FILOGENIA MOLECULAR E TEMPO DE DIVERGÊNCIA EM (LEGUMINOSAE, PAPILIONOIDEAE) E SINOPSE TAXONÔMICA DA SECT. BRASILIANAE

WALLACE MESSIAS BARBOSA SÃO MATEUS ______Tese de Doutorado Natal/RN, julho de 2018

WALLACE MESSIAS BARBOSA SÃO MATEUS

FILOGENIA MOLECULAR E TEMPO DE DIVERGÊNCIA EM HARPALYCE (LEGUMINOSAE,

PAPILIONOIDEAE) E SINOPSE TAXONÔMICA DA SECT. BRASILIANAE

Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Sistemática e Evolução do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Sistemática e Evolução, na área de Botânica.

ORIENTADOR: DR. JOMAR GOMES JARDIM (UFSB) CO-ORIENTADOR: DR. DOMINGOS BENÍCIO OLIVEIRA SILVA CARDOSO (UFBA) DR. LUCIANO PAGANUCCI DE QUEIROZ (UEFS)

NATAL-RN 2018

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - •Centro de Biociências - CB

São Mateus, Wallace Messias Barbosa. Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) e Sinopse Taxonômica da sect. Brasilianae / Wallace Messias Barbosa São Mateus. - Natal, 2018. 222 f.: il.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução. Orientador: Prof. Dr. Jomar Gomes Jardim. Coorientador: Prof. Dr. Domingos Benício Oliveira Silva Cardoso. Coorientador: Prof. Dr. Luciano Paganucci de Queiroz.

1. Leguminosae - Tese. 2. - Tese. 3. Datação molecular - Tese. 4. Taxonomia - Tese. 5. Neotrópicos - Tese. I. JARDIM, Jomar Gomes et al. II. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 582.736

Elaborado por KATIA REJANE DA SILVA - CRB-15/351

WALLACE MESSIAS BARBOSA SÃO MATEUS

FILOGENIA MOLECULAR E TEMPO DE DIVERGÊNCIA EM HARPALYCE (LEGUMINOSAE,

PAPILIONOIDEAE) E SINOPSE TAXONÔMICA DA SECT. BRASILIANAE

Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Sistemática e Evolução do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Sistemática e Evolução, na área de Botânica.

Aprovado em, 30 de julho de 2018

Comissão examinadora:

______Dra. Cristiane Snak (UEFS) Examinador externo

______Dra. Fernanda Antunes Carvalho (UFRN) Examinador interno

______Dr. Haroldo Cavalcante de Lima (JBRJ) Examinador externo

______Dr. Leonardo de Melo Versieux (UFRN) Examinador interno

______Dr. Domingos Benício Oliveira Silva Cardoso (UFBA) Presidente

A minha esposa Érika, que sempre esteve comigo em todos os momentos; A minha filha Laura, que com sua delicadeza me trouxe muita paz e alegria ; Ao meu pai José Carlos que me deu apoio desde o inicio do doutorado; A minha mãe Eluzinete que sempre estará guardada no meu coração... Saudades da minha mais linda flor (in memoriam).

“Menor que meu sonho não posso ser”. Lindolf Bell.

AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática Evolução da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por possibilitar o desenvolvimento deste trabalho. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa. A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) por disponibilizar de toda infraestrutura necessária. Ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semiárido (PPBio) pelo financiamento nas coletas de campo. Ao Jomar Jardim pela paciência, dedicação e belos ensinamentos. Obrigado pelo grande exemplo de pessoa e profissional que você é. Ao Domingos Cardoso pela orientação, paciência, confiança e por ter me mostrado o universo da família Leguminosae. Tenho você não somente como orientador, mas como um grande amigo e um “pai botânico” que a vida me presenteou. Obrigado pelo apoio e por acreditar no meu trabalho desde o período do Mestrado. Até aqui já se passaram oito anos de muitas alegrias, ensinamentos valiosos, envio de muitas bibliografias e coletas divertidas. Além disso, para mim você é uma das maiores referências como: pesquisador, botânico e professor. Muito obrigado DBOS!!!!! Ao Luciano Paganucci pela orientação, amizade, carinho, sugestões, discussões e por proporcionar uma das melhores viagens da minha vida que foi a coleta de campo nos estados da Bahia e Minas Gerais. Ao amigo José Eduardo Meireles, pelas sugestões e envio de bibliografias. Aos pesquisadores Alfonso Delgado-Salinas e Óscar Dorado pelo apoio durante a minha estadia em um dos países mais diversos do mundo que é o México, pelas viagens de campo e por toda infraestrutura necessária para o desenvolvimento do trabalho. Estendo também os meus agradecimentos aos demais pesquisadores: Mario Sousa (in memoriam), Leticia Torres-Colin, Helga Ochoterena, Carlos Gómez, Héctor Hernández, José Maria, Rafael Torres e Susana López Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução – PPGSE/UFRN, em especial ao prof. Leonardo Verieux e à profa. Alice Calvente pelas discussões em sistemática filogenética. A Gisele e Gilmara (secretárias da PPGSE) pela ajuda constante no decorrer deste trabalho com os trâmites burocráticos do Programa de Pós-Graduação.

A equipe do Herbário HUEFS em especial Teo Nunes e Elaine Miranda pela ajuda constante e pela paciência no decorrer destes quatro anos. A toda equipe do Laboratório de Sistemática Molecular de Plantas da Universidade Estadual de Feira de Santana (LAMOL-UEFS): Rick, Adriana e Daniele que sempre fizeram do ambiente de trabalho um local bastante acolhedor em todos os momentos. Aos colegas que me auxiliaram durante o desenvolvimento do trabalho no LAMOL: Adelina, Alana, Aluísio, Amanda, Ariane, Augusto, Carlos, Cássia, Christian, Cristiane, Daiane, Edlley, Evandro, Evelyne, Gabriela, Iasmin, João, Juan, Juliana Freitas, Juliana Santos, Kaio, Karoline, Lamarck, Lizandro, Luane, Marcos, Maria Cristina, Marlon, Matheus, Priscila, Tiago e Uiara. Ao Cássio van den Berg, por me receber de braços abertos no LAMOL, por me apresentar cada “aparelho” para chegar aos resultados das análises, pelos ensinamentos e discussões sobre sistemática molecular de plantas. Aos amigos que eu tive a felicidade de conhecer na UEFS: Cristiane Snak, Christian Silva, Daiane Trabuco, Bernarda Gregório, Maria Cristina, Isys Souza, Karoline Santana, Rafael Gomes, Anderson Machado e Fábio Espírito-Santo pelo apoio e bons momentos. Ao amigo Lamarck Rocha que com toda sua calma sempre me transmitiu muita paz, ajuda no trabalho principalmente nesta fase final com discussões por e mail, telefone e na UEFS. Agradeço sempre por manter o ambiente do LAMOL mais divertido, pelas conversas no perído de descontração no café da tarde e pelo excelente amigo. Aos amigos Leandro Oliveira, Leandro Silvestre, João Paulo e Ruy Lima por todo apoio e ajuda na Tese e principalmente pela amizade que conseguimos contruir. A amiga Daiane Trabuco pelas boas risadas, conselhos, envio das amostras para Salvador e por todo apoio desde o momento que cheguei em Feira de Santana. Ao grande amigo Evandro Ancelmo que abriu as portas de sua casa para eu poder passar um perído e finalizar a parte laboratorial. Valeu “Seu Evandro”!!! Ao excelente botânico, taxonomista, coletor, filogeneticista, ilustrador, fotógrafo, revisor de artigos, designer gráfico, esposo de Karena, pai de Pitico e Gordinho e grande amigo Lucas Marinho pelo apoio incondicional e compreensão durante o período do doutorado. Para sempre serei grato por tudo. Ao Alan Roque, James Lucas, Artur Soares e Edwesley de Moura pela amizade construída desde 2011 nas terras potiguares. A minha grande amiga e profa. Élvia Sousa que através da sua alegria e simplicidade sempre me orientou da melhor forma possível nas análies moleculares.

Aos Leguminólogos Caio Vivas, Pétala Ribeiro, Gustavo Ramos, Ariane Barbosa, Maria Cristina, Daiane Trabuco, Moabe Fernades, Isys Souza, Catarina de Carvalho, Briggitthe Melchor e Matheus Cota. A prof. Ana Paula Fortuna-Perez pelo envio das amostras, das referências bibliográficas e pela amizade. Obrigado, Ana!!!! Aos ilustradores Natanael Nascimento e Gustavo Surlo pelos belíssimos desenhos que compõem o trabalho de taxonomia. Aos meus pais José Carlos e Eluzinete (in memoriam), e as minhas irmãs Amanda e Larissa pelo apoio, carinho dedicação e por cuidarem de mim a todos os momentos. Estendo também meus agradecimentos aos demais familiares, em especial: meus sogros Ronaldo e Edla; meus tios Josafá, Bira, Naldo e Toninho, minhas tias Zane, Lú, Êda Maria; minha mãedrasta Ezilda; meus primos Saulo e Ilana; minhas cunhadas Elisa e Indira; cunhado Ricardo e meu compadre Tiago. Sem vocês esse sonho não estaria sendo realizado. A minha amada mãe Eluzinete (in memoriam)... Lembro-me do seu carinho, amor, dedicação e o quanto fui feliz do seu lado. No inicio foi difícil e aos poucos a tristeza foi dando espaço para a saudade de quem partiu, mas que deixou um legado lindo que foi a arte de viver a vida com alegria estampada no rosto. Para sempre te amarei minha flor!!!! A minha linda família que eu tive a oportunidade e honra de construir no decorrer destes 14 anos: minha esposa Érika Andrade por acreditar no meu sonho; a minha filha e princesa Laura São Mateus que veio ao mundo trazendo muita alegria e felicidade para um lar que aguardou com muita leveza a sua chegada; e a minha filha mais velha de “quatro patas” chamada Mel. Amo muito vocês!!!! Agora sim, iremos passear na praia de mãos dadas e olhar atentamente o pôr do sol.

RESUMO

Harpalyce é um dos gêneros mais representativos da tribo Brongniartieae (Leguminosae, Papilionoideae) com aproximadamente 35 espécies. O gênero é caracterizado pelo hábito arbustivo ou arbóreo, tricomas glandulares peltados, folhas imparipinadas, flores com cálice bilabiado (lábio vexilar e lábio carenal), frutos do tipo legume deiscente e sementes com estrofiolo. Na última revisão taxonômica o gênero foi subdivido em três seções: Brasilianae, Cubenses e Harpalyce. Apesar de diversos trabalhos de filogenia terem confirmado o monofiletismo do gênero, nenhum abrangeu uma amostragem representativa de toda a diversidade morfológica dos táxons. Este estudo teve como objetivos avaliar o monofiletismo de Harpalyce, sua classificação infragenérica, inferir o tempo de divergência e reconstruir a evolução dos caracteres ancestrais. No presente estudo, foram realizadas reconstruções filogenéticas de Harpalyce a partir de sequências do DNA ribossomal nuclear (ITS/5.8S + ETS) e do cloroplasto (matK/trnK + trnL intron), envolvendo uma ampla amostragem de espécies pertencentes a todas as seções e demais gêneros da tribo Brongniartieae. Os resultados das reconstruções filogenéticas confirmaram o monofiletismo de Harpalyce e das três seções. As análises de datação molecular revelaram que Harpalyce divergiu dos demais gêneros da tribo Brongniartieae no Oligoceno há 30.6 Ma e se diversificou há 21 Ma. Além disso, foi realizada a revisão taxonômica da sect. Brasilianae que inclui uma chave de identificação, dados sobre distribuição geográfica, notas taxonômicas e estado de conservação de todas as espécies; e o outro estudo foi a descrição de duas espécies novas.

Palavras-chave: Brongniartieae, datação molecular, taxonomia, neotrópicos.

ABSTRACT

Harpalyce is one of the most representative genus of the tribe Brongniartieae (Leguminosae, Papilionoideae) and includes about 35 species. The genus is characterized by shrub or arboreal habit, peltate multicellular glandular trichomes, leaves imparipinnate, bilabiate calyx (vexillar and carinal lips), dehiscent legume ans seeds strophiolate. In the last taxonomic revision the genus was subdivided into three sections: Brasilianae, Cubenses and Harpalyce. Although several works of phylogeny confirmed the monophyletic of the genus, no representative sampling of all the morphological diversity of the taxa was obtained. The objective of this study was to evaluate the monophyly of Harpalyce, its infrageneric classification, to infer the time of divergence and to reconstruct the evolution of the ancestral characters. In the present study, Harpalyce phylogenetic reconstructions were performed from nuclear ribosomal DNA (ITS/5.8S + ETS) and chloroplast (matK/trnK + trnL intron) sequences, involving a wide sampling of species belonging to all sections and other genera of the tribe Brongniartieae. The results of the phylogenetic reconstructions demonstrated the monophyletic of Harpalyce and the three sections. Molecular dating revealed that Harpalyce diverged from other genera of the tribe Brongniartieae in the Oligocene 30.6 Ma and diversified 21 Ma. In addition, the taxonomic revision of the sect. Brasilianae that includes a key of identification, data on geographical distribution, taxonomic notes and state of conservation of all the species; and the other study was the description of two new species.

Keywords: Brongniartieae, molecular dating, , neotropical.

De acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Botânica, os nomes inéditos apresentados nesta Tese não constitui uma publicação efetiva. Estes nomes passarão a ser válidos somente a partir da publicação do manuscrito em periódico específico.

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO GERAL ...... 13

2 - OBJETIVO ...... 19 3 - ORGANIZAÇÃO DA TESE ...... 19 REFERÊNCIAS ...... 20 CAPÍTULO 1 - Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae), um gênero com diversificação em biomas neotropicais ...... 24 CAPÍTULO 2 - Advances in Harpalyce (Leguminosae) Systematics: An Improved Taxonomic Account of the Brazilian Species Based on Morphological and Molecular Evidence ...... 102 CAPÍTULO 3 - Two new species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) from the Cerrado hotspot of biodiversity in Brazil ...... 177 4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 199 5 – ANEXOS ...... 201

13

1 INTRODUÇÃO GERAL

Leguminosae é a terceira maior família de angiospermas com ca. 19.500 espécies e 770 gêneros amplamente distribuídas nas florestas tropicais e temperadas (LEWIS et al., 2005, 2013; LPWG, 2013), tendo como centros de diversidade a África e a América do Sul (DOYLE & LUCKOW, 2003). O notável sucesso evolutivo e a ocupação nos mais variados tipos de ambientes é devido em parte à capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico através da associação simbiótica com as bactérias capazes de converter nitrogênio em nitrato e com os fungos micorrízicos que neste caso auxiliam na absorção de água e nutrientes (CREWS, 1999; SPRENT & JAMES, 2007). Além da importância ambiental e ecológica, a família Leguminosae é apontada como a segunda maior família em potencial econômico, ficando atrás somente das Poaceae e é amplamente utilizada: na alimentação; produção de óleos combustíveis e alimentícios; confecção de resinas e tintas; nas indústrias madeireira e farmacêutica; na ornamentação e arborização; reflorestamento de áreas degradadas, na recuperação de solos e como forrageiras (LEWIS et al., 2005; WOJCIECHOWSKI et al., 2004). Atualmente, a família Leguminosae está subdividida em seis subfamílias: Caesalpinioideae (incluindo o clado mimosoide), Cercidoideae, Detarioideae, Dialioideae, Duparquetioideae e Papilionoideae (LPWG, 2017). Das seis subfamílias Papilionoideae é a mais diversa, com aproximadamente 14.000 espécies e 484 gêneros (LEWIS et al., 2005, 2013; LPWG, 2013). Diversos estudos filogenéticos tem demonstrado que a subfamília Papilionoideae é monofilética (PENNINGTON et al., 2001; WOJCIECHOWSKI et al., 2004; CARDOSO et al., 2012; LPWG, 2017). A subfamília apresenta o hábito herbáceo, arbustivo, lianescente ou arbóreo, folhas 3‒pluri-folioladas, eventualmente simples ou unifolioladas, flores geralmente papilionadas, com pétalas diferenciadas em estandarte, alas e uma carena envolvendo o androceu e gineceu, ou não-papilionadas, as pétalas então indiferenciadas ou com apenas uma única pétala, prefloração do tipo imbricativa descendente e sementes com hilo bem delimitado e eixo da radícula curvado (POLHILL, 1981; LEWIS et al., 2005). Apesar dos avanços obtidos na classificação de Leguminosae a partir dos estudos filogenéticos recentes, a circunscrição taxonômica de alguns grupos ainda continua indefinida (LEWIS et al., 2005; LPWG, 2017). Nos últimos anos, estudos filogenéticos com base em diferentes marcadores moleculares do genoma plastidial têm identificado e sustentam mudanças taxonômicas devido aos relacionamentos inesperados nas linhagens de 14

Papilionoideae basais (PENNINGTON et al., 2001; WOJCIECHOWSKI et al., 2004; CARDOSO et al., 2012, 2013a, 2013b; LPWG, 2013; RAMOS et al., 2016). Entre essas linhagens basais, umas das mais diversas é o clado Genistoide, que aparece fortemente sustentado dentro de um grande clado definido por uma inversão de 50 kb no genoma plastidial. O clado Genistoide inclui representantes tradicionalmente classificados nas tribos Brongniartieae, Crotalarieae, Eucheresteae, Genisteae, Podalyrieae, Sophoreae e Thermopsideae, apresentando como provável sinapomorfia a presença de alcalóides quinolizidínicos (CRISP et al., 2000; CARDOSO et al., 2013a; WINK, 2013). Neste grande clado, figura a linhagem Brongniartieae geralmente caracterizada pelas inflorescências congestas com flores elaboradas e estames com anteras dimórficas, porém estes caracteres são encontrados também em vários outros representantes do clado Genistoide (CRISP et al., 2000; CARDOSO et al., 2013a). A tribo Brongniartieae possui os gêneros Amphiodon Huber (segregado de s.l.), Benth., Harpalyce Moc. & Sessé, Limadendron Meireles & A.M.G. Azevedo (segregado de Poecilanthe s.l.), Poecilanthe Benth. e Tabaroa L.P. Queiroz, G.P. Lewis & M.F. Wojc., com distribuição exclusivamente neotropical, enquanto Kunth ocorre desde os Estados Unidos até a América do Sul e J.H. Ross, R.Br. ex W.T. Aiton, Benth., Plagiocarpus Benth., R.Br. e J.H.Ross são gêneros endêmicos da Austrália (ROSS & CRISP, 2005; QUEIROZ et al., 2010; MEIRELES & TOZZI, 2014; MEIRELES et al., 2014). Entretanto, recentes estudos filogenéticos, moleculares e fitoquímicos têm demonstrado que os gêneros monoespecíficos Behaimia Griseb. e Haplormosia Harms., fazem parte da tribo Brongniartieae sendo o primeiro endêmico de Cuba (QUEIROZ et al., 2017) e o segundo com distribuição restrita para a costa oeste da África Central em Serra Leoa e se estende até o sul da República Gabonesa (CARDOSO et al., 2017). Desta maneira, na atual circunscrição, a tribo Brongniartieae possui aproximadamente 154 espécies distribuídas em 15 gêneros (ROSS & CRISP, 2005; QUEIROZ et al., 2010, 2017; CARDOSO et al., 2013a, 2017; MEIRELES & TOZZI, 2014; MEIRELES et al., 2014). Embora tenha havido muitos avanços na circunscrição genérica em Brongniartieae a partir dos estudos filogenéticos recentes (CRISP et al., 2000; HU et al., 2000, 2002; MEIRELES & TOZZI, 2014; MEIRELES et al., 2014; QUEIROZ et al., 2010, 2017; CARDOSO et al., 2012, 2017), a delimitação, posicionamento e monofiletismo de vários gêneros ainda permanecem obscuros e controversos (CARDOSO et al., 2013a). Por exemplo, existem evidências de que os gêneros Brongniartia e Templetonia não sejam monofiléticos 15

(QUEIROZ et al., 2017). Um estudo realizado por Queiroz et al. (2010) sugeriu o gênero Harpalyce como provável grupo-irmão de Tabaroa, um gênero monoespecífico descrito recentemente como endêmico da caatinga. Porém, outro estudo revelou o gênero amazônico Amphiodon, segregado de Poecilanthe s.l., como mais próximo de Tabaroa (CARDOSO et al., 2012, 2013a, 2017; QUEIROZ et al., 2017). Além disso, recentes estudos filogenéticos têm demonstrado que o gênero Behaimia é fortemente sustentado como grupo-irmão do gênero Cyclolobium e este clado Behaimia-Cyclolobium aparece próximo do gênero amazônico Limadendron (QUEIROZ et al., 2017) e outro exemplo a ser citado é que o gênero africano Haplormosia é grupo-irmão dos demais gêneros da tribo Brongniartieae. Entretanto, nenhum estudo filogenético conseguiu de fato ter uma amostragem razoável de toda a diversidade morfológica de gêneros, como: Brongniartia, Harpalyce e Hovea. Somente 1–9 espécies de Harpalyce, equivalente a 30% do número total de espécies descritas no gênero, foram até agora incluídas em trabalhos filogenéticos e apesar da pouca quantidade de espécies nos estudos moleculares o gênero Harplayce tem se mostrado monofilético na tribo Brongniartieae (CRISP et al., 2000; HU et al., 2000, 2002; THOMPSON et al., 2001; QUEIROZ et al., 2010, 2017; CARDOSO et al., 2012, 2017; MEIRELES et al., 2014). Desde o estabelecimento do gênero Harpalyce por De Candolle (1825), com base no material coletado por Mociño & Sessé, novas espécies foram descritas, estando o gênero atualmente representado por 32 espécies distribuídas exclusivamente na região Neotropical (ARROYO, 1976; BORHIDI & MUÑIZ, 1977; QUEIROZ, 1998; SÃO-MATEUS et al., 2016, 2018a, 2018b). Harpalyce é considerado o terceiro maior gênero de Brongniartieae, ficando atrás somente dos gêneros Brongniartia (65 spp.) e Hovea (37 spp.) (QUEIROZ et al., 2017). As espécies de Harpalyce são caracterizadas pelo hábito arbustivo ou arbóreo, presença de tricomas glandulares peltados de coloração alaranjada, folhas imparipinadas, 3‒ 39-folioladas; flores dispostas em fascículos axilares ou em racemos localizados no ápice dos ramos as flores são ressupinadas ou não ressupinadas, fortemente zigomorfas ou actinomorfas; o cálice é sempre bilabiado (lábio vexilar e lábio carenal); a corola é geralmente de cor vermelho-alaranjada, rósea, lilás ou branca e com prefloração valvar; a carena possui as pétalas fundidas e helicoidalmente torcidas em 180º ou pétalas livres e ereta; as anteras são dimórficas (cinco maiores e basifixas e cinco menores e dorsifixas); o fruto é do tipo legume deiscente, septado internamente, compresso; e a semente possui estrofiolo cartilaginoso (Figura 1) (ARROYO, 1976, 1981; SÃO-MATEUS et al., 2016, 2018a, 2018b). Na última revisão taxonômica de Harpalyce, Arroyo (1976) reconheceu 20 espécies e oito variedades, porém deixou lacunas quanto a delimitação de vários táxons, que apresentam sobreposição de 16

vários caracteres foliolares e florais. Além disso, depois da revisão de Arroyo, foram identificadas e descritas várias novas espécies (BORHIDI & MUÑIZ, 1977; QUEIROZ, 1998; SÃO-MATEUS et al., 2016, 2018a, 2018b).

Fig.1. Diversidade morfológica de Harpalyce A. Hábito arbóreo em Harpalyce sousai (fotos O. Dorado et al. 9633). B. Hábito arbustivo em Harpalyce tombadorensis (fotos M. Simon et al. 2511). C. Ramo com flores em Harpalyce sousai (fotos O. Dorado 9633). D. Botão floral em Harpalyce brasiliana (fotos D. Cardoso et al. 3756). E. Cálice de Harpalyce ferruginea (fotos O. Dorado et al. 9262). F. Flor em vista frontal em Harpalyce correntina (fotos E. O. Moura 1900). G. Flor de Harpalyce sousai (fotos O. Dorado et al. 9633). H. Detalhe do androceu e gineceu de Harpalyce brasiliana (fotos D. Cardoso et al. 3756). I. Semente de Harpalyce sousai (fotos O. Dorado et al. 9633). Fotos: A, C, E, I por Óscar Dorado; B por Moises Medoza; D, H por Domingos Cardoso; F por Edwesley Moura.

O padrão de distribuição geográfica disjunta em Harpalyce pode ter influenciado na sua diversificação. Atualmente são identificados três núcleos principais na distribuição do gênero: (1) núcleo mesoamericano, desde o sul do México até Honduras, geralmente em áreas savânicas com oito espécies; (2) núcleo cubano, em cadeias montanhosas localizadas na porção leste de Cuba e aproximadamente 15 espécies; e (3) núcleo brasileiro, ao longo do Planalto Central, Planalto da Ibiapaba, Chapada Diamantina e Cadeia do Espinhaço com 17

aproximadamente 10 espécies (ARROYO, 1976; BORHIDI & MUÑIZ, 1977; QUEIROZ 1998; SÃO-MATEUS et al., 2016; SÃO-MATEUS 2018a, 2018b). Estes diferentes núcleos geográficos são de fato congruentes com a classificação infragenérica proposta por Arroyo (1976), na qual ela subdividiu o gênero em três seções, que são praticamente restritos à cada um daqueles núcleos: Harpalyce, restrita ao núcleo mesoamericano, Brasilianae Arroyo, com distribuição no Brasil e Cubenses Rydberg, endêmica de Cuba. As seções são diferenciadas principalmente pela forma das flores, do cálice, formato do fruto e quantidade de sementes. A seção Cubenses é a mais distinta por apresentar flores alongadas, pétalas da carena bem maiores que o estandarte e as pétalas das alas, resultando em um sistema de polinização ornitófila. Já os representantes das seções Brasilianae e Harpalyce compartilham entre si as flores com o estandarte maior em comprimento e largura em relação às demais pétalas; e antese explosiva devido à forte tensão que as pétalas da carena estão submetidas. Nas espécies destas duas seções, os principais agentes polinizadores são abelhas (ARROYO, 1976). Porém, observações em campo realizadas no México, constatou-se que algumas espécies apresentam polinização ornitófila e não somente através de abelhas como citado na última revisão feita por Arroyo em (1976). A seção Brasilianae tem sido considerada a última se diversificar dentro do gênero, associada aos eventos de mudanças climáticas durante o Pleistoceno (ARROYO, 1976, 1981). Hipótese submetida a teste em um contexto filogenético. Apesar das espécies de Harpalyce estarem distribuídas em três núcleos amplamente disjuntos, a maioria delas ocorre em ambientes de savanas. Essa observação sugere que a conservação filogenética do nicho pode ter tido um papel na diversificação do gênero. Em escalas intercontinentais, já foi demonstrado que muitas linhagens de plantas apresentam grande habilidade de dispersão, mas capacidade limitada de promover mudanças de nicho (WIENS, 2004; WIENS & DONOGUE, 2004; WIENS et al., 2010; CRISP et al., 2009; CRISP & COOK, 2012). Estudos biogeográficos no domínio do Cerrado indicam uma diversificação recente de linhagens que migraram de outros biomas, mostrando que as savanas do Neotrópico não apresentam filtros ambientais muito fortes à colonização por linhagens originadas em outros nichos (SIMON et al., 2009), ao contrário do observado em plantas de Formações Tropicais Sazonalmente Secas, como a Caatinga (PENNINGTON et al., 2009; QUEIROZ & LAVIN, 2011). Harpalyce apresenta vários caracteres morfológicos divergentes dos demais gêneros de Brongniartieae. A morfologia floral com as pétalas da carena torcidas helicoidalmente e cálice fortemente bilabiado até quase a sua base é bem distinta de qualquer outro gênero da tribo, embora as flores apresentem morfologia distinta nas diferentes seções do gênero 18

associadas à morfologia do androceu e das pétalas. Além disso, é o único gênero a apresentar glândulas especializadas na epiderme constituídas por tricomas multicelulares peltados. Trabalhos de filogenia em Brongniartieae indicam que o grupo irmão de Harpalyce pode ser o gênero Tabaroa (QUEIROZ et al., 2010) ou Amphiodon Huber (CARDOSO et al., 2012). Em qualquer caso, o grupo irmão de Harpalyce é um gênero pobre em espécies (Amphiodon e Tabaroa gêneros monoespecíficos). Isso sugere que a morfologia floral especializada ou a presença de glândulas epidérmicas podem representar inovações-chave (sensu CREPET & NIKLAS, 2009) que propiciaram uma maior diversificação do gênero. Uma forma de testar hipóteses de inovação chave é estimar taxas de diversificação e verificar se ocorrem mudanças significativas dessas taxas em associação com o surgimento das estruturas que poderiam representar essas inovações evolutivas (MARAZZI & SANDERSON, 2010; KOENEN et al., 2013). De acordo com o contexto taxonômico da tribo Brongniartieae, uma filogenia com melhor amostragem de táxons, como também de marcadores moleculares mais informativos, seria imprescindível antes de efetuar qualquer alteração taxonômica. Além disso, uma revisão da morfologia em um contexto global da tribo poderá contribuir de forma significativa na identificação de sinapomorfias que ajudarão na delimitação dos diferentes gêneros. 19

2 OBJETIVO

O presente estudo objetivou realizar estudos taxonômicos em Harpalyce, inferir a filogenia das espécies e esclarecer suas relações filogenéticas com os demais gêneros da tribo Brongniartieae através de uma ampla amostragem de sequências de genes nucleares (ITS/5.8S, ETS) e plastidiais (matk/trnK e trnL intron), tempo de divergência e evolução de caracteres.

3 ORGANIZAÇÃO DA TESE

A Tese está organizada em três capítulos e três Apêndices. No capítulo I, é apresentada a Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae), um gênero com diversificação em biomas neotropicais. No capítulo II é apresentado o trabalho de sinopse taxonômica de Harpalyce seção Brasilianae. O capítulo III trás a descrição de duas espécies novas ocorrentes em áreas de Cerrado nos estados da Bahia e Goiás. Além disso, segue em anexo três artigos já publicados, sendo o primeiro no periódico Phytotaxa onde consta a novidade taxonômica de uma espécie endêmica da Chapada Diamantina, denominada Harpalyce magnibracteata São-Mateus, D.B.O.S.Cardoso & L.P.Queiroz; o segundo é a descrição de uma espécie nova para os campos rupestres da Chapada Diamantina no estado da Bahia, denominada Harpalyce riparia São-Mateus, L.P.Queiroz & D.B.O.S.Cardoso que foi publicado no periódico Systematic Botany; e a terceira é a descrição de duas espécies novas de Harpalyce para a Península de Yucatán, México que foi publicada no periódico Phytotaxa. 20

REFERÊNCIAS

ARROYO, M.T.K. The systematics of the legume genus Harpalyce (Leguminosae: Lotoideae). Memoirs of New York Botanical Garden, v. 26, p. 1-80, 1976.

ARROYO, M.T.K. Tribe Brongniartieae. In: POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. (eds.). Advances in legume systematics. Part 1. Kew: Royal Botanic Gardens, 1981, p. 387-390.

BORHIDI, A. L. & MUÑIZ, O. (1977) Adiciones al conocimiento de la flora cubana (I). Ciencias Biologicas, v. 1, p. 131-146, 1977.

CARDOSO, D.; QUEIROZ, L.P.; PENNINGTON R.T.; LIMA, H.C.; FONTY, E.; WOJCIECHOWSKI, M.F.; LAVIN, M. Revisiting the phylogeny of papilionoid legumes: New insights from comprehensively sampled early-branching lineages. American Journal of Botany, v. 99, p. 1991-2013, 2012.

CARDOSO, D.; PENNINGTON, R.T.; QUEIROZ, L.P.; BOATWRIGHT, J.S.; VAN WYK, B.-E.; WOJCIECHOWSKI, M.F.; LAVIN, M. Reconstructing the deep-branching relationships of the papilionoid legumes. South African Journal of Botany, v. 89, p. 58-75, 2013a.

CARDOSO, D.; QUEIROZ, L.P.; LIMA, H.C.; SUGANUMA, E.; VAN DEN BERG, C.; LAVIN, M. A molecular phylogeny of the Vataireoid legumes underscores floral evolvability that is general to many early-branching Papilionoid lineages. American Journal of Botany, v. 100, p. 403-421, 2013b.

CARDOSO, D.; HARRIS, D.J.; WIERINGA, J.J.; SÃO-MATEUS, W.M.B.; BATALHA- FILHO, H.; TORKE, B.M.; PRENNER, G.; QUEIROZ, L.P. A molecular-dated phylogeny and biogeography of the monotypic legume genus Haplormosia, a missing African branch of the otherwise American-Australian Brongniartieae clade. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 107, p. 431-442, 2017.

CREPET, W.L.; NIKLAS, K.J. Darwin’s second 'abominable mystery': Why are there so many angiosperm species? American Journal of Botany, v. 96, p. 366-381, 2009.

CREWS, T.E. The presence of nitrogen fixing legumes in terrestrial communities: evolutionary vs ecological considerations. Biogeochemistry, v. 46, p. 233-246, 1999.

CRISP, M.D.; GILMORE, S.; VAN WYK, B.-E. Molecular phylogeny of the genistoid tribes of Papilionoid legumes. In: Herendeen, P.S. & Bruneau, A. (eds.). Advances in legume systematics. Part 9. Kew: Royal Botanic Gardens, 2000, p. 249-276.

CRISP, M.D.; ARROYO, M.T.K.; COOK, L.G.; GANDOLFO, M.A.; JORDAN, G.J.; MCGLONE, M.S.; WESTON, P.H.; WESTOBY, M.; WILF, P.; LINDER, H.P. Phylogenetic biome conservatism on a global scale. Nature, v. 458, p. 754-758, 2009.

CRISP, M.D.; COOK, L.G. Phylogenetic niche conservatism: What are the underlying evolutionary and ecological causes? New Phytologist, v. 196, p. 681-694, 2012.

DE CANDOLLE, A. Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis. Pars II Sumptibus Treuttel & Würtz, Paris, 1825. 644 p. 21

DOYLE, J.J.; LUCKOW, M.A. The rest of the iceberg. Legume diversity and evolution in a phylogenetic context. Physiology, v. 131, p. 900-910, 2003.

HU, J.-M.; LAVIN, M.; WOJCIECHOWSKI, M.F.; SANDERSON, M.J. Phylogenetic analysis of nuclear ribosomal ITS/5.8 S sequences in the tribe Millettieae (): Poecilanthe-Cyclolobium, the core Millettieae, and the Callerya group. Systematic Botany, v. 27, p. 722-733, 2002.

HU, J.-M.; LAVIN, M.; WOJCIECHOWSKI, M.F; SANDERSON, M.J. Phylogenetic Systematics of the tribe Millettieae (Fabaceae) based on chloroplast trnK/matK sequences and its implications for evolutionary patterns in Papilionoideae. American Journal of Botany, v. 87, p. 418-430, 2000.

KOENEN, E.J.M.; DE VOS, J.M.; ATCHISON, G.W.; SIMON, M.F.; SCHRIRE, B.D.; SOUZA, E.R.; QUEIROZ, L.P.; HUGHES, C.E. Exploring the tempo of species diversification in legumes. South African Journal of Botany, v. 89, p. 19-30, 2013.

LEWIS, G.P.; SCHRIRE, B.D.; MACKINDER, B.A.; LOCK, M. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 2005. 592 p.

LEWIS, G.P.; SCHRIRE, B.D.; MACKINDER, B.A.; RICO, L.; CLARK, R. A 2013 linear sequence of legume genera set in a phylogenetic context‒a tool for collections management and taxon sampling. South African Journal of Botany, v. 89, p. 76-84, 2013.

LPWG [LEGUME PHYLOGENY WORKING GROUP]. Legume phylogeny and classification in the 21st century: progress, prospects and lessons for other species-rich clades. Taxon, v. 62, p. 217-248, 2013.

LPWG [LEGUME PHYLOGENY WORKING GROUP]. A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon, v. 66, p. 44- 77, 2017.

MARAZZI, B.; SANDERSON, M.J. Large-scale patterns of diversification in the widespread legume genus Senna and the evolutionary role of extrafloral nectaries. Evolution, v. 64, p. 3570-3592, 2010.

MEIRELES, J.E.; TOZZI, A.M.G.A. Taxonomic Revision of Amphiodon (Leguminosae, Papilionoideae, Brongniartieae). Systematic Botany, v. 39, p. 1150-1153, 2014.

MEIRELES, J.E.; TOZZI, A.M.G.A.; LAVIN, M. A Phylogenetic Analysis of Molecular and Morphological Data Reveals a Paraphyletic Poecilanthe (Leguminosae, Papilionoideae). Systematic Botany, v. 39, p. 1142-1149, 2014.

PENNINGTON, R.T.; LAVIN, M.; IRELAND, H.; KLITGAARD, B.; PRESTON, J.; HU, J.- M. Phylogenetic relationships of basal papilionoid legumes based upon sequences of the chloroplast trnL intron. Systematic Botany, v. 26, p. 537-556, 2001.

PENNINGTON, R.T.; LAVIN, M.; OLIVEIRA-FILHO, A. Woody plant diversity, evolution, and ecology in the tropics: perspectives from seasonally tropical forests. Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics, v. 40, p. 437-457, 2009. 22

POLHILL, R.M. Papilionoideae. In: POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. (eds.). Advances in legume systematics. Part 1. Kew: Royal Botanic Gardens, 1981, p. 191-208.

QUEIROZ, L.P. A new species of Harpalyce Moç. & Sessé ex DC. (Leguminosae: Brongniartieae) from Bahia, Brazil. Kew Bulletin, v. 53, p. 985-988, 1998.

QUEIROZ, L.P.; LAVIN, M. Coursetia (Leguminosae) from Eastern Brazil. Nuclear ribosomal and chloroplast DNA sequence analysis reveal the monophyly of three Caatinga inhabiting species. Systematic Botany, v. 36, p. 69-79, 2011.

QUEIROZ, L.P.; LEWIS, G.P.; WOJCIECHOWSKI, M.F. Tabaroa, a new genus of Leguminosae tribe Brongniartieae from Brazil. Kew Bulletin, v. 65, p. 189-203, 2010.

QUEIROZ, L.P.; SÃO-MATEUS, W.; DELGADO-SALINAS, A.; TORKE, B.M.; LEWIS, G.P.; DORADO, O.; ARDLEY, J.K.; WOJCIECHOWSKI, M.F.; CARDOSO, D. A molecular phylogeny reveals the Cuban enigmatic genus Behaimia as a new piece in the Brongniartieae puzzle of papilionoid legumes. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 109, p. 191-202, 2017.

RAMOS, G.; LIMA, H.C.; PRENNER, G.; QUEIROZ, L.P.; ZARTMAN, C.E.; CARDOSO, D. Molecular systematics of the Amazonian genus Aldina, a phylogenetically enigmatic ectomycorrhizal lineage of papilionoid legumes. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 97, p. 11-18, 2016.

ROSS, J. H.; CRISP, M. D. Brongniartieae. In: LEWIS, G.; SCHRIRE, B.; MACKINDER, B.; LOCK, M. (eds.). Legumes of the World. Kew: Royal Botanic Gardens, 2005, p. 252- 259.

SÃO-MATEUS, W.M.B.; CARDOSO, D.B.O.S.; QUEIROZ, L.P.; JARDIM, J.G. A striking new species of Harpalyce (Leguminosae, Brongniartieae) from highland cerrado of Bahia, Brazil. Phytotaxa, v. 246, p. 120-126, 2016.

SÃO-MATEUS, W.M.B.; QUEIROZ, L.P.; JARDIM, J.G.; CARDOSO, D.B.O.S. Harpalyce riparia (Leguminosae, Papilionoideae), a New Species from the campos rupestres of the Chapada Diamantina in Bahia, Brazil. Systematic Botany, v. 43, p. 206-211, 2018a.

SÃO-MATEUS, W.M.B.; SOUSA, M.; CARDOSO, D.; QUEIROZ, L.P. Two new Mesoamerican species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa, v. 344, p. 160-168, 2018b.

SIMON, M.F.; GRETHER, R.; QUEIROZ, L.P.; SKEMA, C.; PENNINGTON, R.T.; HUGHES, C.L. Recent assembly of the Cerrado, a neotropical plant diversity hotspot, by in situ evolution of adaptations to fire. Proceedings of the National Academy of Sciences, USA, v. 106, p. 20359-20364, 2009.

SPRENT, J.I.; JAMES, E.K. Legume evolution: where do nodules and mycorrhizas fit in? Plant Physiology, v. 144, p. 575-581, 2007.

THOMPSON, I.R.; LADIGES, P.Y.; ROSS, J.H. Phylogenetic studies of the tribe Brongniartieae (Fabaceae) using nuclear DNA (ITS-1) and morphological data. Systematic Botany, v. 26, p. 557-570, 2001. 23

WIENS, J.J. Speciation and ecology revisited phylogenetic niche conservatism and the origin of species. Evolution, v. 58, p. 193-197, 2004.

WIENS, J.J.; ACKERLY, D.D.; ALLEN, A.P.; ANACKER, B.L.; BUCKLEY, L.B.; CORNELL, H.V.; DAMSCHEN, E.I.; DAVIES, T.J.; GRYTNES, J.-A.; HARRISON, S.P.; HAWKINS, B.A.; HOLT, R.D.; MCCAIN, C.M.; STEPHENS, R. Niche conservatism as an emerging principle in ecology and conservation biology. Ecology Letters, v. 13, p. 1310- 1324, 2010.

WIENS, J.J.; DONOGHUE, M.J. Historical biogeography, ecology, and species richness. Trends in Ecology and Evolution, v. 19, p. 639-644, 2004.

WINK, M. Evolution of secondary metabolites in legumes (Fabaceae). South African Journal of Botany, v. 89, p. 164-175, 2013.

WOJCIECHOWSKI, M.F.; LAVIN, M.; SANDERSON, M.J. A phylogeny of legumes (Leguminosae) based on analysis of the plastid matK gene resolves many well-supported subclades within the family. American Journal of Botany, v. 91, p. 1846-1862, 2004. 24

CAPÍTULO 1

FILOGENIA MOLECULAR E TEMPO DE DIVERGÊNCIA EM HARPALYCE (LEGUMINOSAE,

PAPILIONOIDEAE), UM GÊNERO COM DIVERSIFICAÇÃO EM BIOMAS NEOTROPICAIS

MANUSCRITO FORMATADO DE ACORDO COM AS NORMAS DO PERIÓDICO MOLECULAR

PHYLOGENETICS AND EVOLUTION

25

Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae),

um gênero com diversificação em biomas neotropicais*

Wallace M. B. São-Mateus

Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Campus Universitário Lagoa Nova, 59072-970, Natal, Rio Grande do

Norte, Brasil

*Antes de ser submetido para publicação no periódico Molecular Phylogenetics and Evolution, este manuscrito terá ainda a colaboração científica dos seguintes pesquisadores, que já contribuiram em diferentes estágios do desenvolvimento do projeto: Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS), José

Eduardo Meireles (UMaine, Estados Unidos), Jomar Gomes Jardim (UFSB), Alfonso Delgado-Salinas

(UNAM, México), Óscar Dorado (UAEM, México), Haroldo Cavalcante de Lima (JBRJ), Gwilym P.

Lewis (Kew, Inglaterra), Benjamin M. Torke (NYBG, Estados Unidos), Matt Lavin (MSU, Estados

Unidos), Martin F. Wojciechowski (ASU, Estados Unidos) & Domingos Cardoso (UFBA).

26

RESUMO

O gênero neotropical Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) é um dos mais representativos da tribo Brongniartieae com aproximadamente 35 espécies. Na última revisão,

Harpalyce foi subdividido em três seções: sect. Harpalyce (México e mesoamérica), sect.

Cubenses (Cuba) e sect. Brasilianae Arroyo (Brasil e Bolívia). Neste estudo reconstruímos a filogenia de Harpalyce a partir de sequências do DNA ribossomal nuclear (ITS/5.8S + ETS) e do cloroplasto (matK/trnK + trnL intron), envolvendo uma ampla amostragem de espécies pertencentes a todas as seções, bem como, todos os gêneros de Brongniartieae. Avaliamos o monofiletismo das seções que fazem parte do gênero Harpalyce, sua classificação infragenérica, e investigamos o tempo de divergência e reconstrução de caracteres ancestrais.

Os resultados das análises filogenéticas confirmaram o monofiletismo de Harpalyce e das três seções. Além disso, a datação molecular demonstrou que o gênero divergiu das demais

Brongniatieae na metade do Oligoceno há cerca 30.6 Ma e começou a se diversificar há cerca

21.0 Ma, provavelmente devido as baixas temperaturas, diminuição das florestas e ampliação de áreas abertas.

Keywords: Brongniartieae, datação molecular, caracteres ancestrais, Cerrado, florestas secas. 27

1. Introdução

A região neotropical é apontada como um dos maiores centros de biodiversidade do mundo com aproximadamente 90.000 espécies de angiospermas (Gentry, 1982; Thomas

1999; Myers et al., 2000; Hughes et al., 2013). Essa região é caracterizada pelo notável grau de heterogeneidade fisiográfica e por abrigar os mais variados tipos de fitofisionomias que inclui florestas úmidas, florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFW), savanas, desertos,

áreas de montanhas elevadas e pradarias (Hughes et al., 2013). Dentre as famílias de plantas que ocorrem nos neotrópicos, Leguminosae é uma das mais diversas, com destaque para a subfamília Papilionoideae cujas primeiras linhagens se diversificaram predominantemente nos biomas das florestas úmidas, savanas e das suculentas (Schrire et al., 2005).

Entre as linhagens basais, o clado Genistoide é fortemente sustentado dentro de um grande clado definido por uma inversão de 50 kb no genoma plastidial. Este clado inclui representantes tradicionalmente classificados nas tribos Brongniartieae, Crotalarieae,

Eucheresteae, Genisteae, Podalyrieae, Sophoreae e Thermopsideae, que apresentam como provável sinapomorfia o acúmulo de alcalóides quinolizidínicos (Crisp et al., 2000;

Wojciechowski et al., 2004; Cardoso et al., 2013a; Wink 2013). Brongniartieae é caracterizada pelas inflorescências congestas com flores elaboradas, estames com anteras dimórficas e embrião com radícula reta, porém estes caracteres são encontrados também em vários outros representantes das Genistoides (Crisp et al., 2000; Cardoso et al., 2013a).

Arroyo (1981) considerou que a tribo compreendia apenas os gêneros Brongniartia

Kunth e Harpalyce Moc. & Sessé ex DC., ambos com distribuição restrita para a região neotropical. Entretanto, Crisp & Weston (1987) ao realizar uma análise cladística com dados morfológicos propuseram uma nova classificação e ampliação da tribo com a inclusão do gênero australiano Templetonia R.Br. Em seguida, estudos filogenéticos foram realizados e 28

outros gêneros foram incluídos na tribo Brongniartieae como, por exemplo, os gêneros

Cyclolobium Benth. e Poecilanthe Benth. (Crisp et al., 2000; Hu et al., 2002), novos gêneros,

Limadendron Meireles & A.M.G. Azevedo e Tabaroa L.P. Queiroz, G.P. Lewis & M.F.

Wojc., também foram sendo descritos (Queiroz et al., 2010; Meireles & Tozzi 2014a). Na atual circunscrição, a tribo possui aproximadamente 154 espécies e 15 gêneros com centros de diversidade na Austrália, região neotropical e uma única espécie na África (Thompson et al.,

2001; Ross & Crisp, 2005; Queiroz et al., 2010, 2017: Cardoso et al., 2013 a, 2017; Meireles

& Tozzi, 2014a, 2014b; Meireles et al., 2014).

Harpalyce é o terceiro maior gênero em Brongniartieae e atualmente possui 35 espécies

(Arroyo 1976; Borhidi & Muñiz 1977; São-Mateus et al., 2018; CAPITULO 2). O gênero é facilmente reconhecido pelo hábito arbustivo ou arbóreo, folhas imparipinadas, presença de pontuações glandulares de coloração alaranjada geralmente ao longo das folhas e/ou ramos, botões florais geralmente falcados, flores ressupinadas ou não ressupinadas com o cálice fortemente bilabiado (lábio carenal e lábio vexilar), pétalas da carena torcidas helicoidalmente ou eretas; estames com anteras dimórficas, legume compresso e sementes com estrofíolo

(Arroyo 1976; São-Mateus et al., 2016 dados não publicados, CAPITULO 2).

O gênero foi revisado por Arroyo (1976), que o subdividiu em três seções: sect.

Harpalyce, sect. Cubenses Rydberg e sect. Brasilianae Arroyo, diferenciadas por caracteres morfológicos e com distribuição geográfica e habitats muito distintos (Fig. 1). A sect.

Harpalyce ocorre desde a porção central do México até a Nicarágua, sect. Cubenses com distribuição restrita para Cuba e ambas as seções ocorrendo predominantemente nas florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFW); e por último a seção Brasilianae, com espécies com distribuição nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e cerrado do leste ao centro do

Brasil e parte da Bolívia (Arroyo 1976) (Fig. 2). 29

Apesar de diversos trabalhos de filogenia terem confirmado o monofiletismo de

Harpalyce, nenhum conseguiu de fato obter uma amostragem representativa de toda a diversidade morfológica dos táxons que fazem parte das três seções, das quais haviam sido amostradas apenas nove espécies em estudos filogenéticos anteriores (Crisp et al., 2000; Hu et al., 2000, 2002; Thompson et al., 2001; Wojciechowski et al., 2004; Queiroz et al., 2010,

2017; Cardoso et al., 2012a, 2017; Meireles et al., 2014). Desta maneira, o presente estudo teve como objetivo investigar as relações filogenéticas de Harpalyce com os demais gêneros da tribo Brongniartieae, bem como testar o monofiletismo das seções, através de uma ampla amostragem de sequências de DNA, datação molecular e tertar a hipótese da Arroyo (1976) se a seção a Brasilianae apresenta uma diversifição recente, associada aos eventos de mudanças climáticas durante o Pleistoceno.

2. Material e métodos

2.1 Táxons selecionados

Dois tipos de análises foram realizadas para investigar a posição filogenética de

Harpalyce na tribo Brongniartieae, bem como suas relações infragenéricas. A primeira análise envolveu uma amostragem de sequências com múltiplos acessos do gênero Harpalyce. O conjunto de dados do DNA plastidial incluiu sequências de duas regiões (matK/trnK e trnL intron), com um total de 143 terminais. Para as regiões nucleares (ITS e ETS) foram selecionados 144 terminais, e para as análises combinadas com os quatro marcadores

(ITS/5.8S + ETS + matK/trnK + trnL intron) foram utilizados 87 terminais, dos quais 79 foram acessos da tribo Brongniartieae e oito fizeram parte do grupo externo (Bowdichia virgilioides Kunth, Clathrotropis nitida Harms, Dermatophyllum secundiflorum (Ortega) 30

Gandhi & Reveal, martiusii Benth., Guianodendron praeclarum (Sandwith) R.

Schütz & A.M.G. Azevedo, Leptolobium dasycarpum Vogel, Leptolobium panamense

(Benth.) Sch. Rodr. & A.M.G. Azevedo, Staminodianthus duckei (Yakovlev) D.B.O.S.

Cardoso & H.C. Lima) (Tabela 1; Apêndice A).

A segunda análise envolveu uma amostragem de sequências de genes matK/trnK onde foram utilizados 213 terminais da subfamília Papilionoideae, das quais 55 são amostras de outras tribos (e.g. Camoensieae, Crotalarieae, Genistae, Leptolobieae, Ormosieae, Podalyrieae e Sophoreae), aqui denominadas de grupo externo. O grupo interno compreende 158 terminais, que representam todos os gêneros de Brongniartieae e 85 das 154 espécies da tribo

(representando todos os 15 gêneros). Além disso, 85 novas sequências de matK/trnK foram amostradas e englobaram quase toda a diversidade morfológica dos gêneros de

Brongniartieae.

Todas as sequências foram obtidas a partir de sequências geradas no decorrer deste trabalho e de outros estudos através do GenBank e estão apresentados no Apêndice A.

2.2 Extração de DNA, amplificação e sequenciamento

O DNA foi extraído a partir de folhas armazenadas em sílica gel ou de material herborizado seguindo o protocolo de Doyle & Doyle (1987) ou através do DNeasy Plant Mini

Kit (Qiagen, Hilden, Germany) conforme as especificações do fabricante.

As reações de amplificação foram realizadas de duas maneiras. A primeira foi feita com o volume final de 10 μL, contendo 5 μL do Kit Top Taq Master Mix (Qiagen Inc., Hilden,

Germany), 0.2 mM de cada primer, 2 μL de TBT-PAR [trealose, albumina de soro bovino

(BSA), polissorbato-20 (Tween-20)] (Samarakoon et al., 2013) e 1 μL de DNA total (1/1) ou diluído × 10 (1/10) e para ajustar foi adicionada água miliq q.s.p. O segundo protocolo 31

utilizado foi com o volume final de 10 μL, contendo 1 μL de 10 × Buffer, 0.5 μL de MgCl2

(2.5 mM), 0.2 μL de DNTPs (10 mM), 2 μL de TBT-PAR, 0.2 μL de cada primer (0.15 mM),

0.1 μL de Taq polimerase (Fenix Life Science, Madrid, Spain), 1 μL de DNA total ou diluído

× 10 e para ajustar foi adicionada água miliq q.s.p. e para as regiões nucleares (ITS/5.8S e

ETS) foi adicionado 0.2 μL de DMSO.

Foram selecionadas quatro regiões gênicas, os marcadores moleculares nucleares ITS e

ETS e plastidiais matK/trnK e trnL intron. Estes marcadores têm sido amplamente utilizados em diversos trabalhos envolvendo a família Leguminosae, por se tratarem de regiões informativas, sendo adequadas para reconstrução filogenética em nível de gênero e tribos

(Lavin et al., 2001; Pennington et al., 2001; Wojciechowski et al,. 2004; Queiroz et al., 2010,

2017; Cardoso et al., 2012a, 2013a, 2013b, 2015, 2017; Ramos et al., 2016). Para a região nuclear ITS/5.8S foi utilizado o primer forward 17SE (5’-ACG AAT TCA TGG TCC GGT

GAA GTG TTC G-3’) e reverse 26SE (5’-TAG AAT TCC CCG GTT CGC TCG CCG TTA

C-3’) (Sun et al., 1994) através do programa pre-melting a 94ºC por 3 min, 28 ciclos com etapa de desnaturação a 94ºC por 1 min, anelamento de 50‒55ºC por 1 min, extensão 72ºC por 2:30 min e extensão final de 72ºC por 7 min. Para a região ETS foi utilizado o primer

ETS-B (5’-ATA GAG CGC GTG AGT GGT G-3’) (Beardsley & Olmstead, 2002) com o

18S-IGS (5’-GAG ACA AGC ATA TGA CTA CTG GCA GGA TCA ACC AG-3’) (Baldwin

& Markos, 1998) com pre-melting a 94ºC por 3 min, 30 ciclos com etapa de desnaturação a

94ºC por 1 min, anelamento de 55ºC por 1 min, extensão 72ºC por 1:30 min e extensão final de 72ºC por 7 min. Para as amplificações do gene matK/trnK foram utilizados os seguintes pares de primers: trnK685F (5’-GTA TCG CAC TAT GTA TCA TTT GA-3’) e matK4R (5’-

CAT CTT TCA CCC AGT ATC GAA G-3’); matK4La (5’-CCT TCG ATA CTG GGT GAA

AGA T-3’) e matK1932R (5’-CAG ACC GGC TTA CTA ATG GG-3’); matK1100L (5’-

TTC AGT GGT ACG GAG TCA AAT G-3’) e trnK2R* (5’-CCC GGA ACT AGT CGG 32

ATG G-3’) (Hu et al., 2000; Wojciechowski et al., 2004) em programa com pre-melting a

94ºC por 4min, 35‒40 ciclos com etapa de desnaturação a 94ºC por 1 min, anelamento 50‒

55ºC por 30 seg, extensão 72ºC por 1 min e extensão final 72ºC por 7 min. Para o gene trnL intron foram utilizados os primers forward C (5’-CGA AAT CGG TAG ACG CTA CG-3’) e reverse D (5’-GGG GAT AGA GGG ACT TGA AC-3’) (Taberlet et al., 1991) com pre- melting de 94ºC por 4min, seguidos por 40 ciclos com etapa de desnaturação a 94ºC por 1 min, anelamento de 50-52ºC por 30 seg, extensão 72ºC por 1min e extensão final 72ºC por 10 min. Os mesmos primers utilizados nas reações de PCR foram utilizados no sequenciamento, com exceção da região nuclear ITS que foi sequenciada com os primers internos 92 (5’-AAG

GTT TCC GTA GGT GAA C-3’) (Desfeux & Lejeune, 1996) e 04 (White et al., 1990). Os produtos das PCRs foram purificadas com PEG 11% (Paithankar & Prasad, 1991). Para as reações de sequenciamento foi utilizado o Big Dye Terminator v 3.1 Cycle Sequencing Kit

(Applied Biosystems, Austin, Texas, USA) de acordo com as instruções do fabricante, e em seguida analisadas no sequenciador (ABI 3130 XL Genetic Analyzer) do Laboratório de

Sistemática Molecular de Plantas da Universidade Estadual de Feira de Santana (LAMOL-

UEFS) ou da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ-BA).

2.3 Alinhamento e Análises Filogenéticas

Primeiramente os eletroferogramas foram editados e combinados utilizando a plataforma Geneious (Drummond et al., 2012a). As sequências foram alinhadas no MUSCLE

(Edgar, 2004) corrigidas e otimizadas manualmente conforme os critérios de similaridade no

Geneious (Drummond et al., 2012a) e posteriormente serão submetidas na base de dados do

GenBank. Para as reconstruções filogenéticas três tipos de análises foram realizados, Máxima

Parcimônia (MP), Máxima Verossimilhança (ML) e Inferência Bayesiana (IB). Foram feitas 33

análises individuais para cada marcador molecular e combinadas: nuclear (ITS/5.8S + ETS); plastidial (matK/trnK + trnL intron); e todas as regiões (nuclear + plastidial).

As análises de Máxima Parcimônia (MP) foram realizadas no programa PAUP version

4.0b10 (Swofford 2002), de acordo com o critério de Fitch (1971). Foi feita uma busca heurística de 2.000 replicações aleatórias, utilizando o algoritmo tree-bisection-reconnection

(TBR), salvando até 15 árvores por replicação. As árvores resultantes foram utilizadas em uma segunda busca utilizando os mesmos parâmetros estipulados anteriormente, onde foi estabelecido um valor máximo de 10.000 árvores. O valor de suporte dos clados foi estimado com base em 2.000 pseudo-replicações de bootstrap não paramétrico (BS) (Felsenstein 1985) com adição aleatória simples de táxons e algoritmo TBR. Além disso, 15 árvores foram sendo salvas a cada pseudo-replicação.

As análises de Máxima Verossimilhança (ML), foram realizadas utilizando o RAxML v. 8 (Stamatakis, 2014), utilizando GTR + GAMMA como modelo evolutivo, estimativas da distribuição gamma e sítios invariantes durante a corrida. Para averiguar os valores de suporte dos clados os mesmos foram estimados com base em 1.000 réplicas de bootstrap (Stamatakis et al., 2008).

Para as Análises Bayesianas (IB) primeiramente foi realizada a escolha dos modelos evolutivos de substituição de nucleotídeos com base nos valores de critério de informação de

Akaike (AIC) no programa MrModeltest v.2.2 (Nylander 2004) e os modelos evolutivos escolhidos foram: GTR + G para os marcadores ETS e trnL intron; GTR + I + G para o matK/trnK, ITS1 e ITS2; e K80 + I para a região 5.8S do ITS (Tabela 1). As Análises

Bayesianas (IB) foram realizadas no MrBayes v.3.2.5 (Ronquist & Huelsenbeck, 2003) no portal científico de inferências filogenéticas CIPRES v.3.3 online (Miller et al., 2010), com duas corridas independentes cada uma com quatro cadeias Markov de Monte Carlo (MCMC), com parâmetros definidos para 107 gerações com árvores amostradas para cada 103 gerações e 34

a convergência entre as duas corridas foi verificada e calculada no Tracer v.1.5 (Rambaut &

Drummond, 2007). Com um burnin de 25% para as análises iniciais as árvores excedentes foram utilizadas no cálculo para obtenção da árvore de consenso de maioria e as frequências dos clados foram usadas como estimativas para probabilidade posterior (PP) no programa

PAUP version 4.0b10 (Swofford 2002).

Todas as análises foram realizadas no portal científico de inferências filogenéticas

CIPRES (Miller et al., 2010) e as árvores resultantes foram visualizadas e parcialmente editadas no FigTree v.1.4.3 (Rambaut, 2012).

2.4 Reconstrução dos caracteres ancestrais

A reconstrução de caracteres baseou-se na análise de possíveis sinapomorfias e homoplasias e um total de nove caracteres foram utilizados, um dos caracteres está relacionado à predileção do bioma (sensu Schrire et al. 2005) e os outros oito são caracteres morfológicos. É apresentada uma lista dos caracteres e codificações (Tabela 2). Foi utilizada a

árvore de consenso de maioria obtida da análise de Inferência Bayesiana com base nos resultados das análises combinadas de dados moleculares. Os caracteres selecionados foram utilizados na reconstrução de cada um dos nós a partir da árvore de consenso de maioria utilizando MK1 como modelo evolutivo através do método de Máxima Verossimilhança no software Mesquite v. 3.03 (Maddison & Maddison 2015).

Nas análises foram utilizadas geralmente um acesso por espécie resultando em uma

árvore com 87 terminais e optamos pelos principais caracteres utilizados na classificação genérica e infragenérica da tribo Brongniartieae e Harpalyce. Os dados para os estados de caracteres dos táxons foram obtidos a partir de nossas próprias observações ou estudos realizados anteriormente (Lewis 1988; Ross 1989, 2001; Dorado, 1992; Warwick & 35

Pennington 2002; Queiroz et., 2010; Thompson 2010a, 2010b, 2010c; Meireles & Tozzi

2014a, 2014b; Meireles et al., 2014).

2.5 Estimativa do tempo de divergência

A análise de datação molecular foi realizada com os dados de ITS/5.8S, ETS, matK/trnK e trnL intron, com uma amostragem de 87 táxons, dos quais 78 fazem parte da

Tribo Brongniartieae e oito espécies foram designadas como grupo externo. Foi realizada uma calibração secundária a partir dos dados de datação realizados com idade estimada de 45 milhões de anos (offset = 45.0, mean = 0, stdev = 1) para o nó do clado Bowdichia Kunth e

Diplotropis Benth (Lavin et al., 2005). As análises foram realizadas a partir de uma Inferência

Bayesiana (IB) através do modelo lognormal do relógio molecular relaxado não correlacionado no programa BEAST v.1.8.2 (Drummond et al., 2012b) no portal científico de inferências filogenéticas CIPRES v.3.3 online (Miller et al., 2010) seguindo o modelo de substituição de nucleotídeos GTR + I + G e modelo de especiação de Yule. Os arquivos utilizados no programa BEAST v.1.8.2 (Drummond et al., 2012b) foram anteriormente gerados em formato XML no programa BEAUti v.1.8.2 (Drummond et al., 2012b).

A análise foi feita em sete corridas independentes de cadeias de Markov (MCMC) por

107 gerações com uma árvore salva a cada 103 gerações. Os arquivos de saída (log) gerados no BEAST v.1.8.2 (Drummond et al., 2012b), foram analisados no programa Tracer 1.6

(Rambaut & Drummond, 2013), com a finalidade de avaliar os valores de ESS (> 200) e se as corridas convergiram. As árvores resultantes das análises foram combinadas através do

LogCombiner v.1.8.2 (Drummond et al., 2012b) e os resultados foram sumarizados no programa TreeAnnotator v.1.8.2 (Drummond et al., 2012), onde foi gerada uma árvore de máxima credibilidade de clados (Maximum Clade Credibility - MCC) com os respectivos 36

tempos de divergência dos nós. Em seguida a árvore final foi visualizada e parcialmente editada no FigTree v.1.4.3 (Rambaut, 2012).

3. Resultados

3.1 Relações filogenéticas na tribo Brongniartieae

Análises individuais dos marcadores plastidiais (matK/trnK e trnL intron) e nucleares

(ITS e ETS), bem como análises combinadas produziram topologias similares (Apêndice B) e os dois conjuntos de dados concatenados em uma matriz única produziram um alinhamento de

3657 pb (Tabela 1).

No geral, as análises combinadas de todas as regiões tiveram resultados bem semelhantes em relação as topologias das árvores, mesmo que apresentando valores de bootsrap relativamente baixos (1.00; 70% BS-MP; 92% BS-ML) para a tribo Brongniartieae, ainda assim os resultados demonstraram que a tribo é bem resolvida e subdividida em quatro clados principais, são eles: o clado A constituído pelo gênero africano Haplormosia como grupo-irmão das demais Brongniartieae; o clado B com a presença do gênero sulamericano

Poecilanthe; o clado C constituído por dois subclados, o primeiro formado pelos gêneros

Behaimia, Cyclolobium e Limadendron, que apresentam distribuição na região neotropical e o outro subclado formado pelos gêneros Brongniartia, Cristonia, Hovea, Lamprolobium,

Templetonia, Thinicola e Plagiocarpus com o primeiro gênero com distribuição nas Américas e os demais endêmicos da Austrália; e por último o clado D com os gêneros Amphiodon,

Tabaroa e Harpalyce (Fig. 3).

As análises de matK/trnK demonstraram também que os gêneros Brongniartia, Hovea e

Templetonia formam clados mal resolvidos filogeneticamente, dos quais a espécie 37

Brongniartia ulbrichiana, restrita aos vales secos interandinos bolivianos, foi recuperada como grupo irmão de um clado formado pelas demais espécies de Brongniartia e que ocorrem no México e região mesoamericana e do subclado formado pelos táxons australianos (Fig. 4, 5

,6). Além disso, a grande maioria das análises individuais e combinadas tem demonstrado que a tribo Brongniartieae é sustentada como monofilética, com exceção das análises individuais da região trnL intron em que o gênero Harplormosia emerge em uma árvore mal resolvida formando uma grande politomia juntamente com gêneros que não fazem parte da tribo

Brongniartieae. Já nas análises combinadas obtidas a partir de DNA plastidial (matK/trnK e trnL intron), Haplormosia emerge como grupo irmão do clado formado pelos demais gêneros da tribo Brongniartieae com valores de PP igual 1.00 e valores de bootstrap > 76% (76% BS-

MP; 84% BS-ML) (Apêndice B3).

3.2 Relações filogenéticas em Harpalyce

As análises filogenéticas com os quatro marcadores moleculares (ITS/5.8S, ETS, matk/trnK e trnL intron) tem demonstrado o monofiletismo do gênero Harpalyce (1.00 PP;

99% BS-MP; 100% BS-ML), que por sua vez, apareceu como grupo-irmão do clado formado pelos gêneros monoespecíficos Amphiodon, que apresenta distribuição ao longo das florestas baixas localizadas na região Amazônica e Tabaroa, típica das florestas sazonalmente secas da

Caatinga (Fig. 3).

As análises combinadas de todas as regiões o clado Cubenses - Harpalyce é grupo- irmão da seção Brasilianae (1.00 PP; 99% BS-MP; 100% BS-ML). Entretanto, nessa análise não foi demonstrado o monofiletismo da seção Cubenses pelo fato de apresentar somente um

único acesso. Entretanto, as análises combinadas do cloropolasto (Fig. 6) desmonstraram que a seção Cubenses apresenta altos valores de suporte (1.00 PP; 99% BS-MP; 100% BS-ML) e 38

emerge como irmã da seção Harpalyce. Além disso, foi observado que a análise individual do matK/trnK também demonstrou que a seção é monofilética (1.00 PP; 99% BS-MP; 100% BS-

ML). A exceção foram as análises combinadas de Máxima Parcimônia (MP) e Inferênca

Bayesiana (IB) de regiões do DNA ribossomal nuclear (ITS/5.8S + ETS) em que a seção

Cubenses apareceu em uma grande politomia provavelmente devido as amostras apresentarem muitos dados faltantes.

3.3 Reconstrução dos caracteres ancestrais

Entre os caracteres morfológicos optimizados na filogenia de Brongniartieae, foi demonstrado que anteras dimórficas (7: 1) podem ser consideradas uma plesiomorfia da tribo e que o mecanismo de disparo da flor de forma explosiva (6: 1) que apesar de ser encontrado principalmente em Harpalyce o mesmo pode ser tratado como uma homoplasia pelo fato desse estado de caráter ter evoluído independentemente em outros gêneros de Brongniartieae

(Poecilanthe e Tabaroa). Além disso, a reconstrução ancestral revelou algumas sinapomorfias para o gênero Harpalyce, como por exemplo, a presença de tricomas glandulares peltados de coloração alaranjada (1: 1) e cálice bilabiado com o lábio carenal com três lobos soldados (5:

1) e foi possível observar que o estado de caráter flores ressupinadas pode ser caracterizado como uma provável sinapomorfia do clado formado pelas espécies que compõe a seção

Brasilianae (Apêndice C 1‒9) podendo estar relacionada a polinização realizada por abelhas fato este observado em campo. Já as seções Cubenses e Harpalyce as flores apresentam uma diposição não-ressupinado e o tipo de polinização é realizada por aves. Desta maneira, através das observações realizadas em campo chegou-se a conclusão que a seção Harpalyce apresenta o padrão de polinização ornitófila, antes retratada apenas para a seção Cubenses (Arroyo

1976). 39

De acordo com a reconstrução ancestral de caracteres, ficou demonstrado que a seção

Brasilianae do gênero Harpalyce apresenta uma predileção aos ambientes de savanas localizados no Brasil mais precisamente no Cerrado do Planalto Central e parte da Bolívia, campos rupestres, campos abertos e campos de altitude localizados ao longo da Cadeia do

Espinhaço e Planalto da Ibiapaba, já as seções Cubenses e Harpalyce ocorrem prefencialmente nas florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFW) ricas em suculentas e localizadas em Cuba e no México. O clado formado pelos gêneros Amphiodon e Tabaroa que emerge como grupo irmão de Harpalyce demonstrou que o primeiro apresenta uma predileção a ambientes de florestas úmidas e o segundo aos ambientes xéricos da região nordeste do

Brasil (Apêndice C9).

3.5 Tempo de divergência em Harpalyce

As estimativas de tempo de divergência indicam que o gênero Harpalyce surgiu no

Oligoceno há cerca de 30.6 Ma (HPD 95% – high posterior distribution: 35.7‒25.4 Ma) e se diversificou a partir de 21.0 Ma (crown group) no começo do Mioceno. Foi possível observar também que as linhagens começaram a divergir há cerca de 21 Ma (HPD: 26.4‒15.69) com uma das linhagens formada pela seção Brasilianae e a outra linhagem formada pelas seções

Cubenses e Harpalyce. Dentre essas três seções Brasilianae foi a última se diversificar há cerca de 6.6 Ma no final do Mioceno, já as seções Cubenses e Harpalyce começaram a divergir há 17.1 Ma (HPD: 22.6‒11.92 Ma) e a seção Harpalyce tem o seu período estimado de diversificação há 8.21 Ma (HPD: 11.1‒5.5 Ma) no final do Mioceno (Fig. 7). Além disso, foi possível observar que a grande maioria das espécies se diversificaram nos últimos 2.5 Ma durante o Pleistoceno.

40

4. Discussão

4.1 Relações Filogenéticas em Brongniartieae

Este trabalho tem corroborado com o esforço contínuo para reconstruir as relações filogenéticas com representantes de todos os gêneros de Brongniartieae (Queiroz et al., 2017;

Cardoso et al., 2017), onde ficou demonstrado através de uma análise de ampla amostragem do DNA do cloroplasto o seu monofiletismo com altos valores de suporte ou com valores de suporte moderado nas análises combidas com os quatro marcadores (Fig. 3, 4, 5, 6). Além disso, nossos resultados desmonstraram que a tribo Leptolobieae emerge como irmã de

Brongniartieae e coincide com os resultados de trabalhos realizados recentemente (Cardoso et al., 2017; Queiroz et al., 2017). As duas tribos compartilham entre si a presença de diminutos coléteres na base dos pulvinulos ou na axila das estípulas, brácteas ou bractéolas (Cardoso et al., 2012b).

De acordo com o estudo realizado anteriormente (Queiroz et al. 2010), o gênero

Harpalyce foi apontado como irmão do gênero monoespecífico Tabaroa que possui distribuição ao longo das florestas sazonalmente secas do estado da Bahia. Entretanto, neste trabalho o gênero Amphiodon que apresenta distribuição restrita para a região amazônica não foi amostrado nas análises moleculares. Posteriormente estudos filogenéticos, incluindo os três gêneros, evidenciaram Amphiodon irmão de Tabaroa e o clado Amphiodon – Tabaroa como grupo-irmão de Harpalyce (Cardoso et al., 2012a, 2013a, 2017; Meireles et al., 2014;

Queiroz et al., 2017) e assemelha-se aos resultados obtidos nestes estudos (Fig. 3). Harpalyce compartilha com estes gêneros as folhas imparipinidadas, estames com os filetes livres e ovário séssil, mas possui tricomas glandulares peltados e cálice bilabiado, diferenciando-se de 41

Amphiodon e Tabaroa que compartilham a ausência destes tricomas especializados e o cálice campanulado.

Nossas análises também demonstraram que o gênero Brongniartia emerge como irmão do clado australiano (Fig. 3). Esses resultados já foram evidenciados e confirmados em outros estudos realizados com diferentes marcadores moleculares, como por exemplo: matK/trnK

(Wojciechowski et al., 2004; Queiroz et al., 2010, 2017; Cardoso et al., 2013a, 2017) e rbcL

(Kajita et al., 2001). Na análise de reconstrução ancestral de caracter observou-se que o gênero Brongniartia e o clado Australiano compartilham entre si flores solitárias ou em fascículos axilares (Apêndice C). Além disso, foi possível confirmar neste estudo que o gêneno moespecífico Behaimia, inserido recentemente na tribo Brongniartieae, ermergiu como irmão de Cyclolobium e o clado Behaimia – Cyclolobium surge como grupo-irmão de

Limadendron e compartilham entre si o hábito arbóreo e flores diminutas até 15 mm de compr. e todos esses resultados já foram demonstrados em um estudo realizado recentemente

(Queiroz et al., 2017).

4.2 Relações filogenéticas, evolução morfológica e implicações taxonômicas em Harpalyce

As análises filogenéticas com os quatro marcadores moleculares tem demonstrado o monofiletismo do gênero Harpalyce (Fig. 3) como grupo-irmão do clado formado pelos gêneros Amphiodon – Tabaroa e corrobora os resultados obtidos nos estudos filogenéticos realizados anteriormente (Queiroz et al., 2010, 2017; Cardoso et al., 2013a, 2017). As análises com estes quatro marcadores também demonstraram que as seções Brasilianae e Harpalyce são monofiléticas com altos valores de suporte, exceto a seção Cubenses onde não ficou comprovado o seu monofiletismo pelo fato das análises terem apresentado somente um acesso. Desta maneira, pode se afirmar que a classificação infragenérica de Arroyo (1976) do 42

gênero Harpalyce é corroborada com as análises filogenéticas propostas neste estudo, com as três seções monofiléticas e estruturadas geograficamente (Fig. 3, 6; Apêndice B3).

Harpalyce sect. Brasilianae caracteriza-se pelo hábito arbustivo com flores vermelhas a alaranjadas e tem como sinapomorfias os botões florais com o ápice arredondado, flores ressupinadas, cálice com o lábio vexilar cuculado e legume geralmente com mais de sete sementes e fortemente septado. A análise filogenética de dados combinados revelou três clados principais, são eles: (1) clado formado pelas espécies H. lanata e H. riparia que apesar de não se assemelharem morfologicamente, compartilham da mesma área geográfica que são os campos rupestres da Chapada Diamantina; (2) inclui as espécies H. hilariana, H. macedoi,

H. lepidota e H. speciosa todas com distribuição em áreas de Cerrado do Planalto Central, e

(3) por último o clado formado pelos táxons: H. brasiliana, H. correntina, H. magnibracteata,

H. minor, H. parvifolia, H. tombadorensis, H. sp.7, H. sp8, H. sp9, H. sp10 é fracamente sustentado em todas as análises indicando que estas espécies saem em uma grande politomia e com topologias incongruentes como por exemplo a espécie Harpalyce brasiliana que apresenta uma ampla distribuição emergindo como irmã de espécies com distribuição restrita

(Fig. 3).

Harpalyce sect. Cubenses é caracterizada morfologicamente pelo hábito arbustivo ou arbóreo, lábios vexilar e carenal com o ápice agudo, flores alongadas, estandarte diminuto em relação as alas e as pétalas da carena e tem como prováveis sinapomorfias as pétalas da carena eretas ou torcidas helicoidalmente, mas livres e sementes com estrofiolo 2-operculado. Estas seções compartilham os botões florais com ápice agudo a apiculado, flores não ressupinadas, cálice com o lábio vexilar não cuculado e anteras com o ápice fortemente apiculado, por outro lado se diferenciam, pelas pétalas da carena soldadas dos dois lados, exceto na porção apical, e sementes com estrofiolo 1-opeculado na seção Harpalyce e pétalas da carena livres e sementes com estrofiolo 2-operculado na seção Cubenses. 43

Harpalyce sect. Harpalyce caracteriza-se pelo hábito arbustivo ou arbóreo, flores não ressupinadas, pétalas vermelhas, liláses e róseas, estandarte maior em comprimento e largura e fruto com septos inconspícuos ou ausentes e como provável sinapomorfia as pétalas da carena voltadas para a esquerda. Nosso estudo revelou também a formação de dois clados principais, são eles: (1) o clado formado pelas espécies H. goldmanii, H. rupicola, H. torresii e H. yucantanense, com H. goldmanii aparentemente endêmica das florestas secas do sul do

México, H. rupicola com ocorrência que vai desde o sul do México até a Guatamela e as espécies H. yucatanense e H. torresii ambas com distribuição para a Peninsula de Yucatan e/ou Belize; (2) já o segundo clado equivale às espécies: H. formosa, H. ferruginea, H. pringlei, H. sousai, H. aff. formosa, H. sp.1, H. sp.2, H. sp.3, H. sp.4, H. sp.5 e H. sp.6, mas apresenta baixos valores de suporte em todas as análises (Fig. 3).

A divisão das folhas, presença de tricomas glandulares peltados, tipo de inflorescência, forma do cálice e das anteras e tipo de fruto foram amplamente utilizados na classificação genérica e infagenérica nos táxons da tribo Brongniartieae (Arroyo 1976, 1981; Ross 1989,

2001; Dorado 1992; Ross & Crisp 2005; Queiroz et al., 2010; Thompson 2010a, 2010b,

2010c, Meireles 2014a, 2014b). No entanto, a análise de reconstrução ancestral de caracteres morfológicos revelou que a maior parte deles são homoplásticos (Apêndices C1‒C9). Por exemplo, folhas simples ou unifolioladas (caracter 2: 1) (Apêndice C) evoluiu de forma independente nos gêneros Cristonia, Cyclolobium, Haplormosia, Hovea, Templetonia e

Thinicola. Essa é uma das principais causas de dificuldade para estabelecer uma classificação genérica na tribo, baseada em possíveis sinapomorfias morfológicas.

O resultado da reconstrução de caracteres ancestrais demonstrou que anteras dimórficas pode ser considerada uma condição plesiomórfica em Brongniartieae (7: 1). Foi observado também, que a presença de tricomas glandulares (1: 1), bem como, os lobos do cálice (5: 1) altamente fundidos com a formação típica do cálice bilabiado são sinapomórficos para o 44

gênero Harpalyce e estes estados de caráter provavelmente estão relacionados primeiramente para evitar herbivoria no caso das pontuações glandulares e os lobos do cálice fundidos estão relacionados ao mecanismo de dispersão do pólen das anteras devido a forte tensão exercida na parte interna das flores. Além disso, as análises demonstraram que flores ressupinadas (3:

1) é uma sinapomorfia da seção Brasilianae.

Dentre as sinapomorfias encontradas em Harpalyce o destaque é dado para as flores elaboradas com uma morfologia floral bem particular que é presença do cálice bilabiado.

Neste sentido, estudos morfológicos, anatômicos e ontogenéticos em um contexto filogenético poderá auxiliar na resolução de problemas evolutivos da tribo Brongniartieae e seria fundamental para compreender o processo de ontogenia floral em Harpalyce. Alguns estudos já demonstraram que o uso dessas ferramentas morfológicas ajudaram no levantamento de potenciais sinapomorfias e que contribuíram para um melhor entendimento como, por exemplo, de alguns grupos de Leguminosae (Tucker 1993; Marazzi et al., 2006; Leite et al,

2014; Prenner et al., 2015).

4.3 A Diversificação de Harpalyce em biomas neotropicais nos últimos 21 Ma

As espécies de Harpalyce estão distribuídas na América do Norte, América Central e

América do Sul. Ocorrem em áreas de florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFW) e savanas localizadas na porção Central do Brasil e campos rupestres na Cadeia do Espinhaço e na sua grande maioria associadas a locais de afloramentos rochosos.

O Cronograma gerado indica que a linhagem do gênero Harpalyce surgiu no Oligoceno há 30.6 Ma e começou a se diversificar a partir de 21.0 Ma (Fig. 7). O padrão de distribuição do gênero Harpalyce pode ser explicado através do processo de colonização e ocupação das espécies nas florestas tropicais sazonalmente secas localizadas no México e coincide com os 45

processos migratórios da América do Sul para as Américas Central e do Norte justamente com o fechamento do Istmo do Panamá, bem como, a expansão das formações abertas (Willis et al., 2014).

Estudos biogeográficos com representantes da família Leguminosae têm demonstrado que as espécies ocorrentes nas florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFW) são mais antigas (Pennington et al., 2009; Queiroz & Lavin 2011; Pennington & Lavin 2016) em relação as espécies do Cerrado que apresentam tempo de divergência menor do que 10 milhões de anos (Simon et al., 2009; Werneck 2011; Fortuna-Perez et al., 2013; Pennington &

Lavin 2016).

Essa diversificação recente de linhagens que migraram de outros biomas mostra que as savanas do Neotrópico não apresentam filtros ambientais muito fortes à colonização por linhagens originadas em outros nichos (Simon et al., 2009). Nossas análises de datação molecular desmonstraram que as espécies de Harpalyce que ocorrem no Cerrado apresentaram tempo de divergência menor do que 8 Ma com a maioria das espécies se diversificando há 4 Ma, provavelmente devido aos mais variados tipos de fitofisionomias existentes neste domínio fitogeográfico e tipo de solo. Além disso, alguns estudos têm revelado que a história evolutiva de linhagens deste domínio estão intimamente relacionadas ao regime de queimadas (Ratter et al., 1997; Simon et al., 2009).

Apesar das espécies de Harpalyce estarem distribuídas em três núcleos amplamente disjuntos, a maioria delas ocorre em ambientes de savanas. Essa observação sugere que a conservação filogenética do nicho pode ter tido um papel na diversificação do gênero. Em escalas intercontinentais, já foi demonstrado que muitas linhagens de plantas apresentam grande habilidade de dispersão, mas capacidade limitada de promover mudanças de nicho

(Wiens, 2004; Wiens et al., 2010; Crisp et al., 2009; Crisp & Cook, 2012). Um exemplo a ser citado são as espécies de Harpalyce ocorrentes em áreas de Cerrado que começaram a se 46

diversificar há 6.6 Ma, compatível com a hipótese de que as linhagens provenientes deste domínio fitogeográfico são recentes e estão intimamente relacionadas ao processo evolutivo de conservação filogenética de nicho (Simon et al., 2009).

5. Conclusões e perspectivas futuras

As reconstruções filogenéticas demonstraram o monofiletismo de Harpalyce, bem como, das seções propostas por Arroyo (1976) exceto da seção Cubenses que não foi avaliado e o padrão de distribuição do gênero pode ser explicado pelo processo de colonização e ocupação das espécies nas florestas tropicais sazonalmente secas e as espécies oriundas dessas

áreas são mais antigas, em relação às espécies do Cerrado. Nosso resultado também revelou que Harpalyce é irmã do clado formado pelos gêneros Amphiodon e Tabaroa. Dentre os gêneros de Brongniartieae Harpalyce é o que a apresenta flores elaboradas com o cálice bilabiado e glândulas especializadas na epiderme constituídas por tricomas multicelulares peltados. Isso sugere que a morfologia floral especializada ou a presença de glândulas epidérmicas podem representar inovações-chave (sensu Crepet & Niklas, 2009) que provavelmente propiciaram uma alta diversificação no grupo. Esta hipótese de inovação- chave em Harpalyce será foco de uma análise futura, onde pretendemos estimar taxas de diversificação e para verificarmos se ocorreram mudanças significativas dessas taxas em associação com o surgimento das estruturas, confirmando, portanto, como evidência de inovações evolutivas (Marazzi & Sanderson, 2010; Koenen et al., 2013).

A arquitetura floral peculiar em Harpalyce e sua homologia com as demais flores do clado Brongniartieae, poderia ser melhor revelada também a partir de estudos de desenvolvimento ontogenético e de biologia floral em um contexto filogenético. Assim, poderíamos compreender melhor os padrões de evolução floral, bem como, a origem da 47

diversidade morfológica no clado Genistoide s.l. e particularmente na tribo Brongniartieae.

Estudos de ontogenia floral e de expressão gênica podem revelar as bases genéticas e de desenvolvimento de arquiteturas florais tão divergentes e que já foram observadas em outros clados da família Leguminosae como, por exemplo, em: Cadia que faz parte da tribo

Podalyrieae (Citerne et al., 2006); Exostyles, Harleyodendon, Lecointea e Zollernia da tribo

Exostyleae (Mansano et al., 2002) e Goniorrhachis da tribo Detarieae (Prenner et al., 2015).

Trabalhos assim poderão auxiliar na compreensão da dinâmica evolutiva de Harpalyce e demais gêneros de Brongnairtieae no contexto também da diversidade excepcional nas linhagens basais de Papilionoideae.

Agradecimentos

Aos colegas Lamarck Rocha, Cássia Bitencourt e Amanda Priscila pela inestimável ajuda durante o trabalho de campo nos estados da Bahia, Goiás e Distrito Federal; José

Miguel no trabalho de campo na Bahia; a Rafael Torres e José Maria durante o trabalho de campo no México; Edwesley de Moura e Moises Mendoza por nos permitir utilizar as fotos de Harpalyce correntina e Harpalyce tombadorensis respectivamente; a Leandro Oliveira pela confecção do mapa; Lucas Marinho pela ajuda na edição das pranchas de fotos; Ariane

Barbosa, Marlon Machado, Maria Cristina, Élvia Sousa, Daiane Trabuco, Uiara Catarina,

Juliana Freitas, Juliana Santos, Lamarck Rocha, Lizandro Peraza e Christian Silva pelo auxílio no Laboratório de Biologia Molecular de Plantas (LAMOL-UEFS); a Teonildes

Nunes, Elaine Miranda e equipe do Herbário HUEFS por fornecer toda infraestrutura necessária para trabalhar nas coleções de Leguminosas; ao LAMOL-UEFS por fonecer instalações adequadas para os estudos moleculares; Rede de Plataformas Tecnológicas pelo uso de sua instalação para o sequenciamento das amostras na Fundação Oswaldo Cruz 48

(FIOCRUZ-Bahia); Também agradeço a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES) pela bolsa de doutorado enquanto estudante do PPGSE-UFRN. Este trabalho foi parcialmente financiado pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade do

Semiárido (PPBIO), Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (SISBIOTA CNPq

563084/2010-3/FAPESB PES0053/2011), PRONEX (FAPESB PNX0014/2009) e PROTAX

(CNPq 562354/2010-7).

Referências

Arroyo, M.T.K., 1981. Tribe Brongniartieae. In: Polhill, R.M., Raven, P.H. (Eds.), Advances

in Legume Systematics, Part 1. Royal Botanic Gardens, Kew, pp. 387‒390.

Arroyo, M.T.K., 1976. The systematics of the legume genus Harpalyce (Leguminosae:

Lotoideae). Mem. New York Bot. Gard. 26, 1‒80.

Baldwin, B.G., Markos, S. 1998. Phylogenetic utility of the External Transcribed Spacer

(ETS) of 18S-26S rDNA: congruence of ETS and ITS Trees of Calycadenia

(Compositae). Mol. Phylogenet. Evol. 10, 449‒463.

Beardsley, P.M., Olmstead, R.G., 2002. Redefining Phrymaceae: the placement of Mimulus,

tribe Mimuleae, and Phryma. Am. J. Bot 89, 1093‒1102.

Borhidi, A. L., Muñiz, O., 1977. Adiciones al conocimiento de la flora cubana (I). Cien. Bio.

1, 131–146.

Cardoso, D., Queiroz, L.P., Pennington R.T., Lima, H.C. de., Fonty, E., Wojciechowski,

M.F., Lavin, M., 2012a. Revisiting the phylogeny of papilionoid legumes: New insights

from comprehensively sampled early-branching lineages. Am. J. Bot. 99, 1991–2013.

Cardoso, D., Lima, H.C., Rodrigues, R.S., Queiroz, L.P., Pennington, R.T., Lavin, M., 2012b.

The Bowdichia clade of Genistoid legumes: Phylogenetic analysis of combined 49

molecular and morphological data and a recircumscription of Diplotropis. Taxon 65,

1074–1087.

Cardoso, D., Pennington, R.T., Queiroz, L.P., Boatwright, J.S., Van Wyk, B.-E.,

Wojciechowski, M.F., Lavin, M., 2013a. Reconstructing the deep-branching relationships

of the papilionoid legumes. S. Afr. J. Bot. 89, 58–75.

Cardoso, D., Queiroz, L.P., Lima, H.C., Suganuma, E., van den Berg, C., Lavin, M., 2013b. A

molecular phylogeny of the Vataireoid legumes underscores floral evolvability that is

general to many early-branching Papilionoid lineages. Am. J. Bot. 100, 403‒421.

Cardoso, D., São-Mateus, W.M.B., da Cruz, D.T., Zartman, C.E., Komura, D.L., Kite, G.,

Prenner, G., Wieringa, J.J., Clark, A., Lewis, G.P., Pennington, R.T., Queiroz, L.P., 2015.

Filling in the gaps of the papilionoid legume phylogeny: the enigmatic Amazonian genus

Petaladenium is a new branch of the early-diverging Amburaneae clade. Mol.

Phylogenet. Evol. 84, 112–124.

Cardoso, D., Harris, D.J., Wieringa, J.J., São-Mateus, W.M.B., Batalha-Filho, H., Torke,

B.M., Prenner, G., Queiroz, L.P., 2017. A molecular-dated phylogeny and biogeography

of the monotypic legume genus Haplormosia, a missing African branch of the otherwise

American-Australian Brongniartieae clade. Mol. Phylogenet. Evol. 107, 431–442.

Citerne, H. L., Pennington, R. T., Cronk, Q. C. B., 2006. An apparent in floral symmetry in the legume Cadia is a homeotic transformation. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 103, 12017‒12020.

Crepet, W.L., Niklas, K.J., 2009. Darwin’s second 'abominable mystery': Why are there so many angiosperm species? Am. J. Bot. 96, 366–381.

Crisp, M.D., Weston, P.H., 1987. Cladistics and legume systematics, with an analysis of the

Bossieae, Brongniartieae and Mirbelie. In: Stirton, C.H. (Eds.), Advances in Legume

Systematics, Part 3. Royal Botanic Gardens, Kew, pp. 65–130. 50

Crisp, M.D., Gilmore, S., Van Wyk, B.-E., 2000. Molecular phylogeny of the genistoid tribes

of papilionoid legumes. In: Herendeen, P.S., Bruneau, A. (Eds.), Advances in Legume

Systematics, Part 9. Royal Botanic Gardens, Kew, pp. 249–276.

Crisp, M.D., Arroyo, M.T.K., Cook, L.G., Gandolfo, M.A., Jordan, G.J., McGlone, M.S.,

Weston, P.H., Westoby, M., Wilf, P., Linder, H.P., 2009. Phylogenetic biome

conservatism on a global scale. Nature, 458, 754‒758.

Crisp, M.D., Cook, L.G., 2012. Phylogenetic niche conservatism: What are the underlying

evolutionary and ecological causes? New Phytol. 196, 681‒694.

Desfeux, C., Lejeune, B., 1996. Systematics of Euromediterranean Silene (Caryophyllaceae):

evidence from a phylogenetic analysis using ITS sequences. C. R. Acad. Sci. Paris,

Sciences de lo vie/Life sciences 319, 351–358.

Doyle, J.J., Doyle, J.L., 1987. A rapid DNA isolation method for small quantities of fresh

tissues. Phytochem. Bull. 19, 11–15.

Dorado, O.R., 1992. A systematic and evolutionary study of the genus Brongniartia

(Fabaceae). PhD Thesis. Claremont Graduate School.

Drummond, A.J., Ashton, B., Cheung, M., Heled, J., Kearse, M., Moir, R., Stones-Havas, S.,

Thierer, T., Wilson, A., 2012a. Geneious version 6.1.6. .

Drummond, A.J., Suchard, M.A., Xie, D., Rambaut, A., 2012b. Bayesian phylogenetics with

BEAUti and the BEAST 1.7. Mol. Biol. Evol. 29, 1969–1973.

Edgar, R., 2004. MUSCLE: multiple sequence alignment with high accuracy and high

throughput. Nucl. Acids Res. 32, 1792–1797. http://dx.doi.org/10.1093/nar/gkh340.

Felsenstein, J., 1985. Confidence limits on phylogenies: an approach using the bootstrap.

Evolution 39, 783–791.

Fitch, W.M., 1971. Towards defining the course of evolution: minimum change for a specific

tree topology. Syst. Zool. 20, 406–416. 51

Fortuna-Perez, A. P., Silva, M. J., Queiroz, L. P., Lewis, G. P., Simões, A. O., Tozzi, A. G.

A., Sarkinen, T., Souza, A. P., 2013. Philogeny and biogeography of the genus Zornia

(Leguminosae: Papilionoideae: Dalbergieae). Taxon 62, 723–732.

Gentry, A.H., 1992. Neotropical floristic diversity: phytogeographical connections between

Central and South America, Pleistocene climatic fluctuations, or an accident of the

Andean orogeny? Annals of the Missouri Botanical Garden 69, 557‒593.

Hu, J., Lavin, M., Wojciechowski, M.F., Sanderson, M.J., 2000. Phylogenetic systematics of

the tribe Millettieae (Leguminosae) based on chloroplast trnK/matK sequences and its

implications for evolutionary patterns in the Papilionoideae. Am. J. Bot. 87, 418–430.

Hu, J.-M., Lavin, M., Wojciechowski, M.F., Sanderson, M., 2002. Phylogenetic analysis of

nuclear ribosomal ITS/5.8S sequences in the tribe Millettieae (Fabaceae): Poecilanthe-

Cyclolobium, the core Millettieae, and the Callerya group. Syst. Bot. 27, 722–733.

Hughes, C.E., Pennington, R.T., Antonelli, A., 2013. Neotropical plant evolution - assembling

the big picture. Bot. J. Linn. Soc. 171, 1‒18.

Kajita, T., Ohashi, H., Tateishi, Y., Bailey, C.D., Doyle, J.J., 2001. rbcL and legume

phylogeny, with particular reference to Phaseoleae, Millettieae, and allies. Syst. Bot. 26,

515–536.

Koenen, E.J.M., de Vos, J.M., Atchison, G.W., Simon, M.F., Schrire, B.D., Souza, E.R.,

Queiroz, L.P., Hughes, C.E., 2013. Exploring the tempo of species diversification in

legumes. S. Afr. J. Bot. 89, 19‒30.

Lavin, M., Pennington, R.T., Klitgaard, B.B., Sprent, J.I., Lima, H.C., Gasson, P.E. 2001. The

dalbergioid legumes (Fabaceae): delimitation of a pantropical monophyletic clade. Am. J.

Bot. 88, 503‒533. 52

Leite, V.G., Mansano, V.F., Teixeira, S.P., 2014. Floral ontogeny in Dipterygeae (Fabaceae)

reveals new insights into one of the earliest branching tribes in papilionoid legumes. Bot.

J. Linn. Soc. 174, 529–550.

Lewis, G., 1988. Four little-known species of Leguminosae from Cuba. Willdenowia 18, 223‒

229.

Maddison, W.P., Maddison, D.R., 2015. Mesquite: a modular system for evolutionary

analysis. Version 3.03. http://mesquiteproject.org.

Mansano, V. F., Tucker, S. C., Tozzi, A. M. G. A. 2002. Floral ontogeny of Lecointea,

Zollernia, Exostyles and Harleyodendron (Leguminosae: Papilionoideae: Swartzieae s.l.).

Am. J. Bot. 89, 1553‒1569.

Marazzi, B., Endress, P. K., Queiroz, L. P., Conti, E., 2006. Plylogenetic relationships within

Senna (Leguminosae, Cassiinae) based on three chloroplast DNA regions: Patterns in the

evolution of floral symmetry and extrafloral nectaries. Am. J. Bot. 93, 288‒303.

Marazzi, B., Sanderson, M.J., 2010. Large-scale patterns of diversification in the widespread

legume genus Senna and the evolutionary role of extrafloral nectaries. Evolution 64,

3570‒3592.

Meireles, J.E., Tozzi, A.M.G.A., 2014a. Limadendron: a new genus of Leguminosae

(Papilionoideae, Brongniartieae) from South America. Plant Syst. Evol. 301, 701–707.

Meireles, J.E., Tozzi, A.M.G.A., 2014b. Taxonomic revision of Amphiodon (Leguminosae,

Papilionoideae, Brongniartieae). Syst. Bot. 39, 1150‒1153.

Meireles, J.E., Tozzi, A.M.G.A., Lavin, M., 2014. A phylogenetic analysis of molecular and

morphological data reveals a paraphyletic Poecilanthe (Leguminosae, Papilionoideae).

Syst. Bot. 39, 1142–1149. 53

Miller, M.A., Pfeiffer, W., Schwartz, T., 2010. Creating the CIPRES Science Gateway for

inference of large phylogenetic trees. In: Proceedings of the Gateway Computing

Environments Workshop (GCE), November 2010, New Orleans, pp. 1–8.

Myers, N., Mittermeier, R.A., Mittermeier, C.G., Fonseca, G.A.B., Kent, J., 2000.

Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403, 853–858.

Nylander, J.A.A., 2004. MrModeltest v2. Evolutionary Biology Centre, Uppsala University,

Program Distributed by the Author.

Paithankar, K.R., Prasad, K.S.N., 1991. Precipitation of DNA by polyethylene glycol and

ethanol. Nucl. Acids Res. 19, 1346.

Pennington, R. T., Lavin, M., Ireland, H., Klitgaard, B., Preston, J. & Hu, J.-M., 2001.

Phylogenetic relationships of basal papilionoid legumes based upon sequences of the

chloroplast trnL intron. Syst Bot 26, 537–556.

Pennington R.T, Lavin M, Oliveira-Filho A., 2009. Woody plant diversity, evolution and

ecology in the tropics: perspectives from seasonally dry tropical forests. Ann. Rev. Eco.

Evolu. and Syst. 40, 437–457.

Pennington, R.T., Lavin, M., 2016. The contrasting nature of woody plant species in different

neotropical forest biomes reflects differences in ecological stability. New Phytol. 210,

25–37.

Prenner, G., Cardoso, D., Zartman, C., Queiroz, L. P., 2015. Flowers of the early-branchhing

papilionoid legume Petaladenium urceoliferum display unique morphological and

ontogenetic features. Am. J. Bot. 102, 1780‒1793.

Queiroz, L.P., Lewis, G.P., Wojciechowski, M.F., 2010. Tabaroa, a new genus of

Leguminosae tribe Brongniartieae from Brazil. Kew Bull. 65, 189–203. 54

Queiroz L.P, Lavin M., 2011.Coursetia (Leguminosae) from eastern Brazil: nuclear

ribosomal and chloroplast DNA sequence analysis reveal the monophyly of three

caatinga-inhabiting species. Syst. Bot. 36, 69–79.

Queiroz, L.P., São-Mateus, W., Delgado-Salinas, A., Torke, B.M., Lewis, G.P., Dorado, O.,

Ardley, J.K., Wojciechowski, M.F., Cardoso, D., 2017. A molecular phylogeny reveals

the Cuban enigmatic genus Behaimia as a new piece in the Brongniartieae puzzle of

papilionoid legumes. Mol. Phylogenet. Evol. 109, 191–202.

Rambaut, A., 2012. FigTree, version 1.4: Tree figure drawing tool. Computer program and

documentation distributed by the author .

Rambaut, A., Drummond, A.J., 2007. Tracer v 1.5. Available at:

ac.uk/Tracer>.

Rambaut, A., Drummond, A.J., 2013. Tracer version 1.6. Computer Program and

Documentation Distributed by the Author .

Ramos, G., Lima, H.C., Prenner, G., Queiroz, L.P., Zartman, C.E., Cardoso, D., 2016.

Molecular systematics of the Amazonian genus Aldina, a phylogenetically enigmatic

ectomycorrhizal lineage of papilionoid legumes. Mol. Phylogenet. Evol. 97, 11–18.

Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado Vegetation and

Threats to its Biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230.

Ronquist, F., Huelsenbeck, J.P., 2003. MrBayes 3: bayesian phylogenetic inference under

mixed models. Bioinformatics 19, 1572–1574.

Ross, J.H., 1989. Notes on Hovea R. Br. (Fabaceae): 2. Muelleria 7: 21–38.

Ross, J.H., 2001. Two new endemic Australian genera in the Tribe Brongniartieae (Fabaceae)

to accommodate two species formely included in Templetonia R. Br. Muelleria 21: 7–14. 55

Ross, J.H., Crisp, M.D., 2005. Tribe Brongniartieae. In: Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B.,

Lock, M. (Eds.), Legumes of the World. Royal Botanic Gardens Kew, London, pp. 252–

259.

Samarakoon, T., Wang, S.Y., Alford, M.H., 2013. Enhancing PCR amplification of DNA

from recalcitrant plant specimens using a trehalose-based additive. Appl. Plant Sci. 1,

1200236.

São-Mateus, W.M.B., Cardoso, D.B.O.S., Queiroz, L.P., Jardim, J.G., 2016. A striking new

species of Harpalyce (Leguminosae, Brongniartieae) from highland cerrado of Bahia,

Brazil. Phytotaxa 246, 120‒126.

São-Mateus, W.M.B., Sousa, M., Cardoso, D., Queiroz, L.P., 2018. Two new Mesoamerican

species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 344, 160‒168.

Schrire, B.D., Lavin, M., Lewis, G.P., 2005. Global distribution patterns of the Leguminosae:

insights from recent phylogenies. Biol. Skr. 55, 375–422.

Simon, M.F., Grether, R., Queiroz, L.P., Skema, C., Pennington, R.T., Hughes, C.E., 2009.

Recent assembly of the Cerrado, a neotropical plant diversity hotspot, by in situ evolution

of adaptations to fire. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 106, 20359–20364.

Stamatakis, A., Hoover, P., Rougemont, J., 2008. A rapid bootstrap algorithm for the RAxML

web-servers. Syst. Biol. 75, 758–771.

Stamatakis, A., 2014. RAxML version 8: a tool for phylogenetic analysis and post-analysis of

large phylogenies. Bioinformatics 30, 1312–1313.

http://dx.doi.org/10.1093/bioinformatics/btu033.

Sun, Y., Skinner, D.Z., Liang, G.H., Hulbert, S.H., 1994. Phylogenetic analysis of Sorghum

and related taxa using internal transcribed spacers of nuclear ribosomal DNA. Theor.

Appl. Genet. 89, 26–32. 56

Swofford, D.L., 2002. PAUP*. Phylogenetic analysis using parsimony (*and other methods),

version 4.0b10. Sinauer, Sunderland, Massachusetts, USA.

Taberlet, P., Gielly, L., Pautou, G., Bouvet, J., 1991. Universal primers for amplification of

three non-coding regions of chloroplast DNA. Plant Mol. Biol. 17, 1105–1109.

Thomas, W.W., 1999. Conservation and monographic research on the flora of tropical

America. Biodiv. Conserv. 8, 1007‒1015.

Thompson, I.R., 2010a. A Revision of Cristonia (Fabaceae: Brongniartieae). Muelleria 28,

66–73.

Thompson, I.R., 2010b. A Revision of Plagiocarpus (Fabaceae: Brongniartieae). Muelleria

28, 40–52.

Thompson, I.R., 2010c. A Revision of the leafless species of Templetonia (Fabaceae:

Brongniartieae). Muelleria 28, 53–65.

Thompson, I.R., Ladiges, P.Y., Ross, J.H., 2001. Phylogenetic studies of the tribe

Brongniartieae (Fabaceae) using nuclear DNA (ITS-1) and morphological data. Syst. Bot.

26, 557–570.

Tucker, S. C., 1993. Floral ontogeny in Sophoreae (Leguminosae: Papilionoideae). I.

Myroxylon (Myroxylon group) and Castanospermum (Angylocalyx group). Am. J. Bot.

80, 65–75.

Warwick, M.C., Pennington, R.T., 2002. Revision of Cyclolobium (Leguminosae –

Papilionoideae). Edinb. J. Bot. 59, 247–257.

Werneck, F. P., 2011. The diversification of eastern South American open vegetation biomes:

Historical biogeography and perspectives. Quat. Scie. Rev. 30, 1630–1648.

White, T.J., Bruns, T., Lee, S., Taylor, J., 1990. Amplification and direct sequencing of fungal

ribosomal RNA genes for phylogenetics. In: Innis, M., Gelfand, D., Sninsky, J., White, 57

Y. (Eds.), PCR Protocols: A Guide to Methods and Applications. Academic Press, San

Diego, pp. 315–322.

Wiens, J.J., 2004. Speciation and ecology revisited phylogenetic niche conservatism and the

origin of species. Evolution 58, 193‒197.

Wiens, J.J., Ackerly, D.D., Allen, A.P., Anacker, B.L., Buckley, L.B., Cornell, H.V.,

Damschen, E.I., Davies, T.J., Grytnes, J.-A., Harrison, S.P., Hawkins, B.A., Holt, R.D.,

McCain, C.M., Stephens, R., 2010. Niche conservatism as an emerging principle in

ecology and conservation biology. Eco. Letters, 13, 1310‒1324.

Willis, C.G., Franzone, B.F., Xi, Z., Davis, C.C., 2014. The establishment of Central

American migratory corridors and the biogeographic origins of seasonally dry tropical

forests in Mexico. Front Genet. 5, 433.

Wink, M., 2013. Evolution of secondary metabolites in legumes (Fabaceae). S. African J. Bot.

89, 164–175.

Wojciechowski, M.F., Lavin, M., Sanderson, M., 2004. A phylogeny of legumes

(Leguminosae) based on analysis of the plastid matK gene resolves many well-supported

subclades within the family. Am. J. Bot. 91, 1846–1862. 58

FIGURAS

Fig.1. Diversidade morfológica de Harpalyce A‒B. Harpalyce brasiliana (fotos D. Cardoso et al. 3756). A. Flor. B. Detalhe do androceu e gineceu. C‒D. Harpalyce correntina (fotos E. O. Moura 1900). C. Ramo com flores. D. Flor. E‒F. Harpalyce ferruginea (fotos O. Dorado et al. 9262). E. Hábito. F. Flor. G‒H. Harpalyce lanata (fotos D. Cardoso 3660). G. Detalhe da planta nos afloramentos rochosos. H. Flor. I. Harpalyce magnibracteata (fotos D. Cardoso 3630). I. Ramo com flores frutos. J‒K. Harpalyce riparia (fotos D. Cardoso & Q. C. Santos 4092). J. Detalhe dos folíolos e flores congestas. K. Hábito. L‒M. Harpalyce sousai (fotos O. Dorado 9633). L. Ramo com flores. M. Flor. N. Harpalyce tombadorensis (fotos M. Simon et al. 2511). N. Ramo com flores. Fotos: A‒B, G‒H, I, J‒K por Domnigos Cardoso; C‒D por Edwesley Moura; E‒F and L‒M por Óscar Dorado; N por Moises Medoza. 59

Fig. 2. Mapa de distribuição geográfica do gênero Harpalyce.

60

Fig. 3. Árvore de consenso de maioria de 50% da análise Bayesiana dos dados combinados do núcleo (ITS/5.8S + ETS) e plastídio (matK/trnK + trnL intron) da tribo Brongniartieae. Números acima dos ramos correspondem as probablilidades posteriores (PP) e ramos em negrito são probabilidades posteriores ≥ 0.95. Números abaixo dos ramos são valores de suporte de bootstrap (BS) da máxima Parcimônia (esquerda) e Máxima Verossimilhança (direita). Cerquilhas indicam incongruências encontradas em alguma das análies e asteriscos indicam valores de bootstrap ˂ 50%. 61

Fig. 4. Árvore de consenso de maioria de 50% da análise Bayesiana de dados individuais do cloroplasto (matK/trnK) da tribo Brongniartieae. Números acima dos ramos são probablilidades posteriores (PP) a ramos em negrito são probabilidades posteriores ≥ 0.95. Números abaixo dos ramos são valores de suporte de bootstrap (BS) da máxima Parcimônia (esquerda) e Máxima Verossimilhança (direita). Cerquilhas indicam incongruências encontradas em alguma das análies e asteriscos indicam valores de bootstrap ˂ 50%. 62

Fig. 5. Continuação da árvore de consenso de maioria da análise Bayesiana de dados individuais do cloroplasto (matK/trnK). Olhar Fig. 4 para detalhes. 63

Fig. 6. Continuação da árvore de consenso de maioria da análise Bayesiana de dados individuais do cloroplasto (matK/trnK). Olhar Fig. 4 para detalhes. 64

Fig. 7. Cronograma de máxima credibilidade de clados da tribo Brongniartieae e representantes dos clados Genistoide baseado em uma análise combinada do DNA ribossomal nuclear (ITS/5.8S + ETS) e do cloroplasto (matK/trnK + trnL intron) no BEAST. Barras azuis nos nós representam 95% da alta densidade posterior dos tempos de divergência. 65

Tabela 1

Resumo das análises filogenéticas de Máxima Parcimônia (MP) e Inferência Bayesiana (IB) da tribo Brongniartieae incluindo dados de

sequências de DNA e árvores resultantes para os diferentes conjuntos de dados analisados.

Regiões do Táxons Compri Sítios Número de Número de Compri Índice de Índice de Melhor modelo DNA mento do variáveis caracteres árvores mais mento da consistência retenção evolutivo alinhame informativos para parcimoniosas árvore de nto a parcimônia Fitch GTR + I + G (ITS 1, ITS/5.8S 196 812 404 (49.7%) 342 (42.1%) 104 1271 0.50 0.90 2), K80 + I (5.8S) ETS 43 497 113 (22.7%) 368 (74.0%) 104 130 0.90 0.98 GTR + G matK/trnK 213 1653 833 (50.3%) 620 (37.5%) 104 2072 0.55 0.91 GTR + I + G trnL intron 160 823 358 (49.4%) 240 (29.1%) 104 754 0.65 0.90 GTR + G Nuclear 144 1301 498 (38.2%) 424 (32.5%) 104 1262 0.57 0.91 - combined Plastid 143 2356 815 (34.5%) 605 (25.6%) 104 1435 0.70 0.94 - combined ITS+matK+trn 1175 87 3160 775 (24.5%) 104 2462 0.63 0.87 - L intron (37.1%) ITS+ETS+mat 1288 87 3657 845 (23.1%) 104 2603 0.64 0.88 - K+trnL intron (35.2%) 66

Tabela 2

Caracteres morfológicos e estados de caracteres amostrados para a tribo Brongniartieae.

Character States 1. Tricomas glandulares peltados [0] Ausente [1] Presente 2. Divisão da folha [0] Composto imparipinada [1] Simples/unifoliolada 3. Ressupinação das flores [0] Não ressupinada [1] Ressupinada 4. Inflorescência [0] Racemos ou panículas pouco ramificadas [1] Panículas ramificadas [2] Flores solitárias ou em fascículos axilares 5. Lobos inferiores do Cálice 3 [0] Livres ou quase livres [1] Fortemente unidos 6. Mecanismo de disparo da flor [0] Valvar [1] Explosivo 7. Forma das anteras [0] Uniforme [1] Dimórfica 8. Deiscência do fruto [0] Deiscente [1] Indeiscente 9. Predileção ao tipo de bioma [0] Temperado [1] Floresta ùmida [2] Savana/campos rupestres [3] Suculenta/SDTFW

67

Dados Suplementares

Apêndice A. Lista de táxons e acessos utilizados nas análises filogenéticas da Tribo Brongniartieae. As sequências que serão inseridas no

Genbank são apresentadas com um asterisco (*) e as sequências apresentadas com dois asteriscos (**) foram obtidas do banco de dados do

GenBank.

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron

Brongniartieae

Amphiodon effusus Huber H.C. Lima 7166 (HUEFS) Brazil, Pará, Paraupebas KX652250 - JX295892 -

J.E. Meireles 395 (RB) Brazil, Pará, Moju, Campos KJ028464 - KJ028457 - da Embrapa L.P. Queiroz 13051 Brazil, Pará, Moju Queiroz 13051* - KX652219** KX584391** (HUEFS) Behaimia cubensis Griseb. B.M. Torke 1426 (NY) Cuba, Cienfuegos, KX652251** - KX652220** KX652194** Cienfuegos Brongniartia aff. vicioides Greenwood s.n. (K92774) Mexico, Oaxaca - - Greenwood s.n. - (K92774)* Brongniartia alamosana Rydb. Hu 1227 (DAV) Australia - - AF142688 -

Hu 1120 (DAV) Australia AF467022 - - -

Brongniartia bracteolata Micheli M. Sousa 10554 (K) Mexico, Oaxaca, San Sousa 10554* - Sousa 10554* Sousa 10554* Gabriel Mixtepec J.L. Linares 4454 (K) Mexico, Oaxaca, Sola de Linares 4454* - Linares 4454* - Vega 68

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Brongniartia foliolosa Hemsl. G. Duran 5525 (K) Mexico, Hidalgo, Duran 5525* - Duran 5525* Duran 5525* Ixmiquilpan Brongniartia inconstans S.Watson H. Hernández 9407 (K) Mexico GQ250075 - GQ246146 -

Brongniartia lupinoides (Kunth) Standl. R.A. Werling 363 (ASU) Mexico - - GQ246149 -

Brongniartia magnibracteata Schltdl. s.col. Mexico AF287638 - - -

Brongniartia minutifolia S.Watson D. Cardoso 4182 (DES) USA, Arizona, Coleção Cardoso 4182* - Cardoso 4182* Cardoso 4182* viva, Desert Botanical Garden Brongniartia peninsularisRose J. Rebman 4214 (ASU) Mexico, Baja California GQ250076 - GQ246148 - Sur, Mulegé Brongniartia podalyrioides Kunth J.L. Linares 4489 (K) Mexico, Michoacán, Linares 4489* - Linares 4489* Linares 4489* Apatzingán Brongniartia pringleiRydb. J.C. Soto-Núñez 12205 (K) Mexico, Guerrero, Petatlán AF204710 - - -

J.C. Soto-Núñez 11604 (K) Mexico - - GQ246150 -

Brongniartia riesebergii Dorado O. Dorado 1775 (K) Mexico, Durango, Rodeo AF204709 - - -

Brongniartia sousae Dorado M. Sousa 11942 (K) Mexico, Oaxaca, KX652252** - KX652221** KX652195** Tehuantepec Brongniartia tenuifolia Standl. H.C. Gentry 3046 (K) Mexico, Sonora, Rosario Gentry 3046* - - Gentry 3046*

Brongniartia ulbrichiana Harms J. Wood 21247 (K) Bolivia, Cochabamba, Wood 21247* - Wood 21247* Wood 21247* Campero C. Hughes 2459 (K) Bolivia, Cochabamba, - - GQ246145 - Campero J. Wood 27701 (K) Bolivia, Santa Cruz KX652253** - KY427740** KX652196** 69

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Cristonia biloba (Benth.) J.H. Ross M.D. Crisp 10899 Australia, Western Crisp 10899* - Crisp 10899* Crisp 10899* (PERTH) Australia, Brand Highway, Western Flora Caravan Park Cristonia biloba (Benth.) J.H. Ross R. Davis 12082B (PERTH) Australia, Western Davis 12082B* - KY427741** KY427742** Australia, Woolamulla Road Cristonia biloba (Benth.) J.H. Ross J.A. Chappill s.n. (MEL) Australia AF204703 - - -

Cyclolobium brasiliense Benth. B.M.T. Walter 4029 Brazil, Goiás, Colinas do Walter 4029* - KX652222** KX652197** (HUEFS) Sul B.A.S. Pereira 3701-B Brazil, Goiás, Niquelândia Pereira 3701B* - KX932463** KX584390** (HUEFS) J.R. Wood 17607 (K) Brazil - - GQ246152 -

H.C. Lima s.n. (RB) Brazil - - AF142686 -

s.col. Brazil AF287637 - - -

J.E.Meireles 486 (RB) Brazil, São Paulo, KJ028461 - - - Campinas J.A. Ratter 7431 (E) Brazil, Goiás, Alto Paraíso AF467041 - - AF309857 de Goiás Haplormosia monophylla Harms D.J. Harris et al. 8280 (E) Gabon, Ogooué-Maritime KX584396 - KX584405 KX584377

D.J. Harris et al. 8717 (E) Gabon, Ogooué-Maritime KX584397 - KX584406 KX584378

M.A. van Bergen 167 Gabon, Ogooué-Maritime KX584395 - KX584404 KX584376 (WAG) J.J. Wieringa 2519 (WAG) Gabon, Ogooué-Maritime KX584398 - KX584407 KX584379 70

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Harpalyce aff. formosa A. Campos 1778 (K) Mexico, Oaxaca, Campos 1778* Campos 1778* Campos 1778* KX652200 Miahuatlán R. Torres 11841 (MEXU) Mexico, Oaxaca, Torres 11841* - Torres 11841* - Miahuatlán Harpalyce arborescens A. Gray C.E. Hughes 1608 (MEXU) Mexico, Hidalgo, Huejutla Hughes 1608* - Hughes 1608* Hughes 1608*

P.T. Lezama 19187 (K) Mexico, San Luis Potosi, KX652254** Lezama 19187* Lezama 19187* KX652198 Antonio Santos P.T. Lezama 2261 (K) Mexico, Querétaro, Arroyo Lezama 2261* - Lezama 2261* - Seco E. Martínez 42503 (MEXU) Mexico, Vera Cruz Martinez 42503* - Martinez - 42503* J. Hu 1225 (DAV) Mexico - - AF142689 -

Harpalyce brasiliana Benth. D. Cardoso 2510 (HUEFS) Brazil, Goiás, Planaltina de KX652255** Cardoso 2510* KX652223** KX584388** Goiás H.G.P. dos Santos 245 Brazil, Goiás, Caldas Novas Santos 245* - KX652225** Santos 245* (HUEFS) W. São-Mateus 333 Brazil, Minas Gerais, Couto São-Mateus 333* - São-Mateus KX652199** (HUEFS) de Magalhães 333* J. Wood 26808 (K) Bolivia, Santa Cruz, Wood 26808* - Wood 26808* Wood 26808* Velasco D.C. Zappi 1719 (RB) Brazil, Minas Gerais, Zappi 1719* - - - Santana de Pirapama G.O. Dionisio 151 (JPB) Brazil, Paraíba, Sapé Dionisio151* - - -

M. Cota 920 (HUEFS) Brazil, Minas Gerais, Cota 920* - - - Delfinópolis M. Cota 1010 (HUEFS) Brazil, Tocantins, Novo Cota 1010* - - - Jardim 71

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Fonsera 885 (K) Brazil - - GQ246153 -

A.M. Miranda 5921 Brazil, Piauí, Uruçuí Miranda 5921* - - - (HUEFS) Harpalyce correntina São-Mateus, L. P. M. Aparecida. 1515 Brazil, Bahia, Correntina Aparecida 1515* - Aparecida Aparecida 1515* Queiroz & D. B. O. S. Cardoso (HUEFS) 1515* R.M. Harley 28589 Brazil, Bahia, Correntina Harley 28589* Harley 28589* KX584414** KX584386** (HUEFS) F. França 3281 (HUEFS) Brazil, Bahia, Correntina França 3281* - KX652224** França 3281*

Harpalyce cubensis Griseb. Bro. Leon 11501 (NY) Cuba, Habana, San Miguel - - BroLeon - de Casanova 11501* Bro. Leon 11542 (NY) Cuba, Habana, San Miguel - BroLeon BroLeon - del Padron 11542* 11542* Harpalyce ferruginea Brandegee A. Delgado-Salinas 2827 Mexico, Oaxaca, Delgado-Salinas - Delgado-Salinas Delgado-Salinas (MEXU) Huajuapan de León 2827* 2827* 2827* A. Delgado-Salinas 2830 Mexico, Puebla, Acaltepec Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas (MEXU) 2830* 2830* 2830* 2830* R.M. Martínez 473 Mexico, Oaxaca, Martinez473* - - - (MEXU) Huajuapan de León Harpalyce formosa DC. C. Hughes 2109 (K) Mexico, Oaxaca, Mitla KX652256** Hughes 2109* GQ246154 Hughes 2109*

R. Torres 18124 (MEXU) Mexico, Oaxaca, Santiago Torres18124* - Torres 18124* Torres 18124* Tenango A. Garcia 2848 (MEXU) Mexico, Oaxaca, Valle de Garcia 2848* - - - Tlacolula J. Rzedowski 34935 Mexico, Oaxaca, Cuicatlán Rzedowski - - - (MEXU) 34935* Harpalyce goldmanii Rose H. Mejia 122 (MEXU) Mexico, Chiapas, La Mejia 122* - Mejia 122* Mejia 122* Trinitaria 72

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron H. Mejia 488 (MEXU) Mexico, Chiapas, Mejia 488* Mejia 488* Mejia 488* - Yalavicent Harpalyce hilariana Benth. A.S.S. Alves 309 (BOTU) Brazil, Minas Gerais, - Alves 309* Alves 309* - Lagamar Harpalyce lanata L.P. Queiroz D. Cardoso 1393 (HUEFS) Brazil, Bahia, Mucugê Cardoso 1393* - KX584415** KX584387**

A.A. Conceição 4156 Brazil, Bahia, Ibicoara Conceição 4156* - KX932458** Conceicão 4156* (HUEFS) W. São-Mateus 327 Brazil, Bahia, Mucugê São-Mateus 327* - São-Mateus São-Mateus 327* (HUEFS) 327* W. São-Mateus 328 Brazil, Bahia, Mucugê São-Mateus 328* São-Mateus São-Mateus São-Mateus 328* (HUEFS) 328* 328* W. Ganev 2674 (K) Brazil, Bahia, Abaíra GQ250077 - - -

Harpalyce lepidota Taub. M.R.V. Zanatta 765 (UB) Brazil, Distrito Federal, Zanatta 765* Zanatta 765* Zanatta 765* Zanatta 765* Sobradinho C. Proença 193 (UB) Brazil, Distrito Federal Proença 193* - Proença 193* -

Harpalyce macedoi Cowan M.L. Fonseca 6070 (IBGE) Brazil, Tocantins, Porto Fonseca 6070* Fonseca 6070* Fonseca 6070* Fonseca 6070* Alegre do Tocantins Harpalyce magnibracteata São-Mateus, D. Cardoso 3630 (HUEFS) Brazil, Bahia, Macaúbas Cardoso 3630* - Cardoso 3630* Cardoso 3630* D.B.O.S. Cardoso & L.P. Queiroz W. São-Mateus 325 Brazil, Bahia, Macaúbas São-Mateus 325* São-Mateus São-Mateus São-Mateus 325* (HUEFS) 325* 325* L.P. Queiroz 15823 Brazil, Bahia, Brotas de Queiroz 15823* - Queiroz 15823* - (HUEFS) Macaúbas A. Rapini 1490 (HUEFS) Brazil, Bahia, Bom Jesus da KX652257** - KX652226** KX652201** Lapa Harpalyce minor Benth. J.R. Pirani 5266 (HUEFS) Brazil, Minas Gerais, Pirani 5266 - KX652227** Pirani 5266* Turmalina 73

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron W. São-Mateus 329 Brazil, Minas Gerais, São-Mateus 329* São-Mateus São-Mateus São-Mateus 329* (HUEFS) Turmalina 329* 329* Harpalyce parvifolia H.S.Irwin & L.P. Queiroz 7530 Brazil, Minas Gerais, Grão KX652258** Queiroz 7530* KX584416** KX652202** Arroyo (HUEFS) Mogol E.K.O. Hattori 1287 (BHCB) Brazil, Minas Gerais, Grão Hattori 1287* - Hattori 1287* - Mogol Harpalyce pringlei Rose Pringle 6827 (K) Mexico, Morelos, Pringle 6827* - KX652228** - Cuernavaca J. Vázquez 1757 (MEXU) Mexico, Morelos, Vasquez 1757* - - - Cuernavaca Harpalyce riparia São-Mateus, R. Funch 45 (HUEFS) Brazil, Bahia, Itaeté Funch 45* - KX932459** Funch 45* L.P.Queiroz & D.B.O.S.Cardoso L. Queiroz 16125 (HUEFS) Brazil, Bahia, Mucugê Queiroz 16125* Queiroz 16125* Queiroz 16125* Queiroz 16125*

W. São-Mateus 323 Brazil, Bahia, Mucugê São-Mateus 323* - São-Mateus São-Mateus 323* (HUEFS) 323* W. São-Mateus 324 Brazil, Bahia, Mucugê São-Mateus 324* - São-Mateus São-Mateus 324* (HUEFS) 324* Harpalyce rupicola Donn.Sm. C. Hughes 1470 (K) Guatemala, Hughes 1470* Hughes 1470* Hughes 1470* Hughes 1470* Huehuetenango, Cuilco L.O. Williams 12001 (MO) Honduras, El Paraiso, Las Willians 12001* - Willians 12001* - Casitas Harpalyce sousai Arroyo A. Delgado-Salinas 2824 Mexico, Guerrero, Taxco Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas (MEXU) de Alarcón 2824* 2824* 2824* 2824* G.B. Hinton 5411 (K) Mexico, Mexico, Hinton 5411* - Hinton 5411* - Temascaltepec, Tejupilco J. Linares s.n. (MEXU Mexico, Mexico, Tejupilco Linares - Linares - 102283) MEXU102283* MEXU102283* 74

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Harpalyce sp Fortuna-Perez1484 A.P. Fortuna-Perez 1484 Brazil, Minas Gerais, Fortuna-Perez Fortuna-Perez Fortuna- Fortuna- (HUEFS) Gouveia 1484* 1484* Perez1484* Perez1484* Harpalyce sp Pott11609 A. Pott 11609 (HUEFS) Brazil, Goiás, Chapadão do Pott 11609* Pott 11609* Pott 11609* Pott 11609* Céu Harpalyce sp Sevilha4097 A.L. Sevilha 4097 (CEN) Brazil, Tocantins, Paranã Sevilha 4097* Sevilha 4097* Sevilha 4097* Sevilha 4097*

Harpalyce sp Walter4738 B.M.T. Walter 4738 (CEN) Brazil, Goiás, Colinas do Walter 4738* Walter 4738* Walter 4738* Walter 4738* Sul Harpalyce sp1 Martinez5746 E. Martínez 5746 (MEXU) Mexico, Guerrero, Martinez 5746* - Martinez 5746* - Chilpancingo Harpalyce sp1 Torres1825 R. Torres 1825 (K) Mexico, Guerrero, GQ250078** Torres 1825* Torres 1825* Torres 1825* Chilpancingo Harpalyce sp2 DelgadoSalinas1105 A. Delgado-Salinas 1105 Mexico, Hidalgo, Zimapan Delgado-Salinas - - - (MEXU) 1105* Harpalyce sp2 DelgadoSalinas2831 A. Delgado-Salinas 2831 Mexico, Querétaro, Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas (MEXU) Cadereyta 2831* 2831* 2831* 2831* Harpalyce sp2 Mejorada2260 H.S. Mejorada 2260 Mexico, Hidalgo, Zimapan Mejorada2260* - - - (MEXU) Harpalyce sp2 Orozco10699a J. Orozco 10699a (MEXU) Mexico, Querétaro, - - Orozco 10699a* - Cadereyta Harpalyce sp3 DelgadoSalinas2328 A. Delgado-Salinas 2328 Mexico, Guerrero, Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas - (MEXU) Chilpancingo 2328* 2328* 2328* Harpalyce sp3 Lorea1202 F. Lorea 1202 (MEXU) Mexico, Guerrero, Chilapa Lorea 1202* - Lorea 1202* - de Álvarez Harpalyce sp4 Hernandez10575 R. Hernández 10575 Mexico, Querétaro, San Hernandez 10575* - - - (MEXU) Joaquín Harpalyce sp4 Ventura7512 E. Ventura 7512 (MEXU) Mexico, Guanajuato, Xichú - - Ventura 7512* -

Harpalyce sp4 Zamudio13499 S. Zamudio 13499 (MEXU) Mexico, Querétaro, Landa Zamudio 13499* Zamudio Zamudio Zamudio 13499* 75

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron de Matamorros 13499* 13499*

Harpalyce sp5 DelgadoSalinas2826 A. Delgado-Salinas 2826 Mexico, Puebla, Izucar de Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas Delgado-Salinas (MEXU) Matamorros 2826* 2826* 2826* 2826* Harpalyce sp5 Panero5667 J.L. Panero 5667 (MEXU) Mexico, Puebla Panero 5667* - Panero 5667* -

Harpalyce sp6 Nunez550 J.L.S. Nunez 550 (MEXU) Mexico, Michoacan Nunez 550* Nunez 550* Nunez 550* -

Harpalyce speciosa Taub. W. São-Mateus 379 Brazil, Goiás, Alto Paraíso São-Mateus 379* São-Mateus São-Mateus São-Mateus 379* (HUEFS) de Goiás 379* 379* M.F. Simon 1109 (CEN) Brazil, Goiás, Alto Paraíso Simon 1109* - Simon 1109* - de Goiás Harpalyce tombadorensis São-Mateus, C.B.R. Munhoz 7970 (UB) Brazil, Goiás, Cavalcante Munhoz 7970* Munhoz 7970* Munhoz 7970* Munhoz 7970* L.P. Queiroz & D. B. O. S. Cardoso Harpalyce torresii São-Mateus & M. J.C. Soto 21547 (MEXU) Mexico, Campeche, Soto 21547* Soto 21547* - Soto 21547* Sousa Calakmul O. Téllez 950 (MEXU) Mexico, Tabasco, Balacán Tellez 950* - Tellez 950* - de Domínguez Harpalyce yucatanense Miranda ex O. Téllez 1276 (MEXU) Mexico, Quintana Roo, Tellez 1276* Tellez 1276* Tellez 1276* - São-Mateus & M. Sousa Felipe Carrillo Puerto E. Cabrera 9862 (MEXU) Mexico, Quintana Roo, Isla Cabrera 9862* - - - de Cozumel Hovea acanthoclada F.Muell. M.G. Corrick 11008 (MEL) Australia AF204691 - - -

S. Kern 17468 (PERTH) Australia, Western KX652259** - KX652229** KX652203** Australia, Ravensthorpe Hovea arnhemica J.H.Ross G. Wightman 444 (MEL) Australia AF204692 - - -

Hovea chorizemifolia DC. J. Ardley s.n. (PERTH) Australia Ardley s.n.* - Ardley s.n.* Ardley s.n.* 76

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron G.J. Keighery 448 Australia, Western KX652260** - KX652230** - (PERTH) Australia, Mundijong Hovea elliptica (Sm.) DC. C.P. Dornan 357 (PERTH) Australia, Western Dornan 357* - KY434660** KX652205** Australia, Denmark C.W. Huggins s.n. (MEL) Australia AF204693 - - -

M. Crisp 8924 (CANB) Australia AF287640 - - AF518123

Hovea linearis (Sm.) R.Br. I.R. Thompson 368 (MEL) Australia AF204694 - - -

Hovea longipes Benth. Clarkson 7343 (K) Australia GQ250079 - - -

P.I. Forster 16970 (MEL) Australia AF204695 - - -

s.col. Australia AF204696 - - -

Hovea pungens Benth. J. Ardley s.n. (PERTH) Australia Ardley s.n.* - Ardley s.n.* Ardley s.n.*

D.A. Mickle 473 (PERTH) Australia, Western Mickle 473* - KX652231** KX652206** Australia, Gnangara-Moore River State Forest B. Archer s.n. (MEL) Australia AF204697 - - -

Hovea purpurea Sweet M.F. Wojciechowski 869 Australia - - AY386889 - (ASU) Hovea stricta Meissner R. Davis 12049 (PERTH) Australia, Western Davis 12049* - Davis 12049* Davis 12049* Australia, Gillingarra Important Bird Area Hovea trisperma Benth. G.J. Keighery 1300 Australia, Western Keighery 1300* - KX652232** KX652207** (PERTH) Australia, Ironstone Gully Falls 77

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron M. Crisp 8925 (CANB) Australia AF287639 - - -

CHW 27 Australia AF204698 - - -

Lamprolobium fruticosum Benth. J.R. Clarkson 8827 (K) Australia GQ250080 - GQ246159 -

Lamprolobium grandiflorum Everist & J.R. Clarkson 9874 (MBA) Australia, Northeast AF204699 - - - R.J.F.Hend. Australia, Queensland Limadendron amazonicum (Ducke) J.E. Meireles 390 (RB) Brazil, Amazonas, Manaus KJ028465 - KJ028456 - Meireles & A.M.G.Azevedo Limadendron hostmannii (Benth.) J.E. Meireles 462 (RB) Brazil, Amazonas, Manaus KJ028466 - KJ028455 - Meireles & A.M.G.Azevedo Plagiocarpus axillaris Benth. M. Barritt 1406 (K) Australia - - GQ246160 -

Plagiocarpus conduplicatus I.Thomps. R.L. Barrett 4013 (PERTH) Australia, Western KX652261** - KX652233** KX652208** Australia, Pitta Creek Plagiocarpus dispermus I.Thomps. M.D. Barrett 1839 Australia, Western Barret 1839* - Barret 1839* Barret 1839* (PERTH) Australia, Kimberley, Prince Regent River Poecilanthe falcata (Vell.) Heringer B.B. Klitgaard 4 (K) Brazil, Rio de Janeiro, cabo AF467492 - GQ246155 - Frio D. Cardoso 2218 (HUEFS) Brazil, Rio de Janeiro Cardoso 2218* - Cardoso 2218* KX652209**

Poecilanthe fluminensis Meireles & J.E. Meireles 481 (RB) Brazil, Rio de Janeiro, KJ028467 - - - H.C. Lima Itatiaia Poecilanthe grandiflora Benth. E.B. Miranda 704 (HUEFS) Brazil, Bahia, Correntina Miranda 704* - KX652234** Miranda 704*

P. Silva 37 M (HUEFS) Brazil, Pernambuco, Silva 37* - KX652235** Silva 37* Alagoinha J.R. Lemos 131 (HUEFS) Brazil, Ceará, Aiuaba KX652262** - KX584409** KX584381** 78

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Poecilanthe itapuana G.P.Lewis E.P. Queiroz 63 (HUEFS) Brazil, Bahia, Esplanada Queiroz 63* - KX652236** KX584382**

W. São-Mateus 322 Brazil, Bahia, Salvador São-Mateus 322* - São-Mateus KX652210** (HUEFS) 322* M.L.S. Guedes 8095 Brazil, Bahia, Entre Rios Guedes 8095* - - - (HUEFS) E.N. Matos 281 (HUEFS) Brazil, Bahia, Conde Matos 281* - - -

J.E. Meireles 433 (RB) Brazil, Bahia, Salvador KJ028462 - KJ028458 -

G.P. Lewis 2018 (K) Brazil, Bahia, Salvador GQ250081 - - -

Poecilanthe parviflora Benth. O. Barbosa 01 (HUEFS) Brazil, São Paulo, Bauru Barbosa 01* - KX652237** KX584392**

A.L. Cavalheiro 50 Brazil, Paraná, Ibiporã Cavalheiro 50* - KX652238** KY427743** (HUEFS) J.E. Meireles 487 (RB) Brazil, São Paulo, KJ028463 - - - Campinas H.C. Lima 2816 (RB) Brazil AF187089 - AF142687 AF208897

F. França 3844 (HUEFS) Brazil, Bahia, Coribe França 3844* - KX652239** França 3844*

Poecilanthe sp1 Mendonça 2881 R.C. Mendonça 2881 (K) Brazil, Goiás, Niquelândia - - KX932457** Mendonça 2881*

Poecilanthe sp2 Saddi 933 E.M. Saddi 933 (RB) Brazil, Maranhão, Senador Saddi 933* - Saddi 933* Saddi 933* Alexandre Costa Poecilanthe subcordata Benth. L.P. Queiroz 14493 Brazil, Bahia, Formosa do Queiroz 14493* - KX652240** KX584393** (HUEFS) Rio Preto M.L.S. Guedes 13680 Brazil, Bahia, Feira da Mata - - KX652241** Guedes 13680* (HUEFS) R.M. Harley 21805 (K) Brazil, Bahia, Correntina GQ250082 - GQ246156 - 79

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Poecilanthe ulei (Harms) Arroyo & D. Cardoso 891 (HUEFS) Brazil, Bahia, Tucano - - - KX584389** Rudd L.P. Queiroz 9167 Brazil, Bahia, Iaçu Queiroz 9167* - KX652242** KX652211** (HUEFS) E. Gross 188 (HUEFS) Brazil, Bahia, Elísio - - KX652243** Gross 188* Medrado L.P. Queiroz 9584 Brazil, Bahia, São Félix Queiroz 9584* - KX652244** Queiroz 9584* (HUEFS) J.E. Meireles 422 (RB) Brazil, Bahia, Ilhéus - - KJ028460 -

Tabaroa caatingicola L.P. Queiroz, D. Cardoso 3617 (HUEFS) Brazil, Bahia, Dom Basilio Cardoso 3617* - Cardoso 3617* Cardoso 3617* G.P. Lewis & M.F. Wojc. B.L. Stannard 5143 (K) Brazil, Bahia, Rio de GQ250084 - GQ246162 - Contas L.P. Queiroz 7827 Brazil, Bahia, Dom Basílio GQ250083 - GQ246161 - (HUEFS) D. Cardoso 3253 (HUEFS) Brazil, Bahia, Dom Basílio - - - KX652212**

Templetonia aculeata (F.Muell.) Benth. J.M. Collins 249 (PERTH) Australia, Western Collins 249* - Collins 249* Collins 249* Australia, Waddington - Wongan Hills Road Templetonia battii F.Muell. W.A. Thompson 1159 Australia, Western Thompson 1159* - Thompson Thompson 1159* (PERTH) Australia, Northern 1159* Forrestania Greenstone Belt Templetonia ceracea I.Thomps. A. Markey 6094 (PERTH) Australia, Western Markey 6094* - Markey 6094* Markey 6094* Australia, Northern Yerilgee Greenstone Belt Templetonia drummondii Benth. G.J. Keighery 6791 Australia, Wearne State Keighery 6791* - Keighery 6791* Keighery 6791* (PERTH) Forest Block 80

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Templetonia egena (F.Muell.) Benth. H.P. Vonow 3171 (PERTH) Australia, Western Vonow 3171* - KX652245** KX652213** Australia, Tjukurla I. Thompson 151 (MEL) Australia AF204708 - - -

Goldie s.n. Australia HM116997 - - -

Templetonia hookeri (F.Muell.) Benth. S. Legge 76 (PERTH) Australia, Northwestern Legge 76* - Legge 76* KX652214 Australia, Kimberley, Mornington Wildlife Sanctuary Amostra Australia NS34378 Cultivada NS34378* - NS34378* -

M.J.S. Sands 4961 (K) Australia GQ250085 - GQ246157 -

C.R. Dunlop 8554 (MEL) Australia AF204707 - - -

Templetonia incrassata I.Thomps. A. Douglas 26301 (PERTH) Australia, Western Douglas 26301* - Douglas 26301* Douglas 26301* Australia Templetonia neglecta J.H. Ross J.H. Ross 3019 (MEL) Australia Ross 3019* - KX652246** -

J.H. Ross 3021 (MEL) Australia AF204706 - - -

W.A. Thompson 2043 Astralia, Ravensthorpe Thompson 2043* - Thompson KX652215** (PERTH) Greenstone Belt, 2043* Southwestern (Vent.) R.Br. T.J. Alford 203 (PERTH) Australia, Western Alford 203* - Alford 203* KX584380** Australia, Jerdacuttup Road along side Jerdacuttup River J. Ardley s.n. (PERTH) Australia Ardley s.n.* - Ardley s.n.* Ardley s.n.* 81

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron G.P. Lewis 3833 (K) Australia - - GQ246158 -

W.R. Archer 810951 (MEL) Australia AF204704 - - -

M. Crisp 8996 (CANB) Australia AF287636 - - -

Templetonia rossii (F.Muell.) I.Thomps. J. Gray 250 (PERTH) Australia, Western Gray 250* - Gray 250* Gray 250* Australia, Kukerin Templetonia smithiana J.H. Ross M. Hislop 204-33 (PERTH) Australia, Western Hislop 204-33* - Hislop 204-33* Hislop 204-33* Australia, Ellabin Templetonia stenophylla (F.Muell.) J.M. G. Lewis 2129 (K) Australia Lewis 2129* - Lewis 2129* KX652216** Black I.C. Clarke 2699 (MEL) Australia AF204705 - - -

Templetonia sulcata (Meisn.) Benth. M.S. Graham 2079 Australia, Western Graham 2079* - KX652248** Graham 2079* (PERTH) Australia, Broomehill M. Crisp 9057b (CANB) Australia AF287635 - - AF518122

Thinicola incana (J.H. Ross) J.H.Ross N. Gibson 4714 (PERTH) Australia, Western KX652263** - Gibson 4714* Gibson 4714* Australia, Karlamilyi National Park P. Wicksteed 196 (CANB) Australia, Western Wicksteed 196* - KX652249** KX652217** Australia, Canning district H.I. Aston 2844 (PERTH) Australia, Western AF204702 - KX584408** KX652218** Australia, Great Sandy Desert Outgroups

Adenocarpus complicatus (L.) Gay M. Wink IPMB-P168 Europe - - KY046183 -

Ammodendron argenteum (Pall.) Kuntze A. Whittemore USDA s.n. Asia - - AY386957 - 82

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron (MONT)

Ammopiptanthus mongolicus (Kom.) Y. Yang et al. 09050101 China, Alashan, Inner- - - JQ820169 - S.H.Cheng (PE) Mongolia Anagyris foetida L. A. Duran 6932 (KNYA) Região do Mediterrâneo - - KP230736 -

352270 (UNEX) Israel, Judean Mts, HL, Mt - - - FJ499431 Scopus Anarthrophyllum cumingii (Hook. & s.col. Chile, Region V, Provincia - - - AY618488 Arn.) F.Phil. Los Andes, Portillo Anarthrophyllum desideratum (DC.) R.H. fortunato 4971 (ARIZ) Chile - - AY386923 - Benth. Argyrocytisus battandieri (Maire) seedling ex RAB62169 Marrocos - - KT824628 - Raynaud Argyrolobium tuberosum Eckl. & Zeyh. S.P. Bester 10865 (PRE) South Africa, Mpumalanga - - KP230727 -

Argyrolobium uniflorum (Decne.) Jaub. USDA PI 535455 Tunisia - - - EU341594 & Spach Aspalathus linearis (Burm.f.) s.col. Cape region of South Africa - - - FJ620665 R.Dahlgren Baptisia australis (L.) R.Br. M.F. Wojciechowski 996 USA - - AY386900 - (ASU) RBG Edinburgh living RBG Edinburgh living - - - AF309831 collection 1934-0150 (K) collection (Originally from USA) Bolusanthus speciosus (Bolus) Harms M. Lavin 6227 (BH) Zambezian southern Africa - - AF142685 AF310994

Bowdichia virgilioides Kunth D. Soto 1211 (HUEFS) Bolivia, Santa Cruz, JX124475 - - - German Busch R.T. Pennington 477 Originally from South - - - AF309486 83

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron America

B.A.S. Perelra 1110 (US) Originally from South - - AY386937 - America Cadia purpurea (G.Piccioli) Aiton R.T. Pennington s.n. RBG Cultivated at Royal Botanic - - JX295932 - Edinburg living collection Garden Edinburgh (Originally from Arabia) R.M. Polhill 5358 (K) Kenya - - - AF309863

Calicotome villosa (Poir.) Link 172392 (MAF) Europe - - KT824629 -

Gibraltar Botanic Gardens Cultivated at Gibraltar - - - JF338229 Botanic Gardens Calobota sericea (Thunb.) Boatwr. & J.J.M. van der Meruve 215 South Africa - - GQ246144 - B.-E.van Wyk (K) Calpurnia aurea (Aiton) Benth. M. Lavin 6198 (BH) Southern Africa - - AY386951 AF310993

Camoensia brevicalyx Benth. B. Mackinder 208 (E) Camarões - - - JX275959

Camoensia scandens (Welw.) D. Cardoso 2356 (HUEFS) Cultivated at Jardim - - JX295919 JX275960 J.B.Gillett Botanico do Rio de Janeiro (Originally from Africa) Clathrotropis nitida Harms H.C. de Lima 3361 (RB) Brazil, Amazonas, São KX584394 - - - Gabriel da Cachoeira J.E. Meireles 377 (RB) Brazil, Amazonas, Manaus, - - JX295951 JX295859 Tarumãzinho Crotalaria juncea L. S. Bala s.n. (ASU) India, Kirti Nagar - - JQ619982 -

Crotalaria podocarpa DC. s.col. Africa - - - AF385412

Cyclopia genistoides (L.) Vent. M. Wink IPMB P369 South Africa - - KY046187 - 84

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Cytisophyllum sessilifolium (L.) O.Lang 164395 (MAF) Europe - - KT824630 -

Cytisus scoparius (L.) Link M.F. Wojciechowski 1000 Europe - - AY386902 - (ASU) s.col. Europe - - - JF338224

Dermatophyllum secundiflorum R.T. Pennington s.n. (E) RBG Kew living collection EF457711 - - AF311374 (Ortega) Gandhi & Reveal (Originally from USA) Escobar s.n. (MONT) Originally from EUA and - - AF142693 - Mexico Dichilus lebeckioides DC. A. Balsinhas 3464 (K) Africa - - GQ246143 -

Dicraeopetalum capuronianum Capuron 28529-SF (TEF) Madagascar - - - JX275958 (M.Peltier) Yakovlev Dicraeopetalum mahafaliense J.-N. Lablat et al. 3627 (K) Madagascar, Toliara - - KX595203 - (M.Peltier) Yakovlev Dicraeopetalum stipulare Harms Thulin 6858 (K) Africa - - - AF310995

Diplotropis incexis Rizzini & A.Mattos D. Cardoso 2259 (HUEFS) Brazil, Bahia, Santa - - - JX124439 Terezinha Diplotropis martiusii Benth. L.P.de Queiroz 13066 Brazil, pará, Belém JX124484 - - JX124438 (HUEFS) Beck 166 (US) Brazil - - AY386938 -

Echinospartum boissieri (Spach) s.col. Spain, Baetic Cordillera - - - AF385415 Rothm. Erinacea anthyllis Link 159995 (MAF) Europe - - KT824631 -

Riera 19110 Spain, Valencia, Andilla - - - AJ891029

Euchresta formosana (Hayata) Ohwi s.col. Originally from China - - - AB127031 85

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Genista monspessulana (L.) L.A.S. Universitat Bayreuth Region of the - - - JF338274 Johnson Mediterranean M.F. Wojciechowski 897 Region of the - - AY386862 - (ASU) Mediterranean Guianodendron praeclarum (Sandwith) S.S. Tillett 45288 (NY) Guyana, Upper Mazaruni JX124488 - JX124402 JX124442 R. Schütz & A.M.G. Azevedo River Bsain Hesperolaburnum platycarpum (Maire) 164848 (MAF) Marrocos - - KT824632 - Maire Laburnum alpinum (Mill.) Bercht. & D. Cardoso 3820 (E) United Kingdom, Scotland, - - KX595207 - J.Presl Edinburgh, West Coates Laburnum anagyroides Medik. s.col. Chile - - - DQ417004

Leobordea eriantha (Benth.) B.-E.van D. Cardoso et al. 3273 South Africa, Mpumalanga, - - KP230706 - Wyk & Boatwr. (HUEFS) Long Tom Pass Leptolobium dasycarpum Vogel D. Cardoso 2616 (HUEFS) Brazil: Goias, Campinorte JX124496 - - JX124450

F. Scarpa s.n. (UEC) Brazil, São Paulo - - JX124408 -

Leptolobium panamense (Benth.) Sch. C. Hughes 1308 (FHO) Mexico, Oaxaca JX124498 - AF142684 AF208891 Rodr. & A.M.G. Azevedo Lotononis eriocarpa (E. Mey.) B.-E. T. Edwards 1890 (K) South Africa, Eastern Cape, - - KX595221 - van Wyk Rush Valley Pan, Elands Heights Lupinus argenteus Pursh s.col. Originally from Canada and - - - DQ417088 EUA Lupinus microcarpus Sims s.col. Originally from South - - KX162847 - America Maackia amurensis Rupr. Herendeen s.n. (US) Originally from Russia - - AY386944 -

s.col. Originally from Russia - - - AB127033 86

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Melolobium calycinum Benth. A.E. Van Wyk 13663 (PRU) South Africa - - KP230730 -

Oberholzeria etendekaensis Swanepoel, W. Swanepoel 316-1 Namibia, Kunene Region, - - KP230732 - M.M.le Roux, M.F.Wojc. & A.E.van (WIND) Etendeka Moutains Wyk Ormosia arborea (Vell.) Harms J.E. Meireles 400 (RB) Brazil, Rio de Janeiro, - - JX295939 - Macaé Ormosia bahiensis Monach D. Cardoso et al. 2984 Brazil, Bahia, Umburanas KX584399 - - - (HUEFS) Ormosia timboensis. D.B.O.S. Cardoso, D. Cardoso 1649 (HUEFS) Brazil, Bahia, Amargosa - - - JX275908* Meireles & H.C. Lima Panurea longifolia Benth. D. Cardenas 22471 Colombia, Amazonas, La - - JX295947 JX275952 (COAH) Pedrera Pearsonia obovata (Schinz) Polhill D. Cardoso et al. 3274 South Africa, Mpumalanga, - - KP230708 - (HUEFS) Long Tom Pass Pericopsis angolensis (Baker) Meeuwen C.H. Bosch 210 (WAG) Tanzania, Kagera - - - KX584383*

R. Dechamps 1560 (WAG) Angola, Cuanza Norte - - - KX584384*

Pericopsis laxiflora (Benth. Ex Baker) P. Houngnon 7753 (WAG) Benin, Atakora, Natitingou - - - KX584385* Meeuwen Petteria ramentacea (Sieber) C.Presl 164623 (MAF) Originally from Albania, - - KT824633 - Croatia, Bosnia and Herzegovina, and Montenegro R.N.G. Eernoch 39296 Serbia and Montenegro - - - AJ891026

Piptanthus nepalensis (Hook.) D.Don Hodgson 10787 (ASU) Hymalaias - - AY386924 -

35265 (UNEX) Originally from Hymalaias - - - FJ499420 87

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Platycelyphium voense (Engl.) Wild RBG 1953-10603 (K) RBG Kew living collection - - - AF309864 (Originally from Africa) Polhillia obsoleta (Harv.) B.-E.van Wyk J. Manning 2847 (K) South Africa, Western Cape - - KP230734 -

Rafnia angulata Thunb. C.S. Campbell 130 (JRAU) South Africa, Western Cape - - - AJ745157

Retama raetam (Forssk.) Webb Universitat Bayreuth Universitat Bayreuth - - - JF338260

Retama sphaerocarpa (L.) Boiss. 172377 (MAF) Originally from North - - KT824634 - Africa and Iberian peninsular Salweenia wardii Baker f. H. Sun 2889 (KUN) China, Tibet, Qamdo - - - JF725658

Sellocharis paradoxa Taub. R. Ludtke 488 (ICN) Brazil, Rio Grande do Sul, - - KP230740 - Viamão Sophora davidii (Franch.) Pavol. M. Lavin 730 (MONT) Southwestern China - - AY386958 -

R.T. Pennington s.n. RBG RBG Kew living collection - - - AF309829 Kew living collection 1988- 8714 Spartium junceum L. M.F. Wojciechowski 999 Africa - - AY386901 - (ASU) CSD 23701 Africa - - - DQ417002

Spirotropis longifolia (DC.) Baill. LSTM1 (CAY) French Guiana; Piste de - - JX295948 - Saint-Elie Station M.-F. Prevost 3712 (NY) French Guiana; Counami - - - JX275953

Staminodianthus duckei (Yakovlev) R.T. Pennington 1149 (E) Peru, Loreto, Jenaro JX124508 - JX124405 JX124473 D.B.O.S. Cardoso & H.C. Lima Herrera Biological Station Stauracanthus genistoides (Brot.) G. s.col. Iberian peninsular - - - AF385417 88

Taxon Voucher Country Locality ITS ETS matK/trnK trnL intron Sampaio

Stauracanthus spectabilis Webb 162142 (MAF) Iberian peninsular - - KT824635 -

Stirtonanthus insignis (Compton) B.- J.P. Rourke 2175 (K) South Africa, Western - - KX595210 - E.van Wyk & A.L.Sc Cape, Kwadousberg Thermopsis rhombifolia (Pursh) M.F. Wojciechowski 807 Canada and EUA - - AY386866 - Richardson (MONT) USDA 10173 Canada and EUA - - - AY618487

Ulex europaeus L. D.Z. Damrel 2304 (ASU) Europe - - JQ669586 -

s.col. Europe - - - AF385427

Virgilia capensis sensu Pole-Evans M. Wink IPMB P378 South Africa - - KY046197 -

Virgilia oroboides (P.J.Bergius) s.col. Africa - - - AF518125 T.M.Salter Xiphotheca phylicoides A.L.Schutte & Vlok 2500 South Africa - - KY118223 - B.-E.van Wyk

89

Apêndice B1

B1. Árvore de consendo de maioria de 50% da análise Bayesiana do ITS/5.8S. Número acima dos ramos são probabilidades posteriores (PP) e ramos em negrito são probabilidades ≥ 0.95. Números abaixo dos ramos são valores de suporte de bootstrap (BS) da máxima Parcimônia (esquerda) e Máxima Verossimilhança (direita). Cerquilhas indicam incongruências em alguma das análies e asterisco indicam valores de bootstrap ˂ 50%. Os números do GenBank são fornecidos após o nome dos táxons. 90

Apêndice B1 (Continuação)

B1. Continuação da árvore consenso de maioria de 50% da análise Bayesiana do ITS/5.8S. 91

Apêndice B2

B2. Árvore de consenso de maioria de 50% da análise Bayesiana de dados combinados do núcleo (ITS/5.8S + ETS). Números acima dos ramos são probablilidades posteriores (PP) e ramos em negrito são probabilidades posteriores ≥ 0.95. Números abaixo dos ramos são valores de suporte de bootstrap (BS) da máxima Parcimônia (esquerda) e Máxima Verossimilhança (direita). Cerquilhas indicam incongruências em alguma das análies e asterisco indicam valores de bootstrap ˂ 50%. 92

Apêndice B3

B3. Árvore de consenso de maioria de 50% da análise Bayesiana de dados combinados do cloroplasto (matK/trnK + trnL intron). Números acima dos ramos são probablilidades posteriores (PP) e ramos em negrito são probabilidades posteriores ≥ 0.95. Números abaixo dos ramos são valores de suporte de bootstrap (BS) da máxima Parcimônia (esquerda) e Máxima Verossimilhança (direita). Cerquilhas indicam incongruências em alguma das análies e asteriscos indicam valores de bootstrap ˂ 50%. 93

Apêndice C

C1. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter tricomas glandulares realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 94

C2. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter divisão da folha realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência.. 95

C3. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter disposição da flor realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 96

C4. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter tipo de inflorescência realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 97

C5. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter adnação dos lobos inferiores do cálice realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 98

C6. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter mecanismo de liberação do pólen realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 99

C7. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter tipo de antera realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 100

C8. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter tipo de deiscência do fruto realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência. 101

C9. Árvore de consenso de maioria de 50% obtida por Inferência Bayesiana com a otimização do caráter predileção de bioma realizada no Mesquite e baseada em um conjunto de árvores no BEAST obtida a partir da análise das estimativas do tempo de divergência.

102

CAPÍTULO 2

ADVANCES IN HARPALYCE (LEGUMINOSAE) SYSTEMATICS: AN IMPROVED TAXONOMIC

ACCOUNT OF THE BRAZILIAN SPECIES BASED ON MORPHOLOGICAL AND MOLECULAR

EVIDENCE

MANUSCRITO FORMATADO DE ACORDO COM AS NORMAS DO PERIÓDICO SYSTEMATIC BOTANY

103

SÃO-MATEUS ET AL.: TAXONOMY OF BRAZILIAN HARPALYCE

Advances in Harpalyce (Leguminosae) Systematics: An Improved Taxonomic Account

of the Brazilian Species Based on Morphological and Molecular Evidence

Wallace M. B. São-Mateus,1,6 Luciano Paganucci de Queiroz,2 Jomar Gomes Jardim,3,4

and Domingos B. O. S. Cardoso2,5

1Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Campus Universitário Lagoa Nova, 59072-970, Natal, Rio Grande do

Norte, Brazil.

2Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av.

Transnordestina, s.n., Novo Horizonte, 44036-900, Feira de Santana, Bahia, Brazil.

3Universidade Federal do Sul da Bahia, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Campus

Jorge Amado, 45613-204, Itabuna, Bahia, Brazil.

4Herbário Centro de Pesquisas do Cacau – CEPEC, Km 22, Rod. Ilhéus-Itabuna, 45650-970,

Ilhéus, Bahia, Brazil.

5Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Rua Barão de Jeremoabo, s.n., Ondina,

40170-115, Salvador, Bahia, Brazil.

6Author for correspondence: ([email protected]) 104

Abstract—The neotropical papilionoid legume genus Harpalyce comprises about 35 species. The Brazilian species of the genus have been traditionally classified in sect.

Brasilianae, which has been recently recovered as monophyletic based on a comprehensive multigene phylogenetic analysis. A taxonomic reassessment of sect. Brasilianae, once comprised of just seven species, now shows it has 13 species: H. brasiliana, H. correntina, H. hilariana, H. lanata, H. lepidota, H. macedoi, H. magnibracteata, H. minor, H. parvifolia, H. riparia, H. robusta, H. speciosa, and H. tombadorensis. All these species grow as shrubs or treelets across the fire-prone savanna-like vegetation of the Cerrado phytogeographic domain in the Central Brazilian Plateau as well as scattered in rupestrian grasslands on mountaintops of the Espinhaço Range. In the current taxonomic synopsis we discuss the morphological distinctiveness and phylogenetic relationships of each species, in addition to present an updated identification key and newly revised data on their geographical distribution, phenology, and conservation status.

Keywords—Brongniartieae, Cerrado, morphology, nomenclature, Papilionoideae, taxonomy.

105

Resumo―O gênero neotropical Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) possui aproximadamente de 35 espécies. As espécies brasileiras do gênero têm sido tradicionalmante classificadas na sect. Brasilianae, que foi evidenciada como monofilética em análise filogenética recente de múltiplos genes. Nesta nova revisão taxonômica da sect. Brasilianae, antes constituída por somente sete espécies, mostramos que a mesma possui 13 espécies: H. brasiliana, H. correntina, H. hilariana, H. lanata, H. lepidota, H. macedoi, H. magnibracteata, H. minor, H. parvifolia, H. riparia, H. robusta, H. speciosa e H. tombadorensis. Todas essas espécies crescem como arbustos ou arvoretas em vegetação de savana do domínio do Cerrado no Planalto Central brasileiro, bem como nos campos rupestres dos topos de montanhas da Cadeia do Espinhaço. Na sinopse taxonômica, discutimos as diferenças morfológicas e as relações filogenéticas de cada táxon, e apresentamos ainda uma chave de identificação atualizada, dados recentes sobre distribuição geográfica, fenologia e estado de conservação.

Palavras-chave—Brongniartieae, Cerrado, morfologia, nomenclatura, Papilionoideae, taxonomia.

106

Plant systematics has been marching in unprecedented growth in the last 20 years with the impact of molecular phylogenetics and DNA barcoding (e.g. APG IV 2016; Hollingsworth et al. 2009, 2016). Yet, for the wider practical challenge of cataloguing and describing the still poorly-known plant biodiversity, most of which still waiting to be discovered in herbarium collections (Bebber et al. 2010), morphology-based taxonomic revisions should not be sidelined (BFG 2015; Cardoso et al. 2017a; Ulloa-Ulloa et al. 2017; Funk 2018). Beyond finding and describing new species, taxonomic accounts have increasingly integrated morphological and molecular data for illuminating species delimitation as well as the circumscription of genera or tribes. For example, molecular phylogenetics and the reconstruction of morphological evolution have greatly contributed for a more complete and revised classification in several clades of the economically and ecologically important subfamily Papilionoideae of legumes (Leguminosae) (e.g. Delgado-Salinas et al. 2011;

Cardoso et al. 2012a, 2012b, 2014; Silva et al. 2012; Fortuna-Perez et al. 2013; LPWG 2013,

2017; Queiroz et al. 2015; Snak et al. 2016). Nevertheless, many genera lying in the early- diversification history of the papilionoids still remain taxonomically understudied, such as the little-known neotropical genus Harpalyce Moç. & Sessé ex DC., of the tribe Brongniartieae.

After the last taxonomic revision of the genus more than 40 years ago (Arroyo 1976), we now summarize advances in Harpalyce systematics in Brazil based on molecular evidence and a more comprehensive morphological study of the wealth of newly available herbarium collections and field observations.

Harpalyce was described by De Candolle (1825) after the material collected by Mociño &

Sessé in Mexico. Currently, the genus includes about 35 species of trees and shrubs with ecological predilection to the seasonally dry tropical forests, savannas, and highland rupestrian grasslands (Arroyo 1976; Ross and Crisp 2005; São-Mateus et al. 2018). Recent molecular phylogenetic studies have supported the monophyly of the genus within tribe 107

Brongniartieae, as sister to a clade comprised of the monospecific genera Amphiodon Huber from Amazonian lowland rain forests and Tabaroa L.P.Queiroz, G.P.Lewis & M.F.Wojc. from the Caatinga seasonally dry woodlands (Fig. 1; Queiroz et al. 2010, 2017; Cardoso et al.

2012a, 2017b; Meireles et al. 2014; LPWG 2017; São-Mateus et al., unpubl. data,

CAPÍTULO I). Harpalyce can be readily differentiated from the remaining neotropical genera of Brongniartieae by a combination of peltate multicellular glandular trichomes that cover the leaf branches, imparipinnate leaves with opposite to subopposite leaflets, flower buds mostly falcate, flowers with strongly bilabiate calyx (vexillar and carinal lips), dimorphic anthers, internally septate and laterally compressed pods, and strophiolate seeds (Arroyo 1976; São-

Mateus et al. 2018).

In Arroyo’s (1976) taxonomic revision, the species of Harpalyce were arranged into three sections that are geographically localized: H. sect. Harpalyce and H. sect. Cubenses Rydberg respectively from seasonally dry tropical forests mostly in Mexico and Cuba; and H. sect.

Brasilianae Arroyo from the savannas and ruprestrian grasslands of Central and Eastern

Brazil. Recent phylogenetic analyses of nuclear (ETS, ITS/5.8S) and plastid (matK, trnL intron) DNA sequences from the largest species sampling of Harpalyce thus far have revealed the monophyly of all these sections (Fig. 1; São-Mateus et al., unpubl. data, CAPÍTULO I) except to the section Cubenses due to low sampling. The Brazilian species of Harpalyce form a strongly supported clade that are marked by resupinate flowers, an interesting unequivocal synapomorphy where the standard petal takes an abaxial position by the pedicel twisting during flower development (Fig. 1; São-Mateus et al., unpubl. data, CAPÍTULO I) and the type of pollinating agent. Additional distinctive features of section Brasilianae are the flower buds with rounded apex, calyx with cucullate vexillar lip, pods with more than seven seeds and chambers strongly delimited by septa. 108

After Arroyo’s (1976) monograph of Harpalyce, taxonomic accounts for the Brazilian species of the genus were restricted only to descriptions of new species (Queiroz 1998, São-

Mateus et al. 2016, 2018). While Arroyo (1976) greatly contributed to improve the taxonomy of Harpalyce, she also left several gaps on species delimitation most likely because of the limited number of studied herbarium specimens as well as the poor knowledge about the species in the field. For example, there is overlap in leaf and flower characters for several species, hence resulting in too broadly circumscribed taxa. Here, we present a taxonomic synopsis of the Harpalyce species traditionally classified in sect. Brasilianae by providing updated and complete morphological descriptions, geographical distribution, conservation status, illustrations, identification key, and a discussion on the comparative morphology and phylogenetic relationship of each species.

109

Fig. 1. Summary of a majority-rule consensus tree of the Brongniartieae (Leguminosae, Papilionoideae) derived from the combined Bayesian analysis of nuclear (ETS, ITS/5.8S) and plastid (matK, trnL intron) DNA sequences (after São-Mateus et al., unpubl. data, CAPÍTULO 1). The focus here is set on the genus Harpalyce to show internal relationships and the strongly supported clade of sect. Brasilianae (red branches). Only Bayesian posterior probabilities >0.70 are shown on branches. The digital watercolor (by Natanael Nascimento) of Harpalyce magnibracteata exemplifies the unique resupinate flowers that are typical of species within sect. Brasilianae. 110

MATERIALS AND METHODS

The taxonomic synopsis presented here was based on the study of ca. 700 specimens from the following herbaria (specimens consulted on-line*): ALCB, BHCB, BOTU, CEN, CEPEC,

E*, EAC, ESA*, F, FLOR, HBG*, HEPH, HST, HUEFS, HUEG, HUFU, IBGE, IPA, K,

MBM, MO*, NY*, P*, R, RB, SP, SPF, SPSF, TEPB, UB, UEC, UFP, UFRN, US*, and W*

(Thiers [continuously update] and HST [according to the “Rede Brasileira de Herbários” in

Vieira 2015]).

Leaf measurements were always taken from completely developed leaves. Leaf length was considered from the petiole base to the apex of distal-most leaflets. Leaflet width was measured always considering the widest portion, and leaflet length does not include the pulvinules. The leaf petioles, pulvinules, and rachis were measured separately, and the flowers length was measured from the base of the calyx to the apex of the largest petal.

Information on geographical distribution, habitat, and phenology were obtained from previous taxonomic accounts of species of the genus (Arroyo 1976; Queiroz 1998), but primarily from herbarium labels and field observations during the five expeditions across the Cerrado and rupestrian grasslands of Brazil. All but two species were studied in the field, which gave us the opportunity to make an improved record of each species’ ecological preference as well as to illustrate them with photographs. Specific morphological terminology followed general descriptions from taxonomic revisions of papilionoid legume genera (e.g. Arroyo 1976;

Klitgaard 2005; Pirie et al. 2009; Moura et al. 2013; Cardoso et al. 2014; Lima et al. 2014), whereas the description of form and indumentum follows general morphological glossaries

(Hickey and King 2000; Harris and Harris 2001).

The conservation status for each species was evaluated with software GeoCAT (Bachman et al. 2011), which calculates area of occupancy (AOO) and extent of occurrence (EOO) according to IUCN’s criteria (2017). 111

Here we consider species as biologically-meaningful units of biodiversity that are defined as historically connected populations with unique ecological role and phenotype, bringing together the temporal and phenotypic (e.g., ecological and morphological) dimensions of species. Such “phenophyletic” view of the biodiversity has been conceptualized by

Freudenstein et al. 2017. Likewise, our species delimitation in Harpalyce attempts to capture as much as possible the patterns of morphological, geographical, ecological, and evolutionary discontinuities.

TAXONOMIC TREATMENT

HARPALYCE Moç. & Sessé ex DC., Prodro. 2: 523. 1825. TYPE: Harpalyce formosa Moç &

Sessé ex DC.

Shrubs or medium-sized tree; branches and leaves covered by peltate multicellular glandular trichomes. Stipules caducous or persistent, linear, triangular or deltoid. Leaves alternate, imparipinnate; rachis with colleters at the base of the pulvinules; leaflets (1‒)5‒35(‒

43), opposite or subopposite, rarely alternate in the same branches of sterile individuals.

Inflorescence a raceme, panicle or subumbelliform; bracts and bracteoles caducous or persistent; flower bud acute towards the apex. Flowers resupinate, papilionate; calyx strongly bilabiate, divided in vexillar and carinal lips; petals orange, to red or pinkish, the standard petal orbicular to suborbicular, ovate, obovate or oblate, wing petals obovate, oblong- spatulate to oblong-obovate, keel petals oblong-falcate and contorted rightward; 10, joined in a single tube, incurved, filaments free at the apex, anthers dimorphic, alternately long, and short dorsifixed, oblong to ovate-oblong, apex rounded; gynoecium with ovary sessile, oblong, oblong-linear or ovate, 6‒20-ovulate, glabrous, stigma capitate, nectariferous disc. Fruit a laterally compressed and elastically dehiscent legume, oblong in outline, base 112

attenuate, cuneate, retuse rounded to oblique, margins straight, the valves mostly coriaceous, seed chambers with septa strongly delimiting the seeds. Seeds 6‒16, ovate, oblong, testa brownish to red-brown, strophiolate.

UPDATED IDENTIFICATION KEY TO SPECIES OF HARPALYCE IN BRAZIL

1. Flowers 2‒3.5 cm long ...... 2

2. Bracts 1.2‒2.3 cm long, leaf-like, suborbicular to widely ovate, amplexicaul, the base

strongly auriculate and with superimposed lobes ...... H. magnibracteata

2. Bracts less than 0.9 cm long, linear, triangular, deltoid or oblong, not amplexicaul, the

base truncate ...... 3

3. Stipules ≥ 4 mm long, linear to linear-lanceolate ...... 4

4. Terminal branches usually in zig-zag branching pattern, densely wooly with

cinereous hairs; leaves 19‒35-foliolate, petiole 0.2‒0.4 cm long, interfoliolar

segments 0.3‒0.5 cm long; leaflets 1‒1.9 × 0.2‒0.3(‒0.6) cm; umbel-like

inflorescence up to 3 cm long; petals dark red; bracteoles exceeding one half the

calyx length ...... H. lanata

4. Terminal branches straight, tomentose to villous with golden or ferruginous hairs;

leaves 5‒9-foliolate, petiole 1.5‒2.5 cm long, interfoliolar segments 1.4‒2.3 cm

long; leaflets 3‒5.5 × 1.3‒2.3 cm; inflorescence raceme or panicle more than 4 cm

long; petals red or orange; bracteoles smaller than half the calyx length ...... 5

5. Stipules 8‒10 mm long; leaflets plane, apex acute-mucronate to rounded-

mucronate, pubescent adaxially, reticulodromous; bracteoles 7‒9 × 2 mm long,

narrowly triangular; calyx outer surface villous; legume ca. 5 cm long, valves

strongly coarsely rugose-reticulate ...... H. robusta 113

5. Stipules up to 4 mm long; leaflets revolute, apex strongly attenuate-apiculate,

glabrous adaxially, brochidodromous; bracteoles 1.5‒2 × 0.2 mm long, linear-

triangular; calyx outer surface tomentose; legume ca. 6.3 cm long, valves

slightly reticulate ...... H. tombadorensis

3. Stipules ˂ 4 mm long, triangular or deltoid ...... 6

6. Leaflets with reticulodromous venation, base cordate ...... 7

7. Leaflets less than 3 cm wide, predominantly widely oblong to oval-lanceolate

in the lateral leaflets and obelliptic in the terminal leaflet; inflorescence smaller

than or as large as the subtending leaf ...... H. correntina

7. Leaflets 4‒7.5 cm wide, usually widely ovate in the lateral and terminal

leaflets; inflorescence longer than the subtending leaf ...... 8

8. Branches, rachis, leaflets, and inflorescence axes with ferruginous hairs;

petioles up to 1.8 cm long; leaflets plane; inflorescence 10-flowered; the

vexillar calyx lip lanceolate; endemic to the campos rupestres of Minas

Gerais ...... H. hilariana

8. Branches, rachis, leaflets and inflorescence axes with cinereous hairs;

petioles 3‒4 cm long; leaflets conduplicate; inflorescence 30‒100-flowered;

the vexillar calyx lip ovate-oblong to oblong; endemic to the campos

rupestres of Goiás ...... H. speciosa

6. Leaflets camptodromous or eucamptodromous venation, base rounded ...... 9

9. Branches, rachis and inflorescence axes tomentose to velutinous with

ferruginous to yellowish hairs; leaflets chartaceous, densely tomentose,

velutinous or sericeous on both surfaces; inflorescence often bearing a 1‒3-

foliolate leaf at the base ...... H. brasiliana 114

9. Branches, rachis and inflorescence axes pubescent-grayish; leaflets

subcoriaceous, puberulous to glabrous adaxially, densely pubescent beneath;

inflorescence never with an axillary leaf ...... H. macedoi

1. Flowers less than 2 cm long ...... 10

10. Leaflets chartaceous; bracts up to 2 mm long, linear, caducous ...... 11

11. Leaflets sericeous abaxially, with ferruginous hairs, margins plane; pedicel 0.7‒1

cm long; calyx carinal lip ovate; petals dark orange; endemic to shrubby savanna

of northern Minas Gerais ...... H. minor

11. Leaflets villous with golden to fulvous hairs beneath, margins revolute; pedicel

1.1‒1.5 cm long; calyx carinal lip triangular-lanceolate; petals red to

atropurpureous; endemic to campos rupestres of Chapada Diamantina in Bahia ....

...... H. riparia

10. Leaflets subcoriaceous or coriaceous; bracts mostly persistent, larger than 6 mm long,

ovate-oblong to oblong, mostly persistent ...... 12

12. Branches with straight pattern; leaves (3‒)7‒11(‒13)-foliolate; leaflets narrowly

elliptic to elliptic-lanceolate, apex acute to acute-mucronate, plane; pedicel 0.3‒

0.5 cm long; bracteoles smaller than half the calyx length, 2‒2.5 × 0.2 mm;

standard petal ovate ...... H. lepidota

12. Branches with a zig-zag pattern; leaves 19‒35(‒43)-foliolate; leaflets oblong,

oblong-elliptic or obovate, apex rounded to obtuse, revolute; pedicel 1‒1.3 cm

long; bracteoles exceeding half the calyx length, 12‒15 × 1 mm long; standard

petal suborbicular ...... H. parvifolia

115

1. HARPALYCE BRASILIANA Benth., J. Bot. (Hooker) 3: 210. 1841.―TYPE: BRAZIL. Ceará,

1838 G. Gardner 1548 (lectotype: K!, designated by Arroyo 1976; isolectotypes: E!,

GH, NY!, P!).

Harpalyce brasiliana var. sericea Arroyo, Mem. New York Bot. Gard. 26: 52. 1976.―TYPE:

BRAZIL. Ceará: Serra de Ibiapaba, São Félix, B. E. Dahlgren 933 (holotype: F!;

isótipo: F!); syn. nov.

Shrub 1‒3 m tall, branches cylindrical, sulcate, tomentose, velutinous to velutinous- sericeous, with ferruginous to yellowish, longer, erect or adpressed hairs. Stipules 1‒3 × 1‒1.5 mm, persistent, triangular. Leaves 5‒13 cm long, (3‒)9‒21-foliolate; petiole 0.2‒1 cm long, cylindrical, ferruginous-tomentose to sericeous; rachis 4‒10 cm long, ferruginous-tomentose to sericeous, interfoliolar segments 1‒2 cm long; pulvinules 1‒2 mm long; leaflets 1.8‒6 ×

0.8‒2.3 cm, chartaceous, plane, oblong to ovate-oblong, base rounded, apex retuse to obtuse, secondary veins 6‒10 pairs, conspicuous, camptodromous, margins plane, upper surface densely tomentose, velutinous or sericeous, lower surface densely tomentose, velutinous or sericeous. Inflorescence 5‒15 cm long, 10‒15-flowered, axillary racemes or panicles, mostly longer than the subtending leaf, always with 1‒3-foliolate leaf at the base; bracts ca. 3 × 0.5 mm, linear, base truncate, ferruginous-tomentose, early caducous; pedicels 0.5‒1.5 cm long, thick, ferruginous-tomentose; bracteoles 4‒6 × 0.5 mm, linear, smaller than half the length of the calyx, attached at the base of the calyx, caducous. Flower 2.8‒3.5 cm long; calyx outer surface densely tomentose with yellow hairs, the vexillar lip 2.5‒3 × 0.5‒0.9 cm, ovate- oblong, carinal lip 2.8‒3.2 × 0.4‒0.8 cm, narrowly ovate; petals light red, salmon to light orange, the standard petal 2‒2.8 × 1.5‒3 cm, widely suborbicular, apex retuse, wing petals

1.5‒2.5 × 0.7‒1.5 cm, obovate, apex obtuse, keel petals 2.5‒3.5 × 0.4‒0.7 cm, strongly oblong-falcate; stamens ca. 3 cm long, larger anthers ca. 2.5 × 0.5 mm, ovate-oblong, smaller 116

anthers ca. 1 × 0.5 mm, ovate; gynoecium 3‒3.6 cm long, the ovary 6‒10 mm long, 16‒20- ovulate, style 2‒3 cm long. Legume 6‒8 × 1.3‒1.5 cm, base attenuate, black when mature, slightly reticulated. Seeds 12‒16, 5‒8 × 3‒4 mm, oblong; testa brownish. Figure 2A‒C.

Distribution and Habitat―Harpalyce brasiliana is the most widespread among Brazilian species Harpalyce (Fig. 5). It occurs in lowland to highland savannas on sandy soil, between

150‒1200 m of elevation, mainly in the Central Brazilian plateau but also along the

Espinhaço range, but also by the peripheral distribution, such as in for example Ceará, Pará and Rio Grande do Norte states.

Phenology―Flowering specimens have been recorded in January, March, April, May,

June, July, and September, and fruiting from April to September and November.

Conservation Status―This species can be considered of Least Concern (LC) as observed in its broad distribution range with an estimated EOO 3006,833 km2 and AOO 584 km2.

Vernacular Name―Algaroba-da-serra (Ceará), são-joão, cansa-cavalo (Maranhão),

árvore-do-cerradão (Minas Gerais), pau-pombo (Piauí).

Notes―Harpalyce brasiliana is phylogenetically derived in the phylogeny of the genus, where it appears as closely related, yet still unresolved with respect to the recently described

H. correntina and H. tombadorensis, and two other undescribed species (Pott 11609 and

Walter 4738). This clade is formed in its majority by species with larger flowers than 2 cm long. Although H. brasiliana is widespread in Brazil, it presents some difficulties in the identification due to the morphological variability in the shape and size of leaflets. However, it can be recognized by the combination of cylindrical and sulcate branches covered by tomentose or velutinous to sericeous, ferruginous to yellowish indumentum, leaf petioles less than 1 cm long, chartaceous leaflets, inflorescence always with a subtending 1‒3-foliolate leaf at the base, flowers larger than 2.8 cm long, and pods with many seeds (12‒16 seeds vs. 6‒12 seeds in all other species). 117

Arroyo (1976) described H. brasiliana var. sericea Arroyo by emphasizing its distinctiveness on the type of indumentum covering the leaflets. However, our field and herbarium studies revealed the very tenuous taxonomic limit of var. sericea, warranting its current synonymization.

During the lectotypication of H. brasiliana, Arroyo (1976) wrongly cited Gardner’s collection number “1584” instead of “1548”. This is clearly a type since all Gardner’s duplicate collections numbered “1548” matches with an H. brasiliana gathered in Ceará state, whereas the specimen “1584” is a mimosoid legume.

Representative Specimens Examined―Bolivia.―COCHABAMBA: Mizque, 2140 m, 15

Dec 2002 (fl), R. Melo-Silva 2109 (SPF).―SANTA CRUZ: José Miguel de Velasco, Parque

Nacional de Noel Kempff Mercado. Ca. al campamento viejo de Los Fierros, 14°35'S,

60°51'W, 200 m, 30 Jun 1993 (fr), M. Saldias 2830 (NY); ibid., 14°36'S, 60°51'W, 250 m, 06

May 1994 (fl), E. Gutiérrez 812 (MO); ibid., 14°36'29"S, 60°51'25"W, 240 m, 1 May 1994

(fl), B. Mostacedo et al. 1474 (MO); ibid., 14°35'S, 60°51'W, 200 m, 1 Jul 1993 (fl), M.

Saldias 2841 (MO); ibid., 14°33'29"S, 60°50'41"W, 200 m, 4 Jul 1996 (fr), A. Jardim & P. F.

Foster 3022 (MO); ibid., 14°33'28"S, 60°55'51"W, 200 m, 15 Mar 1997 (fl), L. Sánchez et al.

312 (MO); ibid., 14°33'35"S, 60°45'50"W, 200 m, 800 m, 10 Mar 1997 (fl), S. Jiménez & E.

Gutiérrez (MO); ibid., 13°38'19"S, 60°53'57"W, 700 m, 14 Apr 1996 (fl), A. M. Carrión et al.

90 (MO); ibid., campamento Las Torres, margen del rio Itenez (Guaporé) frontera con Mato

Grosso, 13°59'S, 60°48'W, 200 m, 26 May 1991 (fl), M. Peña & R. B. Foster 296

(MO).―Brazil.―BAHIA: Barreiras, 6 km depois de Barreiras, entrada à direita, 4 km na estrada do aeroporto, 3 Jun 1991 (fl, fr), H. S. Brito 319 (CEPEC, K, NY); Barreiras, Cerrado on slopes of the Espigão Mestre, ca. 8 km NW of Barreiras, 600 m, 3 Mar 1971 (fl), H. S.

Irwin et al. 31434 (F, MO, NY, RB, UB).―CEARÁ: Aurora, Serra do Vaqueiro Ademar,

07°04'29.5"S, 39°06'01.3"W, 675 m,11 Sep 2014 (fr), A. P. Fontana 8525 (RB); Barbalha, 118

Sítio Santa Rita, Chapada do Araripe, 30 Mar 1979 (fl), E. B. Souza et al. 486 (HUEFS); ibid., Flona Barbalha, 4 May 2000 (fl), I. R. Costa s.n. (EAC no. 32798); Barbalha, without locality, 10 Jul 1990 (fl), E. Nunes & B. S. Cavada s.n. (HUEFS no. 125464); Crato, Floresta

Nacional Chapada do Araripe, 22 Jul 1979 (fl, fr), A. Fernandes et al. s.n. (EAC no. 6742;

HUEFS); ibid., 22 May 1999 (fl), A. M. Miranda & D. Lima 3295 (HST, FLOR); ibid., 23

May 1999 (fl), A. M. Miranda & D. Lima 3356 (HST); ibid., subida do Belmonte - Chapada do Arararipe, 28 Mar 2000 (fl), E. B. Souza et al. 463 (HUEFS); ibid., 26 Apr 1994 (fl), E. R.

Silveira s.n. (EAC no. 20610; HUEFS); ibid., Voyage au Brésil, Serra do Araripe, 20 Oct

1958 (fl), R. Schnell 9513 (P); ibid., 31 May 1996 (fl, fr), F. S. Cavalcanti & E. Silveira s.n.

(HUEFS no. 125467); ibid., 07°30'S, 39°80'W, 5 May 1989 (fl), G. Fotius 4218 (HUEFS); ibid., estrada para Limoeiro, 26 Jul 1990 (fr), E. Nunes & S. B. Cavalcanti s.n. (HUEFS no.

125460); ibid., without locality, 11 Mar 1997 (fl), F. S. Cavalcanti & E. Silveira s.n. (EAC no. 24724); ibid., Crato - São Gonçalo, Chapada do Araripe, 17 May 1966 (fl, fr), J. S.

Sobrinho 269 (HST); ibid., Flona do Araripe, 930 m, 27 May 1999 (fl), L. W. Lima-Verde et al. 1479 (RB); ibid., 12 km a sudeste de Crato para Exú, Serra do Araripe, 07°14'55.6"S,

39°29'53.8"W, 700 m, 30 Jul 1997 (fl, fr), W. W. Thomas et al.11688 (CEPEC); Granja, Serra do Santana, 21 Nov 1977 (fr), D. Andrade-Lima s.n. (RB no. 182761); Granjeiro, 16 May

1934 (fl, fr), Ph. Von Luetzelburg 26053 (K); Guaraciaba do Norte, Chapada da Ibiapaba, 31

Oct 1986 (fl), A. Fernandes et al. s.n. (HUEFS no. 125469); ibid., 18 Dec 1979 (fl, fr), P.

Martins & E. Nunes s.n. (EAC no. 7863; HUEFS); ibid., 2 Jun 1979 (fl), A. Fernandes & A.

D. Lima s.n.(HUEFS no. 125455); ibid., 18 Sep 1988 (fl, fr), A. Fernandes & Matos s.n.

(HUEFS no. 125463); ibid., 26 May 1981 (fl), A. Fernandes & P. Martins s.n. (HUEFS no.

125287); Ipueiras, Serra da Ibiapaba, Buriti, 22 Jul 2009 (fl), A. S. F. Castro 2196 (EAC);

Jardim, beira da estrada, 27 Jun 2003 (fl, fr), F. S. Cavalcanti & E. Silveira s.n. (HUEFS no.

80813); Mauriti, Serra da Ibiapaba, São Félix, [without complete date] 1935 (fl), Dalgren 933 119

(F); Viçosa do Ceará, without locality, 30 May 1979 (fl), E. Nunes & A. J. Castro s.n. (EAC no. 6197); Without municipality, Chapada do Araripe, 10 Aug 1948 (fl), A. Duarte 1322

(MO, RB).―DISTRITO FEDERAL: Brasília, APA da Cafuringa, Fazenda Dois Irmãos, 26 Mar

1993 (fl, fr), B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 2505 (RB); ibid., Papuda, 17 Mar 1961 (fl), E.

P. Heringer 8083 (HEPH); ibid., higway BR-020, 9 Apr 1976, (fl), G. Davidse et al. 12165

(MO, NY); ibid., Chapada, May 1827 (fr), L. Riedel 958 (NY); ibid., rio Paranoá, 1 May 1968

(fl), D. Philcox & E. Onishi 4821 (K, NY); ibid., Bacia do Rio São Bartolomeu, 09 Aug 1979

(fr), E. P. Heringer et al. 1767 (MO, NY); ibid., Bacia do Rio São Bartolomeu, 31 Mar 1980

(fl), E. P. Heringer et al. 4191 (MO, RB); ibid., ca. 15 km S of Brasília on road to Belo

Horizonte, 700‒1000 m, 28 Aug 1964 (fr), H. S. Irwin & T. R. Soderstrom 5701 (F, K, MO,

NY); ibid., Córrego Terra Branca, 15°34'S, 47°45'W, 1000 m, 10 Jul 1980 (fr), J. H. Kirbride

Jr. et al. 3541 (F, K, NY, RB); ibid., Entre Fazenda São José e BR 020, 15°35'S, 47°27'W,

1040 m, 4 Apr 1983 (fl), J. H. Kirkbride Jr. 5136 (F, NY, RB); Ibid., 30 Apr 1963 (fl, fr), J.

M. Pires et al. 9586 (RB); ibid., 18 May 1966 (fl, fr), T. C. Mello 2 (K); ibid., Bairro Jardim

Botânico próximo a fazenda Pique, 15°51'03"S, 47°47'49"W, 980 m, 21 Mar 2013 (fl), M. H.

Fernandes & B. R. Teixeira 308 (CEN); ibid., DF-345, ca. de 10 km da DF-030 Planaltina-

Brasília, 26 Mar 2016 (fl), V. C. Souza et al. 40340 (RB); Gama, entre Gama e rio Corumbá,

12 Jul 1964 (fr), A. P. Duarte & A. Mattos 449 (RB); ibid., 20 Mar 1964 (fl), E. Pereira 9025

(F, RB); ibid., Parque Municipal do Gama, 25 km S of Brasília, 1150 m, 10 Nov 1965 (fr), H.

S. Irwin 10156 (F, NY); ibid., 18 Mar 1966 (fl), H. S. Irwin et al. 14075 (F, MO, NY, RB,

W); ibid, 24 May 1972 (fl), M. B. Ferreira 1509 (HEPH); ibid., 28 Mar 1973 (fl), W. R.

Anderson 7965 (F, NY); Planaltina, Reserva Biológica de Águas Emendadas ca. de 40 km a

NE de Brasília, 15°32'S, 47°33'W, 1000‒1150 m, 22 Mar 1983 (fl), A. E. Ramos 245 (CEN,

HEPH); ibid., about 12 km of Planaltina, 18 Jun 1976 (st) J. A. Ratter et al. 3184 (MO, NY); ibid., Núcleo Rural Fazenda Larga, 1020 m, 23 Jul 2010 (fr) A. E. Ramos et al. 2073 (HEPH); 120

ibid., Núcleo Rural Rio Preto, 15°45'29"S, 47°33'28"W, 990 m,17 Mar 2010 (fl), B. M. T.

Walter et al. 5965 (CEN); Sobradinho, 17 May 1980 (fr), E. P. Heringer 4649 (K, MO, RB); ibid., 12 Sep 1982 (fl), E. P. Heringer 16123 (RB); Without municipality, Grota d’Água,

15°44'S, 47°71'W, 24 Mar 1981 (fl), M. C. Learth 2 (RB); Without municipality, Grota d’Água a leste do Rio São Bartolomeu, 50 m da estrada de acesso, 24 Mar 1981 (fl, fr), R.

Rodrigues 7 (RB).―GOIÁS: Alto Paraíso de Goiás, ca. 27 km of Paraíso of Goiás, 23 Mar

1968 (fl, fr), H. S. Irwin et al. 21708 (F, MO, NY, RB, UB); ibid., próximo da cachoeira do rio Preto, perto do povoado São Jorge, 4 Feb 1987 (fl), J. R. Pirani et al. 1696 (NY);

Alvorada do Norte, 9 Mar 1979 (fl), G. Hatschbach 42013 (MO); Anápolis, estrada Lepoldo de Bulhões–Anápolis, 16°33'S, 48°48'W, 19 Jul 1979 (fl), H. Magnano 247 (RB); Bom Jesus de Goiás, 10 km de Bom Jesus para Rio Verde, BR-242, 18°30'S, 49°40'W (fl), H. Magnano

365 (RB); Caiapônia, Rodovia Jatai–Caiapônia à 52 km de Jatai, 20 Apr 1978 (fl, fr), G. J.

Shepherd et al. 7410 (RB); ibid., ca. 30 km S of Caiapônia, 29 Apr 1973 (fl), W. R. Anderson

9375 (F, NY, UB, W); Caldas Novas, Termas do rio Quente, 14 May 1980 (fl), E. P.

Heringer 17803 (RB); ibid., margem direita do rio Corumbá, 17°50'S, 48°31'W, 560 m, 20

Mar 1996 (fl), G. Pereira-Silva et al. 3557 (CEN, NY); ibid., 26 Apr 1994 (fl), H. G. P.

Santos & S. P. Cordovil 245 (CEN, HUEFS, NY); ibid., Parque Estadual da Serra de Caldas

Novas, 28 Mar 2009 (fl), J. O. V. Iglesias et al. 142 (UB); ibid., Ponte São Bento, estrada

Caldas Novas ‒ Ipameri, 19 km de Caldas Novas, margem direita do rio Corumbá, 17°43'S,

48°30'W, 1743 m, 24/III/1993 (fl), T. A. B. Dias et al. 502 (CEN, NY, RB); ibid., próximo ao rio Corumbá, pela via de acesso da UHE, 17°56'S, 48°31'W, 10 Feb 1993 (fl), T. A. B. Dias et al. 334 (NY); Campo Alegre de Goiás, Área de influência indireta do AHE Serra do Facão, 2

Apr 2008 (fl), A. A. Arantes et al. s.n. (HUFU no. 53063); Cavalcante, ca. 10 km south of

Cavalcante, 8 Mar 1969 (fl), H. S. Irwin et al. 24054 (F, K, MO, NY, RB, UB); Colinas do

Sul, without locality, 16 Apr 2001 (fl, fr), G. Pereira-Silva et al.4900 (RB); Corumbá de 121

Goiás, ca. 10 km NE of Corumbá de Goiás, 1050 m, 15 May 1973 (fl, fr), W. R. Anderson

10365 (F, NY); Cristalina, RPPN Linda Serra dos Topázios, 16°45'S, 47°40'W, 18 Jun 1996

(fr), C. Proença et al. 1440 (UB); ibid., BR-040, posto fiscal, 12 Apr 1981 (fl, fr), G.

Hatschbach 43808 (MO); ibid., ca. 20 km N of Cristalina, 07 Mar 1966 (fl, fr), H. S. Irwin et al. 13687 (F, MO, NY, RB, UB); Formosa, BR-040, km 47, 9 Apr 1980, (fl.), A. C. Allem et al. 2637 (CEN, NY); ibid., ca. 51 km NE of North Brasilia loop along higway to Formosa, 16

Jul 1974 (fr), A. Lasseigne 4362 (F, MO, NY); ibid., km 10 da rodovia Formosa-Itiquira,

15°20'S, 47°15'W, 850 m, 25 Apr 1996 (fl), B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 2958 (EAC, NY,

RB); ibid., rio Tiquiri, 25 May 1967 (fl), E. H. Heringer 11434 (RB, UB); ibid., Fazenda J.

Teles, ca. 10 km NW of Formosa, near source of rio Paraná, 29 Apr 1966 (fl, fr), H. S. Irwin et al. 15481 (F, NY, UB); Goiânia, 26‒31 km S of Goiânia along Higway BR-153, 10 Apr

1976 (fl), G. Davidse et al. 12258 (MO, NY); Ipameri, margem esquerda do rio Corumbá em frente a estação de medição de vasão S-03, 23 Mar 1993 (fl), G. Pereira-Silva et al. 1253

(CEN, NY); Itumbiara, rodovia Itumbiara ‒ Rio Verde, à 25 km de Itumbiara, 550 m, 19 Apr

1978 (fl) G. J. Shepherd 7402-A (F); Jataí, ca. 50 km S of Caipônia, road to Jataí, 1000 m, 27

Jun 1966 (fr), H. S. Irwin et al. 17822 (F, K, UB, W); Leopoldo de Bulhões, 16°35'S,

48°45'W, 20 Mar 1989 (fl) D. Alvarenga et al. 161 (RB, UB); Luziânia, Fazenda Piguela

Rizzo, 19 Mar 1977 (fl), E. P. Heringer et al. 16938 (RB); ibid., fazenda Corumbá, margem esquerda do rio Corumbá, 16°19'41"S, 48°12'26"W, 820 m, 8 Apr 2003 (fl), G. Pereira-Silva

7450 (CEN); ibid., Santo Antônio do Descoberto, 26 Feb 1980 (fl), E. L. Heringer et al. 3484

(MO, NY); ibid., BR-040, próximo a uma granja entre Cristalina e Luziânia, 16°27'17"S,

47°48'22"W, 905 m, 10 Jun 2002 (fr), M. L. Fonseca et al. 3429 (RB, UB); Minaçu, without locality, 13°28'S, 48°23'W, 920 m, 10 Mar 1992 (fl), T. B. Cavalcanti 1108 (CEN, NY, RB);

Mineiros, Parque Nacional das Emas, 18 Feb 1990 (fl, fr), H. D. Ferreira 2523 (ESA); Monte

Alegre de Goiás, Serra da Atalaia, ca. 25 km by road SW of Monte Alegre de Goiás, 600‒800 122

m, 12 Mar 1973 (fl), W. R. Anderson 6878 (NY, UB); ibid., 2 km by road W of Monte Alegre de Goiás, 700 m, 13 Mar 1973 (fl), W. R. Anderson 6968 (F, NY, R, RB, UB); Montividiu, ca.

50 km S of Caiapônia on road to Jataí, 17°12'S, 51°47'W, 800‒1000 m, 26 Dec 1964 (fr), H.

S. Irwin & T. R. Soderstrom 7409 (F, NY); Mossâmedes, Serra Dourada, Estância Quinta da

Serra, 2 May 2008 (fl), S. C. Miranda 1102 (HUEG, UB); Mozarlândia, 14°50'S, 50°31'W, 2

Apr 1984 (fl), J. P. S. Lima 207 (RB); Niquelândia, 48 km da cidade em direção a Colinas de

Goiás, 14°23'53"S, 48°04'37"W, 484 m, 7 May 1998 (fl), M. A. Silva et al. 3784 (RB); ibid., estrada em direção à reserva do IBAMA, 14°29'46"S, 48°27'00"W, 14 Apr 1996 (fl), M. L.

Fonseca, et al. 885 (EAC, K, NY, RB); ibid., estrada para Colinas do Sul, 14°23'53"S,

48°04'37"W, 485 m, 7 May 1998 (fl, fr), M. L. Fonseca, et al. 1787 (RB); ibid.; 4 km da ponte de madeira, na estrada para a reserva do IBAMA, 14°29'46"S, 48°27'00"W, 13 Apr

1996 (fl), R. Marquete et al. 2482 (NY, RB); Nova Roma, estrada para Alto Paraíso de Goiás, ca. 7 km de ibid., 46°34'05"S, 13°47'00"W, 813 m, 24 Apr 2009 (fl), L. P. Queiroz et al.

14177 (HUEFS); Pirenópolis, without locality, 15°48'S, 49°00'W, 2 Apr 1984 (fl, fr), J. P. S.

Lima 209 (NY, RB); ibid., Serra de Pirenópolis morro da antena, 15°49'50"S, 48°58'08"W,

975 m, 18 Jul 2007 (fr), R. C. Forzza et al. 4496 (ESA, RB); ibid., Pousada Linda Vista,

15°51'58"S, 48°57'59"W, 850 m, 15 Mar 2002 (fl), R. C. Mendonça et al. 4767 (EAC, RB);

Planaltina de Goiás, BR-020, sentido Brasília-Planaltina, 15°35'00"S, 47°27'48"W, 1093 m,

21 Apr 2009 (fl, fr), D. Cardoso et al. 2510 (HUEFS, MO); Santa Terezinha de Goiás, 3.5 km by roads S of Terezina, 19 Mar 1973 (fr), W. R. Anderson 7505 (F, NY, P, UB); São João da

Aliança, 4 km by road E of São João da Aliança, ca. 1000 m, 24 Mar 1973 (fl) W. R.

Anderson 7870 (F, NY, R, RB); Uruaçu, Rio Maranhão, margem esquerda, 11 Mar 1999 (fl),

S. M. Verboonen 60 (CEN); Without municipality, Serra Dourada, [without complete date]

1969 (fl), A. Rizzo 4120 (RB); Without municipality, Serra Dourada, [without complete date]

1969 (fl), A. Rizzo 4155 (RB); Without municipality, Serra do Morcego, ca. 50 km NE of 123

Formosa, 800 m, 23 Apr 1966 (fl, fr), H. S. Irwin et al. 15294 (F, MO, NY, RB, UB, W);

Without municipality, côrrego Estrema, 35 km NW of Formosa, Goiás, 800 m, 18 Apr 1966,

(fr.), H. S. Irwin et al. 14991 (F, NY, UB); Without municipality, Serra do Morcego, corrego

Estrema, ca. 42 km. NE of Formosa de Goiás, 800 m, 20 Apr 1966 (fl), H. S. Irwin et al.

15161 (F, NY, UB); Without municipality, ca. 10 km S of Guará, 500 m, 18 Mar 1968 (fl, fr),

H. S. Irwin et al. 21392 (F, MO, NY, RB); Province Goyaz (Brésil), without municipality,

[without complete date] 1841 (fl), G. Gardner 3673 (E, F, K, MO, NY, P, W); Without municipality, Serra do Manuel [without complete date] (fl), J. E. Poll 1637 (F, W); Without municipality, próximo da Chapada das Mangabeiras, 08°47'S, 46°43'W, 18 Mar 1978 (fl), W.

N. Fonseca 84 (RB); Without municipality, próximo da Serra do Gomes, 08°40'S, 47°14'W,

18 Mar 1978 (fl), W. N. Fonseca 59 (RB).―MARANHÃO: Balsas, Serra do Penitente, 08°38'S,

46°36'W, 20 Mar 1978 (fl), C. A. Miranda 100 (RB); ibid., 08°32'S, 46°20'W, 21 Mar 1978

(fl), C. A. Miranda et al. 121 (RB); ibid., 07°13'S, 45°54'W, 21 Mar 1983 (fl), C. A. Miranda et al. 359 (RB); Buriti Bravo, Cipó do Dutra, 16 Apr 1979 (fl), E. Nunes & P. Martins s.n.

(EAC no. 5782); Codó, Fazenda Canto da Roça, 04°30'S, 43°54'W, 10 Apr 1982 (fl), I.

Silberbauer-Gottsberger 11-10482 (NY); Loreto, estrada para Loreto, 20 Apr 1980 (fl, fr), E.

Nunes & A. Fernandes s.n. (HUEFS no. 140953); ibid., at place called Picada, about 100 m S of the creek, 26 Mar 1962 (fl), G. Eiten & L. T. Eiten 3849 (NY); ibid., Ilha de Balsas, region between the Rio Balsas and Parnaíba, fazenda Morros, 400 m, 24 May 1962 (fl), G. Eiten &

L. T. Eiten 4674 (MO, NY, UB); Mirador, Parque Estadual do Mirador, 26 Dec 1998 (fl, fr),

G. M. Conceição s.n. (EAC no. 27382); ibid., 8 Apr 1998 (fl), L. P. Félix et al. 8074, (HST,

HUEFS); São Félix de Balsas, BR-320, km 235, 06°49'00"S, 44°48'41"W, 424 m, 16 May

2012 (fl, fr), C. Snak et al. 949 (HUEFS, RB); Tasso Fragoso, próximo de Tasso Fragoso, 25

Mar 1978, (fl, fr), W. N. Fonseca 141 (RB); Timon, without locality, 30 Jan 1981 (fl), A.

Fernandes et al. s.n. (HUEFS no. 125297); Without municipality, Chapada das Mangabeiras, 124

08°58'S, 46°54'W, 20 Mar 1978 (fl), J. S. Assis 5 (RB); ibid., 09°07'S, 46°59'W, 22 Mar 1978

(fl), J. S. Assis 66 (RB).―MATO GROSSO: Água Boa, BR-158, entroncamento Canarana km

20, 13°36'S, 52°06'W, 400 m, 13 Jul 1994 (fr), G. Pereira-Silva et al. 2373 (CEN, HUEFS,

RB); Alto Paraguai, Crista da Serra da Bocaina 15 km SW de Alto Paraguai, 14°37'S,

56°35'W, 20 May 1997 (fr), V. C. Souza et al.16558 (ESA, RB); Barra do Garças, without locality, 10 Apr 1958 (fl), Andrade Lima 58-3042 (IPA, K); ibid., 250 km along new road

NNE of village Xavantina, 2 Oct 1968 (fr), G. Eiten & L. T. Eiten 9016 (NY); ibid., região entre Barra do Garças e Campinápolis, 21 Feb 1997 (fl), G. Árbocz et al. 3307 (ESA); ibid.,

Eastern base of moutain, ca. 9 km NE of Barra do Garças, 400 m, 5 May 1973 (fl, fr), W. R.

Anderson 9725 (F, MO, NY, RB, UB); Campo Verde, Chapada dos Guimarães, road to rio da

Casca, 15°24'S, 55°43'W, 23 Mar 1996 (fl), B. Dubs 2137 (NY); Canarana, Reserva Indígena

Pimentel Bueno, 3 Ago 1981 (fr), G. Pereira-Silva & A. Gripp 271 (CEN); Chapada dos

Guimarães, Santa Anna da Chapada, [without complete date] (fl, fr), A. F. Regnell 3312 (F);

Cuiabá, trilha da Mata Fria, Coxiposinho, próximo à barra do Congonhas, Parque Nacional da

Chapada dos Guimarães, 15°23'80"S, 55°51'47"W, 21 Apr 2009 (fl, fr), L. C. P. Lima & N.

Salzstein 621 (HUEFS, RB); Diamantino, estrada do Diamantino, Serra do Tombador, Mar

1918 (fl, fr), J. G. Kuhlman 2038 (RB); Nobres, ca de 30 km NE de Nobres. BR-242, ca. 2 km do entroncamento com a BR-364/163. Crista da Serra de Caixa Furada, 14°32'S, 56°11'W,

19 May 1997 (fr), V. C. Souza et al. 16464 (ESA, RB); Nortelândia, BR-153, Próximo a

Nortelândia, 14°48'S, 49°17'W, 27 Mar 1978 (fl), J. G. Guimarães 114 (RB); Pedra Preta,

Rodovia BR-364, Serra da Petrolina, 16 Jun 1995 (fr), G. Hatschbach 62841 (HUEFS); Nova

Ubiratã, estrada para Boa Esperança, 13°33'57"S, 55°07'67"W, 7 May 1997 (fl), A.G. Nave et al. 1446 (ESA); Nova Xavantina, ca. 35 km S of Xavantina, 400 m, 12 Jun 1966 (fr), H. S.

Irwin 17059 (F, NY, UB); ibid., 84 km N of Xavantina, 2 Jun 1966 (fr), H. S. Irwin et al.

16452 (F, NY, UB, W); ibid., 400 m, 8 Jun 1966 (fr), H. S. Irwin et al. 16769 (F, MO, NY, 125

RB, UB); ibid., 2 km N of the Xavantina-São Félix road, 12°54'S, 51°52'W, 1 May 1968 (fl),

R. R. Santos et al. 1236 (E, K, MO, NY, P, RB, UB); ibid., c. 270 km N of Xavantina on the

Xavantina-São Felix, 12°54'S, 51°52'W, 9 Jul 1968 (fr), J. A. Ratter 2124 (K, MO, NY, P); ibid., Xavantina-Cachimbo, 105 km from Xavantina, 03 Mar 1966 (fl), D. R. Hunt 5770 (K,

MO, NY, P); ibid., rio Turvo, ca. 210 km N of Xavantina, Serra do Roncador, 500 m, 28 May

1966 (fr), H. S. Irwin et al. 16177 (F, MO, NY, UB); ibid., ca. 270 km N of Xavantina,

12°54'S, 51°52'W, 6 May 1968 (fl), J. A. Ratter et al. 1299 (E, K, MO, NY, P, RB, UB); ibid., km 265, Xavantina-Cachimbo, 3 Mar 1968 (fl), D. Philcox & A. Pereira 4405 (K); São José do Rio Claro, Fazenda Cachoeira de Pau, 13°52'S, 56°32'W, 14 Jul 1997 (fl, fr), V. C. Souza et al. 18123 (ESA, RB); Vila Bela da Santíssima Trindade, Serra de Ricardo Franco, trilha para a cachoeira Jatobá, 20 km NW de Vila Bela, 14°54'20"S, 60°03'40"W, 450, 21 Mar 2014

(fl), M. F. Simon et al. 2192 (CEN, NY, RB); Without municipality, Parque Nacional

Chapada dos Guimarães, 5 May 2005 (fr), R. D. Ribeiro & V. Maioli 499 (RB).―MATO

GROSSO DO SUL: Rio Verde de Mato Grosso, Rio Verde, Fazenda Anhumas do Rio Negrinho,

27 Dec 1973 (fl), D. Sucre 10464 (RB); ibid., 10 km SW of Rio Verde, 8 Feb 1975 (fl), W. R.

Anderson 11256 (MO, NY); ibid., 10 Feb 1974 (fl), G. Hatschbach et al. 33996 (NY); Três

Lagoas, estrada de Três Lagoas, 29 Jan 1979 (fl, fr), E. P. Heringer et al. 960 (NY).―MINAS

GERAIS: Água Boa, ca. 32 km W of Montes Claros, road to Agua Boa, 1000 m, 23 Feb 1969

(fl), H. S. Irwin et al. 23751 (F, K, NY, UB); Arinos, RPPN Veredas do Pacari, 15°16'22.8"S,

45°49'15.7"W, 750 m, 27 May 2004 (fr), M. L. Fonseca 5507 (RB); Brasilândia, without locality, 9 Apr 2002 (fl), S. M. Soares 483 (BHCB, SPF); Cabeceira Grande, sítio Santo

Antônio – Palmital, 16°08'03"S, 47°18'16"W, 8 Apr 2003 (fl), 900 m, A. A. Santos & J. B.

Pereira 1961(CEN); Capitão Enéas, Rodovia BR-365, 13 Apr 1992 (fl), G. Hatschbach & E.

Barbosa 56507 (CEPEC, F, MO, NY, SPSF); Corinto, ca. 12 km W of Corinto, 600 m, 2 Mar

1970 (fl), H. S. Irwin et al. 26734 (F, MO, NY, RB, UB); ibid., Beltrão, 13 Mar 1997 (fl), G. 126

Hatschbach et al. 66155 (K); Couto de Magalhães de Minas, Estrada Turmalina-Diamantina,

18°08'52"S, 43°30'12"W, 771 m, 10 Mar 2015 (fl, fr), W. M. B. São-Mateus et al. 333

(HUEFS); ibid., 18°08'52"S, 43°30'12"W, 771 m, 10 Mar 2015 (fl, fr), D. Cardoso 3756

(HUEFS); Delfinópolis, fazenda Zé Antunes, 20°26'04"S, 46°38'72"W, 841 m, 11 Apr 2001

(fl), R. A. Pacheco et al. 167 (HUEFS, HUFU, UB); Diamantina, ca. 25 km E. of Diamantina, near Rio Jequiti, 800, [without complete date] 1970, H. S. Irwin et al. 27554 (F, K, MO, NY,

RB); ibid., 25 km by road NE of Diamantina, 2 km of rio Jequiti, 790 m, 9 Apr 1974 (fl), W.

R. Anderson 8339 (NY); Felixlândia, 30 km de Felixlândia para Brasília, 19 Jun 1964 (fr), J.

M. Pires 57976 (K, NY); Francisco Dumont, Serra do Cabral, estrada entre a cidade e a fazenda Serra do Cabral, 22 Mar 1994, (fl), C. M. Sakuragui et al. CFCR 15342 (E, ESA,

HUEFS, NY, SPF); Ituiutaba, Fazenda dos Baús, 3 Apr 1949 (fl), A. Macedo 1813 (NY, SP); ibid., 25 Mar 1948 (fl), Macedo 1047 (MO, SP); Iturama, without locality, 12 Apr 1989 (fl),

D. Reuzian et al. 396 (UEC); Jaboticatubas, estrada para sede do IBAMA, vale do Cipó, 800 m, 24 May 1996 (fl), F. A. Vitta 288 (UEC); ibid., 800 m, 17 Apr 1997 (fl), F. A. Vitta et al.

425 (UEC); ibid., rodovia Belo Horizonte-Conceição do Mato Dentro, MG-010, estrada vicinal para a base do IBAMA a ca. 1.5 km da base, Parque Nacional Serra do Cipó,

19°20'53"S, 43°38'08"W, 820 m, 7 Mar 2002 (fl), J. R. Pirani et al. 5057 (NY, SPF); João

Pinheiro, without locality, 8 May 1981 (fl), E. P. Heringer 18153 (RB); ibid., BR-07 km 355,

26 Mar 1963 (fl), E. Pereira 7310 (RB); Joaquim Felício, Serra do Cabral, 10 km da cidade em direção a Várzea de Palma, 4 May 2003 (fl), E. D. Silva et al. 97, 99 (UEC); ibid., Serra do Cabral, 1200 m, 15 Apr 1996 (fl), G. Hatschbach et al. 64820 (BHCB, NY); ibid., 900 m,

24 Mar 2000 (fl), J. R. Pirani 4642 (NY, RB, SPF, UB); ibid., without locality, 17°43'48.1"S,

44°10'25"W, 13 Mar 1999, (fl), V. C. Souza & J. P. Souza 22146 (ESA, SPF, UEC); Lagoa

Santa, without locality, 24 Mar 1929 (fl), A. Ducke s.n. (RB no. 23374); ibid., APA Carste de

Lagoa Santa, 4 Mar 1996 (fl), A. E. Brina & L. V. Costa s.n. (BHCB no. 36605; SPF); ibid., 127

próximo a base Aérea, 16 Mar 1962 (fl), A. P. Duarte 6477 (F, NY, RB, UB); ibid., without locality, 30 Mar 1957 (fl), E. Pereira 2721 (RB); ibid., without locality, [without complete date], E. Warming s.n. (F no. 667647; NY, W); Matozinhos, área do IBAMA, 19°30'27.9"S,

43°57'18.3"W, 758 m, 30 Mar 2006 (fl), G. C. T. Ceccantini et al. 2724 (BHCB, SPF); ibid., mata ciliar do Rio das Velhas, 8 Mar 2007 (fl), J. C. F. Melo et al. 642 (BHCB, SPF); Nova

Ponte, 23 Feb 1997 (fl), E. Tameirão-Neto 2318 (BHCB); Ouro Preto, Cachoeira do Campo,

[without complete date] 1839 (fl, fr), P. Claussen & B. Delessert 10 (K); Paracatu, without locality, L. V. Costa s.n. (BHCB no. 24606; SPF); Perdizes, EPDA – Galheiro, céu do cavalo, próximo a torre de observação, 19°13'61"S, 47°08'59"W, 927 m, 27 Jun 2002 (fr), E. H.

Amorim et al. 107 (F, HUFU, UB); ibid.,11 Apr 2003 (fl), S. Mendes et al. 571 (F, HUFU,

UB); ibid., 10 May 2003 (fl), S. Mendes et al. 879 (F, HUFU); Presidente Olegário, fazenda

Vereda Grande, 1 Apr 1989 (fl, fr), T. S. M. Grandi 15707 (BHCB); Lagoa Santa, Santa Luzia km 36, 26 Feb 1933 (st), M. Barreto 5428 (BHCB, F, SP); ibid., 25 Mar 1933 (st), M. Barreto

5429 (BHCB, F, R, RB, SP); ibid., 3 May 1934 (fl, fr), M. Barreto 5705 (R, RB, UB);

Santana de Pirapama, Serra do Cipó, estrada para captação, 19°00'18"S, 43°46'06"W, 683 m,

15 Feb 2007 (fl), D. C. Zappi et al. 719 (ESA, RB, SPF); ibid., Serra do Cipó, acesso pela fazenda Inhame, estrada de terra ligando Capela de São José a Santana do Riacho,

18°59'60"S, 43°46'19"W, 714 m, 5 Mar 2009 (fl), D. C. Zappi et al. 1719 (RB, SPF); Sete

Lagoas, ponte da Taquara rio Paraopebas, 31 Mar 1958 (fl), E. P. Heringer 6339 (UB); Unaí,

Fazenda São Miguel (Grupo Votorantim), 950 m, 23 Apr 1992 (fr), B. A. S. Pereira & D.

Alvarenga 2059 (RB); Without municipality, Bresil – Province de Minas Gerais Voyage d'

Auguste de Saint-Hilaire, 1816 à 1821, [without date complete], (fl.), A. de Saint-Hilaire 347

(F, P); Without municipality, [without complete date] 1907, A. Glaziou & M. Claussen 9731

(P); Without municipality, Triângulo Mineiro, Vale do rio Araguai, 2188 m, 1 Mar 1994 (fl),

A. L. P. Mota 2188 (HUFU); Without municipality, Serra do Cipó, 4 Apr 1958 (fl), F. Atala 128

39, 52, 54 (R, RB); Without municipality, área da Barragem de Furnas, 7 Mar 1965 (fl), L.

Enujadio 2074 (R, RB); Without municipality, [without complete date], P. Claussen s.n. (RB no. 37861; F, K, NY); Without municipality, [without complete date] 1838, P. Claussen 950

(NY, P); Without municipality, [without complete date] 1892 (fl), A. Glaziou 19026 (K,

P).―PARÁ: Conceção do Araguaia, beira dos campos gerais, 7 Jul 1953 (fr), R. L. Fróes

29707 (P); São Geraldo do Araguaia, Parque das Andorinhas, próximo a foz do córrego

Samambaia, margem esquerda do rio Araguaia, 06°17'59"S, 48°25'10"W, 140 m, 21 Apr

2004 (fl), G. Pereira-Silva et al. 8916 (CEN).―PARAÍBA: Pedras de Fogo, without locality,

Jul 1928 (fl) B. Pickel 1710 (IPA); ibid., entre Aurora e Mamuabas, 10 Sep 1962 (fr), S.

Tavares 1028 (HST, UFP); ibid., próximo a fábrica Maguari, 29 Ago 1962 (fl), S. Tavares

986 (IPA, UFP). PERNAMBUCO: Itambé, without locality, 29 Dec 1950 (fl), D. Andrade-Lima

50-762 (IPA, UFP); ibid., without locality, Sep 1937 (fl), Vasconcelos-Sobrinho 581 (RB no.

93840).―PIAUÍ: Arraial, estrada para Arraial, 16 May 1981 (fl), M. R. Del’Arco & M. G. M.

Arrais s.n. (TEPB no. 1675); Baixa Grande do Ribeiro, Estação Ecológica de Uruçui-Una, 17

May 1984 (fl), A. Fernandes s.n. (EAC no. 12585); ibid., Estação Ecológica de Uruçui-Una,

17 Apr 1981 (fl), M. R. Del’Arco s.n. (TEPB no. 1656); Campo Maior, without locality, 16

Jun 1979 (fl), A. B. Sousa s.n. (TEPB no. 795); Floriano, localidade Manga, 4 Mar 2005 (fl),

A. M. Miranda 5003 (HUEFS, RB); Gilbués, without locality, 1 May 1979 (fl), M. R.

Del’Arco s.n. (TEPB no. 572); Itaueira, without locality, 22 Mar 1984 (fl, fr), R. P. Orlandi

592 (CEPEC, FLOR, IPA, RB); Landri Sales, entre Landri Sales e Antônio Almeida, 7 Jul

1980 (fr), A. Fernandes & E. Nunes s.n. (EAC no. 8812; HUEFS); Monte Alegre do Piuaí, 18

May 1997 (fl, fr), L. P. Félix 7882 (HST); Novo Santo Antônio, entre Santo Antônio e

Antônio Almeida, 7 Jul 1980 (fr), A. Fernandes & E. Nunes s.n. (HUEFS no.125288);

Piracuruca, Parque Nacional de Sete Cidades, 27 May 1997 (fl, fr), L. P. Félix & M. F. O.

Pires 7858 (HUEFS, HST); Ribeiro Gonçalves, localidade de Prata, 18 May 1984 (fl), A. 129

Fernades et al. s.n. (TEPB no. 4060); ibid., without locality, 11 Mar 2009 (fl), F. Gadelha et al. s.n. (HST no. 16156; HUEFS); ibid., without locality, 10 Mar 2009 (fl), S. M. C. Barbeiro et al. 2726 (HST); Uruçuí, without locality, 13 May 2009 (fl), A. M. Miranda & R. Costa

5921 (HUEFS, HST); Uruçuí, fazenda Tucum, 6 Feb 1975 (fl), F. B. Ramalho 370 (HST,

IPA); Without municipality, 13 Sep 1977 (fl), G. M. Barroso 50 (RB); Without municipality,

May 1939 (fl), G. Gardner 2111 (K).―RIO GRANDE DO NORTE: Coronel João Pessoa, Serra de São José, 660 m, 19 Jul 1991 (fr), M. A. Figueiredo et al. 282 (EAC).―SÃO PAULO:

Pedregulho, Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, 25 Feb 1993 (fl), E. E. Macedo 104

(HUEFS, SPSF); ibid., margem de estrada de terra no entorno do Parque Estadual do Bom

Jesus, 05 Apr 2004 (fl), A. B. Junqueira 179 (SPF); Without locality, 15 Jun 1875 (fr), Mosén

3857 (P); Without locality, [without date complete], W. J. Burchell 5128, 7059, 7302 (K, P);

Without locality, [without date complete] 1848, A. F. Regnell III-415 (K, P).―TOCANTINS:

Araguaína, ca. 15 km S of Araguaína, 300 m, 15 Mar 1968 (fl, fr), H. S. Irwin et al. 21196 (F,

MO, NY, RB, UB); Arraias, estrada vicinal no trevo de Arraias para Campos Belos (TO-050),

12°59'16"S, 46°56'57"W, 815 m, 8 Mar 2015 (fl), P. H. Labiak 5983 (RB); ibid., km 8-10 da rodovia para Campos Belos, 15 Feb 1990 (fl), G. Hatschbach & V. Nicolak, 54036 (K, MO);

Dianópolis, Bacia do Tocantins, Sub-bacia do rio Palma, 11°39'33"S, 46°43'36"W, 581 m, 1

Jul 2009 (fr), M. L. Fonseca et al. 5980 (EAC); Fazenda Santa Luz, à 7.5 km do asfalto,

07°21'49"S, 47°33'03"W, 180 m, 27 Feb 2005 (fl), G. Pereira-Silva et al. 9692 (CEN);

Goiatins, estrada Palmeirante–Goiatins, km 3.5, 07°23'57"S, 47°54'50"W, 210 m, 14 Jan 2010

(fl), G. Pereira-Silva & G. A. Moreira 14903 (CEN); Lagoa da Confusão, Ilha do Bananal,

Parque Nacional do Araguaia, 10°28'16"S, 50°28'59"W, 240 m, 20 Mar 1999 (fl), M. A. Silva et al. 4000 (RB); Miracema do Tocantins, without locality, 28 Jul 1964 (fr), G. T. Prance &

N. T. Silva 58444 (F, K, UB); Natividade, Serra de Natividade, coletas efetuadas na área das cachoeiras, 11°41'34"S, 47°42'07"W, 350 m, 6 Mar 2015 (fl), A. M. Amorim et al. 9316 130

(CEPEC, RB); ibid., arredores da cachoeira do Paraíso, ca. 14 km da cidade, 11°39'00"S,

47°41'19"W, 280 m, 3 Feb 2012 (fl), R. M. Harley et al. 56696 (HUEFS); Palmas, Serra do

Lajeado, 13 Apr 1994 (fl), A. E. Ramos & F. P. R. Jesus 664 (HEPH); ibid., 17 Mar 1994 (fl),

10°15'13"S, 48°05'45"W, F. Bucci et al. 153 (HEPH, UB); ibid., 10°07'28"S, 48°16'14"W, 21

Mar 1994 (fl), M. G. Nobrega 38 (HEPH); ibid., 02 Apr 1998 (fl), R. S. Oliveira & J. A. N.

Batista 307 (E); Palmeirópolis, estrada rio Mucambão–Palmeirópolis, km 06, 13°09'57"S,

48°17'18"W, 400 m, 7 May 2007 (fl), G. Pereira-Silva et al. 11659 (CEN); Pium, Parque

Nacional do Araguaia, 24 Jun 1979 (fr), F. C. Silva & D. Gifford 413 (UB); Presidente

Kennedy, road from higway BR-153 to Itaporã, 12 km, Fazenda Primavera, 31 Jan 1980 (fl),

T. Plowman et al. 8132 (NY); Santa Maroia do Tocantins, sub-bacia do rio Tocantins,

08°46'07"S, 48°00'48"W, 258 m, 29 Mar 2010 (fr), M. L. Fonseca et al. 6545 (HUEFS, RB);

Taguatinga, without locality, 12°27'S, 46°24'W, 21 Mar 1981 (fl), S. B. Silva 217 (UB);

Tupiratins, Bacia do Tocantins, 08°21'52"S, 48°08'50"W, 213 m, 24 Mar 2010 (fl), F. C. A.

Oliveira et al. 1780 (RB); Without state [without complete date] Bras. Occid. Tamberlink s.n.

(W no. 67674); Without state [without complete date] Martir Herbar Florae Brasil 587 (K,

W); Without state, In petrosis prope Aldea da Chapada, [without complete date] 1837, L.

Riedel 505 (K); Without state [without complete date], A. F. Regnell s.n. (K no. 892982);

Without state [without complete date], J. B. E. Pohl s.n. (K no. 500748); Without state,

Voyage au nord du Brésil [without complete date] 1877‒78, Dr. Jobert 1000 (P).

2. HARPALYCE CORRENTINA sp. nov. ined.

Shrubs up to 2 m tall, branches angulate, ferruginous-tomentose to glabrescent. Stipules ca.

1 × 1 mm, persistent, deltoid. Leaves 6‒18.5 cm long, 5‒9(‒11)-foliolate; petiole 0.3‒1 cm long, angular and slightly sulcate, ferruginous-tomentose; rachis 3‒7 cm long, ferruginous- 131

tomentose, interfoliolar segments (1.5‒)2‒3 cm long; pulvinules 1‒3 mm or subsessile; leaflets 3‒6 × 2‒3 cm, chartaceous to sub-coriaceous when mature, plane, widely oblong, ovate-lanceolate or occasionally ovate-oblong in the lateral leaflets or ovate, widely ovate or obelliptic in the apex leaflets, base cordate, apex rounded to emarginated, secondary veins conspicuous and reticulodromous, margins plane, upper surface puberulous to pubescent, lower surface lanulose with golden hairs. Inflorescence 4.5‒11 cm long, 12‒36-flowered, axillary or terminal racemes or panicles, in general smaller or the same size than the subtending leaf and usually with 1-leaflet in the base; bracts ca. 1.5 × 0.4 mm, caducous, triangular, base truncate, ferruginous-tomentose; bracteoles ca. 1 × 1 mm, caducous, deltoid, smaller than half the length of the calyx, attached at the along the pedicel. Flowers 2‒2.5 cm long; calyx outer surface ferruginous-tomentose, the vexillar lip ca. 2.5 × 0.6 cm, oblong, carinal lip c. 3 × 0.6 cm, narrowly oblong-lanceolate; petals orange, the standard petal 2.4‒2.5

× 2.3‒2.8 cm, widely obovate to orbicular, apex rounded, wing petals ca. 2 × 0.8 cm, widely oblong-spatulate, apex obtuse, keel petals ca. 2.6 × 0.5 cm, strongly falcate; stamens ca. 2.3 cm long, larger anthers ca. 3.2 × 0.8 mm, oblong, smaller anthers ca. 0.8 × 0.5 mm, oblong; gynoecium ca. 2.8 cm long, the ovary 8‒10 mm long, 10-ovulate, style 1.8‒2 cm long.

Legume ca. 5 × 1.1 cm, base attenuate, brownish, slightly reticulate. Seeds 12, ca. 7 × 3 mm, oblong; testa red-brown. Figure 2D‒E.

Distribution and Habitat―Harpalyce correntina is found only in the western region

(municipalities of Cocos and Correntina) of the Brazilian state of Bahia in open savannas on reddish sandy soil, between 750‒840 m of elevation (Fig. 5).

Phenology―Flowering specimens have been recorded from January to April, and fruiting in January to July.

Conservation Status―Harpalyce correntina is evaluated as Endangered [EN, B1b(i,ii,iii)

+ 2b(i,ii,iii)], with EOO 4,141 km2 and AOO 24 km2. It has a narrow geographic distribution 132

in fragmented areas, where agricultural activities might impact the only known six populations that grow mainly near roadsides along BR-020 and BR-349.

Notes―Harpalyce correntina is morphologically similar to H. speciosa mainly by having usually 7-foliolate leaves, leaflets cordate at the base and with reticulodromous venation, inflorescence mostly subtended by a unifoliolate leaf, and flowers larger than 2 cm long. In addition to being phylogenetically distinct from H. speciosa (Fig. 1), H. correntina is remarked by the branches, rachis, and inflorescences axis with ferruginous hairs (vs. indumentum cinereous in H. speciosa), deltoid stipules (vs. narrowly triangular), smaller petioles measuring 0.3‒1 cm long (vs. 3‒4 cm long), the carinal calyx lip narrowly oblong- lanceolate (vs. ovate-oblong to elliptic-oblong), and pods with slightly reticulate valves (vs. strongly rugose-reticulate). Furthemore H. correntina is morphologically similar to H. hilariana by the petioles smaller than 2 cm long and mainly by the leaflets cordate at the base and with reticulodromous venation.

Additional Specimens Examined―Brazil.―BAHIA: Cocos, estrada vicinal para a sede da

Fazenda Sussuarana, cerrado stricto sensu em platô de Chapada, 792 m, 22 Mar 2018 (fl, fr),

E. O. Moura 1900 (UB); Correntina, BR-349, ca. 45 km ao leste do entroncamento com a

BR-020 e ca. 127 km de Correntina, 13°39'16"S, 45°42'27"W, 839 m, 19 Jan 2008 (fl), R. M.

Harley et al. 55738 (HUEFS); ibid., BR-349, km 220, 13°37'18"S, 45°16'00"W, 765 m, 14

Jan 2000 (fl), E. de Melo & F. França 3281 (FLOR, HUEFS); ibid., 27 km do entroncamento com BR-020 e BR-349, 13°43'09"S, 45°55'17"W, 822 m, 1 Apr 1997 (fl, fr), R. M. Harley et al. 28589 (HUEFS); ibid., BR-349 depois da divisa com Goiás ca. 64 km depois da entrada para Correntina, 13°43'S, 45°02'W, 3 Jan (fl), M. M. Castro-Silva & I. F. Castro 1401

(HUEFS); ibid., ca. 46.3 km W de Correntina na estrada para Brasília, 13°31'09"S,

45°00'57"W, 760 m, 16 Feb 2000 (fl), L. P. de Queiroz et al. 6074 (ALCB, CEPEC, HUEFS); ibid., Rodovia Santa Maria da Vitória a Brasília, km 190, 21 Jan 1997 (fl), G. Hatschbach et 133

al. 66079 (K); ibid., Fazenda Jatobá, 18 Jul 1992 (fr), M. A. da Silva et al. 1515 (IBGE); ibid.,

Fazenda Jatobá, 9 Jan 1991 (fl, fr), A. V. Rezende et al. 120 (IBGE, UB).

134

Fig. 2. Morphological diversity of Harpalyce in Brazil. A‒C. Harpalyce brasiliana (from D. Cardoso et al. 3756). A. Detail of the leaflet lower surface showing of indumentum. B. Flower. C. Fruit. D‒E. Harpalyce correntina (from E. O. Moura 1900). D. Detail of the lower surface showing of indumentum. E. Flower. F‒G. Harpalyce lanata (from D. Cardoso 3660). F. Flowering branch. G. Flower. Photos: A‒C and F‒G by Domingos Cardoso; D‒E by Edwesley de Moura. 135

Fig. 3. Morphological diversity of Harpalyce in Brazil. A‒C. Harpalyce magnibracteata (from D. Cardoso 3630). A. Detail of leaf-like, amplexicaul bracts in the inflorescence axis. B. Flower. C. Fruit. D‒F. H. parvifolia (from D. Cardoso 3860). D. Leaf showing detail of the leaflets. E. Flower. F. Fruit. G‒H. H. riparia (from D. Cardoso & Q. C. Santos 4092). G. Flower. H. Fruit. I. H. tombadorensis (from M. Simon et al. 2511). I. Flower. Photos: A‒C, D‒F, and G‒H by Domingos Cardoso; I by Marcelo Simon. 136

3. HARPALYCE HILARIANA Benth., Fl. Bras. 15(1): 51. 1859.―TYPE: BRAZIL. Minas Gerais,

“prope Chapada in districtu Adamantium”, Sep 1819, A. de Saint-Hilaire C1559

(lectotype: P!; isolectotype: F [fragment]!, P!).

Shrub semi-erect, 1.5 m tall, branches sulcate, ferruginous-tomentose. Stipules not seen.

Leaves 5‒7.5 cm long, 1‒3(‒5)-foliolate; petiole 1‒1.8 cm long, angulate, ferruginous- tomentose; rachis 3‒6 cm long, ferruginous-tomentose, interfoliolar segments ca. 2 cm long; pulvinules ca. 2 mm long; leaflets (1‒)3‒7, 5‒8 × 4.5‒6 cm, coriaceous, plane, ovate- lanceolate to widely ovate-lanceolate, base cordate, apex acute, secondary veins conspicuous and reticulodroumous, margins plane, upper surface densely puberulous with ferruginous hairs, lower surface densely ferruginous-pubescent. Inflorescence ca. 13 cm long, 10- flowered, terminal panicles, longer than the subtending leaf, 1-foliolate leaf in the base; bracts ca. 1.5 × 1.5 mm, deltoid, base truncate, ferruginous-tomentose, caducous; pedicels ca. 0.8 cm long, slender, ferruginous-tomentose; bracteoles 3‒4 × 0.5 cm, lanceolate, smaller than half the calyx length of the calyx, attached along the pedicel, caducous. Flower 2‒2.5 cm long; calyx outer surface densely villous with yellow hairs, the vexillar lip 1.8‒2.5 × 0.4‒0.5 cm, lanceolate, carinal lip 1.7‒2 × 0.4‒0.5 cm, oblong; petals atropurpureous, the standard petal

2.0‒2.6 × 1.5‒1.7 cm, ovate, apex rounded, wing petals 1.3‒2 × 0.4‒0.5 cm, obovate, apex widely obtuse, keel petals 2‒2.3 × 0.5‒0.6 cm, narrow oblong-falcate; stamens ca. 2 cm long, larger anthers ca. 1.5 × 0.5 mm, ovate, smaller anthers ca. 1 × 0.5 mm, ovate; gynoecium ca.

2.2 cm long, the ovary ca. 7 mm long, ca. 15-ovulate, style ca. 1 cm long. Legume ca. 5 × 1.4 cm, base attenuate, rugose, brownish when mature. Seeds ca. 10, ca. 5 × 2 mm, oblong; testa brownish. 137

Distribution and Habitat―Harpalyce hilariana has been collected only in the state of

Minas Gerais, growing in rupestrian grasslands (campos rupestres) on quartzite rocky outcrops, between 800‒930 m of elevation (Fig. 5).

Phenology―Flowering specimens have been recorded in February and September, and fruiting in April.

Conservation Status―Harpalyce hilariana may be considered Endangered [EN,

B2a,b(ii,iv)], with an AOO of 12 km2. Although EOO was estimated in 6,842 km2, this parameter is not a good indicator to consider this species as Vulnerable (VU) because H. hilariana is only known from three populations in two isolated localities, but this result can be caused by to the little fieldwork mainly in the areas of rupestrian grasslands.

Notes―Harpalyce hilariana is morphologically similar to H. correntina by the petioles smaller than 2 cm long and leaflets cordate at the base and with reticulodromous venation. In addition to being phylogenetically distinct from H. correntina (Fig. 1), H. hilariana is also readily distinguished by the combination of stipules early caducous (vs. stipules persistent in

H. correntina), coriaceous leaflets densely ferruginous-pubescent on the lower surface (vs. chartaceous to sub-coriaceous, lower surface lanulose and with golden hairs), inflorescence usually longer than the subtending leaf (vs. inflorescence in general smaller or the same size than the subtending leaf), lanceolate bracteoles measuring 3‒4 mm long (vs. deltoid, ca. 1 mm long bracteoles), calyx outer surface densely villous (vs. ferruginous-tomentose).

Furthermore, their geographic distribution do not overlap, with H. hilariana occurring in the campos rupestres on the mountaintops of the Espinhaço range in Minas Gerais, whereas H. correntina in only known from the cerrado (savanna-like) vegetation of western Bahia.

Additional Specimens Examined―Brazil.―MINAS GERAIS: Lagamar, Reserva Vegetal da

Companhia Mineira de Metais, 26 Apr 2003, (fr.), A. S. S. Alves et al. 309 (BOTU, HUFU);

Santana do Riacho, próximo da fazenda Boa Vista, 930 m, 17 Feb 1982 (fl.), G. P. Lewis et 138

al. s.n. (SPF no. 39898); 7‒12 km N de Santana do Riacho, camino a Lapinha, 19°10'S,

43°41'W, 800 m, 11 Feb 1991 (fl.), M. M. Arbo 4849 (K, SPF).

4. HARPALYCE LANATA L.P. Queiroz, Kew Bull. 53: 985. 1998.―TYPE: BRAZIL. Bahia,

Abaíra, Funil, próximo ao rio da Água Suja, 13°22'S, 41°45'W, 850 m, 16 Dec 1992, W.

Ganev 1659 (holotype: HUEFS!; isotypes: K!, ESA!, NY!, SPF!).

Shrub 0.5‒2 m tall, multi-stemmed, branches cylindrical, usually with a zig-zag pattern, densely wooly with cinereous hairs. Stipules 7‒12 × 1‒1.5 mm, persistent, linear. Leaves

(5.5‒)7‒10 cm long, 19‒35-foliolate; petiole 0.2‒0.4 cm long, wooly with cinereous hairs; rachis 3‒7(‒11) cm long, wooly, interfoliolar segments 0.3‒0.5 cm long; pulvinules sub- sessile ca. 0.5 mm long; 1‒1.9 × 0.2‒0.3(‒0.6) cm, coriaceous, plane, oblong to oblong-linear, base cuneate, apex acute, secondary veins 3‒4 pairs, conspicuous, camptodromous, margins strongly revolute, upper surface lanate to glabrescent, lower surface strongly villous.

Inflorescence ca. 3 cm long, 1‒3-flowered, terminal subumbelliform, smaller than the subtending leaf; bracts not seen; pedicels ca. 1 cm long, thick, villous with golden hairs; bracteoles 18‒27 × ca. 1 mm, linear, larger than half the length of the calyx, attached at the base of the calyx, persistent. Flower 2.5‒2.8 cm long, calyx outer surface wooly with golden hairs, the vexillar lip 2‒2.2 × 0.6‒0.8 cm, ovate-oblong, carinal lip 2‒2.2 × 0.4‒0.5 cm, ovate- lanceolate; petals dark red, the standard petal ca. 2 × 2.1 cm, suborbicular, apex emarginated, wing petals ca. 1.5 × 0.6 cm, oblong-obovate, apex rounded, keel petals ca. 1.3 × 0.3 cm, narrowly oblong; stamens 1.3‒1.5 cm long, larger anthers ca. 2.5 × 0.5 mm, ovate, smaller anthers ca. 1 × 0.5 mm, ovate; gynoecium ca. 2.7 cm long, the ovary 7‒8 mm long, 9‒11- ovulate, style 1.9-2.1 cm long. Legume 3.5‒4.2 × 1.2‒1.4 cm, base attenuate, atropurpureus 139

when mature and strongly rugose. Seeds 6‒10, 4‒5 × 2.5‒3.5 mm, ovate, testa light brown.

Figures 2F‒G, 4A‒D.

Distribution and Habitat―Harpalyce lanata is endemic to southern Chapada Diamantina in Bahia (Fig. 5). It occurs exclusively in campos rupestres associated with sandy soil and quartzite rocks, between 850‒1600 m of elevation.

Phenology―Flowering specimens have been recorded in May, July and December, and fruiting in January, April and July.

Conservation Status―Despite H. lanata is also known to occur inside Chapada

Diamantina National Park, it is assessed here as Endangered [EN, B1b(i,ii,iii), + 2b(i,ii,iii)], because of the estimated EOO of 478 km2 and AOO of 24 km2, as well as the only six populations ever recorded since its discovery 20 years ago.

Notes―Harpalyce lanata is geographically and phylogenetically close to the recently described H. riparia from Chapada Diamantina, but they are largely distinct morphologically

(see taxonomic discussion on the notes of H. riparia). Harpalyce lanata is easily confused with H. parvifolia because of their shared shrubby habit, terminal branches usually with a zig- zag branching pattern, petioles shorter than 0.6 cm long, 19‒35-foliolate, the leaflets with the revolute margins, and inflorescence smaller than the subtending leaf. However, H. lanata can be differentiated mainly by the branches, axes of the inflorescence, and calyx densely wooly

(vs. tomentose to glabrous in H. parvifolia), larger stipules measuring 7‒12 mm long (vs. stipules 2‒5 mm long), bracteoles 18‒27 mm long (vs. bracteoles 12‒15 mm long), inflorescences terminal, subumbelliform, and with flowers larger than 2.5 cm long (vs. axillary racemes with flowers up to 2 cm long) (Fig. 4A‒D). Furthermore, H. lanata is endemic to southern Chapada Diamantina in Bahia state whereas H. parvifolia occurs only in the Serra de Grão Mogol in Minas Gerais state. 140

Additional Specimens Examined―Brazil.―BAHIA: Abaíra, campos da Serra do Bicota,

13°19'S, 41°51'W, 1600 m, 25 Jul 1992 (fl), W. Ganev 714 (HUEFS, K, NY, SPF); ibid.,

13°20'S, 41°51'W, 1300‒1420 m, 15 Dec 1993 (fl), W. Ganev 2674 (ALCB, E, HUEFS, K,

NY, SPF); ibid., 1200‒1600 m, 9 Jul 1995 (fl) F. França et al. 1310 (CEPEC, HUEFS); ibid.,

13°19'S, 41°51'W, 1200‒1400 m, 23 Jul 1994 (fl), W. Ganev 3423 (HUEFS, K, SPF); ibid.,

Catolés, no morro do vira-saia, 13°19'S, 41°51'W, 31 May 2003 (fl), M. J. G. Andrade, et al.

359 (HUEFS); ibid., Catolés, caminha Capão–Bicota, garimpo novo do Bicota, 13°20'S,

41°51'W, 1400 m, 21 Apr 1992 (fr), W. Ganev 160 (HUEFS, K); ibid., Distrito de Catolés,

Funil próximo ao Rio Água Suja, 13°22'S, 41°45'W, 850 m, 1 Dec 1992 (fl), W. Ganev s.n.

(FLOR no. 41576); ibid., Catolés, Guarda-Mor, 12 Dec 2009 (fl), P. L. R. de Moraes 3013

(HUEFS, MO); ibid., encosta Serra do Sumbaré, pelo Belo Horizonte – Jambreiro, 13°18'S,

41°52'W, 1200‒1400 m, 15 Dec 1993 (fl), W. Ganev 2654 (HUEFS, K, NY, SPF); ibid., Serra da Serrinha, caminho Capão – Serrinha – Bicota, 13°19'S, 41°51'W, 1200‒1450 m, 26 Apr

1994 (fr), W. Ganev 3129 (HUEFS, K, NY, SPF); Ibicoara, gerais do Macho Bongo, 13°13'S,

41°16'W, 1050 m, 5 Jul 2012 (fl), A. A. Conceição 4156 (HUEFS); Mucugê, Serra do Gobira, acesso pela BA-142 sentido Mucugê-Ibicoara, ramal da fazenda Caraíba em direção a comunidade Capão do Correia, 13°05'43.4"S, 41°21'34.6"W, 1247 m, 25 Jan 2015 (fr), W. M.

B. São-Mateus & D. Cardoso 328 (HUEFS); ibid., 13°05'43.4"S, 41°21'34.6"W, 1247 m, 25

Jan 2015 (fr), D. Cardoso 3660 (HUEFS); ibid., 13°05'S, 41°22'W, 1247 m, 16 Sep 2006 (st),

D. Cardoso et al. 1393 (HUEFS).

141

Fig. 4. Morphology of Harpalyce lanata (A‒D) and H. lepidota (E‒G). A. Flowering branch. B. Lower surface of the leaflet showing detail in the margin revolute. C. Inflorescence. D. Bracteole. E. Flowering branch. F. Floral bud. G. Fruit. A‒D. Based on W. M. B. São-Mateus & D. Cardoso 328 (HUEFS); E‒F. Based on H. S. Irwin & T. R. Soderstrom 6231 (UB); G. Based on R. P. Belém & J. M. Mendes 42 (UB). Drawings by Gustavo Surlo.

142

Fig. 5. Geographical distribution of Harpalyce brasiliana, H. correntina, H. hilariana, and H. lanata. 143

5. HARPALYCE LEPIDOTA Taub., Bot. Jahrb. Syst. 21: 436. 1896.―TYPE: BRAZIL. Distrito

Federal [Goiaz], “Habit in locis Cerrados dictis ad Sobradinho in ditione superior

fluminis Maranhão”, Aug 1892, E. H. G. Ule 2844 (holotype: B† [not found and

possibly destroyed]; lectotype: R!, designated here; isolectotypes: HBG!, F [fragment]!,

P 02141725!, P 02141726!).

Slender shrub 1‒1.5 m tall, branches cylindrical, erect, densely pubescent, with ferruginous hairs. Stipules 1.5‒2 × 0.5‒1 mm, persistent, triangular. Leaves 5.5‒7(‒9.5) cm long, (3‒)7‒

11(‒13)-foliolate; petiole 0.5‒1 cm long, vertically compressed, sulcate, ferruginous- tomentose; rachis 2.3‒6.8 cm long, pubescent-ferruginous, interfoliolar segments 0.6‒1.1 cm long; pulvinules 0.5‒1.5 mm long; 1‒3(‒3.9) × 0.2‒0.6 cm, subcoriaceous, plane, narrowly elliptic to elliptic-lanceolate, base cuneate, apex acute to acute-mucronate, secondary veins 8‒

10 pairs, slightly conspicuous to inconspicuous, camptodromous, margins plane, upper surface puberulous and with yellowish, globose peltate glands when mature, lower surface densely puberulous and with yellow hairs. Inflorescence 2.5‒5 cm long, 3‒5-flowered, axillary racemes, usually longer than the subtending leaf, 1‒5-foliolate leaf in the base; bracts ca. 7 × 1.5 mm, ovate-oblong, base rounded, puberulous, caducous; pedicels 0.3‒0.5 cm long, slender, densely pubescent-ferruginous; bracteoles 2‒2.5 × ca. 0.2 mm, linear, smaller than half the calyx length, attached submedially along the pedicel , persistent. Flower ca. 1.8 cm long, calyx outer surface densely pubescent with ferruginous hairs, the vexillar lip 1.6‒1.9 ×

0.5‒0.6 cm, ovate-oblong, carinal lip 1.5‒1.8 × 0.5‒0.6 cm, ovate; petals pinkish, the standard petal 1.4‒1.8 × 1.5‒1.7 cm, ovate, apex retuse, wing petals 1‒1.2 × 0.4‒0.5 cm, obovate, apex widely obtuse, keel petals 1‒1.2 × 0.3‒0.5 cm, narrow oblong-falcate; stamens 1.5‒2 cm long, larger anthers ovate ca. 2.5 × 0.5 mm, ovate, smaller anthers ca. 1 × 0.5 mm, ovate; gynoecium ca. 1.8 cm long, the ovary ca. 8 mm long, 16‒20-ovulate, style ca. 1 cm long. 144

Legume ca. 4.5 × 0.9 cm, base attenuate, green when young and black and strongly rugose when mature. Seeds 10‒12, ca. 5 × 2 mm, oblong, testa red-brown. Figure 4E‒G.

Distribution and Habitat―Harpalyce lepidota is narrowly endemic to cerrado vegetation locally known as campo limpo úmido in the Federal District of Brazil, where it grows between

1000‒1200 m of elevation (Fig. 7).

Phenology―Flowering specimens have been recorded from August to December, and fruiting January, December and April.

Conservation Status―The narrow distribution of H. lepidota with an estimated EOO of only 400 km2 and AOO of 16 km2 led us to consider the species as Endangered [EN,

B1a,b(i,ii,iii), + 2a,b(i,ii,iii)]. This species is known by few populations growing approximately 15 km apart and only one of them is located in an protected reserve at Reserva

Biológica da Contagem in the municipality of Sobradinho.

Notes―Harpalyce lepidota is easily recognized distinct by the narrowly elliptic to elliptic- lanceolate leaflets (Fig. 4E‒G). Despite its closer phylogenetic affinity with H. speciosa (Fig.

1), H. lepidota is morphologically most similar to H. lanata and H. parvifolia by having linear bracteoles and up to five flowers borne on short inflorescences that are smaller than 5 cm long. However, H. lepidota can be distinguished from H. lanata by the combination of smaller stipules measuring 1.5‒2 mm long (vs. 7‒12 mm long), leaflets with plane margins

(vs. margins strongly revolute), and flowers smaller than 1.8 cm long (vs. 2.5‒2.8 cm long).

Main differences of H. lepidota from H. parvifolia are the leaves with up to 13 leaflets (vs.

19‒43-foliolate), interfoliolar segments 0.6‒1.1 cm long (vs. 0.4‒0.5 cm long), leaflets subcoriaceous with apex acute to acute-mucronate (vs. leaflets coriaceous, the apex rounded to obtuse), pedicel 0.3‒0.5 cm long (vs. 1‒1.3 cm long), bracteoles 2‒2.5 mm long (vs. 12‒15 mm long), and pods with strongly rugose valves when mature (vs. pods with valves finely reticulate-rugose when mature). 145

We choose as the lectotype the specimen preserved in Brazil’s R herbarium because it has all diagnostic features of the species and was more accessible to our detailed morphological assessment.

Additional Specimens Examined―Brazil.―DISTRITO FEDERAL: Brasília, ao lado do

Palácio da Municipalidade, 9 Sep 1969 (fl, fr), E. P. Heringer et al. 9016 (NY, SP); ibid.,

Fundação Zoobotânica, 10 Dec 1961 (fl), E. P. Heringer 8797 (HEPH, UB); ibid., entre

Brasília e a zona de calcário, 26 Apr 1963 (fr), J. M. Pires et al. 9419 (RB); ibid., região de

Palma, 15°34'S, 48°02'W, 6 Sep 1982 (fl), C. Proença & J. H. Kirkbride 193 (UB); ibid., rodovia DF-005, 16 Dec 1964 (fr), R. P. Belém & J. M. Mendes 42 (IPA, NY, UB);

Planaltina, Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC), bloco D, exp. 112, área de Chapada, 1 Sep 1980 (fl), J. C. S. Silva 272 (CEN); Sobradinho, Chapada da Contagem,

15°35'30"S, 47°42'30"W, 6 Nov 1981 (fl), G. Pereira-Silva 311 (CEN); ibid., near

Sobradinho, ca. 20 km E of Brasília, 14 Sep 1964 (fl), H. S. Irwin & T. R. Soderstrom 6231

(F, K, NY, MO, RB, UB); ibid., 14 Sep 1964 (fl), H. S. Irwin et al. 8713 (F, NY); ibid., road to Fercal, W of Sobradinho, 5 km by road of Brasília–Fortaleza, 29 Mar 1973 (st), W. R.

Anderson 7968 (NY, UB); ibid., Reserva Biológica da Contagem, 15°39'04"S, 41°51'24"W, 2

Sep 2011 (fl), M. R. V. Zanatta et al. 765 (UB); ibid., without locality, 20 Sep 1964 (fl), E. P.

Heringer 9840 (NY, UB); ibid., without locality, s.d. Oct 1964 (fl), G. M. Barroso 545 (RB,

UB); ibid., without locality, 5 Jan 1966 (fl), H. S. Irwin et al. 11400 (NY, UB).

6. HARPALYCE MACEDOI Cowan, Brittonia 10: 31. 1958.―TYPE: BRAZIL. Tocantins

[Goiás], Natividade, Serra, 20 Jul 1955, A. Macedo 3842 (holotype: US!; isotype: RB!).

Shrub ca. 1.5 m tall, branches strongly angular and sulcate, densely pubescent, grayish, with short, erect and adpressed hairs. Stipules ca. 0.8 × 0.5 mm, persistent, triangular. Leaves 146

4.5‒11 cm long, (5‒)7‒13-foliolate; petiole (1.2‒)1.4‒2.8 cm long, vertically compressed, strongly sulcate, pubescent-grayish; rachis 3‒9 cm long, grayish, interfoliolar segments 1‒1.4 cm long; pulvinules ca. 2 mm; leaflets (2.5‒) 3.5‒4.5 × (1.5‒) 1.8‒2.5 cm, subcoriaceous, plane, widely oblong, base rounded, apex emarginate-mucronate to rounded-mucronate, secondary veins 7‒10 pairs, conspicuous, eucamptodromous, margins plane, upper surface puberulous with grayish hairs or glabrous, lower surface densely pubescent with grayish hairs.

Inflorescence 4‒10 cm long, 10‒30-flowered, axillary racemes or terminal panicles, usually longer than the subtending leaf; bracts ca. 1 × 1 mm, triangular, base truncate, tomentose with grayish hairs, caducous; pedicels 0.4‒0.7 cm long, think, velutinous-sericeous with golden hairs; bracteoles ca. 1 × 0.5 mm, triangular, smaller than half the calyx length, inserted at the base of the calyx, persistent. Flower ca. 2.3 cm long; calyx outer surface velutinous-sericeous with ferruginous hairs, the vexillar lip ca. 2.2 × 0.7 cm, ovate-oblong, carinal lip ca. 2.2 × 0.6 cm, oblong-ovate; petals dark coral, the standard petal ca. 1.9 × 1.9 cm, suborbicular, apex rounded, wing petals ca. 1.4 × 0.7 cm, widely obovate, obtuse, keel petals 2 × 0.4 cm, oblong- falcate; stamens ca. 1.7 cm long, larger anthers ca. 2 × 1 mm, ovate-oblong, smaller anthers ca. 1 × 1 mm, elliptic; gynoecium ca. 1.8 cm long, the ovary ca. 6 mm long, 8-ovulate, style ca. 1.2 cm long. Legume ca. 5.5 × 1 cm, base attenuate, black when mature and slightly rugose. Seeds ca. 10‒12, ca. 5.5 × 3 mm, oblong, testa light brown. Figure 6A‒C.

Distribution and Habitat―Harpalyce macedoi is known from just two collections in nearby localities in the state of Tocantins, where it occurs in “campo sujo” phytophysiognomy of cerrado at elevations around 550 m along the Tocantins river valley (Fig. 7).

Phenology―Flowering and fruiting in July.

Conservation Status―Harpalyce macedoi is assessed as Data Deficient (DD) because it is still poorly known in herbarium collections and from a region that is botanically underexplored. This is a rare species with its first specimen collected in 1955 at municipality 147

of Natividade and then it was recorded only in 2009 at municipality of Porto Alegre do

Tocantins.

Notes―Harpalyce macedoi is strongly supported within a clade comprised H. hilariana,

H. lepidota, and H. speciosa (Fig. 1), all of which from the savannas of Central Brazilian

Plateau. Additionally, most of them share the small-sized shrubby habit, diminute and triangular stipules, leaves mostly 7-foliolate, and inflorescences basally subtended by a leaf.

However, H. macedoi can be easily recognized by its unique grayish hairs covering the branches, leaflets, and inflorescences as well as the very smal bracteoles measuring up to 0.8 mm long (vs. > 1 mm long in all other species of the genus) (Fig. 6A‒C).

Harpalyce macedoi is sometimes confused with the phylogenetically unrelated H. brasiliana because of their similar angular and sulcate branches and leaflet size, but it differs by having 1.2‒2.8 cm long petioles (vs. 0.2‒1 cm long), subcoriaceous leaflets with puberulous or glabrous upper surface (vs. chartaceous and tomentose, velutinous to sericeous above), smaller flowers measuring ca. 2.3 cm long (vs. flowers larger than 2.8 cm long).

Additional Specimen Examined―Brazil.―TOCANTINS: Porto Alegre do Tocantins, Bacia do Tocantins, sub-bacia do rio Balsas, (T-9, 9 km da área 3, Ponto 20), estrada para ponte

Alta, entrada após Cachoeira da Fumaça, 11°05'26"S, 46°52'00"W, 546 m, 4 Jul 2009 (fl, fr),

M. L. Fonseca 6070 (IBGE). 148

Fig. 6. Morphology of Harpalyce macedoi (A‒C), H. minor (D‒E) and H. parvifolia (F‒H). A. Flowering branch. B. Stipule. C. Inflorescence. D. Flowering branch. E. Fruit. F. Flowering branch. G. Rachis, colleters between the base of the pulvinules and upper surface of the leaflets. H. Inflorescence. A‒C. Based on M. L. Fonseca 6070 (IBGE); D‒E. Based on W. M. B. São-Mateus et al. 329 (HUEFS); F‒H. Based on D. Cardoso 3860 (HUEFS). Drawings by Gustavo Surlo. 149

7. HARPALYCE MAGNIBRACTEATA São-Mateus, D.B.O.S. Cardoso & L.P. Queiroz, Phytotaxa

246: 122. 2016.―TYPE: BRAZIL. Bahia, Macaúbas, estrada para o povoado de Santa

Cruz em direção a torre de telefonia, cerrado de altitude, 13°18'21.4"S, 42°54'45.1"W,

831 m, 23 Jan 2015 (fl, fr), W.M.B. São-Mateus, D. Cardoso & J.M.F. Santos 325

(holotype: HUEFS!; isotypes: ALCB!, CEPEC!, K!, NY!, RB!, UFRN!).

Shrub multi-stemmed, 1‒2.5 m tall, branches cylindrical, flexuous, densely tomentose or velutinous with ferruginous or whitish hairs. Stipules 1.2‒2 × ca. 1 mm, persistent, triangular.

Leaves 5‒13.5 cm long, 7‒11-foliolate; petiole 0.8‒1.4 cm long, slender, ferruginous- sericeous; rachis (2‒)3‒6.3 cm long, ferruginous-tomentose, interfoliolar segments 0.8‒1.6 cm long; pulvinules 2‒3 mm long; leaflets 1.4‒2.3(‒3.5) × 1‒1.6 cm, chartaceous, plane, oblong-elliptic, elliptic to obovate-oblong, base rounded, apex retuse to rounded, secondary veins 4‒7(‒8) pairs, conspicuous, eucamptodromous, margins plane, upper surface sparsely to densely pubescent, lower surface velutinous and with ferruginous or whitish hairs.

Inflorescence 7.8‒16 cm long, 2‒4-flowered, axillary racemes, in general longer the subtending leaf; bracts 1.2‒2.3 × 1.2‒2.3 cm, leaf-like, suborbicular to widely ovate, amplexicaul, base strongly auriculate with lobes superimposed, attached along of all the inflorescence axis, glabrous, glabrescent to sparingly pubescent, persistent; pedicels 1.2‒2.4 cm long, sparsely to densely pubescent; bracteoles 4‒5 × 0.2‒0.3 mm, linear, smaller than half the calyx length, attached at the base of the calyx, persistent. Flowers 2‒2.4 cm long; calyx outer surface densely pubescent, the vexillar lip 1.9‒2.3 × 0.7‒0.9 cm, elliptic- lanceolate to oblong-lanceolate, carinal lip 2‒2.3 × 0.6‒0.8 cm, elliptic-lanceolate to oblanceolate; petals light red, the standard petal 2‒2.3 × 1.9‒2.3 cm, orbicular, apex rounded, wing petals 1.5‒1.8 × 0.6‒0.8 cm, obovate, apex rounded, keel petals, 1.8‒2.1 × 0.5‒0.6 cm, falcate; stamens, 1.7‒2.4 cm long, larger anthers 2‒2.2 × 0.2 mm, oblong, smaller anthers 0.3 150

× 0.3 mm, widely elliptic; gynoecium 2.3‒2.8 cm long, the ovary 6‒7.5 mm, 7‒9-ovulate, style 1.7‒2.1 cm long. Legume 3.8‒4.8 × 0.8‒0.9 cm, base cuneate, brownish and slightly clearer in the seed scars or atropurpureous when ripe. Seeds 6‒10, 6.5‒7 × 2‒3 mm, oblong to ovate-oblong, testa red-brownish. (Figure 3A‒C; see also São-Mateus et al. 2016).

Distribution and Habitat―Harpalyce magnibracteata occurs exclusively in highland savannas of central-western Bahia state, where it is found between 820 and 1035 m elevation.

It grows sympatrically with typical savanna-inhabiting species such as the legume Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke (Fig. 7).

Phenology―Flowering specimens have been collected from January to February, and fruiting in January, February, April, and July.

Conservation Status―Harpalyce magnibracteata can be considered endangered (EN) following the IUCN’s criteria B2a, B2b(ii, iv) and the estimated AAO of 24 km2 and EOO of

19,272 km2. The species is known to exist at no more than five localities separated by 10‒200 km and in severely fragmented areas that are often threatened by fire and agricultural activities.

Notes―Harpalyce magnibracteata is poorly resolved in the Harpalyce phylogeny (Fig. 1), yet it is perhaps the most morphologically distinct species in the genus (São-Mateus et al.

2016). It is remarkably distinct because of the leaf-like amplexicaul large bracts measuring

12‒23 × 12‒23 mm and that are persistent along the inflorescence axis even when in fruiting.

Such suborbicular bracts with strongly auriculate or superimposed basal lobes are very rare in neotropical Brongniartieae, being recorded thus far only in some Mexican species of

Brongniartia. All other Harpalyce species have deltoid, linear, oblong or triangular bracts measuring less than 9 mm long and with truncate or rounded base.

Additional Specimens Examined―Brazil.―BAHIA: Bom Jesus da Lapa, Estrada entre

São José e Betânia, 13°18'00"S, 42°54'43"W, 12 Jan 2008 (fl), A. Rapini et al. 1490 151

(HUEFS); Brotas de Macaúbas, cerca de 8 km SW de Brotas de Macaúbas, Cerradão de altitude, 12°01'44"S, 42°41'60"W, 30 Jul 2013 (fr), L. P. Queiroz et al. 15823 (HUEFS); ibid.,

Trilha dos Gerais até o Curralinho, 11°56'10"S, 42°45'22"W, 8 Feb 2013 (fl), L. Campos &

M. Alves 14 (ALCB); Macaúbas, estrada para o povoado de Santa Cruz em direção a torre de telefonia, cerrado de altitude, 13°18'21.4"S, 42°54'45.1"W, 23 Jan 2015 (fl, fr), D. Cardoso et al. 3630 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, NY, RB); Sento Sé, 10°28'S, 41°23'W, 29 Apr 1981

(fr), R. P. Orlandi 404 (HUEFS, K); Tanque Novo, Caldeiras, 20 Jan 1997 (fl), G.

Hatschbach et al. 66012 (ALCB, K, MBM, SPSF); Umburanas, ca. 4 km do Rio Murim, após o Poço d’Água, na estrada para Minas do Mimoso, 13°27'22"S, 42°21'34"W, 19 Feb 2014 (fl, fr), R. M. Harley & A. M. Giulietti 57030 (HUEFS).

8. HARPALYCE MINOR Benth., Fl. Bras. 15(1): 52. 1859.―TYPE: BRAZIL. Minas Gerais, Rio

Vermelho [Penha], without date, A. de Saint-Hilaire s.n. (lectotype: P 02141727!;

isolectotypes: F 0059307F!, K 000500745!, P 02141728!, 02141729!, RB 00177519!).

Slender shrub 1‒2.5 m tall, branched cylindrical, branches usually forming a zig-zag pattern, densely ferruginous-tomentose. Stipules ca. 1.5 × 0.5 mm, persistent, triangular.

Leaves 4‒6(‒10) cm long, (7‒)9‒13(‒19)-foliolate; petiole 1.1‒1.5 cm long, slender, cylindrical, ferruginous-tomentose; rachis 1.5‒2.5(‒8.5) cm long, ferruginous-tomentose, interfoliolar segments 0.5‒1 cm long; pulvinules ca. 1.5 mm long, leaflets 1‒1.5(‒2) × 0.5‒0.8 cm, chartaceous, plane, oblong-ovate to ovate, base rounded, apex obtuse to retuse, secondary veins 5‒7 pairs, inconspicuous, camptodromous, margins plane, upper surface densely pubescent, lower surface densely sericeous with ferruginous hairs. Inflorescence ca. 4 cm long, 1‒4-flowered, axillary racemes or terminal subumbelliform, the same size or smaller than the subtending leaf, with 1-foliolate leaf in the base; bracts 1‒1.2 × ca. 0.5 mm, linear, 152

base truncate, ferruginous-tomentose, caducous; pedicels 0.7‒1 cm long, slender, ferruginous- tomentose; bracteoles 2‒3 × 0.5 mm, linear, smaller than half the calyx length, attached at the base of calyx, persistent. Flower ca. 1.5 cm long; calyx outer surface ferruginous-tomentose, the vexillar lip 1.3‒1.5 × 0.4‒0.6 cm, ovate-oblong, carinal lip 1.3‒1.7 × 0.4‒0.6 cm, ovate; petals dark orange, the standard petal 1.5‒1.7 × 1.1‒1.5 cm, suborbicular, apex rounded, wing petals ca. 1.5 × 0.4 cm, obovate, apex rounded, keel petals 1.5‒1.8 × ca. 0.4 cm, oblong- falcate; stamens ca. 1.5 cm long, larger anthers ca. 1.5 × 0.5 mm, oblong, smaller anthers ca.

0.5 × 0.2 mm, oblong; gynoecium ca. 1.7 cm long, the ovary ca. 5 mm long, 9‒10-ovulate, style 1.2 cm long. Legume 4.4‒4.6 × 1.5‒1.6 cm, base retuse, light brown, finely reticulated.

Seeds 11‒12, ca. 5 × 3 mm, ovate, testa light orange. Figure 6D‒E.

Distribution and Habitat―Harpalyce minor is only found in northern Minas Gerais state

(Fig. 7), where it mainly occurs in shrubby savanna (cerrado) and along roadsides in the

Espinhaço range, between 820‒1240 m of elevation.

Phenology―Flowering specimens have been recorded in January and December, fruiting

March and July.

Conservation Status―Harpalyce minor can be classified as Endangered [EN,

B1a,b(i,ii,iii), + 2a,b (i,ii,iii)]. The species has an EOO of 422 km2 and AOO of 16 km2, as estimated based on the only four known populations in nearby municipalities (Berilo,

Francisconópolis and Turmalina) along the Espinhaço range.

Notes―When Bentham (1859) described H. minor he mentioned that it could be a smaller form of H. brasiliana due to similarity in habit and size of flowers. Indeed both species are morphologically similar also by having leaves mostly 9‒13-foliolate, the leaflets oblong-ovate to ovate and chartaceous, and the linear bracteoles. However, the molecular phylogenetic analysis has shown that both species are not phylogenetically close (Fig. 1). Additionally, H. minor differs from H. brasiliana by having shorter, 1‒4-flowered inflorescences up to 4 cm 153

long and subtended by a unifoliolate leaf (vs. 5‒15-flowered inflorescence measuring 5‒15 cm long and subtended by a 1‒3-foliolate leaf), smaller, ca. 1.5 cm long flowers (vs. flowers larger than 2.8 cm long), and legumes 4.4‒4.6 cm long with 11‒12 seeds (vs. 5‒8 cm long and with 12‒16 seeds) (Fig. 6D‒E). Harpalyce minor is phylogenetically as closely related with one undescribed specie (Fortuna-Perez 1484) and both occurs in Minas Gerais state.

Additional Specimens Examined―Brazil.―MINAS GERAIS: Berilo, Localilade de

Lelivéldia, vale do Jequitinhonha, 16°43'49"S, 42°34'82"W, 9 Jul 2016 (fr), S. G. Rezende &

A. G. Justo 4747 (HUEFS); ibid., Lelivéldia, 26 Nov 1985 (fl), G. Hatschbach & F. J. Zelma

50186 (MO); Francisconópolis, BR-251, próximo a Grão Mogol, à 65 km de Montes Claros,

16°24'52"S, 43°22'03"W, 1242 m, 9 Dec 2011 (fl), M. R. V. Zanatta 1086 (HUEFS, HUEG);

Turmalina, próximo a Acauã na estrada de Posses, 17°07'10"S, 42°46'46"W, 834 m, 24 Jan

2004 (fl), J. R. Pirani et al. 5266 (HUEFS, NY, RB, SPF); ibid., 17°07'20"S, 42°46'40"W,

820 m, 10 Mar 2015 (fr), W. M. B. São-Mateus et al. 329 (HUEFS); ibid., Localidade de

Peixe Crú, 2 Dec 1991 (fl), M. G. Carvalho & S. T. Silva 845 (BHCB, RB, SPF).

9. HARPALYCE PARVIFOLIA Irwin & Arroyo, Brittonia 25: 21. 1973.―TYPE: BRAZIL. Minas

Gerais, Cerrado interspersed with wet rocky campo, ca. 8 km W of Grão Mogol, ca. 950

m elevation, Serra do Espinhaço, 16 Feb 1969, H. S. Irwin et al. 23345 (holotype: UB!;

isotypes: F!, K!, MO!, NY!, P!, SP!, US!).

Shrub to 3 m tall, multi-stemmed, branches erect, usually with zig-zag pattern, young branches tomentose with cinereous, short and erect hairs to glabrous when mature. Stipules 2‒

5 × 0.5‒1 mm, persistent, linear-triangular. Leaves 5.5‒9 cm long, 19‒35(‒43)-foliolate; petiole 0.2‒0.5 cm long, tomentose with cinereous hairs; rachis 5‒8 cm long, tomentose with cinereous hairs, interfoliolar segments 0.4‒0.5 cm long; pulvinules sub-sessile ca. 1 mm long; 154

leaflets 0.5‒1 × 0.3‒0.5 cm, coriaceous, plane, oblong, oblong-elliptic or obovate in the terminal leaflets, base rounded, apex rounded to obtuse, secondary veins inconspicuous, hifodromous, margins slightly revolute, upper surface sericeous with cinereous hairs, lower surface villous with cinereous hairs. Inflorescence 2‒5 cm long, 2‒4-flowered, axillary racemes, smaller than the subteding leaf, 1-foliolate leaf in the base; bracts 7‒9 × ca. 3 mm, oblong, base rounded, persistent; pedicels 1‒1.3 cm long, slender, tomentose with cinereous hairs; bracteoles 12‒15 × ca. 1 mm, linear, exceeding one half the calyx length, attached at the base of the calyx, persistent. Flower ca. 1.9 cm long; calyx outer surface densely ferruginous- tomentose, the vexillar lip ca. 2 × 0.5 cm, ovate-oblong, carinal lip ca. 2 × 0.5 cm, ovate; petals dark red, the standard petal ca. 1.5 × 1.7 cm, suborbicular, apex emarginated, wing petals ca. 1.3 × 0.5 cm, obovate to obovate-oblong, apex rounded, keel petals ca. 1.8 × 0.4 cm, oblong-falcate; stamens, ca. 2 cm long, larger anthers ca. 1.5 × 0.5 mm, oblong, smaller anthers ca. 0.5 × 0.5 mm, ovate; gynoecium 2.3‒2.8 cm long, the ovary ca. 8 mm long, 12‒

15-ovulate, style 1.5‒2 cm long. Legume 5.2‒5.6 × ca. 1.2 cm, base attenuate, finely reticulate-rugose when mature. Seeds 9‒11, 5‒6 × 3.5‒4 mm, oblong to oblong-ovate, testa light orange. Figures 3D‒F, 6F‒H.

Distribution and Habitat―Harpalyce parvifolia is narrowly endemic of campos rupestres along the Serra de Grão Mogol of the Espinhaço range, in northern Minas Gerais, where it occurs between 650‒1000 m of elevation (Fig. 7).

Phenology―Flowering specimens have been collected from January to May and

November, and fruiting specimens only in July.

Conservation Status―Harpalyce parvifolia is assessed as Endangered [EN, B1b(i,ii), +

2b(i,ii)] because of its EOO of 3,153 km2 and AOO of 44 km2. Among the few known populations of H. parvifolia, only two of them are under protection by state biological reserves (Grão Mogol State Park and Serra Nova State Park). 155

Notes―Harpalyce parvifolia is phylogenetically unresolved or poorly supported with respect to the remaining Brazilian Harpalyce. Regardless, this species is quite distinct by the combination of multi-stemmed shrubby habit, terminal branches with zig-zag branching pattern, leaves mostly 19‒35-foliolate, leaflets smaller than 1.1 cm long, coriaceous, oblong- elliptic to obovate, margins slightly revolute, large bracts measuring 7‒9 mm long, and flowers up to 1.9 cm long (Fig. 6F‒H).

Additional Specimens Examined―Brazil.―MINAS GERAIS: Botumirim, estrada de terra que liga Leme do Prado a Botumirim, afloramentos a ca. 5 km de Botumirim, 16°52'16"S,

42°58'39.7"W, 740 m, 7 Mar 2013 (fl), C. M. Siniscalchi et al. 332 (HUEFS, RB); ibid., rodovia para Cristália, 11 Feb 1991 (fl), G. Hatschbach & O. S. Ribas 55066 (HUEFS, K,

MO, SPSF); Grão Mogol, estrada Grão Mogol a Cristália, campo rupestre próximo a capão da mata, 16°39'34"S, 42°52'43"W, 22 Nov 2010 (fl), E. K. O. Hattori 1287 (BHCB); ibid.,

Serraria, 16°25'S, 42°55'W, 11 Mar 1999 (fl), A. Rapini & M. L. Kawasaki 744 (SPF, W); ibid., 16°35'47"S, 42°54'05"W, 11 Jul 2001 (fr), V. C. Souza et al. 25674 (ESA, RB); ibid., 14

Abr 1981 (fl, fr), J. R. Pirani et al. CFCR 910 (K, RB, SPF); ibid., 24 Feb 1983 (fl), E.

Simonis CFCR 4082 (SPF); ibid., 07 Jan 1986 (fl), J. R. Pirani CFCR 8983 (SPF); ibid., vale do córrego da escurona, 16°36'S, 42°58'W, 750 m, 12 Dec 1989 (fl, fr), A. Freire-Fierros et al. CFCR 12616 (K, NY, SPF); ibid., trilha da tropa, no alto da serra, 1000‒1200 m, 11 Nov

1989 (fl, fr), J. R. Pirani et al. CFCR 12465 (K, SPF); ibid., ca. 5‒15 km ao norte da cidade,

16°32'S, 42°47'W, 900 m, 16 Oct 1988 (fl), R. M. Harley et al. 25083 (K, MO, NY, SPF); ibid., estrada para Grão Mogol–Cristália, ca. 2 km do entroncamento com a estrada

Boqueirão–Grão Mogol, 16°35'00"S, 42°43'30"W, 645‒680 m, 14 Feb 2003 (fl), F. França et al. 4354 (HUEFS); ibid., Serra do Jambreiro, próximo ao rio Itacambirussu, 900 m, 10 May

1979 (fl, fr), H. C. de Lima et al. 989 (RB, W); ibid., rio Itacambirussu, 21Apr 1978 (fl), G.

Hatschbach 41292 (MO, NY); ibid., outcrops, Sandy slopes with sandstone outcrops and 156

adjacent rocky river margin, rio Itacambirussu, ca. 15 km north of Grão Mogol, 950 m, 18

Feb 1969 (fr), H. S. Irwin et al. 23518 (F, K, MO, NY, P, RB); ibid., Vale do rio

Itacambirussu, 04 Sep 1985 (fl), M. L. Kawasaki CFCR 8385 (SPF); ibid., Vale do rio

Itacambirussu, 26 Feb 1986 (fl), N. S. Chukr CFCR 9688 (SPF); ibid., próximo da saída na estrada para Francisco Sá, 1000 m, 7 Jan 1986 (fl, fr), J. R. Pirani et al. CFCR 8993 (HUEFS,

K, RB); ibid., montanha à esquerda do riacho Ribeirão, trilha da tropa, 16°33'S, 42°54'W,

850‒1000 m, 3 Nov 1987 (fl), J. R. Pirani et al. CFCR 11389 (HUEFS, K, SPF); ibid., Serra de Grão Mogol, 16°33'29"S, 42°53'43"W, 903 m, 8 Jan 2003 (fl, fr), L. P. Queiroz 7530

(HUEFS); ibid., margens de córrego, saída da cidade na estrada para Rio Ventania, 900‒1000 m, 25 Feb 1986 (fl), T. B. Cavalcanti et al. CFCR 9637 (F, K, SPF, UEC); ibid., junto à ponte sobre o Rio das Mortes, estrada para Cristália, 16°35'72"S, 42°54'99"W, 690 m, 24 Jan 2002

(fl, fr), A. S. Flores et al. 794 (UEC); ibid., Parque Estadual de Grão Mogol, 13 Apr 2006 (fr),

C. V. Vidal et al. 104 (BHCB); ibid., Várzea da Coronha, 1050 m, 12 Nov 1938 (fr), F.

Markgraf et al. 3511 (BHCB, F, RB); ibid., Parque Estadual Grão Mogol, campo rupestre seguindo a Trilha do Barão no entorno da cidade, 16°33'12"S, 42°53'25"W, 918 m, 6 Jan

2016 (fl), D. Cardoso et al. 3860 (HUEFS); Rio Pardo de Minas, Parque Estadual de Serra

Nova, início da trilha areial, sentido ao córrego BiuBiu, 15°39'18"S, 42°43'53"W, 26 Mar

2012 (fl, fr), M. J. R. Rocha et al. 580 (BHCB). 157

Fig. 7. Geographical distribution of Harpalyce lepidota, H. macedoi, H. magnibracteata, H. minor, and H. parvifolia. 158

10. HARPALYCE RIPARIA São-Mateus, L. P. Queiroz & D.B.O.S. Cardoso, Syst. Bot. 43: 207.

2018.―TYPE: BRAZIL. Bahia, Mucugê, Vale do Rio Piaba, próximo a ponte, campo

rupestre em rochas de quartzito à margem do rio, 12°57'1"S, 41°16'42"W, 815 m, 15

Mar 2015, L. P. de Queiroz, D. Cardoso & W. São-Mateus 16125 (holotype: HUEFS!;

isotypes: ALCB!, CEPEC!, K!, NY!, RB!).

Shrubs 1‒4 m tall, virgate, branches cylindrical, ferruginous-tomentose to glabrescent when mature. Stipules ca. 1 × 0.2 mm, caducous, triangular. Leaves (5‒)7‒17(‒22) cm long,

(9‒)13‒19(‒25)-foliolate; petiole 0.9‒1.6(‒2.4) cm long, slender, ferruginous-tomentose; rachis 4‒11.5(‒18) cm long, ferruginous-tomentose, interfoliolar segments 0.5‒1.2(‒1.6) cm long; pulvinules 1‒2 mm long; leaflets 1.5‒2.7(‒4.3) × 0.7‒1.3 cm, chartaceous, plane, ovate- oblong to oblong, base rounded to slightly subcordate, apex rounded, secondary veins 5‒6 pairs, inconspicuous, brochidodromous, margins slightly revolute, upper surface tomentose with golden to fulvuous hairs, lower surface villous with golden to fulvous hairs.

Inflorescence 2‒3 cm long, 2‒7-flowered, axillary racemes, smaller than the subtending leaf, with 1‒3-foliolate leaf in the base; bracts 1‒2 × 0.2 mm, linear, base truncate, hirsute, caducous; pedicels 1.1‒1.5 cm long, hirsute with ferruginous hairs; bracteoles 5‒6 × 0.2 mm, linear, smaller than half the calyx length, attached at the base of the calyx, linear, persistent.

Flower 1.2‒1.5 cm long, calyx outer surface densely tomentose, the vexillar lip 1.3‒1.4 × 0.5‒

0.6 cm, ovate-oblong, carinal lip 1.2‒1.5 × 0.3‒0.4 cm, triangular-lanceolate; petals red to atropurpureous, the standard petal ca. 1.6 × 1.3‒1.4 cm, orbicular, apex rounded, wing petals

1‒1.1 × 0.3‒0.4 cm, obovate, apex rounded, keel petals 1.2‒1.5 × 0.4 cm, slightly falcate; stamens ca. 1.4 cm long, larger anthers ca. 2 × 0.5 mm, ovate-oblong to oblong, smaller anthers ca. 0.5 × 0.2 mm, elliptical; gynoecium ca. 1.2 cm long, the ovary ca. 4 × 2 mm, 6‒

10-ovulate, style ca. 9 mm long. Legume 3.5‒4 × 1.2‒1.3 cm, base rounded brownish, finely 159

reticulated. Seeds 6‒10, ca. 5 × 2 mm, compressed, oblong to oval-oblong, testa red-brown.

(Figure 3G‒H; see also São-Mateus et al. 2018).

Distribution and Habitat―Harpalyce riparia is endemic to Chapada Diamatina in Bahia

(Fig. 9), where it is reported only for rocky outcrops along the rivers or small streams, between 580‒815 m of elevation.

Phenology―Flowering specimens have been recorded from January to March, fruiting in

January and March.

Conservation Status―Harpalyce riparia can be considered Endangered [EN (B1a, +

2b(i,ii,iii), + 2c(i,ii,iii,iv)]. It presents EOO 418 km2 and AOO 20 km2 and is known from five populations in the Chapada Diamantina National Park and Espalhado Municipal Park.

However, it is highly threatened because the known populations occur in areas frequently used for tourist activities such as “Cachoeira do Buracão” (municipality of Ibicoara) and “Rio

Piaba” (municipality of Mucugê).

Notes―This recently described species (São-Mateus et al. 2018) is strongly supported as sister to H. lanata, another endemic species of the campos rupestres in the Chapada

Diamantina. The small 1.2‒1.5 cm long flowers with ferruginous-tomentose calyx in H. riparia greatly contrast with the 2.5‒2.8 cm long flowers and densely wooly with cinereous hairs covering inflorescence axes and calyx of H. lanata. The shorter petioles, leaves mostly

13‒19-foliolate, and similar shape and size of the chartaceous leaflets, and linear bracts and bracteoles suggest the morphological affinity of H. riparia with the more geographically widespread H. brasiliana. However, H. riparia differs from H. brasiliana by the shorter, 2‒3 cm long and 2‒7-flowered inflorescences (vs. > 5 cm long and with 10‒15 flowers), smaller flowers (1.2‒1.5 cm long vs. ≥ 2.8 cm long), and 6‒10-seeded pods (vs. 12‒16 seeds).

Additional features that help to recognize H. riparia are shrubby, virgat, somewhat spreading 160

habit, cylindrical branches, caducous stipules up to 1 mm long, leaflets relatively smaller towards the leaf apex and villous with golden to fulvous hairs on the lower surface.

Additional Specimens Examined―Brazil.―BAHIA: Andaraí, Igatu, Vale do Cano,

12°53'S, 41°18'W, 30 Jan 2010 (fl), D. L. dos Santos 46 (HUEFS); Ibicoara, trilha para a

Cachoeira do Buracão, às margens do Rio Espalhado, 13º19'27.7"S, 41º08'53.4"W, 580 m, 2

Jul 2016 (st), W. M. B. São-Mateus et al. 462 (HUEFS); Mucugê [the municipality as Itaetê and associated geographical coordinates for the collecting locality as provided on the herbarium label is very likely wrong; the specimen might have been collected in Mucugê],

Mata da Piaba, 13 Mar 2004 (fl), R. Funch et al. 45 (HUEFS); Mucugê, BA-142 sentido

Andaraí, acesso pela esquerda antes de atravessar a ponte, ca. 300 m ao longo do Rio Piaba,

12°56'54"S, 41°16'37"W, 813 m, 21 Jan 2015 (fr), D. Cardoso et al. 3612 (ALCB, HUEFS); ibid., 15 May 2016 (fr), D. Cardoso & Q. C. Santos 4092 (ALCB, HUEFS); Estrada Mucugê-

Andaraí acesso pela margem esquerda do Rio Piaba, ca. 300 m da estrada BA-142,

12°56'54"S, 41°16'37"W, 813 m, 22 Jan 2015 (fr), W. M. B. São-Mateus et al. 323 (HUEFS); ibid., 12 km da saída da cidade, 12°59'S, 41°15'W, 15 Feb 2003 (fl), M. L. Guedes s.n.

(ALCB no. 60336; CEPEC no. 100401).

11. HARPALYCE ROBUSTA Irwin & Arroyo, Brittonia 25: 23. 1973.―TYPE: BRAZIL. Goiás,

Chapada dos Veadeiros, Cerrado, ca. 1 km W of Veadeiros, 13 Feb 1966, H.S. Irwin et

al. 12757 (holotype: UB!; isotypes: F!, NY!, MO!, RB!).

Shrub ca. 1 m tall, branches cylindrical, villous and with hirsute, long golden hairs.

Stipules 8‒10 × ca. 0.5 mm, persistent, linear. Leaves 6.5‒9 cm long, 5‒7(‒9)-foliolate; petiole 1.5‒2.5 cm long, cylindrical, ferruginous-villous; rachis 6‒7 cm long, ferruginous- villous, interfoliolar segments 1.4‒2.3 cm long; pulvinules ca. 1 mm; leaflets 3‒4.6 × 1.4‒2.3 161

cm, chartaceous to sub-coriaceous, plane, ovate to oval-elliptic, oblong-obovate or rarely widely-elliptic, base rounded, apex acute-mucronate to rounded-mucronate, secondary veins conspicuous and strongly reticulodromous, margins plane, upper surface densely pubescent with ferruginous hairs mainly along the mid-vein, lower surface villous to woolly.

Inflorescences 4.5‒7.5 cm long, 5‒10-flowered, axillary racemes or terminal panicles, usually longer than the subtending leaf; bracts ca. 5 × 2 mm, triangular, base truncate, ferruginous- villous, caducous; pedicels 0.6‒1 cm long, thick, ferruginous-villous; bracteoles 7‒9 × ca. 2 mm, narrowly triangular, smaller than half the calyx length, attached at the base of the calyx or along in the pedicel, persistent. Flower ca. 2.5 cm long; calyx outer surface villous with hairs ferruginous and canescent, the vexillar lip ca. 2.1 × 0.9 cm, elliptic, carinal lip ca. 2.1 ×

0.5 cm, oblong-lanceolate; petals red to orange, the standard petal ca. 2.1 × 1.6 cm, orbicular, apex rounded, wing petals, ca. 1.7 × 0.6 cm, narrowly obovate, apex rounded, keel petals 1.8

× 0.4 cm, oblong-falcate; stamens ca. 2 cm long, larger anthers 3 × 1 mm, oblong, smaller anthers ca. 1 × 0.5 mm, elliptic; gynoecium ca. 2.2 cm long, the ovary ca. 6 mm long, 11‒12- ovulate, style ca. 1.6 cm long. Legume ca. 5 × 1.5 cm, base attenuate, strongly coarsely rugose-reticulate. Seeds 7‒9, ca. 5 × 3 mm, ovate-oblong, testa red. Figure 8A‒C.

Distribution and Habitat―Harpalyce robusta occurs only in the Brazilian Central Plateau in Distrito Federal and the state of Goiás (Fig. 9). The species is recorded in open savannas with sandstone outcrops, between 100‒1750 m of elevation.

Phenology―Flowering specimens have been recorded from September to October, and fruiting from February to March.

Conservation Status―Harpalyce robusta should be considered Endangered [EN,

B1a,b(i,ii,iii), + 2a,b(i,ii,iii)]. It has an estimated EOO of 332 km2 and AOO of 16 km2 and is only known by four populations, yet at least three populations occurring within the Chapada dos Veadeiros National Park. 162

Notes―Despite our several attempts to sample this species in the Harpalyce phylogeny, we did not have success, after trying to isolate PCR-amplifiable DNA from herbarium specimens and also by trying to recollect fresh material in the field. Harpalyce robusta is morphologically similar to the still undescribed H. tombadorensis sp. nov. ined. by the shared shrubby habit up to 1 m tall, petioles longer than 1.5 cm long, leaves mostly 5‒7-foliolate, and the leaflets with rounded base. However, H. robusta differs mainly by the villous branches, the hairs long (vs. branches tomentose, the hairs short), longer stipules measuring 8‒10 mm long (vs. ca. 4 mm long), leaflets with reticulodromous venation (vs. brochidodromous), 5‒

10-flowered inflorescences that are usually longer than the subtending leaf (Fig. 8A‒C), (vs.

10‒30-flowered inflorescences usually smaller than the subtending leaf), bracteoles 7‒9 × 2 mm, narrowly triangular (vs. bracteoles 1.5‒2 × 0.2 mm, linear-triangular), calyx outer surface villous (vs. tomentose), and pods with valves strongly coarsely rugose-reticulate (vs. valves slightly reticulate).

Vegetatively, H. robusta is also closely related to H. brasiliana, but it is readily distinguished by having 8‒10 mm long, linear stipules (vs. triangular stipules measuring 1‒3 mm long), 1.5‒2.5 cm long petioles (vs. up to 1 cm long), inflorescences without a subtending leaf at the base (vs. inflorescence usually subtended by a 1‒3-foliolate leaf), and pods with seven to nine seeds (vs. 12‒16 seeds).

Additional Specimens Examined―Brazil.―DISTRITO FEDERAL: Sobradinho, Chapada da

Contagem, estrada para Brasilândia, 33 km NW de Brasília próximo a Usina Basevil, 1000 m,

13 Feb 1966 (fr) G. Martinelli et al. 7540 (RB, UB).―GOIÁS: Alto Paraíso de Goiás, estrada para Teresina de Goiás, Estrada para Teresina de Goiás, a 30 km de Alto Paraíso, campo rupestre após queimada, 13°56'01"S, 47°26'21"W, 1492 m, 25 Sep 2011 (st) R. C. Forzza et al. 6760 (CEN, RB); ibid., ca. 20 km by road N of Alto Paraiso, 1600 m, 3 Mar 1973 (st) W. 163

R. Anderson 6211 (NY, UB); ibid., 5 Mar 1973 (st) W. R. Anderson 6391 (NY, UB); ibid., 27 km by road N of Alto Paraíso, 1750 m, 9 Mar 1973, (st) W. R. Anderson 6715 (MO, NY, UB).

164

Fig. 8. Morphology of Harpalyce robusta (A‒C) and Harpalyce speciosa (D‒F). A. Fruiting branch. B. Stipule. C. Detail of the leaflet lower surface, showing indumentum. D. Flowering branch. E. Inflorescence. F. Fruit. A‒C. Based on the holotype H.S. Irwin et al. 12757 (UB); D‒E. Based on W. M. B. São-Mateus et al. 379 (HUEFS); F. Based on M. F. Simon et al. 1109 (CEN). Drawings by Gustavo Surlo. 165

12. HARPALYCE SPECIOSA Taub., Bot. Jahrb. Syst. 2: 435. 1896. Harpalyce hilariana Benth.

var. speciosa (Taub) Arroyo, Mem. New York Bot. Gard. 26(4): 65. 1976.―TYPE:

BRAZIL. Goiás, “Habitat in locis Cerrados dictis ad Paraizo”, Sep 1892, E. H. G. Ule

2838 (holotype: B† [not found and probably destroyed]; lectotype: R!, designated here;

isolectypes: F [fragment]!, HBG photo!, P!).

Shrubs 0.8‒1.5 m tall, branches strongly angular and sulcate, cinereous-tomentose.

Stipules ca. 3 × 1.5 mm, caducous, narrowly triangular. Leaves 8‒18 cm long, (1‒)3‒7- foliolate; petiole 3‒4 cm long, strongly thick, angulate, cinereous-tomentose; rachis 3‒5 cm long, cinereous-tomentose, interfoliolar segments 2‒3 cm long; pulvinules ca. 3 mm long; leaflets 6‒11 × 4‒7.5 cm, coriaceous, strongly conduplicate, ovate-oblong to widely ovate, base cordate, apex obtuse to acute-mucronate, secondary veins conspicuous and strongly reticulodromous, margins plane, upper surface sericeous-pubescent with cinereous hairs, lower surface densely pubescent with cinereous hairs. Inflorescence 8‒20 cm long, 30‒100- flowered, terminal panicles or less frequently axillary racemes, subtending leaf, 1-foliolate leaf in the base; bracts ca. 3 × 1.5 mm, triangular, base truncate, tomentose with golden hairs, caducous; pedicels 0.4‒0.6 cm, thick, ferruginous-tomentose; bracteoles 2‒3 × ca. 0.2 mm, linear-triangular, smaller than half the calyx length, attached along the pedicel, caducous.

Flower ca. 2.5 cm long, calyx outer surface densely ferruginous-tomentose or tomentose and with golden hairs, the vexillar lip ca. 2.5 × 0.7 cm, ovate-oblong to oblong, carinal lip ca. 2.7

× 0.7 cm, ovate-oblong to elliptic-oblong; petals dark orange, the standard petal ca. 2.5‒2.8 ×

1.7 cm, suborbicular, apex rounded, wing petals ca. 2.1 × 0.9 cm, widely oblong-obovate, apex obtuse, keel petals ca. 2.4 × 0.5 cm, oblong; stamens, 2.6‒2.9 cm long, larger anthers ca.

3 × 1 mm, oblong, smaller anthers ca. 1.2 × 0.8 mm, ovate; gynoecium 2.8‒3.2 cm long, the ovary ca. 8 mm long, 11‒13-ovulate, style 2‒2.4 cm long. Legume ca. 6.5 × 1.3 cm, base 166

attenuate, strongly rugose-reticulate. Seeds 10‒11, not seen, but number estimated based on the relatively swollen seed chambers along the pods. Figure 8D‒F.

Distribution and Habitat―Harpalyce speciosa has only been recorded in the grasslands

(campo limpo úmido) of the Chapada dos Veadeiros National Park, at elevations around 1100 m (Fig. 9).

Phenology―Flowering specimens have been recorded from September to October, and fruiting in September and December.

Conservation Status―The narrow distribution range with small population sizes (EOO

192 km2 and AOO 16 km2) together with the few known collections have led us to consider

H. speciosa as Endangered [EN, B1a,b(i,ii,iii), + 2a,b(i,ii,iii), D]. Fortunately, four out of six known populations of H. speciosa are all distributed in protected reserves.

Notes―Harpalyce speciosa was described by Taubert (1896) in “Botanische Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie”. Arroyo (1976) reduced H. speciosa to a variety of H. hilariana. Here, we reestablish H. speciosa based on morphological and molecular evidences. Despite H. speciosa resembles H. hilariana vegetatively, it greatly differs by the branches, leaflets, and inflorescence axes covered by cinereous indumentum (vs. ferruginous indumentum), leaves 8‒18 cm long (vs. 5‒7.5 cm long), longer petioles measuring 3‒4 cm long (vs. 1‒1.8 cm long), leaflets strongly conduplicate (vs. leaflets plane), calyx vexillar lip oblong to ovate-oblong and the carinal lip elliptic-oblong to ovate-oblong (vs. lanceolate vexillar lip and oblong carinal lip). Harpalyce speciosa can be easily identified when sterile mainly by the relatively long leaf petioles and conduplicate leaflets (Fig. 8D‒F). It is phylogenetically closer to H. lepidota (Fig. 1), from which is also distinguished on the basis of morphology (see also description and notes on the taxonomic discussion of H. lepidota). 167

Arroyo (1976) had also not seen the type collection of H. speciosa, when she transferred this species into a variety of H. hilariana. As of many other Ernst Ule’s early type collections from Brazil that were stored at B herbarium, the specimen Ule 2838 might have been destroyed during the Second World War. Here we choose as the lectotype the specimen at R herbarium because it is well preserved and clearly has the species’s diagnostic characters.

Additional Specimens Examined―Brazil.―GOIÁS: Alto Paraíso de Goiás, ca. 5 km N. do

Rio Tocantinsinho, na estrada Brasília Veadeiros, 22 Sep 1967 (fl, fr), J. H. Haas & R. F.

Belém 165 (CEN, ESA, NY); ibid., 16 km South of Alto Paraíso de Goiás, 1000 m, 20 Mar

1969 (fr), H. S. Irwin 24770 (NY); ibid., 2 km by road N of Alto Paraíso, 1400 m, 6 Mar 1973

(st), W. R. Anderson 6415 (NY); ibid., Serra dos Veadeiros, 23 Oct 1965 (fl), E. Pereira

10339 (NY); ibid., on the road to São João da Aliança, 14°05'S, 47°26'W, 07 Oct 1980 (fl), J.

A. Ratter et al. 4507 (E, K); ibid., Chapada dos Veadeiros ca. 1 km de Alto Paraíso -

Teresinha de Goiás. Cerrado alterado, 6 Sep 1994 (fl), M. A. Silva 2276 (K, RB); ibid.,

Chapada dos Veadeiros. Alto Paraíso, km 11 da estrada Alto Paraíso-São Jorge. Entrada para cachoeira de São Bento, 1.5 km após a cachoeira, 9 Sep 1994 (fl), M. L. Fonseca & T. S.

Filgueiras 118 (NY, RB); ibid., 20 km by road S of Alto Paraíso de Goiás, 20 Mar 1973 (fl),

W. R. Anderson 7507 (NY); ibid., RPPN Fazenda Brancas, Parque dos Anões km 114 da rodovia GO-118, ca. 20 km de Alto Paraíso sentido São João da Aliança de Goiás - Alto

Paraíso de Goiás, acesso pelo caminho 24 para o caminho 21, 14°19'35.7"S, 47°29'33.3"W,

1100 m, 10 Sep 2015 (fl), W. M. B. São-Mateus et al. 379 (HUEFS); ibid., RPPN Fazenda

Brancas, 14°19'09"S, 47°29'02"W, 1168 m, 14 Dec 2010 (fr), M. F. Simon et al. 1109 (CEN);

Without locality, Chapada dos Veadeiros, 23 Oct 1965 (fl), A.P. Duarte 9428 (K, NY, RB);

Caiapônia, between Lagedo e rio Tocantins, [without complete date] A. Glaziou 20886 (F, K,

P); São João da Aliança, Corrente, 20 Feb 2000 (fl), G. Hatschbach et al. 70479 (K); ibid., estrada para Vãozinho, 09 Feb 1994 (fl), G. Hatschbach et al. et al. 60229 (NY). 168

Fig. 9. Geographical distribution of Harpalyce riparia, H. robusta, H. speciosa, and H. tombadorensis. 169

13. HARPALYCE TOMBADORENSIS sp. nov. ined.

Shrub ca. 1 m tall, branches slightly sulcate, ferruginous-tomentose. Stipules ca. 4 × 0.5 mm, persistent, linear. Leaves 8‒12 cm long, 7‒9-foliolate; petiole thick 2‒2.5 cm long, slighty sulcate, ferruginous-tomentose; rachis (3.8‒)5‒6.7 cm long, ferruginous-tomentose, interfoliolar segments 1.6‒2.1 cm long; pulvinules 1‒2 mm; leaflets 3.5‒5.5 × 1.3‒1.8 cm, coriaceous, plane, oblong to oblong-elliptic, spatulate or oval-elliptic, base rounded or retuse, apex strongly attenuate-apiculate, secondary veins 12‒20 pairs, conspicuous, brochidodromous, margins revolute, upper surface glabrous, lower surface tomentose with golden hairs, flexuous more densely along the mid-vein and secondary veins. Inflorescence

4.5‒14 cm long, 10‒30-flowered, axillary racemes or terminal panicles, usually smaller than the subtending leaf; bracts ca. 1 × 0.2 mm, narrowly triangular, ferruginous-tomentose, caducous; pedicels 0.7‒1.2 cm long, thick, ferruginous-tomentose; bracteoles 1.5‒2 × ca. 0.2 mm, linear-triangular, smaller than half the length of the calyx, attached at the base of the calyx, persistent. Flowers ca. 2.8 cm long, calyx outer surface ferruginous-tomentose and with yellowish hairs, the vexillar lip ca. 2.5 × 0.8 cm, widely ovate, carinal lip 2.6 × 0.5 cm, oblong-elliptical; petals light orange, the standard petal ca. 2.8 × 2.4 cm, oblate, apex slightly retuse, wing petals ca. 1.8 × 0.9 cm, widely obovate, apex obtuse, keel petals ca. 2.3 × 0.6 cm, slightly falcate; stamens, ca. 2.2 cm long, larger anthers ca. 3.1 × 0.5 mm, oblong, smaller anthers 1.2 × 0.6 mm, ovate; gynoecium not seen. Legume ca. 6.3 × 1.6 cm, nigrescent, base oblique, slightly reticulate. Seeds 10, ca. 5 × 3.5 mm, ovate, testa red-brown and white when dry. Figure 3I.

Distribution and Habitat―Harpalyce tombadorensis is apparently endemic to the

“Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Tombador” (RPPN Serra do Tombador;

8900 hectares) in the state of Goiás (Fig. 9), where it is locally abundant. This area is located in the northern part of the Chapada dos Veadeiros National Park and near the border of 170

Tocantins state (Mendoza et al. 2016). The new species usually occurs in savanna physiognomies locally known as “campo limpo” and “campo sujo”, on sandstone soil, at elevations of about 800 m.

Phenology―Flowering specimens have been recorded from January to February and

April, and fruiting in January, April, and July.

Conservation Status―Despite the species has AOO of just 8 km2 and EOO less than 100 km2, it is only known by a handful collections from a poorly botanized region. Therefore, we maintain here conservation status as data deficient (DD).

Notes―Harpalyce tombadorensis resembles morphologically the species H. robusta, but it differs by its bears shorter, c. 4 mm long stipules (vs. 8‒10 mm long in H. robusta), brochidodromous leaflets with glabrous upper surface and attenuate-apiculate apex (vs. reticulodromous, upper surface glabrescent to sparsely velutinous, and apex acute- mucronate), persistent, linear-triangular bracteoles measuring 1.5‒2 × 0.2 mm (vs. 7‒9 × 2 mm, triangular, and caducous), and slightly reticulate pods larger than 6 cm long (vs. 5‒5.5 cm long and strongly coarsely rugose-reticulate).

Additional Specimens Examined―Brazil.―GOIÁS: Cavalcante, RPPN Serra do

Tombador, 3 km da sede. Área conhecida como “Campina”, 13°40'51"S, 47°49'06"W, 805 m,

5 Dec 2011 (fl, fr), A. Fidelis & E. Gorgone-Barbosa 120 (CEN, RB); ibid., 4 Feb 2015, (fl),

M. N. Rissi & A. Fidelis 730 (RB); ibid., [without date] (fl), C. B. R. Munhoz 7970 (UB).

ACKNOWLEDGMENTS.

We thank the curators and staff of the cited herbaria for the loan of specimens and permitting to access their collections during our visits; Ana Paula Fortuna-Perez, Cristiane

Snak, Matheus Cota, and Edwesley de Moura for sharing field photographs, specimens, and information of specific geographical localities; Teo Nunes and Elaine Miranda for the 171

technical support at HUEFS herbarium; Leandro Oliveira for invaluable help with the maps;

Lucas Marinho for being always available and helpful when preparing the color plates;

Gustavo Surlo for the beautiful illustrations; José Miguel, Amanda Pricilla, Cássia Bitencourt, and Lamarck Rocha for assistance with fieldwork. The first author thanks Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) and Programa de Pesquisa em

Biodiversidade do Semi-árido (PPBIO) for providing financial support. This paper is part of the first author’s Ph.D. thesis prepared in the Programa de Pós-Graduação em Sistemática e

Evolução (PPGSE-UFRN). LPQ and DBOSC also thank the Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) for awarding the Research Productivity

Fellowships (grant # 300811/2010-1 and grant # 306736/2015-2, respectively). DBOSC’s research is also supported by grants from Prêmio CAPES de Teses (process

23038.009148/2013-19) and FAPESB (process APP0037/2016).

LITERATURE CITED

APG [Angiosperm Phylogeny Group]. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group

classification for the orders and families of flowering : APG IV. Botanical Journal of

the Linnean Society 181: 1‒20.

Arroyo, M. T. K. 1976. The systematics of the legume genus Harpalyce (Leguminosae:

Lotoideae). Memoirs of New York Botanical Garden 26: 1‒80.

Bachman, S., J. Moat, A. W. Hill, J. de la Torre, and B. Scott. 2011. Supporting red list threat

assessments with GeoCAT: Geospatial conservation assessment tool. In e-Infrastructures

for data publishing in biodiversity science, eds. V. Smith and L. Penev. ZooKeys 150: 117–

126.

Bebber, D. P., M. A. Carine, J. R. I. Wood, A. H. Wortley, D. J. Harris, G. T. Prance, G.

Davidse, J. Paige, T. D. Pennington, N. K. B. Hobson, and R. W. Scotland. 2010. 172

Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 107:

22169‒22171.

Bentham, G. 1859. Papilionaceae. Pp. 1–216 in Flora Brasiliensis, vol 15(1), ed. C. F. P.

Martius. Lipsiae: Frid. Fleischer.

BFG [The Brazil Flora Group]. 2015. Growing knowledge: An overview of seed plant

diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085‒1113.

Cardoso, D., L. P. Queiroz, R. T. Pennington, H. C. Lima, E. Fonty, M. F. Wojciechowski,

and M Lavin. 2012a. Revisiting the phylogeny of papilionoid legumes: New insights from

comprehensively sampled early-branching lineages. American Journal of Botany 99:

1991–2013.

Cardoso, D., H. C. Lima, R. S. Rodrigues, L. P. Queiroz, R. T. Pennington and M. Lavin.

2012b. The Bowdichia clade of Genistoid legumes: phylogenetic analysis of combined

molecular and morphological data and a recircumscription of Diplotropis. Taxon 61: 1074–

1087.

Cardoso, D. B. O. S., L. P. Queiroz, and H. C. Lima. 2014. A taxonomic revision of the South

American papilionoid genus Luetzelburgia (Fabaceae). Botanical Journal of the Linnean

Society 175: 328–375.

Cardoso, D., T. Särkinen, S. Alexander, A. M. Amorim, V. Bittrich, M. Celis, D. C. Daly, P.

Fiaschi, V. A. Funk, L. L. Giacomini, R. Goldenberg, G. Heiden, J. Iganci, C. L. Kellof, S.

Knapp, H. C. Lima, A. F. P. Machado, R. M. Santos, R. Mello-Silva, F. A. Michelangeli, J.

Mitchell, P. Moonlight, P. L. R. Moraes, S. A. Mori, T. S. Nunes, T. D. Pennington, J. R.

Pirani, G. T. Prance, L. P. Queiroz, A. Rapini, R. Riina, C. A. V. Rincon, N. Roque, G.

Shimizu, M. Sobral, J. R. Stehmann, W. D. Stevens, C. M. Taylor, M. Trovó, C. van den

Berg, H. van der Werff, P. L. Viana, C. E. Zartman, and R. C. Forzza. 2017a. Amazon 173

plant diversity revealed by a taxonomically verified species list. Proceedings of the

National Academy of Sciences of the United States of America. 114: 10695–10700.

Cardoso, D., D. J. Harris, J. J. Wieringa, W. M. B. São-Mateus, H. Batalha-Filho, B. M.

Torke, G. Prenner, and L. P. Queiroz. 2017b. A molecular-dated phylogeny and

biogeography of the monotypic legume genus Haplormosia, a missing African branch of

the otherwise American-Australian Brongniartieae clade. Molecular Phylogenetics and

Evolution 107: 431–442.

De Candolle, A. P. 1825. Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis. Pars II Sumptibus

Treuttel & Würtz, Paris.

Delgado-Salinas, A., M. Thulin, R. Pasquet, N. Weeden, and M. Lavin. 2011. Vigna

(Leguminosae) sensu lato: the names and identities of the American segregate genera.

American Journal of Botany 98: 1694‒1715.

Fortuna-Perez, A. P., M. J. Silva, L. P. Queiroz, G. P. Lewis, A. O. Simões, A. M. G. A.

Tozzi, T. Sarkinen, and A. P. Souza. 2013. Phylogeny and biogeography of the genus

Zornia (Leguminosae: Papilionoideae: Dalbergieae). Taxon 62: 723‒732.

Freudenstein, J, V., M. B. Broe, R. A. Folk, and B. T. Sinn. 2017. Biodiversity and the

species concept ‒ Lineages are not enough. Systematic Botany 66: 644‒656.

Funk, V. A. 2018. Collections-based science in the 21st century. Journal of Systematics and

Evolution 56: 175‒193.

Harris, J. G. and M. W. Harris. 2001. Plant identification terminology and illustrated

glossary. 2nd Edition. Spring Lake, Utah: Spring Lake Publishing.

Hickey, M. and C. King. 2000. The Cambridge illustrated glossary of botanical terms.

Cambridge: Cambridge University Press.

Hollingsworth, P. M., L. L. Forrest, J. L. Spouge, M. Hajibabaei, S. Ratnasingham, M. van

der Bank, M. W. Chase, R. S. Cowan, D. L. Erickson, A. J. Fazekas, S. W. Graham, K. E. 174

James, K-J. Kim, W. J. Kress, H. Schneider, J. van AlphenStahl, S. C H. Barret, C. van den

Berg, D. Bogarin, K. S. Burgess, K. M. Cameron, M. Carine, J. Chacón, A. Clark, J. J.

Clarkson, F. Conrand, D. S. Devey, C. S. Ford, T. A. J. Hedderson, M. L. Hollingsworth,

B. C. Husband, L. J. Kelly, P. R. Kesanakurti, J. S. Kim, Y-D. Kim, R. Lahaye, H-L. Lee,

D. G. Long, S. Madriñán, O. Maurin, I. Meusnier, S. G. Newsmaster, C-W. Park, D. M.

Percy, G. Petersen, J. E. Richardson, G. A. Salazar, V. Savolainen, O. Seberg, M. J.

Wilkinson, D-K, Yi, and D. P. Little. 2009. A DNA barcode for land plants. Proceedings

of the National Academy of Sciences of the United States of America 106: 12794‒12797.

Hollingsworth, P. M., D-Z. Li., M. van der Bank, and A. D. Twyford. 2016. Telling plant

species apart with DNA: from barcodes to genomes. Philosophical Transactions of the

Royal Society B 371: 20150338.

IUCN. 2017. IUCN red list categories and criteria, version 13. Prepared by the Standards and

Petitions Subcommittee of the IUCN Species Survival Commission.

Klitgaard, B. B. 2005. Platymiscium (Leguminosae: Dalbergieae): Biogeography, systematics,

morphology, taxonomy and uses. Kew Bulletin 60: 321‒400.

Lima, L. C. P., L. P. Queiroz, A. M. G. A. Tozzi, and G. P. Lewis, 2014. A taxonomic

revision of Desmodium (Leguminosae, Papilionoideae) in Brazil. Phytotaxa 169: 1‒119.

LPWG [The Legume Phylogeny Working Group]. 2013. Legume phylogeny and

classification in the 21st century: Progress, prospects and lessons for other species-rich

clades. Taxon 62: 217–248.

LPWG [The Legume Phylogeny Working Group]. 2017. A new subfamily classification of

the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon 66: 44‒77.

Meireles, J. E., A. M. G. Azevedo-Tozzi, and M. Lavin. 2014. A phylogenetic analysis of

molecular and morphological data reveals a paraphyletic Poecilanthe (Leguminosae,

Papilionoideae). Systematic Botany 39: 1142–1149. 175

Mendoza, J. M., M. F. Siomn, T. S. Reis, A. Fidelis & T. B. Cavalcanti. 2016. New endemic

species of Manihot (Euphorbiaceae) from Serra do Tombador in Goiás, Central Brazil.

Phytotaxa 273: 147‒157.

Moura, T. M., V. F. Mansano, B. M. Torke, G. P. Lewis, and A. M. G. A. Tozzi. 2013. A

taxonomic revision of Mucuna (Fabaceae: Papilionoideae: Phaseoleae) in Brazil.

Systematic Botany 38: 631‒637.

Pirie, M. D., B. B. Klitgaard, and R. T. Pennington. 2009. Revision and biogeography of

Centrolobium (Leguminosae – Papilionoideae). Systematic Botany 34: 345‒359.

Queiroz, L. P. 1998. A new species of Harpalyce Moç. & Sessé ex DC. (Leguminosae:

Brongniartieae) from Bahia, Brazil. Kew Bulletin 53: 985‒988.

Queiroz, L. P., G. P. Lewis, and M. F. Wojciechowski. 2010. Tabaroa, a new genus of

Leguminosae tribe Brongniartieae from Brazil. Kew Bulletin 65: 189–203.

Queiroz, L. P., J. F. B. Pastore, D. Cardoso, C. Snak, A. L. C. Lima, E. Gagnon, M.

Vatanparast, A. E. Holland, and A. N. Egan. 2015. A multilocus phylogenetic analysis

reveals the monophyly of a recircumscribed papilionois legume tribe Diocleae with well-

supported generic relationships. Molecular Phylogenetics and Evolution 90: 1–19.

Queiroz, L. P., W. São-Mateus, A. Delgado-Salinas, B. M. Torke, G. P. Lewis, O. Dorado, J.

K. Ardley, M. F. Wojciechowski, and D. Cardoso. 2017. A molecular phylogeny reveals

the Cuban enigmatic genus Behaimia as a new piece in the Brongniartieae puzzle of

papilionoid legumes. Molecular Phylogenetics and Evolution 109: 191–202.

Ross, H. and M. D. Crisp. 2005. Brongniartieae. Pp. 253‒259 in Legumes of the World, eds.

G. Lewis, B. Schrire, B. Mackinder, and M. Lock. Richmond, UK: Royal Botanic Gardens,

Kew. 176

São-Mateus, W. M. B., D. B. O. S. Cardoso, L. P. Queiroz, and J. G. Jardim. 2016. A striking

new species of Harpalyce (Leguminosae, Brongniartieae) from highland cerrado of Bahia,

Brazil. Phytotaxa 246: 120‒126.

São-Mateus, W. M. B., L. P. Queiroz, J. G. Jardim, and D. B. O. S. Cardoso. 2018. Harpalyce

riparia (Leguminosae, Papilionoideae), a new species from the campos rupestres of the

Chapada Diamantina in Bahia, Brazil. Systematic Botany 43: 206‒211.

Silva, M. J., L. P. Queiroz, A. M. G. A. Tozzi, G. P. Lewis, and A. P. Sousa. 2012. Phylogeny

and Biogeography of Lonchocarpus sensu lato its allies in the tribe Millettieae

(Leguminosae, Papilionoideae). Taxon 61: 93‒108.

Snak, C., M. Vatanparast, C. Silva, G. P. Lewis, M. Lavin, T. Kajita, L. P. Queiroz. 2016. A

dated phylogeny of the papilionoid legume genus Canavalia reveals recente diversification

by a pantropical liane lineage. Molecular Phylogenetics and Evolution 98: 133‒146.

Taubert, P. H. W. 1896. Leguminosae. Pp. 429‒439 in Botanische Jahrbücher für Systematik,

Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie, vol 21, ed. A. Engler. Leipzig: Wilhelm

Engelmann.

Thiers, B. 2018 [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public

herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium.

http://sweetgum.nybg.org/science/ih/. (Accessed 19 April 2018).

Ulloa-Ulloa, C., P. Acevedo-Rodríguez, S. Beck, M. J. Belgrano, R. Bernal, P. E. Berry, L.

Brako, M. Celis, G. Davidse, R. C. Forzza, S. R. Gradstein, O. Hokche, B. León, S. León-

Yánez, R. E. Magill, D. A. Neill, M. Nee, P. H. Raven, H. Stimmel, M. T. Strong, J. L.

Villaseñor, J. L. Zarucchi, F. O. Zuloaga, and P. M. Jorgensen. 2017. An integrated

assessment of the vascular plant species of the Americas. Science 358: 1614‒1617.

Vieira, A. O. S. 2015. Herbários e a rede brasileira de herbários (RBH) da sociedade botânica

do Brasil. Unisanta Bioscience 4: 3‒23. 177

CAPÍTULO 3

TWO NEW SPECIES OF HARPALYCE (LEGUMINOSAE, PAPILIONOIDEAE) FROM THE CERRADO

HOTSPOT OF BIODIVERSITY IN BRAZIL

MANUSCRITO SUBMETIDO AO PERIÓDICO KEW BULLETIN 178

Two new species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) from the Cerrado hotspot of biodiversity in Brazil

Wallace M. B. São-Mateus,1 Marcelo Fragomeni Simon,2 Luciano Paganucci de

Queiroz,3 Jomar Gomes Jardim,4,5 and Domingos B. O. S. Cardoso6

1 Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Universitário Lagoa Nova, 59072-970, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil. e-mail: [email protected] 2 Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica (PqEB), C.P. 02372, 70770-917, Brasília, Distrito Federal, Brazil. 3 Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s.n., Novo Horizonte, 44036-900, Feira de Santana, Bahia, Brazil. 4 Universidade Federal do Sul da Bahia, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Campus Jorge Amado, 45613-204, Itabuna, Bahia, Brazil. 5 Herbário Centro de Pesquisas do Cacau – CEPEC, Km 22, Rod. Ilhéus-Itabuna, 45650-970, Ilhéus, Bahia, Brazil. 6 Diversity, Biogeography and Systematics Laboratory, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Rua Barão de Jeremoabo, s.n., Ondina, 40170-115, Salvador, Bahia, Brazil. 179

Summary. Two new Brazilian species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae,

Brongniartieae) are described and illustrated from the Cerrado hotspot of biodiversity.

Harpalyce correntina occurs in western Bahia state, while Harpalyce tombadorensis is apparently endemic to the Serra do Tombador in northern Goiás state. Harpalyce correntina is morphologically similar to H. hilariana, but it differs mainly by the ferruginous-tomentose indumentum on the branches and leaf rachis, persistent stipules, narrower leaflets, and an inflorescence that is usually shorter than the subtending leaf. Harpalyce tombadorensis is related to H. robusta, but it differs by its shorter stipules, leaflets with brochidodromous venation, glabrous upper surface and attenuate-apiculate apex, smaller linear-triangular bracteoles, and larger legumes with valves slightly reticulate-veined externally. The taxonomy, geographic distribution, conservation status, and phenology of the newly described species are also provided.

Resumo. Duas novas espécies de Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae, Brongniartieae) do Cerrado brasileiro são descritas e ilustradas. Harpalyce correntina ocorre no oeste da

Bahia, enquanto Harpalyce tombadorensis é aparentemente endêmica da Serra do Tombador no norte do estado de Goiás. Harpalyce correntina assemelha-se a H. hilariana, mas difere pelos ramos e raques foliares ferrugíneo-tomentosos, estípulas persistentes, folíolos mais estreitos e inflorescências geralmente mais curtas que as folhas adjacentes. Harpalyce tombadorensis é mais relacionada com H. robusta, mas difere pelas estípulas mais curtas, folíolos com venação broquidódroma, face adaxial glabra e ápice atenuado-reticulado, bractéolas menores e linear-triangulares e frutos maiores com valvas levemente reticuladas.

Além disso, são fornecidas informações sobre a taxonomia, distribuição geográfica, status de conservação e fenologia das novas espécies.

Key Words. Brongniartieae, Bahia, Goiás, savanna, taxonomy. 180

Introduction

The extraordinary fire-adapted savanna-like vegetation of the Cerrado covers 22% of the

Brazilian territory in a large and mostly continuous expanse of approximately two million km2 across the Central Brazilian plateau, but also extends into Bolivia and Paraguay (Ratter et al. 1997; Simon & Pennington 2012). The Cerrado’s spectacular plant diversity comprises at least 12,100 species of seed plants of which 4,252 are endemic, and the Leguminosae is among the largest angiosperm families with approximately 1,207 species (BFG 2015). These figures, together with the provision of important ecosystem services, make the Cerrado phytogeographic domain one of the main global hotspots of biodiversity (Myers et al. 2000;

Mittermeier et al. 2005; Strassburg et al. 2017).

The papilionoid genus Harpalyce Moç. & Sessé ex DC. is among the most little-known legume radiations of the Brazilian Cerrado. Although including limited species sampling, all previous molecular phylogenetic analyses of the genistoid tribe Brongniartieae have revealed

Harpalyce as monophyletic and sister to a clade comprising the monospecific genera Tabaroa

L.P.Queiroz, G.P.Lewis & M.F.Wojc. from the Caatinga seasonally dry woodlands and the

Amazon-endemic Amphiodon Huber (Cardoso et al. 2013, 2017; LPWG 2017; Queiroz et al.

2017). Harpalyce is characterized mainly by the shrubby or arboreal habit, imparipinnate leaves, branches covered by peltate multicellular glandular trichomes, flowers with a strongly bilabiate calyx, dimorphic anthers, laterally compressed pods and strophiolate seeds (Arroyo

1976, 1981; São-Mateus et al. 2018a). Furthermore, resupinate flowers with the vexillary lip of the calyx strongly cucullate at its apex and pods with many seeds are characters present only in the Brazilian endemic sect. Brasilianae.

Prior to the most recent taxonomic revision of Harpalyce (Arroyo 1976), the genus comprised 32 species distributed in Mexico and adjacent Guatemala, Cuba and Brazil, but subsequent field work and studies of herbarium specimens have greatly improved our 181

taxonomic understanding of Harpalyce with the addition of five newly described species from the savannas and rupestrian grasslands of Brazil and seasonally dry tropical forests of Mexico

(Queiroz 1998, São-Mateus et al. 2016, 2018a, 2018b). Here we describe and illustrate two more new species of Harpalyce from the highly threatened Cerrado biodiversity hotspot.

Materials and Methods

To describe the new species presented here, we have used specimens primarily from

ALCB, CEN, CEPEC, FLOR, HUEFS, IBGE, RB and UB herbaria (Thiers [continuously updated]). Our comparison between the new species and its most morphologically similar species within Harpalyce stems, however, from a more comprehensive assessment of more than 700 herbarium specimens of the genus housed in the following herbaria (specimens consulted on-line*): BOTU, EAC, F, FURB, HEPH, HUEG, HUFU, IPA, K, NY*, P*, SP,

SPF, TEPB, UEC and UFP. Information on geographic distribution, habitat, and phenology were obtained from specimen labels. IUCN (2017) criteria were used to evaluate of the conservation status of the new species based on their extent of occurrence (EOO) and area of occupancy (AOO) as estimated with the software GeoCAT (Bachman et al. 2011).

Taxonomic Treatment

Harpalyce correntina São-Mateus, L. P. Queiroz & D. B. O. S. Cardoso, sp. nov. Type:

Brazil, Bahia, Correntina, c. 46.3 km W de Correntina na estrada para Brasília,

13°31'09"S, 45°00'57"W, 760 m, 16 Feb. 2000 (fl.), L. P. de Queiroz, C. C. dos Santos,

D. C. Torres, A. A. Oliveira & L. Rios 6074 (holotype HUEFS!; isotypes ALCB!,

CEPEC!).

Shrubs 0.8 ‒ 2 m tall; branches angulate, ferruginous-tomentose to glabrescent when mature. 182

Stipules c. 1 × 1 mm, persistent, deltoid. Leaves (6 ‒ ) 7 ‒ 11 ( ‒ 18.5) cm long, imparipinnately compound; petiole 0.3 ‒ 1 cm long, angulose and slightly sulcate, ferruginous-tomentose; rachis 3 ‒ 7 cm long, ferruginous-tomentose, the interfoliolar segments (1.5 ‒ ) 2 ‒ 3 ( ‒ 3.3) cm long; pulvinules 1 ‒ 3 mm or leaflets subsessile; leaflets 5

‒ 9 ( ‒ 11), opposite, chartaceous to sub-coriaceous, mid-vein prominent on lower surface, secondary veins 8 ‒ 11 pairs, tertiary veins strongly raised, reticulodromous, discolorous, margins plane, upper surface dark green, puberulous to pubescent, lower surface greenish, lanose with golden hairs and yellowish, globose peltate glands, lateral leaflets (2.5 ‒ ) 3 ‒ 4.1

( ‒ 5.5) × ( 1.5 ‒ ) 2 ‒ 2.7 cm, ovate, ovate-lanceolate or occasionally ovate-oblong, base cordate, apex rounded and emarginate, rarely round-apiculate or acute, distal leaflet 3 ‒ 6 × 2

‒ 3 cm, ovate or obovate, base cordate, apex rounded and emarginate. Inflorescence usually shorter than or the same length as the subtending leaf and sometimes with 1 unifoliolate leaf at the base, 8 ‒ 12-flowered, (4.5 ‒ ) 6 ‒ 8.5 cm long, an axillary or terminal raceme, or a 6 ‒

11 cm long terminal, 12 ‒ 36-flowered panicle; bracts c. 1.5 × 0.4 mm, caducous, triangular; pedicels 0.5 ‒ 0.8 ( ‒ 1) cm, ferruginous-tomentose; bracteoles c. 1 × 1 mm, caducous, attached at the base of calyx, deltoid, ferruginous-tomentose; flower bud c. 1.8 × 0.5 cm, narrowly oblong, strongly falcate, apex acute. Flowers 2 ‒ 2.5 cm long, papilionate, resupinate; calyx outer surface ferruginous-tomentose intermixed with yellowish, globose peltate glands, the inner surface glabrous, strongly bilabiate, the vexillary lip c. 2.5 × 0.6 cm, oblong, cucullate, carinal lip c. 3 × 0.6 cm, narrowly oblong-lanceolate; petals orange, membranaceous, glabrous, the standard petal 2.4 ‒ 2.5 × 2.3 ‒ 2.8 cm, widely obovate to orbicular, base retuse, apex rounded, wing petals c. 2 × 0.8 cm, widely oblong-spatulate, base auriculate on the upper margin, the auricle c. 1.5 × 1.5 mm, deltoid, inflexed, apex obtuse, keel petals c. 2.6 × 0.5 cm, strongly falcate, base auriculate on the upper margin, the auricle c.

1.2 × 1.2 mm, apex acute; androecium c. 2.3 cm long, monadelphous, the 10 stamens joined 183

in a tube, incurved, anthers dimorphic, alternately shorter and longer, the largest ones c. 3.2 ×

0.8 mm, oblong, basifixed, the smaller ones c. 0.8 × 0.5 mm, oblong, dorsifixed; gynoecium c. 2.8 cm long, the ovary 8 ‒ 10 mm long, sessile, oblong, erect, 10-ovulate, glabrous, style

1.8 ‒ 2 cm, glabrous, curved, stigma capitate. Legume c. 5 × 1.1 cm, elastically dehiscent, laterally compressed, oblong, constricted c. 1.5 cm from the base, base attenuate, apex cuspidate, cusp c. 1.5 mm long, margins straight; valves coriaceous, glabrous, brownish, slightly reticulate. Seeds 12 per pod, c. 7 × 3 mm, oblong; testa reddish-brown. Figs 1, 2.

RECOGNITION. Harpalyce correntina is most morphologically similar to H. hilariana

Benth., but it differs by its ferruginous-tomentose indumentum covering the branches and leaf rachis (vs cinereous-tomentose in H. hilariana); persistent stipules (vs caducous); leaf petiole

0.3 ‒ 1 cm long (vs 1.5 ‒ 4 cm long); leaflets less than 3 cm wide and lanose with golden and yellowish hairs beneath (vs 4 ‒ 7.5 cm wide and densely sericeous-pubescent with cinereous hairs); and the inflorescence usually shorter than or the same length as the subtending leaf (vs longer than the subtending leaf), a raceme or panicle 4.5 ‒ 11 cm long (vs panicles at least 20 cm long).

DISTRIBUTION AND HABITAT. The new species has been found only in western Bahia state (municipalities of Cocos and Correntina), where it occurs in open to dense savannas

(Cerrado) on reddish sandy soil, between 732 ‒ 840 m elevation (Map 1).

SPECIMENS EXAMINED. BRAZIL. Bahia: Cocos, estrada vicinal que liga a sede municipal as Fazendas do grupo Santa Colomba, cerrado sensu stricto em platô de Chapada,

732 m, 22 March 2018 (fl., fr.), E. O. Moura 1898 (UB); Correntina, BR-349, km 220,

13°37'18"S, 45°16'00"W, 765 m, 14 Jan. 2000 (fl.), E . de Melo & F. França 3281 (FLOR, 184

HUEFS); ibid., 27 km do entroncamento com BR-020 e BR-349, 13°43'09"S, 45°55'17"W,

822 m, 1 April 1997 (fl., fr.), R. M. Harley et al. 28589 (HUEFS); ibid., BR-349 depois da divisa com Goiás c. 64 km depois da entrada para Correntina, 13°43'S, 45°02'W, 3 Jan. 2008

(fl.), M. M. Castro-Silva & I. F. Castro 1401 (HUEFS); ibid., BR-349, c. 45 km ao leste do entroncamento com a BR-020 e c. 127 km de Correntina, 13°39'16''S, 45°42'27''W, 839 m, 19

Jan. 2008 (fl.), R. M. Harley et al. 55738 (HUEFS); ibid., c. 46.3 km W de Correntina na estrada para Brasília, 13°31'09"S, 45°00'57"W, 760 m, 16 Feb. 2000 (fl.), L. P. de Queiroz et al. 6074 (holotype HUEFS; isotypes ALCB, CEPEC); ibid., Rodovia Santa Maria da Vitória a

Brasília, km 190, 21 Jan. 1997 (fl.), G. Hatschbach et al. 66079 (K); ibid., Fazenda Jatobá, 18

July 1992 (fr.), M. A. da Silva et al. 1515 (IBGE); ibid., Fazenda Jatobá, 9 Jan. 1991 (fl., fr.),

A. V. Rezende et al. 120 (IBGE, UB).

CONSERVATION STATUS. The western region of Bahia state is considered one of the areas where the Cerrado has been most intensively denuded of vegetation in recent years. The few populations of Harpalyce correntina encountered grow mainly close to the roads BR-020 and BR-349 in a region that is part of the new agricultural frontier of Brazil, informally known as “MaToPiBa” (Maranhão, Tocantins, Piauí and Bahia), widely planted with grain and fibre producing crops (Pitta & Vega 2017). Using IUCN (2017) criteria, H. correntina is considered endangered [EN, B1ab(i,ii,iii) or B2ab(i,ii,iii)] with an estimated area of occupancy (AOO) of 24 km2 and extent of occurrence (EOO) of 4,141 km2, and continued habitat loss coupled with a severely fragmented geographic range.

PHENOLOGY. Flowering in January, February, March and April, and fruiting in January,

March, April and July.

185

ETYMOLOGY. The specific epithet refers to the species distribution in the municipality of

Correntina in western Bahia.

NOTES. Harpalyce correntina is similar to H. hilariana, both having a shrubby habit, leaflets with a cordate base, and secondary and tertiary veins strongly raised, and an inflorescence subtended by a unifoliolate leaf at the base. Harpalyce correntina differs, however, in having its branches and leaf rachis covered with a ferruginous-tomentose indumentum (vs cinereous-tomentose in H. hilariana); persistent stipules (vs caducous); leaf petiole 0.3 ‒ 1 cm long (vs 1.5 ‒ 4 cm long); leaflets less than 3 cm wide and abaxially lanose with golden and yellowish hairs (vs 4 ‒ 7.5 cm wide and densely sericeous-pubescent with cinereous hairs); and an inflorescence usually shorter than or the same length as the subtending leaf (vs longer than the subtending leaf), a raceme or panicle of 4.5 ‒ 11 cm long

(vs panicles at least 20 cm long) (Table 1). Additionally, H. correntina has been recorded only in the Cerrado of western Bahia state while H. hilariana is more widely distributed, occurring from the Chapada dos Veadeiros National Park in northern Goiás state southward to

Minas Gerais state.

Harpalyce tombadorensis São-Mateus, L. P. Queiroz & D. B. O. S. Cardoso, sp. nov. Type:

Brazil, Goiás, Cavalcante, RPPN Serra do Tombador, 3 km da sede, área conhecida

como “Campina”, 13°40'51''S, 47°49'06''W, 805 m, 31 Jan. 2015 (fl.), M. F. Simon, J.

M. M. Flores, J. B. A. B. Júnior, T. K. M. Arquelão 2511 (holotype CEN!; isotypes

HRCB!, HUEFS!, NY!, RB!).

Shrub c. 1 m tall, branches slightly sulcate, ferruginous-tomentose with short, erect hairs.

Stipules c. 4 × 0.5 mm, persistent, linear. Leaves 8 ‒ 12 cm long, imparipinnately compound; 186

petiole thick, 2 ‒ 2.5 cm long, compressed vertically, slightly sulcate, ferruginous-tomentose; rachis (3.8 ‒ ) 5 ‒ 6.7 cm long, ferruginous-tomentose, the interfoliolar segments 1.6 ‒ 2.1 cm long; pulvinules 1 ‒ 2 mm; leaflets 7 ‒ 9, opposite, coriaceous, mid-vein prominent on lower surface, secondary veins 12 ‒ 20 pairs, tertiary veins slightly raised, brochidodromous, discolorous with the upper surface bright dark-green in vivo and lower surface light green, margins revolute, upper surface glabrous, lower surface tomentose with golden, flexuous hairs, these more dense along the mid-vein and secondary veins, yellowish, globose peltate glands only on the lower surface and distributed throughout the blade, lateral leaflets 3.5 ‒ 5.5

× 1.3 ‒ 1.8 cm, oblong to oblong-elliptic to spatulate, base rounded, apex strongly attenuate- apiculate, distal leaflet 4.1 ‒ 5 × 1.8 ‒ 2.1 cm, elliptic to oval-elliptic, base rounded or retuse, apex strongly attenuate-apiculate. Inflorescences usually smaller than the subtending leaf, axillary racemes 4.5 ‒ 7.5 cm long, or terminal panicles 9.5 ‒ 14 cm long, 10 ‒ 30-flowered; bracts c. 1 × 0.2 mm, caducous, narrowly triangular; pedicels 0.7 ‒ 1.2 cm long, ferruginous- tomentose; bracteoles 1.5 ‒ 2 × c. 0.2 mm, persistent, attached at the base of the calyx, linear- triangular, ferruginous-villous with flexuous hairs; flower bud 1.7 ‒ 2 × c. 0.4 cm, oblong, falcate, apex rounded. Flowers c. 2.8 cm long, papilionate, resupinate; calyx outer surface ferruginous-tomentose and yellowish, globose peltate glands present, the inner surface glabrous, strongly bilabiate, the vexillary lip c. 2.5 × 0.8 cm, widely ovate, cucullate, carinal lip c. 2.6 × 0.5 cm, oblong-elliptic; petals light orange, membranaceous, glabrous, the standard petal c. 2.8 × 2.4 cm, oblate, base attenuate towards the claw, apex slightly retuse, wing petals c. 1.8 × 0.9 cm, widely obovate, base auriculate on the upper margin, the auricle c. 2 × 2 mm, triangular, inflexed, apex obtuse, keel petals c. 2.3 × 0.6 cm, slightly falcate, base auriculate on the upper margin, the auricle c. 1.5 × 1.5 mm, apex acute; androecium c.

2.2 cm long, monadelphous, the 10 stamens joined in a tube, incurved, anthers dimorphic, alternately shorter and longer, the largest ones c. 3.1 × 0.5 mm, oblong, basifixed, the smaller 187

ones c. 1.2 × 0.6 mm, ovate, dorsifixed; gynoecium not seen. Legume c. 6.3 × 1.6 cm, elastically dehiscent, laterally compressed, oblong, base oblique, apex cuspidate, cusp c. 2 mm long, margins straight; valves coriaceous, glabrous, nigrescent, slightly reticulate. Seeds

10 per pod, c. 5 × 3.5 mm, ovate; testa red-brown and white when dry. Figs 3, 4.

RECOGNITION. The new species is similar to H. robusta H. S. Irwin & Arroyo, but it differs in having shorter, c. 4 mm long stipules (vs 8 ‒ 10 mm long in H. robusta); leaflets with brochidodromous venation, a glabrous upper surface and attenuate-apiculate apex (vs reticulodromous, upper surface glabrescent to sparsely velutinous, and apex acute- mucronate); bracteoles 1.5 ‒ 2 × 0.2 mm, linear-triangular and persistent (vs 7 ‒ 9 × 2 mm, triangular and caducous); and legume larger than 6 cm long and with slightly reticulate surface (vs 5 ‒ 5.5 cm long and strongly coarsely rugose-reticulate).

DISTRIBUTION AND HABITAT. Harpalyce tombadorensis is apparently endemic to the

“Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Tombador” (RPPN Serra do Tombador;

8900 hectares) in the municipality of Cavalcante, Goiás, Brazil (Map 1), where it is locally abundant. This area is located in the northern part of the Chapada dos Veadeiros National

Park and near the border of Tocantins state (Mendoza et al. 2016). The new species usually occurs in savanna physiognomies locally known as “campo limpo” and “campo sujo”, on sandstone soil, at elevations of about 800 m. Floristic and biogeographical analyses have highlighted the region as a major center of plant species endemism (Simon & Proença 2000).

This is also confirmed by the recent new species discoveries in different plant families:

Manihot ebracteata M. Mend. & T. B. Cavalc., Manihot purpurea M. Mend. & T. B. Cavalc.,

Manihot tombadorensis M. Mend. & T. B. Cavalc. (Euphorbiaceae; Mendonza et al. 2016),

Paspalum cerradoense R. C. Oliveira & Valls (Poaceae; Oliveira et al. 2015) and Xyris 188

irwinii (Xyridaceae; Wanderley & Campbell 2018).

SPECIMENS EXAMINED. BRAZIL. Goiás: Cavalcante, RPPN Serra do Tombador, 3 km da sede, área conhecida como “Campina”, 13°40'51''S, 47°49'06''W, 805 m, 31 Jan. 2015 (fl.),

M. F. Simon et al. 2511 (holotype CEN!; isotypes HRCB!, HUEFS!, NY!, RB!); ibid., 5 Dec.

2011 (fl., fr.), A. Fidelis & E. Gorgone-Barbosa 120 (CEN, HRCB, RB); ibid., 4 Feb. 2015

(fl.), M. N. Rissi & A. Fidelis 730 (HRCB, RB); ibid., 13°40'01''S, 47°48'04''W, s.d., (fl.), C.

B. R. Munhoz et al. 7970 (UB).

CONSERVATION STATUS. Although the new species has an area of occupancy (AOO) of just 8 km2 and an extent of occurrence (EOO) of less than 100 km2, it is only known by a few collections from a poorly botanized region. It thus can be considered as Data Deficient [DD]

(IUCN 2017).

PHENOLOGY. Flowering from December to February, and fruiting in December.

ETYMOLOGY. The specific epithet “tombadorensis” refers to the name of the Serra do

Tombador where the species is probably endemic.

NOTES. The new species is similar to H. robusta based on their shared shrubby habit up to 1 m tall, vertically compressed petiole of 2 ‒ 2.5 cm long, leaves generally with 7 ‒ 9 coriaceous leaflets rounded at the base, and caducous bracts. However, H. tombadorensis differs from H. robusta by the shorter, c. 4 mm long stipules (vs 8 ‒ 10 mm long in H. robusta); leaflets with brochidodromous venation, glabrous upper surface and attenuate- apiculate apex (vs reticulodromous, upper surface glabrescent to sparsely velutinous, and apex 189

acute-mucronate); bracteoles 1.5 ‒ 2 × 0.2 mm, linear-triangular and persistent (vs 7 ‒ 9 × 2 mm, triangular and caducous); and a legume over 6 cm long and with a slightly reticulate surface (vs 5 ‒ 5.5 cm long and strongly coarsely rugose-reticulate) (Table 1). The species has been erroneously referred to in recent germination studies (Daibes et al. 2017, 2018) as H. brasiliana Benth., but it can be readily distinguished by the elongated, 2 ‒ 2.5 cm long petioles (vs 0.2 ‒ 1 cm long), coriaceous leaflets with revolute margins and a glabrous upper surface (vs chartaceous, margins plane and upper surface densely tomentose, velutinous or sericeous) and inflorescence usually smaller than the subtending leaf (vs inflorescence mostly longer than the subtending leaf). Field experiments have shown that seeds of H. tombadorensis have physical dormancy and are sensitive to fire (Daibes et al. 2017, 2018).

Acknowledgements

The authors thank the curators and staff of the cited herbaria for specimen loans and support during our visits; Gustavo Surlo for preparing the illustrations; Lucas Marinho who helped with preparing the color plates; Edwesley de Moura and Moises Mendoza for the field photographs of H. correntina and H. tombadorensis, respectively; Yuri Lucas for information on the geographical localities; IFN-BR (Inventário Florestal Nacional) and Nordeste Reflore

Consultoria Ambiental for sending newly collected specimens; Alessandra Fidelis and the managers of the Reserva Natural Serra do Tombador for support during field work; and two anonymous reviewers for the careful revision with important suggestions and corrections on a draft of the manuscript. LPQ and DBOSC thank the Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) for awarding the Research Productivity Fellowships (grant #

300811/2010-1 and grant # 306736/2015-2, respectively). DBOSC’s research is also supported by grants from Prêmio CAPES de Teses (process 23038.009148/2013-19) and

FAPESB (process APP0037/2016). WSM also thanks Coordenação de Aperfeiçoamento de 190

Pessoal de Nível Superior (CAPES) for the Ph.D. scholarship (Finance Code 001) while studying in the Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução (PPGSE-UFRN).

References

Arroyo, M. T. K. (1976). The systematics of the legume genus Harpalyce (Leguminosae:

Lotoideae). Memoirs of New York Botanical Garden 26: 1 ‒ 80.

Arroyo, M. T. K. (1981). Tribe Brongniartieae. In: R. M. Polhill & P. H. Raven (eds.).

Advances in Legume Systematics, Part 1, pp. 387 ‒ 390. Royal Botanic Gardens, Kew.

Bachman, S.; Moat, J.; Hill, A.W.; de la Torre, J. & Scott, B. (2011). Supporting Red List

threat assessments with GeoCAT: geospatial conservation assessment tool. ZooKeys 150:

117 – 126.

BFG ‒ The Brazil Flora Group. (2015). Growing knowledge: an overview of seed plant

diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085 ‒ 1113.

Cardoso, D.; Pennington, R. T.; Queiroz, L. P.; Boatwright, J. S.; Van Wyk, B.-E.;

Wojciechowski, M. F. & Lavin, M. (2013). Reconstructing the deep-branching

relationships of the papilionoid legumes. South African Journal Botany 89: 58 – 75.

Cardoso, D.; Harris, D. J.; Wieringa, J. J.; São-Mateus, W. M. B.; Batalha-Filho, H.; Torke,

B. M.; Prenner, G. & Queiroz, L. P. (2017). A molecular-dated phylogeny and

biogeography of the monotypic legume genus Haplormosia, a missing African branch of

the otherwise American-Australian Brongniartieae clade. Molecular Phylogenetics and

Evolution 107: 431 – 442.

Daibes, L.; Zupo, T.; Silveira, F. & Fidelis, A. (2017). A field perspective on effects of fire

and temperature fluctuation on Cerrado legume seeds. Seed Science Research 27: 74 – 83.

Daibes, L.; Gorgone-Barbosa, E.; Silveira, F. A. O. & Fidelis, A. (2018). Gaps critical for the

survival of exposed seeds during Cerrado fires. Australian Journal of Botany 66: 116 –

123. 191

IUCN (2017). Guidelines for Using the IUCN Red List Categories and Criteria. Version 13.

Prepared by the Standards and Petitions Subcommittee. Cambridge.

http://www.iucnredlist.org/documents/RedlistGuidelines.pdf.

LPWG [Legume Phylogeny Working Group] (2017). A new subfamily classification of the

Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon 66: 44 – 77.

Mendoza, J. M.; Simon, M. F.; Reis, T. S.; Fidelis, A. & Cavalcanti, T. B. (2016). New

endemic species of Manihot (Euphorbiaceae) from Serra do Tombador in Goiás, Central

Brazil. Phytotaxa 273: 147 – 157.

Mittermeier, R. A.; Fonseca, G. A. B.; Rylands, A. B. & Brandon, K. (2005). A brief history

of biodiversity conservation in Brazil. Conservation Biology 19: 601 – 607.

Myers, N.; Mittermeier, R. A.; Mittermeier, C. G.; Fonseca, G. A. B. & Kent, J. (2000).

Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853 – 858.

Oliveira, R. C.; Valls, J. F. M.; Gomes, S. M.; Fagg, C. W. & Pozzobon, M. T. (2015). A new

species of Paspalum, Notata group (Poaceae, Paspaleae), from the Cerrado biome, Brazil:

description, chromosome number, and leaf blade anatomy. Phytotaxa 203: 159 – 168.

Pitta, F. T. & Vega, G. C. (2017). Impactos da Expansão do Agronegócio no MATOPIBA:

Comunidades e Meio Ambiente. ActionAid, Rio de Janeiro.

Queiroz, L. P. (1998). A New Species of Harpalyce Moç. & Sessé ex DC. (Leguminosae:

Brongniartieae) from Bahia, Brazil. Kew Bulletin 53: 985 – 988.

Queiroz, L. P.; São-Mateus, W.; Delgado- Salinas, A.; Torke, B. M.; Lewis, G. P.; Dorado,

O.; Ardley, J. K.; Wojciechowski, M. F. & Cardoso, D. (2017). A molecular phylogeny

reveals the Cuban enigmatic genus Behaimia as a new piece in the Brongniartieae puzzle

of papilionoid legumes. Molecular Phylogenetics and Evolution 109: 191 – 202.

Ratter, J. A.; Ribeiro, J. F. & Bridgewater, S. (1997). The Brazilian Cerrado vegetation and

threats to its biodiversity. Annals of Botany 80: 223 – 230. 192

São-Mateus, W. M. B.; Cardoso, D. B. O. S.; Queiroz, L. P. & Jardim, J. G. (2016). A striking

new species of Harpalyce (Leguminosae, Brongniartieae) from highland cerrado of Bahia,

Brazil. Phytotaxa 246: 120 ‒ 126.

São-Mateus, W. M. B.; Queiroz, L. P.; Jardim, J. G. & Cardoso, D. B. O. S. (2018a).

Harpalyce riparia (Leguminosae, Papilionoideae), a new species from the campos

rupestres of the Chapada Diamantina in Bahia, Brazil. Systematic Botany 43: 206 ‒ 211.

São-Mateus, W. M. B.; Sousa, M.; Cardoso, D. & Queiroz, L. P. (2018b). Two new

Mesoamerican species of Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 344: 160 ‒

168.

Simon, M. F. & Pennignton, T. (2012). Evidence for adaption to fire regimes in the tropical

savannas of the Brazilian Cerrado. International Journal of Plant Sciences 173: 711 ‒ 723.

Simon, M. F. & Proença, C. (2000). Phytogeographic patterns of Mimosa (Mimosoideae,

Leguminosae) in the Cerrado biome of Brazil: an indicator genus of high-altitude centers

of endemism? Biological Conservation 96: 279 ‒ 296.

Strassburg, B. B. N.; Brooks, T.; Feltran-Barbieri, R.; Iribarrem, A.; Crouzeiles, R.; Loyola,

R.; Latawiec, A. E.; Oliveira-Filho, F. J. B.; Scaramuzza, C. A. M.; Scarano, F. R.; Soares-

Filho, B. & Balmford, A. (2017). Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nature Ecology

& Evolution 1: 0099.

Thiers, B. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public herbaria

and associated staff. New York Botanical Garden´s Virtual Herbarium.

. Accessed 20 December 2017.

Wanderley, M. G. L. & Campbell, L. M. (2018). Xyris irwinii (Xyridaceae), a new cerrado

species from Goiás, Brazil. Brittonia 70: 65 – 69. 193

Figure Captions

Fig. 1. Harpalyce correntina. A Habit; B Stipule; C Size and morphological variation of leaflets; D Detail of the leaflet lower surface showing the indumentum; E Flower bud; F

Calyx vexillary lip; G Calyx carinal lip; H Standard petal; I Wing petal; J Keel petal; K Fruit;

L Seed. From the holotype R. M. Harley 55738. Drawn by Gustavo Surlo. 194

Fig. 2. Harpalyce correntina. A Habit; B Flowering branch; C Leaflet upper surface; D

Flower in front view; E Flower, lateral view; F Cerrado vegetation in Fazenda Santa

Colomba, Cocos, Bahia, Brazil. Photos by Edwesley de Moura. 195

Fig. 3. Harpalyce tombadorensis. A Habit; B Detail of stipule; C Leaflet upper surface; D

Flower bud; E Bracteole; F Flower in front view; G Calyx vexillary lip; H Calyx carinal lip; I

Standard petal; J Wing petal; K Keel petal; L Fruit; M Seed. From the holotype M. F. Simon

2511. Drawn by Gustavo Surlo. 196

Fig. 4. Harpalyce tombadorensis. A Habit; B Flowering branch; C Detail of leaflet upper surface; D Flower in front view; E “Campo sujo” vegetation physiognomy of the Cerrado domain in Serra do Tombador, Cavalcante, Goiás, Brazil. Photos by Moises Mendoza and

Marcelo Simon. 197

Map. 1. Geographic distribution of Harpalyce correntina and Harpalyce tombadorensis in the Brazilian Cerrado.

198

Table 1. Main morphological features that help to differentiate the newly described species

Harpalyce correntina and H. tombadorensis with respect to their most morphologically similar species.

Characters H. correntina H. hilariana H. tombadorensis H. robusta

Stipules length (mm) c. 1 c. 3 c. 4 7 ‒ 9

Persistence of stipules persistent caducous persistent persistent

Petiole length (cm) 0.3 ‒ 1 1.5 ‒ 4 2 ‒ 2.5 2 ‒ 2.5

Leaflet upper surface puberulous to sericeous- glabrous glabrescent to pubescent pubescent sparsely velutinous

Leaflet venation reticulodromous reticulodromous brochidodromous reticulodromous

Leaflet base cordate cordate rounded rounded

Pedicel length (cm) 0.5 ‒ 0.8 ( ‒ 1) 0.5 ‒ 0.7 0.7 ‒ 1.2 1.5 ‒ 2

Bracteole size (mm) c. 1 × 1 2 ‒ 4 × 0.2 ‒ 0.5 1.5 ‒ 2 × 0.2 c. 8 × 2

Bracteole shape deltoid linear-triangular linear-triangular narrowly-triangular to lanceolate

Calyx indumentum ferruginous- ferruginous- ferruginous- ferruginous to tomentose tomentose tomentose cinereo-velutinous

Pod outer surface slightly reticulate strongly slightly reticulate strongly coarsely reticulate rugose-reticulate 199

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados das reconstruções filogenéticas demonstraram o monofiletismo de

Harpalyce e das seções Brasilianae e Harpalyce. Já a seção Cubenses não tivemos como corroborar com a classificação infragenérica proposta na última revisão, devido ao estudo filogenético ter sido realizado com apenas um único acesso de uma espécies que compõem esta seção e que precisa ser investigada com uma amostragem maior. O gênero emerge como irmão do clado formado pelos gêneros Amphiodon e Tabaroa. Além disso, as análises filogenéticas a partir de datação molecular sugerem que Harpalyce divergiu dos demais gêneros da tribo Brongniartieae há 30.6 Ma e que os processos migratórios da América do Sul com as Américas Central e do Norte estão provavelmente relacionados com o fechamento do

Istimo do Panamá e esse evento cooperou para que ocorresse a diversificação dessas espécies ao longo das florestas tropicais sazonalmente secas.

Na atual circunscrição a seção Brasilianae possui 13 espécies: H. brasiliana, H. correntina, H. hilariana, H. lanata, H. lepidota, H. macedoi, H. magnibracteata, H. minor, H. parvifolia, H. riparia, H. robusta, H. speciosa e H. tombadorensis. As espécies ocorrem preferencialmente em áreas de afloramentos rochosos e Cerrado. De acordo com os resultados das análises de datação molecular a seção Brasilianae começou a se diversificar há 6.6 Ma com a maioria das linhagens se diversificando há 4 Ma que coincide com o aumento das savanas no mundo e é bem provável que a história evolutiva da seção esteja relacionada ao regime de queimadas e também com variações climáticas ocorrentes no Pleistoceno nos

últimos 2.5 Ma.

Além dos estudos de filogenia e sinopse taxonômica das espécies que fazem parte da seção Brasilianae, quatro espécies foram descritas e já publicadas durante o desenvolvimento da Tese, são elas: Harpalyce magnibracteata e Harpalyce riparia endêmicas da Chapada

Diamantina e pertencentes a seção Brasilianae; Harpalyce torresii e Harpalyce yucatanense 200

ambas com distribuição na porção leste do México com a primeira ocorrendo em áreas de florestas decíduas e a segunda com distribuição ao longo das florestas semi-decíduas com afloramentos rochosos e fazem parte da seção Harpalyce. Além dessas quatro espécies outras duas foram identificadas como novas e estão descritas no capítulo III. Para perspectivas futuras sugere-se que estudos de evolução floral poderão ajudar no levantamento de potenciais sinapomorfias dos gêneros que fazem parte da tribo Brongniartieae e estudos taxonômicos das demais seções que compõem o gênero Harpalyce 201

ANEXOS

ARTIGOS PUBLICADOS 202

203

204

205

206

207

208

209

210

211

212

213

214

215

216

217

218

219

220

221

222