles tem seus controles de desenvolvido tanto para os iniciantes a BOSS criou um produto poderoso e inspirador. A ME-70 com mente, seria motivo de piada nesse pedais compactos individuais. Neste ajuste separados e com função defi - como também para os profi ssionais, certeza atenderá os mais exigentes profi ssionais e também os universo). Graças à qualidade desse caso, basta deixar o delay confi gurado nida. Basta olhar o painel da unidade pois a construção de timbres é mui- iniciantes no mundo dos efeitos para guitarra. (Sergio Motta) produto e ao sucesso instantâneo que em PHRASE LOOP e ligar este efeito para entender como a confi guração to mais rápida e direta, tornando o atingiu entre guitarristas profi ssionais – para começar a registrar os loops. de parâmetros pode ser fácil e dire- processo todo mais veloz”, comenta e, em um segundo momento, também Uma dica extra é ajustar a seção ta. Apesar disso, os engenheiros da Masao Takahashi. Também é possível hobbistas -, ainda é possível encontrar MODULATION na opção OCTAVE BOSS conseguiram simplifi car ainda editar manualmente as opções apre- algumas ME-5 em palcos ou escolas (oitavador), para adicionar linhas de mais o processo de criação de timbres sentadas pela ME-70 e salvar essas de música. E em pleno funcionamento, contrabaixo a eles. Desnecessário por meio do recurso EZ TONE. alterações como novas confi gurações afi nal são pedaleiras BOSS, ou seja, mencionar as diversas utilidades que Esta nova função é um atalho para a serem utilizadas na concepção de resistentes e de altíssima durabilidade. essa função oferece para estudo, ajustes pré-defi nidos da ME-70. Se o outros sons. Após esse lançamento de enorme composição e, até mesmo, perfor- guitarrista não quiser ou não souber aceitação, foram produzidos os mode- mances inusitadas. lidar com parâmetros, basta pressio- NOVIDADES POR los ME-6 (1993), ME-8 (1995), ME-10 nar EZ TONE. Ao fazer isso, os botões DENTRO E POR FORA (1997), ME-30 (2000), ME-33 (2002), UM PARÂMETRO, de seleção do equipamento passam Os recursos apresentados, no ME-50 (2003) e ME-20 (2007), cada um UM BOTÃO a apresentar propostas de confi gura- entanto, não seriam possíveis sem o deles com as melhores características O painel da ME-70 é um capítulo a ção, ou seja, a pedaleira dá sugestões desenvolvimento de um processador de seu antecessor e mais algum recur- parte, mantendo toda a facilidade de extremamente úteis para cada efeito DSP customizado pela BOSS para a so inovador, como afi nador embutido, operação do modelo ME-50. A nova da unidade, sem a necessidade de ME-70. “Esse elemento permitiu não Robert Marcello durante apresentação da ME-70 na Winter NAMM 2009 pedal de expressão e processamento em 16 bits, entre muitos outros.

32 Música & ImagemImagem Música & Imagem 33 V-Piano

Em 1995, a Roland inaugurou uma a americana Steinway e a austríaca Nesse estudo, o coordenador nova era na geração sonora: nasceu Bosendorfer, que carrega toda a internacional de projetos da Roland, o primeiro equipamento ostentando tradição musical europeia nesse tipo o americano Scott Tibbs, teve atu- a sigla “V”, de virtual. O V-Guitar se de fabricação. ação importante, pois foi o músico propôs a emular diferentes corpos de Selecionados os modelos, todos que encabeçou essa empreitada. guitarra, amplifi cadores, captadores, os componentes foram inteiramente Para ele, a concepção não era enfi m, tudo que faz parte do mundo analisados para que os engenhei- somente a de atingir a reprodução das seis cordas. ros pudessem compreender como fiel de um instrumento acústico, No ano seguinte, o V-Studio chegou cada um infl uencia a sonoridade do mas a de proporcionar algo que ao mercado, revolucionando o conceito instrumento e interage com ela. Os fosse possível somente por meio de gravação digital. A empresa vendeu exemplares, então, foram divididos da virtualização: “Além de termos a milhares de unidades dos populares em algumas partes estratégicas como emulação real e completa de todas VS, transformando o sonho de registro teclas/mecanismo, sistema de pedais, as partes de um piano, queríamos em hard disk em realidade. caixa de ressonância, tábua harmônica, oferecer a opção de, por exemplo, A virtualidade cresceu ao longo do harpa (chapa de metal que acondiciona criar um modelo com uma cauda de tempo com o lançamento das linhas as cordas) e as próprias cordas. Naque- 8 metros de comprimento ou três V-Drums, V-Mixer, V-Bass, V-Synth e la época, no entanto, era impossível cordas para todas as teclas, o que V-Accordion, todas com a mesma prever quando a tecnologia permitiria não é comum”. Entusiasmado com proposta: emular em um único siste- o lançamento de um verdadeiro piano a ideia, Tibbs preconiza: “Seria a ma o ambiente e o universo de cada acústico virtual. tecnologia virtual da Roland realizan- instrumento. Após a conclusão dessa análise em do algo que nunca existiu na fabrica- todas as partes, a Roland principiou a ção dos pianos acústicos”. PIANO VIRTUAL captação das amostras, realizadas em O engenheiro Yasunobu Suzuki Há exatamente 10 anos, em 1999, altíssima resolução, sem os tradicionais comenta que o V-Piano não é iniciou-se uma pesquisa detalhada loops utilizados nos processos comuns somente baseado em samplers: sobre o que muitos chamam de “o pai de sampleamento. Em contrapartida, “A marca Roland é bem conhecida dos instrumentos”. O departamento os engenheiros iniciaram a criação dos pela série RD, que possui amostras de engenharia da Roland Corporation, algoritmos que viabilizariam emular muito realistas. Quisemos oferecer no Japão, se propôs a estudar todas tudo que interfere no som de um piano, algo além do que existe no mercado as partes de um piano acústico. Para desde o tipo de corda e o tamanho da e que pudesse surpreender todos isso, por terem características distin- cauda até o mecanismo das teclas e a os músicos: um piano digital com tas, duas marcas foram escolhidas: dimensão do martelo. alma de instrumento acústico”.

Coordenado por Scott Tibbs, o projeto V-Piano rompe a barreira da fi delidade absoluta

34 Música & ImagemImagem Música & ImagemImagem 35 An_Placa ARX03.pdf 13/3/2009 17:12:13

V-Piano

UTOPIA POSSÍVEL de resposta quando uma tecla é repetida Com o software editor desenvolvi- em valores como semicolcheias, fusas do para esse equipamento, é possível ou semifusas. O recurso Escapement, transformar a sonoridade dele a fi m de exclusivo dos pianos digitais da marca, foi que corresponda à de qualquer piano, aperfeiçoado e agora está disponível para mesmo imaginário. Prova disso é que as notas tocadas em pianíssimo. O PHA se pode alterar o comprimento da cau- III conta, também, com acabamento Ivory da até muito além do tradicional assim Feel, que dá o aspecto de marfi m às teclas como o material com que são feitas e absorve a oleosidade e o suor das mãos, as cordas, de prata ou revestidas de permitindo uma execução mais segura. cobre, entre outras opções. Algumas John Maul, especialista de produtos funções inovadoras também podem ser no Reino Unido e um dos demonstrado- usadas, como o recurso Sweet Spot, res do projeto no NAMM Show, explica que permite selecionar uma região e a diferença entre esse novo equipamento modifi car a ressonância somente dessa e os produtos existentes no mercado: área adicionando brilho à região mais “O músico sentirá uma conexão com grave, por exemplo. ele. A série RD é fantástica, mas com o Outro fator que mereceu cuidado V-Piano há mais controle do resultado,

especial foi o sistema de mecanismo como em um instrumento tradicional”, C

das teclas. “O timbre de um piano afi rma. “Todos os elementos - geração so- M

acústico se altera quando diferentes nora, mecanismo de teclas e emulação dos Y

músicos se apresentam com ele”, co- componentes - colaboram nessa direção. CM menta Scott Tibbs. “Se alguém tem um A engenharia fez um magnífi co trabalho, MY toque mais suave, o instrumento soa de Telas de edição permitem customizar sem deixar o conceito artístico de lado.” CY diversos aspectos do V-Piano - como um modo. Com a ‘pegada’ mais forte, Para maior perfeição na reprodução a textura do martelo, a afi nação e o CMY de outro. Isso não é tão perceptível nos material de fabricação das cordas - de um modelo acústico, o V-Piano possui por meio de gráfi cos realísticos K modelos eletrônicos atuais.” quatro saídas de áudio - duas para o som Para aprimorar essa sensação, foi desenvolvido o natural do instrumento e duas para a ambiência – que, Progressive Hammer Action III, a terceira geração do consa- conectadas a um sistema quadrifônico, recria o campo grado mecanismo Roland. “Criamos um novo sistema com sonoro que um piano de cauda proporciona. Além disso, CPU dedicada, algo inédito para os modelos digitais”, afi rma doze tipos de efeitos estão disponíveis para aprimorar essa Tibbs. O V-Piano Engine (motor sonoro do equipamento) sensação acústica e há um knob exclusivo no painel para trabalha com um processador de última geração, captando o controle em tempo real desses recursos. os dados das teclas e moldando o som conforme a “pegada” O equipamento também está equipado com e o estilo do músico. Outra inovação é o aprimoramento uma porta USB de comunicação com computadores (PC e Mac) para edição de timbres e parâmetros. Outra cone- xão do mesmo tipo permite a execução de arquivos de áudio e SMF diretamente de pen drives, fazendo uso do gerador interno do equipamento para reprodução de sons GM2. Com o lançamento do V-Piano, a Roland eleva o pata- Scott Tibbs durante a Winter NAMM 2009 mar da qualidade de simulação e criação de timbres de apresentando o V-Piano piano acústico a um nível inimaginável e praticamente impossível de ser alcançado. Certamente, grandes virtuo- ses e compositores, como Beethoven, Mozart e Chopin, estariam extasiados com esse incrível instrumento e suas possibilidades. (Sergio Terranova Jr.)

36 Música & Imagem Música & Imagem 37 TD-4K

NOVIDADE mesmas técnicas que usaria em uma bateria acústica. Mesmo com a boa aceitação dos bateristas pelos E com expressividade ímpar, por causa do grande con- recursos do TD-3, a Roland - confi rmando sua vocação trole de dinâmica, que permite tocar muito forte ou bem de não estacionar no tempo - está substituindo o TD- fraco”, diz Garza. 3KW pelo TD-4K, com aperfeiçoamentos expressivos: Um dos responsáveis pelo projeto, o engenheiro rack MDS-4, módulo TD-4 com quatro vezes mais me- Ayumu Takahashi, explica como atingir tal grau de perfei- mória, 125 novos sons aplicáveis de muita qualidade, ção: “Utilizamos os melhores microfones e estúdios para 25 kits editáveis, sensibilidade de trigger aprimorada, captar os sons em alta fi delidade. Mas a expressividade modo de exercícios atualizado, função Quick Rec, sonora é resultado da combinação da qualidade das display com visualização facilitada e posicionamento amostras, da precisão da sensibilidade e da interface do módulo mais confortável, além de afi nação e aba- (pads, pratos etc). No momento da criação dos kits, todos famento dos sons por meio de botões dedicados no esses fatores devem estar associados.” painel, para ajustes imediatos. Além da gama dinâmica que o novo modelo oferece, Mesmo mantendo a configuração de V-Pads, alguns recursos aproximam ainda mais o músico acostu- V-Cymbals e V-Kicks do antecessor, o módulo TD-4 mado aos kits acústicos do equipamento eletrônico. Se permite um desempenho superior dos pads. “Um grande desejar, usando os botões de afi nação e abafamento, é progresso foi alcançado nos sons”, diz Johnny Rabb, um possível ajustar detalhes que personalizarão os timbres dos mais conceituados bateristas da atualidade. “Os muito rapidamente ou resolver sobras de frequências timbres da TD-3 são ótimos, mas os da TD-4 são incrí- indesejáveis em performances ao vivo. E uma das carac- veis”, afi rma(assista os vídeos de Michael Schack no site terísticas mais marcantes é a opção de cortar o som dos www.v-drums.com.br). pratos utilizando a técnica choke cymbals. Se comparada a dos demais módulos TD, a quanti- dade de sons do novo modelo é menor. No entanto, são expressivos e não deixam nada a desejar em termos de qualidade, preenchendo totalmente as necessidades de um baterista que quer tocar “pra valer”, sem muitas Sensibilidade adaptações técnicas. Por conta disso, o real feel é uma possibilidade concreta: “O produto tem sensibilidade extrema e ‘feeling’ de bateria”, diz Rabb. “A transição é e potência perfeita. O músico pode usar um kit acústico nas gigs e praticar na TD-4K.” V-Drums TD-4K traz expressividade aprimorada e recursos inovadores Outro baterista que atesta a qualidade e a expres- sividade do equipamento é David Garza, especialista A categoria V-Compact Series com módulo TD-3 PD-8 (que era usado na posição de chimbal) foi trocado de produtos V-Drums da Roland US: “A TD-4 é perfeita dos kits V-Drums ofereceu uma solução para bateristas pelo inovador CY-5. Esses aperfeiçoamentos permitiram para o estudo. Isso por que os sons são muito bons, por que necessitavam de um instrumento com controle de um melhor desempenho físico dos instrumentistas, causa das mudanças que a Roland fez tanto no hardware volume ao mesmo tempo em que respondesse às ne- por conta do diâmetro maior do PDX-8 (10 polegadas) quanto no software.” cessidades técnicas exigidas para uma boa performance. e do movimento mais natural que o CY-5 possibilita. Uma grande melhoria foi aplicada à sensibilidade. Isso inclui sensibilidade para dinâmica de intensidades Com essas alterações, a nomenclatura mudou para Apesar de a confi guração ser a igual a do modelo subs- variadas, sons reais, modo de exercícios efi ciente, pads TD-3KW e o produto se fi rmou defi nitivamente como tituído, o módulo TD-4 em conjunto com os respectivos macios e rack fl exível e resistente. uma opção perfeita para músicos que necessitavam de pads responde ainda melhor às nuances de toques O kit TD-3K agradou os bateristas nacionais e foi um um kit eletrônico com custo acessível para atividades leves e fortes. As mudanças de dinâmica fi caram mais dos motivos da maior divulgação da linha V-Drums no variadas: estudo, aulas, performances, estúdios, igrejas gradativas, tornando o controle de intensidade ainda País. Mesmo bem-aceito desde o lançamento, houve um etc. O equipamento atendeu perfeitamente a todas essas mais natural. “Basicamente, o músico pode utilizar as aprimoramento, em 2006, no que diz respeito aos pads: exigências, tanto que foi sucesso em todo o mundo,

o V-Pad de caixa PD-80R foi substituído pelo PDX-8 e o incluindo o Brasil. Johnny Rabb demonstra a TD-4K durante a Winter NAMM 2009

38 Música & ImagemImagem Música & Imagem 39 An_P-10.pdf 6/3/2009 10:36:11

TD-4K

O KIT Entre as alterações aplicadas ao módulo, a dis- posição do display é uma das que mais chamam a atenção. Além de ser mais interativo, o LCD com backlight na cor azul - o que facilita a visualização também em ambientes escuros - está na posição frontal, tempo, no en- diferentemente do que ocorre nos demais kits TD. tanto, o TD-4 aumen- A conexão dos pads ficou mais prática e segura. ta a audibilidade do click, em Seguindo o exemplo dos modelos HD-1 e TD-9, o co- três níveis, até o instrumentista se corrigir. nector do multicabo é do tipo DB-25 e as pontas indivi- Além dessa, outras quatro funções de estudo estão duais apresentam formato P-10 estéreo. Basta apenas incluídas: Warm Ups, Time Check, Quiet Count e Auto encaixá-los, seguindo as etiquetas de fábrica existentes Up/Down. em cada um. Com isso, não é necessário verifi car na Após o uso de uma das cinco opções do modo de traseira do módulo se a conexão está sendo feita no input exercícios - ou de todas elas - o V-Drummer pode desfru- correto. Também estão disponíveis duas saídas de áudio tar de uma ferramenta que anteriormente apenas estava P-10 (L/R), MIDI OUT e Mix IN para players externos. disponível a partir dos kits TD mais caros: a Quick Rec. O rack MDS-4 também foi alvo de melhoras signifi - Com ela, pode-se registrar uma performance, com ou sem cativas. O design é baseado no modelo MDS-9 e possui metrônomo, de forma rápida e imediata, sem a necessida- estrutura tubular, suporte de chimbal mais alongado e de de conectar a bateria em gravadores ou computadores C mudança de posição do módulo. Como o TD-4 tem o com interfaces. Isso acelera o processo de estudo e não M display frontal, diferente do formato de mesa, ele está desvia a atenção para outros equipamentos ou possíveis Y instalado abaixo dos dois pads de tons PD-8, no centro “problemas”, caso esses aparelhos não estejam totalmente CM do rack, fazendo que o baterista olhe para a frente e não preparados ou disponíveis. O músico grava e ouve rapida- MY para o lado esquerdo. Por causa dos quatro pés, a estru- mente o que tocou, pressionando botões dedicados no CY tura apresenta resistência maior. Também é fácil colocar painel do TD-4. o controlador de chimbal FD-8 na melhor condição de CMY Com o conhecimento adquirido pelos bateristas ao uso. A área que o rack ocupa é muito pequena (1 metro x K longo dos últimos anos, eles não poderiam esperar nada 0,70 metro x 0,85 metro), o que permite ao músico montar menos do que a Roland está lançando neste momento. a bateria em situações de extrema falta de espaço, sem A TD-4K não é apenas um modelo que substitui a TD-3KW, sacrifi car as opções necessárias para ajustes dos pads. mas o instrumento que fará os músicos reticentes em integrar um kit eletrônico em suas vidas defi nitivamente ESTUDO vencerem esse conceito por completo. (Gino Seriacopi) O modo de exercícios é um capítulo à parte na TD-4. Como já MAIS V-DRUMS é conhecido nos equipamentos Aumentar a quantidade de pads em kits eletrônicos é sempre um de- V-Drums, o Coach Mode tornou-se sejo dos V-Drummers. Para isso, o TD-4 possibilita a conexão de mais um uma ferramenta essencial nos kits. deles, que pode ser adquirido separadamente. Melhor ainda é a notícia de Todos os bateristas precisam praticar que esse módulo, assim como os demais da linha TD, é compatível com para melhorar a velocidade e a preci- o chimbal VH-11. Para completar, o baterista pode conectar o CY-12R/C, o são. E essa ferramenta, além de ajudar V-Cymbal com o three-way system que permite tocar cúpula, superfície nesses aspectos, torna o estudo ainda e borda de prato de condução em suas próprias posições. O rack MDS-4 mais efi ciente. mantém o padrão do tamanho dos tubos já utilizados nos outros da série. Uma grande inovação é o Tempo Para apoiar os V-Cymbals e V-Pads adicionais, portanto, basta adquirir os Check: o módulo, ao perceber que o suportes já disponíveis, como o MDY-10U e MDH-10U. Os amplifi cado- músico está tocando de forma corre- res PM-10 e PM-30 da linha V-Drums respondem perfeitamente bem às ta, abaixa o volume do metrônomo frequências necessárias desse novo modelo. automaticamente. Se ele sair do

40 Música & ImagemImagem Música & Imagem 41 V-Studio

digital específi co para a interface VS- a CPU. O software Fantom Sistema completo 700R V-Studio I/O, de maneira que, VS Editor, por sua vez, via- pressionando apenas uma tecla, é biliza a integração total e o V-Studio oferece solução integrada de hardware e software para produção musical possível alterar a funcionalidade dela acesso direto aos timbres do para comandar qualquer equipamento hardware com o Sonar, fun- de vídeo e imagem compatível com V- cionando como um plug-in O Sonar V-Studio 700 chega ao Composto pelas unidades VS- MÓDULOS Link, incluindo a linha de sistemas de VST que possibilita a criação mercado para atender aqueles que 700R e VS-700C, além do software A VS-700C é uma superfície de edição não linear Edirol DV-7. de timbres únicos. Para pro- precisam de uma solução completa, Sonar 8 Producer, o equipamento controle totalmente integrada com o É no VS-700R que são feitas as porcionar ainda mais poder integrada, confi ável e com excelente disponibiliza as ferramentas ne- Sonar 8. O aparelho possui faders mo- conexões de áudio e MIDI do sistema de fogo ao sistema, um slot sonoridade para produção musical. cessárias para todas as etapas de torizados de 10 milímetros sensíveis V-Studio 700. Trata-se de uma interface para placas de expansão O pacote preenche o espaço entre um trabalho, desde pré-produção, ao toque, meter, LCD que possibilita com capacidade para 20 inputs e 26 Roland ARX permite utilizar as alternativas “econômicas” de produção e gravação até mixa- a visualização de parâmetros, seção outputs. O módulo possui oito pré-am- as novas sonoridades e ferramentas ramentas de edição, criação, mixagem pouca capacidade e os sistemas gem e masterização. Além disso, de transporte com botões iluminados plifi cadores com Phantom Power e 14 desenvolvidas pela empresa com a e masterização. E a compatibilidade competitivos mais caros, ofere- esse projeto inovador atende as e knobs de giro infi nito para mixagem saídas analógicas para fl exibilidade de tecnologia SuperNATURAL. com sistemas de 64 bits permite mais cendo um equipamento ao mesmo exigências dos profissionais de e controle de plug-ins, além de ex- roteamento de BUS e auxiliares, além A impressão que se tem à primeira qualidade de áudio do começo ao fi m tempo dotado de muitos recursos pós-produção, incorporando fun- clusivo joystick para posicionamento da possibilidade de mixagem surround. vista é a de que um equipamento com das produções. e com custo acessível a uma ampla cionalidades de hardware para surround e T-bar para funções de Está disponível, também, uma ampla esses recursos demandaria conexões Entre os recursos disponíveis, gama de usuários. controle de vídeo e imagem. vídeo. Também oferece comando variedade de conexões digitais, como complexas e uma grande quantida- destacam-se os 49 plug-ins de efeitos, AES/EBU, S/PDIF e ADAT, e Word Clock de de condutores. A operação do alguns deles com ferramentas dedi- para sincronismo e MIDI I/O. Graças V-Studio 700, no entanto, se inicia cadas à masterização. Também estão à qualidade de seus conversores e à com apenas dois cabos: um conecta presentes 15 sintetizadores virtuais resolução de 24bit/192kHz, aliadas à a VS-700C à interface VS-700R e outro como o Dimension Pro e a versão alta velocidade da porta USB 2.0, é (USB) liga o sistema ao computador. completa do Rapture. Este último, possível uma gravação cristalina e com Os componentes adicionais do paco- vencedor do prêmio MiPA (Musikmes- baixa latência. te – software Sonar, drivers, plug-ins se International Press Award), oferece Os pré-amplificadores também de controle e inúmeros modelos de sonoridades modernas para alimentar são controlados digitalmente, o que projetos – são instalados facilmente, produções nos estilos pop, dance, hip permite alterar o ganho a partir da e em alguns minutos o equipamento hop e eletrônica. mesma superfície em que é feita a está pronto para operar. A integração de hardware e sof- mixagem e memorizar os ajustes na tware, aliada à qualidade de ambos os programação. A possibilidade de recu- SOFTWARE componentes, é o diferencial que faz perar as confi gurações individuais de O Sonar 8 Producer é o cérebro que do V-Studio 700 a solução ideal para cada microfone pode corresponder a comanda as ações do sistema V-Studio gravação e produção a preço acessível. uma grande economia de tempo em 700. O software oferece poderosas fer- (Renan Dias) uma sessão. Além de tudo isso, o VS-700R traz EXPANSÃO integrado a ele o sintetizador Fantom Os usuários do Sonar V-Studio 700 que desejarem mais entradas VS, com mais 1.400 timbres dos e saídas podem adquirir um módulo adicional VS-700R V-Studio I/O. lendários modelos Roland. Pelo fato A adição dessa unidade aumenta a capacidade do sistema para 41 do controle desse gerador sonoro entradas e 56 saídas (37/48 simultâneas). Uma segunda VS-700R ser efetuado pelo DSP existente na também duplica o potencial de síntese, disponibilizando dois Roland interface VS-700R, ele praticamente Fantom VS e dois slots de expansão ARX no Sonar. não produz latência e nem carrega

42 Música & ImagemImagem Música & ImagemImagem 43 Pergunte ao Especialista a s e Ç Ã o pe r G u N T e a o especialisTa É d e d i c a d a a r e s o l v e r a s d ú v i d a s d o s l e i T o r e s . eN v i e s u a p e r G u N T a p a r a o e-M a i l r e v i s T a @r o l a N d .c o M .B r O Digital Snake pode servir como interface de gravação? Leonardo Guilherme Algo estranho aconteceu com meu Fortaleza - CE teclado. Depois de tocar por mais de 4 horas sem problema algum e guardá- Tanto o Digital Snake quanto o V-Mixing M-400 trafegam áudio digital lo com todo cuidado no case feito sob em 24 bits via cabos de rede CAT5e. O protocolo é baseado no Fast medida para ele, não consegui fazê-lo Ethernet (10/100) que interliga computadores à internet e às redes funcionar no dia seguinte. Além disso, de compartilhamento. No caso do primeiro, é possivel – por meio percebi que algum tipo de líquido dei- de um hub-switch comum ou de um módulo S4000-SP, da RSS – xou o display “suado” por dentro, com conectar um sistema convencional S4000 a um Sonar 7 Producer e uma “nuvem” de vapor. Há explicação gravar até 40 canais. Esse procedimento faz uma cópia exata do que para isso? o S-4000 S-3208 está recebendo nos pré-amplifi cadores de entrada. Jeferson Soares Atualmente, no mercado, o software Sonar Producer (a partir da ver- Campina Grande - PB são 6.2) é o único que aceita a porta LAN do desktop como interface de áudio. Para isso, Ao terminar de usar um instrumen- causas do defeito apresentadas teclado, deixando-o em repouso basta instalar o dri- to eletrônico, é preciso esperar pelo profi ssional provavelmente no mínimo 30 minutos, para ver REAC, oferecido pelo menos 30 minutos antes de são fonte interna ou placa de cir- que a temperatura interna possa gratuitamente pela acondicioná-lo em um bag ou, cuito queimada e oxidações nas diminuir e evitar os eventuais Roland na compra de qualquer Digital Snake. As confi gurações míni- principalmente, em um case de placas. Muitos músicos já viven- problemas. Esse tempo de espera mas para isso são: Intel Core 2 Duo 2GHZ, 2GB de memória RAM, um alumínio. Este é um dos hábitos ciaram situações semelhantes, deve ocorrer em duas situações: HD IDE para sistema operacional, dois HDs SATA para gravação e porta que os músicos devem adquirir por exemplo, ao perceber que tanto antes de começar a usá- lan Gigabit Ethernet. Pode ser utilizada, também, uma unidade Edirol em relação a seus equipamentos, a parte superior do instrumen- lo, depois de remover o mesmo FA-66, cujo papel será única e exclusivamente para monitoração via fone sobretudo teclados. Ao ignorar to, próxima aos botões, ou até da bag ou do case, quanto após ou Line Out do que está sendo registrado no Sonar. Essa tarefa pode ser este procedimento ao fi m de um mesmo o display (LCD) estavam a utilização. Outra interessante feita pela console de áudio que recebe analogicamente o sinal, visto que ensaio ou evento, o usuário corre úmidos depois de o aparelho ter opção são os dessecantes, como este é uma cópia dos pré-amplifi cadores de entrada. o risco de, na próxima em vez que sido transportado em um bag ou sílica gel, Zorb-It ou Dry Bag. Nos No caso da V-Mixing System, a mesa já monitora a gravação em si. Veja for utilizá-lo, encontrar problemas: case. Isso acontece por causa da eletrônicos, essas substâncias ao lado os diagramas utili- o aparelho pode até mesmo não condensação que normalmente previnem a condensação. Podem zando o conjunto formado ligar no dia seguinte, embora ocorre quando o vapor é resfriado. ser encontrados pequenos paco- por S-1608, S-4000S-3208 e tenha funcionado perfeitamente Ao serem protegidos, os aparelhos tes em qualquer artigo passível V-Mixer M-400 para registro no anterior. musicais em funcionamento por de ser afetado por umidade ex- multicanal. A primeira iniciativa deve ser a de um longo período, em associação cessiva ou condensação. A sílica levá-lo a uma assistência técnica à falta de ventilação, transpiram gel é quase inofensiva e, por autorizada, onde as possíveis internamente. O vapor criado isso, é encontrada em produtos passa do estado ga- alimentícios. Sílica, ou dióxido de soso para o líquido, silício (SiO2), é o mesmo material formando pequenas encontrado no quartzo. Em forma Tersio Barreto gotículas de água, de gel, contém milhões de poros Engenheiro responsável o que provoca da- minúsculos, que absorvem até pela assistência nos. Dessa forma, aproximadamente 40% de seu técnica no CTR - é imprescindível o peso em umidade. É possível Roland Brasil cuidado do usuário reutilizá-la aquecendo-a acima Alex Lameira Gerente de produtos em relação ao seu de 150ºC. Roland Systems Group

44 Música & Imagem Música & ImagemImagem 45 Pergunte ao Especialista

O que é melhor para um guitar- Vi a matéria sobre a GT-10 na pri- O que é o recurso Escapement existente nos rista: um setup de pedais ou uma meira edição de Música & Imagem teclados de pianos digitais Roland? pedaleira? e fi quei, simplesmente, babando! Maria Cecília Alves Bruno Sobral Martins Mas tenho uma dúvida: no caso de Sorocaba - SP Rio de Janeiro - RJ plugarmos um violão ou um bando- O Escapement, também chamado escape ou duplo escape, é o lim (como o Armandinho Macedo mecanismo responsável Isso depende de seu gosto e de suas necessidades faz com a GT-8 e o Roland VG), que por fazer que o martelo como guitarrista. O ideal é testar a pedaleira e os tipo de captador eu escolheria no desobstrua imediatamente pedais compactos antes de comprá-los, já que EZ TONE? Para buscar um timbre a corda após percuti-la. Se existem prós e contras em ambos. Estes últimos mais “espacial”, como The Cure, isso não ocorresse, e o são muito mais simples de timbrar e operar, pois qual seria o preset ideal dentre os revestimento de feltro dele Comprei uma interface Edirol FA-101 todos os ajustes estão indicados nos botões. Mas, que o equipamento oferece (Hard permanecesse junto à corda que veio com o Sonar 6 LE. Gostaria para ligar e desligar vários efeitos simultaneamen- Rock, Metal etc)? Há um banco após tocá-la, as vibrações de saber se esse é um software profis- te, o músico perde um bom tempo “sapateando” post-punk? (portanto, também o som) seriam amortecidas. sional. Um amigo ofereceu uma cópia e o processo nunca é instantâneo. As pedaleiras, Nilton Jr. Um problema, no entanto, que persistia nos pianos antigos era a difi - do Sonar 7 para eu instalar. Preciso por sua vez, possuem muitos recursos em um só Rio de Janeiro - RJ culdade ou mesmo a impossibilidade de executar notas repetidas em fazer isso? Qual a diferença entre es- equipamento e o acionamento de vários efeitos grande velocidade, sobretudo se a dinâmica exigida fosse piano. Essa sas duas versões? é realizado pressionando apenas um pedal de O recurso EZ TONE foi criado com o objetivo de ser questão foi resolvida com o “duplo escapamento de Erard”. Com esse memória. Alguns instrumentistas, porém, não utilizado apenas com guitarras. Quem pretende Roberto Takahashi sistema, o martelo, depois de ferir a corda, permanece a uma pequena conseguem usufruir todos eles porque esse tipo ligar violão ou bandolim na GT-10 deve começar a Londrina - PR distância dela e é mantido de aparelho não tem a capacidade de apresentar criar o timbre do zero, pois, ao acionar o recurso, sob total controle da tecla os parâmetros de forma tão óbvia quanto os a pedaleira “molda” seus ajustes para terem um Primeiramente, você não deve instalar a cópia do Sonar enquanto abaixada. Desse pedais compactos. Nos modelos BOSS (ME-20 desempenho excepcional com guitarras, o que 7, pois isso caracteriza pirataria. A Edirol apoia o uso de modo, quando a tecla é e GT-10) há a função EZ TONE, que permite criar não necessariamente se manifesta com os demais produtos originais e, por causa disso, os equipamentos são imediatamente acionada, timbres profi ssionais de forma rápida e intuitiva. instrumentos. O ideal é que você pesquise alguns acompanhados pelo Sonar 6 LE, opção profi ssional que o martelo responde rapida- O processo não é simples como nos pedais, mas presets do equipamento e faça pequenos ajustes permite ao usuário realizar uma produção do começo ao mente, por estar próximo é muito mais fácil que o da maioria das similares nos que estiverem próximos ao som que você fi m. Ela registra 64 canais de áudio e 256 de MIDI, mais à corda. existentes no mercado. No entanto, é um erro deseja. A melhor alternativa, porém, é inicializar que sufi ciente para aplicações avançadas e, até mesmo, Desde que a Roland lançou a linha HP, o timbre e o mecanismo pas- pensar que um setup deve ser formado somente um USER PATCH (veja como fazer isso na seção gravação de CDs (vale lembrar que grande parte da pro- saram a ser pontos de diferencial comparados aos diversos similares um ou por outro. Um kit completo deve envolver “Inicialização de patches (PATCH INITIALIZE)”, na dução fonográfi ca dos últimos 30 anos utilizou apenas 32 disponíveis no mercado. Assim, partiu-se do princípio de que um uma pedaleira como geradora dos principais efeitos página 43 do manual de usuário), e começar a canais). O software instrumento digital chamado de “piano” deveria corresponder ao e alguns pedais compactos para complementá-lo construir o timbre do início. O banco PUNK/ POP oferece ainda a pos- máximo ao seu original acústico e a sensação ao tocar, fi el, de modo e oferecer mais possibilidades de customização e também tem boas opções para “post-punk” e para sibilidade de usar até a permitir o estudo e a execução, sem que o músico sinta diferença construção de timbres. The Cure. Recomenda-se que você recorra aos 16 auxiliares send. entre eles. Esse importante recurso foi incorporado também aos POP e STUDIO apenas se desejar criar timbres O Sonar 7, por sua modelos RD, da linha de instrumentos de palco. Por apresentar esse para guitarra, não para violão. vez, não tem limites importante diferencial, a série HP foi a escolhida para salas de aulas de canais de áudio, em grandes instituições como ECA/USP (Escola de Comunicações MIDI e mandadas. e Artes da Universidade de São Paulo), Instituto Baccarelli e Univer- sidade de Brasília, entre outras. Para conferir a fi delidade dos instrumen- tos Roland com Escapement, pressione a tecla vagarosamente. Em certo estágio, um pequeno “degrau” ou “click” pode ser Renan Dias Especialista de produtos sentido. Faça o mesmo em um piano de da Roland Brasil concerto e a sensação será idêntica.

Sergio Motta Amador Rubio Gerente de produtos Boss Gerente de produtos da Roland Brasil

46 Música & ImagemImagem Música & ImagemImagem 47 Carreira Educação Reflexões sobre Os vários metodologia do ensino musical caminhos O professor está no caminho certo quando leva em consideração os objetivos do aluno de uma trilha Cada vez mais rapidamente o mundo se transforma. Novas Isso pode ser exemplifi cado com alguns cenários: tecnologias são criadas, ciências desenvolvidas e disciplinas 1 - um jovem quer se aprimorar para participar do grupo As opções profi ssionais para um músico são MAURÍCIO DOMENE é compositor de trilhas sonoras inauguradas. A vida de todos, por consequência, se acelera. da igreja que frequenta e entender como harmonizar melhor muitas e, normalmente, quem está iniciando para cinema, TV, comerciais, instalações e outras mídias. A velocidade e a multiplicidade de informações (e formações) lendo apenas as cifras; na carreira não percebe essa variedade e É proprietário do Estúdio Next (www.estudionext.com.br) proporcionadas pelas mídias atuais - notadamente a internet - 2 - um aluno de 17 anos que aprecia Guns n’ Roses e Me- acredita que existam poucas possibilidades e mantém o blog sobre música Tinha uma Trilha no meu colocam em discussão a instrução de forma geral. Sendo assim, tallica quer estudar para aprender e reproduzir suas canções Caminho (www.diariodatrilha.bloger.com) o mote atual é o de que se deve repensar, a todo o momento, preferidas; o ensino em sala de aula. 3 - uma aluna de 62 anos, juíza ou funcionária do INSS, Tocar “na noite”, acompanhar um • comerciais (TV, rádio e internet) centes, como criar efeitos sonoros para Em pedagogia, desenvolveu-se o conceito de “rede de resolve realizar o sonho de sua vida: aprender a tocar teclado cantor ou ter um grupo de sucesso são • podcasts; todas as opções acima. Ou seja, há um saberes”. Segundo isso, todos a constroem utilizando várias ou violão para se acompanhar enquanto canta bossa nova; apenas alguns possíveis caminhos para • audiobooks; mar de possibilidades. Basta estar atento. fontes de informação - entre as quais internet, televisão, video- 4 - a mãe de uma garotinha de 12 anos quer que ela se um instrumentista. Ao se deparar com a • peças teatrais; Qualquer meio de comunicação em que games e jornais, por exemplo - assim como a troca de ideias torne uma grande concertista. realidade dos cachês baixos praticados • companhias de balé; exista música pode ser um mercado em com outras pessoas, workshops, videoaulas etc. Cada um desses casos pede um percurso de formação ou do sonho distante de ter uma banda • vídeos institucionais, educacionais, potencial. Resta o trabalho - e é essa a Em um cenário como este, a questão da metodologia a diferente, repertórios diversos e abordagens de ensino varia- com contrato e gravadora - algo cada motivacionais; parte mais complicada - de descobrir qual ser usada se apresenta ao professor de música. Desse modo, das. Cabe ao profi ssional avaliar honestamente seu preparo vez mais difícil em razão da falência do • esperas telefônicas; dessas opções pode dar lucro, se existe, várias perguntas surgem: qual utilizar? É válido adotar um para lidar com aquele determinado estudante ou se é o caso mercado fonográfi co - ele acaba pensan- • programas de TV e de rádio; realmente, um mercado grande o bastan- mesmo método para todos os alunos? Em caso afi rmativo, de de encaminhá-lo para outro professor ou escola. Trata-se de do que talvez seja melhor desistir. Mas • planetários; te para tirar o sustento dele, como chegar que modo aplicá-lo? A presença do computador na sala de aula um comportamento ético, aparentemente óbvio, mas que, em as opções de carreiras que um músico • instalações em museus; até ele e como contatar as pessoas que é importante? Para quê? suas nuances, se confronta com inúmeras variáveis. Às vezes, pode seguir são bem mais numerosas. • jogos, tanto os de console quanto os decidem de quem vão adquirir o serviço o mestre acaba “aceitando mais um desafi o” para não desiludir Uma delas é o de ser compositor de desenvolvidos para web; de trilha sonora. PLURALIDADE as expectativas da instituição em que trabalha, por exemplo, trilhas sonoras. • criação e licenciamento de trilhas Um erro muito comum é pensar Não há uma resposta universalmente válida e defi nitiva a ou, simplesmente, porque seu orçamento mensal precisa de brancas; na carreira apenas do ponto de vista todas essas questões, pois as variáveis são muitas. No entanto, mais um aluno. MERCADO ABERTO • recriação de trilha sonora de fi lmes que da arte, do que gostaria de fazer e da é preciso fazer uma meditação sobre o norteamento do trabalho Se os perfi s dos estudantes forem diferentes, o dia-a-dia Influenciados pela mágica de serão dublados e não possuem o canal fantasia que criou. Música, em vários do professor na área musical. Desse modo, às questões que se torna mais “emocionante”, do mesmo modo que cansativo, Hollywood e pelos insistentes artigos em de trilha separado. aspectos, é como outro ofício qualquer. a pedagogia coloca, pode ser acrescentada a refl exão sobre a pois é necessário planejar a aula, preparar o material, enfi m, dar revistas americanas de música, muitos E, se pensarmos em algo além de Existe um mercado e o profi ssional tem pluralidade dos perfi s dos alunos. conta do recado. Quanto maior a distinção das características brasileiros têm sonhado com a carreira trilha sonora - ou seja, música composta que enxergá-lo, além de saber como se Os estudantes chegam até o mestre com diferentes obje- dos aprendizes, mais variada a oferta de formação, reduzindo de compositor de trilhas sonoras para para um uso específi co, sem imagem -, posicionar nele e se apresentar para os tivos e aspirações, pertencem a “tribos” distintas, possuem a possibilidade de usar um método igual para todos. longas-metragens. A indústria cinemato- as possibilidades se multiplicam: possíveis contratantes. referências diversas e idades variadas, assim como interesses Por conta disso, é fácil fi rmar uma posição quanto a essa gráfi ca nacional, porém, ainda engatinha. • jingles; Um pouco de estudo sobre marketing e formações. questão: perfi s similares de alunos permitem avaliar percursos Apenas em anos recentes ela tem se • composições para sonorizar ambientes faz muita diferença, pois ajuda tanto a A questão principal que o educador deve analisar, então, é parecidos, ao passo que os diferenciados impossibilitam a confi gurado como, de fato, uma indús- (lojas, por exemplo, com a possibilidade visualizar novos nichos e oportunidades por que um indivíduo resolveu ingressar em uma escola de mú- adoção de uma metodologia padronizada. tria, com mercado grande o sufi ciente de criação de uma mistura de música quanto a compreender como se posicionar sica. Qual é o objetivo dele, seu desejo, seu sonho? Quais são para que algumas pessoas possam atuar original e compilação de outras existen- perante eles. É preciso entender o que as suas necessidades? De acordo com isso, podem ser planejados exclusivamente nessa área. tes, como um DJ); pessoas querem ou precisam em relação TURI COLLURA é pianista e com- o tipo de informação (e formação) a ser transmitida a ele, assim No entanto, trilha sonora não se re- • músicas de natal para sonorizar pre- ao consumo de música e, principalmente, positor. Fundou o curso de música como as atividades de aprendizagem. Objetivos e percursos sume somente a cinema. Obviamente, sépios e árvores nas grandes cidades; perceber que, quando um nicho se fecha, popular da Faculdade de Música são traçados, e, ao longo do caminho, o mestre avalia se o alvo esse é o veículo mais glamoroso, mas • carros de som (publicidade móvel); não é a você que estão rejeitando. E nem do Espírito Santo, onde leciona. está sendo atingido. Por conta disso, logo é possível perceber É autor do método Improvisação: existem inúmeros outros em que ela é • demos de sintetizadores; sua arte foi colocada para escanteio por- que a cada meta pode corresponder um trajeto diferente, o Práticas Criativas para a Composição utilizada. O mercado é bem diversifi ca- • playbacks para karaokê; que não gostam dela. Frequentemente que se revela nada simples. De fato, na hora “H” o professor Melódica na Música Popular em dois do. Entre muitas possibilidades, podem • ringtones para celular. isso ocorre por causa das necessidades descobre que é um ser humano fi nito e não um deus! volumes (www.turicollura.com). ser citadas: E também existem serviços adja- que mudaram e você não percebeu.

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Fronteiras

Entusiasta

Há mais de 47 anos trabalhando na Organização Bradesco, Norton Glabes Labes explica como a música infl uencia o desenvolvimento de sua carreira

Dedicação, ambição e perseverança. Estas são apenas Quatro anos depois, decidiu seguir os passos da irmã e algumas características fundamentais para aqueles que investiu no piano. “Escolhi por ser um instrumento bastante desejam se destacar no mercado de trabalho. No entanto, romântico”, conta. Na mesma época, juntamente com ami- quem conversa com Norton Glabes Labes - diretor geral gos, montou a banda The Sharps, que costumava se apre- da Bradesco Capitalização e vice-presidente da FenaCap sentar em bailes pela cidade de São Paulo. Nesse trabalho, (Federação Nacional de Capitalização) - pode fi car com a diferentemente do usual, assumiu o contrabaixo. A carreira impressão de que ainda falta um detalhe essencial para o artística, porém, não decolou, já que o adolescente ingres- desenvolvimento da carreira de um profi ssional. O executi- sou na Organização Bradesco como aprendiz de contínuo. vo, que está há mais de 47 anos na Organização Bradesco, “Precisava trabalhar para ter o meu sustento”, explica. acredita que a música é um fator tão importante quanto Apesar disso, Labes ainda tentou conciliar a vida pro- outros frequentemente mais valorizados no mercado de fi ssional com o aprendizado musical. Após o expediente, trabalho. Além de servir como antiestressante, também frequentava aulas ministradas pelo professor Caio Gomes. C pode ser utilizada para uma “grande higiene mental”: “Se “Ele tinha um método fantástico e isso ajudou a infl ar mi- M estou equilibrado em minha vida pessoal, também estarei nha paixão pelo piano”, afi rma. No entanto, o falecimento Y

bem profi ssionalmente”, conta. do mestre por conta de um ataque cardíaco foi a gota CM

Formado em Direito e pós-graduado em Recursos Hu- d’água para que ele abandonasse de vez o curso. “Fiquei MY

manos, Labes começou a se interessar pela arte sonora tão triste e chateado que decidi parar”, explica. CY

ainda muito cedo. Seu pai, que era violinista e tinha uma Durante os 20 anos em que fi cou afastado do instru- CMY

orquestra no Rio Grande do Sul, sempre o estimulou. Com mento, não só por causa da fatalidade com seu tutor, mas K apenas 10 anos, passou a frequentar cursos de violino, também pelo corrido cotidiano dentro da organização, o enquanto sua irmã aprendia piano. “O grande sonho dele executivo continuou crescendo na empresa. A paixão pela era que tocássemos juntos”, explica. Mas, por conta das música, porém, não esfriou, já que manteve o costume de brincadeiras feitas pelos colegas, o garoto resolveu se apreciar os inúmeros CDs e DVDs que possui. “No trânsito, afastar do instrumento. fecho os vidros do carro, ligo o rádio e relaxo”, diz. Recentemente, Labes adquiriu dois pia- nos digitais Roland: o KR-17M para ele e o KR-117M para seu fi lho. E, com essa compra, a família voltou a tocar e pensa em retomar os estudos. “Minha alegria retornou. Nunca é tarde para a música”, diz entusiasmado. Apesar do receio em relação à qualidade sonora dos instrumentos, o executivo conta que mudou de ideia quando conversou com amigos. “Eles me convenceram de que aquela era a melhor opção do mercado”, explica. E sentencia: “A sonoridade é incrível. Não se nota diferença em relação a um modelo de cordas.” (Rafael Furugen) Norton Gables Labes e o piano digital Roland KR-17M

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