Grupo EstaçãoeContracampo. Luiz CarlosJr. eRuyGardnier. sessão cineclube P M P M www r r e e o o d d g g i i r r colaboração .contracampo.com.br a a a a ç ç m m FILMOGRAFIA ã ã o o a a ç ç (1906-2002)

d d ã ã o o o o 1944 1948 1959 1950 1960 1958 1957 1957 1953 1948 1945 1942 1 1945 1954 1955 1951 1943

934

D D e e

e e P P b b r r n Apar Louis The SpiritofSt. Sabrina 17 Stalag A Sunset Blvd. A F Imperador) Death Mills The Lost Weekend Five Graves toCairo The MajorandtheMinor M The Some Like itHot (T Witness fortheP L Quente Melhor) Tarde) Solitária) ao Lado) dosSeteMontanha Abutres) Humano) Sangue) Deuses) Suzana) o o a a o o Egito) t t ce intheHole/ The BigCarnival d d estemunha deAcusação) auvaise Graine e e v u u oreign Affair : : e inthe Afternoon ç ç

Apar tamento Falasse) ã ã o o : : (Sabrina)

tment (Inferno nº17) [cm, doc] (Crepúsculo dos (Se M (A Mundana) rosecution (Quanto Mais (Farrapo (Pacto de (A Valsado (O Pecado Mora (Cinco Covas apoio eu (Águia (Amor na (A Incrível (A 1981 1 1974 1964 1978 1972 1966 1970 1963 961 patrocínio Negócios àParte) , F The Front Page Avanti! Holmes The Private LifeofSherlock The FortuneCookie Stupid Kiss Me, La Douce Irma, O Italiana) Página) Holmes) Sherlock por umMilhão) Tem Bandeira) edora e w,Three Two, ne, realização (F (Avanti... Amantes à (A Vida Íntima de (A Vida Íntima edora) www.estacaovirtual.com (Amigos, Amigos, (A Primeira (Irma, La Douce) La (Irma, (Beija-me, Idiota) ( Cupido Não (Uma Loura de BillyWilder 30 deMarço2005-AnoIII–Ediçãonº83 C C SINOPSE R R destrói aqueles queelaprópria cria. Hollywood, "Fábrica deSonhos",funciona,pensa e vaidade doentia,crônicairretocável decomo solidão, dasaudade detemposmelhoreseda sombrio doserhumano,refletidonos espelhosda filmes. Umasátiradevastadora sobreoladomais cujo únicoempregadoéodiretorde seusantigos Norma Desmond(GloriaSw muito bomhumorrelembraseuenvolvimento com quecom A históriaoriginalénarrada porummorto, mansão localizadanacélebre do cinemamudo,quevive delembranças emsua E E P P Ú Ú S S C C U U L L O O anson), umaex-rainha

D D Sunset Boulevard O O S S

D D E E apresenta U U cineclube e S S E FICHA TÉCNICA E Dir Sunset Blvd.–E.U.A, 1950,35mm,P&B,110’ (Betty Schaefer), Fred Clark(Sheldrake) Stroheim (Maxvon Mayerling), Olson Nancy Marshman Jr. Sw Elenco: Edição: F Original: Música Produção: R S S ot oteiro: sessão anson (NormaDesmond), Erichv ografia: ografia: eção: Arthur P.Arthur Schmidt William Holden(Joe Gillis),Gloria Charles Brack Bill Charles Brackett J ohn F y Wilder Franz Waxman . Seitz ett, Billy Wilder, D.M. on A tela do Odeon BR nos permitirá conferir: Crepúsculo dos Deuses vemos Gloria Swanson e Erich Von Stroheim nos é um filme daquele tipo que se impõe quando aparece na tela – há papéis de Norma Desmond e Max von Mayerling, um certo peso jogado sobre nós que assistimos, o peso da tradição porque o filme nos apresenta imagens de Queen do cinema. Não apenas o peso da tradição que o próprio enredo em Kelly, o filme de Stroheim que nunca foi terminado, torno de Norma Desmond representa, mas a tradição que porque surgem na tela figuras como Buster Keaton e Crepúsculo dos Deuses, ao mesmo tempo, encarna e agride, a de mesmo Cecil B. deMille e Hedda Hopper. O filme age um grande clássico do cinema. E por conta disso é preciso notar para que a visão grotesca ligue-se definitivamente ao como o filme foge do padrão naturalista tradicional de forma mundo real – e precisa ser visto e revisto numa sala de admirável: a estrutura se baseia numa narração irônica de um cinema porque desde início assume-se como filme de protagonista falecido e, ao longo do filme e especialmente em seu cinema. final, a encenação, as atuações e ambientações são hiper- Dos muitos aspectos que já ganharam elogios sem expressivas – com um olhar cruel sobre os excessos típicos de um conta neste filme, há um que parece ser decisivo cinema perdido no passado, um cinema que não se pretendia para o filme acima de todos. Crepúsculo dos Deuses

? naturalista. A própria construção de luzes sobre a figura de não é apenas o divertido tom auto-paródico dos Swanson/Desmond tem em todos os momentos (e sobretudo nos O diálogos e da narração em off, não é apenas uma closes) uma força além do naturalismo e da natureza, uma força que

C opção coerente e forte na realização visual e sonora,

I retorna com vigor a uma outra relação visual do cinema com os não é o apuro técnico fascinante com que é feito, personagens/estrelas. Vale aqui lembrar um dado da produção para S não é somente o retrato da decadência dos comprovar que a opção fotográfica do filme aponta para isso, e não

S sobreviventes de uma era. Mas o filme talvez possa apenas através dos jogos e luz: os negativos originais de Crepúsculo se definir todo na relação que estabelece com sua Á dos Deuses eram compostos de nitrato, substância que, naquele protagonista. A interpretação de Swanson/Desmond

L momento, já havia sido trocada pelo acetato nas películas de é responsável por trazer à tona todo o impacto que

C cinema décadas antes – e cujos tons de cinza, naturalmente, o filme tem, por ser o cerne de todo o problema que remetem os espectadores a um cinema antigo, ainda da era muda. o filme pretende criar com ares trágicos – essa

M Narrando uma tragédia em tons assumidamente grotescos e hiper- oposição entre um mundo vivido e um mundo expressivos e carregando o peso do clássico de cinema, mítico e sonhado. U

Crepúsculo dos Deuses, portanto, não é um filme suave. Cada gesto, cada olhar e cada momento de silêncio E Encará-lo na bela tela do Odeon BR, no entanto, é prazer dos maiores de Desmond se opõe a tudo que se espera como

V justamente por isso: é por esta maneira de apresentar seus traços de normal, menor, cotidiano, o mesmo ocorrendo com

R amargura e incômodo que o filme se mantém único na carreira do a própria luz que incide sobre ela – os próprios realizador e na história do cinema norte-americano. Não há no longo personagens percebem este aspecto, esta aura que E e fabuloso percurso de Wilder nenhum outro filme que agrida de se transfere da arte para a estrela e que parece fazê- S

forma tão clara as bases de uma cultura cinematográfica calcada no la brilhar mesmo no ocaso. É lidando e pondo em ultra-realismo (ao contrário, Wilder foi um mestre do estilo clássico) relevo este tom acima do tom que o filme encontra E – em nenhum outro filme seu encontraremos cena semelhante à sua chave única, sua dissonância entre seus pares. E o U n descida final de Norma Desmond. E mesmo numa cultura tão auto- é descrevendo com crueldade e empatia esta dor a t Q crítica quando a norte-americana é difícil encontrar outro exemplo que Crepúsculo dos Deuses sabe se fazer grande e e

a de tragédia semelhante a este, apresentando aos nossos olhos os consegue se sustentar com todo seu peso, este peso C

l A próprios mitos abandonados – não foi feita outra peça em qualquer que, se lhe dá a sabida aura de clássico, também e i

n arte que tenha revisitado os ídolos de uma fase dourada já na sua mantém este seu sabor amargo e ainda incômodo. R a

D velhice evidentemente precoce e gagá. É preciso notar o que todos

A r sabemos: Crepúsculo dos Deuses é especialmente pesado porque o P P